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Questão 1. (pontuação: 2)
(1,0) b) Encontre os possı́veis valores de m, n ∈ Z tais que o número 9m 10n tenha 243 divisores.
Uma solução:
a) Teorema Fundamental de Aritmética em N: Todo número natural maior do que 1 ou é primo ou se escreve
de modo único (a menos da ordem dos fatores) como um produto de números primos.
A demonstração é feita usando-se a segunda forma do Princı́pio de Indução Finita. Se n = 2, o resultado é óbvio,
pois 2 é primo.
Suponhamos que o resultado seja válido para todo número natural menor do que n e vamos provar que vale para
n. Se o número n é primo, nada temos a demonstrar. Suponhamos, então, que n seja composto. Logo, existem
números naturais n1 e n2 tais que n = n1 .n2 , com 1 < n1 < n e 1 < n2 < n. Pela hipótese de indução, temos que
existem primos p1 , ..., pr e q1 , ..., qs tais que n1 = p1 ...pr e n2 = q1 ...qs . Portanto n = p1 ...pr .q1 ...qs .
Vamos provar a unicidade da escrita: se n = p1 ...pr = q1 ...qs , sendo pi e qj números primos, i = 1, ...r, j = 1, ..., s,
como p1 |q1 ...qs , segue que p1 = qj para algum j, que, após reordenamento de q1 , ..., qs , podemos supor que seja q1 .
Portanto p2 ...pr = q2 ...qs . Como p2 ...pr < n, a hipótese de indução acarreta que r = s e os pi e qj são iguais aos
pares.
Teorema Fundamental de Aritmética em Z: Dado um número inteiro n 6= 0, 1, −1, existem primos p1 <
p2 , ... < pr e α1 , α2 , ..., αr ∈ N, univocamente determinados, tais que
n = ±pα αr
1 ...pr .
1
A demonstração é essencialmente a mesma do teorema anterior, agrupando os fatores primos repetidos e ordenando
os primos em ordem crescente.
b) Temos que 9m 10n = 32m 2n 5n . Desta forma, o número de divisores de 9m 10n é (2m+1)(n+1)2 : Como 243 = 35 ;
devemos encontrar os pares de soluções inteiras (m; n) da equação (2m + 1)(n + 1)2 = 35 .
Em Z, temos apenas as seguintes possibilidades:
2m + 1 = 3 e (n + 1)2 = 34 , ou seja, m = 1 e n = 8;
2m + 1 = 33 e (n + 1)2 = 32 , ou seja, m = 13 e n = 2;
2m + 1 = 35 e (n + 1)2 = 1, ou seja, m = 121 e n = 0.
Logo os pares (m, n) são (1, 8), (13, 2) e (121, 0).
Questão 2. (pontuação: 2)
Uma solução:
em que (ni , nj ) = 1, para todo par ni , nj , com i 6= j, possui uma única solução módulo N = n1 n2 ...nr . Tal solução
pode ser obtida por:
x = N1 y1 c1 + · · · + Nr yr cr ,
N
sendo Ni = e yi solução de Ni Y ≡ 1 mod ni , i = 1, ..., r.
ni
A demonstração é a seguinte:
Como ni |N j, se i 6= j, e Ni yi ≡ 1 mod ni então
x = N1 y1 c1 + N2 y2 c2 + · · · Nr yr cr + ≡ Ni yi ci ≡ ci mod ni
x ≡ x0 mod ni , ∀i, i = 1, . . . r.
b)
Denote por x a quantia procurada. Usando os dados do problema, vemos que x = 11n1 + 1 = 12n2 + 2 = 13n3 + 3.
Essa cadeia de equações é equivalente ao sistema de congruências lineares
X ≡ 1 mod 11
X ≡ 2 mod 12
X ≡ 3 mod 13
Como (11, 12) = 1, (11, 13) = 1, (12, 13) = 1; usando o Teorema Chinês dos Restos, vemos que as soluções do
sistema de congruências acima são dadas por
Se t ≤ 2, então x < 0, o que não nos fornece soluções válidas para o problema proposto. Para t = 3 temos
x = R$ 1 706, 00. Para t ≥ 4 temos x > 3 000, 00, o que também não nos fornece soluções válidas para o problema.
Logo a única solução possı́vel é x = R$ 1 706, 00. De fato,
1706 = 155.11 + 1
1706 = 142.12 + 2
1706 = 131.13 + 3
Questão 3. (pontuação: 2)
Numa criação de galinhas e coelhos, contaram-se 400 pés. Quantas são as galinhas e quantos são os coelhos,
sabendo que a diferença entre esses dois números é a menor possı́vel?
