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Centro Universitário do Vale do Ipojuca - UNIFAVIP

Curso de Engenharia Civil


Disciplina: Patologia e Durabilidade das Estruturas

Microestrutura do Concreto Convencional

Professor: MSc. Emerson Silva

CARUARU / 2017
Patologia e Durabilidade das Estruturas

 Concreto:

É um material composto, que consiste essencialmente de um


meio contínuo aglomerante, no qual estão inseridos os
agregados (miúdo e graúdo);

Podendo conter aditivos (modificadores de propriedades no


estado fresco e/ou no estado endurecido); e/ou Adições.
Patologia e Durabilidade das Estruturas

 Concreto:

Fatores que contribuem para a grande utilização do concreto como


material de construção:

• Excelente resistência à água;


• A facilidade de execução numa variedade de formas e
tamanhos;
• Custo relativamente baixo e facilmente disponível;
• Material que se torna atraente sob alguns aspectos
ambientais, principalmente, pela possibilidade de
incorporação de resíduos.
Patologia e Durabilidade das Estruturas

 Concreto:

• Rocha artificial, comparável a um conglomerado de agregados


graúdos e grãos de areia envolvidos por uma pasta de cimento;

• Suas propriedades (mecânicas, elásticas, físicas e químicas)


dependem de um grande número de fatores relativos à pasta em
si, aos agregados utilizados e à ligação entre esses dois
elementos;
Patologia e Durabilidade das Estruturas

 Concreto:

• Pode-se considerar então o concreto como um composto de


partículas de agregado, envolvidas por uma matriz porosa de
pasta de cimento, com uma zona de transição entre as duas
fases;

• A conexão destas 3 fases possui importância significativa nas


propriedades do concreto.
Patologia e Durabilidade das Estruturas

 Estrutura Interna do Concreto:

• Macroscopicamente ele é
composto de duas fases não
homogêneas
• 1 – Grãos de agregado
dispersos
• 2 – Matriz de aglomerante

• Microscopicamente ele é
composto de mais uma fase
• 3 – Zona de transição
(interface entre o agregado
graúdo e a pasta de
cimento)
Patologia e Durabilidade das Estruturas

 Estrutura Interna do Concreto:

No estudo de interface, torna-se importante considerar a natureza


mineralógica dos materiais, inclusive daqueles formados a partir
da hidratação do cimento;

Importante considerar que a aderência das fases advém de duas


condições distintas:

Aderência de natureza química: relativa às ligações


cristalinas entre pasta e agregado;

Aderência de natureza mecânica: decorrente da rugosidade


superficial dos agregados;
Patologia e Durabilidade das Estruturas

 Estrutura Interna do Concreto:

A fase agregado pode influenciar:

Massa específica
Módulo de elasticidade
Estabilidade volumétrica (variação dimensional, retração, ...)
Resistência
Durabilidade
Patologia e Durabilidade das Estruturas

 Estrutura Interna do Concreto:

A fase pasta de cimento pode influenciar:

No estado fresco:
Envolver os agregados
Preencher os vazios
Facilitar o manuseio durante a aplicação

No estado endurecido
Aglutinar os agregados
Garantir resistência mecânica
Permeabilidade
Estabilidade volumétrica
Durabilidade
Patologia e Durabilidade das Estruturas

 Estrutura Interna do Concreto:

Na região de contato entre a pasta


de cimento e o agregado a
resistência pode ser menor que a
resistência do agregado ou da
própria pasta, fazendo com que a
zona de transição possa ser uma
zona de fraqueza no
desenvolvimento das propriedades
do concreto;
Patologia e Durabilidade das Estruturas

 Hidratação da Pasta de Cimento:

As questões técnicas relacionadas com a hidratação do cimento


portland são extremamente complexas. Há, entretanto, alguns
aspectos gerais que permitem que se forme uma idéia global da
questão, encarada do ponto de vista de cristalização e das reações
químicas.
Patologia e Durabilidade das Estruturas

 Hidratação da Pasta de Cimento:

• Totalidade de mudanças que ocorrem quando um cimento


anidro, ou uma de suas fases constituintes é misturados
com água.

