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DRACONATOS

James1 Wiatt
DRACONATOS
Homeless Dragon e Ninja Egg são dois grupos de jogadores e fãs
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Os draconatos são os herdeiros orgulhosos de um império há


Créditos muito despedaçado, sempre em luta para preservar sua identida-
de racial em um mundo que não os quer mais no comando. Eles
Autor acreditam ser a raça mais antiga a caminhar pela terra, nascidos
James Wiatt logo após os próprios dragões, mas na verdade, eles são uma raça
que encara seu crepúsculo enquanto raças mais jovens disputam
Diagramação sobre os restos do poder que lhes foi tirado.
Ninja Egg Ser um draconato é estar acima da grande massa de meros mor-
tais, é ser mais importante - descendente dos majestosos e po-
Adaptação derosos dragões e portadores do legado da antiga Arkhosia. In-
Homeless Dragon terpretar um aventureiro draconato é aceitar essa raça orgulhosa
como seu alter ego no jogo, assumir a identidade de um herdei-
Nosso site ro de Arkhosia, armado com a baforada e o vigor do dragão que
www.homelessdragon.com.br avassala seus inimigos enquanto suporta golpes sem hesitar.

Julho/2014 ÍNDICE
Draconatos......................................................................4

Sangue de Io...................................................................7

Filhos de Arkhosia..........................................................10

Família e clã...................................................................13

Draconatos arcanos.......................................................16

Draconatos divinos .......................................................18

Draconatos guerreiros....................................................21

Draconatos primitivos....................................................24

Itens para draconatos....................................................28

Missões para draconatos...............................................32


naar com um sorriso torto ao se afastar.
DRACONATOS

D
“Sua vez, paladino,” ela sussurrou. De-
onaar trocou seu ponto de apoio pois, como se tentasse suavizar o sarcas-
conforme Lia começou a mexer mo em sua voz, ela deu um tapinha no
na tranca. A elfa o olhou com des- ombro do draconato e seu anel do pole-
dém. Ela nem precisou dizer nada - já ha- gar fez um suave barulho de metal contra
via dito centenas de vezes antes. metal na armadura dele.
“Não me apresse quando estou traba- Donaar olhou para seus companheiros,
lhando,” ela costuma dizer. “Cuide do seu para ter certeza de que todos estavam
trabalho que eu cuido do meu.” prontos. Brandis, o mercenário, ergueu
A verdade é que a elfa jamais entenderia. seu escudo e assentiu. Thorn rosnou para
Ele não tinha problema algum com a ha- a porta e sua pantera espiritual agachou,
bilidade dela em abrir fechaduras - ou até preparando-se para o bote. Chana sorriu
mesmo a capacidade dela em estripar um para o paladino de maneira santificada,
inimigo rapidamente. Ela adorava impor- como uma manifestação visível da ben-
tuná-Io, zombando do código de honra ção de Erathis sobre seu companheiro. Lia
do paladino, imaginando que ele a des- desviou os olhos disfarçadamente, olhan-
prezasse por sua abordagem mais flexível do para trás, para o corredor de onde eles
à moralidade. Mas isso não era verdade? vieram. O paladino não esperava nada di-
Ele também não estava impaciente. Ape- ferente dela. Ele sorriu de volta para Cha-
nas ansioso. A tranca que Lia estava ar- na e abriu a porta com um chute.
rombando com tanto cuidado sugeria que Uma fera de chamas causticantes rosnou
a sala além daquela porta era importante e se virou, pronta para atacar. Um sabujo
- algo de valor estava sendo protegido. infernal candente! Outro girou o corpo,
Sem dúvida existiriam guardiões e isso surpreso pelo barulho da porta. Donaar
significava um combate. Donnar segurou não hesitou. Antes que cada monstro
com mais firmeza no cabo de sua espada, pudesse agir, ele avançou rapidamente,
antecipando o embate. sempre se mantendo entre as criaturas e
Após terem derrotado os guardiões, o seus aliados. Se quiserem feri-Ios, as bes-
que encontrariam lá dentro? O comple- tas teriam que passar por ele.
xo inteiro, com seus arcos de alvenaria e Como Lia costumava dizer, esse era o “tra-
portas largas, era o que restou de Arkho- balho dele.”
sia, construída no ápice do antigo império Donaar vislumbrou rapidamente os arcos
e soterrada pelo fluxo de lava do Monte colossais da sala onde estava. Ele conse-
Korinda, nas vizinhanças. Fantasmas e guiu perceber as cabeças de dragão que
esqueletos certamente guardavam seus foram entalhadas na própria pedra, mas
tesouros, com a infeliz adição de criaturas não se deixou distrair por isso. Era pos-
ele mentais flamejantes que parecem ter sível ouvir seus aliados atrás dele, espa-
achado meios de chegar até o complexo lhando-se com cautela na sala para dar
vindos das profundezas. Qualquer que suporte sem entrarem na linha do perigo.
fosse sua origem, essas criaturas guar- Só então ele se lembrou onde havia visto
davam o tesouro do povo de Donaar, os as cabeças de dragão.
antigos draconatos de Arkhosia. ‘’Abaixem-se’’, Donnar gritou e a sala ex-
Lia arrombou a tranca e se virou para Do- plodiu em caos.
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Cinco cabeças de dragão foram entalha- de Thorn estava ao seu lado, acalmando
das nas paredes, todas observando o cen- sua dor e concedendo a ele forças para
tro da sala. Cada uma possuía as feições continuar. Ele atingiu um monstro com o
de um dragão cromático diferente - e o escudo e o lançou em direção ao outro.
dragão nitidamente vermelho, com chifre Quando as duas criaturas colidiram, ele
e tudo mais, fora entalhado bem à frente arriscou olhar ao redor.
de Donaar. Ele nem teve tempo de ouvir A situação não estava tão ruim quanto ele
seu próprio conselho quando a boca do achava. Lia parecia ilesa - provavelmente
dragão se abriu e o cobriu com um jato ela saltou para longe do perigo quando
de fogo. ele gritou. Ela tentava rodear os sabujos,
Apertando os dentes por causa da dor, esperando o momento certo para usar
ele pôde ouvir os gritos de seus compa- sua adaga. Brandis estava mais afastado,
nheiros quando as outras cabeças despe- esperando que Thorn percebesse nele
jaram suas baforadas distintas de ácido, uma séria queimadura de ácido. Chana e
gelo, veneno e relâmpago sobre eles. O Thorn pareciam um pouco chamuscados
cheiro que atingiu suas narinas era forte, pela eletricidade, mas nada muito sério.
acre, provavelmente vindo da cabeça do “Vai ter de fazer melhor que isso, Rainha
dragão verde, bem à sua esquerda. Ele Dragão,”, ele resmungou bem no mo-
xingou a si mesmo - deveria ter visto a mento em que sua espada atingiu o om-
armadilha. bro de um dos monstros.
A armadilha parece ter dado novo ânimo As cinco cabeças de dragão indicavam que
aos sabujos e Donaar recuou cambalean- os draconatos que haviam construido e
te com os ataques. Em seguida, a pantera ocupado esse salão eram devotos de Tia-

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mat. A armadilha reforçava a mensagem tindo, a parede se abriu para os lados.
da porta trancada - o local definitivamen- Jatos de fogo foram expelidos na sala
te guardava algo importante. Mas porque adiante, mas os olhos de Donaar estavam
os monstros não ativaram a armadilha? fixos em uma figura sombria em meio ao
Algo não se encaixava nessa historia. Essa fogo. Os chifres que brotavam da cabeça
certamente era uma peça de um quebra- desse ser e a longa cauda inquieta indica-
-cabeça que Donaar não tinha. vam, sob a luz das chamas, tratar-se de
Brandis estava ao seu lado agora e Donaar um tiefling.
permitiu que o mercenário tivesse toda a Donaar lutou para suprimir a onda habi-
atenção do sabujo ferido. O desafio divi- tual de raiva e rancor. Hoje em dia, não
no de Bahamut mantinha a outra criatura era justo despejar toda a culpa pela que-
focada no paladino. Lia aproveitou essa da de Arkhosia sobre os ombros desse
atenção para enfiar sua adaga bem fun- tiefling - assim como era errado culpar
do na barriga do monstro. Ele começou a toda uma raça pelo mal causado ao an-
rosnar para ela em resposta, mas Donaar tigo império. Donaar chegou a conhecer
reuniu toda sua fúria pelo santuário pro- alguns tieflings dotados de honra e virtu-
fanado e atingiu o sabujo infernal canden- des quase tão exemplares quanto a sua.
te com seu poder sagrado. Sua espada ex- Conforme os olhos do draconato se ajus-
plodiu com luz divina e o sabujo caiu no taram à fraca luz além do arco, ele pôde
chão, suas chamas enfraquecidas e seu ver com detalhes o símbolo no peito do
corpo exalando fumaça. tiefling. Donaar libertou sua fúria logo em
Uma olhada rápida na sala revelou que seguida. O símbolo de uma garra verme-
Brandis lidava bem com o outro sabujo lha escarlate brilhava no peitoral metálico
e ele aproveitou esse momento para ob- do tiefling - o símbolo da Mão Vermelha
servar a sala mais atentamente. O domo de Tiamat.
do teto estava coberto de escuridão, mas “Vocês mataram meus bichinhos,” voci-
ele conseguiu ver rubis reluzindo como ferou o tiefling com um sussurro cortan-
olhos, sem dúvida eram adornos de al- te, “sobrepujaram minhas armadilhas
gum grande mural de Tiamat ou de suas e chegaram até meu maior santuário.”
crias dracônicas. Lajotas de cerâmica ne- Então, uma risada trovejante rompeu de
gra enfeitavam o chão, formando o sím- sua garganta. “Como devo lidar com vocês
bolo circular de Tiamat - outro aviso que agora?”
ele não tinha percebido. “A honra dita que devo tratar um adver-
“Sangue de Io,” ele sussurrou para si mes- sário digno com respeito,” respondeu
mo. “Preciso ficar mais atento da próxima Donaar, erguendo sua espada de maneira
vez.” casual. “Mas você não é digno de nada
Os olhos de Donaar pararam na parede além de uma morte rápida.”
do lado oposto da porta e uma sensação O draconato pôde ouvir seus aliados atrás
inquietante o assolou. A parede de pedra de si e soube que todos estavam prontos.
nua escondia algo - de alguma forma ele Sem olhar por sobre os ombros, ele inves-
“sabia”. Assim que Brandis e Lia acabaram tiu adiante, confiante de que seus compa-
com o sabujo restante, ele dirigiu-se cau- nheiros estariam logo atrás dele.
telosamente até a parede. “Por Bahamut.” Ele bradou. “Pela glória”
Com um forte estrondo de pedra se par-
6
A lenda reforça a ideia do laço entre dra-
SANGUE DE IO

