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EQUAÇÕES DIFERENCIAIS

Prof. Me. Ayrton Barboni

SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................. 2

2. EQUAÇÃO DIFERENCIAL ORDINÁRIA (EDO) ....................................... 2

2.1. Ordem de uma Equação Diferencial Ordinária ...................................... 2

2.2. Grau de uma Equação Diferencial Ordinária ......................................... 3

2.3. Solução geral e particular de uma EDO .................................................. 3

3. ALGUMAS EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS ....................... 4

3.1. Equações Diferenciais Imediatas .............................................................. 4

3.2. Equações Diferenciais Autônomas ........................................................... 4

3.3. Equações Diferenciais de Variáveis Separáveis ...................................... 5

3.4. Equações Diferenciais Exatas ................................................................... 6

3.5. Equações Diferenciais Lineares de 1ª Ordem .......................................... 7

3.5.1. Solução de uma EDO Linear de 1ª Ordem ........................................... 7

3.6. Equações Diferenciais de Bernoulli .......................................................... 9

3.7. Equações Diferenciais Lineares de 2ª Ordem .......................................... 9

3.7.1. Equações Diferenciais Lineares de 2ª Ordem com coeficientes

constantes .................................................................................................... 10

3.7.1.1. Solução de EDOL Homogêneas de 2ª Ordem com coeficientes

constantes .....................................................................................................10

3.7.1.2. Solução de EDOL não-Homogênea de 2ª Ordem com coeficientes

constantes ....................................................................................................11

BIBLIOGRAFIA ..................................................................................................14

1
EQUAÇÕES DIFERENCIAIS
1. INTRODUÇÃO

Estamos apresentando apenas um resumo sobre algumas Equações Diferenciais. Deve-


se consultar, para maiores informações, o livro indicado na bibliografia desta apostila.

Vamos introduzir o estudo das equações diferenciais apresentando o seguinte problema:

Suponhamos que f seja uma função real de variável real x, onde y = f (x). Se conside-
rarmos a equação y  x  1 , queremos obter y que a satisfaça.
Solução:
 x  1 ou d y   x  1 dx .
dy
Esta equação pode ser escrita na forma:
dx
x2
Integrando, membro a membro, obtemos y   x  c , c .
2
x2
Observação: Podemos verificar que y   x  c é, de fato, solução da equação dada, pois
2
2x
substituindo y   1  0 , tem-se a identidade: x  1  x  1 , x  .
2

2. EQUAÇÃO DIFERENCIAL ORDINÁRIA (EDO)

Chamamos de Equação Diferencial Ordinária a toda equação que envolve uma função
y  f  x  de uma variável, assim como também algumas de suas derivadas y, y, y,
Notação: y( n)  F( x, y, y, y, ..., y ( n1) ) o u F( x, y, y, y, ..., y (n1) , y ( n) )  0
Solução da equação diferencial é uma função incógnita, onde y  f  x  , que
substituída, juntamente com as suas derivadas, na equação diferencial, resulta em identidade.

Exemplos de equações diferenciais:

c) 2 y " 7 xy  21  0
dy
a)  x 1 b) y  y  2
dx
e) dy  x dx f)  y    x  1 y  4( y ')  y '' 1
2 3 2 5
d) y  5x  1
Nota: Uma equação diferencial que apresenta derivadas parciais de uma função incógnita é
chamada de Equação Diferencial Parcial.

Exemplo: x 
y
t
y
 y , sendo y  f  x, t  .
x t

2.1 Ordem de uma Equação Diferencial Ordinária

Ordem de uma equação diferencial é a maior ordem das derivadas de y  f  x  que


comparecem na equação.
Vemos, nos exemplos, que (a), (b) e (e) são equações diferenciais de primeira ordem e
(c), (d) e (f) são de segunda ordem.

2
2.2. Grau de uma Equação Diferencial Ordinária
O grau de uma equação diferencial é o maior expoente da derivada de maior ordem que
aparece na equação. Vemos, nos exemplos, que (a), (b), (c), (d) e (e) são de primeiro grau e (f)
é de terceiro grau.
Nota: Os conceitos de Ordem ou Grau de uma equação diferencial devem ser
entendidos diante de um conhecido intervalo de variáveis, pois, caso contrário, algumas
situações desconfortáveis podem ocorrer.

