Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
Marie Shinkai1
RESUMO:
A mídia tem sido responsável pelo fluxo de informações em nossa sociedade, podendo
relação à pessoas, grupos e organizações. Desta forma, nossas opiniões podem ser
direcionadas, ficando comprovada a idéia de que somos condicionados sobre o quê pensar,
antes e durante a formulação de nossas opiniões. Assim, este artigo pretende demonstrar a
importância dos meios de comunicação frente ao contexto social e organizacional que hoje se
da informação.
1
Acadêmica do 4º ano do curso de Comunicação Social – habilitação em Publicidade e Propaganda, monitora de
Teoria e Pesquisa de Opinião Pública.
Nos dias de hoje, aquele indivíduo que não detém o poder em suas mãos, mas que no
conhecimentos adquiridos não apenas através dos meios de comunicação de massa, é capaz de
evidenciar o elo de ligação entre o mundo da informação e o poder. Skinner (1981) explica
espécies de poder sobre variáveis que afetam o comportamento humano e com as práticas
controladoras que podem ser empregadas por causa desde poder. (...) Uma agência
identificar os indivíduos que compõem a agência e explicar por que têm o poder de
controlado, e mostrar como isso leva à retroação reforçadora que explica a continuação
da existência da agência."
No entanto, isto não implica na afirmação de que todos os indivíduos integrantes de nossa
sociedade possuem o poder de “enxergar” esta evidência, uma vez que os meios de
comunicação que possuem maior controle sobre as massas, são os que recebem maior atenção
por parte do público receptor na hora de serem formuladas as idéias sobre os fatos que nos
cercam.
Por esta ótica, Adorno (1987:288-90) afirma que a indústria cultural, na qual os meios de
comunicação de massa estão inseridos, "mantém-se como na origem: a serviço das terceiras
pessoas, e mantém sua afinidade com o superado processo de circulação de capital, que é o
objetivo último da indústria cultural", sendo esta dependência realizada pelos mass media, que
são instrumentos da comunicação de massa. "O efeito de conjunto da indústria cultural é o de
progressiva, se transforma em engodo das massas, isto é, em meio de tolher a sua consciência.
conscientemente".
Dessa forma, esta aparente horizontalização da informação sendo mostrada pelos meios de
comunicação de massa para todo o mundo, apresentando os fatos como eles acontecem,é uma
tecnoburocrática.
Baudrillard (In: MOREIRA 1979) afirma que "o que caracteriza os meios de comunicação
de massa, é que são antimediadores, intransitivos, que fabricam a não comunicação, se aceita
definir comunicação como um intercâmbio, como o espaço recíproco de uma palavra e de uma
mas uma correlação pessoal entre um e outro no intercâmbio. O que acontece na esfera dos
media, é que se fala de tal maneira que nunca se pode responder". Assim, a maioria dos
receptores acabam sendo condicionados a aceitar as informações sem que o seu conteúdo seja
questionado, ou que se tenha tido a certeza de que as informações fornecidas pelo meio são
provenientes de fontes verdadeiras ou não. Até porque no mundo dos mass media as
informações perdem sua validade muito rapidamente fazendo com que os indivíduos fiquem
sempre dependentes dos meios de comunicação de massa para estar ciente do que está
acontecendo no mundo .
