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09/10/2017 Pedido de Reconsideração

Seg, 09 de Outubro de 2017

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ATUALIDADES
APRESENTAÇÃO
Pedido de Reconsideração Comentários ao X Exame
EDITORIAL R E V I S TA T E M A S AT U A I S D E P R O C E S S O C I V I L V. 1 - N . 1 - J U L H O D E 2 0 11 Nacional da OAB
Fundamentação Remissiva
CONSELHO EDITORIAL Pedido de Reconsideração (Parte II): Retrocesso na
Jonathan Iovane de Lemos Jurisprudência do STJ?
NORMAS DE PUBLICAÇÃO Advogado. Mestre em Direito e Especialista em Direito Processual Civil pela Pontifícia Universidade Para o Superior Tribunal de
Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Artigo originalmente publicado na Revista Brasileira Justiça, fundamentação
EDIÇÕES ANTERIORES de Direito Processual - RBDPro. Ano 18, v.71, p.69-89, 2010. ISBN: 0100-2589. remissiva é causa de
Sumário: 1) Notas Introdutórias; 2) Pedido de Reconsideração – Elementos; 2.1) Conceito e nulidade
SUMÁRIO GERAL Conteúdo; 2.2) Origem e Natureza Jurídica; 2.3) Hipóteses de Cabimento; 2.3.1) Preclusão; A dicotomia “questão de
2.3.1.1) Preclusão para o Juiz e para as partes – Alcance dos artigos 471 e 473 do CPC; fato” e “questão de direito” -
FALE CONOSCO 2.3.1.2) Síntese; 2.4) Atos atacados pelo Pedido de Reconsideração; 2.5) Prazo; 2.6) Parte I
Interposição simultânea com Recurso e Litigância de Má-fé; 2.7) Legitimidade; 2.8)
Competência; 2.9) Princípio da Fungibilidade no Pedido de Reconsideração; 2.10) Efeitos;
2.11) Princípio do Contraditório e o Pedido de Reconsideração; 2.12) Pedido de
Reconsideração e Embargos de Declaração; 3) Considerações Finais; 4) Bibliografia. EVENTOS
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Medidas Estruturantes, de
E-mail 1. Notas Introdutórias Marco Jobim
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Prisão Civil, de Fabiano
Aita
A precípua função do processo, em virtude do monopólio da jurisdição, está na proteção Especialização em Direito
dos interesses individuais e da coletividade, mediante a aplicação do ordenamento jurídico,
Processual Civil EAD -
sendo, indefectivelmente, em seu desenlace, um instrumento de realização da justiça[1].
UNISC

Sob esse foco, cumpre ao legislador determinar o processo de maneira a torná-lo rápido,
efetivo e justo, entregando à parte o bem da vida almejado, devendo ser estruturado em
tantos atos quantos sejam necessários para alcançar a sua finalidade[2].
PARCEIROS
Todavia, o processo por mais que busque esforços na tentativa de alcançar uma prestação
jurisdicional célere, que resolva, de maneira irrepreensível, os conflitos intersubjetivos
existentes, ainda acarretará, de maneira paradoxal, um inconformismo à(s) parte(s)
litigante(s). A solução estatal, a primeira vista, nunca desfrutará de validade perante o pólo
sucumbente, já que a irresignação é característica indissociável da condição humana.

A permissão para impugnação das decisões judiciais assegura o aperfeiçoamento do ato


judicial, possibilitando a reparação de qualquer erro existente, se existente, no conteúdo do
provimento, apaziguando-se verdadeiramente os litigantes[3].
PARCEIROS
Entretanto, a ânsia das partes em recorrer não se dá por satisfeita com os meios legais
existentes, fato que “desbravou outros caminhos para desafiar os pronunciamentos do
órgão judiciário”[4], originando os chamados sucedâneos recursais.

Dentre os vários tipos de sucedâneos, um nos chama maior atenção: o pedido de


reconsideração, instituto criado pelo hábito forense[5], de larga utilização[6] pelas partes,
mas que, contudo, ganhou pouco relevo na doutrina e na jurisprudência[7], tendo, inclusive,
sua legalidade questionada[8], chegando-se a sustentar que o instituto era vedado por
normas de direito público[9].

Em pesquisa doutrinária, não se contabilizou uma dezena de escritos específicos sobre o


tema, sendo que, dos autores que aceitaram a tarefa, poucos foram além da discussão
acerca das hipóteses de cabimento do pedido de reconsideração, estando, ainda, muitos
dos artigos desatualizados de acordo com as recentes e inúmeras modificações
formalizadas na Lex Instrumentalis.

Nesse quadro, levando em conta que o pedido de reconsideração processual “é figura que,
em hipótese alguma, pode, a nosso ver, ser ignorada pelo estudioso do direito”[10], tentar-
se-á, em linhas gerais, situá-lo, analisando suas hipóteses de cabimento, seus requisitos,
seu prazo, sua legitimidade, seu conteúdo, seus efeitos, dentre outras questões
pertinentes, tudo em conformidade com o sistema processual vigente[11] – pois de nada
adianta a definição de um instituto que não possui utilização por contrariar as disposições
legais existentes, baseando-se em um código hipotético, dissociado e inaplicável ao

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cotidiano forense –, ressaltando, durante a evolução do artigo, a aplicação da
jurisprudência das Cortes Superiores sobre o assunto[12].

2. Pedido de Reconsideração – Elementos

2.1. Conceito e Conteúdo

O termo “reconsiderar”, etimologicamente, possui os sentidos de “1. retomar o exame de


(questão); tornar a considerar; 2. pensar melhor; repensar; 3. anular decisão já tomada;
desdizer-se”, definições de curial importância, neste momento, para que se possa delimitar
o conceito e o conteúdo do pedido de reconsideração.

Preambularmente, nota-se que todas as definições conduzem ao sentido de uma segunda


reflexão sobre o assunto a reconsiderar, não importando a manutenção/modificação dos
fundamentos pretéritos existentes. Mas qual é a importância desta afirmação para
conceitualização do “pedido de reconsideração”?

Veja-se: por exemplo, considerando-se que o pedido de reconsideração,


compulsoriamente, deverá versar apenas sobre aquilo que foi decidido, limitado pela linha
argumentativa/provas analisada pelo juízo – solicitando, apenas, uma nova reflexão sobre o
tema e, conseqüentemente, a reconsideração da decisão –, o pedido feito pela parte que
traz ao conhecimento do magistrado uma nova interpretação ou novas provas sobre a
questão em apreciação, em um caso de indeferimento de antecipação de tutela, poderia
ser definido como pedido de reconsideração?

Tal fato é de suma importância, já que se aceito o argumento de que a modificação dos
fundamentos e/ou a demonstração de um novo quadro fático[13] enseja a entrega de uma
nova manifestação judicial, o prazo de início para interposição de agravo será o da
publicação da decisão que analisar o “novo” fundamento e não o da primeira decisão
indeferitória.

Defendendo esse último ponto, apenas com algumas divergências em relação à


legitimidade para realização do pedido, manifesta-se MARIA BERENICE DIAS, narrando
que o pedido de revisão (nomenclatura utilizada pela autora para qualificar o fenômeno
acima narrado) é diverso do requerimento de reconsideração, pois naquele “a parte verte
os seus fundamentos para que o juiz reaprecie o que decidiu, atentando nos fundamentos
que não foram sopesados quando apreciou o requerimento da outra parte [...]
(suspendendo-se) o prazo para esgrimir agravo de instrumento”[14].

Todavia, não concordamos com a autora, tendo em vista que o pedido de reconsideração
vislumbra a modificação de um decisum, pelo próprio juízo prolator, imediatamente, não
importando as razões utilizadas para tanto. O fato proeminente do instituto em análise é o
pedido de nova reflexão, para o mesmo juiz, sobre assunto que já houve manifestação
judicial, sendo irrelevante, via de regra, se existe ou não linha argumentativa
contemporânea, ou novas provas aptas a alteração da decisão.

Dentro desse quadro, o pedido de reconsideração pode ser definido como “o requerimento
apresentado pela parte ao órgão judiciário que proferiu o ato decisório para reformá-lo,
retratá-lo ou revogá-lo”[15].

2.2. Origem e Natureza Jurídica

O pedido de reconsideração, segundo NELSON NERY[16], tem suas origens nas


Ordenações Filipinas, mais especificamente em seu Livro III, Título 65, n.º 2[17], evoluindo
através do tempo, chegando a ser incorporado em alguns códigos estaduais – v.g., Código
de Processo Civil do Rio Grande do Sul (art. 528)[18].

Inobstante sua expressa previsão legal, o pedido de reconsideração nunca obteve no Brasil
natureza jurídica de recurso, ao contrário de outros países latino-americanos, e.g.,
Argentina e Cuba, e europeus, v.g., Alemanha[19], mas apenas o caráter de sucedâneo
recursal[20]. A legislação nunca o tratou como meio legal de impugnação de decisões[21],
apesar de possuir esse desiderato processual, não obtendo, também, o efeito de impedir o
trânsito em julgado do decisum a ser reconsiderado.

Nota-se, portanto, que o instituto em comento já esteve positivado em nossa legislação[22],


mas nunca de forma sistematizada, restando, nos dias atuais, previsto de maneira indireta
em diversos artigos de nosso código[23], v. g., art. 527, parágrafo único[24], dispositivos
que reconhecem, inegavelmente, a sua existência.

2.3. Hipóteses de Cabimento

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A prática reconheceu e adotou os pedidos de reconsideração, seja pela facilidade de sua
interposição, seja pela ausência de quaisquer requisitos formais e/ou substanciais na sua
elaboração, fatos que acarretam em “economia de tempo e dinheiro”[25] às partes, elidindo
quaisquer preocupações aparentes em relação ao “prazo, preparo, articulação de razões e
formação de instrumento”[26], sem contar a celeridade da decisão sobre o pedido, se
comparado com um julgamento de recurso, mostrando-se “um instrumento simples e não
raras vezes eficaz para a impugnação de decisões judiciais”[27].