Exemplificando:

Pede-se o Grau e a Ordem da equação diferencial ( x  x ) y ''  x ( y ')  5 .


2 3

Veja que:

a) Se x ]0, [ , então ( x  x )  2 x e a equação 2 x y ''  x ( y ')  5 é de segunda


2 3

ordem e primeiro grau.

b) Se x ]  , 0[ , então ( x  x )  0 e a equação 0. y ''  x 2 ( y ')3  5 é de primeira


ordem e terceiro grau.

c) Se x  0 , então não teremos equação diferencial.

2.3. Solução geral e particular de uma EDO.

A sentença y  c  e x , c  , é chamada de solução geral da equação y  y  0

–x –x
(visto que [–ce ] + [ce ] = 0, é uma identidade, 0  e x  0 , x  ), pois representa o
conjunto de todas as suas soluções.

Ao estabelecermos, por exemplo, os valores c  2 , c  1 ou c  1 , na solução geral,


teremos as soluções y  2e x , y  e x ou y  1e x , chamadas de soluções particulares da
EDO.

-x y
y=e

-x
2 y = 2e
-x
y = ce , c > 0 1
y= 0

-x x
y = ce , c < 0 -1
-x
-2 y = - 2e
-x
y = -e

Se quisermos a solução particular que contenha, por exemplo, o ponto (0, ½), basta
substituirmos x  0 e y = 1/2 na solução geral, 1/2 = c.e–0, e obtermos a constante c = 1/2
–x
correspondente. Neste caso, a solução particular que tem o ponto (0, ½) é y = e /2.

3
Se pedirmos uma solução que atenda a condição y(0) = 1/2, então estaremos solicitando
–x
a mesma solução particular y = e /2.

3. ALGUMAS EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS


Uma equação diferencial de 1ª ordem e 1º grau y  F  x, y  pode ser escrita na forma
diferencial P  x, y  dx  Q  x, y  dy  0 , onde as funções de duas variáveis P e Q são
contínuas numa mesma região do plano.

dy  P ( x, y )
y   F  x, y     P  x, y  dx  Q  x, y  dy  0
dx Q ( x, y )

Apresentaremos, agora, apenas as seguintes equações diferenciais:

3.1. Equações Diferenciais Imediatas


y n  g  x  são
 
As equações diferenciais ordinárias que podem ser reduzidas à forma
chamadas de equações diferenciais imediatas.

Exemplo:
A equação y  2 x  6  0 pode ser colocada na forma y  2 x  6 , logo, é imediata.
Solução:
Integrando y  2 x  6 , sucessivamente, em relação a x, obtemos y:
y    2 x  6  dx  x 2  6 x  c1 , c1  .

x3
y    x  6 x  c1  dx   3x 2  c1 x  c2 , c2  .
2

3
3
x
A função y   3x 2  c1 x  c2 , c1 , c2  é a solução geral da equação diferencial.
3

3.1.1. Exercícios Propostos


Encontre a solução geral das EDO

1) y  12 x  2
2
R. y  x4  x2  c1 x  c2 , c1 , c2 
2) y  sen(x)  2 R. y   cos (x)  2 x  c , c 

Encontre a solução particular das EDO

3) y  e x , sendo y  0   4 e y  0   2 R. y  ex  x  3
4) y '  6 , sendo y  0   1 , y  0   5 e y "  0   2 R. y  x3  x 2  5 x  1

3.2. Equações diferenciais Autônomas


dy
As equações diferenciais autônomas podem ser colocadas na forma  f ( y) .
dx
Exemplo:
Pedro depositou R$20 000,00 na poupança que paga 6% de juros ao ano. Pede:
a) saldo ao final de 3 anos
b) tempo para duplicar a aplicação.
4
Solução:
Temos que a rapidez de crescimento do saldo é proporcional ao saldo presente:
dS (t )
 k S (t ) (no caso, k = 0,06)
dt
0,06 t
Resolvendo a equação, tem-se que S (t )  c e *
, c 
0,06 t
No instante t = 0 o saldo da conta é S (0) = 20 000,00, daí, S (t )  20000 e .
0,06 (3)
a) Ao final do terceiro ano, temos S (3)  20000 e  23944,35 reais.
0,06 (t )
b) O valor aplicado é dobrado: 40 000  20000 e  t = 11,55 anos.

