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Toda segunda-feira, às 9h45, disponibilizamos um canal direto para você fazer perguntas e tirar dúvidas.
O acesso é online, por meio deste link, com a senha tempir2017.
Para quem tem interesse no Mapa do Tesouro — curso para investir no Tesouro Direto — os vídeos estão
disponíveis na Área do Assinante, na aba Vídeos.
Não respondemos a dúvidas por e-mail de forma individual. Caso não possa comparecer à monitoria no
horário predeterminado, mande sua pergunta, junto com seu CPF, para tesouro@empiricus.com.br com o
assunto “Pergunta para a Monitoria”. As perguntas serão respondidas durante a monitoria, a qual ficará
disponível na Área do Assinante, na aba Vídeos.
Se quiser receber novidades da economia online, siga-me no Twitter: @mariliadf2. Lembrando que, pelo
caráter público da rede, não posso falar nem responder sobre recomendações de relatórios pagos.
Favor não falar sobre recomendações, em respeito a todos os assinantes que pagam pela informação.
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Estou percebendo nas monitorias que os leitores não gostam de vender um título
antecipadamente.
O número de questionamentos que eu recebo do tipo “Mas tem que vender mesmo?
Não pode ser que continue caindo? Posso manter? Mas rendeu tanto até agora…” é
enorme.
Até entendo o racional por trás. Mas acho que essa mentalidade é fruto de uma falta de
compreensão sobre riscos e sobre como o mercado funciona.
Então, o relatório de hoje vai tentar explicar da forma mais simples e didática possível
por que é bom vender posições.
Vamos analisar o ciclo passado (2012) de queda de juros e ver o que aconteceu com o
preço da NTNB.
A linha preta do gráfico mostra a taxa Selic Meta, estipulada pelo BC, no período
analisado.
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Note que ela caiu de 12,50% para 7,25% durante 2011 e 2012. Em 2013, voltou a subir
e atingiu 10% no fim do ano.
A linha laranja mostra o PU da NTNB 2024 naquele período. Note que durante a queda
da Selic o PU subiu (pois as taxas de mercado caíram também) e, durante a alta, o PU
voltou a cair.
Se você tinha a NTNB 2024 em 2011 e a segurou até o fim de 2012, você ganhou 40%
de retorno (parecido com o movimento que tivemos agora). Mas se você não vendeu seu
título depois, quando a queda da Selic já estava precificada e o próximo ciclo passou a
ser de alta, você perdeu 18% em 2013.
Não seria melhor ter vendido a NTNB 2024 em 2012 e rendido Selic (com uma LFT) em
2013, em vez de ter perdido 18%?
Isso não quer dizer que a alta que aconteceu em 2013 necessariamente acontecerá
agora. Mas pode acontecer, uma vez que a atividade deve acelerar no próximo ano, e a
inflação poderia pegar também.
O mercado, e o próprio Banco Central já espera uma alta posterior da Selic. Estamos
agora abaixo dos juros neutros (que devem ser em torno de 9,5%) para estimular a
economia que está fraca. Depois que vier a recuperação, teremos que subir esse juro de
volta, para que a inflação não volte a subir.
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A chave para entender a importância da venda é: você prefere ganhar 51% com certeza
(realizando a venda) ou correr o risco de perder 18% depois? Sendo que a probabilidade
maior (dado o cenário macroeconômico) é de o próximo ciclo ser de alta?
Não tem por que correr esse risco se achamos que já chegamos no topo do retorno no
papel.
É muito difícil acertar exatamente o timing do ponto máximo, não temos bola de cristal!
Esperar o ponto máximo chegar pode abrir espaço para ele já ter passado — e
estarmos, na verdade, atrasados.
O que quero dizer é que, depois do ganho enorme que tivemos com esse papel, não
vale a pena corrermos o risco da volta do mercado de juros para cima.
Ela pode ocorrer não só pela volta da inflação, mas também por um risco externo
(guerras, juros americanos) ou interno (eleições).
Neste momento de finalzinho do ciclo de queda, temos que REDUZIR nossos riscos, e
não aumentá-los. Se acaso errarmos o timing de saída, o prejuízo será o menor
possível.
Quando temos menos para ganhar do que podemos perder significa que nossa aposta
chegou ao fim — temos que “desencanar” dela.
Para a NTNB continuar a ser melhor que a LFT, as taxas teriam que seguir caindo, rumo
aos 4%. Com uma Selic de 9%, e uma inflação implícita de 4,5%, um juro real de 4,3%
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para 2024 me parece bem justo. E é muito parecido com os 4,6% atuais. Tem pouco
para ganhar.
O retorno do título em 2012 foi diferente do retorno em 2013. O retorno em 2018 será
diferente do retorno em 2017. O ciclo de queda de juros já terá acabado, portanto, a
performance do título será outra.
Então, não podemos considerar que, como o retorno da NTNB 2024 em 2017 foi maior
que o da LFT, isso se manterá assim no futuro. Basta olhar o exemplo de 2012. A LFT
rendeu muitas vezes mais o que a NTNB 2024 rendeu. E a probabilidade de isso
acontecer novamente em 2018 é bem alta.
Entenda que ele foi uma importante fonte de ganho de capital, mas que, daqui para a
frente, as coisas vão mudar, e ele pode não ser tão bom assim.