Dessa sua difusão nos corredores forenses, iniciou-se na doutrina o estudo detalhado de
suas hipóteses de cabimento, vinculando-se à análise da preclusão, mormente aos artigos
471[28] e 473[29] do CPC, chegando-se à conclusão, um pouco óbvia, de que o pedido de
reconsideração só teria cabimento contra decisões não preclusas para as partes e para o
juiz.

2.3.1. Preclusão

A preclusão, instituto que tem origem no direito romano-canônico[30], foi inspirada na


poena praeclusi[31], possuindo, em sua gênese, caráter punitivo dentro do processo. Em
seu progresso, ganhou largo desenvolvimento pela doutrina italiana[32], recebendo
contornos através do célebre estudo de CHIOVENDA, que definiu a preclusão como a
perda, extinção ou a consumação de uma faculdade processual da parte, em função de se
ter atingido os limites assinalados em lei ou ao seu exercício[33].

Tal conceito, hodiernamente, recebeu críticas e novos limites, retirando-se a idéia de


faculdade, vislumbrando em seu lugar a noção de ônus – pois a parte possui a
“oportunidade de agir, prevendo a lei, no caso de omissão, determinada conseqüência
jurídica”[34]. Ou seja, nos dizeres de TEREZA ARRUDA ALVIM, ônus é “uma atividade que,
se concretizada ou realizada, terá (provavelmente) seus resultados revertidos em benefício
daquele que a desempenhou”[35].

Ultrapassada a sua conceituação, nota-se que a preclusão foi criada para fornecer os
meios de evitar discussões infinitas no bojo processual, estipulando, a cada parte, os
momentos e prazos para as suas respectivas manifestações. É, portanto, um instituto que
visa a fazer o processo “andar para frente”[36], impedindo “eternos retornos no curso do
procedimento”[37], fator que ressalta “o caráter público, objetivo e rigoroso do princípio da
responsabilidade da parte [...] (constituindo) princípio fundamental da organização do
processo, sem o qual nenhum procedimento teria fim”[38].

Sob essa ótica, a doutrina indicou três modalidades de preclusão, baseando-as nas causas
que lhes dão origem[39]: (a) temporal (“perda da faculdade processual, pelo seu não uso
dentro do prazo peremptório previsto pela lei”[40]); (b) consumativa (“impossibilidade da
prática do ato decorre da circunstância de já se ter o praticado”[41]) e (c) lógica (“prática de
ato incompatível com aquele que se pretenda exercitar no processo”[42]).

Há de se ressaltar, ainda, que a preclusão se opera em relação à impugnação da decisão,


não a elas próprias[43].

Passada essa breve determinação do tema, cumpre-se, a partir de agora, analisar a


possibilidade de preclusão das questões do processo ao juiz, fenômeno conhecido na
doutrina como preclusão pro judicato – nomenclatura corretamente criticada por JOSE
MARIA ROSA TESHEINER[44] –, e às partes.

2.3.1.1. Preclusão para o Juiz e para as Partes – Alcance dos artigos 471 e 473 do
CPC

Inexiste na legislação nacional uma sistematização sobre o instituto da preclusão, já que o


Código de Processo Civil brasileiro limita-se a fazer menções fragmentadas sobre o
tema[45].

Dentre os artigos existentes, dois possuem fundamental importância para o


desenvolvimento do pedido de reconsideração, clamando-nos uma especial atenção:
artigos 471 e 473 do CPC.

O artigo 471 dispõe que “nenhum juiz decidirá novamente as questões já decididas,
relativas à mesma lide”, excetuando, em seus incisos, hipóteses de redefinição do julgado.
Tal dispositivo, segundo alguns doutrinadores, convalida a afirmação de existência de
preclusão que atinge o órgão jurisdicional[46], pois, realizada a análise de alguma questão,
o juiz estaria impossibilitado, via de regra, de modificá-la – com exceção das matérias de
ordem pública, que podem ser decretadas ex officio, de acordo com a combinação dos
artigos 267, §3º[47] e 301, §4º[48] do CPC –, o que afastaria o cabimento do pedido de
reconsideração. Em suma: o artigo 471, caput, “insinua o veto de o juiz, de regra, retratar
as decisões proferidas no curso do processo”[49].

Todavia, como é notório, o CPC brasileiro está muito distante de ser um exemplo de rigor
técnico e precisão lingüística, sendo o dispositivo 471 um bom paradigma dessa

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imprecisão, que tanta confusão causa na doutrina.

Primeiramente, o artigo possui redação confusa, “sendo de má técnica legislativa”[50],


aglutinando no mesmo período os conceitos carneluttianos de “questão” e de “lide”,
deixando margem para as mais diversas interpretações, pois “falando de decisões,
misturou resoluções interlocutórias e sentenças definitivas”[51].

Dentro desse quadro, parcela da doutrina aduz que o termo “questões” faz referência,
exclusivamente, ao meritum causae[52]; enquanto outra narra que a palavra “questões”
refere-se a qualquer “ponto de controvérsia no curso da lide”[53].

Tal discussão é de basilar importância para o pedido de reconsideração, pois, acatada uma
ou outra corrente, estar-se-á permitindo, ou proibindo, a possibilidade de reconsideração
das decisões para o magistrado, já que acarretaria, ou não, a sua preclusão.

Veja-se que ALFREDO BUZAID[54], Ministro da Justiça do país à época da publicação da


Lei n.º 5.869/73, informa, relativamente às terminologias utilizadas pelo CPC, que “o projeto
só utiliza a palavra “lide” para designar o mérito da causa. [...] A lide é, portanto, o objeto
principal do processo e nela se exprimem as aspirações em conflito de ambos os
litigantes”[55].

Já CARNELUTTI engendrou seu conceito de lide a partir da idéia de “interesse”, pois se


duas ou mais pessoas têm interesse pelo mesmo bem, que a uma só possa satisfazer, tem-
se um conflito de interesses. Adicionando-se a tal quadro a pretensão de uma parte, que é
a exigência da subordinação a um interesse próprio de um interesse alheio[56], e a sua
resistência pela outra, nasce a lide, que para CARNELUTTI nada mais é que “[...] il conflitto
di interessi tra due persone qualificato dalla pretesa dell'una e dalla resistenza
dell'altra“[57].

Em sua obra, classificada por LIEBMANN como “o mais ousado esforço feito até hoje para
procurar identificar o conteúdo material do processo”[58], CARNELUTTI, após o estudo do
conceito de pretensão e razão, realiza a análise do conceito de questão, definindo-o como
“um ponto[59] duvidoso, de fato ou de direito”[60], mas que não se confunde com a lide[61],
acabando por desenlaçar que “o mérito é o complexo das questões materiais que a lide
apresenta”[62].

Dessas breves notas, já se denota a ambígua redação do artigo em mote, o que ensejou a
criação das duas correntes citadas. Como observado, questão, segundo a teoria clássica
de CARNELUTTI, é qualquer ponto controverso existente. Todavia, mesmo tendo em
mente os conceitos expostos, a melhor interpretação do artigo 471 do CPC, ao nosso
sentir, é aquela dada pela primeira corrente citada, que vincula o termo “questão” àquelas
situações referentes ao mérito da causa – que apenas são decididas na sentença –,
possibilitando, via de regra, a reanálise por parte do juiz de qualquer matéria decidida,
antes de entregue a manifestação definitiva judicial, estando limitada, todavia, pelo que
dispõem os artigos 2º[63] e 128[64] do CPC.

O meritum causae – não importando se aceite, ou não, a possibilidade de prolação de


sentenças parciais de mérito, embora não pareça a melhor opção sobre o tema, ao nosso
sentir, levando em consideração a impossibilidade de julgamento fracionado da demanda
de acordo com a atual jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça[65] –, é solvido pelo
magistrado em um único momento, com definitividade, restando claras as razões que
conduzem a identificação do termo “questões” à resolução do objeto litigioso no caso
concreto. De fato, o termo “questões”, pelo menos no sentido do artigo 471, está
diretamente vinculado à pretensão processual da parte autora, ao meritum causae, não
podendo, em hipóteses alguma, significar qualquer decisão sobre ponto incidente no curso
do procedimento. É de se ressaltar, corroborando tal entendimento, que o próprio inciso I
do dispositivo emana: “[...] o que foi estatuído na sentença”, não podendo ser outra a
interpretação do artigo 471.

Veja-se uma decisão do Pleno do Supremo Tribunal Federal, citada por ARAKEN DE
ASSIS[66], que, mutatis mutandis, aplica-se perfeitamente ao tema:

Acerca dos pressupostos processuais e das condições da ação, não há preclusão para o
juiz, enquanto não acabar o seu ofício jurisdicional na causa pela prolação da sentença
definitiva. A preclusão é sanção imposta à parte, porque consiste na perda de uma
faculdade processual: não se aplica ao juiz, qualquer que seja o grau de jurisdição
ordinária. Para o juiz só opera a preclusão maior, ou seja, a coisa julgada. (grifo nosso).

Já para as partes, em sentido contrário ao do artigo preteritamente analisado, o artigo 473


determina, expressamente, a proibição de discussão acerca das questões preclusas “no
curso do procedimento”, sendo lógica, na linha de raciocínio até então exposta, a
impossibilidade de se tratar de “questões materiais (de mérito)” a redação desse
dispositivo, já que, como dito acima, inviável o julgamento parcial da demanda,
impossibilitando a sua solução definitiva de maneira fracionada no andamento do processo.

A proposta do artigo em destaque tem como escopo impedir que as partes, após a
preclusão de determinada questão, retomem a sua discussão. Aqui, com razão as
afirmações de SERGIO PORTO: “questão decidida representa todo o ponto controvertido
que, no curso da lide, exigiu manifestação jurisdicional”[67].

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Resta, pois, preclusa para a parte toda a questão decidida não atacada pelo recurso
competente.

2.3.1.2. Síntese

A doutrina, em todos os livros consultados, procurou estabelecer que apenas as questões


passíveis de manifestação ex officio pelo magistrado poderiam ser reconsideradas,
apontando as principais hipóteses[68] em que se admitiria o pedido de reconsideração,
salientando ser inútil “tentar encartá-las em categorias que se pretendam exaurientes”[69].
Entretanto, como destacado no item superior, essa não parece ser a melhor resposta sobre
o assunto.