C
gões e draconatos, além de afirmar a or-
omo todas as histórias que lidam dem natural do universo - dragões gover-
com o passado distante, as lendas nam, draconatos servem.
sobre o nascimento dos draconatos Outra lenda diz que Io criou os dragões
são obscuras em detalhes e geralmente sepàradamente, durante o nascimento
se contradizem. Mesmo assim, indepen- do mundo. Io os modelou com carinho
dente de qualquer precisão histórica, elas para representar o ápice da forma mor-
revelam alguma verdadeiro sobre a raça tal, imbuindo-os com o poder do Caos
- assim como sobre o interlocutor. Elemental para fluir em suas veias e ser
Uma dessas lendas conta que os dracona- arremessado por suas mandíbulas em ja-
tos foram criados por Io ao mesmo tem- tos flamejantes ou gélidos. Io concedeu
po em que o antigo deus-dragão criou os a eles a mesma mente aguçada e espíri-
dragões. No início dos tempos, reza a len- to caprichoso das outras raças mortais,
da, Io mesclou os espíritos astrais brilhan- ligando-os a si mesmo e às demais divin-
tes com a fúria irrefreável dos elementais dades do Mar Astral.
brutos. Os grandes espíritos se tornaram Entretanto, durante a Guerra da Aurora,
os dragões, criaturas tão poderosas, tão Io foi morto por um primordial conhecido
orgulhosas e de tanta força de vontade como Erek-Hus, o Rei do Terror. Com um
que se auto denominaram os senhores machado rústico de adamante, o Rei do
do mundo recém-nascido. Os espíritos Terror partiu Io em duas metades idên-
menores eram os draconatos. Mesmo ticas, da cabeça até a cauda. Assim que
dotados de estatura menor que a de seus o corpo partido de Io caiu no chão, cada
senhores poderosos, não eram menos metade se ergueu como um novo deus -
dracônicos em essência. Bahamut da parte esquerda e Tiamat da

DRACONATO E OS DEUSES
Três tipos de templos são muito comuns nas comunidades dos draconatos.
Bahamut governa sozinho em muitos templos desde a queda de Arkhosia. Nomeados como Tem-
plo do Deus de Platina ou Templo da Justiça Divina, tais locais de oração enfatizam a proteção que
Bahamut confere a todo o povo draconato em seu exílio forçado, enquanto preza os ideias de honra,
nobreza e justiça.
Os templos imperiais de Arkhosia tendem a ser mais ostentadores que os dedicados à Bahamut e
costumam ser maiores fisicamente, mas atraem menos seguidores. Nesses templos, altares para Era-
this, loun e Kord evocam a memória da vida ecumênica de Arkhosia. Alguns draconatos culpam
esses templos pela queda do Império, mas os devotos acreditam que os três deuses desejam que os
draconatos reconstruam sua antiga nação, domando as áreas selvagens e espalhando seu toque de
civilização com suas bênçãos.
Um movimento religioso recente entre as comunidades de draconatos é o Templo dos Filhos de Io,
onde Bahamut e Tiamat são adorados lado a lado como encarnações gêmeas da vontade do Deus-
-Dragão. A natureza maligna e vingativa de Tiamat é minimizada nesses locais, da mesma forma que
a virtude e senso de justiça de Bahamut. Os deuses são apresentados como pólos opostos que levam
ao caminho do meio, nem bem, nem mal, mas apenas o ideal dracônico.
Os templos onde Tiamat é adorada sozinha são tão raros e secretos entre os draconatos quanto nas
outras raças. Ainda assim, os adoradores draconatos da Rainha Dragão estão entre seus seguidores
mais violentos e opressores.

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parte direita. As gotas do sangue de Io, Um tema recorrente parece ligar todas as
que se espalharam por todo o mundo, lendas, por mais divergentes que possam
deram origem aos draconatos. ser - os draconatos devem sua existência,
Essa lenda separa a criação dos dracona- de maneira fundamental, ao deus Io, o
tos do nascimento dos dragões, indicando grande Deus-Dragão e criador de todos os
serem duas raças inteiramente distintas. draconianos. Todas as lendas concordam
Às vezes essa lenda é contada para afir- que os draconatos não são criações de
mar que os draconatos são menos impor- Bahamut ou Tiamat - sua origem não os
tantes que os dragões, criados pela mão coloca naturalmente de um lado ou outro
amorosa de Io. Existem também aqueles no conflito milenar entre os dois deuses.
que contam a lenda enfatizando que os Portanto, depende de cada membro da
draconatos nasceram do próprio sangue raça escolher seu lado nessa guerra sem
de Io - assim como as duas divindades fim entre os dragões cromáticos e me-
draconianas nasceram do corpo dividido tálicos - ou ignorar a situação completa-
do grande deus. Sendo assim, não seriam mente e encontrar seu próprio papel no
os draconatos deuses? mundo.
Há ainda uma terceira lenda, raramente
contada nos dias de hoje, que afirma se- Escolhendo lados
rem os draconatos os primeiros filhos do Seja qual for a raça, a maioria das pessoas
mundo, criados antes dos dragões e an- é imparcial e são poucos aqueles que re-
tes de qualquer outra raça humanoide. alizam um esforço consciente em prol do
De acordo com a lenda, todas as outras bem ou do mal. Já os draconatos, estão
raças foram criadas em uma fraca tenta- muito mais propícios a escolher um lado
tiva de imitar a perfeição dos draconatos. na batalha cósmica entre o bem e o mal.
Io os moldou com suas grandes garras e A história da morte de Io e do nascimento
os atingiu com sua baforada, derramando de Bahamut e Tiamat é contada constan-
em seguida seu próprio sangue, dando- temente pelos draconatos para enfatizar
-Ihes vida. A lenda continua e conta que a importância de escolher um lado ou o
Io criou os draconatos para serem com- outro.
panheiros e aliados, para viver em sua “Io não morreu para que ficássemos em
corte e cima do muro,” eles dizem. “Ninguém
entoar cânticos para o Deus. Os dragões deve ser ambivalente. As escolhas estão
foram feitos mais tarde, também por suas diante de vocês - o caminho de Bahamut
mãos, no início da Guerra da Aurora, para ou de Tiamat. A única decisão errada é
servir como máquinas de destruição. recusar-se a decidir.”
Essa versão da lenda foi muito popu- Claro que a maioria decide pelo cami-
lar durante a era de ouro do Império de nho de Bahamut em vez do de Tiamat.
Arkhosia, mesmo sendo proibida - ela O caminho da justiça, honra, nobreza e
proclamava que os draconatos deveriam proteção está mais de acordo com as nor-
ser os verdadeiros mestres dos dragões mas da sociedade do que o caminho que
e não o inverso. Ela também destacava leva à cobiça, inveja e vingança. Os que
a superioridade dos draconatos sobre as seguem os ensinamentos de Tiamat ge-
outras raças, tema muito comum na retó- ralmente escondem esse fato e adoram o
rica da antiga Arkhosia.
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Dragão Cromático em santuários secretos valência. Eles encaram a distinção entre
enquanto tentam cumprir suas obriga- os deuses como uma dicotomia falsa,
ções sociais. uma escolha entre dois lados da mesma
A escolha de um lado não é apenas uma moeda e não algo inteiramente diferente
questão de tendência. Cada momento de em sua essência.
crise requer uma decisão e os draconatos Esse desprezo pela ambivalência vai além
tendem a encarar decisões como mo- da escolha de uma tendência. Apesar dos
mentos de extrema importância. Quando draconatos apreciarem ouvir os dois la-
sofre uma injustiça, um draconato pode dos de uma discussão, eles não respeitam
escolher o caminho de Bahamut e tra- aqueles que fazem o mesmo, mas são
zer seu inimigo à justiça, ou pode seguir incapazes de escolher quem está certo.
Tiamat e jurar vingança. Mesmo os dra- Esse poder de decisão é a marca de um
conatos de tendência bondosa devotos caráter forte.
de Bahamut às vezes acabam escolhendo Essa atitude faz com os acordos envol-
esse segundo caminho - não devido à sua vendo draconatos sejam mais dificeis de
natureza impulsiva, mas por que às vezes serem alcançados, mas não impossível.
esse realmente é o melhor caminho. Na verdade, às vezes os draconatos che-
Alguns draconatos rejeitam a ideia de gam a acordos muito rapidamente, pois
escolher entre Bahamut e Tiamat, em es- percebem que cada lado está irredutivel
pecial os seguidores do Templo dos Filhos em sua posição e não será persuadido a
de Io. Eles costumam ser imparciais, mas mudar sua perspectiva. Nesses casos, um
sua posição é mais uma decisão em não acordo é a única solução viável.
escolher lados do que um sinal de ambi-

9
A
FILHOS DE ARKHOSIA
rkhosia não foi o primeiro im-
pério draconato - e nem será o
último a ser documentado pela
história, como afirmam muitos
membros da raça. Mesmo assim, ele ain-
da representa o ápice da história dos dra-
conatos, o pináculo da civilização e uma
cultura que, apesar de morta há muito
tempo, ainda molda seus descendentes.
Cada draconato vivo hoje é, de alguma
forma, um herdeiro de Arkhosia e carrega
dentro de si o orgulho da antiga linhagem
e o fardo da memória da queda desse im-
pério.
Arkhosia surgiu durante os recônditos da
história, incontáveis séculos antes da cria-
ção do império humano de Nerath. Ele foi
fundado a partir de uma confederação de
sete cidades-estados unidas sob a lide-
rança de um único e antigo dragão cha-
mado de O Dourado. O império se expan-
diu parcialmente pela conquista e pelo
alcance diplomático e comercial. Muitas
cidades-estados draconatas e até mesmo
algumas tribos e nações de outras raças
consideraram preferível viver dentro das
fronteiras seguras de um império podero-
so a terem de se defender sozinhos contra
a escuridão do lado de fora de Arkhosia.
E assim, Arkhosia prosperou por centenas
de anos, domando as áreas selvagens e
expandindo seu comércio e as missões di-
plomáticas até os confins do mundo.
Esse ímpeto constante pela expansão ra-
pidamente levou Arkhosia a um conflito
com outro poder imperialista dessa era
distante, o diabólico império de Bael Tu-
rath com sua casta de tieflings nobres.
Embates terríveis entre os dois impérios
se estenderam por séculos e trouxeram
devastação ao mundo. Os esforços de

