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História Antiga – 2018.

Filipe Gomes de Andrade

Tito Barros Leal de Pontes Medeiros

16/11/2018

As Formas Da História Antiga

A História é Científica, e tem como objeto de estudo algo que não é real, no sentido de
ser alguma coisa cronológica ou conceitual. Ela opera em formas, facilitando assim o
trabalho dos historiadores, que tentam dar sentido ao passado.

As formas são contextos que tem como base: modelos e teorias interpretativas de certos
documentos que são admitidos ou aceitos como válidos pelos escritores e leitores. Mas,
é preciso ter em mente como os historiadores escrevem História. Ela é pensada como
realizações da história: ou seja, o passado que realmente aconteceu, ou sua
reconstrução. Porém os historiadores não podem reconstruir a passado por completo,
pois ele nos é inacessível. O único acesso que temos ao passado é através de objetos,
textos ou recordações que estão presentes nos dias de hoje.

Tais vestígios, contudo, não importa sua quantidade ou qualidade são de grande
importância para o historiador, esses vestígios são como uma luz na escuridão:
desordenados, caóticos e irregulares. Com essas mediações podemos viajar até o
passado sem poder vê-lo. Mas sempre terá um custo, pois existem realidades que não
deixaram vestígios, que desapareceram completamente. Mas até mesmo o que
sobreviveu até esse tempo, só nos permite representar o passado de um modo indireto.

A História dos historiadores é uma especificação da sociedade moderna, mas também é


uma parte da memória coletiva. Seu objetivo é ser uma ciência, pois pressupõe que haja
ordem no passado e que a História é racional. Também é cientifica, pois considera que
documentos são os principais pilares para construção do passado.

Teorias e mediações tem um papel fundamental na escrita dos historiadores. Eles se


baseiam nas teorias da sociedade e da ação humana, e selecionam fatos e vestígios em
forma de documentos para estudar modelos específicos de cada sociedade. Mesmo
ocultos, teorias e modelos, são uma forma de representar o passado e de tentar sua
reconstrução. Independente do evento que se ocorreu, o historiador selecionará as
informações dos documentos e relacionará entre si, interpretando uma realidade que
faça sentido dentro do contexto histórico da época.

Os vestígios do passado são desconexos. O passado que realmente aconteceu, não é


sintetizado por documentos. Para entender e explicar essas realidades passadas, os
historiadores devem relacionar os vestígios que foram produzidos em tempos e lugares
diferentes, com propósitos diferentes. Para isso, elas devem fazer parte da mesma
unidade de sentido. É assumindo coerência e continuidade que se coloca ordem no caos
da documentação. E para relacionar essas informações desconexas os historiadores
usam as formas, ou em outras palavras, grandes contextos.

A História Antiga foi desenvolvida por pensadores do Renascimento. Uma ruptura que
dava certo sentido à História, como recuperação de algo perdido durante a chamada:
História Medieval. Afiliando assim o mundo contemporâneo a Europa dos séculos XV-
XVI, com um certo passado.

De fato, a visão de História Antiga é muito eurocêntrica, (modo de ver a História do


mundo de uma perspectiva europeia). É um ponto de vista muito próprio, que se
apresenta como universal. A História é ensinada seguindo períodos: Pré-História, que
normalmente é mais geral; depois História Antiga; Medieval; Moderna e
Contemporânea. A Europa é o foco da História mundial.

Mas existem problemas com essa forma eurocêntrica, problemas mais conceituais. O
que pode ser considerado como História da Europa, dentro da História Antiga não está
totalmente claro. Não há nenhuma continuidade social ou política entre o mundo da
História Antiga e a Europa contemporânea. A História Antiga é eurocêntrica, mas não é
em absoluto, a História da Europa.

Há incoerências na História Antiga. Ela é ensinada e pesquisada dentro de três divisões


principais, chamadas de tripartite: Oriente Próximo, Grécia e Roma. Essa divisão
tripartite é apresentada ao público em geral na forma de uma sucessão cronológica,
como se a História do mundo fosse contínua de Leste a Oeste.

A divisão tripartite é bastante incongruente no quesito diversidade. O Oriente Próximo é


uma partição geográfica, mas não necessariamente, tipos de sociedade ou cultura
específica. No Oriente Próximo existe uma grande diversidade de povos, culturas e
organizações sociais.

O critério que define a História da Grécia é mais complexo, pois não é a História de um
país específico ou de um território. A cultura grega é bastante diversa e nunca
correspondeu a uma sociedade uniforme ou a um Estado unificado.

A História de Roma tem suas dificuldades específicas, pois ela só faz sentido no
contexto de um mundo de outras cidades e Impérios. Seu Império não se constitui de
uma vontade única na História, mas das próprias fraquezas e necessidades do mundo ao
seu redor.

Roma significa tanto uma cidade como um Império. E muitas Histórias de Roma,
constitucionais ou políticas, não se preocupam com essa ambiguidade. Sob o Império
romano, não há uma única sociedade ou economia, e sim, uma diversidade de idiomas,
costumes, culturas e sociedades. Conforme a sucessão dos Imperadores, não se
consegue unificar essa vasta variedade cultural das múltiplas Histórias que podemos
identificar no seu interior.
Existem varias fontes da Antiguidade que os historiadores podem usar em seu trabalho,
como: papiros, moedas e vestígios arqueológicos. Mas as fontes mais importantes, que
moldam a constituição da própria concepção da História Antiga, são os livros
produzidos ao longo de mais de um milênio. Esses livros não foram produzidos num
mesmo tempo e lugar, e não representa nenhum período ou sociedade particular. Mas
são memórias expandidas de inúmeras sociedades ao longo do tempo.

A disciplina da História se desenvolveu bastante ao longo do século XIV, pois os


historiadores ordenaram as informações que encontraram nas fontes, criando formas e
contextos para lhes dar significado. Essas formas são influenciadas pelas noções de
civilização e de progresso. Considerando as diferentes civilizações, cada qual com suas
próprias características.

A ideia de civilização é bastante dúbia. Às vezes, é empregado como sinônimo de


cultura em geral; outra é usada para distinguir povos “primitivos” dos “desenvolvidos”,
mas o termo civilização é bastante ideológico. Mas podemos restringi-lo com precisão
para: a cultura erudita, ou seja, a própria tradição de pensamento, que representa a
continuidade com a qual se construiu a Civilização Ocidental.

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