Entende-se que não existe preclusão para o juiz, com exceção de questão decidida pelo
órgão hierarquicamente superior[70]-[71], não a estando presente até a prolação da
sentença de mérito, momento pelo qual, apenas nos casos dos incisos dos artigos 463[72]
ou 471, ambos do CPC, poderão ser alteradas as disposições sentenciais.

Ainda, mesmo que se entenda pela preclusão de questões para o juiz, não se deve olvidar
que são poucas as decisões judiciais prolatadas no curso do procedimento que não se
tratam de matéria de ordem pública, restando inócua, portanto, qualquer tentativa de limitar
o cabimento do pedido de reconsideração.

A prática forense, que reconhece a aplicação do pedido de reconsideração, é a testemunha


da inexistência de preclusão para o juiz, com exceção, claro, dos casos já mencionados,
sendo possível a interposição do instituto contra decisão singular do magistrado, não
preclusa para a parte, estando o juízo limitado pelo disposto nos artigos 2º e 128 do CPC,
podendo, apenas nos casos de ordem pública, retificar a sua decisão ex officio.

2.4. Atos atacados pelo Pedido de Reconsideração

Dos argumentos asseverados nos pontos supras, pode-se concluir que os únicos atos
passíveis de pedido de reconsideração são as decisões interlocutórias (art. 162, §2º[73] do
CPC) e os despachos[74] (art. 162, §3º[75] do CPC).

As sentenças, tendo em vista o teor do art. 471, caput, do CPC, não são passíveis de
reconsideração, com exceção dos casos dispostos em lei, em face da autorização legal
estipulada, como, e.g., nos artigos 285-A, §1º[76] e 296[77] do CPC, onde a parte
prejudicada poderá solicitar a reconsideração do decisum que julgou liminarmente os
pedidos da ação ou decretou o indeferimento exordial.

Ainda, na mesma linha de raciocínio exposta, plenamente cabível pedido de


reconsideração contra julgamento monocrático a que se refere o art. 557, §1º do CPC. Ao
contrário, não incide o instituto contra acórdãos (art. 163[78] da Lex Instrumentalis)
proferidos pelos Tribunais[79], assim como pelas decisões oriundas das Turmas Recursais,
já que latente o transbordamento dos limites do pedido de reconsideração. Nesse sentido
manifesta-se a jurisprudência dominante do Superior Tribunal de Justiça e do Supremo
Tribunal Federal, respectivamente:

PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL. PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO. NÃO-


CABIMENTO. 1. Não cabe pedido de reconsideração em sede de decisão colegiada, nos
termos do art. 557, § 1º, do CPC. 2. Pedido de reconsideração não-conhecido. (RCDESP
no AgRg no Ag 957.689/PA, Rel. Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, QUARTA
TURMA, julgado em 12/06/2008, DJe 23/06/2008) (grifo nosso).

Pedido de reconsideração. - No caso, a decisão recorrida não é despacho que tenha


rejeitado embargos de declaração, mas, sim, decisão da Primeira Turma desta Corte que
os rejeitou. Ora, em se tratando de acórdão de Turma do Tribunal não é cabível pedido de
reconsideração, que não é suscetível sequer de conversão em novos embargos de
declaração, uma vez que a interposição desse pedido de reconsideração traduz erro
crasso. Pedido de reconsideração não conhecido. (AI-AgR-ED-segundo
julgamento 331409 / SP - SÃO PAULO, SEG.JULG.DOS EMB.DECL.NO AG.REG.NO
AGRAVO DE INSTRUMENTO, Relator(a): Min. MOREIRA ALVES, Julgamento:
25/03/2003, Órgão Julgador: Primeira Turma, DJ 02/05/2003) (grifo nosso).

Com efeito, os atos passíveis de pedido de reconsideração são as decisões interlocutórias,


os despachos, não importando se prolatadas por Juízes, Pretores, Desembargadores ou
Ministros, as decisões monocráticas proferidas em sede recursal e as sentenças passíveis
de reconsideração por expressa determinação legal.

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2.5. Prazo

Do breve estudo realizado sobre o tema da preclusão, tem-se que a parte poderá pedir a
reconsideração de uma decisão singular até o momento anterior em que ela se torne
preclusa[80], o que, normalmente, se dará após o transcurso do prazo do recurso cabível
contra a decisão a ser reconsiderada.

Indeferida a realização de perícia técnica, e não interposto agravo dessa decisão, no


décimo segundo dia após a data de disponibilização da decisão no Diário de Justiça (de
acordo com o art. 4º, §§ 3º e 4º da Lei n.º 11.419/06[81] c/c arts. 184, §2º[82] e 522[83] do
CPC), estará preclusa a questão para parte, a qual não poderá mais requerer do juízo a
sua reconsideração.

Esse é o posicionamento do Superior Tribunal de Justiça:

PROCESSO CIVIL. EXECUÇÃO. PENHORA. NOMEAÇÃO DE BENS ACEITA PELO JUIZ.


PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO. SUCEDÂNEO DO RECURSO CABÍVEL APÓS O
PRAZO DESTE. PRECLUSÃO. RECURSO ESPECIAL DESACOLHIDO. I – Sem ter
interposto agravo contra a decisão de primeiro grau que aceitou os bens nomeados à
penhora pelo executado, torna–se preclusa para o exeqüente a oportunidade de insurgir–se
contra a nomeação, não podendo fazê–lo meses depois, quando já opostos embargos de
devedor. II – Ainda que, em princípio, seja possível a reconsideração de decisão judicial,
por meio de petição, não se pode transformá–la em sucedâneo do recurso cabível, quando
já ultrapassado o prazo para a interposição deste. (REsp 303.528/TO, Rel. Ministro
SÁLVIO DE FIGUEIREDO TEIXEIRA, QUARTA TURMA, julgado em 21/06/2001, DJ
27/08/2001 p. 346) (grifo nosso).

Com efeito, enquanto não preclusa a questão para a parte, esta resta possibilitada da
apresentação do pedido de reconsideração.

2.6. Interposição Simultânea com Recurso e Litigância de Má-fé

Um ponto interessante sobre o tema em análise é a possibilidade de interposição


concomitantemente do pedido de reconsideração e o recurso cabível na espécie, sem que
haja, a priori, qualquer violação ao princípio da singularidade/unicidade, fato reconhecido
pela jurisprudência da Corte Superior:

PROCESSO CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. PRAZO. CONTAGEM. INICIO. PEDIDO


DE RECONSIDERAÇÃO ISOLADO. RECURSO ESPECIAL PROVIDO. - Apesar de o
pedido de reconsideração poder fazer-se simultaneamente com a interposição de agravo,
quando feito isoladamente, não tem a força de interromper ou suspender prazo recursal.
(REsp 13.117/CE, Rel. Ministro HÉLIO MOSIMANN, SEGUNDA TURMA, julgado em
16/12/1991, DJ 17/02/1992 p. 1367)

O pedido de reconsideração, como visto, não é recurso, ostentando natureza de sucedâneo


recursal. Com efeito, “não se submete à incidência do princípio da singularidade, podendo
ser ajuizado em conjunto com outro meio de impugnação”[84]. Ademais, não incide, ainda,
o fenômeno da preclusão consumativa, já que o pedido de reconsideração e o recurso
possuem pretensões diversas[85].

Ademais, é plenamente possível, inclusive, a interposição do pedido de reconsideração


após a interposição de agravo de instrumento e da manutenção da decisão agravada pelo
juiz. Nota-se que a questão não estaria preclusa, já que pendente de julgamento o agravo
de instrumento. Tecnicamente, pela evolução do estudo até o momento, não se mostra
incabível a interposição do pedido. Todavia, no caso concreto, dever-se-á analisar as
razões do pleito, já que, à primeira vista, estaria beirando as penas da litigância de má-fé.

Nesse ponto, deve-se atentar pela diferenciação existente entre o pedido de


reconsideração e a possibilidade de retratação do magistrado, de acordo com a lei recursal
pertinente, pois aquele é oriundo da praxe forense, enquanto esse funda-se na lei[86].

Ainda, outro caso instigante seria, pegando-se o mesmo exemplo referido acima, quando o
magistrado a quo, pelo acúmulo de serviço, demora para analisar o pedido de
reconsideração interposto, sobrevindo o julgamento do agravo distribuído no Tribunal.
Nesse caso, não há mais possibilidade de o juiz reconsiderar sua decisão, face ao disposto

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no art. 512[87] do CPC, pois operada “a substituição do ato impugnado pelo ‘julgamento’
emanado do órgão ad quem”[88].

Por fim, ressalta-se ser plenamente cabível a penalização da parte por utilizar de maneira
impertinente o pedido de reconsideração, devendo os magistrados empregar o instituto da
litigância de má-fé (art. 17, IV, V e VI[89] do CPC) para conter eventuais abusos cometidos
pelas partes[90]. Essa é a orientação do Superior Tribunal de Justiça:

PROCESSUAL CIVIL. PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO DE DECISÃO COLEGIADA QUE


NÃO CONHECEU ANTERIOR PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO CONTRA DECISÃO
COLEGIADA. Pedido manifestamente incabível. não conhecimento do pedido. aplicação de
multa (CPC, ARTS. 17, VI E 18). (RCDESP na RCDESP no AgRg no Ag 795.560/SP, Rel.
Ministro TEORI ALBINO ZAVASCKI, PRIMEIRA TURMA, julgado em 21/02/2008, DJe
12/03/2008) (grifo nosso).

O pedido de reconsideração é uma ferramenta profícua para resolução de diversos


problemas que podem acontecer no desenvolvimento processual. Contudo, não deve ser
utilizado de maneira temerária pelas partes, sob pena de aplicação da multa estipulada no
artigo 18[91] do CPC.

2.7. Legitimidade

Diferente do aduzido por MARIA BERENICE DIAS[92], o pedido de reconsideração pode


ser interposto por qualquer uma das partes, desde que haja sucumbência na decisão, o
que caracterizaria o interesse de sua reforma, podendo, inclusive, ser requerido por um
terceiro e pelo Ministério Público[93], não importando sua forma de participação no
processo (parte ou custos legis).