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guerra criavam conflitos internos tam- Ouro. A não ser que algum outro Dourado
bém dentro de Arkhosia, em parte devido apareça para reacender a chama de um
à renovação dos cultos secretos de Tia- império dracônico restaurado.
mat.
A queda de Arkhosia foi tão notável quan- Glória
to suas conquistas. Os exércitos de Bael A obtenção de glória é uma motivação
Turath, com seus aliados diabos, profa- motriz para muitos draconatos, sejam
nou grandes áreas do império, engolindo eles aventureiros ou não. Um guarda de
cidades draconatas inteiras em cavernas caravana draconato deseja fama ao se li-
profundas ou simplesmente as destruin- vrar dos bandidos da estrada, enquanto
do por completo. O Dourado foi morto um draconato artesão espera ser famoso
e dezenas de outros lordes dragões ca- ao criar itens que se tornarão conhecidos
íram ou fugiram para as áreas selvagens por todo o mundo, por sua qualidade e
ao perderem o controle sobre a região. arte. Os draconatos aventureiros espe-
Bael Turath caiu diante do assalto incan- ram obter alguma glória ao caçar mons-
sável de Arkhosia, mas levou o império tros terríveis, encontrar tesouros fabulo-
dos draconatos consigo. Quando nenhum sos e combater a escuridão que ameaça
dos lados tinha recursos o bastante para sobrepujar os resquícios da civilização.
continuar lutando, quando os gritos e Alguns comparam essa ânsia pela gló-
trombetas de batalha foram finalmente ria ao ego inigualável dos dragões - essa
silenciados, nada restou dos dois impé- parece ser uma comparação apropriada.
rios além da população sem lar e ruínas Assim como os dragões querem ser co-
destruí das por toda a região. nhecidos pelo tamanho de seus tesouros
Poucos draconatos ainda habitam as ter- e temidos pela força de suas baforadas e
ras no centro de seu antigo império - ter- garras, os draconatos buscam renome ou
ras que permanecem maculadas pelo mal talvez até mesmo notoriedade. Se houver
e pelas magias poderosas que destruíram alguma diferença, é o senso de que os
a grande nação. Nos reinos mais recentes, draconatos fazem parte de algo maior.
incluindo Nerath, grandes grupos de dra- Para a maioria deles, o desejo pela glória
conatos eram proibidos. Mesmo assim, vai além da cobiça individual por renome
muitos membros da raça ainda se consi- e reconhecimento. Os draconatos não
deram cidadãos de Arkhosia; exilados de buscam a glória somente para si, mas
uma terra que não mais existia, mas que para seus clãs e raças. Quando um draco-
poderia renascer um dia. nato realiza façanhas gloriosas, seu clã e
Para esses draconatos, Arkhosia é mais toda a raça também compartilham dessa
que uma simples lembrança - é o símbolo glória, pois ela aumenta a estima dos ou-
de tudo o que é grandioso em sua raça. A tros clãs e das outras raças no mundo.
glória do império foi a glória de todos os Existem tão poucos draconatos no mun-
draconatos, mas sendo assim, sua queda do e eles estão tão espalhados que um
foi a queda de todos. Ainda que muitos indivíduo pode muito bem ser o único
draconatos busquem a glória através de membro da raça conhecido por um deter-
seus atos, seus esforços nunca alcança- minado grupo de pessoas. É natural que
rão o renome de Arkhosia em sua Era de as pessoas dessa região tenham formado

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opiniões sobre os draconatos em geral até mesmo para afligir o terror no coração
baseadas no conhecimento sobre esse das pessoas. Os draconatos que seguem
indivíduo. Se ele realizar atos heroicos, o o caminho de Tiamat geralmente combi-
povo o verá como um herói e sua estima nam essa glória e vaidade com o orgulho
pela raça como um todo aumentará. Des- invejoso que os leva a sabotar os esforços
se modo, os draconatos buscam repre- e conquistas de seus rivais. Mas até mes-
sentar bem a quase esquecida glória da mo os draconatos que seguem o caminho
antiga Arkhosia. de Bahamut sofrem desse mal, pois ten-
Dito isso, alguns draconatos são propen- tam ser vistos como exemplos de justiça
sos ao mesmo orgulho egocêntrico de- e honra, mas às vezes são motivados pelo
monstrado pelos dragões e os aventurei- orgulho em seus corações que os cegou
ros são talvez os que mais demonstram para suas própriás falhas. Eles protegem
esse sentimento. Eles buscam a glória, os fracos, não porque é o que Bahamut
não só para elevar o prestígio de sua raça, ordena, mas por seu próprio desejo de re-
mas para exigir o respeito e adoração dos ceber a ovação dos que salvaram e talvez
outros, para acumular tesouros, talvez alguma recompensa monetária.

RUÍNAS GRANDIOSAS
É possível que o coração da antiga Arkhosia fique bem distante de onde seu personagem nasceu. En-
tretanto, a influência desse império certamente chegou até as terras onde o personagem se aventura e
sua carreira talvez o tenha levado a ruínas erguidas durante o ápice da civilização do antigo império.
Seu personagem encontrará com frequência ruínas incrustadas em penhascos ou ao longo de vales
perdidos. Maravilhosas fachadas de pedra entalhadas com pilares, arcos e pináculos portam imagens
de cabeças, asas e caudas trepidantes dos dragões. As câmaras mais importantes dessas cidades geral-
mente podem ser encontradas em salões dentro de enormes cavernas.
Quando encontrar estruturas fora das câmaras escavadas, é possível que elas contenham torres maci-
ças, espirais graciosas e arcos majestosos, todos portando os mesmo adornos com o tema dracônico.
Grandes blocos de pedra vinda dos desfiladeiros e montanhas vizinhas formam estruturas monu-
mentais - ou pelo menos deve haver indícios de que tais estruturas existiram no local. Muitas das
antigas cidades de Arkhosia construíam estátuas enormes de seus patronos dragões em praças cen-
trais, mas é muito raro encontrar essas estátuas ainda de pé. Na melhor das hipóteses, o personagem
pode esperar encontra uma ou mais garras ainda conectadas a pedestais maciços, rodeados por entu-
lhos e pedras gastas que faziam parte do corpo majestoso do dragão de pedra.
Uma das ruínas mais famosas de Arkhosia é a cidade perdida da Fenda da Serpente, uma das sete
“Joias do Sul” - o orgulho do império. Construída sobre as laterais de um desfiladeiro sinuoso e se ex-
pandindo para dentro dele, a Fenda da Serpente era conhecida pelos tons brilhantes de suas paredes
iluminadas pelo sol e suas pontes translúcidas que deixavam a iluminação solar atingir até mesmo as
áreas mais profundas do desfiladeiro. Uma rede de passagens e grandes câmaras se espalhavam pelo
subterrâneo por quase um quilômetro e meio sob as muralhas. Até os dias de hoje, os draconatos se
reúnem nessas ruínas de tempos em tempos, em excursões em busca de tesouros perdidos da cidade.
Mas diabos também habitam as ruínas, ainda tentando destruir de uma vez por todas o fantasma da
Fenda da Serpente.
Durante a guerra secular entre Arkhosia e o império tief1ing de Bael Turath, territórios eram constan-
temente tomadas por um lado e retomadas pelo outro. Por esse motivo, é comum encontrar ruínas de
uma cidade de Arkhosia numa semana e destroços de um domínio de Bael Turath na seguinte - ou até
mesmo descobrir um local onde os estilos arquitetônicos dos dois impérios tenham sido construídos
um sobre o outro.

12
reunião de famílias, unidas por uma alian-
FAMÍLIA E CLÃ ça em comum. Essas famílias estão liga-

A
das pelo sangue e os clãs se unificam ao
ntes do império de Arkhosia ter se redor de um patrono, governante ou até
espalhado pelo mundo, os draco- mesmo um ideal. As associações de clãs
natos se agrupavam em clãs, que foram formadas em eras passadas e rara-
por sua vez, juravam lealdade a um único mente mudam, mas é comum encontrar
dragão patrono. Com indivíduos e famílias de um mesmo clã
o passar dos séculos, esses clãs cresce- que discordem sobre o propósito original
ram e se tornaram cidades-estados e e o papel adequado do clã na era atual.
acabaram se unindo ao grande império Ainda assim, os draconatos reverenciam
arkhosiano. Mesmo tendo caído há muito seus familiares ancestrais e os mortos
tempo, os clãs draconatos ainda existem honrados de seu clã e tentam sempre
e continuam a compor o elemento central buscar a glória para o clã por meio de
de sua identidade racial. seus feitos.
Cada clã draconato é formado por uma Um clã pode definir o estilo de vida de

NOMES DE DRACONATOS
Os draconatos possuem nomes pessoais, recebidos no momento do nascimento.
Eles também podem ter nomes de infância, nomes de família e de clã. Essés nomes são dados de
acordo com a herança e posição do draconato na sociedade.
Um nome ou apelido de infância é comum. Ele costuma ser descritivo e serve como um termo cari-
nhoso ou de encorajamento para um jovem da raça. O nome pode relembrar um evento ou um hábi-
to. Ele pode derivar de um ancestral que agia como a criança, ou até mesmo um brinquedo favorito
pode ter servido como inspiração. Esses nomes raramente são apropriados para adultos. É um sinal
de desrespeito usar esse nome sem permissão ou sem a autoridade de um pai ou ancião. Os dra-
conatos anciãos só se utilizam de um nome de infância para se referir a um draconato adulto em
momentos de desaprovação.
Nomes de infância: Devoto, Escalador, Entusiasta, Morde-Escudo, Ouvinte, Pequeno Kriv, Saltador.
Os nomes de família se utilizam de palavras dracônicas, assim como muitos nomes próprios, e são
usados por linhagens específicas. Elesgeralmente derivam dos feitos de um membro antigo da li-
nhagem ou um amálgama dos nomes de ancestrais famosos. É raro um draconato se identificar pelo
nome da família, exceto quando ele precisa ser específico. Eles costumam manter seus nomes de
família em segredo, a não ser entre amigos, e, por isso, usam muito seu nome de clã.
Nomes de família: Alreja, Bhergav, Duggal, Garodya, Iyotar, Letrah, Mulhotra, Odeyar, Pradhu, Re-
ddyar, Samanga, Tyagi, Ulharej, Vadula, Yadav, Zaveri.
Os nomes de clã são títulos antigos muitas vezes inspirados em nomes dos lordes dragões de Arkho-
sia. Os que não são nomes de dragões são baseados em associações comerciais ou academias marciais,
muito parecidos com os guildas, sociedades arcanas ou ordens de cavalaria atuais. Um draconato
atende pode ser nome de clã para que seus feitos sejam refletidos em seu clã. Os membros de um
determinado clã o defendem ferozmente contra abusos e alguns membros renegados da raça têm seus
privilégios revogados e não podem usar seu nome de clã.
Nomes de clãs: Martelo Voador, Cavaleiro de Dragonetes, Escama da Lua, Escama Mágica, Fomen-
tador da Guerra, Lâmina da Paz, Lança de Prata, Marca do Sábio, Marca Rubra, Ruína do Sangue,
Fronte em Chamas.

