Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
fenomenológica
e existencial
O que é o existencialismo?
Interesse pela existência humana, concreta e individual
Definição do ser humano como liberdade
Por sermos livres para escolhermos a cada momento, somos
responsáveis pelas nossas escolhas, a responsabilidade é
indissociável da existência humana
A liberdade e a responsabilidade tornam a angústia também
indissociável da existência humana
Somos livres para escolher sempre em determinadas situações
Sermos livres para escolher implica que há um projeto
O que é a fenomenologia?
Um novo modo de olhar as coisas
Um método
Descrever fenômenos
Despir-se de distrações, hábitos, ideias feitas, pressupostos e
clichês
Dedicar a atenção “às coisas mesmas”
Olhar de olhos bem abertos
Capturar as coisas exatamente como aparecem
Não como pensamos que supostamente seriam
O que é o existencialismo?
A relação entre o existencialismo e a fenomenologia está na busca
por descrever a experiência vivida, tal como ela se apresenta
Em contato com a experiência, vivendo-a tal como ela se apresenta,
podemos ter uma compreensão mais apropriada para vivermos
modos de vida mais autênticos
Voltar às coisas mesmas
O sabor de uma fruta
“O sabor de uma fruta está no contato da fruta com o paladar,
e não na fruta mesmo”
Clarice Lispector
O que são os fenômenos?
Qualquer coisa, objeto ou ocorrência comum
Qualquer coisa, objeto ou ocorrência comum tal como se apresenta
à minha experiência
Não como poderia ser, como deveria ser, como seria se...
Exemplo: xícara de café
Xícara de café
“O que é, então uma xícara de café? Posso definir a bebida em termos
da química e da botânica da planta, acrescentar resumidamente como
os grãos são cultivados e exportados, como são moídos, como a água
quente passa pelo pó e então esse líquido é vertido num recipiente de
determinado formato, para ser apresentado a um integrante da
espécie humana que o ingere oralmente.
Posso analisar o efeito da cafeína no corpo ou abordar o comércio
internacional do café.
Posso encher uma enciclopédia com esses fatos e ainda assim estarei
longe de dizer o que é esta xícara de café em particular, à minha
frente” (Bakewell, 2017, p. 39).
Xícara de café
“Por outro lado, se procedo ao inverso e invoco um leque de associações
puramente pessoais e sentimentais, isso tampouco me permite entender
essa xícara de café como um fenômeno imediatamente dado.
Em vez disso, essa xícara de café é um aroma rico, ao mesmo tempo
agreste e perfumado; é o movimento indolente de uma voluta de vapor
erguendo-se de sua superfície.
Quando o levo à boca, é um líquido que se move placidamente e um peso
dentro da xícara de bordas grossas em minha mão.
É um calor que se aproxima, então um intenso sabor carregado em minha
língua, começando com um impacto levemente austero e então se
distendendo num calor reconfortante, que se espalha da xícara para meu
corpo, trazendo a promessa de um estado duradouro de alerta e
revigoramento” (Bakewell, 2017, p. 40).
Xícara de café
“A promessa, as sensações antecipadas, o cheiro, a cor e
o sabor fazem, todos eles, parte do café como fenômeno.
Todos emergem ao serem experimentados”
(Bakewell, 2017, p. 40).
Redução fenomenológica
Entre parênteses
Deixar de lado as suposições abstratas
Deixar de lado as associações emocionais invasivas
Concentrar-se no fenômeno
Concentrar-se nas coisas tal como elas se apresentam
É real? – deixar de lado essa pergunta
Modo de acesso à experiência humana
Voltar sempre às coisas mesmas
Redução fenomenológica
“(...) é uma tarefa libertadora: devolve-nos o mundo em que vivemos.
Funciona extremamente bem com as coisas que, de modo geral, não
consideramos como matéria filosófica: uma bebidas, uma música
triste, um passeio de carro, um pôr do sol, uma sensação de
desconforto, uma caixa de fotografias, um momento de tédio.
Restaura o mundo pessoal em sua riqueza, que dispomos de acordo
com nossa própria perspectiva, mas que geralmente passa tão
despercebido quanto o ar”.