Não se torna obrigatório, portanto, que o pedido de reconsideração seja formulado pela
parte que teve sua solicitação inatendida pela primeira vez. O pedido de reconsideração é
cabível por aquele que, restando prejudicado pelo deferimento/indeferimento de alguma
solicitação, vê-se prejudicado no curso processual.

Como exemplo, cite-se uma ação de cobrança com fulcro nas diferenças oriundas de
expurgos econômicos, na qual, após o pedido do autor, o magistrado determina que a
instituição financeira acoste aos autos os extratos bancários do período cobrado, em 15
dias, sob pena de aplicação de multa diária de R$ 100,00 (cem reais). Dentro desse
quadro, plenamente cabível a interposição de pedido de reconsideração pela instituição
financeira, seja questionando a sua exibição em demanda cautelar pretérita, seja
argumentando pela existência de obrigação específica na lei sobre o tema – aplicação do
art. 359[94] do CPC.

Ademais, até mesmo um terceiro, v.g. o perito, pode interpor pedido de reconsideração,
desde que não esteja preclusa a questão, como no caso de o juiz, depois da solicitação do
réu, permitir o pagamento dos honorários periciais em parcela única, após a realização do
laudo.

2.8. Competência

Outro ponto que merece atenção é a competência para a decisão sobre o pedido de
reconsideração. Segundo NELSON NERY JÚNIOR[95], o juízo competente para
apreciação do pedido de reconsideração é o “juiz que proferiu a decisão que se pretende
ver reconsiderada”. Frisa-se que se trata do juízo e não, especificamente, do mesmo juiz
que prolatou a decisão.

No caso de um processo no qual tenha sido indeferido o pleito liminar pelo juiz plantonista,
o pedido de reconsideração será apreciado pelo magistrado titular da vara a qual a ação foi
encaminhada pela distribuição, e não para o juiz plantonista que indeferiu a medida
acautelatória.

2.9. Aplicação do Princípio da Fungibilidade no pedido de reconsideração

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O art. 810[96], do revogado de CPC’39, previa o instituto da fungibilidade. Contudo, após a
simplificação da sistemática recursal formalizada no Código de 1973[97], “partindo da falsa
sensação de segurança derivada do esquema simples de correlação entre atos decisórios
e recursos”[98], tal instituto foi retirado de nosso ordenamento, mas residindo, até hoje, sua
proficuidade, “mesmo à falta de regra expressa”[99].

Para sua aplicação, deverá existir, no caso concreto: (a) dúvida objetiva (“hipóteses
controversas na doutrina e na jurisprudência, por força de razões mais ou menos
convincentes, a respeito do recurso próprio contra algum ato decisório”[100]); (b)
inexistência de erro grosseiro (“interposição do recurso errado, quando o correto se
encontra indicado expressamente no texto da lei”[101]) e (c) que o recurso impróprio seja
interposto no prazo do recurso que se pretende transformá-lo[102].

Desta feita, com o cotejo dos três elementos necessários para aplicação da medida, pode-
se concluir que é impossível a aplicação do princípio da fungibilidade no pedido de
reconsideração, sendo inviável o seu recebimento como agravo retido, agravo
interno/regimental ou embargos de declaração, face à ausência dos requisitos “a” e “b”,
previamente elencados.

Ora, inexiste previsão legal do pedido de reconsideração, sendo que, os meios


impugnativos em que este poderia ser recebido estão categoricamente definidos em lei,
não existindo, portanto, dúvida objetiva sobre o tema, o que obsta o reconhecimento de
inexistência de erro grosseiro, impossibilitando, como corolário, a fungibilidade do pedido.

Nesse sentido, manifesta-se de maneira pacífica o Supremo Tribunal Federal:

A apresentação de "pedido de reconsideração", conforme denominado pela agravante,


contra acórdão proferido por Turma não tem amparo legal, configurando equívoco
inescusável da parte, a inviablizar a aplicação do princípio da fungibilidade recursal. 2.
Embargos de declaração conhecidos como agravo regimental, ao qual se nega provimento.
(AI-AgR-ED 335512 / SP - SÃO PAULO, EMB.DECL.NO AG.REG.NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO, Relator(a): Min. ELLEN GRACIE, Julgamento: 08/10/2002, Órgão
Julgador: Primeira Turma, DJ 08/11/2002) (grifo nosso).

Entretanto, toda a certeza da aplicação do tema na Corte Suprema não encontra


ressonância no Superior Tribunal de Justiça, que, de maneira paradoxal, pois em conflito
interno acerca da uniformidade da questão, encontra-se dividido sobre o tema, existindo
uma prevalência da possibilidade de reconhecimento do pedido de reconsideração como
agravo regimental ou embargos de declaração, dependendo do caso, veja-se:

PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO. RECEBIMENTO COMO AGRAVO REGIMENTAL.


POSSIBILIDADE. FUNGIBILIDADE RECURSAL. AGRAVO DE INSTRUMENTO.
EXECUÇÃO. PENHORA. IMÓVEL RURAL. MÓDULO RURAL. BEM DE FAMÍLIA.
REVISÃO. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 7/STJ. AGRAVO REGIMENTAL IMPROVIDO. I -
Em homenagem aos princípios da economia, da instrumentalidade e da fungibilidade
pedido de reconsideração podem ser recebidos como agravo interno nos termos da
jurisprudência desta Corte. II - Em âmbito de recurso especial não há campo para se
revisar entendimento assentado em provas, conforme está sedimentado no enunciado 7 da
Súmula desta Corte. III - Agravo regimental improvido. (AgRg no Ag 999.790/RJ, Rel.
Ministro SIDNEI BENETI, TERCEIRA TURMA, julgado em 26/08/2008, DJe 11/09/2008)
(grifo nosso).

Desse modo, mesmo existindo a possibilidade jurisprudencial de fungibilidade do pedido de


reconsideração, essa não configura a melhor interpretação doutrinária sobre o assunto.

2.10. Efeitos

Em face da ausência de previsão legal, a doutrina é pacifica em relação à inexistência de


efeito suspensivo no pedido de reconsideração[103], não suspendendo nem interrompendo
os prazos de interposição dos recursos cabíveis contra a decisão a ser reconsiderada.
Conforme aduz ARAKEN DE ASSIS[104], “sua pendência não impedirá a preclusão do
direito de recorrer, nem a decisão a seu respeito restituirá o prazo já vencido”.

Tal posicionamento é realizado, justamente, para evitar que a fluência do prazo recursal
não reste ao alvedrio da parte, o que daria ensejo à possibilidade de recuperação do lapso
a qualquer tempo[105], prorrogando-se, quiçá infinitamente, o início do dies a quo para
interposição do recurso.

O posicionamento do Superior Tribunal de Justiça e do Supremo Tribunal Federal não


diverge do que dito:

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PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. PEDIDO
DE RECONSIDERAÇÃO. INTERRUPÇÃO DO PRAZO RECURSAL. INOCORRÊNCIA.
RECURSO ESPECIAL DESPROVIDO. (REsp 984.724/MG, Rel. Ministro TEORI ALBINO
ZAVASCKI, PRIMEIRA TURMA, julgado em 20/05/2008, DJe 02/06/2008)

Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Juízo negativo de admissibilidade do


recurso extraordinário. Recurso adequado. Agravo de instrumento. 4. Pedido de
reconsideração. Recurso impróprio. Não suspensão do prazo recursal. 5. Agravo de
instrumento. Interposição após o julgamento da reconsideração. Intempestividade.
Precedentes. 6. Agravo regimental a que se nega provimento. (AI-AgR 654382 / RS - RIO
GRANDE DO SUL, AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO, Relator(a): Min.
GILMAR MENDES, Julgamento: 04/12/2007, Órgão Julgador: Segunda Turma, DJ
01/02/2008)

Válido o questionamento, ainda, acerca da (in)existência de algum outro efeito recursal no


pedido de reconsideração (devolutivo, obstativo, substitutivo e translativo). Tendo em vista
a ausência normativa sobre o assunto, não se pode admitir a existência de quaisquer
efeitos inerentes aos recursos de maneira extensiva ao instituto, mesmo que no pedido de
reconsideração esteja contida, indiretamente, a devolução da questão a ser analisada pelo
magistrado, sendo lhe possibilitada a substituição de sua decisão anterior, podendo,
também, versar sobre matérias de ordem pública.

2.11. O Princípio do Contraditório e o Pedido de Reconsideração

Na prática, na ausência de procedimento delimitado, o magistrado não realiza a intimação


da parte contrária acerca do pedido de reconsideração postulado, decidindo “logo após o
pedido do requerente”[106]. Dentro desse quadro, poder-se-ia suscitar a hipótese de
violação ao princípio do contraditório nos casos de análise do pedido de reconsideração.

Porém, tal atitude do juízo não caracteriza, por si só, violação ao princípio do contraditório,
já que a matéria reapreciada deve, teoricamente, ter sido debatida em momento pretérito,
sendo desnecessária, portanto, a intimação da parte adversa sobre os limites do pedido de
reconsideração formulado, pois, a priori, travar-se-ia o mesmo embate feito anteriormente.

Destarte, realizada a discussão sobre determinado assunto, sendo, em ato contínuo,


decidida a questão, não parece oportuna a necessidade de intimação da requerida para
que analise o pedido de reconsideração feito pela requerente.

Ainda, não se atendendo ao princípio do contraditório, “havendo prejuízo ou desvantagem,


esse segundo ato do juiz que acolheu o pedido de reconsideração se classificaria como
decisão interlocutória e, portanto, suscetível de impugnação pela via do agravo”[107].

Todavia, tem-se de ressaltar que nos casos em que realizada a juntada de novos
documentos deverá o magistrado proporcionar a manifestação da parte contrária, antes de
decisão sobre o pedido de reconsideração[108].

2.12. Pedido de Reconsideração e Embargos de Declaração

Derradeiramente, a fim de situar questão presente nos tribunais, mister realizar a distinção
entre o pedido de reconsideração e os embargos declaratórios, já que tranqüilo o
entendimento de que a interposição de aclaratórios com finalidade de pedido de
reconsideração não interrompe o prazo recursal. Nesse sentido:

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO. INTERRUPÇÃO.