3.2.1. Exercícios propostos:

1) A taxa de crescimento da cultura de bactérias é proporcional ao número N(t) presente


a cada instante. Se N(0) = 100 unidade e sua quantidade dobra a cada 3 horas, pede a
estimativa da quantidade ao final de 9 horas. ( ln2 0,6932 ) R. 800

2) A taxa de variação da quantidade Q(t) de uma substância radioativa é proporcional a


quantidade presente da substância em cada instante. Pede determinar a constante de
proporcionalidade, ao final de 1000 anos resta a metade da inicial. R.  0, 000693
Qual é a porcentagem restante da substância inicial ao final de 2000 anos? R. 25%

3.3. Equações Diferenciais Variáveis Separáveis (1ª ordem e 1º grau: y  f ( x, y ) )

Uma EDO separável pode ser escrita na forma: P  x, y  dx  Q  x, y  dy  0 , onde se

tem P  x, y   P1 ( x).P2 ( y) e Q  x, y   Q1 ( x).Q2 ( y) .

Vamos mostrar uma solução particular utilizando o exemplo:


Resolva a equação ( x  xy) dx  ( xy  y) dy  0, x  1 e y  1 , que satisfaça a
condição y  0   1 .

Solução:
Fatorando P  x, y  e Q  x, y  e separando as variáveis em cada membro da equação,
y x
temos: dy  dx . Integrando os termos: y  ln y  1   x  ln x  1  c , c  .
1 y x 1
Aplicando a condição inicial na equação obtida, isto é, x  0 e y  1 , obtemos
1  ln 2  0  ln 0  1  c e, daí, c  1  ln 2  ln e  ln 2  ln(e / 2) .
Portanto, y  ln y  1   x  ln x  1  ln(e / 2) é a solução particular.

3.3.1. Exercícios Propostos

Encontre a solução geral das EDO

5
1) x cos( y) dx  e sen(y) dy  0 , cosy  0
x x
R.  ln cos y   xe  e  c , c 
x

x2 y3 x3
2) y  , y  1 R. y    c , c
1 y2 3 3
-x x
3) (x – y2x) dx + e (1– y) dy = 0 , y ≠ ±1 R. ln ǀ1 + y ǀ + e (x – 1) = c, c 

Encontre a solução particular das EDO

4) x y dx  dy , x>0, y>0 , onde y  4   9 R. 3 y  x x  1


5) ydx  (1  y  x  xy)dy  0 ,x  1, y  0, onde y  0  e R. ln y  y  ln 1  x  e  1

6) Um recipiente contém 10kg de sal em 100 litros de água. Despeja-se no recipiente


água pura na razão de 10 l/min e libera a mistura na mesma quantidade que entra no
recipiente. Qual a quantidade de sal que escoa ao final de 30 min?
Observação:
S(t) é a quantidade de sal que sai ao final de t minutos.
10 – S(t) é quantidade de sal que permanece no recipiente com 100 litros de mistura
10  S(t )
é a concentração de sal no reservatório após t minutos.
100
[10  S(t )].10 d S(t )
= é a velocidade de variação de sal que sai por minuto = . Isto é:
100 dt
d S(t ) [10  S(t )].10

dt 100
3
R. S(30) = 10 (1  e ) kg 9,5019 kg

3.4. Equações Diferenciais Exatas

É conveniente lembrar que a diferencial total dF ( x, y) de uma função de duas


variáveis, com derivadas F ( x, y ) e F ( x, y ) contínuas numa região do plano xy, é
x y
F ( x, y ) F ( x, y)
dF ( x, y )  dx  dy .
x y
Se F ( x, y)  k , k  , então dF ( x, y)  0 . Daí, temos a equação diferencial:
F ( x, y ) F ( x, y )
dx  dy  0 ou, de outro modo, P( x, y) dx  Q( x, y) dy  0 .
x y

Clairaut: “ F(x,y) tem derivadas parciais contínuas até 2ª ordem, então Fxy(x,y) = Fyx(x,y)” .