 Solidificação
 Endurecimento.
Patologia e Durabilidade das Estruturas

 Hidratação da Pasta de Cimento:

Inicialmente, ocorre o fenômeno químico de hidratação dos


compostos e em seguida, o fenômeno físico de cristalização dos
hidratos e logo após o entrelaçamento de fibras cristalinas (Le
Chatelier, 1904);

A hidratação por meio da solução envolve:

Dissolução dos compostos anidros para produzir solução;

Precipitação dos hidratos da solução supersaturada,


decorrente da baixa solubilidade;
Patologia e Durabilidade das Estruturas

 Hidratação da Pasta de Cimento:

Dissolução / Precipitação

• Envolve a dissolução de compostos anidros em seus


constituintes iônicos, formação de hidratos na solução e, devido
à sua baixa solubilidade (menor que dos compostos anidros),
precipitação proveniente de supersaturação. Há uma completa
reorganização dos constituintes dos compostos originais.
Patologia e Durabilidade das Estruturas

 Hidratação da Pasta de Cimento:

Dissolução / Precipitação

• Envolve a dissolução de compostos anidros em seus


constituintes iônicos, formação de hidratos na solução e, devido
à sua baixa solubilidade (menor que dos compostos anidros),
precipitação proveniente de supersaturação. Há uma completa
reorganização dos constituintes dos compostos originais.
Patologia e Durabilidade das Estruturas

 Hidratação da Pasta de Cimento:

• C3S - A hidratação começa dentro de poucas horas,


desprendendo-se calor; o composto anidro vai passando para a
solução, aparecendo cristais de Ca(OH)2, enquanto uma massa
gelatinosa de silicato hidratado se forma em torno dos grãos
originais.

• C2S - É atacado lentamente pela água; depois de semanas os


cristais se recobrem de silicato hidratado. Forma-se também
Ca(OH)2 , porém em menor quantidade que na hidratação do
C3S.
Patologia e Durabilidade das Estruturas

 Hidratação da Pasta de Cimento:

• C3A - Reage rapidamente com a água e cristaliza em poucos


minutos. Não se produz hidróxido, mas aluminato hidratado. O
calor de hidratação é tanto que quase seca a massa. A inclusão
da gipsita é para que ocorra a sua reação com o C3A formando
uma capa de etringita (trissulfoaluminato de cálcio hidratado)
envolvendo os grãos de aluminato e impedindo a continuidade
da sua hidratação. Após 21 horas essa capa é rompida e a
hidratação prossegue.

• C4AF - Reage menos rapidamente que o C3A. Não libera cal e


forma também um aluminato hidratado.
Patologia e Durabilidade das Estruturas

 Hidratação da Pasta de Cimento:

• ETAPA 1: após o contato do cimento anidro com a água:

• Dissolução do gesso;
• Início do processo de hidratação dos silicatos de cálcio e
dos aluminatos de cálcio;
• Membrana semipermeável de C-S-H.
Patologia e Durabilidade das Estruturas

 Hidratação da Pasta de Cimento:

• ETAPA 2:
• Podem ser observados os primeiros cristais de etringita e
monosulfoaluminato.
• Em seguida, observam-se os aluminatos hidratados do tipo
C4AHx.

• ETAPA 3:
• Crescimento do C-S-H fica limitado às vizinhanças dos
grãos anidros;
• Pouca mobilidade dos íons de silicatos.
• Observa-se a formação da Portlandita
Patologia e Durabilidade das Estruturas

 Hidratação da Pasta de Cimento:

Silicato de cálcio hidratado (C-S-H)

• Não possui fórmula estequiométrica bem definida, sendo


denominado de C-S-H;
• Constitui de 50 a 60% do volume de sólidos na pasta
endurecida;
• Composto mais importante na definição das propriedades da
pasta:
• Maior resistência mecânica
• Maior durabilidade em meios agressivos (ácidos e sulfatados)
Patologia e Durabilidade das Estruturas

 Hidratação da Pasta de
Cimento:

• Silicato de cálcio
hidratado (C-S-H)

Estrutura do C-S-H
(Fonte: Mehta e Monteiro, 1994)
Patologia e Durabilidade das Estruturas

 Hidratação da Pasta de Cimento:

Hidróxido de cálcio (CH)

• Possui estequiometria bem definida (Ca(OH)2);


• Constitui de 20 a 25% do volume de sólidos na pasta
endurecida;
• Tem a forma de prismas hexagonais;
• Menor resistência mecânica que o C-S-H;
• Apresenta solubilidade maior que o C-S-H;
• Menor durabilidade em meios agressivos (ácidos e
sulfatados)
Patologia e Durabilidade das Estruturas

