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NGA – DR3 – Políticas Públicas

Emigração/Imigração

Formando: Maria José Tavares Duarte

A 18 de Maio de 2018, o Jornal Público, num artigo escrito, levado a cabo por Joana
Gorjão Henriques, conclui que, estatisticamente, se Portugal fechasse portas à
imigração, o país perderia cerca de 2.6 milhões de habitantes até 2060. O estudo
revela, ainda, a necessidade de combater a tendência da emigração no nosso país.

A imigração para Portugal tem tido um impacto positivo nos mais diversos níveis. No
que diz respeito às contas públicas , são vários os estudos universitários que atestam
que o país tem feito lucros avultados no que respeita è relação entre despesas e
receitas sobre questões de imigração e com imigrantes.

Em relação à demografia e taxa de natalidade tem, progressivamente, estimulado o


seu aumento, bem como os chamados “casamentos mistos” que contribuem para um
enriquecimento, decorrente da diversidade, cultural e religiosa introduzida pelas
comunidades imigrantes.

No que refere ao trabalho e desenvolvimento do país, tem contribuido par o crescer


de uma mão de obra qualificada.

A importância da interiorização de uma politica de imigração acente no rigor de


entradas e no humanismo de integração têm trazido um, inquestionável, crescimento
do nosso país no que toca a questões economicas e sociais.

Entidades como a Comissão Europeia e as Nações Unidas consideram Portugal o 2º


país com melhor política pública de imigração da Europa e do Mundo.

«A pessoa é a medida e o fim de toda a atividade humana. E a política tem de estar


ao serviço da sua inteira realização».
Francisco Sá Carneiro

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Porém, é necessário não descurar da necessidade de uma atitude mais “prudente” a
nível de emigração e o do desenvolvimento de uma política atrativa para a imigração.

Estima-se que houve um aumento de 6% de imigração em Portugal no ano de 2017.


Embora este crescimento seja benéfico para Portugal, é de salientar que, a qualificação
de mão de obra é muito importante e, com isto observamos que há segmentos
migratórios que interessam mais do que outros, pelo que as imposições de outros
países tornam Portugal um país de “fácil” acolhimento para famílias, maioritáriamente,
sem qualquer tipo de formação.

Estes fenómenos migratórios ocorrem com determinados fundamentos. Um dos


fundamentos é o jurídico, em que na lei consagrada fundamental do princípio nº2
artigo 13º da Declaração Universal dos direitos do Homem, «Toda a pessoa tem o
direito de abandonar o pais em que sem encontra, incluindo o seu, e o direito de
regressar ao seu país». Como tal, Portugal desenvolveu várias políticas de acolhimento
e integração de imigrantes como é o caso da ACIME (Comissariado para Imigração e
Minorias Étnicas), no qual a missão é promover a integração na sociedade dos
imigrantes, assim como o SEF (Serviço de Estrangeiros e Fronteiras) que, é integrado
no MAI (Ministério da Administração Interna), tem por missão assegurar o controlo de
entradas nas fronteiras, dos estrangeiros em território nacional, a prevenção e o
combate à criminalidade relacionada com a imigração ilegal e tráfico de seres
humanos, gerir os documentos de viagem e de identificação de estrangeiros e
proceder à instrução dos processos de pedido de asilo e temos também o ACIDI (Alto
Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural) que tem como
missão colaborar na conceção, execução e avaliação das políticas públicas,
transversais e sectoriais, relevantes para a integração dos imigrantes e das minorias
étnicas, bem como promover o diálogo entre as diversas culturas, etnias e religiões.

Com tantas ajudas e instituições especializadas em integrar os imigrantes será difícil


imaginar que esses imigrantes terão dificuldade de nacionalização no nosso pais. No
entanto, existem dificuldades. Apesar destes órgãos existirem e, certamente,
trabalharem entre si para garantir que as entradas e saídas sejam controladas,
verificamos que, ainda assim, existem ilegalidades no nosso país. A entrada de mão de
obra ilegal e o tráfico em Portugal são uma realidade.