Proposição: Se P e Q são funções contínuas com derivadas parciais contínuas numa


região R, então
“ P( x, y) dx  Q( x, y) dy  0 é exata  P( x, y )  Q( x, y ) ”
y x
Exemplo:
Resolver a equação (2 xy  y  1)dx  ( x 2  x)dy  0
Solução:

6
Temos que P( x, y )  2 x  1  Q( x, y ) . Logo, a equação é exata.
y x
Devemos obter F( x, y) :
Temos que Fx ( x, y)  P( x, y)  2 xy  y  1 e, daí,
F( x, y)   P( x, y) dx   (2 xy  y  1) dx  x 2 y  xy  x   ( y) (I)
Por outro lado, Fy ( x, y)  Q( x, y) .
Logo, x2  x   '( y)  x 2  x   '( y)  0   ( y)   0 dx  ccte ( II )
Substituindo ( II ) em ( I ), tem-se F( x, y)  x2 y  xy  x  ccte  k
Portanto, x2 y  xy  x  C, C  , é a solução geral.

3.4.1. Exercícios Propostos

Encontre a solução geral das EDO

1) 2 xy dx  ( x 2  1)dy  0 R. x 2 y  y  C  0, C

2) y '  x  y2
2 3
R. x  xy 
y
+ C  0, C 
x y 2 3
3) y e xy dx  x e xy dy  0 R. e xy  k , k 
4) [2 x sen( y)  e x cos( y)] dx  [ x 2 cos( y)  e xsen( y)]dy  0
R x 2sen y  e x cos y  k , k 
5) 3x 2 y 2 dx  (2 x3 y  4 y3 )dy  0 , y(0) = 2. R. x3 y 2  y 4  16

3.5. Equações Diferenciais Lineares de 1ª ordem


Uma equação diferencial que pode ser colocada na forma
g1  x  y  g0  x  y  h  x  , com as funções g 0 , g1 e h contínuas num mesmo intervalo I,
no qual g1 ( x)  0 , é chamada de equação diferencial linear de primeira ordem.
Se h  x   0 , x  I , então g1  x  y  g0  x  y  0 é denominada equação
diferencial linear de primeira ordem homogênea.
Exemplo:
a) y  2 y  0 , x > 0. (homogênea)
x
b) 3 y  xy  x .
3
(não homogênea)

3.5.1. Solução de uma EDO linear de 1ª ordem

Temos que g1  x  y ' g0  x  y  h( x) , g1  x   0 e x  I  .


Dividindo os termos da equação por g1  x   0 , obtemos y  P  x  y  Q  x  (I)

e
P ( x ) dx
Multiplicando ( I ) por , segue que:

e y  e P  x  y  e
P ( x ) dx P ( x ) dx P ( x ) dx
Q  x

7
d   P ( x ) dx   P ( x ) dxQ( x) d   P ( x ) dx  
e, daí,   y e e
P ( x ) dx
logo, y e   e   Q( x) dx
dx   dx  
 P ( x ) dx  e P ( x ) dxQ( x) dx  k , k 
Integrando, temos y e 
Fazendo I ( x)  e 
P ( x ) dx
, segue que y 
 I ( x).Q( x) dx  k , k .
I ( x)
Resumindo:
A solução incógnita y  f  x  , da equação diferencial y  P  x  y  Q  x  é
obtida pelas sentenças:
a) I  x   e 
P x  dx

I  x   Q  x  dx  k
b) y   , k  , é a solução geral da equação diferencial.
I  x

Exemplo:
Resolva a equação diferencial y  2 xy  2 x .
3

Solução:
A equação é linear de 1ª ordem, sendo P  x   2x e Q  x   2 x3 . Logo,
a) I  x   e  e
P x dx 2 xdx 2
 e x e, substituindo em (b), temos:
 I  x   Q  x  dx  k   e e
x2 x2
 2 x3dx  k x 2  2 xdx  k
b) y  , k .
I  x
2 2
ex ex
e x  x 2  1  c
2

ou, então, y   x 2  1  c  e x , c  .
2
Daí, a solução geral y  x2
e

3.5.1.1 Exercícios Propostos

Encontre a solução geral das EDO

1) y ' 2 y  4 x R. y  ce2 x  2 x  1 , c 
2) y ' (3 / x) y  x , x  0 R. y  x3  x 2 / 2   c  , c 
4
 
 x2
3) xy ' x y  x , x  0
2 2
R. y  1  ce 2 , c
4) x y ' (2 x2  1) y  x, x  0 R. y  1 e x e x  c , c 
2

