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Direito Penal
Geovane Moraes e Ana Cristina Mendonça
AGRAVO EM EXECUÇÃO
1. CONCEITO, CARACTERÍSTICAS E HIPÓTESES DE CABIMENTO.
O agravo em execução não se destina a discutir mérito, e sim uma questão de execução
da pena que foi obstada pelo juiz. Ou seja, a decisão do juiz das execuções penais terá algo
ligado à execução de pena e que deverá ser reanalisado por meio do agravo em execução.
Ex. Pedir para revogar medida de segurança e o juiz decide por não conceder a
revogação, caberá o agravo em execução.
Ex. O réu tem decretada pelo juiz da vara das execuções penais a perda dos dias remidos
porque cometeu uma falta leve, pode ser interposto agravo em execução sob o fundamento
de que a perda dos dias remidos somente seria possível se o réu tivesse cometido falta grave.
O procedimento do agravo em execução não é trazido de forma expressa pela LEP,
entretanto o entendimento doutrinário e jurisprudencial dominante no sentido de que deve
ser aplicado o mesmo do Recurso em Sentido Estrito. Por esta razão o seu prazo é de 5 dias
para a petição de interposição e 2 dias para a apresentação de razões ou contrarrazões.
Desta forma, o endereçamento da petição de interposição é para o próprio juiz da vara
de execuções que proferiu a decisão a ser recorrida, devendo haver, assim como no recurso
em sentido estrito, um pedido de retratação (o chamado efeito regressivo).
Por sua vez, as razões do agravo em execução serão endereçadas ao Tribunal de Justiça
ou Tribunal Regional Federal, a depender do caso se a decisão for proferida por juiz das
execuções penais da alçada da Justiça Estadual ou Justiça Federal, respectivamente.
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OAB XIV EXAME DE ORDEM – 2ª FASE
Direito Penal
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Quanto aos efeitos do Agravo em Execução este, via de regra, não possui efeito
suspensivo, por expressa disposição do art. 197 da LEP, entretanto excepcionalmente terá
efeito suspensivo contra a decisão que julga extinta a medida de segurança pela cessação da
periculosidade, consoante entendimento doutrinário e por interpretação do art. 179 da LEP.
OBS.: O direito à prisão especial subsiste apenas até o trânsito em julgado da sentença
penal.
OBS.: Nem sempre a competência de aplicar a execução penal ao preso será do juízo
das execuções penais. Não é apenas a vara de execuções penais que cabe aplicar a pena. Se
existir no caso concreto um réu com competência por prerrogativa da função a execução da
pena será realizada pelo órgão ao qual o sujeito tem foro por prerrogativa da função. Neste
caso específico a petição de interposição será endereçada ao presidente do tribunal ao qual
o réu é vinculado, e as razões para o Egrégio Tribunal, representando uma exceção.
(Nome do Recorrente), já qualificado no processo execução às fls.__, por seu advogado formalmente
constituído que esta subscreve, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, inconformado com a
respeitável sentença ____, conforme fls.__, interpor tempestivamente o presente
AGRAVO EM EXECUÇÃO
com fundamento no artigo 197 da Lei de Execuções Penais.
Requer a realização do juízo de retratação e, em sendo mantida a decisão atacada, seja o presente recurso
encaminhado a superior instância para o devido processamento e julgamento.
Termos em que,
Pede deferimento.
Comarca, data
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Direito Penal
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Advogado, OAB
1. Dos Fatos.
Seja mais sucinto no resumo dos fatos e mais enfático no resumo do processo. Cita-se o mínimo necessário
para os fatos e o máximo para o processo. Deve-se expor como se chegou a sentença.
No final dos fatos, é para, sem pular linhas, fazer um parágrafo com o seguinte teor:
“A respeitável decisão proferida merece ser reformada pelos motivos de fato e direito a seguir aduzidos”.
2. Do Direito.
Fale inicialmente qual foi o equívoco cometido pelo juiz das execuções penais para depois mencionar o
direito aplicado ao caso concreto que será o fundamento do agravo em execução.
3. Do Pedido.
Deve-se fazer o pedido pleiteando o provimento do recurso para aplicar o direito referente a execução da
pena ao caso concreto.
Termos em que,
Pede deferimento.
Comarca, data
Advogado, OAB
3. CASOS PRÁTICOS
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PADRÃO DE RESPOSTA
Processo número:
Estrutura correta (divisão das partes / indicação de local, data, assinatura) (Valor: 0,2)
Termos em que,
Pede deferimento.
EGRÉGIO TRIBUNAL
COLENDA CÂMARA
ÍNCLITOS DESEMBARGADORES
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Direito Penal
Geovane Moraes e Ana Cristina Mendonça
1. Dos Fatos
2. Do Direito
Pela simples exposição dos fatos narrados, é inegável a ocorrência do
equívoco por parte do juízo das execuções penais, visto a negação da progressão de
regime pela falta de lapso temporal.
Analisando o caso concreto apresentado, verifica-se que o crime
cometido pelo agente ocorreu em 10 de fevereiro de 2006. Por ser crime hediondo, nos
termos do art. 1º, II da Lei 8.072/90, estabelece a referida lei que a progressão de regime,
nesses casos, deverá ocorrer desde que cumprido o lapso temporal de 2/5 da pena,
não sendo o réu reincidente.
Todavia, o art. 2º, parágrafo 2º teve sua redação determinada pela lei
11.464/2007, publicada no diário oficial dia 29 de março de 2007, não podendo
retroagir, salvo para beneficiar o acusado. Com isso, não pode o condenado dos autos
ser submetido e regido por lei prejudicial e posterior à data do cometimento do crime,
conforme preceitua o art. 5º, XL da Constituição Federal que estabelece o princípio da
irretroatividade da lei penal.
Sendo assim, Fernando tem direito à progressão de regime, nos termos do
art. 112 da Lei das execuções penais, visto que já cumpriu mais de 04 anos da pena, ou
seja, mais de 1/6, tempo necessário para a progressão, além de ter preenchidos os
demais requisitos para a concessão do benefício.
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3. Do Pedido
Estrutura correta (divisão das partes / indicação de local, data, assinatura) (Valor: 0,2)
Termos em que,
Pede deferimento.
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