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RESUMO
Nesse artigo buscou-se fazer um estudo e análise da influência da estrutura em diferentes cerâmicos utilizados em construção, tais
como o concreto e o gesso. E como é de conhecimento técnico, as cerâmicas são conhecidas por serem materiais frágeis e apresen-
tarem defeitos inerentes de processamento, tais como os poros, vazios e micro trincas. Dessa forma, é necessário que se faça um
estudo de reprodutibilidade das peças por ensaios mecânicos como, por exemplo, o de compressão axial e diametral. O uso de duas
técnicas de compressão se faz pela necessidade de restringir fatores influenciadores de fratura, como é o caso do atrito existente
entre as placas de aplicação de carga e o corpo de prova, que promove um estado triaxial de tensão, levando a uma fratura em
menores tensões. Assim, para o presente projeto, fez-se o uso da técnica de compressão axial e diametral numa máquina de ensaios
universal (INSTRON). De resultado, foram observados valores baixos para o concreto, inferiores até mesmo para o gesso, isso, pode
ser explicado por uso de formulação incorreta de material, uso excessivo de água na mistura, levando a formação de um concreto
altamente poroso e frágil e até mesmo ao esfarelamento. Para o gesso, foram observados resultados superiores ao material anterior,
demonstrando uma estrutura menos porosa e mais rígida, tanto para o teste diametral quanto para o axial.
Citação: ZARUR, G. D. Ensaio de Compressão Axial e Diametral de Corpos de Prova Cerâmicos em Estado de Entrega.
INTRODUÇÃO
Atualmente com a constante necessidade de desenvolver me- posteriormente aplicada. Para aqueles que contemplam o se-
lhores métodos de fabricação e de processo, além de formas de gundo grupo, são testes que promovem a inutilização posterior
garantir melhores propriedades finais nos materiais, criaram- da peça como, por exemplo, o ensaio de compressão que será
se processos para que fosse possível sistematizar, i.e., garantir abordado em detalhes mais adiante no presente artigo.
certa reprodutibilidade entre os materiais. Para tanto, foram
implementadas normas de produção e, além destas, os ensaios E quando estudada as propriedades mecânicas para materiais
mecânicos padronizados, que buscam por observar as varia- cerâmicos via ensaios mecânicos, deve-se abordar fatores que in-
ções de resultados, do comportamento mecânico perante dife- fluenciam as características mecânico-estruturais que compõe o
rentes parâmetros de processo (se houve tratamento prévio, material. E principalmente, para essa classe, tem-se a dependên-
velocidade de ensaio, temperatura, ambiente, natureza quí- cia da quantidade e do arranjo das partes cristalinas, vítreas e
mica, entre outros fatores). Dessa forma, propriedades mecâ- porosas. Para a primeira, é ditada pela maneira que os átomos,
nicas podem ser analisadas em ensaios, que se dividem em des- moléculas e os íons se organizam dentro do material, de forma
trutivos e não destrutivos. O primeiro grupo é formado de en- fixa, ordenada e repetitiva. É responsável pela estabilidade di-
saios que são, de certa forma, menos intrusivos, e não tendem mensional, bem como a densidade do material. Para a segunda,
a causar defeitos evidentes no material, ou seja, a peça pode ser a fase vítrea garante propriedades aos cerâmicos, conferindo
O autor declara não haver nenhum potencial conflito de interesses referente a este artigo.