 Hidratação da Pasta de
Cimento:

• Hidróxido de cálcio (CH)

Estrutura do hidróxido de cálcio


(Fonte: Mehta e Monteiro, 1994)
Patologia e Durabilidade das Estruturas

 Hidratação da Pasta de Cimento:

Sulfoaluminatos de cálcio:

• Constitui de 15 a 20% do volume de sólidos na pasta


endurecida;
• Durante o primeiro estágio da hidratação, o composto é
denominado de etringita;

C6 AS 3 H 32
• Possui a forma de cristais prismáticos aciculares.
Patologia e Durabilidade das Estruturas

 Hidratação da Pasta de Cimento:

Sulfoaluminatos de cálcio:

• Pode se transformar em monossulfato hidratado

C4 AS H18

• Que tem a forma de placas hexagonais;


• A presença desse material torna o concreto vulnerável ao
ataque por sulfatos.
C4 AS H18  2CH  2S  12H  C6 AS 3 H 32
Patologia e Durabilidade das Estruturas

 Hidratação da Pasta de
Cimento:

• Sulfoaluminatos de cálcio

Estrutura da etringita e do monossulfato


(Fonte: Mehta e Monteiro, 1994)
Patologia e Durabilidade das Estruturas

Curva de velocidades típicas de formação de produtos hidratados


(Fonte: Mehta e Monteiro, 1994)
Patologia e Durabilidade das Estruturas

 Zona de Transição Agregado-Pasta:

(MEHTA & MONTEIRO, 1994)


Patologia e Durabilidade das Estruturas

 Zona de Transição Agregado-Pasta:

• De acordo com a teoria de Le Chatelier, a pasta plástica que


circunda os agregados no fim do amassamento do concreto se
transforma, pouco a pouco, em uma massa inteiramente
cristalizada, podendo-se esperar ligações do tipo sólido sobre
sólido entre o aglomerante e os materiais englobados.
Patologia e Durabilidade das Estruturas

 Zona de Transição Agregado-Pasta:

• Quando é efetuada a mistura de concretos ou argamassas de CP,


os agregados tornam-se cobertos por um filme de água de vários
micrômetros de espessura, onde um pequeno número de grãos
de cimento anidro podem ser encontrados, mas não
obrigatoriamente.

• A concentração desse cimento anidro, praticamente nula na


vizinhança mais próxima do agregado, aumenta
progressivamente à medida que essa distância cresce.
Patologia e Durabilidade das Estruturas

 Zona de Transição Agregado-Pasta:

• Quando os componentes anidros encontram-se dissolvidos, os


íons mais móveis são os primeiros a se propagarem no filme de
água.

• Na área da interface, existe um enriquecimento de portlandita e


no contato com o agregado, forma um filme fino, coberto por
uma fina camada de C-S-H. Essa camada é conhecida como
FILME DUPLO e possui espessura de cerca de 1 μm.
Patologia e Durabilidade das Estruturas

 Zona de Transição Agregado-Pasta:

• Este filme duplo é seguido, na zona de transição, por uma zona


muito porosa, chamada de AURÉOLA DE TRANSIÇÃO, que
contém cristais grandes e diferentemente orientados,
agrupamentos de C-S-H e etringita.

• Essa região se estende radialmente para fora da superfície do


agregado e gradualmente se funde com a massa da
microestrutura da pasta, com uma espessura de
aproximadamente 50 μm.
Patologia e Durabilidade das Estruturas

 Zona de Transição Agregado-Pasta:

Nos casos onde o agregado se mostre insolúvel, o fenômeno pode ser


descrito como no gráfico.
Patologia e Durabilidade das Estruturas

 Zona de Transição Agregado-Pasta:

Nos casos onde o agregado se mostre parcialmente solúvel, a máxima


concentração de íons favorecida pelo agregado é obtida na superfície e diminui
com a distância.
Patologia e Durabilidade das Estruturas

 Zona de Transição Agregado-Pasta:

A aderência entre as fases sólidas pode ser considerada da


seguinte forma:

• Aderência mecânica em escala grosseira ou aderência por


rugosidade, onde as partículas finamente cristalizadas do
cimento hidratado enceram as protuberâncias e as asperezas da
superfície dos agregados;

• Aderência em escala reticular, espécie de ligação ideal, onde os


cristais de cimento dão continuidade aos dos agregados
Patologia e Durabilidade das Estruturas

 Zona de Transição Agregado-Pasta:

No processo de formação desta zona de transição, podem ser


apresentadas as seguintes etapas:

• Formação de etringita sobre a superfície do agregado;


• Precipitação de cristais de portlandita;
• Aumento da espessura e densificação do filme de contato.
Patologia e Durabilidade das Estruturas

 Zona de Transição Agregado-Pasta:

Enquanto a pasta de cimento pode ser vista como um meio


ISOTRÓPICO, a zona de transição deve ser caracterizada como
uma região fortemente ANISOTRÓPICA.

