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Toda teologia, quer queira, quer não, se organiza ao redor de dois olhos: Os olhos da fé, e o olho
da realidade histórico social.
Os antigos mestres diziam como acerto: “A teologia é ante et retro oculata. Possui um olhar
voltando as fontes da fé (bíblia e tradição) e outro voltado a situação em que vive o teólogo,
inserido numa comunidade histórica. Pelo olho de trás (retro oculatra) se apoia dos
conhecimentos bíblicos litúrgicos que compõem o discurso da fé em sua identidade. Como o
olha da frente (ante oculatra) conscientiza as questões relevantes da vida da comunidade e
procura iluminá-las com a luz adquirida com o olho voltado para trás. Entre os dois olhos há uma
inter-relação dialética: os temas do passado iluminam temas de hoje; temas de hoje iluminam
temas do passado”.
Para entendermos a função dessa teologia, precisamos entender primeiro que nem toda
teologia tem formato acadêmico. A teologia circula também por ambientes não acadêmicos e
se expressa livremente entre religiosos leigos, pessoas comuns que muitas vezes não são se quer
participantes de uma igreja. E ela está na boca de todas as pessoas.
A teologia pastoral visa o cuidado com o fiel da igreja. Possui um caráter prático, pois objetiva
dar suporte espiritual àqueles que se consideram religiosos. A teologia popular tem por fim
proporcionar ao fiel, condições para compreender os textos sagrados e seus diversos contextos
para uma vida cotidiana, sem a necessidade e maiores aprofundamentos no assunto.
Toda teologia que seja verdadeira precisa ser útil a vida cristã. O teólogo não pode demostrar
evidência de certas realidades, mas pode chamar a atenção sobre aspectos da mesma que o
intelecto seja capaz de responder.
Quem é o Teólogo?
O teólogo em seu modo de ser é uma pessoa humilde, transparente, solidário e amigo de toda
a verdade.
Sua área de trabalho, é falar dentro da igreja e não por ela. Tem autoridade conferida pelo
conhecimento possui e por isso, precisa fazer mais do que ajudar a difundir a fé da igreja, deve
ser um agente transformador e um formador de opinião.
O papel do teólogo é duplo, o teólogo pode ser visto como um conscientizador e explicitador.
O papel do teólogo é duplo: por um lado ele é um membro da comunidade que possui uma
bagagem rica de conhecimentos bíblicos e doutrinários, úteis para ajudar na compreensão da fé
dos fiéis, dos problemas por eles suscitados. Por outro, é um membro da comunidade que ajuda
a captar as questões relevantes da realidade histórico- social e pensa-las à luz do Evangelho e
da teologia. Sua função é esclarecer a fé da comunidade, aprofundá-la, redizê-la, dentro de uma
síntese atual, de tal forma que a fé mantenha seu enraizamento no passado e ao mesmo tempo,
reflita sobre as questões do presente.
Ele deve ser criativo e avançar sempre na busca de soluções, ajudando a comunidade em sua
própria capacidade de pensamento.
O teólogo assume a tarefa que todo cristão tem, de poder pensar a sua fé e aprofundá-la, pois
do contrário essa não seria uma fé humana.
Por fim, dada a sua natureza espiritual e sobrenatural por excelência, que faz dele uma ponte
entre Deus e o homem, é exigido do teólogo uma vida de intensa espiritualidade, meditação
assídua e fervorosa oração. E sabendo-se do princípio hermenêutico que fez do teólogo um
homem de estudo, se esse não dedicar muitas horas ao estudo e à pesquisa, sua obra poderá
ser a comparada ao trabalho de um inculto.
Resumindo: para cumprir sua missão de intérprete entre Deus e os homens o teólogo deve ser
um homem.
Além destas, existem mais algumas ferramentas (recursos e princípios) que, quando observados,
norteiam os estudos do teólogo:
Contexto histórico
Contexto literário (interpretação gramatical e contextual)
Comparação das escrituras com as escrituras
Ele precisa também estar atento ao próprio contexto
O campo de atuação:
Ele dedica parte importante do seu tempo e vida à decência teológica, sendo muitas vezes
professor nos institutos eclesiásticos.
Reflexão:
O estudante de teologia precisa:
Crer e Pensar – o ímpio pode escrever e estudar teologia, mas o cristão tem
entendimento e uma perspectiva sobre a Verdade de Deus que nenhum incrédulo é
capaz.
Depender e Adorar – estudar teologia não é um mero exercício dinâmico. Embora
muitos pensem assim. É uma experiência que gera a mudança, convence, expande,
desafia e, por fim leva uma grande reverência a Deus.