1. Universidade Federal de Santa Catarina – Campus Blumenau – Blumenau, Santa Catarina, Brasil.
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propriedades mecânicas à peça em temperatura ambiente, pro- Definição dos cerâmicos
priedades ópticas tais como a translucidez no caso de porcela-
O termo “cerâmica”, que advêm da palavra grega keramikos, que
nas, efeitos de variação dimensional (expansão e contração vo-
significa “matéria queimada”, ou seja, é um material que adquire
lumétrica) quando expostos em elevadas temperaturas; em ca-
as propriedades necessárias de uso por meio de um processo tér-
sos de materiais cerâmicos avançados, as fases vítreas levam a
mico de queima. E de acordo com a Associação Brasileira de Ce-
diminuição da dureza. Para a última, as porções porosas que
râmica, o material dito cerâmico tem por definição: todos os ma-
compõem diversos cerâmicos, são vistas como os espaços va-
teriais inorgânicos, não metálicos, obtidos geralmente após tra-
zios entre e/ou dentro dos grãos sólidos. A porosidade tem
tamento térmico em temperaturas elevadas. E como são forma-
ainda como ser do tipo aberta, permitindo efeitos de absorção
dos em geral por elementos metálicos com não metálicos, po-
de umidade, agua, gases por efeitos difusivos, e do tipo fechado
dendo apresentar uma vasta gama de matérias-primas e compo-
que pode ser uma consequência do “fechamento” dos poros
sições, podem apresentar variadas aplicações tais como materi-
abertos, devido a certa evolução da sinterização na peça, ou
ais de revestimento (placas cerâmicas), materiais refratários,
ainda causados pelo aprisionamento de gases na peça, estes úl-
isolantes térmicos, abrasivos, vidros, cimento, entre diversas ou-
timos tendem por assumir a forma esférica. No entanto, expe-
tras possibilidades.
rimentalmente, qualquer tipo de porosidade residual terá in-
fluência negativa tanto sobre propriedades elásticas quanto so- Atualmente, de acordo com a ABCERAM (Associação Brasileira
bre a resistência mecânica da peça final. de Cerâmica), os cerâmicos são classificados basicamente por 9
tipos sendo as cerâmicas vermelhas; cerâmicas de revestimen-
tos; cerâmica branca; materiais refratários; fritas e corantes;
abrasivos; vidro, cimento e cal, e a cerâmica avançada.
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Figura 4 - Composições das fases observadas no gesso.
Fonte: Alternativas de gestão dos resíduos de gesso
(JOHN; CINCOTTO, 2007).
Para que o gesso consiga ser aplicado industrialmente é feito
um procedimento de endurecimento (pega), que se trata de Figura 5 - Denominações dos concretos e os ingredien-
uma conversão química de hidratação. Sendo que atualmente tes primários de sua composição. (Adaptado de Manual
o material tem sua maior aplicação na construção civil, po- ABESC, 2007.)
dendo se aplicar em revestimento de paredes, fabricação de ele- Os fatores que ainda podem influenciar nas propriedades finais
mentos de acabamento de interiores, além de aplicações médi-
são da distribuição de tamanho dos agregados, que influencia na
cas na área de traumatologia, na produção de cimento (ao se
adicionar na produção de clínquer), entre diversos outros usos. quantidade de água e cimento devem ser aplicados; bem como a
característica de superfícies de aplicações, que devem estar isen-
Definição e aplicações concreto tas de impurezas, tais como argila e sedimentos, que podem levar
O concreto por definição simples é a mistura de cimento, água, a uma ligação ineficaz das partículas.
agregado graúdo (pedregulho ou pedra britada) e miúdo
(areia). A mistura quando recém preparada, possui a capaci-
dade de ser moldada com facilidade, permitindo a execução de
peças e estruturas de formas variadas. Os agregados aplicados
na fabricação do concreto se dão pelo fator de carga que estes
fornecem, reduzindo o custo global do concreto produzido,
uma vez que as cargas (areia e brita) são baratas, enquanto o
cimento já é mais oneroso.
Observando as suas propriedades mecânicas, o concreto de
acordo com diversas bibliográficas como, por exemplo, em
Fundamentos da ciência e engenharia de materiais: uma abor-
dagem integrada, o concreto aparece como sendo um material
que apresenta propriedades de resistência a compressão em va-
lores próximos a 15 vezes maior que as propriedades de tração,
correlacionando bem os fatores de propriedades mecânicas de
cerâmicos.