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A legalização dos imigrantes em Portugal é demorada, uma vez que existe um conjunto
de regras rigorosas que têm de ser seguidas e, como forma de fugir a todas essas
burocracias, muitos imigrantes optam por trabalhar ilegalmente.

Neste contexto, apresento um excerto de uma entrevista realizada a uma emigrante:

3-Como foi a sua adaptação?


R: Nos dois primeiros anos foi difícil: custou-me o frio e os rigores do Inverno. Além
disso tive que me habituar ao português de Portugal, que tem algumas diferenças
comparativamente ao falado no Brasil, e senti alguma pressão para deixar de falar com
sotaque brasileiro. O pior foi mesmo a desconfiança e falta de tolerância dos
portugueses perante os imigrantes brasileiros.

Em relação à minha legalização, obtive-a quando casei com um português.

Em Portugal, tive a sorte de não precisar de ir muito ao consulado. Sempre que lá fui,
passei horas à espera. Infelizmente estão muito mal-organizados. Como exemplo dessa
falta de organização, passei por um processo moroso para adquirir carta de condução
portuguesa.

Também fiquei muito desiludida com o Sistema de Saúde: é pouco eficiente e a espera
costuma ser interminável.

Isto é apenas um dos exemplos entre muitos mais. Mulheres brasileiras casam com
portugueses para obter a nacionalidade, e encorem num crime, casar por interesse é
crime. Acho que é facilitada a entrada dos imigrantes, mas dificultada a sua
nacionalização. Com tantos órgãos a trabalhar entre assim porque motivo não é
controlada a entrada e tornar a nacionalização mais simples?

“No século XXI, a política de imigração será um dos indicadores que definirá cada
sociedade: diz-me que politica de imigração tens e dir-te-ei quem és”. E cada uma das
nossas sociedades precisa de estar atenta, para que um dia não se envergonhe de
quem é”.

Portugal é um dos países da Europa e do mundo que, ao nível das políticas


públicas, têm das melhores políticas para as migrações. Seja a imigração ou a

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emigração.

Portugal tem boas políticas, teoricamente são políticas que ajudam e que visam
realmente o bem-estar dos imigrantes, o que possivelmente estará mal, são os
profissionais destacados para por em prática essas leis. Muitas das vezes uma
informação não consegue ser transmitida pelo funcionário que está a atender, muitas
das vezes há um desconhecimento total de toda informação que estes órgãos
disponibilizam porque muito possivelmente há pessoas sem a formação necessária a
atender ou seja maus profissionais. As políticas são boas, teoricamente são
funcionáveis, mas tem de se saber informar o imigrante, tem de se controlar a chegada
de um imigrante ao país e fornecer as condições necessárias para a sua legalização.
Nós recebemos emigrantes de leste para arrumar carros na rua, podem não estar
ilegais, mas também não estão a contribuir para o país. Essa imigração torna estas
políticas, motivo de vergonha no nosso país, porque são mal aplicadas ou nem são
aplicadas.

Obviamente que a criminalidade é sempre associada ao fenómeno da imigração, embora


que isso seja mentira. Foi realizado um estudo em Coimbra por Maria João Guia que
desmente a associação de maior criminalidade no país com a entrada de imigrantes,
que, depois de analisar um universo de cerca de 6800 reclusos estrangeiros (dados
recolhidos em 2002, 2005 e 2008), sustenta que «não se poderá concluir que os
imigrantes tenham uma maior intervenção na criminalidade violenta do que os
portugueses».

A investigadora, que é também inspectora no Serviço de Estrangeiros e Fronteiras


(SEF), constata que o número de reclusos não nacionais nas cadeias portuguesas subiu
84 por cento de 1999 para 2006, decrescendo 14 por cento em 2008, altura em que
representava 20 por cento do total de detidos.

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