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O conflito existente nas leis antifumo associa dois direitos constitucionalmente garantidos
– o direito à saúde do fumante passivo e o direito à liberdade do fumante fumar –
indubitavelmente não existe direito absoluto, e, assim, o direito à liberdade pode ser
limitado para garantir o cumprimento do direito à saúde.
As leis antitabaco devem sim existir, e são constitucionais. Essas leis cumprem a função
social, já que o número de fumantes vem declinando, dando maior longevidade à
população brasileira.
De fato, sentir ocasionalmente um cheiro ruim não é apenas um mero aborrecimento
do cotidiano, mas há pesquisas científicas que comprovam a maléfica aos que a ela
são expostos.
Outra vez, é de suma importância o conceito de liberdade abordado pela Declaração
Universal do Homem e do Cidadão de 1789, que dispõe: “A liberdade consiste em poder
fazer tudo o que não prejudique a outrem: assim, o exercício dos direitos naturais do
homem não tem outros limites senão os que asseguram aos demais membros da sociedade
o gozo dos mesmos direitos. Esses limites, somente a lei poderá determinar. ”
Diante do exposto, o que se prevalece é o fumante ativo não impor o fumo aos não
fumantes, gerando males a saúde de um grande número de pessoas submetidas contra as
suas vontades.
Projeto Integrador:
As alterações trazidas pelo Liberdade: contribuição do pensamento de
Decreto 8262/14 e o Direito Hannah Arendt à filosofia do direito 1
de Liberdade
ALMEIDA, José Rubens Demoro. Liberdade: contribuição do pensamento de Hannah
Arendt à filosofia do direito. Revista de Direito Constitucional e Internacional. Vol. 98.
Ano 24. p. 49-58. São Paulo: Ed RT, novembro – dezembro. 2016.
“A convivência deve ser garantida pelo Direito para fazer valer o pensamento de Arendt,
uma vez é o jurídico que regula e disciplina o convívio entre homens e não pode, por meio
de injustiças, permitir a opressão totalitária que atenta contra a liberdade”.
“Os direitos fundamentais propriamente ditos são, na essência, entende ele, o direito do
homem livre e isolado, direitos que possuem em face do Estado. E acrescenta: numa
acepção estrita são unicamente os direitos da liberdade, da pessoa particular,
correspondendo de um lado ao conceito do Estado do Burguês de Direito, referente a uma
liberdade, em princípio ilimitada diante de um poder estatal de intervenção, em princípio
limitado, mensurável e controlável. ”