2x
2
 
Encontre a solução particular das EDO

x2 x 1
5) x y ' 2 y  x2  x, x  0, y(1)  1/ 4 R. y   
4 3 3x 2
6) y ' 2 y  senx, y(0)  1 R. y  1 (2sen x  cos x)  6 e2 x
5 5
7) y ' 2 y  e , y(0)  2 R. y  e ( x  2)
2x 2x

8
8) Um circuito elétrico possui uma resistência R = 8 ohm e está sujeito a uma força
eletro motriz E = 4 volts. Sendo o coeficiente de autoindução L = 0,2 henry, pede a
intensidade da corrente i (em amperes) decorrido 0,01 segundos.

R Lembrar das leis:


d i(t )
Faraday U L  L.
dt
E

 L Ohm UR  R. i(t )
Kirchoff E = UL  UR
i
R. i = 0,167 amper
3.6. Equações Diferenciais de Bernoulli

São equações do tipo y  P  x  y  Q  x  y , onde n  0 e n  1


n

Observação: É imediato ver que y = 0 é solução da equação de Bernoulli.

Procedimento para solução:


y' 1
n
a) Dividir a equação dada por y :  P ( x ).  Q( x) (I)
yn y n1
1 y'
b) Considerar z  n 1 (II) e, daí, z '  (1  n) n (III)
y y
z'
c) Substituir (III) em (I) :  P( x). z  Q  x 
1 n
z '  (1  n) P( x) z  (1  n)Q( x) (IV)
d) Resolvendo (IV) , obtemos z
1
e) Substituindo z em (II), teremos y  
z n
1 que é a solução geral da equação.

Exemplo:
1
 4e
4x

4
1) y  y  x y
5
R. y = 0 e y   4x  , k  , e4 x (4 x  1)  4k
 e (4 x  1)  4k 
1 x
2) y  y  4 y2 R. y = 0 e y  , k  , 2x  k
2
x 2 x  k
2
1
 2  3

3) y  2 xy   x y
4
R. y = 0 e y   2  , k  , 2 k e3 x2
1
 2k e  1
3x

3.7. Equações Diferenciais Lineares de 2ª ordem


Chamamos de equação diferencial ordinária de 2ª ordem a toda EDO que possa ser
escrita na forma y  P  x  y  Q  x  y  f  x  , onde P , Q e f são funções definidas

9
num mesmo intervalo (vamos nos restringir a intervalos onde sejam contínuas).
As funções P e Q são chamadas de coeficientes da equação diferencial.
Se f  x   0 , x  I , então a equação diferencial será chamada de homogênea.
Se f ( x)  0 , x  I , a equação diferencial é chamada de não homogênea.

Exemplo:

a) y  xy  2 y  0 , x  (homogênea)


b) y  3 y  x y  sen x , x   (não homogênea)
*
x

3.7.1. Equações Diferenciais Lineares de 2ª ordem com coeficientes constantes


Suponhamos que os coeficientes P( x) e Q( x) sejam constantes e,
respectivamente, iguais a p e q. Assim, y ''  p y' + q y = f (x)

Apresentaremos a seguir modo prático de resolução destas equações nos casos


que sejam homogêneas ou não-homogêneas.

3.7.1.1. Solução de EDOL Homogêneas de 2ª ordem com coeficientes constantes

Consideremos a equação diferencial homogênea y ''  p y' + q y = 0 e sua


equação característica r 2  p r + q = 0.

1º ) A equação característica possui duas raízes reais distintas: r1 e r2 .


, c1 , c2  .
r x r2 x
Neste caso, a solução da homogênea é yh  c1 e 1  c2 e

2º ) A equação característica possui duas raízes reais iguais: r1 = r2 = r


rx rx
Neste caso, a solução da homogênea é yh  c1 e  c2 x e , c1 , c2  .
rx
Isto é, yh  [c1  c2 x] e , c1 , c2  .