O concreto é visto como um material de alto valor construtivo,
isso, pois sua fabricação e aplicação são fáceis e acessíveis, se Figura 6 - Variação da tensão de compressão do con-
comparando com outros materiais do mesmo ramo. Porém, creto de acordo com a razão entre água e cimento.
mesmo com a sua facilidade e fácil acesso, podem sofrer defei- Fonte: Ensaio dos Materiais (GARCIA; SPIM; SANTOS,
2012).
tos de fabricação, i.e., se a formulação for incorreta, o material
final irá apresentar efeitos controversos que podem não supor- Porém, apesar de suas boas características de aplicação, como a
tar as condições exigidas de aplicação. Um bom empacota- maioria dos cerâmicos, o concreto apresenta fragilidade, possi-
mento denso do agregado e um bom contato interfacial são ob- bilidade de água penetrar pelos poros externos, que pode ocasi-
tidos pelo uso destas cargas de diferentes tamanhos, onde as onar em trincas, em climas mais frios. Além de fatores de con-
partículas finas atuam como preenchimento de vazios entre as tração e expansão térmica que podem acarretar em falhas. As
partículas maiores de brita. desvantagens, no entanto, podem ser minimizadas ou elimina-
das caso se faça a aplicação de aditivos e/ou reforços.
Em geral, a quantidade de agregados compreende um volume
de 60 a 80% da composição, enquanto o restante de cimento e Fratura frágil em cerâmicos
água devem ser suficientes para recobrir as partículas. Além do
Os materiais cerâmicos, em temperatura ambiente (T.A), tanto
fator que o uso de pouca água leva a uma ligação incompleta,
os cristalinos quanto os amorfos, em geral, fraturam antes de
enquanto o excesso resulta em elevada porosidade, e para am- qualquer deformação plástica. E esse processo de fratura frágil
bos casos a resistência final do material é inferior ao esperado. se consiste basicamente da propagação de trincas através da se-
Dessa forma, é necessário um controle composição, e para os ção transversal da peça em estuda, que vai em direção perpendi-
concretos existem os “traços de concreto”, que servem de indi- cular à carga que foi aplicada. Os crescimentos de trincas podem
cação de proporção de materiais que constituem o concreto ocorrer de duas formas, que são do tipo transgranular (i.e., atra-
para determinado uso. vés dos grãos), onde as trincas passam ao longo dos planos
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cristalográficos específicos (ou de clivagem) – planos de alta esses efeitos nas extremidades das trincas sejam suficientes para
densidade atômica; e do tipo intergranular, onde as trincas que se rompam as ligações iônicas. Levando dessa forma a um
ocorrem ao longo dos contornos de grão.Nota-se ainda que, as
aumento dos tamanhos das trincas, até que chegue num tama-
existências de trincas superficiais microscópicas auxiliam no
fator de redução da tensão de fratura, pois as trincas irão agir nho grande o suficiente para levar a uma propagação rápida, de
como concentradores de tensão, i.e., a tensão na extremidade acordo com a equação de Griffth.
da trinca é muito maior que a aplicada. E para tanto, a aplica-
No entanto, ao se tratar de materiais cerâmicos, existe geral-
ção da Teoria de Griffith é de grande importância, pois é um
mecanismo para resolver o problema da concentração de ten- mente uma certa variação e uma dispersão consideráveis quando
sões infinitas na ponta de uma trinca com o uso do balanço se trata das tensões de fratura entre uma certa quantidade de
energético. A equação é definida da seguinte forma: amostras de um mesmo material cerâmico. E esse “fenômeno” se
explica pela dependência existente entre a resistência à fratura
𝟐𝑬𝜸𝒔 em relação a uma probabilidade de se existir um defeito intrín-
𝝈𝒇 = √ seco na estrutura, que seja capaz de iniciar uma trinca. Essa pro-
𝝅𝒂
babilidade acaba por variar de uma amostra para outra do
mesmo material, podendo até se relacionar ao seu processa-
Onde 𝝈𝒇 é tensão de fratura (Pa), E é o módulo de elasticidade
mento. Além de se existir é claro uma relação com o tamanho de
(Pa), 𝜸s energia superficial liberada (Jm-2), e daí possibilita o
amostra e probabilidade, i.e., quanto maior for a amostra, maior
cálculo da tensão de fratura como função de a (tamanho do a probabilidade de esta apresentar defeitos e menor será sua re-
maior defeito). Dessa forma, tem-se uma natureza estatística sistência a fratura.