13
um draconato e muitos aventureiros da Clã ligado a um dragão
raça são motivados pelo desejo de lim- O clã do personagem ainda está ligado
par uma mancha ou se igualar à glória de aos serviços de um dragão, como acon-
seus antepassados. Outros abandonam a tecia na antiga Arkhosia. Seu povo não
sociedade, tentando escapar da respon- vive junto às outras raças, mas numa área
sabilidade trazida pelo vínculo com um selvagem remota próximo do covil de seu
clã. Ainda outros buscam um dia alcançar mestre. Os costumes de outras raças e
glória e experiência o bastante para se suas civilizações são estranhos para ele,
tornarem os líderes de seus clãs. que muitas vezes é considerado como
bárbaro ou incivilizado. Por que o per-
Antecedentes de clã sonagem abandonou seu clã recluso e a
Se quiser que o clã seja um fator impor- servidão ao mestre? Será que ele está em
tante na vida de seu personagem dra- busca de aventuras a pedidos de seu pa-
conato, escolha um dos antecedentes trono? Seu mestre dragão é benevolente
abaixo (ou outros apresentados neste ou cruel e dominador?
livro) que reflita melhor a história desse
clã. Após escolher um antecedente, você Clã de escravos Turathi
pode (com o consentimento do Mestre) Seu clã foi escravizado pelos tieflings
selecionar um dos beneficios a seguir: governantes de Bael Turath durante as
•. Receber +2 de bônus em um teste de primeiras baixas da guerra dos infernais
conhecimento específico do seu clã. contra Arkhosia. Eles sofreram injúrias
•. Receber +2 de bônus em todos os tes- terríveis, punições horríveis e talvez até
tes de Carisma envolvendo draconatos mesmo experimentos mágicos nas mãos
que conheçam a história do seu clã. dos mestres bruxos. Seu personagem
dele escolher suas perícias treinadas. pode apresentar sequelas dessa antiga
•. Escolher um idioma relacionado a um opressão - ser exoticamente baixo, ter um
dos antecedentes do personagem. Ele temperamento obediente e dócil ou até
sabe falar, ler e escrever fluentemente mesmo uma predileção para as magias
nesse idioma. sombrias de seus antigos mestres. Talvez
•. Se estiver usando um cenário de cam- ele busque glória para provar a si mesmo
panha, seu clã pode ser conhecido em de- que é melhor que seus ancestrais ou
terminada região e influenciar a vida e a quem sabe não busque glória alguma.
rotina dessa região.
•. Seu clã pode ter uma vantagem física Herança manchada
ou mágica por ter se estabelecido em Seu personagem vem de um clã desonra-
uma região extrema ou ter suportado si- do de draconatos. Alguém na família dele,
tuações e condições especiais. seja no presente ou no passado, fez algo
tão covarde e desonrado, que trouxe uma
péssima reputação para todo o clã. Talvez
um grupo de soldados tenha deserdado
durante uma batalha importante entre
Arkhosia e Bael Turath; ou quem sabe um
feiticeiro do clã tenha destruído um con-

14
clave inteiro com uma magia malfeita ou
um ritual fracassado; ou um bruxo que fez
um pacto infernal, lidando com diabos e
unindo forças com o império de Bael Tu-
rath. Os outros draconatos, se souberem
seu nome de clã, entenderão que seu per-
sonagem é capaz dos mesmos deslizes, o
culparão pelas ações dos membros do clã
ou simplesmente zombarão dele por sua
herança. Como seu personagem respon-
derá a essa recepção? Ele esconderá sua
afiliação ou a rejeitou por completo? Será
que ele busca alcançar a glória que apa-
gará os feitos sombrios dos que envergo-
nharam seu clã?

Legado louvável
Seu clã afirma ter pelo menos um indiví-
duo ou família notáveis associada a ele;
alguém que trouxe grande glória para o
nome do clã. Um ancestral pode ter sido
um grande herói de guerra ou um gover-
nante benevolente. Uma família pode ter
sido composta de renomados artistas ou
diplomatas austeros. Todos que conhe-
cem sua afiliação de clã esperam que
o personagem represente os mesmos
elevados padrões. Eles o considerarão
arrogante ou pedante antes mesmo de
conhecê-Io, ou talvez tenham um proble-
ma pessoal com o clã, acreditando que
ele teria roubado a fama que lhes perten-
cia. Como seu personagem vai reagir ao
renome de seu clã? Ele se orgulha disso
ou acredita que é um fardo na medida em
que todos esperam grandes feitos dele?

15
desaparecimento? O que o personagem
DRACONATOS ARCANOS planeja fazer com sua nova liberdade?

A
s forças elementais que fluem no Como ele usará a magia aprendida com
sangue dos draconatos os deixam seu antigo mestre?
aptos a usar magias arcanas. A ha-
bilidade de soprar uma rajada de energia Conjurador de sangue
elemental bruta os leva quase que natu- dracônico
ralmente a canalizar essa mesma energia O poder arcano faz parte da vida do per-
por meio de magias, geralmente como sonagem; é a matéria e a essência das
um feiticeiro que controla a magia ineren- forças elementais que potencializam seu
te da alma dracônica. sopro de dragão. Para ele, conjurar ma-
gias não é diferente de soprar seu poder
Arquétipos arcanos dracônico - são duas coisas naturais. Na
Se decidir jogar com um personagem dra- verdade, para muitos desses conjurado-
conato com uma classe arcana, você pode res, o dificil é controlar essa energia que
utilizar um dos arquétipos a seguir, eles parece sempre pronta para explodir de
podem servir como referencias para criar seus corpos. O personagem pode estar
imagens mais completas de um tipo de vulnerável a fiascos mágicos, principal-
personagem com o qual você pode jogar. mente com seus poderes sem limite que
Por esse motivo, eles incluem sugestões explodem dele quase que inconsciente-
sobre decisões futuras para o persona- mente. Ou talvez o domínio desse poder
gem. possa ser algo tão natural quanto ajustar
seu sopro, uma simples questão de dire-
Mago ligado a um dragão cionar sua vontade e energia para fora e
Seu personagem aprendeu a prática da manifestar a magia desejada. Seja como
magia com um dragão de verdade. E raro for, aqueles que estudam e treinam por
ver dragões conjurando magias como os anos para aprender a controlar as ínfimas
mortais, mas independente disso, a ma- manifestações de magia invejam ou te-
gia está presente no sangue deles e al- mem o potencial do personagem, pois o
guns dragões mais sagazes da raça costu- poder lhe vem fácil, para o bem ou para
mam instruir os mortais - especialmente o mal. Ele sente uma afinidade e ligação
os draconatos - em antigos métodos de com os dragões e pode até mesmo so-
conjuração. Normalmente esses estudan- nhar com o dia em que se transformará
tes estão presos ao dragão, como escra- nesse pináculo da perfeição dracônica -
vos, e usam a magia a serviço do dragão. ou quando os subjugará com seu poder.
Seu personagem era um desses escravos
e aprendia a conjuração dracônica ao Estudante da trilha dos
lado de um dragão incrivelmente antigo,
inteligente e sábio. Como ele escapou da
nove degraus
Na antiga Arkhosia, uma sociedade com-
servidão? O dragão foi morto por aven-
posta por bardos, feiticeiros e magos criou
tureiros ou por um monstro mais pode-
a Ordem da Trilha dos Nove Degraus, que
roso - talvez um dragão rival? A pesquisa
codificou e propagou os ensinamentos
arcana desse mestre causou sua morte ou
arcanos dos draconatos. Os sábios da or-

16
dem viviam como mendigos; não tinham Mercenário arcano
posses além dos tomos que conseguis- Muitos draconatos ganham seu sustento
sem carregar e dependiam do apoio e da como mercenários, guardas de carava-
hospitalidade do povo enquanto viaja- nas ou guarda-costas. Embora seu tama-
vam de cidade em cidade. Eles viajavam nho imponente e força esplêndida façam
em pares, um mestre e um aluno. Confor- dos draconatos guerreiros e senhores da
me o conhecimento do aluno aumentava guerra perfeitos para esse trabalho, mui-
e se igualava ao do mestre, eles procura- tos com inclinações arcanas também se-
vam novos alunos nas cidades visitadas. guem essa carreira, usando sua magia de
Assim, os segredos da ordem se propa- forma destrutiva. A vida de um mercená-
gavam. Alguns mestres sobreviveram à rio o leva quase que naturalmente para o
queda de Arkhosia e se espalharam pelo caminho do aventureiro - basta um traba-
mundo, mas é raro encontrar alunos que lho dar muito errado; um encontro ines-
aceitem sua tutelagem. perado com uma ameaça muito maior
Seu personagem estudou com um mestre que saqueadores de caravana ou solda-
dessa ordem e aprendeu ensinamentos dos inimigos pode mudar a vida de um
arcanos antigos que são estranhos aos mercenário para sempre.
praticantes de magia contemporâneos. O O personagem pode ser um mago que
que aconteceu com o mestre que o edu- fornece apoio de artilharia arcana para
cou? Seu personagem está à procura de um grupo de soldados mais tradicional.
um aluno ou seu mestre morreu ou desa- Ou até mesmo um bardo que atua como
pareceu antes que seu treinamento esti- o líder de uma companhia de mercená-
vesse completo, deixando-o em busca de rios, lutando ao lado de seus companhei-
outro mestre? ros enquanto os encoraja e auxilia com
suas magias.

17
divindades ou de algum ideal divino, mas
DRACONATOS DIVINOS os clérigos costumam considerar todo o

P
ersonagens draconatos que adotam seu grupo de aventureiros como um ins-
classes divinas geralmente veneram trumento da vontade divina.
Bahamut, mas também existem Os invocadores da raça são herdeiros de
aqueles que se voltam aos ensinamen- uma tradição muito antiga que data de
tos do Templo dos Filhos de Io (consulte antes de Arkhosia e são os personagens
a pág. 7). Até mesmo os draconatos que divinos mais propensos a cultuar Baha-
seguem outros deuses costumam ter Io mut e Tiamat como aspectos gêmeos do
como seu patrono racial, quase como um deus único Io. Essa forma de magia divina
ancestral divino. foi a arma usada pelos servos dos deuses
Seguir pelo caminho de uma classe divina na Guerra da Aurora, quando o próprio Io
envolve assumir um compromisso e man- concedeu poderes a seus servos mortais
tê-Io, algo que os draconatos fazem bem. na batalha contra os lacaios dos Primor-
Muitos draconatos divinos podem ser de- diais. Os invocadores draconatos têm o
finidos por seu poder de decisão - e sua hábito de falar sobre a morte de Io e o
impaciência com todos que se recusam a surgimento de Bahamut e Tiamat como
escolher um lado em uma disputa ou que se fossem acontecimentos recentes, ou
faltam com suas promessas. uma fase que vai terminar logo.
Os draconatos vingadores são raros. Eles
Classes divinas costumam aparecer em monastérios
A maioria dos draconatos que adotam afastados onde são ensinadas doutrinas
classes divinas são paladinos, agindo em estranhas sobre a natureza dos deuses.
nome de seu deus com dedicação e zelo. Esses personagens geralmente servem a
Os draconatos paladinos de Bahamut es- Tiamat em vez de Bahamut, mas costu-
tão entre as forças do bem mais podero- mam ter opiniões ortodoxas sobre a na-
sas no mundo - campeões da honra e da tureza dos dois deuses.
justiça, cruzados contra o mal e a tirania,
protetores dos fracos e oprimidos. Outros Arquétipos divinos
podem ser mais como cruzados em prol Assim como os arquétipos arcanos apre-
das forças da civilização,combatendo a sentados nas páginas anteriores, os ar-
escuridão do mundo e forçando-a a re- quétipos divinos incluem sugestões sobre
cuar para construir um novo império, aos outros elementos que podem ser usados
moldes da antiga Arkhosia ou Nerath, em na construção do personagem.
nome das divindades como Erathis, loun
e Kord. Campeão de Bahamut
Os draconatos também são ótimos cléri- Aclasse do personagem não importa.
gos e preferem os poderes que os levam O que importa é que ele é um servo de
à frente de batalha, no combate corpo Bahamut e busca imitá-Io em todos os
a corpo. A diferença entre um dracona- seus atos. Ele luta para ser uma encarna-
to paladino e aqueles que escolheram o ção viva da vontade do deus no mundo,
caminho do sacerdócio é sutil: ambos se uma extensão de suas garras poderosas.
consideram campeões cruzados de suas Seus princípios de honra e justiça, sua
vigilância contra o mal e seus cuidados
18
para com os fracos guiam suas decisões fundezas do oceano, a terceira e mais po-
e o aconselham sobre sua próxima ação. derosa cria de Io. Ou talvez ele reverencie
Alguns o chamam de ingênuo, cego para Tiamat como uma divindade imparcial da
as realidades duras da vida nessa era de retribuição justa, deturpando o entendi-
trevas. Talvez ele seja - mas isso não quer mento tradicional da sede de vingança do
dizer que ele está errado. A maioria dos deus quase numa qualidade, se não acei-
campeões de Bahamut é formada por tável, pelo menos admirável. É possível
paladinos e clérigos que representam que ele creia que todos os deuses sejam
um dos ideais da encarnação de Baha- na verdade dragões ascendidos à divinda-
mut como guerreiro deus. O personagem de; exemplos perfeitos de que os mortais
pode se vestir com uma armadura bri- podem seguir pelo mesmo caminho de
lhante de cor platina - ou talvez suas es- ascensão. Uma vez que sua forma pouco
camas sejam naturalmente dessa cor,um convencional vai definir a maior parte do
sinal da bênção e do chamado do deus. seu personagem, procure outras formas
para desafiar as expectativas que os ou-
Draconato iconoclasta tros têm dele. Não faça escolhas que o
Embora o personagem venere uma divin- impeçam de cumprir seu papel no grupo,
dade conhecida do panteão tradicional, mas fora isso, vale tudo.
ele a cultua de uma maneira que muitos
consideram estranha ou blasfema. Suas Fragmento de Io
crenças sobre os deuses e sua forma de O poder divino do personagem é um frag-
servi-Ios são no mínimo ortodoxas. Talvez mento ínfimo do poder de Io - uma partí-
ele as tenha aprendido em um monasté- cula de luz divina do deus moribundo que
rio (tornando este antecedente perfeito escapou das garras de Tiamat e Bahamut
para os vingadores) ou as tenha criado quando as duas divindades se ergueram
sozinho, talvez como uma resposta con- de seu cadáver e reinvindicaram seu man-
tra ensinamentos mais tradicionais que to - uma estilha que permaneceu ador-
foram instilados em seu coração anterior- mecida até que finalmente encontrou seu
mente. Por exemplo, o personagem pode destino, dentro dele. Talvez essa parte
cultuar a divindade Melora como sendo tenha sido guardada por um anjo, espe-
um grande dragão catastrófico das pro- rando o momento certo para ressurgir em