O “reforço” x apresentado em yh é devido a igualdade das raízes.

3º ) A equação característica possui raízes complexas: r1    i e r2    i


x
Neste caso, a solução da homogênea é yh  e [c1 cos(x)  c2 sen(x)] ,
c1 , c2  e  , 
*
 .

3.7.1.1.1. Exercícios Propostos

Encontre a solução geral das EDO

1) y  4 y  3 y  0 R. yh  c1 e x  c2 e 3 x , c1 , c2  .

10
2) y  16 y  0 R. yh  c1 e 4 x  c2 e 4 x , c1 , c2  .

3) y  4 y  4 y  0 R. yh  [c1  c2 x] e 2 x , c1 , c2  .

4) y  6 y  9 y  0 R. yh  [c1  c2 x] e 3 x , c1 , c2  .

5) y  4 y  13 y  0 R. yh  e2 x [c1 cos(3x)  c2 sen(3x)] , c1 , c2  .

6) y  y  0 R. yh  c1 cos( x)  c2 sen( x) , c1 , c2  .


Encontre a solução particular das EDO

7) y  7 y  6 y  0 , y  0   2 e y  0   3
6x
R. yh  [ e  9e x] / 5

8) y  8 y  9 y  0 , y 1  1 e y 1  0 R. yh  [ e


9(1 x)
 9 e x1 ] /10

3.7.1.2. Solução de EDOL não-Homogêneas de 2ª ordem com coeficientes constantes


Consideremos a equação diferencial não homogênea y ''  p y' + q y = f (x) .

A solução geral yG desta equação é dada pela soma das soluções da homogênea
yh e uma solução particular y p da equação não homogênea, considerando as raízes da
característica e as formas de f (x): yG  yh  y p

Apresentamos, abaixo, algumas sugestões para obter y p :

* Equação característica (EC): r2  p r  q  0 .


** Pn  x  e Qn ( x) são polinômios de grau n , n .
*** Pn  x  e Qn  x  são polinômios completos de grau n com coeficientes a determinar.
****  m  bi  , m  b *
,  e i é a unidade imaginaria, são números complexos.

***** c  , k1  e k2  .

Obs: As sugestões para y p nos modelos valem para EDOL não homogêneas de ordem n  2 .

1Modelo:

f  x   cem x , c  e m

Raízes da Equação característica Sugestão para y p


-Se m não for raiz da EC yP  Aem x
-Se m for raiz da EC uma só vez yP  Axem x
-Se m for raiz da EC duas vezes yP  Ax2em x
Nota : Se m = 0 recai no 2Modelo
Se c = 0 a equação é homogênea

11
2Modelo:

f  x   Pn ( x) , n

Raízes da Equação característica Sugestão para y p


-Se zero não for raiz da EC yP  Pn  x 
-Se zero for raiz da EC uma só vez yP  xPn  x 
-Se zero for raiz da EC duas vezes yP  x 2 Pn  x 

3Modelo:

f  x   Pn  x  .emx , n e m

Raízes da Equação característica Sugestão para y p


-Se m não for raiz da EC yP  Pn  x  .em x
-Se m for raiz da EC uma só vez yP  xPn  x  .em x
-Se m for raiz da EC duas vezes yP  x 2 Pn  x  .em x
Nota : Se n = 0 recai no 1Modelo
Se m = 0 recai no 2Modelo

4Modelo:

f  x   Pn  x  sen  bx  , f  x   Pn  x  cos  bx  ou

f  x   Pn  x   k1 sen  bx   k2 cos  bx 

Raízes da Equação característica Sugestão para y p

- Se  0  bi  não forem raízes da EC. yP  Pn  x  sen  bx   Qn  x  cos  bx 


- Se  0  bi  forem raízes da EC. yP  x  Pn  x  sen  bx   Qn  x  cos  bx 

5Modelo:

f  x   emx sen  bx  , f  x   emx cos  bx  ou f  x   emx  k1 sen  bx   k2 cos  bx  .