de fratura em cerâmicos. No entanto, como desvantagem da te-
oria, ela não explica o efeito do tempo, isso porque sob uma Comportamento tensão-deformação
carga constante, o tempo para a fratura varia inversamente O comportamento mecânico de cerâmicos, diferentes das outras
com a carga aplicada. Quanto maior for a taxa de aplicação da classes (metais, polímeros, compósitos), não se realiza por en-
carga, maior será a resistência mecânica apresentada pelo ma- saio de tração. Isso, se explica a fatores de preparo e teste nas
terial. geometrias necessárias, inclusive, é complicado fazer a fixação
de materiais cerâmicos frágeis sem fraturá-los. Além disso, cerâ-
micos tendem a fraturar com deformações muito pequenas, tais
como 0,1%, o que exige de os materiais apresentarem um exce-
lente alinhamento com a máquina, de forma a não haver ne-
nhuma tensão por flexão na peça, que são de difícil resolução.
Ensaio de compressão
Durante um ensaio de compressão, são impostas, sobre um
corpo de prova especifico uma carga de compressão uniaxial
crescente. A resposta do ensaio é quantificada pela deformação
Figura 7 - Mecanismo de Griffith para falhas. Funda- linear, que é tida pela distância entre as placas que aplicam a
mentos da ciência e engenharia de materiais: uma abor- carga sobre o corpo versus a carga aplicada. O teste mecânico é
dagem integrada (CALLISTER, 2016). comumente aplicado para a indústria de construção civil e de
materiais cerâmicos. Isso, pois através desse método é possível
Porém, apesar destes fatores, através da equação de Griffith, foi quantificar o comportamento mecânico de materiais como o
possível se obter a equação de tenacidade a fratura material, concreto e materiais de baixa ductilidade (frágeis). Numerica-
impondo que 𝛔𝐟 √𝛑𝐚 = √𝐄 × 𝐆, onde o fator a esquerda corres- mente falando, os resultados obtidos são semelhantes àqueles de
ponde a tenacidade a fratura (relação da tensão com o tamanho ensaio de tração, ou seja, apresentam a mesma influência de fa-
de trinca) e, no lado direito, tem-se a taxa de liberação de ener- tores como, por exemplo, temperatura de ensaio, velocidade de
aplicação de carga, anisotropia material, porcentagem de impu-
gia de deformação elástica.
rezas e defeitos, condições de ensaio, entre outras).
Dessa forma, escreveu-se a formula de tenacidade à fratura
como sendo 𝐊 𝐈𝐜 = 𝐘𝛔𝐟 √𝛑𝐚, em que Y corresponde a um fator
que depende da geometria do sistema. E para materiais frágeis,
tais como as cerâmicas, a tenacidade a fratura é posta como
sendo a resistência que o material apresenta ao crescimento ca-
tastrófico de trincas pré-existentes no material.
Sob algumas circunstancias, a fratura do material cerâmica irá
ocorrer devido a propagação lenta das trincas, caso a aplicação
da tensão seja do tipo estática, como o caso da flexão, e lado
direito da equação da tenacidade a fratura for menor que o valor
de 𝐊 𝐈𝐜 . Para tanto, esse efeito é chamado de fadiga estática/fra-
tura retardada. O seu mecanismo se explica devido ao fato de
um possível processo de corrosão sob tensão nas extremidades Figura 8 - Esquema de uma máquina realizando ensaio
das trincas, de forma que a combinação da tensão aplicada e de compressão. Fonte: Introdução aos processos de fa-
bricação (GROOVER, 2018)
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Para o ensaio, faz-se o uso de maquinas de ensaios universais
com parâmetros similares ao de tração, com diferença no fato
em que se faz a mudança nos cabeçotes de aplicação de carga,
que devem ser lisos e perpendiculares ao eixo em que a carga
será aplicada. Um dos cabeçotes deverá ser móvel enquanto o
outro será fixo. Em materiais frágeis, a fratura material ocor-
rerá preferencialmente no plano de 45º ao eixo de aplicação de
carga, e de forma geral, com uma pequena deformação no diâ-
metro. Já para materiais dúcteis ocorre o fator de embarrilha-
mento, ou seja, tem-se uma deformação pronunciada de dentro
para fora do material na região central do comprimento. Ou
seja, de forma geral, pode-se dizer que a compressão produz,
em materiais dúcteis, uma deformação lateral evidente, que
prossegue até que o corpo de prova se torne um disco, sem que
ocorra a ruptura do mesmo, sendo assim, as propriedades me-
cânicas para um material dúctil seriam apenas relacionadas à
zona elástica, fig. 9 (c).