HONRA DOS DRACONATOS


Como um draconato, sua honra é sua vida. Tenha sempre em mente os seguintes princípios:
• Em batalha, trate seus inimigos com cortesia e respeito.
• O medo é uma doença e a covardia, um fracasso mortal.
• Cumpra suas promessas; um juramento solene é mais importante que sua vida. Seja sempre honesto
e não faça promessas a toa.
• Dê sempre o melhor de si e se isso não for o bastante, treine mais até que seja. Não desista até fazer
tudo ao seu alcance.
• Respeite seus anciãos, seus líderes e todos que merecerem seu respeito. Obedeça às ordens justas e
cumpra com seu dever. Oponha-se a todos que fazem mau uso da autoridade que Ihes é outorgada.
• Lembre-se que seus atos refletem em seus companheiros, em seu clã e em toda sua raça. Não faça
nada que lhe traga vergonha, mesmo que outros em seu clã o tenham feito.
• Desafie seus inimigos com a mesma coragem com que você desafia a si mesmo.

19
um grande campeão mortal. Ou talvez te- poderes dados por ela do que cumprir a
nha sido reivindicada por um draconato vontade da deusa. Talvez ele tenha trei-
invocador que a passou de geração em nado como um vingador para caçar os ini-
geração por séculos, até chegar ao perso- migos de Tiamat, mas algum evento des-
nagem. Ela pode ter estado escondida em pertou sua consciência adormecida e o
sua linhagem por gerações e só agora o forçou a fugir do templo em que servia. É
personagem foi capaz de despertá-Ia por possível que ele tenha sido sequestrado,
completo. A ideia se resume a isso: seu controlado magicamente e forçado a ado-
personagem é o portador de uma parce- tar uma doutrina em seu culto secreto e
la tremenda de poder divino - poder esse depois libertado - na verdade abandona-
que muitos adorariam para si. do à sua própria sorte para decidir onde
Este arquétipo é perfeito para um invoca- está sua lealdade e ideais.
dor que não quer ser um simples aluno Interpretar um personagem maligno
dos métodos antigos, mas um herdeiro pode atrapalhar a mesa de jogo, mas
literal do poder antigo. personagens que lutam constantemente
para sobrepujar suas próprias tendências
Peão relutante de Tiamat malignas oferecem muitas boas oportu-
OS poderes divinos do personagem são nidades de interpretação. Mas busque
providos por Tiamat, mas seria injusto manter portas abertas para que um dia
dizer que ele cultua a deusa maligna da ele possa se libertar do jugo de Tiamat,
cobiça e da vingança. Certamente ele mesmo que isso venha a exigir um ato fi-
respeita seu poder e a teme - mas se de- nal de autossacrificio.
pendesse dele, ele prefere abandonar os

20
Os draconatos guerreiros usam machados
DRACONATOS GUERREIROS

P
e lâminas pesadas, de uma ou duas mãos.
ersonagens draconatos que que se Alguns se tornam guerreiros impetuosos
tornam guerreiros são geralmente e aprendem a liberar sua fúria draconata
motivados pelo desejo de alcançar a inata em combate, mas o estilo impetuo-
glória por meio de façanhas fantásticas de so vai contra a disciplina rigorosa que os
poder físico. Uma vez que os personagens draconatos acreditam ser necessária para
guerreiros não dependem de nenhum se obter a maestria em qualquer arte.
tipo de poder externo, seus feitos glorio- Os patrulheiros da raça costumam enfati-
sos só refletem suas próprias proezas e a zar o combate corpo a corpo, preferindo o
honra de seu clã, não há uma interferên- estilo de combate com duas armas. Pou-
cia de seres divinos ou do fluxo de energia cos são os draconatos ladinos.
arcana.
Por essa razão, os draconatos guerreiros Arquétipos de guerreiros
são mais arrogantes que os de outras Use os arquétipos de guerreiros a seguir
classes. para auxiliar na criação de personagens.

Classes guerreiras Comandante fervoroso


Devido à sua força natural, os draconatos A emoção controla o personagem. Como
são excelentes classes guerreiras, embora muitos draconatos, ele experimenta
certamente prefiram o combate corpo a emoções profundas - fica furioso em vez
corpo e a força bruta em vez da velocida- de irritado e gargalha quando outros po-
de e agilidade. deriam simplesmente sorrir. Em batalha,

21
sua ferocidade e entusiasmo compensam humanoides em combate.
muito sua falta de disciplina e ele é bem É possível que ele tenha sido um escravo
capaz de correr para a batalha em vez de em uma cidade hobgobling ou ele lutava
ficar em uma muralha de escudos com em arenas ilegais dentro de alguma cida-
seus aliados. Suas paixões também afe- de humana.
tam seus aliados, que o consideram quase Quanto tempo ele lutou? Ele foi sempre
como um líder, mesmo que esse não seja bem-sucedido ou por muitas vezes em
o papel dele em termos de jogo. É difi- sua curta e inglória carreira escapou qua-
cil não segui-Io quando ele os lidera em se que sem vida da arena? Ele lutava por
combate, simplesmente por causa de seu que queria ou era forçado? Ele gostava?
entusiasmo e comprometimento. Por que parou? Ele escapou da escravidão
O que causa a paixão pela aventura em ou conquistou sua liberdade numa luta
seu personagem? E o desejo pela glória, a importante? Quem sabe um patrono rico
sede pelas riquezas ou uma cruzada con- não o comprou depois de ver algo que os
tra monstros malignos? Ou seria simples- antigos mestres dele não notaram? Al-
mente a emoção de estar no mundo, livre gum de seus companheiros de aventura
e desimpedido, arriscando a vida todos os lutava ao seu lado ou talvez contra o per-
dias em batalhas sangrentas? sonagem?

Gladiador exótico Soldado disciplinado


O personagem luta por esporte - para A excelência marcial é o maior desejo
divertir os outros e não a si mesmo. Ele desses personagens, pois eles acreditam
era popular por causa de sua raça exótica simbolizar a perfeição do caráter e do es-
e grande força, atraindo multidões para pírito. O soldado disciplinado aprimora
assisti-Io lutar e matar monstros e outros seu corpo e treina constantemente com

22
uma arma ou armas escolhidas.
Ele não deseja apenas sobreviver - seu
treinamento está ligado ao seu cresci-
mento, sua honra e a reputação de seu
clã. Ele provavelmente se concentre tanto
na disciplina e na ordem que encontra-
rá dificuldades nos momentos em que
precisar ser mais flexível. Por outro lado,
esse tipo de flexibilidade também pode
ser uma parte importante de seu treina-
mento, deixando-o sempre pronto para o
inesperado e para reagir de acordo.
Talvez esse foco incessante na disciplina
tenha suas origens em algum evento trau-
mático do passado. Sua falta de disciplina
causou a morte de alguém querido? Ou
será que ele desenvolveu um senso rígido
de ordem como resultado direto de sua
juventude caótica e da total falta de esta-
bilidade ao seu redor? Talvez esse seja o
nos ou em algum deserto perto da tribo.
resultado do treinamento rígido das anti-
Talvez ele seja um órfão, abandonado nos
gas tradições de sua raça. O personagem
ermos quando era jovem, quando seus
estudou as técnicas da espada rodeado
pais tiveram um fim terrível. Ou um dos
dos ícones da glória de Arkhosia, apren-
pais que o educou pode ter sido um exi-
dendo que um dia ele marcharia num
lado, um fugitivo ou apenas um solitário
exército criado para restaurar o império.
que preferia a quietude.
Esse é um ótimo arquétipo para dracona-
O que mudou para levar o personagem
tos guerreiros, mas pode servir para qual-
mais próximo da civilização e para um
quer personagem.
grupo de aventureiros? Uma nova po-
O personagem pode demonstrar seu
pulação de monstros deixou seu lar ina-
comprometimento com um treinamen-
bitável? Ou talvez uma nova colônia de
to disciplinado ao se concentrar em uma
fronteira tenha sido fundada no terri-
arma específica, ou demonstrar a exten-
tório, obrigando-o a entrar em contado
são de seu treinamento com a utilização
com esse entre posto da civilização. Tal-
de várias armas diferentes, mantendo a
vez o personagem tenha sido capturado
mesma habilidade.
por hobgoblins escravagistas e acabou de
conseguir sua liberdade. Como ele vai se
Solitário dos ermos
adaptar a esse novo meio? Ela conseguirá
OS ermos são o lar do personagem, dis-
confiar em seus novos aliados o bastan-
tantes de quaisquer cidades ou vilarejos.
te para colocar sua vida nas mãos deles?
Talvez ele seja um fugitivo de um clã li-
Será que ele conseguirá lidar com o fardo
gado a um dragão (pág. 14), conseguindo
de ter outros dependendo nele?
seu sustento em florestas remotas, pânta-

23
DRACONATOS PRIMITIVOS

P
oucos draconatos adotam classes
primitivas devido à sua natureza fun-
damental e às tradições raciais que
os fazem dar preferência a outras fontes
de poder. Entretanto, alguns clãs draco-
natos mantêm fortes tradições primiti-
vas, reverenciando espíritos de dragões
e dragonetes, vivendo em harmonia com
os espíritos geralmente rústicos de suas
terras natais e dando origem a bárbaros
heroicos, guardiões e, mais raramente,
xamãs ou até mesmo druidas. Além disso,
draconatos que vivem isolados muitas ve-
zes se tornam bárbaros.

