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E ATÉ OS CONFINS DA TERRA: Uma história ilustrada do Cristianismo – A era

dos Mártires1
PINTO, José Otacílio Cunha2
Autor: GONZALEZ, Justo L.
Editora Vida Nova, São Paulo, 177 p. Ano 1995.
Este trabalho, é o primeiro tomo de uma série de dez volumes que nos leva até o
momento crítico em que Constantino tomou o nome de Cristo por estandarte, colocando
assim, fim a uma perseguição ao cristianismo por parte do Império Romano.
Justo L. Gonzalez3, nascido em Cuba e radicado nos Estados Unidos, é graduado pelo
Seminário Unido de Cuba, com mestrado e doutorado pela Universidade Yale. Tem
experiência de ensino de história da igreja em diversos seminários da América Central e dos
Estados Unidos, destacando-se ainda por sua prolífica produção literária.
O autor escreve A Era do Mártires, em doze capítulos versando sobre: O Cristianismo
e a história, a plenitude dos tempos, a igreja de Jerusalém, a missão dos gentios, os primeiros
conflitos com o estado, a perseguição do século segundo, a defesa da fé, os mestres da igreja,
a perseguição no século terceiro, a vida cristã, a grande perseguição e o triunfo final.
Gonzalez narra o fato histórico do recenseamento decretado pelo imperador romano
Cesar Augusto; ocasião em que Deus introduz o cristianismo na história da humanidade
através do evangelho de Jesus Cristo, que veio na plenitude dos tempos. Neste momento,
Deus preparou o judaísmo na palestina e no mundo greco-romano para que seu reino fosse
implantado entre os homens por meio de Jesus Cristo e seus discípulos que foram revestidos
com o poder do Espírito Santo e, assim, passaram a testemunhar “em Jerusalém, na Judéia,
Samaria e até aos confins da terra” (Atos 1.8).
Nos capítulos III ao V, Gonzalez abordará o primeiro século da história; momento em
que surge a igreja em Jerusalém, formada pela unidade dos judeus puristas e os judeus
helenistas que, como primeiros cristãos, não criam pertencer a uma nova religião, mas que
continuavam sendo judeus. Entretanto na igreja primitiva, havia uma divisão entre os judeus
puristas e aqueles helenizantes. Como resultado deste conflito, os doze apóstolos convocaram
uma assembleia e escolheram sete representantes do grupo dos “gregos” para servir as mesas.
Estes, desde muito cedo, dedicaram-se à pregação e à tarefa missionária.

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Resenha apresentada como requisito para obtenção de nota parcial da disciplina de História da Igreja, ministrada pelo
professor Iranildo.
2 2
Aluno do 2º período do Curso Livre de Teologia da Escola Teológica Charles Spurgeon.
3
< https://vidanova.com.br/104_justo-l-gonzalez>
Ocorrem os primeiros conflitos com o Estado. Desde o princípio, a fé cristã não foi
fácil, nem simples. O próprio Senhor a quem os cristãos serviam havia morrido na cruz,
condenado como um malfeitor qualquer. Estevão sofreu sorte semelhante ao ser morto e
apedrejado depois de dar seu testemunho diante do conselho dos judeus. Algum tempo depois,
Tiago foi morto por ordem de Herodes. Os primeiros cristãos não criam que pertenciam a uma
nova religião, eram judeus que sofreram perseguições sob o governo de Nero e Domiciano. A
principal diferença que os separava do resto do judaísmo era que criam que o Messias tinha
vindo, enquanto que os demais judeus ainda aguardavam o seu advento.
Nos capítulos VI a VIII, Gonzalez descreve os principais acontecimentos que ocorrem
no segundo século, começando com a carta que Plínio governador da região da Bitínia fez ao
imperador Trajano, informando o notável crescimento do número de cristãos e o declínio do
comércio local. Em contrapartida, o imperador estabelece que os cristãos ao serem acusados,
caso negassem a abandonar sua fé, deviam ser castigados, mas, se ninguém os acusasse, o
Estado não deveria persegui-los. Neste mesmo período, Inácio de Antioquia, o portador de
Deus, é levado à Roma para ser martirizado. Policarpo, bispo de Esmirna, aos oitenta e seis
anos é levado ao tribunal, não nega a Cristo e é queimado vivo. Marco Aurélio, reconhecido
como o “imperador filósofo”, assume o império, e dar início uma cruel perseguição contra os
cristãos, momento em que são martirizados a viúva Felicidade e seus sete filhos, Justino e
seus discípulos e Blandina, uma mulher frágil por quem temiam os cristãos.
Nos capítulos IX e X, destaca o autor o surgimento de apologistas e polemistas que
produzem obras teológicas notáveis, tais como: “Discurso a Diogneto” de autor desconhecido,
o “Diálogo com Trifon” escrito por Justino o Mártir, “Discurso aos gregos” por Taciano,
“Defesa dos cristãos” e outro tratado “Sobre a ressureição dos mortos” escrito por Atenágoras
e o bispo de Antioquia, Teófilo que escreveu “Três livros a Autólico”, todas escritas em grego
para refutar os ataques do Estado. No final do segundo século: Irineu de Leão, que escreve
toda sua teologia dentro de uma perspectiva bíblica e pastoral; Clemente de Alexandria,
mestre de intelectuais, distinguindo-se por sua sabedoria, mostrando que o cristianismo não é
a religião absurda que pretendem seus inimigos; Tertuliano de Cartago, que se dedicou a
escrever em defesa da fé contra os pagãos e em defesa da ortodoxia contra os hereges;
Orígenes de Alexandria que desenvolveu sua teologia muito parecido com a de seu mestre
Clemente, que tenta relacionar a fé cristã com a filosofia que estava em voga em Alexandria
nessa época - uma geração de notabilíssimos.
Nos capítulos XI ao XII, Gonzalez faz uma abordagem da perseguição no terceiro
século. Nesse período, o imperador Sétimo Severo, destaca o autor, deu uma nova dimensão à
perseguição contra os cristãos ao fomentar ativamente o sincretismo. Já no ano de 249, o
imperador Décio, em seus intentos de restaurar as velhas glórias de Roma, desatou a mais
cruel perseguição que a igreja havia conhecido até então. Após as perseguições de Décio e
Valeriano, a igreja gozou de relativa tranquilidade. Contudo, no fim do século terceiro, deu-se
início a última e mais terrível das perseguições realizada por Diocleciano no Oriente e
Maximiano no Ocidente que se encerram com Constantino no ano 306, quando toma o nome
de Cristo por estandarte e vence Majêncio na batalha da ponte Mílvio. Posteriormente,
Constantino se reúne em Milão com Licínio e faz uma aliança, formalizando por um acordo
conhecido como “Edito de Milão”, a partir do qual resolvem colocar fim à perseguição por
parte do Império Romano ao cristianismo.
Justo Gonzalez ao descrever a história da igreja, realiza um excelente trabalho
recontando de forma didática, coerente e de fácil compreensão, uma breve narração da Era
dos Mártires ao longo da história da Igreja. Em vista disso, recomendo esta obra a todos que
desejam conhecer uma história ilustrada do cristianismo através dos séculos. Não obstante,
Gonzalez prestou um valioso serviço à comunidade teológica evangélica, provendo um
assunto atrativo e desafiador, fazendo-se um texto padrão para estudos em seminários
evangélicos e útil tanto na sala de aula, como na igreja.
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José Otacílio Cunha Pinto Acadêmico do Curso livre de Teologia – Escola Charles Spurgeon.

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