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uma amostra de gesso e uma de concreto. Para o ensaio diame-
tral, foram realizadas duas vezes para o concreto e uma para o
gesso. Nas amostras de concreto, notou-se a existência de uma
camada de enxofre na superfície, dando a crer que foram impos-
tas para a redução do atrito gerado durante o procedimento de
compressão.
O ensaio de compressão foi feito após a medição das dimensões,
tabela 1, de cada corpo de prova com o auxílio de um paquímetro,
realizados em temperatura ambiente com uma taxa de 1
mm/min até a fratura dos corpos de prova. Posteriormente os
dados de força máxima de cada CP foi anotada, para que assim
fosse calculada a tensão. Os testes seguiram os parâmetros im-
postos pelas normas NBR 12129/191 MB-3470 (Gesso Para
Construção - Determinação das Propriedades Mecânicas) e NBR
5739/1994 (Concreto - Ensaio de compressão de corpos-de-
prova cilíndricos).
Material
Figura 11 - Compressão axial. Fonte: Autor.
Ensaio (amostra) D (mm) H (mm)
Concreto (C1) 51,20 97,86
Compressão
Diametral Concreto (C2) 50,32 98,24
Gesso (G1) 67,12 84,82
Concreto (C3) 50,30 -
Compressão
Axial Gesso (G2) 66,22 -
Tabela 1 - Dimensões dos corpos de prova ensaiados.
Fonte: Autor.
METODOLOGIA
O ensaio mecânico, realizado em laboratório da universidade,
foi feito desejando comparar os resultados das resistências me-
cânicas dos diferentes materiais utilizados em prática. As
amostras, figuras 13 e 14, foram concedidas na forma de cilin-
Figura 14 - Corpo de prova de gesso utilizado em prática.
dros. Destas, foram realizados ensaios de compressão axial em
Fonte: Autor.
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RESULTADOS E DISCUSSÃO Tabela 2 - Força e tensão de fratura das amostras ensai-
adas sob compressão. Fonte: Autor.
Em todas as amostras ensaiadas foi observado o aspecto de
comportamento frágil, i.e., tiveram suas fraturas com compor- Força Tensão de
tamento do tipo plano 45º. Para os casos de compressão dia- Material Máxima fratura
metral, a fratura se apresenta à 90º do carregamento trativo, Ensaio (amostra) (N) (MPa)
de acordo com a imagem feita por (MONTEIRO; JIA; SHAH,
1995) demonstrada na fig. 15, e comprovada nos corpos de Concreto (C1) 4039,12 0,5132
prova ensaiados de concreto e gesso, figuras 15 e 16. Compressão
Diametral Concreto (C2) 6475,4 0,8339
Gesso (G1) 17606,8 1,9688
03 0,7505 0,1678
04 1,1174 -
Gesso
05 1,7720 0,3171
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superfície de enxofre para redução do atrito, sofreram o efeito.
Da mesma forma que os corpos de prova de gesso, que devido à
instabilidade da colocação entre as placas, apresentou efeitos do
atrito. Assim, os corpos de prova submetidos ao ensaio axial ti-
veram múltiplas fraturas chegando até mesmo ao esfarelamento
material.
Partindo dos valores obtidos, observou-se que para os corpos de
prova de gesso foram conseguidos maiores valores de resistência
mecânica, ao se compararem aos corpos de prova de concreto,
que partindo da razão das tensões de compressão foi de 32% e
13% respectivamente.
Assim, deve-se ressaltar a importância do desenvolvimento de
projetos que apresentem a ocorrência de tensões mistas sob o
material e não apenas forças puramente compressivas, de forma
Figura 16 - Corpo de prova de concreto após fratura de a controlar parâmetros de fratura, i.e., premeditação de intem-
compressão diametral. Fonte: Autor. péries de aplicação.
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REFERÊNCIAS