Classes primitivas
Os draconatos são excelentes bárbaros.
Os draconatos bárbaros geralmente são
os líderes de famílias ou clãs que adotam
tradições primitivas, mas também po-
dem ser encontrados entre draconatos
mais civilizados como descendentes de
ordens de combate totêmicas anteriores
à Arkhosia.
É raro encontrar draconatos druidas ou
xamãs, mas é natural que surjam alguns
nas tribos primitivas da raça. Esses per-
sonagens costumam desenvolver rela-
cionamentos exóticos com algum tipo de
espírito primitivo, seja um laço formado
durante o nascimento ou como resultado
de um encontro posterior na vida (geral-
mente em uma cerimônia de transição de
idade). A natureza do espírito costuma ter
um impacto significativo na escolha das
características de classe e estrutura do
personagem: o espírito de um dragone-
te sentinela servirá bem como o espírito
protetor de um xamã, enquanto o espíri-
to de um dragonete emboscador atuará
melhor como um espírito perseguidor.

24
Arquétipos primitivos Nesse formato, os enfurecidos sobre-
Os arquétipos primitivos nas páginas a viveram à queda de Arkhosia e seu per-
seguir o ajudarão a criar um personagem sonagem é um desses poucos e isolados
que personifique draconatos bárbaros, herdeiros. A lei que os considerava ilegais
druidas e xamãs. não existe mais e por isso não há neces-
sidade de continuar escondido mas os
Enfurecido totêmico membros espalhados da ordem praticam
o sigilo há tanto tempo que já se tornou
de Arkhosia um hábito. Além disso, suas conexões pri-
Os enfurecidos totêmicos da antiga mitivas ainda são recebidas com suspeita
Arkhosia formavam um grupo de guer- pelo clero dos templos imperiais arkho-
reiros de elite que praticavam tradições sianos, ainda que eles não possuam ne-
primitivas para se tornarem mais ferozes nhum meio legal de persegui-Ios.
em combate. A ordem foi destituída antes A maioria dos enfurecidos totêmicos é
da queda do império, após ser infiltrada formada por bárbaros.
e corrompida por espiões infernais leais
a Bael Turath. Os sacerdotes imperiais de Escolhido do espírito
Erathis declararam que os enfurecidos
totêmicos estavam mancomunados com do Dragonete
diabos e eram inimigos da nação. Assim, a Desde o momento em que seu persona-
ordem foi debandada e considerada fora gem saiu do ovo, ele já sabia que havia
da lei. Ela sobreviveu apenas em peque- sido escolhido para ser o porta-voz do
nos grupos que continuaram suas reuni- espírito primitivo do dragonete. Talvez
ões em segredo. um espírito enfurecido tenha instigado
sua fúria interior por toda a sua vida, ou
HONRA DOS DRACONATOS
Os draconatos contam uma história sobre um herói de sua raça chamado Basharak, cujo nome de clã
já foi esquecido há muito tempo. Traído por seus companheiros enquanto navegava pelos confins do
Mar Astral, ele foi atirado ao mar, ficando muito distante de qualquer terra ou sinal de civilização.
Seus aliados traiçoeiros navegaram para longe, certos de que tinham se livrado de Basharak para
sempre.
Cinco anos mais tarde, os primeiros traidores do herói tiveram seu fim. Durante a década seguinte,
Basharak caçou cada um deles, matando-os onde quer que eles estivessem. Ele se aproximava sem
proferir uma palavra sequer, sacava sua espada e atacava, rapidamente dando cabo do inimigo e se-
guindo para o próximo. Quando todos foram mortos, ele se aventurou pelo mundo novamente como
se nada tivesse acontecido.
Embora as ações de Basharak reflitam mais os ensinamentos vingativos de Tiamat do que os de Baha-
mut, sua busca irrefreável por vingança também reflete um pouco da natureza fundamental dos dra-
conatos. O tempo que se leva para realizar uma tarefa é irrelevante. Se Uma tarefa vale a pena ser
cumprida, então vale a pena levar quim:e anos para cumpri-Ia. Se um objeto vale a pena ser almejado,
então vale a pena esperar por ele. Basharak nunca revelou tudo que sofreu ao perseguir seus alvos,
como se não quisesse ser admirado por isso. Ele simplesmente fez o que precisava fazer e depois
seguiu para a próxima tarefa.
Da mesma forma, passar trinta anos praticando a arte do duelo com a espada não é uma conquista em
si - a maestria resultante é que traz a glória. Eesperar uma hora para a chegada de um amigo numa
taverna não importa, se o amigo vale a pena

25
um leal espírito de dragonete sentinela o do com relação aos desejos do espírito?
tenha escolhido para proteger sua famí- Ele foi desprezado pelas outras crianças
lia ou clã. Ou talvez ele tenha sido esco- por causa de seu chamado especial? Ele
lhido pelo espírito do dragonete titã das cresceu nos ermos com o dragonete que
presas - uma fera de poder imenso - que chocou seu ovo? Ou seus pais observa-
o deseja para um propósito maior ainda ram atentamente seu crescimento, mas
não revelado ou para o qual ele não está permitiram que ele levasse uma infância
preparado. normal?
Que tipo de manifestação do espírito do Este arquétipo é apropriado a dracona-
dragonete durante seu nascimento dei- tos xamãs seu companheiro espiritual
xou clara a escolha do espírito para todos pode ser o espírito do dragonete que o
ao seu redor? Ele enviou um dragonete escolheu. Ele também funciona bem com
vivo para chocar seu ovo? Talvez o perso- outras classes primitivas, mas a relação
nagem tenha saido de seu ovo de manei- com o espírito do dragonete será menos
ra furiosa, arremessando os pedaços da importante.
casca pelo recinto. Como ele foi educa-

26
Clã do Dragão Totem
Apesar de todo seu poder elemental e in-
telecto superior, os dragões são tão parte
do mundo natural quanto ursos ou pante-
ras e alguns dos muitos espíritos primiti-
vos que habitam o mundo se manifestam
como dragões.
Alguns clãs draconatos, em especial aque-
les que viveram às beiras da antiga Arkho-
sia, ou que nunca foram incorporados ao
império, substituíram há muito tempo
seus patronos dragões verdadeiros por
espíritos primitivos na forma de dragões.
O clã do personagem seguiu essa tradição
ancestral e ele aprendeu sua magia primi-
tiva ao comungar com esse espírito.
Seu dragão totem é um patrono bene-
volente ou uma terrível força da nature-
za que deve ser apaziguada para que as
catástrofes não aconteçam? Talvez o per-
sonagem seja o xamã que devia acalmar
o monstro, mas falhou em seu dever, tra-
zendo consequencias terríveis. Ou ele foi
um líder bárbaro que canalizava o poder para expulsar seus inimigos com tempes-
do dragão totem para liderar seu clã até tades terríveis.
que algum acontecimento o separou de Mas agora, seu personagem foi separa-
seu povo. do dos espíritos e do povo que defendia.
Este arquétipo combina com praticamen- Por que isso aconteceu? Talvez ele tenha
te qualquer classe primitiva. fracassado em seu dever e agora não há
mais um clã para ser defendido. Talvezos
Convocador da tempestade espíritos da tempestade e do solo tenham
de areia convocado para um propósito maior. Ou
O clã do personagem se encontra numa ainda, ele se cansou das responsabilida-
região agreste, como um deserto tempes- des e ficou cada vez mais curioso sobre o
tuoso, e luta para viver em harmonia com mundo além das terra natal do clã.
os espíritos igualmente rústicos que habi- Longe dos espíritos de sua terra natal, sua
tam o local. O personagem tem afinida- magia primitiva não é tão forte, mas ainda
de com esses espíritos - seres primitivos se faz presente. Outros espíritos do clima
que não assumem a forma humana ou e da terra respondem ao seu chamado, só
animal, mas urram ao vento e pulsam sob que não tão prontamente. Talvez com o
a luz implacável do sol. Por causa dessa tempo, ele aprenda a controlar as forças
afinidade, ele era o protetor do seu povo, mais poderosas da natureza independen-
capaz de convocar os espíritos e usá-los te de onde ele esteja.

27
obra seja desprezada por outros artesãos
ITENS PARA DRACONATOS

D
anões.
raconatos artesãos se orgulham de A estrutura peculiar das armas dos dra-
seu trabalho; especialmente quan- conatos as torna mais adequadas para
do o assunto são armas e armadu- certos tipos de encantamentos. Seus ma-
ras. O ferreiro que cria os itens usados chados e lâminas (leves ou pesadas) são
por um guerreiro compartilha da glória geralmente armas malévolas ou dentadas
dos feitos desse herói, ou seja, aquele e as mais poderosas são vorpais. Suas ma-
que equipa um soldado com itens de má ças e martelos costuma ser ressoantes.
qualidade leva a desonra para o soldado Os itens mágicos a seguir são fabricados
e para si. quase exclusivamente por draconatos.
É por serem orgulhosos de seu trabalho Arma assustadora
como artesãos que os draconatos seguem A lâmina deste machado causa terror ao
antigas tradições na fabricação de armas observador, assim como os rasgos que ela
e armaduras, o que dá a seus itens uma causa.
aparência antiga e até mesmo primitiva
Tamanho: M Dano: 1d10
aos olhos de outras raças. As armas dos
draconatos geralmente incorporam me- Alcance: - Iniciativa: +3
tal, mas também ossos e pedras. Elas pa- Preço: 55 PO Peso: 4 Kg
recem ser grandes demais e costumam Efeito: o personagem recebe um bônus
apresentar lâminas irregulares e serri- nos testes de Intimidação igual ao bônus
lhadas. Tal aparência assustadora não de melhoria da arma.
diminui sua efetividade, mesmo que a

28
Arma estripadora trema força.
Esta lâmina atravessa facilmente armadu- Tamanho: M Dano: 1d8
ras e até os mais grossos couros de ani- Alcance: 3/6/9 Iniciativa: +6
mais. Já removê-Ia não é tão fácil - para
Preço:90 PO Peso: 3,5 Kg
o alvo.
Efeito: se atingido, o alvo deve ter suces-
Tamanho: M Dano: 1d10
so em um JP-DES, em caso de falho será
Alcance: - Iniciativa: +8 derrubado e receberá 1d4 de dano adi-
Preço: 70 PO Peso: 1,8 Kg cional.
Efeito: o personagem causa um dano adi-
Arma sangradora
cional igual ao seu modificador de Força +
A lâmina dentada desta espada exagera-
o bônus de melhoria da arma.
damente grande pode causar danos real-
Arma giratória mente sérios.
O cabo desta arma de haste é tão pesado Tamanho: G Dano: 1d12
e forte que pode ser usado para golpear Alcance: - Iniciativa: +1
um inimigo já desequilibrado por um ata-
Preço: 4500 PO Peso: 13,5 Kg
que desta lâmina.
Efeito: se atingido, o alvo deve ter su-
Tamanho: M Dano: 1d6
cesso em um JP-CON, em caso de falho
Alcance: 3/6/9 Iniciativa: +4 será derrubado e receberá 1d4 de dano
Preço: 80 PO Peso: 3 Kg adicional no turno seguinte. Se receber
Efeito: o usuário realiza um ataque bási- outro ataque, receberá 2d4 de dano e a
co corpo a corpo contra o mesmo alvo. JP-CON terá sua dificuldade aumenta-
Se obtiver sucesso, o portador garante a da em 1, se houver um terceiro ataque
iniciativa no próximo turno. o dano será de 3d4 e a JP-CON terá sua
dificuldade aumentada em 2 e assim por
Arma do nocaute
diante. Sucesso na JP-CON anula o efeito
Os golpes deste enorme martelo empur-
da arma.
ram ou derrubam os inimigos - com ex-