PRAZO RECURSAL. NÃO OCORRÊNCIA. RECURSO DEFICIENTE. PREMISSA NÃO
ATACADA. 1. O Tribunal a quo considerou que a peça nomeada de "embargos de
declaração" representou, verdadeiramente, pedido de reconsideração e, por isso, o agravo
de instrumento interposto seria intempestivo, pois o prazo recursal não teria sido
interrompido. 2. A recorrente alega que os embargos de declaração, ainda que rejeitados,
interrompem o prazo recursal, porém não rebate a premissa firmada no acórdão recorrido
no sentido de que o requerimento realizado era, na verdade, um pedido de reconsideração.
Recurso deficiente. Aplicação da Súmula 284⁄STF e, por analogia, da Súmula 182⁄STJ. 3.
Dos autos não constam a peça em referência – "embargos de declaração" – nem a decisão
a que essa se refere. 4. Pedido de reconsideração não é idôneo para a reabertura do prazo
recursal. 5. A jurisprudência desta Corte no sentido de que os embargos de declaração,
ainda que rejeitados, interrompem o prazo recursal não pode servir para mascarar meros
pedidos de reconsideração nomeados de "embargos de declaração". 6. Recurso especial
não conhecido. (REsp. 964.235⁄PI, 2ª Turma, rel. Min. Castro Meira, DJ 04.10.2007) (grifo
nosso).

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O recurso de embargos de declaração, positivado no artigo 535[109] do CPC, tem


cabimento nos casos de contradição, obscuridade, omissão e dúvida, podendo ser
interposto, ainda, contra os casos de erro material ou erro de fato existente na sentença
(art. 463 do CPC).

Da ciência de suas hipóteses de cabimento, é de se notar que nos embargos de declaração


a parte embargante requer o suprimento de um erro material ou formal, que pode, ou não,
ser apto à modificação do decisum. Não se realiza, portanto, o pedido de reanálise da
decisão (pedido de reconsideração), mas a falta de consideração de algum ponto crucial
para o deslinde do feito (omissão), ou, ainda, a incongruência interna da decisão ou com a
realidade dos autos (contradição, erro material e de fato), podendo, ainda, objetivar a
clarificação dos termos ou do dispositivo da decisão (obscuridade e dúvida).

Os aclaratórios, pela sua gênese, “não servem para reiterar o já decidido”[110], fugindo de
seus limites a reanálise “dos termos do julgamento anterior, (assim como) percorrer todos
os passos que conduziram à formação do ato para chegar a idêntico resultado”[111].

Com efeito, qualquer pedido de reconsideração interposto sob a alcunha de “embargos de


declaração” não obterá o condão de interromper ou suspender, nos casos dos Juizados
Especiais (art. 50 da Lei n.º 9.099/95[112]), a fluência do prazo recursal.

3. Considerações Finais

Tentou-se, com o presente estudo, realizar uma série de questionamentos até então
esquecidos pela doutrina, de um fenômeno corriqueiro nos corredores forenses.

O pedido de reconsideração é um sucedâneo recursal, que prescinde de forma e requisitos


para sua análise, mostrando-se muito útil como meio de resolução, normalmente célere,
para problemas ocorridos no processo.

Buscou-se demonstrar que, ao contrário do que amplamente divulgado, inexiste preclusão


de questões para o juiz – salvo alguns casos –, estando, contudo, limitada a sua atuação
pelos artigos 2º e 128 do CPC, não podendo rediscutir questões que sejam de matéria
disponível das partes, sob a qual tenha se operado a preclusão – de acordo com o artigo
473.

O pedido de reconsideração não suspende e nem interrompe a interposição do meio legal


de impugnação da decisão, devendo ser utilizado com cautela pelas partes, podendo
atacar tanto decisões interlocutórias quanto despachos, e alguns tipos de sentença (arts.
285-A e 296 do CPC), restando vedado contra decisões colegiadas.

Fora posicionamento duvidoso do Superior Tribunal de Justiça, o pedido de reconsideração


não admite fungibilidade, não se encontrando óbices para sua interposição concomitante
com recursos. Sua utilização temerária deve ser coibida, rigorosamente, pelo poder
judiciário.

Ao fim, nota-se que o pedido de reconsideração, em um poder judiciário cada vez mais
assoberbado pelo acúmulo de demandas, é um instrumento útil para resolução de qualquer
problema existente ao bom andamento processual, já que, de maneira célere e eficaz,
possibilita a correção de erros que somente após longo e burocrático trâmite recursal
seriam modificados.

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[1] RIBEIRO, Darci Guimarães. La Pretension Procesal y La Tutela Judicial Efectiva: Hacia
una Teoría Procesal Del Derecho. Barcelona: Bosch, 2004, p. 88-89.

[2] BUZAID, ALFREDO. Exposições de Motivos do CPC. n.º 5.

[3] ASSIS, Araken de. Manual dos Recursos. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais,
2007, p. 31.

[4] ASSIS. op. cit., p. 835.

[5] WAMBIER, Teresa Arruda Alvim. Os agravos no CPC brasileiro. 4. ed. rev. atual. ampl.
de acordo com a nova Lei do Agravo (Lei n.º 11.187/2005). São Paulo: Editora Revista dos
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[6] Nesse sentido: NERY JÚNIOR, Nelson. Teoria Geral dos Recursos. 6. ed. atual. ampl. e
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2008.

[8] Para ALMIR DE LIMA PEREIRA (Achados na Lei. Belém: Edições CEJUP, 1988, p.
137): “o pedido de reconsideração não tem validade jurídica, pois, não traçado como figura
de juízo repele todos os princípios processuais que não o admitem”. No mesmo sentido,
VICENTE GREGO FILHO (Direito Processual Civil Brasileiro. 12. ed. rev. atual. São Paulo:
Saraiva, 1997, p.316) aduz que o pedido de reconsideração “[...] pode transformar-se em
grave deformação da ordem processual. [...] tal medida é atípica, imprópria e deve ser
banida da prática forense”.

[9] VASCONCELOS, Antônio Vital Damos de. O Pedido de Reconsideração e a


Preclusividade das Decisões Judiciais. In: Revista da AJURIS. Porto Alegre, n. 40, ano XIV,
julho, 1987, p. 155.

[10] PINTO, Teresa Arruda Alvim. Agravo de Instrumento. 1. ed. 2. tir. São Paulo: Editora
Revista dos Tribunais, 1991, p. 221. No mesmo sentido: WAMBIER, Teresa Arruda Alvim.
Os agravos no CPC brasileiro. 4. ed. rev. atual. ampl. De acordo com a nova Lei do Agravo
(Lei n.º 11.187/2005). São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2006, p. 479; NERY
JÚNIOR, Nelson. Teoria Geral dos Recursos. 6. ed. atual. ampl. e reform. São Paulo:
Editora Revista dos Tribunais, 2004, p. 89.

[11] HABSCHEID (L’oggetto del processo nel diritto processuale civile tedesco. In.: Rivista
di Diritto Processuale, II serie, 1980, p. 458) argumenta que“ [...] il giurista deve attenersi a
quanto il legislatore dichiara: le sue sono possibilità ristrette peché deve ubbidire alle legge,
anche se non come uno schiavo, ma con una ubbidienza critica”.

[12] Sobre a importância de análise de exemplos práticos, OVÍDIO ARAÚJO BAPTISTA DA


SILVA (Jurisdição, Direito Material e Processo. Rio de Janeiro: Forense, 2008, p. 13),
explica ser “[...] conveniente esta imersão no mundo concreto da experiência, como fórmula
salvadora contra o risco de reproduzirmos o estilo seguido pelos juristas acadêmicos que,
em suas grandes construções teóricas, esquecem-se com freqüência de que a linguagem
humana, especialmente a jurídica, é por natureza ambígua, sem terem presente a
conveniência, de, através de exemplos objetivos, testarem a correção e, mais do que isso,
a coerência de suas construções”. CARLOS ALBERTO ALVARO DE OLIVEIRA (Teoria e
Prática da Tutela Jurisdicional. Rio de Janeiro: Forense, 2008, p. 2) ensina que: “é claro
que teorizar é tão importante quanto extrair conseqüências práticas. O que se deve rejeitar
são os extremos: o direito dos rábulas e dos práticos, que se orientam pelas necessidades
do momento; ou os direitos dos doutores, que não querem enxergar o mundo real e suas
mazelas, encerrados nos preconceitos dos gabinetes climatizados. Saudável é, sim, pensar
dialeticamente a relação entre direito, fato e valor, entre teoria e prática”.

[13] OLIANI, José Alexandre Manzano. O Contraditório nos Recursos e no Pedido de


Reconsideração. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2007, p. 166. Para o autor, “se
o pedido de reconsideração vier acompanhado de provas novas sobre fatos antigos e/ou de
provas novas sobre fatos novos não será, propriamente, de um pedido de reconsideração,
uma vez que o aporte aos autos de provas e/ou fatos novos aumenta o grau de cognição
do juiz, que, por tal razão, estará autorizado a proferir uma nova decisão à luz desse novo
contexto processual. [...] havendo alteração do quadro fático-probatório, eventual decisão

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superveniente sobre a mesma matéria não será mera reconsideração, mas sim um novo
pronunciamento judicial com base em uma nova situação processual criada pela ampliação
do grau cognitivo pelas novas provas e/ou fatos agregados ao processo”.

DIAS, Maria Berenice. Reconsideração versus Revisão: uma distinção que se impõe.
Disponível na Internet em: http://www.berenicedias.com.br. Acesso em 23 de Outubro de
2008.

[15] ASSIS, Araken de. Manual dos Recursos. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais,
2007, p. 863.

[16] NERY JÚNIOR, Nelson. Teoria Geral dos Recursos. 6. ed. atual. ampl. e reform. São
Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2004, p. 89-90.

