aos corpos e sons que consideramos belos. •Discorda da teoria estóica que afirma que a beleza está na simetria e proporção.•Se a beleza está na proporção, então as coisas simples seriam destituídas de beleza, assim como os raios do sol, a cor do ouro ou ao raio nos céus.• Como explicar-se-ia a beleza das virtudes e boas ações?• A beleza da alma é a virtude, e tal beleza é a mais verdadeira.• a beleza sensível, vista pelos olhos e percebida pelos sentidos .• A beleza sensível é reflexo da Beleza inteligível da alma que se refugia na matéria. A feiúra do corpo se dá com a matéria que recebe incompletamente a informação da idéia. • Estas beleza mais elevadas são vistas por intuição da alma.• para reconhecer a beleza das virtudes e boas ações é preciso tê-las em si mesmo.• Plotino enaltece as emoções do ser que percebe a beleza da almas, das virtudes, a própria beleza interior, a beleza do intelecto e do inteligível e despreza a matéria. A realidade está nesse outro mundo.•Toda beleza parte da alma, que imprime sua forma nas boas ações e também nos copos. A beleza dos corpos é mera sombra da verdadeira beleza que está no inteligível.• É preciso aprender a ver com o olho interior. A alma precisa tornar-se bela para poder ver o belo. • Somente nos séculos IV e V que Agostinho dará ao assunto novo rumo. Para ele somos mistura de alma e corpo e este também pode ser salvo. Cabe a nós nos voltarmos para nossa origem espiritual ou ceder ao peso da matéria. De todo modo a alma tomas as decisões e é responsável pela pureza ou impureza dos corpos. Não é o corpo responsável pelos pecados, mas sim a alma. Novas relações também se dão no campo de forma e matéria. A arte cristã se dá pelo encontro de tradições divergentes: a arte clássica que possui um sistema de proporções, cânones e imitava a natureza; e pela tradição hebraica que não aceita nenhum tipo de representação, já que Deus não pode ser visto, logo qualquer veneração de imagens é idolatria. • Assim surge a iconoclastia bizantina e as imagens aqueropitas que acontecem por vontade divina ou por intervenção angélica ou por decalques produzidos por contato direto com o rosto de cristo. E o próprio Cristo é considerado Deus que quis ser visto.• O artista artista é apena um filtro, um transmissor de imagens.• o valor da obra não está na imagem visível, mas em seu significado pois a matéria que provém do divino também se torna divina.• as obras de arte não acontecem por imitação a objetos da natureza, mas sim por imagens transmitidas por Deus no espírito do artista, o qual tem a tarefa de tornar visível através de suas mãos.•As imagens produzidas são resultado de uma visão mística e não de um conhecimento lógico ou criação representativa• tal concepção é carregada de influência Neoplatônica, só que aqui o cristianismo substitui o espírito impessoal pelo Deus pessoal.• Com Tomás de Aquino podemos observar influencia aristotélica, pois o fato do espírito do artista conceber obras exteriores baseadas nas representações interiores é comparado com as Idéias interiores de Deus e o mundo criado por ele. Então o artista tem posse de uma quase-Idéia. Isso tudo para fazer compreender a essência do espírito divino. •Concluo a partir do capítulo 5. “O espírito na carne (cristianismo, corpo e imagem)” do livro “O que resta” de Mammi, Lorenzo que a teologia medieval não apenas nasce de influências e concepções filosóficas precedentes, mas se utiliza destas talvez mesmo de maneira estratégica, moldando-as a fim de servirem de auxiliares para suas crenças e ditas verdades. • Algo parecido acontece no Iluminismo e no Romantismo, sendo que os partidários daquele repudiam por completo o período “trevoso” e vêem o Renascimento como uma abrupta passagem à luz; e os partidários do último, exaltando valores e aspectos medievais, tendem a idealizá-la empalidecendo as qualidades positivas e inovadoras da Renascença. Em ambos os casos a história e os períodos são manipulados e simplificados para servirem de instrumentos auxiliares na argumentação e defesa de ideologias.