29
Adornos do Dragão Lendas
1. Os maiores campeões dos antigos
de Prata exércitos de Arkhosia eram chamados
Os Adornos do Dragão de Prata formam
Dragões de Prata, em reconhecimento
um conjunto de itens mágicos criados
por estarem abaixo somente do Dourado
para funcionarem melhor juntos. Eles fo-
em patente e autoridade. Posicionando-
ram muito usados pelos antigos generais
-se além da estrutura de comando militar,
e campeões das forças militares de Arkho-
os Dragões de Prata lideravam pequenos
sia. Os itens só concedem seus poderes
bandos - na verdade, grupos de aventu-
completos aos draconatos, mas individu-
reiros - em ataques importantes contra
almente ainda são úteis para membros de
alvos chave na guerra contra Bael Turath.
outras raças. Um personagem draconato
de qualquer classe pode usar esses itens. 2. Cada um dos Dragões de Prata carre-
Para obter os beneficios de um conjunto, gava consigo um conjunto de itens mági-
o personagem deve estar empunhando cos que os deixava mais parecidos com o
ou usando um ou mais itens do conjun- nome de seu grupo. Seus sopros de dra-
to. Um item guardado (um manto mágico gão levavam o terror ao campo de batalha
dentro da bolsa, por exemplo) não conta e eram resistentes aos ataques mentais
como um item do conjunto sendo usado de seus oponentes diabólicos.
(embora uma espada, mesmo embainha- 3. Invejosos da autoridade e poder dos
da, seja considerada usada). Itens mara- Dragões de Prata, alguns dos generais dos
vilhosos são uma exceção e só precisam exércitos de Arkhosia reivindicaram para
estar sendo carregados para contarem si o título de Dragões de Prata e carrega-
como parte de um conjunto. vam suas próprias versões dos adornos.
Rumores afirmam que versões menores
ou amaldiçoadas desses itens ainda exis-
FALANDO COMO UM DRACONATO
Os draconatos possuem diversos idiomas,juramentos e provérbios distintos. Você pode usar os exem-
plos a seguir para aperfeiçoar o vocabulário de seu personagem, para que todos na mesa saibam que
você joga com um draconato.
“Três e Um!” (fesjendarl): uma interjeição comum entre os draconatos. Ela se refere aos três deuses
dos templos imperiais de Arkhosia e ao imperador, chamado de O Dourado.
“Por meu clã e pela honra” (Uth vethindas em thuris): um juramento ou interjeição. Essa é uma
expressão solene que retrata aquilo que o draconato considera mais importante em sua vida.
“Nem todas as escamas protegem o coração do dragão” (fhricanda molik Iitrem vethiejir da-
rastrix): um provérbio que indica que as coisas nem sempre são o que parecem ser - em especial,
que uma ameaça normalmente não é tão perigosa quanto parece à primeira vista. Muito usada para
incentivar a coragem.
“Sangue de 10” (Vethio ierjir): outra interjeição. Um modo sutil de lembrar que até mesmo o pode-
roso Io pôde ser morto - uma recomendação a humildade e coragem.
“Todo covil tem duas saídas” (fhurisvant eth donsjeret): existe mais de uma maneira de se cumprir
uma determinada tarefa e uma janela se abre para cada porta que se fecha”.
“Não brinque à beira do abismo” (Pokesthajar kharasj): escolha um lado, desça do muro. tome
uma decisão.
“Sopro de Bahamut!” (Vethisvaerx Bahamutl): considerado um tanto irrelevante, esse juramento
costuma ser usado para expressar frustração, mas também in’dica o clima frio.

30
tem, um verdadeiro perigo para aqueles
que os confundem com os itens verdadei-
ros.

Itens do Dragão de Prata


Adornos do Dragão de Prata
Nome Preço Posição
Cetro
13.000 PO Bastão
Arkhosiano
Estandarte do Item
17.000 PO
Dragão de Prata maravilhoso
Diadema de
21.000 PO Cabeça
Arkhosia
Arma do
25.000 PO Arma
Conquistador
Tabardo do
41.000 PO Cintura
Céu de Prata

Benefícios dos Adornos


do Dragão de Prata
Partes Benefícios
O personagem recebe um bônus de
item nos testes de Diplomacia e In-
2
timidação igual ao número de itens
usados deste conjunto.
As criaturas atingidas pelo sopro
de dragão do personagem devem
5 ter sucesso em uma JP-CON, se
falharem sofrem 5 pontos de dano
adicional.
Arma do conquistador
Estandarte do Dragão de Prata O punho desta arma foi fabricado pelos
A silhueta da cabeça de um dragão de draconatos e esculpido para se parecer
prata se destaca contra o fundo azul do com a cabeça de um dragão. A magia con-
estandarte. tida nele aprimora e expande o poder do
Item maravilhoso: 17.000 PO sopro de dragão.
Efeito: quando o personagem hasteia o Tamanho: M Dano: 1d12
estandarte de batalha todos os seus se- Alcance: - Iniciativa: +2
guidores ficam imunes a falhas em testes Preço: 25.000 PO Peso: 4,5 Kg
de moral e os inimigos passam a ter pe- Efeito: o personagem pode adicionar o
nalidade de 1 em suas JP-CON em um raio bônus de melhoria da arma as jogadas de
de 6m do estandarte. dano do poder sopro de dragão.

31
Cetro Arkhosiano
MISSÕES PARA DRACONATOS

O
Este cetro de prata apresenta uma cabeça
de dragão entalhada em uma das extre- s diversos antecedentes incluídos
midades. Sua magia aperfeiçoa e focaliza neste livro podem ajudá-lo a des-
o poder de seu sopro de dragão. crever melhor seu personagem de
Tamanho: M Dano: 1d4 acordo com sua origem. Contudo, outra
Alcance: - Iniciativa: +7 questão importante relacionada ao per-
Preço: 13.000 PO Peso: 2 Kg sonagem envolve o futuro e as ambições
dele. O que ele quer realizar, conquistar
Efeito: o personagem pode adicionar o
ou adquirir? O que o motiva a buscar
bônus de melhoria da arma as jogadas de
aventuras? O que o leva a enfrentar as
dano do poder sopro de dragão.
dificuldades e perigos e o faz voltar para
Diadema de Arkhosia repetir a dose?
Esta faixa prateada dupla contém duas As missões apresentadas nesta seção po-
cabeças de dragões com olhos de rubi se dem ajudá-lo a definir os objetivos de seu
encarando. Ela protege sua mente no ful- personagem, deixando-os relevantes para
gor da batalha. a campanha. Se decidir escolher uma das
Bônus de defesa: 1 opções a seguir, converse com seu Mestre
Redução de movimento: - para entender o que ele tem em mente.
Talvez ele tenha algumas ideias sobre
Preço: 21.000 PO Peso: 1 Kg
como introduzir tais elementos em sua
Efeito: a Diadema de Arkhosia deixa o campanha e como recompensar com
usuário imune a atordoamento e medo ouro, itens mágicos e pontos de experi-
(mágico e/ou natural). ência (que serão divididos entre todos os
Tabardo do Céu de Prata companheiros) os objetivos cumpridos
Este enfeitado casaco azul leva a cabeça pelo personagem. No fim das contas, é o
de um dragão como símbolo e concede Mestre quem determina quais obstáculos
a durabilidade incansável dos dragões ao estarão no caminho e como eles podem
usuário. ser vencidos.
Bônus de defesa: - Cada uma das missões a seguir inclui al-
gum tipo de indicação se ela é apropriada
Redução de movimento: -
para uma missão principal ou secundária.
Preço: 41.000 PO Peso: 0,3 Kg Em geral, uma missão que é compartilha-
Efeito: o Tabardo do Céu de Prata deixa da com o grupo inteiro é uma missão prin-
o usuário imune a envenenamento e san- cipal, enquanto um objetivo pessoal do
gramento. personagem é considerado uma missão
secundária. Por esse motivo, a maioria
das missões apresentadas aqui são mis-
sões menores - foram criadas como moti-
vadores para o personagem. Ainda assim,
algumas apresentam resoluções tão dis-
tantes que podem ser usadas como mis-
sões principais, conduzindo parte da ação

32
da campanha por algum tempo. Até mes- Mestre artesão
mo algumas missões secundárias podem A aventura atraiu seu personagem para
combinar facilmente com os objetivos e longe de sua profissão original como um
ações de outros personagens do grupo. armeiro, mas seu objetivo é seguir nas
duas carreiras, criando para si uma arma
Missões para personagens digna dos grandes feitos que pretende
iniciantes realizar. Talvez essa seja uma das armas
As missões a seguir representam objeti- descritas nas páginas 28 a 29 deste livro,
vos menores que seu personagem pode ou um item diferente que aparece em ou-
ter desde o início de sua carreira como tro livro. A criação do item não envolve
aventureiro. Os objetivos geralmente apenas a realização do ritual, mas sim a
focam no desenvolvimento pessoal ou coleta dos ingredientes e do conhecimen-
lidam com problemas de uma pequena to espalhado pelo mundo. Essa é uma
região. missão secundária.