Assim, a população fica sem a possibilidade de ter acesso a maioria dos aspectos de sua
estado psicoemocional, pois sua capacidade de analisar os fatos é afetada e ela passa a receber
A propaganda utiliza inúmeras formas de pressão para neutralizar o senso crítico dos
ampliados por alto-falantes, as luzes, o lançamento de folhetos e papéis, enfim, tudo reflete
sobre os presentes. As pessoas acabam se envolvendo com tal intensidade que, quase
A exemplo disso, pode-se citar algumas práticas religiosas, que fazem uso da pressão
psicológica nas pessoas. Em meio a rezas e cânticos, são feitas pregações oportunistas, que
possessão e transe. E o mais relevante nisso tudo, é que esse tipo de prática religiosa,
Através dos meios de comunicação, bombardeia-se a sociedade com notícias sobre fatos
suficientemente atrativos para que os indivíduos tenham sua atenção desviada dos problemas
pessoas têm um limite de percepção e atenção e que, saturadas por um certo número de
informações que apelam para as emoções e sentimentos, não lhes sobra espaço nem tempo
para receber outras idéias. Grandes torneios desportivos, crimes cometidos com crueldade,
têm sido constantemente abordados para envolver os receptores em sua discussão e distraí-los
o real, dessa forma para autores como Bourdieu (1997) é uma “despolitização acirrada do
mundo com a exacerbação dos assuntos que não querem dizer nada, com a glorificação de
temas que possam agradar ao maior número possível de espectadores à corrida pelos índices
de audiência.” Uma prova disso foi o tão criticado tempo gasto com o nascimento da filha de
informações onde o que é justo ser falado e mostrado é o que vai trazer maiores índices,
fazendo com que assuntos que não iriam acrescentar em nada o grau de conhecimento do
público, como o caso de assédio sexual de Bill Clinton nos EUA ganhar grandes proporções
quando colocadas nas telas da televisão, e no Brasil infelizmente tornar fundamental nas telas
massa, como um dos aparelhos ideológicos do Estado (meios pelos quais o Estado se utiliza
momento em que fazem este trabalho eles podem incorrer em erros com a informação, como a
No momento atual em que vivemos, a guerra entre os EUA e o Iraque não poderia ser o
significado literário do termo “guerra” encontra-se longe do sentido abordado pelos meios de
comunicação de massa como a televisão. Antes da guerra com os EUA acontecer de fato, os
Segundo Eric Leser, do jornal francês Le Monde, "em muitos casos a dramatização é
exagerada e desnecessária (...) Vale tudo para manter a atenção do telespectador, e impedi-lo
Ocorria nos EUA uma guerra pela audiência entre CNN, Fox News e MSNBC na TV a
cabo; nos canais abertos a disputa se dava entre as redes ABC, NBC e CBS. Uma vez
classificar o conflito entre os EUA e o Iraque e que poderiam traduzir a imagem da guerra
"Guerra civil ou guerra intestina: a que se faz entre partidos ou grupos de um mesmo
povo".
Saddam Hussein lidera a minoria sunita, sofre oposição de grupos xiitas radicais e dos
curdos, povo que habita as áreas fronteiriças entre Iraque, Turquia e Irã.
"Guerra de nervos: Ato, atitude, notícia etc., com que se busca sobressaltar o adversário
Nas zonas de exclusão no sul (áreas que não podem ser sobrevoadas por caças e
em 31/1/2003 360 mil folhetos que convidam os iraquianos a ouvir transmissões da rádio das
outrem"
O embargo econômico a partir de resolução da ONU, após a Guerra do Golfo, conduziu o
Iraque à miséria. Crianças, mulheres e anciãos passam fome e a mortalidade infantil dobrou
em 10 anos. O programa Petróleo por Alimentos, aplicado pela ONU desde 1996, é apenas
"Guerra fria": Estado de tensão entre prováveis beligerantes, que buscam prejudicar-se
mutuamente por meio de quaisquer atos que não impliquem diretamente em declaração de
guerra"
"Guerra santa – 1. A que se fazia contra os infiéis, a pretexto de conquistar lugares santos.
"Guerra psicológica: Guerra que é levada a efeito mediante ações de natureza psicológica
O vice-presidente iraquiano Taha Yassin Ramadan disse em 1/2/2003 que serão realizados
atentados suicidas fora do Iraque se os Estados Unidos atacarem o país. "Os mártires, autores
dos atentados suicidas, são nossas novas armas e não vão agir apenas no Iraque. Os povos
árabes vão ajudar o povo iraquiano na luta por sua independência e liberdade. Será um
televisão. No primeiro caso, a guerra já existe; no segundo, desencadeia-se uma batalha pela
uma trilha sonora que culmina num acorde tenebroso. Embora tecnicamente avançadas, as
TVs a cabo, via satélite e seus respectivos sítios na internet paradoxalmente estabelecem
Por fim, espera-se que a sociedade aos poucos demonstre seu desprezo pelas práticas que
considera reprováveis, pois não há nada que possa ser dito sem que se tenha por trás uma
opinião, um juízo de valor. Portanto, os meios de comunicação nunca serão totalmente isentos
ao produzir a notícia. O que deve ser feito é promover, além da fundamental importância que
comunicação, e fazer com que a população busque cada vez mais o por quê de se acreditar
naquilo que os meios de comunicação querem que os indivíduos acreditem, para que só assim
os indivíduos possam realmente “enxergar”, desta vez com olhos desalienados, o verdadeiro
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Fontes,s.d.p.43.
Vozes, 1979.
BOURDIEU, Pierre. Sobre a Televisão. Rio de Janeiro, Jorge Zahar Ed., 1997.
SKINNER, B.F. Ciência e comportamento humano. 5a.edição São Paulo: Martins Fonte,
1981, p. 318.