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Pericardite pós-infarto

Paciente é admitido em emergência de cidade do interior com intensa dor retroesternal


constritiva com irradiação para mandíbulas, há cerca de 30 minutos, e dispneia. ECG de
admissão evidenciou supradesnivelamento de segmento ST de V1-V4. Ao exame clínico,
pôde-se auscultar estertores em ambas as bases e B3 em ponta. Encontra-se hipertenso e
taquicárdico, com boa saturação de O2. Na unidade de saúde em questão, não havia
disponibilidade de trombolítico, hemodinâmica ou ambulância para transferência, sendo
realizada terapia com AAS 200 mg, clopidogrel 300 mg e anticoagulação plena com
enoxaparina. Após 40 minutos da admissão, o paciente relata melhora dos sintomas álgicos,
mantendo as características do exame físico e discreta dispneia ao repouso, com PA 95x52
mmHg; FC 102 bpm e Sat O2 92% em ar ambiente, sendo, em seguida, instalado máscara de
oxigênio.
Após 1 dia, volta a sentir dor torácica retroesternal, porém com irradiação para crista do
trapézio. Relata que a dor é ventilatorio-dependente. ECG evidência ondas q profundas em
parede anterior, mantendo discreto supra desnivelamento nas mesmas paredes. Sinais vitais e
parâmetros hemodinâmicos semelhantes ao dia anterior. Ausculta-se discreto atrito
pericárdico.
Com relação ao caso clínico acima, podemos afirmar:

A. É um caso de IAM com supra de ST que evoluiu com disfunção de VE e angina Pós
infarto.

B. O paciente provavelmente sentirá alívio da dor ao se sentar inclinando o tronco para


frente.

C. É um caso de síndrome de Dressler

D. É um caso de IAM com supra de ST complicado com disfunção ventricular e pericardite,


devendo-se administrar AINES para o tratamento desta.

E. Trata-se de pericardite epistenocardica, complicação comum de IAM transmural,


geralmente muito sintomática.

RESPOSTA:

A pericardite é uma complicação comum do IAMCSST, sendo, porém, raramente sintomática.


Pode produzir dor logo no primeiro dia e tão tardiamente quanto 6 semanas após o infarto. A
dor da pericardite pode ser confundida com angina Pós infarto, infarto recorrente ou ambas.
Uma importante característica de distinção é a irradiação para a crista do trapézio, um achado
quase patognomônico de pericardite e raramente visto com desconforto isquêmico.

O infarto transmural, por definição, estende-se para a superfície epicárdica e é responsável por
inflamação pericárdica local. A pericardite fibrinogênio aguda (epistenocardica) ocorre
geralmente após infarto transmural, mas a maioria dos pacientes é assintomático. Embora os
atritos pericárdicos sejam comuns em pacientes com infarto transmural nas primeiras 48 horas,
dor ou alterações eletrocardiográficas são raros. O atrito pericárdico é comum em infartos
extensos e com maior comprometimento hemodinâmico.

O desconforto da pericardite geralmente se torna pior à inspiração e pode ser aliviado quando
o paciente se senta e inclina para frente (posição da prece maometana).

O tratamento do desconforto pericárdico consiste em aspirina 650 mg a cada 4 a 6 horas (dose


antiinflamatória). Os corticoides e AINES devem ser evitados devido ao potencial de
comprometer a cicatrização do infarto, causando rotura ventricular, e aumentar a resistência
vascular coronariana.

A presença de atrito ou efusão pericárdica pode justificar a suspensão da anticoagulação plena


pelo risco de evolução para pericardite hemorrágica e tamponamento cardíaco, entretanto esta
complicação é rara.

A síndrome de Dressler, também conhecida como pericardite pós IAM, ocorre geralmente 1 a 8
semanas após o infarto. Essa síndrome tem incidência estimada em 3 a 4 %, contudo sua
ocorrência vem diminuindo desde o início da repercussão precoce, tendo sido de 0,1% em
relatos recentes. Clinicamente, os pacientes com síndrome de Dressler apresentam mal estar,
febre, desconforto pericárdico, leucocitose, aumento do VHS e efusão pericárdica ao
Ecocardiograma. À autópsia, é comum pericardite fibrinosa localizado contendo leucócitos
polimorfonucleares. A causa desta síndrome não está claramente estabelecida, embora a
detecção de anticorpos antimiocárdicos sugira um processo imunopatológico.O tratamento
consiste em aspirina em dose antiinflamatória, sendo muito efetiva. Os corticóides e AINES
devem ser evitados nas primeiras quatro semanas do IAM com supra.

Ao contrário da pericardite precoce pós IAM, a inflamação na síndrome de Dressler é difusa,


não restrita ao local da lesão miocárdica e consequente efusão pericardica.

Portanto, a resposta é o item B: O paciente provavelmente sentirá alívio da dor ao se sentar


inclinando o tronco para frente.

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