Encontrar um clã Missão do clã


Por algum motivo, seu personagem nas- Seu personagem começou sua carreira
ceu sem um clã. Talvez um parente ou um de aventuras porque os anciãos de seu
ancestral muito distante tenha cometido clã (ou alguma outra autoridade, como
um ato de tamanha desonra que o clã um espírito primitivo) o escolheu para
rompeu os laços com o ofensor. Ou talvez cumprir uma missão. Essa pode ser uma
o personagem ou um ancestral recente missão diplomática, uma missão para
tenha sido o único sobrevivente de um clã recuperar um item, ou uma tentativa de
extinto - talvez por uma catástrofe, ou ele destruir um grupo de monstros antes que
desapareceu aos poucos. Seja como for, eles acabassem com o lar ancestral do clã.
o objetivo do draconato é encontrar seu Até onde o clã sabe, essa missão só en-
lugar em um novo clã, um que o aceite volve o indivíduo. Mas, se sua presença
mesmo com seu passado - seja por suas no grupo de aventureiros puder ser expli-
virtudes ou por atos gloriosos. cada, ela pode se combinar aos objetivos
Será que o personagem deseja entrar dos outros personagens para formar o
num clã em particular? Quem são os líde- equivalente a uma missão principal para
res e anciãos principais que determinam o grupo todo.
quem é aceito no clã? O que o persona- O Templo de Platina
gem acredita ter que realizar antes de ser Lendas sobre um antigo santuário no topo
aceito? Ele busca fazer o mínimo requeri- de uma montanha remota afirmam que
do ou tenta um resultado tão glorioso que ele está conectado ao domínio de Baha-
todos o aceitarão de braços abertos? Essa mut no reino astral de Celestia. O Templo
é uma missão secundária, fornecendo um de Platina é lar de uma forma única de
antecedente interessante e um contexto práticas míticas draconatas na adoração a
sobre a carreira inicial do personagem. Bahamut Seu personagem busca esse
Assim que ele cumprir seu objetivo, qual templo - para aprender suas tradições,
será a motivação do personagem para se- conversar com um dos mestres contem-
guir novas aventuras? plativos ou talvez recuperar alguma relí-

33
Redenção
O personagem busca redimir a péssima
reputação de seu clã - ou sua mesmo. Al-
gum ato desonroso ou covafdia do passa-
do criou uma reputação ruim para o clã
- um ato tão vil que reflete negativamen-
te em todos os membros. Seu objetivo é
desfazer o mal causado por essa situação,
para obter tanta glória que todos se es-
quecerão do passado obscuro do clã para
todo o sempre.
Um único ato de heroÍsmo pode ser o
bastante para remover a mancha do pas-
sado, mas ele poderia exigir uma série de
ações dramáticas. Seus feitos devem ser
grandes o bastante para que todos falem
deles e que as noticias se espalhem até
entre os draconatos das comunidades
mais distantes. O personagem tem em
quia sagrada necessária para derrotar um mente um ato dessa magnitude.
inimigo profano.
Essa busca poderia ocorrer no estágio Missões para personagens
exemplar ou épico, dependendo dos ob- de nível médio
jetivos buscados. A abrangência dessa Essas missões escolhem objetivos que
busca também deve determinar se essa é levem seu personagem além de uma
uma missão secundária ou principal. única cidade ou região ou naturalmente
O tomo dos Nove Degraus ao conflito com monstros de nível mais
Nove tomos arcanos definiram os ensi- elevado.
namentos básicos da mística Ordem da A Rainha Dragão
Trilha dos Nove Degraus na antiga Arkho- Seu personagem declarou sua inimizade
sia. O objetivo de seu personagem é recu- contra o culto de Tiamat e seus lacaios.
perar todos eles talvez um pré-requisito Talvez ele se oponha a uma facção dentro
para adotar a trilha exemplar do mestre de seu próprio clã que se voltou para a
dos nove degraus. Rainha Dragão, ou ele pode ser o defen-
Os tomos certamente estão escondidos sor de um vilarejo humano contra uma
em ruínas antigas - sejam elas de Arkho- força invasora de hobgoblins e crias dra-
sia ou no que resta de Bael Turath, para cônicas que marcham sob a flâmula da
onde podem ter sido levadas como espó- infame Mão Vermelha.
lios da guerra. Qual a força atual do culto de Tiamat? Se
Essa é uma ótima missão secundária, pois for pequena e localizada, essa pode ser
pode ser realizada pelo personagem en- uma missão secundária ou uma série de
quanto o resto do grupo busca outros ob- missões que podem ser cumpridas pelo
jetivos ao exploram ruínas antigas. personagem juntamente com seu grupo.

34
Se for uma ameaça mais ampla, talvez uma cruzada para purificar toda terra ma-
seja melhor transforma essa numa missão culada pelo toque diabólico.
principal ou uma série delas. Os passos ao É possível adotar uma variação dessa mis-
longo do caminho podem incluir derrotar são, se ele adorar outro deus. Por exem-
os líderes do culto, reclamar artefatos plo, pode ser um cruzado de Erathis com
perdidos e frustrar planos estratégicos. o objetivo de pacificar áreas selvagens,
tornando a região segura para a fundação
Cruzada de Bahamut
de um novo reino.
O objetivo do personagem é fazer parte
Essa é uma missão secundária - seu ob-
da frente de combate de um poderoso
jetivo é simples: liderar uma cruzada. O
exército erigido contra as forças do mal.
objetivo da cruzada, contudo, poderia
Ele sonha em liderar guerreiros em bata-
ser uma missão principal, da qual todos
lha contra uma grande horda de orcs ou
os membros do grupo podem participar
um exército de hobgoblins, talvez derro-
ao seu lado como a vanguarda do exér-
tando um clã de draconatos que serve à
cito, enquanto o personagem enfrenta os
Tiamat ou libertando ruínas infestadas de
monstros mais dificeis sozinho.
diabos na antiga Bael Turath. Em nome de
Bahamut, seu personagem almeja liderar Libertação
Se seu personagem nasceu em um clã de
draconatos, talvez ele deseje destronar
um dragão tirano que governa seu povo.
Essa ação pode ser tão direta quanto ob-
ter poder pessoal suficiente para derrotar
o dragão em combate ou talvez envolva
convencer os líderes e outros membros
do clã a iniciarem uma revolta.
Essa pode ser uma ótima missão secun-
dária, mas talvez envolva incentivar os
outros membros do grupo a ajudar o per-
sonagem a derrotar o dragão. O reinado
da criatura pode ter efeitos adversos nas
terras vizinhas (de onde os outros mem-
bros do grupo podem ter vindo) ou talvez
o covil do dragão esteja repleto de tesou-
ros.
Passar adiante o legado
Seu personagem já aprendeu e realizou
grandes feitos, mas ainda existe muita
glória diante dele. Suas ações trouxeram
renome a seu clã e seu nome é proferido
com gritos de aprovação onde quer que
seus irmãos de clã se reúnam. Mas ainda
existe uma última responsabilidade que

35
o personagem deve cumprir: certificar-se carreira, mas não deve esperar cumpri-Ia
de que seu legado será duradouro. Para antes de atingir o ápice das realizações
isso, ele deve ensinar o que aprendeu. mortais. Seus objetivos também podem
Talvez isso envolva produzir um herdeiro, evoluir conforme ele avança em níveis.
uma criança que possa ser treinada como Por esse motivo, a maioria dos jogado-
ele foi. Ou talvez baste encontrar um res prefere escolher missões de nível alto
aluno digno que fique ao seu lado para para seus personagens somente quando
aprender suas técnicas. Esse aluno pode eles atingem o nível 15 ou mais.
acompanhá-Io em suas aventuras, seja
Arkhosia renascida
como um personagem companheiro ou
A queda de antiga Arkhosia signíficou a
como um personagem não combatente
queda da própria raça dos draconatos - e
que deve ser protegido. O personagem
assim, de certo modo, a única maneira
pode treinar seu aluno entre aventuras.
de restaurar a glória da raça é restaurar o
Seja como for, essa deve ser considerada
próprio império. Essa ação requer um im-
uma missão secundária.
perador - de preferência um dragão dou-
Tesouros da Fenda da Serpente rado para se sentar no trono de Dourado.
Escavações nas ruínas da Fenda da Ser- Encontrar o trono do antigo Dourado
pente (pág. 12) são muito comuns, mas pode ser uma missão por si só. Enquan-
existe um tesouro ainda desconhecido to reunír os Adornos do Dragão de Prata
aguardando nas ruínas. Talvez o perso- seria uma outra. Mas todas levam a um
nagem tenha começado a recuperar os mesmo objetivo; estabelecer um impera-
Adornos do Dragão de Prata e descobriu dor para governar o novo império. Gover-
que um dos itens está em algum lugar das nar não é o destino do personagem - mas
ruínas. Ou talvez ele considere um rito de a glória de reconstruir o reino será dele
passagem pessoal reclamar para si algum para sempre.
tesouro - qualquer tesouro - de sua terra
Coração estilhaçado de Io
natal ancestral, de preferência após dei-
Quando Erek-Hus, o Rei do Terror, partiu
xar um rastro de diabos mortos ao longo
o corpo de Io ao meio; ele cortou o co-
do caminho. Ou quem sabe um parente
ração do deus-dragão pela metade. As
estivesse escavando as ruínas quando
metades deram vida a Bahamut e Tiamat
se deparou com perigos que exigissem a
- mas se ambas forem reunídas, Io viveria
presença do personagem.
novamente. É claro que para recuperar as
Essa é uma ótima opção de missão se-
duas metades, alguém provavelmente te-
cundária, podendo ser aproveitada para
ria que matar tanto Tiamat quanto Baha-
reunir o grupo numa mesma aventura.
mut - ou pelo menos matar uma das duas
Ela funcionará melhor se cada membro
divindades e convencer a outra a ingerir
do grupo tiver seus motivos pessoais para
ou absorver a segunda metade do cora-
explorar as ruínas.
ção obtido.
O que seu personagem espera conseguir
Missões para personagens
ao reunir as duas metades? Ele é um de-
de nível alto voto dos Filhos de Io que apenas deseja
Um personagem pode escolher uma mis- ver seu deus restaurado? Ou ele está se-
são de nível alto desde o começo de sua

36
guindo o caminho do Avatar de Io (veja
a seguir) e precisa completar essa missão
para obter sua almejada imortalidade?
Essa ideia funciona perfeitamente como
uma missão principal para todo o grupo.
Ainda assim, se ela fizer parte de um pré-
-requisito para que o personagem consi-
ga atingir seu destino épico, ela pode ser
considerada uma missão secundária - a
despeito das consequências avassalado-
ras.
O Rei do Terror
Quando o primordial Erek-Hus assassinou
Io, Bahamut e Tiamat se ergueram do ca-
dáver de seu progenitor e destruíram o
Rei do Terror. Entre os seres elementais e
mortais que reverenciam os primordiais
ainda existem aqueles que buscam revi-
ver Erek-Hus. Reuníndo fragmentos de
seu corpo despedaçado, eles planejam
um ritual para reunir os pedaços e restau-
rá-Io à vida. A missão de seu personagem
é impedi-Ios. Arruinar esse ritual pode ser
uma missão principal para todo o grupo,
mas existem etapas ao longo do caminho
que podem ser mais pessoas para o per-
sonagem e apropriadas a missões secun-
dárias. Talvez ele busque eliminar cultos
locais, acabar com lideres importantes ou
encontrar primeiro os fragmentos do cor-
po do primordial e destruí-Ios antes que
os cultistas os encontrem.

FALANDO COMO UM DRACONATO


Após a queda da antiga Arkhosia, os clãs de draconatos se espalharam entre as ruínas do império.
Conforme novos reinos surgiram, os draconatos lutaram para conquistar seu lugar - e muitos com-
bates foram mortais.
Com a ascensão do império humano de Nerath, certo grau de tolerância começou a surgir por toda a
terra. Os líderes de Nerath aceitavam todas as raças em seu reino, não só para torná-Io mais forte, mas
também para observar de perto seus inimigos em potencial. Para os draconatos, isso significou uma
grande dissolução da ide’ntidade nacional, pois ajuntamentos maiores que uma família eram proibi-
dos. Os clãs draconatos foram separados e seus filhos enviados para viverem em partes distantes dos
reinos. Hoje em dia, a maioria das comunidades contém apenas um pequeno número de draconatos,
sendo poucas e esparsas as que são formadas exclusivamente por membros da raça.

37
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the Coast, Inc.; Autores: Jonathan Tweet, Monte Cook, Skip Williams, Rich Baker, Andy Collins, David Noonan, Rich Redman, Bruce R. Cordell, John D. Rateliff,
Thomas Reid, James Wyatt, baseado em material original de E. Gary Gygax e Dave Arneson. Old Dragon, Copyright 2010, Antonio Sá Neto e Fabiano Neme.
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