Raízes da Equação característica Sugestão para y p

- Se  m  bi  não forem raízes da EC. yP  Aemx sen  b x   B emx cos  b x 


- Se  m  bi  forem raízes da EC. yP  x  A emx sen  bx   B emx cos  bx 

12
6Modelo:

f  x   Pn  x  e mx sen  bx  , f  x   Pn  x  e mx cos  bx  ou

f  x   Pn  x  e mx
k1 sen bx   k2 cos bx 
Raízes da Equação característica Sugestão para y p
- Se  m  bi  não forem raízes da EC. yP  Pn  x  emx sen  bx   Qn  x  emx cos  bx 
-Se  m  bi  forem raízes da EC yP  x  Pn  x  emx sen  bx   Qn  x  emx cos  bx 
Nota: Se m = 0 recai no 4Modelo

Nota: Se f  x  é uma soma de n parcelas, f  x   f1  x   f 2  x    f n  x  , onde


fi  x  , i  1, 2, , n , corresponde a um dos modelos apresentados acima, então uma
sugestão para yP é que seja dado por yP  y p 1  yP2   yP n , onde, para cada
i 1, 2, , n , yP i é uma solução particular da equação para fi  x  .

3.4.1.2.1. Exercícios Propostos

Encontre a solução geral das EDO (ver soluções – Bibliografia - pág 337-346)

1) y  3 y  2 y  2e5 x R. yG  yh  y p  c1e x  c2e2 x  1 e5 x , c1 , c2  .


6
2) y  3 y  2 y  2e . x
R. yG  yh  y p  c1e  c2e  2 xe , c1 , c2  .
x x 2x

3) y  4 y  4 y  8e2 x .. R. yG  yh  y p  c1e2 x  c2 xe2 x  4 x 2e2 x , c1 , c2  .


4) y  4 y  3 y  3x  2 R. yG  yh  y p  c1e x  c2e3 x  x  2 , c1 , c2  .
R. yG  yh  y p  c2e  x  x  c1 , c1 , c2  .
4x 2
5) y  4 y  8x  2 .

6) y  6 y  8 y  8x2 R. yG  yh  y p  c1e2 x  c2e4 x  x 2  3 x  7 , c1 , c2  .


2 8
 4
7) y  6 y  8 y  3xe x R. yG  yh  y p  c 1e2 x  c2e 4 x   x   e x , c1 , c2  .
 3
8) y  6 y  8 y  8xe2 x . R. yG  yh  y p  c1e2 x  c2e4 x   2 x 2  2 x  e2 x , c1 , c2  .

9) y 10 y  25 y  12 xe5x .. R. yG  yh  y p  c 1e5 x  c2 xe5 x  2x3e5 x , c1 , c2  .


x
10) 2 y  3 y  y  85sen  2 x  R. yG  c1e x  c2e 2  7sen  2 x   6cos  2 x 

11) y  2 y  8x sen  3x  R. yG  c1 cos  2 x   c2 sen  2 x   8 x sen  3x   48 cos  3x 


7 49

12) y  9 y  24 x sen  3x  . R. yG  c1 cos  3x   c2 sen  3x   2 x sen  3x   3x 2 cos  3x 


3
13) y  6 y  13 y  65e sen  2 x 
x

13
R. yG  e3 x c1 cos  2 x   c2 sen  2 x   13 e x  sen(2 x)  2 cos  2 x  , c1 , c2 
4

14) y  6 y  13 y  8e sen  2 x  . R. yG   c1  2 x  cos  2 x   c2 sen  2 x  e3 x


3x

15) y  2 y  2 y  xe x 2sen  x   3cos  x 


2
2 x
  2
2 
R. yG  c1  x  x  e sen  x   c2  x  x  e cos  x 
1

x 1
 
Encontre a solução particular das EDO

16) y  y  2 y  4 x2 , y  0   1 e y  0   4 x
R. yG  2e  2e  2 x  2 x  3
2x 2

17) y  4 y  sen x , y  0   1 e y  0   1 R. yG  cos(2 x)  1/ 3 [sen( x)  sen(2 x)]

BIBLIOGRAFIA

Barboni, Ayrton e Paulette, Walter – Fundamentos de Matemática – Cálculo e Análise –


Cálculo Diferencial e Integral a Duas Variáveis – Rio de janeiro – LTC – 2009.

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