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um pouco de história
CURSO BÁSICO DE FOTOGRAFIA DIGITAL
Introdução
A primeira fotografia permanente da história foi feita por
Nicéphore Niépce, em 1826, mas não foi ele o inventor da
fotografia, pois a fotografia, como temos hoje, é a soma das
observações e experiências de muitos homens ao longo de muitos
séculos.
Sentado sob uma árvore, Aristóteles, o
famoso filósofo grego que viveu no século IV a.C.,
tomou conhecimentos dos princípios óticos
observando a imagem do sol, durante um eclipse
parcial, projetada no solo em forma de meia lua
enquanto seus raios passavam por um pequeno
orifício entre as folhas.
Primeiros avanços
Uma importante relação foi observada entre a nitidez da
imagem projetada e o orifício por onde os raios de luz passavam:
quanto menor era o orifício, mais nítida era a imagem. Por outro
lado, por captar menos luz, mais escura ela ficava, tornando-se quase
impossível ao artista identificá-la. Isto só foi resolvido em 1550 pelo
físico milanês Girolamo Cardano, que sugeriu o uso de uma lente
biconvexa junto ao orifício, permitindo desse modo aumentá-lo,
para se obter uma imagem clara sem perder a nitidez.
O primeiro "diafragma” surgiu em 1568 quando Danielo
Babaro descreveu um sistema instalado na lente, capaz de variar o
diâmetro da passagem de luz, permitindo o controle da nitidez da
imagem. Quanto mais fechado o orifício, maior era a possibilidade
de focalizar dois objetos a distâncias diferentes da lente.
Desde os princípios da ótica descobertos por Aristóteles,
alguns passos de desenvolvimento foram dados, mas o maior deles
e, até então, um verdadeiro desafio era: como gravar a imagem
obtida na câmara obscura.
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A Heliografia
Um marco na história da fotografia ocorreu
quando o francês Nicéphore Niépce tentou obter,
através da câmara obscura, uma imagem permanente
sobre o material litográfico de imprensa.
Expondo um papel coberto com cloreto de
prata em uma câmara obscura, por várias horas, Niépce obteve uma
fraca imagem, fixando-a parcialmente com ácido nítrico.
Após alguns anos e depois de diversas experiências, Niépce
cobriu uma placa de metal com betume branco da judéia (um verniz
da época), que tinha a propriedade de se endurecer quando atingido
pela luz. Nas partes não afetadas, o betume permanecia mole e era
retirado com um óleo, uma solução de essência de alfazema.
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A Daguerreotipia
Em 1829, Niépce e Daguerre
firmaram uma sociedade com o propósito
de aperfeiçoar a Heliografia, mas
Daguerre, ao perceber as grandes
limitações do betume da Judéia, decidiu
prosseguir sozinho nas pesquisas com a
prata alógena. Suas experiências
consistiam em expor, na câmara obscura, placas de cobre recobertas
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A Talbotipia
WILLIAM HENRY FOX-
TALBOT, químico inglês, usava a câmara
obscura para desenhos em suas viagens e
pesquisava uma nova forma de
impressionar quimicamente o papel.
Talbot mergulhava um papel em
nitrato e cloreto de prata e depois de seco
fazia seu contato com os objetos,
obtendo uma silhueta escura. Depois,
com amoníaco, ou com uma solução
concentrada de sal, ou usando iodeto de
potássio, a imagem era fixada.
No ano de 1835, Talbot construiu
uma pequena câmara de madeira, com
somente 6,30 cm2, que sua esposa
chamava de "ratoeira". A câmara foi
carregada com papel de cloreto de prata e,
de acordo com a objetiva utilizada, era
necessária de meia a uma hora de
exposição. A imagem negativa era fixada
em sal de cozinha e submetida a um
contato com outro papel sensível. Desse
modo, a cópia apresentava-se positiva, sem
a inversão lateral. A mais conhecida nos
mostra a janela da biblioteca da abadia de Locock Abbey,
considerada a primeira fotografia obtida pelo processo
negativo/positivo.
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A Fotografia Colorida
Desde os primeiros dias da fotografia, a ausência de cor era
lamentada quase que universalmente. Logo o mercado foi abastecido
com materiais para colorir manualmente os Daguerreótipos e
Calótipos. Assim, a fotografia colorida tornou-se o próximo desafio.
Nesta busca, Herschel, em 1840; Edmond Becquerel em
1848; Niepce de Saint-Victo, em 1850 e Alphonse Poitevin, em
1865, adicionaram vários químicos à prata, contudo sem resultados
conclusivos.
No início do século XIX, o pesquisador Thomas Young, na
Inglaterra, e posteriormente Hermann Von Helmholtz, Alemanha,
sustentaram que todas as cores na natureza são combinações de três
cores primárias: vermelho, azul e verde. Baseado nestas afirmações,
em 1869, o físico escocês James Clerk Maxwell produziu uma
fotografia colorida sobrepondo a projeção de três lâminas com
positivos da imagem. Para tal, tanto os negativos quanto os positivos
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para a projeção foram afetados por filtros líquidos nas três cores
primárias.
A Fotografia Digital
A invenção do computador analógico, em 1945,
representou um grande salto tecnológico ao homem. A produção de
imagens com estes instrumentos recebeu considerável força com a
exploração espacial. Na década de 60, a NASA utilizava
computadores para melhorar as imagens tomadas no espaço por
meio de satélites, eliminando imperfeições ou transformando
múltiplas perspectivas em imagens tridimensionais.
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A fotografia no Brasil
O francês Hercules Florence, viveu durante 55 anos no
Brasil, dedicando-se como inventor.
Seguindo a meta de um sistema de reprodução, pesquisou a
possibilidade de se reproduzir usando a luz do sol e descobriu, em
1832, um processo fotográfico que chamou de PHOTOGRAPHIE,
anos antes de Daguerre.
Totalmente isolado e sem conhecimento do que realizavam
seus contemporâneos europeus Niépce, Daguerre e Talbot, em
1833, Florence fotografou através da câmara obscura com uma
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Vídeos sugeridos:
www.youtube.com/watch?v=GyNa1OdJJcg
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Anotações
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