, podel-o-ha fazer a todo tempo se achar per Direito, que não foi justamente dada; com
tanto que a revogue antes da sentença deffinitiva, e ella seja tal interloentoria, que segundo
Direito, possa ser revogada, como acima temos dito.” Disponível em
http://www1.ci.uc.pt/ihti/proj/filipinas/l3p666.htm

[18] Conforme ARAKEN DE ASSIS (Manual dos Recursos. São Paulo: Editora Revista dos
Tribunais, 2007, p. 864, nota 172; Introdução aos Sucedâneos Recursais. In: Revista
Jurídica. Porto Alegre, v. 310, agosto, 2003, p. 24), o dispositivo 528 da Lei 65-RS, de
16.01.1908, tinha a seguinte redação: “Art. 528. A sentença interlocutória simples pode ser
revogada antes de executada, ou a requerimento da parte ou ex officio, por justa causa
superveniente, até a sentença definitiva”.

[19] NERY JÚNIOR, Nelson. Teoria Geral dos Recursos. 6. ed. atual. ampl. e reform. São
Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2004, p. 91 e 96.

[20] De acordo com ARAKEN DE ASSIS (Manual dos Recursos. São Paulo: Editora Revista
dos Tribunais, 2007, p. 838) “o verdadeiro sucedâneo recursal é o mecanismo que, alheio
ao quadro oficial de recurso, impugna o provimento judicial sem criar processo autônomo”.

[21] CUNHA, Leonardo José Carneiro da. O Pedido de Reconsideração e suas Hipóteses
de Cabimento. In: Revista Dialética de Direito Processual. São Paulo, v. 4, julho, 2003, p.
100-101.

[22] WAMBIER, Teresa Arruda Alvim. Os agravos no CPC brasileiro. 4. ed. rev. atual. ampl.
de acordo com a nova Lei do Agravo (Lei n.º 11.187/2005). São Paulo: Editora Revista dos
Tribunais, 2006, p. 480.

[23] Artigos 285-A, 296 e 523, §2º do CPC.

[24] Art. 527. Recebido o agravo de instrumento no tribunal, e distribuído incontinenti, o


relator: [...] Parágrafo único. A decisão liminar, proferida nos casos dos incisos II e III do
caput deste artigo, somente é passível de reforma no momento do julgamento do agravo,
salvo se o próprio relator a reconsiderar. Redação dada pela Lei n.º 11.187/2005.

[25] NERY JÚNIOR, Nelson. Teoria Geral dos Recursos. 6. ed. atual. ampl. e reform. São
Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2004, p. 91.

[26] PINTO, Teresa Arruda Alvim. Agravo de Instrumento. 1. ed. 2. tir. São Paulo: Editora
Revista dos Tribunais, 1991, p. 222, também em WAMBIER, Teresa Arruda Alvim. Os
agravos no CPC brasileiro. 4. ed. rev. atual. ampl. de acordo com a nova Lei do Agravo (Lei
n.º 11.187/2005). São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2006, p. 481.

[27] GIANNICO, Maurício. A Preclusão no Direito Processual Civil Brasileiro. São Paulo:
Saraiva, 2005, p. 184.

[28] Art. 471. Nenhum juiz decidirá novamente as questões já decididas, relativas à mesma
lide, salvo: I - se, tratando-se de relação jurídica continuativa, sobreveio modificação no
estado de fato ou de direito; caso em que poderá a parte pedir a revisão do que foi
estatuído na sentença; II - nos demais casos prescritos em lei.

[29] Art. 473. É defeso à parte discutir, no curso do processo, as questões já decididas, a
cujo respeito se operou a preclusão.

[30] GIANNICO, Maurício. A Preclusão no Direito Processual Civil Brasileiro. São Paulo:
Saraiva, 2005, p. 36.

[31] MITIDIERO, Daniel Francisco. Comentários ao Código de Processo Civil brasileiro:


Arts. 154 a 269. São Paulo: Memória Jurídica Editora, 2005, p. 133, t. 2.

[32] DE STAFANO, Giusepe. L’oggetto del processo in un libro recent di Walter J.


Habscheid. In: Revista Trimestrale di Diritto Processuale Civile, Anno XI, 1957, p. 337.
Sobre o assunto, interessante as palavras do autor: “[...] il concetto di preclusione non ha
avuto, fuori d’Italia, l’ampiezza di impostazione e di sviluppo che a noi, per merito del
Chiovenda e di altri insigni studiosi, è familiare.”

[33] CHIOVENDA, Giuseppe. Instituições de Direito Processo Civil. 3. ed. São Paulo:
Saraiva, 1969, p. 155-156, v. 3.

[34] GREGO FILHO, Vicente. Direito Processual Civil Brasileiro. 12. ed. rev. atual. São
Paulo: Saraiva, 1997, p. 12.

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09/10/2017 Pedido de Reconsideração
[35] WAMBIER, Teresa Arruda Alvim. Os agravos no CPC brasileiro. 4. ed. rev. atual. ampl.
de acordo com a nova Lei do Agravo (Lei n.º 11.187/2005). São Paulo: Editora Revista dos
Tribunais, 2006, p. 474.

[36] DALL’AGNOL, Antonio. Comentários ao Código de Processo Civil. Do Processo de


Conhecimento. Arts. 102 a 242. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2000, p. 329, v.
2.

[37] PESSOA, Flávia Moreira Guimarães. Pedido de Reconsideração e Preclusão Pro


Judicato no Processo Civil. In: Revista IOB de Direito Civil e Processual Civil. n. 42, ano VII,
jul./ago., 2006, p. 104.

[38] OLIVEIRA, Carlos Alberto Alvaro de. Do Formalismo no Processo Civil. 2. ed. rev. e
acrescida de apêndice. São Paulo: Saraiva, 2003, p. 169-170.

[39] WAMBIER, Teresa Arruda Alvim. Os agravos no CPC brasileiro. 4. ed. rev. atual. ampl.
de acordo com a nova Lei do Agravo (Lei n.º 11.187/2005). São Paulo: Editora Revista dos
Tribunais, 2006, p. 477.

[40] NERY JÚNIOR, Nelson. Teoria Geral dos Recursos. 6. ed. atual. ampl. e reform. São
Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2004, p. 92.

[41] WAMBIER, Teresa Arruda Alvim. Os agravos no CPC brasileiro. 4. ed. rev. atual. ampl.
de acordo com a nova Lei do Agravo (Lei n.º 11.187/2005). São Paulo: Editora Revista dos
Tribunais, 2006, p. 477.

[42] NERY JÚNIOR, Nelson. Teoria Geral dos Recursos. 6. ed. atual. ampl. e reform. São
Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2004, p. 92.

[43] DINAMARCO, Cândido Rangel. Instituições de Direito Processual Civil. 5. ed. rev.
atual. de acordo com a emenda constitucional n. 45, de 8.12.2004 (DOU de 31.12.2004).
São Paulo: Malheiros Editores, 2005, p.457, nota 7, v. II.

[44] “Preclusão pro judicato não significa preclusão para o juiz. Em latim, judicato significa
julgado; juiz é iudex (nominativo) ou iudicem (acusativo). Preclusão pro judicato significa
“preclusão como se tivesse sido julgado”. [...] Se houve decisão, e ocorreu preclusão, não
há “preclusão pro judicato”, porque esta supõe ausência de decisão Preclusão pro judicato,
significa julgamento implícito ou presumido, como ocorre na hipótese do artigo 474 do
Código de Processo Civil. [...] Admitindo-se que haja preclusão para o juiz, diga-se, em
bom português: “preclusão para o juiz”; não, preclusão “pro judicato”, em mau latim”.
Disponível na internet: http://www.tex.pro.br. Acesso em 17 de Outubro de 2008.

[45] GIANNICO, Maurício. A Preclusão no Direito Processual Civil Brasileiro. São Paulo:
Saraiva, 2005, p. 36. No mesmo sentido: DINAMARCO, Cândido Rangel. Instituições de
Direito Processual Civil. 5. ed. rev. atual. de acordo com a emenda constitucional n. 45, de
8.12.2004 (DOU de 31.12.2004). São Paulo: Malheiros Editores, 2005, p.457-458, v. II.

[46] Nesse sentido: CUNHA, Leonardo José Carneiro da. O Pedido de Reconsideração e
suas Hipóteses de Cabimento. In: Revista Dialética de Direito Processual. São Paulo, v. 4,
julho, 2003, p. 103; GIANNICO, Maurício. A Preclusão no Direito Processual Civil Brasileiro.
São Paulo: Saraiva, 2005, p. 134; VASCONCELOS, Antônio Vital Damos de. O Pedido de
Reconsideração e a Preclusividade das Decisões Judiciais. In: Revista da AJURIS. Porto
Alegre, n. 40, ano XIV, julho, 1987, p. 155; OLIANI, José Alexandre Manzano. O
Contraditório nos Recursos e no Pedido de Reconsideração. São Paulo: Editora Revista
dos Tribunais, 2007, p. 145-146.

[47] Art. 267. Extingue-se o processo, sem resolução de mérito: [...] § 3o O juiz conhecerá
de ofício, em qualquer tempo e grau de jurisdição, enquanto não proferida a sentença de
mérito, da matéria constante dos ns. IV, V e Vl; todavia, o réu que a não alegar, na primeira
oportunidade em que lhe caiba falar nos autos, responderá pelas custas de retardamento.

[48] Art. 301. Compete-lhe, porém, antes de discutir o mérito, alegar: [...] § 4o Com exceção
do compromisso arbitral, o juiz conhecerá de ofício da matéria enumerada neste artigo.

[49] ASSIS, Araken de. Manual dos Recursos. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais,
2007, p. 863 e Introdução aos Sucedâneos Recursais. In: Revista Jurídica. Porto Alegre, v.
310, agosto, 2003, p. 24.

[50] PONTES DE MIRANDA, Francisco Calvalcanti. Comentários ao Código de Processo


Civil. Arts. 444 a 475. 3. ed. rev. aument. Atualização Legislativa de Sérgio Bermudes. Rio
de Janeiro: Forense, 1997, p. 146, t. V.

[51] PONTES DE MIRANDA. Op. cit., p. 146.

