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Pós-Graduação em Direito Processual Civil

III- Agosto/2018 Execução e Cumprimento de Sentença


20 10 2018 Substitutiva

Questão
1. Quanto aos prazos no cumprimento da sentença responda: qual é o último dia de prazo para os dois devedores
com advogados diferentes de escritórios de advocacia distintos efetuarem o pagamento fixado por sentença
transitada em julgado, em processo eletrônico onde o despacho determinando que o pagamento fosse efetivado foi
proferido em 11 de dezembro (segunda) e foi publicado no diário oficial no dia 14 de dezembro (quinta). Relevantes
para a solução da questão são as seguintes informações – Apesar da discussão, deve ser levado em conta o art. 219
do CPC. De 20 de dezembro até 20 de janeiro, inclusive (férias forenses), 25/01 (quinta - feriado em São Paulo –
aniversário da capital), 26/01 (não houve expediente forense) e o processo está em trâmite na 14ª Vara Cível do
Foro Central de São Paulo. Justifique sua resposta.
Em relação ao problema acima: qual é o último dia de prazo para a impugnação ao cumprimento da sentença pelos
devedores? Justifique.

2. Sobre a fase inicial da execução de título extrajudicial, analise e explique:

É correta a afirmação de que “havendo penhora de fração ideal de bem indivisível a alienação ocorrerá apenas sobre
a fração ideal objeto da penhora, constituindo-se condomínio entre o adquirente e o coproprietário da fração alheia
a penhora”? Justifique sua resposta.

Gabarito

1. Tanto o prazo de pagamento (art. 523) quanto o prazo para a impugnação ao cumprimento da sentença (art. 525)
devem ser contados em dias úteis.
O termo inicial do pagamento é dia 14/12 – quinta. O primeiro dia de prazo para pagamento, de um total de 15
dias úteis é dia 15/12 (sexta), depois contam os dias 18 e 19 – e começa o recesso de férias forenses de 20 de
dezembro a 20 de janeiro. Dia 21 de janeiro é domingo e não há expediente, conforme o problema, em 25 e 26/01,
bem como 27 e 28/01 (sábado e domingo), assim como também 3 e 4 de fevereiro.
Isto posto, o prazo final para pagamento é dia 8/02 (quinta feira).
O último dia de prazo para o pagamento é o termo inicial do prazo para a impugnação ao cumprimento da
sentença, que tem início na sexta, dia 9/02.
O último dia de prazo para o oferecimento da impugnação ao cumprimento da sentença, conforme as datas
dispostas no problema é 1º de março.

2. A afirmação está equivocada, pois, de acordo com o disposto no art. 843 do CPC, a alienação deve ocorrer
sobre a totalidade do bem e não apenas sobre a fração ideal do devedor.
O dispositivo cuida da proteção da quota parte do cônjuge não executado e, portanto, alheio à execução, bem
como do coproprietário de determinado bem penhorado que não comporte divisão cômoda.
Essa quota parte, por dizer assim, estranha à execução, não pode ser expropriada por valor inferior ao da
avaliação.
Para o credor, ao realizar penhora sobre bem indivisível, há que se levar na devida conta que a quota parte do
terceiro, jamais poderá ser arrematada por preço inferior ao da avaliação. A esse terceiro, cônjuge ou
coproprietário, a lei dá uma garantia de preço, seja qual for o valor da arrematação.
O art. 843, § 2º, parte final, contempla essa proteção a que nos referimos ao determinar que a quota parte dos bens
indivisíveis, objeto de arrematação, recairá sobre o produto da arrematação, tendo, entretanto, como parâmetro
assegurado o valor da avaliação.
A redação do § 2º do art. 843 não é clara, sendo nossa função aqui, explica-la para que não haja confusão na hora
do operador do direito interpreta-la.
Levando em consideração o disposto no art. 891 e seu parágrafo que estabelecem a impossibilidade de alienação
do bem em leilão por preço vil e mais, que preço vil é o inferior a 50% do valor da avaliação, salvo se outro
(maior) tiver sido determinado pelo juiz.
Se levarmos em conta que a parte do cônjuge alheio não pode ser alienada por preço inferior ao da avaliação e que
o bem não pode ser vendido por menos de 50% do valor da avaliação, duas são as soluções e interpretações
possíveis.
A primeira e equivocada forma de interpretação seria a seguinte:
O imóvel indivisível, parte ideal do executado e a outra parte de sua esposa, foi avaliado por R$ 100.000,00,
logicamente, R$ 50.000,00 relativos a parte de cada um deles. A alienação deve ter como valor mínimo os R$
50.000,00 (art. 891 e parágrafo único). Nesse caso, o cônjuge irá receber sua meação integralmente sobre o valor
da avaliação, enquanto o credor, que teve o trabalho de penhorar o bem, averbar a penhora (arcando com os
emolumentos), proceder à avaliação (inclusive pagando os honorários do perito ou a diligência de oficial de
justiça) não receberia um centavo sequer.
A segunda e, a nosso ver, correta, leva em consideração o credor e o terceiro condômino do executado e deve ser
analisada da seguinte forma:
Levando em consideração o mesmo imóvel e usando a mesma avaliação de R$ 100.000,00, com a mesma
proporção para cada um dos proprietários, tendo sido efetuada a penhora sobre a fração ideal do executado a
alienação será do bem por inteiro, mas não poderá ser inferior ao que determina o art. 891 e seu parágrafo.
Ora, a parte ideal do condômino, que em nosso exemplo é a esposa do devedor, não pode ser alienada por menos
de R$ 50.000,00. Por outro lado, a parte do executado, tem o valor de avaliação no mesmo valor de R$ 50.000,00.
Adotando-se a regra do art. 891, apenas no que diz respeito à fração ideal do executado, tal parte pode ser vendida
pelo valor mínimo de R$ 25.000,00, sob pena de ser alienada por preço vil.
Nesse contexto, admitindo-se uma única proposta na licitação, o leiloeiro aliena o bem por R$ 75.000,00, ou seja,
respeitando a regra do § 2º do art. 843 e fazendo com que o cônjuge alheio receba o valor relativo a 100% de sua
fração ideal (R$ 50.000,00) e respeitando a regra do art. 891, já que a parte do devedor teve redução no valor do
segundo leilão, mas não chegou a ser preço vil, fazendo com que os R$ 25.000,00 fossem destinados ao
pagamento da execução.
Na eventualidade de não ser esse valor obtido suficiente para pagar a dívida, pode o exequente requerer nova
constrição sobre outro bem, ou alguma outra medida visando compelir o devedor ao pagamento do saldo.
Destaque-se, por oportuno, que o terceiro coproprietário, ou cônjuge alheio, em razão da penhora ter recaído sobre
sua quota parte e o bem ser indivisível, têm legitimidade e interesse para questionar os critérios de avaliação,
devendo ser intimado para fazê-lo.

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