Render Selic quando os juros sobem, apesar de parecer pouco com os olhos de hoje,
pode acabar sendo a melhor rentabilidade que você pode ter no mercado, pois é
superior a qualquer rentabilidade negativa.
Pense nisso!
– Mas, Marília, esse mesmo racional não vale pra NTNB 2035?
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Ainda não! A NTNB 2035 ainda não caiu tudo o que pode cair. Ela ainda pode se
beneficiar das reformas estruturais e de uma possível reforma da Previdência. Se o
mercado de juros voltar a subir, ela não precisaria subir muito, pois ainda está alta. Ou
seja, o risco vs. retorno dela ainda compensa.
E, claro, vamos aguardar novas oportunidades de entrar nos títulos de risco com
assimetrias e taxas mais altas.
É preciso estar sempre alerta, e estaremos sempre alerta por aqui. Mas hoje é dia de
desapegar!
Resumo de Recomendações
O que comprar?
Para reserva de liquidez, controle de risco e investimento sem exposição ao risco (perfil
conservador): LFT com prazo de vencimento acima de dois anos.
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Para valorização da carteira (aceitando correr mais risco): NTNB Principal 2035 (até no
máximo 15% do patrimônio).
Até que taxa? Até 4,95% de juro real, ou seja, comprar a 4,95% ou taxa maior.
Chegando Agora
Para quem chegou agora e não sabe por onde começar, aqui vai o passo a passo para
investir no Tesouro Direto e entender o relatório, os títulos e outros materiais de apoio.
Na aba Vídeos da Área do Assinante, fizemos um vídeo que se chama “Passo a passo:
como investir no Tesouro”. Nele ensinamos como escolher uma corretora segura; como
fazer seu cadastro nela; como transferir os recursos; como entrar no site; e como de fato
realizar a compra de um título do Tesouro.
Qual é o valor mínimo que posso investir no Tesouro Direto? Quais são os
custos?
O valor mínimo para aplicar no TD é de R$ 30. O programa cobra uma taxa de 0,30%
ao ano em cima do valor investido (cobrada semestralmente, equivalente ao período em
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que você manteve o título). Algumas corretoras podem cobrar corretagem — escolha
uma que não cobre nada.
Além de 0,30% ao ano, temos o custo do Imposto de Renda, que é pago somente no
vencimento do título, na venda antecipada ou no pagamento do cupom. A alíquota é
regressiva, de acordo com o período que você manteve o título (tabela abaixo) e incide
apenas sobre a rentabilidade obtida — e não sobre o valor total investido.
Vale lembrar que, mesmo pagando IR, a LFT ainda rende muito mais que a poupança.
Período Alíquota
Como saber qual título é o melhor para o meu momento de vida e necessidade de
dinheiro?
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Para responder a essas três perguntas, fizemos um vídeo chamado O melhor título de
Renda Fixa, disponível na Área do Assinante.
Como saber qual é o preço justo para comprar o meu título? Como acompanhar
os preços de mercado?
Uma vez por semana, temos uma monitoria ao vivo na qual o assinante pode fazer
perguntas diretamente para mim. Os dados de acesso e os horários estão descritos no
início de cada relatório.
O percentual ideal vai depender do seu grau de aversão ao risco. Se você for um
investidor conservador, procure manter entre 70% e 80% da sua carteira em LFT (que
não perde com movimentos da Selic) e o restante, em outros títulos mais arriscados
recomendados. Se o seu perfil for moderado, procure alocar entre 50% e 60% da
carteira em LFT. Se o seu perfil for arrojado, pode reduzir a LFT para menos de 50%.
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ANALISTAS RESPONSÁVEIS
Marília Fontes, Analista, CNPI*
Luiz Felippo, Assistente de Análise
Disclosure
Elaborado por analistas independentes da Empiricus, este relatório é de uso exclusivo de seu
destinatário, não pode ser reproduzido ou distribuído, no todo ou em parte, a qualquer terceiro sem
autorização expressa. O estudo é baseado em informações disponíveis ao público, consideradas
confiáveis na data de publicação. Posto que as opiniões nascem de julgamentos e estimativas, estão
sujeitas a mudanças.
Este relatório não representa oferta de negociação de valores mobiliários ou outros instrumentos
financeiros.
As análises, informações e estratégias de investimento têm como único propósito fomentar o debate
entre os analistas da Empiricus e os destinatários. Os destinatários devem, portanto, desenvolver suas
próprias análises e estratégias.
Os analistas responsáveis pela elaboração deste relatório declaram, nos termos do artigo 17º da
Instrução CVM no 483/10, que as recomendações do relatório de análise refletem única e
exclusivamente as suas opiniões pessoais e foram elaboradas de forma independente.
* A analista Marília Fontes é a responsável principal pelo conteúdo do relatório e pelo cumprimento do
disposto no Art. 16, parágrafo único da Instrução ICVM 483/10.
(*) A reprodução indevida, não autorizada, deste relatório ou de qualquer parte dele sujeitará o infrator a
multa de até 3 mil vezes o valor do relatório, à apreensão das cópias ilegais, à responsabilidade
reparatória civil e persecução criminal, nos termos dos artigos 102 e seguintes da Lei 9.610/98.