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para-promover-a-saude-mental-na-escola

Publicado em NOVA ESCOLA 23 de Outubro | 2018

Clima escolar

5 ações para promover a


saúde mental na escola
O clima da sua escola não anda bom? Os professores
parecem desestimulados? Há intrigas, casos de bullying e
automutilação entre os estudantes? Veja como virar o
jogo
Laís Semis

Vídeo: https://www.youtube.com/embed/RVRh09y25P4

Entre os educadores 66% já tiveram que faltar ou se se afastar do trabalho


por um problema de saúde. Em 53% dos casos, o afastamento foi por
questões de saúde mental. Entre os principais problemas relatados estão
ansiedade (68%), estresse (63%) e depressão (28%). A constatação foi feita em
pesquisa* digital realizada por NOVA ESCOLA com mais de 5800 educadores.

E, se mais de metade dos educadores vêm sofrendo com saúde mental, eles
não estão sozinhos. Segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância
(Unicef), cerca de um em cada três estudantes entre 13 e 15 anos sofrem
bullying regularmente no mundo. Dados do Sistema Único de Saúde (SUS)
mostram um aumento de 18% no suicídio de adolescentes de 10 a 19 anos
no Brasil. A escola pode ser uma grande aliada para virar esse jogo com um
trabalho de prevenção e promoção da saúde mental na escola. Veja abaixo
algumas ações que podem contribuir para um ambiente mais saudável
emocionalmente. No “LEIA MAIS”, você encontra informações aprofundadas
sobre cada um dos tópicos:
1. Considere o tema desde a Educação Infantil

“A gente tem se assustado com os casos muito complicados, mas o caminho


para lidar com essas situações é olhar mais cedo para eles”, afirma o
psiquiatra Gustavo Estanislau, integrante do grupo Cuca Legal, da
Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), e autor do livro Saúde Mental na
Escola. Por isso, a promoção e prevenção devem ser ações permanentes
dentro do espaço escolar. A base da prevenção é a informação. Com ela, o
professor consegue identificar melhor situações de risco, dosar a reação
emocional diante de alguém que está enfrentando algum problema de saúde
mental e garante mais segurança para conversar com as crianças e
adolescentes sobre o tema. Já a promoção, se baseia no autoconhecimento,
em desenvolver sentimentos e competências socioemocionais para lidar
melhor com as adversidades que podem causar sofrimento emocional.

LEIA MAIS Saúde mental na escola: por que cuidar dela

2. Invista nas competências socioemocionais

As competências socioemocionais se dividem em cinco eixos principais:


abertura ao novo (curiosidade para aprender, imaginação criativa e interesse
artístico), consciência ou autogestão (determinação, organização, foco,
persistência e responsabilidade), extroversão ou engajamento com os outros
(iniciativa social, assertividade e entusiasmo), amabilidade (empatia, respeito
e confiança) e estabilidade ou resiliência emocional (autoconfiança, tolerância
ao estresse e à frustração). O estudo Competências para o Progresso Social –
O poder das Competências Socioemocionais identificou alguns benefícios do
desenvolvimento dessas características. Entre eles estão o apoio à
aprendizagem, diminuição de 12% do risco de sofrer bullying até o final do
Ensino Fundamental e mais chances de concluir o Ensino Superior.

LEIA MAIS Encarando bullying, brigas e ansiedade nas escolas: um livro


em PDF sobre as socioemocionais

3. Seja consciente nas suas próprias atitudes e discursos

Só focar no desenvolvimento das competências socioemocionais dos


estudantes não é suficiente. Não é uma aula expositiva sobre empatia que
fará seus alunos serem mais empáticos diante de situações de adversidades.
As socioemocionais são aprendidas, por exemplo, em situações de
convivência, na interação interpessoal e por meio da observação do
ambiente. Assim, a atitude do educador pode fazer toda a diferença. O
simples fato de reagir com um “não doeu” diante de uma queda de uma
criança pequena, por exemplo, ignora a competência de se colocar no lugar
do outro, a empatia e engajamento com os outros. Reconhecer a dor alheia e
acolher a criança exige, muitas vezes, uma postura de mudança. “Em diversas
situações, dizemos para a criança se descolar de si mesma e, sem perceber,
passamos por um processo de desalfabetização emocional”, diz Rosane
Voltolini, coordenadora dos núcleos de Santa Catarina e Rio Grande do Sul da
Associação pela Saúde Emocional das Crianças (ASEC).

LEIA MAIS Como as competências socioemocionais promovem saúde


mental?

4. Deixe os preconceitos, medos e moralismo de fora da conversa

Praticar a escuta sensível é essencial para garantir que haja diálogo entre o
interlocutor e quem encara um sofrimento emocional. Se o interlocutor não
se colocar na conversa com abertura, o papo pode não ter o efeito desejado e
deixar o aluno acuado para falar sobre o assunto em um momento futuro. A
“trava” na conversa pode surgir tanto durante as trocas – com uma reação
emocional exagerada, por exemplo, sobre o que está sendo dito – ou mesmo
antes desse diálogo acontecer. Ao estigmatizar e julgar determinados
comportamentos, objetos e ações, a criança ou adolescente pode nem
sequer sentir abertura ou à vontade para compartilhar seus pensamentos,
sentimentos e problemas. Uma abordagem que venha colada com
julgamentos ou moralismos tem grandes chances de não engajar os alunos. E
isso vale para qualquer conversa – do suicídio ao uso das redes sociais. “Não
funciona aquela coisa do ‘hoje vamos falar sobre os perigos da internet’. Não
faça isso”, aconselha Rodrigo Nejm, diretor de Educação da SaferNet Brasil e
doutor em psicologia. Seria mais produtivo para fins de ganhar o aluno para a
discussão, se o tema fosse introduzido com perguntas que disparem boas
conversas e possam promover uma postura mais crítica.

LEIA MAIS Como a escola pode usar a internet para discutir saúde
mental

5. Envolva e empodere os alunos

Um clima escolar favorável é responsabilidade de todos os atores da escola.


Os estudantes podem ser ótimos aliados desse processo porque, por vezes,
possuem informações sobre a turma que não costumam circular entre os
adultos. Além disso, as emoções, atitudes e situações também podem ser
melhores acolhidas se o interlocutor for um par. “Muitas vezes, os jovens têm
mais dificuldade de falar sobre determinados assuntos com os adultos. Por
isso, pensamos que uma boa maneira de fazer isso seria colocar os próprios
jovens para falar com as turmas”, explica Catharina Morais, aluna do Colégio
Dante Alighieri que desenvolveu em parceria com duas colegas um projeto
científico na área de psicologia social sobre saúde mental e construção de
identidade.

LEIA MAIS A importância de discutir a saúde mental de alunos e


professores na escola

*Pesquisa realizada de 25 de junho a 19 de julho de 2018 nos canais digitais


de NOVA ESCOLA e Fundação Lemann, mantenedora de NOVA ESCOLA. Ao
todo, a pesquisa coletou mais de 4.800 respostas completas, de um total de
5.872.

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