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Relação do manejo sobre a estabilidade de agregado em água em solo

cultivado com cebola.

Bruna Biasiolo*1, Andressa Pinto dos Santos2, Venesa Pinto dos Santos2, Tercio
Fehlauer3, Luiz Antonio Biasiolo1, Ildegardis Bertol4.
1
Alunos de Iniciação Cientifica, Departamento de Agronomia - CAV/UDESC 2Mestranda do Programa de
Pós-Graduação em Ciências do Solo, Centro de Ciências Agroveterinárias, Universidade do Estado de
Santa Catarina - CAV/UDESC; 3 Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Ciências do Solo, Centro
de Ciências Agroveterinárias, Universidade do Estado de Santa Catarina - CAV/UDESC; 4Orientador do
Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais CAV/UDESC.
*Dados para correspondência: Laboratório de Uso e Conservação do Solo - Centro de Ciências
Agroveterinárias, Universidade do Estado de Santa Catarina, Av. Luiz de Camões, 2090 - Conta Dinheiro
- Lages – SC, Brasil, 88520-000, +55 (49) 3289-9145, Email: ----------------------------

RESUMO

Entre as olerícolas, o cultivo tradicional da cebola notoriamente é caracterizado por


grande mobilização de solo. Neste sentido, esta pesquisa teve por objetivo avaliar a
estabilidade de agregados em um Cambissolo Húmico sob cultivo de cebola com
diferentes manejos, relacionando os valores obtidos com um solo permanente descoberto.
A avaliação foi realizada, na área experimental do Setor de Conservação do Solo, do
Centro de Ciências Agroveterinárias da Universidade Estadual de Santa Catarina, foram
avaliados cinco tratamentos. Os manejos constam de: plantio direto sobre resíduo do
milho, plantio direto sobre resíduo da soja, plantio convencional sobre resido do milho,
plantio convencional sobre o resíduo da soja e solo cobertura. As coletas de solo foram
realizadas ao final do ciclo do cultivo da cebola. A estabilidade de agregados foi realizada
por peneiramento úmido. Portanto, o manejo plantio direto sobre resíduo do milho foi o
que obteve maiores valores de diâmetro médio ponderado (DMP), ficando próximos a
condição de ambiente nativo.
Palavras-chave: plantio direto, plantio convencional, resíduo

INTRODUÇÃO

Entre as olerícolas, o cultivo tradicional da cebola (Allium cepa) notoriamente é


caracterizado por grande mobilização do solo, com operações de aração seguidas de
gradagem e, muitas vezes, de enxada rotativa, compondo um sistema de cultivo que gera
instabilidade física, química e biológica no solo (COSTA & LEITE, 2005). A introdução
de sistemas de manejo conservacionistas, como plantio direto e cultivo mínimo, vem
sendo utilizado na olericultura como meio de garantir uma maior estabilidade do solo,
devido a menor mobilização do solo e a manutenção de cobertura do solo.
Um dos principais inconvenientes do sistema de cultivo com alta mobilização de
solo é a sustentabilidade ambiental, principalmente no que diz respeito a susceptibilidade
do solo à desagregação por erosão, já que o mesmo permanece descoberto e sujeito à ação
direta do impacto das gotas da chuva e do escoamento superficial da água que em
conjunto, desagregam e transportam partículas de solo (ENGEL, 2005). Nesse contexto,
a proposta deste trabalho foi verificar, a estabilidade de agregados em uma
CAMBISSOLO HÚMICO Alumínico léptico, após o ciclo do cultivo da cebola manejado
sobre plantio direto e plantio convencional, de modo a determinar de forma quantitativa
o impacto sobre a estrutura do solo mediante a avaliação de estabilidade dos agregados,
sobre os distintos manejos aplicados sobre o solo.

METODOLOGIA

A avaliação foi realizada no mês de dezembro de 2017, na área experimental do


Setor de Conservação do Solo, do Centro de Ciências Agroveterinárias - CAV, campus
da Universidade do Estado de Santa Catarina-UDESC, nas coordenadas 27º46’57’’S e
50º18’20’’W. O clima da região, segundo a classificação de Köppen, é Cfb. O solo é
classificado como CAMBISSOLO HÚMICO Alumínico léptico (EMBRAPA, 2013) de
textura franco-argilo-siltosa.
A área experimental começou a ser utilizada na execução de trabalhos para
estudos de erosão hídrica com simulação de chuva no ano de 2006, anteriormente a
vegetação local era composta por campo natural, implantados em agosto de 2017. O
último experimento conduzido na área em questão refere-se à avaliação de chuva
simulada com cultivo de cebolas, finalizado em dezembro de 2017, o qual serviu de base
para realização deste trabalho. A área experimental foi distribuída em 10 parcelas, de 11
m de comprimento e 3,5 m de largura, totalizando 38,5 m2, com quatro distintos
tratamentos sendo duas repetições de campo cada um dos tratamentos, implantados do
seguinte modo: T1 – plantio de cebola sem preparo prévio do solo, com sulcamento
apenas na linha de plantio, sobre o resíduo cultural da soja remanescente (PDS); T2 -
plantio de cebola sem preparo prévio do solo, com sulcamento apenas na linha de plantio,
sobre o resíduo cultural do milho remanescente (PDM); T3 - plantio de cebola em solo
preparado com uma aração + duas gradagens, sobre o resíduo cultural da soja
remanescente (PCS); T4 - plantio de cebola em solo preparado com uma aração + duas
gradagens + destorroamento manual com enxada, sobre o resíduo cultural do milho
remanescente (PCM), T5 – solo preparado com uma aração + duas gradagens sendo
mantido sem cultivo e descoberto durante todo período da pesquisa (SSC - testemunha)
tomado como referência . Para a avaliação foram coletadas amostras do solo deformadas,
nas profundidades de 0-0,05; 0,05-0,1; 0,1-0,15 e 0,15-0,2 m, em um ponto por parcela
experimental. As coletas foram realizadas ao final do ciclo do cultivo da cebola. A análise
foi realizada no laboratório de Uso e Conservação do Solo do CAV. A estabilidade de
agregados foi realizada por peneiramento úmido, sendo expressa pelo diâmetro médio
ponderado conforme a metodologia descrita por Kemper & Chepil (1965).