Uma solução:
Denote por C o número de coelhos e por G o número de galinhas. Como cada coelho tem 4 pés e cada galinha
tem 2 pés, temos 4C + 2G = 400, que é equivalente à equação 2C + G = 200. A equação diofantina 2C + G = 1 tem,
como uma das soluções, C = 1 e G = −1. Desta forma, as soluções de 2C + G = 200 (logo de 4C + 2G = 400), são:
C − G = 400 − 3t.
Como 400 = 3.133 + 1, segue que a diferença mı́nima ocorre para t = 133, para o qual C − G = 1. Neste caso,
temos C = 67 coelhos e G = 66 galinhas.
Questão 4. (pontuação: 2)
Uma solução:
.
Basta analisar as possı́veis congruências módulo 7:
Se n ≡ 0 mod 7, então, observando a decomposição acima, vemos que n7 − n ≡ 0 mod 7.
Se n ≡ 1 mod 7, então n−1 ≡ 0 mod 7 e, novamente observando a decomposição acima, vemos que n7 −n ≡ 0 mod 7.
Analogamente, temos:
Se n ≡ 2 mod 7, então n2 + n + 1 ≡ 0 mod 7 e, portanto, n7 − n ≡ 0 mod 7.
Se n ≡ 3 mod 7, então n2 − n + 1 ≡ 0 mod 7 e, portanto, n7 − n ≡ 0 mod 7.
Se n ≡ 4 mod 7, então n2 + n + 1 ≡ 0 mod 7 e, portanto, n7 − n ≡ 0 mod 7.
Se n ≡ 5 mod 7, então n2 − n + 1 ≡ 0 mod 7 e, portanto, n7 − n ≡ 0 mod 7.
Se n ≡ 6 mod 7, então n + 1 ≡ 0 mod 7 e, portanto, n7 − n ≡ 0 mod 7.
Em qualquer caso, n7 − n é divisı́vel por 7, n ∈ Z.
Questão 5. (pontuação: 2)
Uma solução:
a)
Para n = 2, temos
" #2 " # " #
1 1 2 1 u3 u2
= =
1 0 1 1 u2 u1
Suponhamos que a afirmação seja válida para algum n ∈ N. Vamos mostrar a sua validade para n + 1. Usando a
hipótese de indução, temos
" #n+1 " #n " # " #" #
1 1 1 1 1 1 un+1 un 1 1
= =
1 0 1 0 1 0 un un−1 1 0
Logo
" #n+1 " # " #
1 1 un+1 + un un+1 un+2 un+1
= =
1 0 un + un−1 un un+1 un
Desta forma, usando o Princı́pio de Indução, concluı́mos que
" #n " #
1 1 un+1 un
=
1 0 un un−1
é válido para todo n ∈ N.
Vamos agora demonstrar a validade de un−1 un+1 = u2n + (−1)n .
Calculando o determinante das matrizes acima e usando o fato que det(An ) = (detA)n ; vemos que
" #n ! " #!n " #
1 1 1 1 un+1 un
det = det = det
1 0 1 0 un un−1
ou seja, (−1)n = un+1 un−1 − u2n , como querı́amos demonstrar.
b)
Prove a fórmula de Leibniz
X n!
(a1 + a2 + ... + am )n = ai11 ai22 ...aimm , a1 , a2 , ..., am ∈ R.
i1 +i2 +...+im =n
i1 !i2 !...im !
Observação: Se achar necessário, para facilitar, assuma a validade da fórmula do Binômio de Newton.
Uma solução:
Vamos aplicar indução em m: Para m = 1; a fórmula é óbvia. Suponhamos que a fórmula seja válida para m.
Vamos mostrar sua validade para m + 1. Usando a Fórmula do Binômio de Newton, vemos que
n
X n!
(a1 + a2 + ... + am+1 )n = (a1 + a2 + ... + am )k an−k
m+1
k!(n − k)!
k=0
n
X X n! k!
(a1 + a2 + ... + am+1 )n = ai1 ai2 ...aimm an−k
k!(n − k)! i1 !i2 !...im ! 1 2 m+1
k=0 i1 +i2 +...+im =k
X n!
(a1 + a2 + ... + am+1 )n = ai1 ai2 ...aimm an−k
i1 !i2 !...im !(n − k)! 1 2 m+1
i1 +i2 +...+im +(n−k)=n
X n! im+1
= ai1 ai2 ...aimm am+1
i1 +i2 +...+im +im+1 =n
i1 !i2 !...im !im+1 ! 1 2
Desta forma, usando o Princı́pio de Indução, concluı́mos que a fórmula de Leibniz é verdadeira para todo m ∈ N.