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A empresa Promotora de Catering S.A. foi criada em 1973 e no ano de 1984 havia
conseguido um volume de vendas que superava os 5 milhões de dólares. Até aquele momento,
a ênfase dada à questão comercial - objetivo principal da direção da empresa - possibilitou uma
espetacular expansão. Além do mais, para manter este crescimento, iniciou-se uma
progressiva diversificação em outras atividades ligadas ao setor, como a restauração e a
hotelaria.
Embora nos primeiros anos praticamente não existisse nenhum concorrente para sua
primeira e principal atividade, o catering, recentemente surgiram várias multinacionais
estrangeiras que passaram a ameaçar a estabilidade e tranqüilidade até aquele momento
existentes. Contrastando com a situação financeira tranqüila do passado, na atualidade, a
empresa estava atravessando um momento delicado por falta de tesouraria que coincidia com
o surgimento na conta de resultados do último exercício, de pequenas perdas.
1. Política da empresa
A empresa foi criada em 1973 com o objetivo de dedicar-se à restauração. Foi fundada
por Pedro Segre depois dele ter trabalhado por conta própria no setor da restauração durante
bastante tempo. Com a colaboração de vários companheiros e colegas de trabalho, decidiu
iniciar a exploração da nova sociedade.
Pedro Segre, considerado a alma da empresa, poderia ser definido como um clássico
empresário autodidata que se fez por si mesmo, partindo do nada. Com 48 anos e natural de
Huesca, trabalhou como cozinheiro durante vários anos, em restaurantes de diferentes lugares
(em Barcelona, Zaragoza e durante pouco tempo, em Lyon). Durante sua estadia na França,
nos anos 1971 e 1972, chamou-lhe a atenção à existência de uma série de empresas que
forneciam comida preparada a outras empresas e a particulares, conseguindo bastante êxito.
Imaginando que este tipo de empresa também pode ser um sucesso na Espanha,
decidiu constituir a Catering S.A. para dedicar-se ao negócio de restauração. Assim, em 1973,
com 36 anos, ao voltar a Barcelona, entrou em contato com três pessoas com as quais havia
trabalhado anteriormente e com quem mantinha uma boa relação pessoal. Assim, ofereceu-
lhes entrar no negócio com uma participação acionária de 10% cada um, ficando com os 70%
restantes. Segre percebeu desde o primeiro momento que o “negócio” no qual estava envolvido
tinha um futuro promissor. Além do mais, o fato de ser um homem inquieto, fazia sua cabeça
“intuir” continuamente novas idéias e lançar-se sempre em novas aventuras. Foi dessa forma
que o negócio se desenvolveu.
1
NT; restauração = bufê, fornecimento de alimentação, restaurante
2. Organização da sociedade
Apesar de a empresa já ter alcançado uma notável expansão, como resultado do forte
ritmo de crescimento que caracterizava o espírito empreendedor de Segre, este queria manter,
e inclusive aumentar, a taxa de crescimento. Segre tentava continuamente transmitir seu
desejo de vender sempre mais, de oferecer mais produtos e mais serviços ao resto das
pessoas que trabalhavam na empresa. Tal como ele confessava: “Para mim não existe o
impossível. Tudo é questão de entregar-se a alguma coisa para consegui-lo. Enquanto
pudermos ser maiores temos de tratar de fazer o possível para consegui-lo. Só com um grande
tamanho podemos crescer mais que os concorrentes.”
Os objetivos para o ano 1985, comparados com os do ano anterior, eram ambiciosos e
como prova disso esperava-se duplicar o número de depósitos em 6 meses, assim como
inaugurar mais 4 restaurantes (2 em Madri, 1 em Valência e 1 em Zaragoza) e 1 hotel (em
Palma). Igualmente, começava-se a planejar a exploração dos apartamentos na costa catalã
com o objetivo de potencializar a diversificação da empresa.
Apesar de não se estabelecer nenhum tipo de objetivo formal e muito menos dispor-se
de dados orçamentários quantificados, uma vez por ano todos os responsáveis pelas diferentes
unidades de exploração se reuniam para comentar os resultados do exercício. Nesta reunião,
com um grande almoço, o diretor geral comentava a evolução da empresa e comunicava qual
deveria ser o aumento dos lucros da empresa para o próximo ano, procurando motivar o
pessoal para consegui-lo.
E continuou: “Na central, o pessoal vagava pelos corredores sem nada para fazer,
falando de futebol ou sobre qualquer outra bobagem. Apesar de ter havido um aumento
considerável no ritmo das atividades, o maior volume de pessoal contratado eslava localizado
na central. O resultado é que as unidades de exploração estavam sendo dirigidas de forma
burocrática. Os diretores são uns desastrados. Não possuem conhecimentos suficientes para
dirigir-nos e mantêm suas mordomias, bajulando o Segre. No começo pelo menos tinham mais
iniciativa, mas ultimamente se tornaram burgueses e não querem nada com o trabalho. Por
outro lado, acho muito preocupante o estado em que Segre se encontra. Ele não entende de
nada, vive em seu mundo, com suas fantasias e sua ‘corte real’. Acabou acreditando que a
empresa sem ele não é nada. E os que têm uma opinião contrária, criticam-no, ou não estão
O responsável pela área financeira e contábil é Jorge Badia, de 54 anos, que tinha a
total confiança do dono. Estes se conheceram antes da criação da sociedade, por terem
trabalhado juntos em outra empresa. Sua formação era bastante autodidata e até agora nunca
teve nenhum atrito com os diretores da divisão, que pareciam estar muito satisfeitos com a
informação que ele preparava.
Para facilitar seu controle, diariamente, cada unidade de exploração envia à central
uma folha detalhando os serviços realizados durante o dia e o dinheiro que entrou. A partir
destas folhas, a central elabora o faturamento semanal, mensal, trimestral e anual, tanto em
unidades como em dólares, para cada unidade de exploração, divisão e para a empresa como
um todo. Esta informação é remetida diariamente para a direção.