[52] CINTRA, Antonio Carlos de Araújo. Comentários ao Código de Processo Civil. Arts.
332 a 475. 2. ed. rev. atual. inclusive de acordo com o novo Código Civil. Forense: Rio de
Janeiro, 2003, p. 316, v. IV. Aduz o autor: “questões relativas à lide são sempre questões
de mérito e o juiz só as decide em sentença, de modo que a nova decisão de questões já
decididas, ora proibida, seria posterior à prolação da sentença.” De forma uníssona:
PONTES DE MIRANDA, Francisco Calvalcanti. Comentários ao Código de Processo Civil.
Arts. 444 a 475. 3. ed. rev. aument. Atualização Legislativa de Sérgio Bermudes. Rio de
Janeiro: Forense, 1997, p. 146 e ss, t. V; LACERDA, Galeno. Despacho Saneador. Porto
Alegre: La Salle, 1953, p. 165-166.

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[53] PORTO, Sérgio Gilberto. Comentários ao Código de Processo Civil. Do Processo de
Conhecimento. Arts. 444 a 495. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2000, p. 206, v.
6.

[54] Para BUZAID (Do Agravo de Petição na Sentença do Código de Processo Civil. 2ª ed.,
São Paulo: Saraiva, 1956, p. 96-103), “o elemento que delimita em concreto o mérito da
causa não é, portanto, o conflito existente entre as partes fora do processo e sim, o pedido
feito em relação àquele conflito. Parece-nos, todavia, que o conceito de lide se presta de
modo fecundo a caracterizar o mérito da causa”.

[55] BUZAID, ALFREDO. Exposições de Motivos do CPC. n.º 06.

[56] CARNELUTTI, Francesco. Instituzione di Diritto Processuale Civile. v. 1, Padova:


CEDAM, 1943, p. 81.

[57] CARNELUTTI. Op. cit., p. 77.

[58] LIEBMAN, Enrico Tullio. Estudos sobre o Processo Civil Brasileiro. São Paulo: Saraiva,
1947, p. 126.

[59] Nessa senda, torna-se curial ressaltar a correta definição de ponto, que segundo
DINAMARCO (O conceito de Mérito em Processo Civil. In: Os fundamentos do Processo
Civil Moderno. 3ª ed. São Paulo: Malheiros Editores, 2000, p. 240) é “[...] aquele
fundamento da demanda ou da defesa que haja permanecido incontroverso durante o
processo, sem que as partes tenham levantado discussão a respeito – e sem que o juiz
tenha, de-ofício, posto em dúvida o fundamento. Discordes as partes, porém, i.é, havendo
contestação de algum ponto por uma delas, o ponto se erige em questão. A questão é,
portanto, o ponto duvidoso. Há questões de fato, correspondentes à dúvida quanto a uma
assertiva de fato contida nas razões de alguma das partes; e de direito, que correspondem
à dúvida quanto à pertinência de alguma norma ao caso concreto, à interpretação de
textos, legitimidade perante norma hierarquicamente superior etc”.

[60] CARNELUTTI, Francesco. Sistema de Direito Processual Civil. Tradução: Hiltomar


Martins Oliveira. Tomo II, n.° 122. São Paulo: Classic Book, 2000, p. 39.

[61] CALAMANDREI, Piero. Il Concetto di ‘lite’ nel Pensiero di Francesco Carnelutti. In:
Opere Giuridiche. v. I. Napoli: Morano Editore, 1965, p. 212.

[62] DINAMARCO, Cândido Rangel. O conceito de Mérito em Processo Civil. In: Os


fundamentos do Processo Civil Moderno. 3ª ed. São Paulo: Malheiros Editores, 2000, p.
252. (grifo nosso).

[63] Art. 2o. Nenhum juiz prestará a tutela jurisdicional senão quando a parte ou o
interessado a requerer, nos casos e forma legais.

[64] Art. 128. O juiz decidirá a lide nos limites em que foi proposta, sendo-lhe defeso
conhecer de questões, não suscitadas, a cujo respeito a lei exige a iniciativa da parte.

[65] Recurso Especial n.º 404.777/DF, da 02ª Turma, de Relatoria do Ministro Francisco
Peçanha Martins, Julgado no dia 21/11/2002, DJ 09/06/2003, que restou assim ementado:
“PROCESSUAL CIVIL - RECURSO ESPECIAL – AÇÃO RESCISÓRIA - PRAZO PARA
PROPOSITURA – TERMO INICIAL - TRÂNSITO EM JULGADO DA ÚLTIMA DECISÃO
PROFERIDA NOS AUTOS - CPC, ARTS. 162, 163, 267, 269 E 495 - SÚMULA 100 TST –
PRECEDENTES STF E STJ. - A coisa julgada material é a qualidade conferida por lei à
sentença /acórdão que resolve todas as questões suscitadas pondo fim ao processo,
extinguindo, pois, a lide. - Sendo a ação una e indivisível, não há que se falar em
fracionamento da sentença/acórdão, o que afasta a possibilidade do seu trânsito em
julgado parcial. - Consoante o disposto no art. 495 do CPC, o direito de propor a ação
rescisória se extingue após o decurso de dois anos contados do trânsito em julgado da
última decisão proferida na causa. - Entendimento consagrado no STF, STJ e TST. -
Recurso especial conhecido e provido”.

[66] Pleno do STF, AgRg no AI 268-DF, Relator Alfredo Buzaid, 28.04.1982. ASSIS, Araken
de. Manual dos Recursos. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2007, p. 864, nota
178; e Introdução aos Sucedâneos Recursais. In: Revista Jurídica. Porto Alegre, v. 310,
agosto, 2003, p. 24, nota 115.

[67] PORTO, Sérgio Gilberto. Comentários ao Código de Processo Civil. Do Processo de


Conhecimento. Arts. 444 a 495. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2000, p. 218, v. 6

[68] São elas: (a) condições de ação e pressupostos processuais; (b) matérias suscitadas
em preliminar de contestação – art. 301, §4º; (c) antecipação de tutela e medidas liminares;
(d) determinação do reexame necessário; (e) requisitos de admissibilidade dos recursos e
seus efeitos; (f) direito probatório; (g) nulidades absolutas e relativas; (h) validade e
adequação das medidas executivas.

[69] WAMBIER, Teresa Arruda Alvim. Os agravos no CPC brasileiro. 4. ed. rev. atual. ampl.
de acordo com a nova Lei do Agravo (Lei n.º 11.187/2005). São Paulo: Editora Revista dos
Tribunais, 2006, p. 485.

[70] Explica MAURÍCIO GIANNICO (A Preclusão no Direito Processual Civil Brasileiro. São
Paulo: Saraiva, 2005, p. 56) que “decidida qualquer questão em grau superior, caberá aos
Juízos inferiores simplesmente dar cumprimento a tais decisões, seja mediante

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09/10/2017 Pedido de Reconsideração
implementação das situações determinadas pela autoridade mais elevada, seja tornando
sem efeito decisões conflitantes anteriormente proferidas. Há de ser tida como inoportuna e
ilegal, sob tal enforque, toda e qualquer manifestação do órgão inferior – especialmente se
conflitante – acerca da matéria já julgada por um órgão superior”.

[71] Nesse sentido a jurisprudência do TJRS: PROCESSO CIVIL. PRECLUSÃO


HIERÁRQUICA. É defeso ao magistrado decidir novamente no curso do processo questões
já resolvidas pelo tribunal. Incidência da preclusão hierárquica. AGRAVO PROVIDO DE
PLANO. (Agravo de Instrumento Nº 70016174922, Nona Câmara Cível, Tribunal de Justiça
do RS, Relator: Marilene Bonzanini Bernardi, Julgado em 24/07/2006)

[72] Art. 463 - Publicada a sentença, o juiz só poderá alterá-la: I - para lhe corrigir, de ofício
ou a requerimento da parte, inexatidões materiais, ou lhe retificar erros de cálculo; II - por
meio de embargos de declaração.

[73] Art. 162. Os atos do juiz consistirão em sentenças, decisões interlocutórias e


despachos. [...]§ 2o Decisão interlocutória é o ato pelo qual o juiz, no curso do processo,
resolve questão incidente.

[74] DONNINI, Rogério. Pedido de Reconsideração. In: Revista de Processo, n. 80,


outubro-dezembro. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 1995, p. 242.

[75] Art. 162 [...] § 3o São despachos todos os demais atos do juiz praticados no processo,
de ofício ou a requerimento da parte, a cujo respeito a lei não estabelece outra forma.

[76] Art. 285-A. Quando a matéria controvertida for unicamente de direito e no juízo já
houver sido proferida sentença de total improcedência em outros casos idênticos, poderá
ser dispensada a citação e proferida sentença, reproduzindo-se o teor da anteriormente
prolatada. § 1o Se o autor apelar, é facultado ao juiz decidir, no prazo de 5 (cinco) dias, não
manter a sentença e determinar o prosseguimento da ação.

[77] Art. 296. Indeferida a petição inicial, o autor poderá apelar, facultado ao juiz, no prazo
de 48 (quarenta e oito) horas, reformar sua decisão.

[78] Art. 163. Recebe a denominação de acórdão o julgamento proferido pelos tribunais.

[79] O disposto nos arts. 543-B, §3º (Art. 543-B. Quando houver multiplicidade de recursos
com fundamento em idêntica controvérsia, a análise da repercussão geral será processada
nos termos do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, observado o disposto
neste artigo. [...] § 3o Julgado o mérito do recurso extraordinário, os recursos sobrestados
serão apreciados pelos Tribunais, Turmas de Uniformização ou Turmas Recursais, que
poderão declará-los prejudicados ou retratar-se) e 543-C, §7º II (Art. 543-C. Quando houver
multiplicidade de recursos com fundamento em idêntica questão de direito, o recurso
especial será processado nos termos deste artigo. [...] § 7o Publicado o acórdão do
Superior Tribunal de Justiça, os recursos especiais sobrestados na origem: [...]II - serão
novamente examinados pelo tribunal de origem na hipótese de o acórdão recorrido divergir
da orientação do Superior Tribunal de Justiça.), ambos do CPC, não autorizam a
interposição do pedido de reconsideração contra decisões colegiadas, já que a reanálise da
matéria ocorre, nos casos, por imposição legal e não mediante pedido da parte.