Necessário considerar dois fatores importantes e que se somam


para influenciar o desempenho mecânico desta interface, quais
sejam:

• Crescimento lamelar dos cristais de portlandita;


• Exudação Interna no concreto;.
Patologia e Durabilidade das Estruturas

 Zona de Transição Agregado-Pasta:

Crescimento Lamelar dos Cristais de Portlandita - Está


relacionada com a facilidade da propagação intercristalina das
fissuras.

• Os cristais de portlandita se desenvolvem com uma orientação


preferencial nas vizinhanças dos agregados.
• Os cristais vizinhos apresentam a mesma tendência de orientação.
• Aumento do risco de propagação retilínea das fissuras.
• Caminho preferencial para a penetração de agentes agressivos.

Sempre que o concreto for submetido a ações mecânicas, terá uma


concentração de tensões nesta região. Surgimento ds fissuras.
Patologia e Durabilidade das Estruturas

 Zona de Transição Agregado-Pasta:

Exudação Interna - Relacionada ao desempenho mecânico do


concreto à presença da água de exudação e sua influência sobre a
zona de transição.

Quanto maior forem as proporções de partículas chatas e alongadas


dos agregados, maior será a tendência da água de acumular-se em
filmes próximo às partículas, tornando mais fraca a pasta de cimento
na região da interface.

Esse fenômeno é conhecido como EXUDAÇÃO INTERNA e


responde por microfissuras da pasta na região próxima ao agregado,
causando fraturas de cisalhamento na superfície das partículas.
Patologia e Durabilidade das Estruturas

 Zona de Transição Agregado-Pasta:

Exudação Interna - Relacionada ao desempenho mecânico do


concreto à presença da água de exudação e sua influência sobre a
zona de transição.

Quanto maior forem as proporções de partículas chatas e alongadas


dos agregados, maior será a tendência da água de acumular-se em
filmes próximo às partículas, tornando mais fraca a pasta de cimento
na região da interface.

Esse fenômeno é conhecido como EXUDAÇÃO INTERNA e


responde por microfissuras da pasta na região próxima ao agregado,
causando fraturas de cisalhamento na superfície das partículas.
Patologia e Durabilidade das Estruturas

ZONA DE TRANSIÇÃO AGREGADO-PASTA

RESUMO
Patologia e Durabilidade das Estruturas

 Zona de Transição Agregado-Pasta:

• Zona entre as partículas de agregado graúdo e a pasta de


cimento;

• Com dimensão da ordem de (10 a 50) m ao redor do agregado


graúdo;

• Estrutura mais porosa, com grande volume de vazios capilares e


de cristais orientados de hidróxido de cálcio e presença de
microfissuras.
Patologia e Durabilidade das Estruturas

 Zona de Transição Agregado-Pasta:

• É geralmente mais fraca do que as outras duas fases – limita a


resistência do concreto;

• Exerce considerável influência na rigidez e no módulo de


elasticidade do concreto;

• E ainda na durabilidade e permeabilidade.


Patologia e Durabilidade das Estruturas

 Zona de Transição Agregado-Pasta:

• Fatores que pioram as características da zona de transição:

• Maior relação água/cimento


• Agregados graúdos de maior dimensão
• Agregados com formas lamelar e alongada
Patologia e Durabilidade das Estruturas

 Zona de Transição Agregado-Pasta:


Cúbicos
• Forma do Agregado:

Alongados Lamelares

Esféricos
Patologia e Durabilidade das Estruturas

 Zona de Transição Agregado-Pasta:

• Fatores que melhoram as características da zona de transição:

• Maior consumo de cimento


• Agregados de menor dimensão
• Agregados com forma cúbica ou arredondada
• Menor relação água/cimento
• A utilização de adições
OBRIGADO PELA
ATENÇÃO!

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