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Conforme a Tabela 1, entre os tratamentos com cultivo de cebola o plantio


convencional sobre o resíduo da soja (PCS) foi o que apresentou o menor DMP, obtendo
valores próximos aos verificados na parcela descoberta (SSC), em todos as profundidades
avaliadas, podendo ser justificado os baixos valores primeiramente devido à ação do
preparo do solo (arações e gradagens sucessivas), mas também pelo fato das parcelas sob
sistema convencional terem recebido controle mecânico das invasoras, realizados de
modo periódico sobre as parcelas, ações essas que agem diretamente sobre a sua estrutura,
visto que tais as operações favorecem o rompimento das ligações entre os agregados
diminuindo a estabilidade dos agregados do solo. Os menores valores de DMP, também
podem ser atribuídos ao fato da maior mobilização acarretar na diminuição do teor de
carbono orgânico como resultado, da ação biológica e da resistência dos agregados à ação
da água (BERTOL et al., 2004), e em função da soja possuir baixa relação C: N,
resultando em decomposição mais rápida, diminuindo a persistência da cobertura do solo
(ROSSI et al., 2013).
O tratamento, PDM apresentou maior DMP, entre os tratamentos estudados,
verificando baixa variação dos valores entre camadas avaliadas, sendo explicado esses
resultados devido a não mobilização do solo, pelo maior teor de carbono do solo e a alta
relação C: N do resíduo do milho (BERTOL et al., 2004). Todavia os valores de DMP
dos tratamentos PDS e PCM não mostram expressiva variação na estabilidade de
agregados do solo, mostrando o efeito importante do resíduo do milho sobre o solo mesmo
quando incorporado. Cabe ressaltar que o baixo efeito de copa da cultura da cebola sobre
o solo, o torna o mais susceptível a ação da gota da chuva durante todo ciclo da cultura,
favorecendo assim o processo de rompimento dos agregados nos solos sem presença de
resíduos ou com presença de resíduos com velocidade de decomposição rápida como o
caso da soja.
Tabela1: Diâmetro médio ponderado de agregados estáveis em água em diferentes profundidades, em um
Cambissolo Húmico alumínico léptico submetido a diferentes sistemas de manejo e resíduos sob cultivo da
cebola.
TRATAMENTOS PDM(1) PDS(2) PCM(3) PCS(4) SSC(5)
Profundidade (m) DMP (mm)
0-0,05 5,06 5,01 4,65 4,50 4,38
0,05- 0,1 5,25 5,16 5,04 4,61 4,34
0,1-0,15 5,22 4,66 4,74 4,32 3,75
0,15-0,2 5,30 4,39 4,43 4,13 3,72
Média 5,21 4,81 4,72 4,39 4,05
Desvio Padrão 0,10 0,35 0,26 0,21 0,36
CV (%) 2,00 7,19 5,41 4,81 8,94
1
PDM=plantio direto no resíduo do milho; 2PDS= plantio direto no resíduo da soja; 3PCM= plantio
convencional sobre o resíduo do milho; 4PCS= plantio convencional sobre o resíduo da soja,5SSC = solo
sem cobertura.

CONCLUSÃO
1. O preparo convencional do solo sobre o resíduo da soja sob cultivo de cebola afeta
negativamente a estabilidade de agregados do solo em relação ao que é observado em
condição de campo nativo.
2. O cultivo do solo com plantio direto garante maior estabilidade dos agregados em água,
em relação ao preparo convencional em áreas cultivadas com cebola.

REFERÊNCIAS
BERTOL, I. et al. Propriedades físicas do solo sob preparo convencional e semeadura
direta em rotação e sucessão de culturas, comparadas às do campo nativo. R. Bras. Ci.
Solo, 28:155-163, 2004.
COSTA, N.; LEITE, W. Potencial agrícola do solo para o cultivo da cebola. Embrapa
Semiárido, Juazeiro, setembro 2005.
EMBRAPA. Sistema brasileiro de classificação de solos. 3.ed. Brasília, 2013. 353p.
ENGEL, F. L. Erosão hídrica provocada por chuvas simuladas durante o cultivo da
soja. Dissertação (Mestrado em ciência do solo), Universidade do Estado de Santa
Catarina, Lages, 94 f. 2005.
KEMPER, W.D.; CHEPIL, W.S. Size distribution of aggregation. In: BLACK, C.A., ed.
Methods of soil analysis. Madison, American Society of Agronomy, 1965. pt.1, Cap.39,
p.499- 510. (Agronomy, 9)
ROSSI, C. Q. et al. Decomposição e liberação de nutrientes da palhada de braquiária,
sorgo e soja em áreas de plantio direto no cerrado goiano. Semina: Ciências Agrárias,
Londrina, v. 34, n. 4, p. 1523-1534, jul./ago. 2013.

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