[80] Em sentido contrário: OLIANI, José Alexandre Manzano. O Contraditório nos Recursos
e no Pedido de Reconsideração. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2007, p. 167.
“(o pedido de reconsideração) não se sujeita a prazo e, em virtude de não estarem
disciplinados no Código de Processo Civil, não há requisitos de forma a serem
observados”.

[81] Art. 4º Os tribunais poderão criar Diário da Justiça eletrônico, disponibilizado em sítio
da rede mundial de computadores, para publicação de atos judiciais e administrativos
próprios e dos órgãos a eles subordinados, bem como comunicações em geral. [...] § 3º
Considera-se como data da publicação o primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização da
informação no Diário da Justiça eletrônico.§ 4º Os prazos processuais terão início no
primeiro dia útil que seguir ao considerado como data da publicação.

[82] Art. 184. Salvo disposição em contrário, computar-se-ão os prazos, excluindo o dia do
começo e incluindo o do vencimento. [...]§ 2o Os prazos somente começam a correr do
primeiro dia útil após a intimação (art. 240 e parágrafo único).

[83] Art. 522. Das decisões interlocutórias caberá agravo, no prazo de 10 (dez) dias, na
forma retida, salvo quando se tratar de decisão suscetível de causar à parte lesão grave e
de difícil reparação, bem como nos casos de inadmissão da apelação e nos relativos aos
efeitos em que a apelação é recebida, quando será admitida a sua interposição por
instrumento.

[84] CUNHA, Leonardo José Carneiro da. O Pedido de Reconsideração e suas Hipóteses
de Cabimento. In: Revista Dialética de Direito Processual. São Paulo, v. 4, julho, 2003, p.
111-112.

[85] Para JOSÉ OLIANI (O Contraditório nos Recursos e no Pedido de Reconsideração.


São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2007, p. 166), “sua utilização também não enseja
a ocorrência de preclusão consumativa, porque à míngua de previsão legal, quer dizer, por
ser tratar de meio atípico de impugnação de pronunciamentos judiciais, não se pode afirmar

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que o postulante consumou o ato de impugnação ao apresentar o pedido de
reconsideração e, por conseguinte, não poderia utilizar-se do recurso cabível”.

[86] GIANNICO, Maurício. A Preclusão no Direito Processual Civil Brasileiro. São Paulo:
Saraiva, 2005, p. 187. Também, WAMBIER, Teresa Arruda Alvim. Os agravos no CPC
brasileiro. 4. ed. rev. atual. ampl. de acordo com a nova Lei do Agravo (Lei n.º
11.187/2005). São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2006, p. 534.

[87] Art. 512. O julgamento proferido pelo tribunal substituirá a sentença ou a decisão
recorrida no que tiver sido objeto de recurso.

[88] ASSIS, Araken de. Manual dos Recursos. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais,
2007, p. 252.

[89] Art. 17. Reputa-se litigante de má-fé aquele que: [...]IV - opuser resistência injustificada
ao andamento do processo; V - proceder de modo temerário em qualquer incidente ou ato
do processo; Vl - provocar incidentes manifestamente infundados.

[90] MARINONI, Tereza Cristina. Sobre o pedido de reconsideração (sucedâneo de


recurso?). In: Revista de Processo, n. 62, abril-junho. São Paulo: Editora Revista dos
Tribunais, 1991, p. 300.

[91] Art. 18. O juiz ou tribunal, de ofício ou a requerimento, condenará o litigante de má-fé a
pagar multa não excedente a um por cento sobre o valor da causa e a indenizar a parte
contrária dos prejuízos que esta sofreu, mais os honorários advocatícios e todas as
despesas que efetuou

DIAS, Maria Berenice. Reconsideração versus Revisão: uma distinção que se impõe.
Disponível na Internet em: http://www.berenicedias.com.br. Acesso em 23 de Outubro de
2008.

[93] OLIANI, José Alexandre Manzano. O Contraditório nos Recursos e no Pedido de


Reconsideração. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2007, p. 168.

[94] Art. 359. Ao decidir o pedido, o juiz admitirá como verdadeiros os fatos que, por meio
do documento ou da coisa, a parte pretendia provar.

[95] NERY JÚNIOR, Nelson. Teoria Geral dos Recursos. 6. ed. atual. ampl. e reform. São
Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2004, p. 94.

[96] Art. 810. Salvo a hipótese de má-fé ou erro grosseiro, a parte não será prejudicada
pela interposição de um recurso por outro, devendo os autos ser enviados à Câmara, ou
turma, a que competir o julgamento.

[97] Explica BUZAID (Exposições de Motivos do CPC. n.º 29 a 33) que “[...] o projeto
simplifica o sistema de recursos. Concede apelação só de sentença; de todas as decisões
interlocutórias, agravo de instrumento. [...] O critério que distingue os dois recursos é
simples. Se o juiz põe termo ao processo, cabe apelação. Não importa indagar se decidiu
ou não o mérito. A condição do recurso é que tenha havido julgamento final do processo”.
Nota-se, portanto, que o CPC de 1973, na redação original do art. 162, § 1º, simplificava o
reconhecimento dos provimentos judiciais, segundo a sua finalidade ou repercussão no
processo, adotando critério pragmático para identificação do ato jurisdicional. Em qualquer
situação em que ficássemos em dúvida de qual o recurso dever-se-ia interpor “bastaria
indagar: omitido o recurso, o processo acaba ou, seja qual for a variante, há de prosseguir?
No primeiro caso o recurso era de apelação; no segundo, agravo” (ASSIS, Araken de.
Manual dos Recursos. São Paulo: Revistas dos tribunais, 2007. p. 369.)

[98] ASSIS. Op. cit., p. 91.

[99] NERY JÚNIOR, Nelson. Teoria Geral dos Recursos. 6. ed. atual. ampl. e reform. São
Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2004, p. 139.

[100] ASSIS, Araken de. Manual dos Recursos. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais,
2007, p. 87.

[101] NERY JÚNIOR, Nelson. Teoria Geral dos Recursos. 6. ed. atual. ampl. e reform. São
Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2004, p. 162.

[102] Sobre a desnecessidade de tal requisito, NELSON NERY JÚNIOR (Teoria Geral dos
Recursos. 6. ed. atual. ampl. e reform. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2004, p.
168) aduz que: “em havendo os pressupostos para a aferição da dúvida objetiva, ou, da
inexistência de erro grosseiro, o prazo se nos afigura absolutamente irrelevante. O
recorrente deve, isto sim, observar o prazo do recurso efetivamente interposto, havido por
ele como o correto para a espécie”. Inobstante, muito bem adverte ARAKEN DE ASSIS
(Manual dos Recursos. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2007, p. 94) que
“atualmente, prevalece o entendimento de que é imprescindível respeitar o prazo do
recurso próprio”. De forma uníssona, WAMBIER, Teresa Arruda Alvim. Os agravos no CPC
brasileiro. 4. ed. rev. atual. ampl. de acordo com a nova Lei do Agravo (Lei n.º
11.187/2005). São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2006, p. 171: “a jurisprudência,
todavia, tem propendido pela corrente mais rígida, no que diz respeito ao aspecto do
prazo”.

[103] MOREIRA, José Carlos Barbosa. Comentários ao Código de Processo Civil. Arts. 476
a 565. 11. ed. rev. atual. inclusive de acordo com o novo Código Civil. Forense: Rio de

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Janeiro, 2003, p. 492-493, v. V. No mesmo sentido: VASCONCELOS, Antônio Vital Damos
de. O Pedido de Reconsideração e a Preclusividade das Decisões Judiciais. In: Revista da
AJURIS. Porto Alegre, n. 40, ano XIV, julho, 1987, p. 163; CUNHA, Leonardo José Carneiro
da. O Pedido de Reconsideração e suas Hipóteses de Cabimento. In: Revista Dialética de
Direito Processual. São Paulo, v. 4, julho, 2003, p. 112; GIANNICO, Maurício. A Preclusão
no Direito Processual Civil Brasileiro. São Paulo: Saraiva, 2005, p. 185; WAMBIER, Teresa
Arruda Alvim. Os agravos no CPC brasileiro. 4. ed. rev. atual. ampl. de acordo com a nova
Lei do Agravo (Lei n.º 11.187/2005). São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2006, p.
481; NERY JÚNIOR, Nelson. Teoria Geral dos Recursos. 6. ed. atual. ampl. e reform. São
Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2004, p. 92; OLIANI, José Alexandre Manzano. O
Contraditório nos Recursos e no Pedido de Reconsideração. São Paulo: Editora Revista
dos Tribunais, 2007, p. 165.

[104] ASSIS, Araken de. Manual dos Recursos. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais,
2007, p. 865 e Introdução aos Sucedâneos Recursais. In: Revista Jurídica. Porto Alegre, v.
310, agosto, 2003, p. 25.

DIAS, Maria Berenice. Reconsideração versus Revisão: uma distinção que se impõe.
Disponível na Internet em: http://www.berenicedias.com.br. Acesso em 23 de Outubro de
2008.

[106] NERY JÚNIOR, Nelson. Teoria Geral dos Recursos. 6. ed. atual. ampl. e reform. São
Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2004, p. 97.

[107] NERY JÚNIOR, Nelson. Teoria Geral dos Recursos. 6. ed. atual. ampl. e reform. São
Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2004, p. 97-98.

[108] Nesse sentido, JOSÉ OLIANI (O Contraditório nos Recursos e no Pedido de


Reconsideração. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2007, p. 170-171), aduz que “o
contraditório exige que o juiz, antes de se pronunciar, faculte à parte contrária debater
todos os fundamentos suscitados no pedido de reconsideração e aqueles nos quais a
decisão pretende se basear, podendo ser dispensada a audiência da contraparte quando
as partes já tiverem debatido a matéria a ser decidida [...]”.

[109] Art. 535. Cabem embargos de declaração quando: I - houver, na sentença ou no


acórdão, obscuridade ou contradição; II - for omitido ponto sobre o qual devia pronunciar-se
o juiz ou tribunal.

[110] ASSIS, Araken de. Manual dos Recursos. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais,
2007, p. 580.

[111] ASSIS. Op. cit., p. 580.

[112] Art. 50. Quando interpostos contra sentença, os embargos de declaração


suspenderão o prazo para recurso.

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