(Bakewell, 2017, p. 41)
Intencionalidade
* Nós somos aquilo sobre o que pensamos
* Toda consciência é consciência de alguma coisa
* Todo pensamento é pensamento sobre algo
* Todo sentimento é sentimento sobre algo
* Somos seres no mundo
Edmund Husserl
“Voltar às coisas mesmas”
Não perder tempo com interpretações
Não perder tempo perguntando se as coisas são reais
Olhe para a vida tal como ela se apresenta a você
Olhe para o momento com a máxima precisão possível
Reconexão entre filosofia e vida – tal como é vivida
Simone de Beauvoir
O segundo sexo: livro existencialista publicado em 1949
Análise das experiências, das escolhas de vida das mulheres e das
condições em que essas escolhas são feitas
Experiência, escolha, liberdade e autenticidade
Transformador escândalo
Simone de Beauvoir
“As memórias de Simone de Beauvoir
fazem dela uma das maiores cronistas
intelectuais do século XX, bem como uma
de suas fenomenólogas mais dedicadas.
Página a página, ela observa sua
experiência, expressa o espanto por estar
viva, presta atenção nas pessoas e se
entrega a seu apetite por tudo que
encontra” (Bakewell, 2017, p. 319).
“O que chamamos de vitalidade, de sensibilidade,
de inteligência, não são qualidades prontas, mas
uma maneira de se lançar no mundo e de desvelar
o ser” (p. 40).
“A pessoa não cria o mundo, ela só consegue
desvela-lo através das resistências que esse
mundo lhe impõe;
a vontade só se define suscitando obstáculos;
é por meio da contingência, da facticidade que
alguns obstáculos se deixam vencer, outros não”
(p. 29)
Jean-Paul Sartre
Jean-Paul Sartre
A liberdade está no cerne de toda experiência humana
A liberdade é a própria condição humana
Sou minha liberdade: nem mais nem menos
“Você é livre, portanto escolha. Isto é, invente!”
Liberdade: aleatoriedade, impulsividade, inconsequência?
Pode tudo?
Liberdade responsabilidade
Liberdade: difícil, desgastante, angustiante
Caminhos da liberdade
“Não existe um caminho traçado que leve a
pessoa à sua salvação;
a pessoa precisa inventar incessantemente
seu próprio caminho.
Mas, para inventá-lo, a pessoa é livre,
responsável, autêntica,
e todas as esperanças residem dentro de si”.
Tradução: “Tudo o que existe
nasce sem razão, persiste
vivendo pela fraqueza e morre
por acidente”
Tradução: “Apenas um ser que
era livre e que sabia que era
livre, sairia de seu caminho,
como todos(as) nós às vezes
fazemos, para fingir que não
foi livre”
Tradução: “Todos(as) nós
lembramos de situações em
que fizemos o que era possível
para tentar fazer com que
alguém tomasse decisão por
nós.
Apenas um ser que tem medo
da liberdade, e da
responsabilidade que a
liberdade traz consigo,
buscaria se comportar dessa
forma”.
Tradução: “Nossa liberdade está ligada ao fato de que
nós nunca podemos escapar da nossa consciência de
nós mesmos(as)”.
O ser e o nada
O que é o nada?
Encontro em um café
300 reais na carteira
Suco de laranja com gelo e sem açúcar
A consciência não é nada a não ser a sua
tendência de se dirigir para as coisas
Nada sou, portanto sou livre
O ser e o nada
Não sou literalmente nada, a não ser o que decido ser
Perceber a extensão da liberdade é um mergulho na angústia
Desconforto geral em relação à existência
Vertigem
Escolhas
Por que acordo?
O que acontece quando o despertador toca?
Escolhas
“Todos esses expedientes funcionam porque nos permitem fingir que
não somos livres. Sabemos muito bem que poderíamos reprogramar
ou desabilitar o despertador. Se não recorrêssemos a truques, teríamos
de lidar com todo o vasto campo de nossa liberdade a cada instante, o
que tornaria a vida extremamente complicada. Assim, costumamos
criar as mais variadas obrigações ao longo do dia”
(Bakewell, 2017, p. 151).
Má-fé
Para Sartre, mostramos má-fé sempre que nos representamos
como resultados passivos dos fatos ocorridos ou mesmo de
motivações ocultas que escapam ao nosso controle
Vivemos em má-fé a maior parte do tempo, porque é assim que a
vida é vivível
Em grande parte, a má-fé é inofensiva, mas pode ter consequências
graves
Escolhas
“Nunca tive um grande amor ou uma grande amizade, mas foi porque
nunca encontrei um homem ou uma mulher que fossem dignos disso;
se não escrevi nenhum grande livro, foi porque não tive tempo livre
para isso”
(Bakewell, 2017, p. 153).
Boa-fé
Temos a liberdade de escolhemos, sempre em determinadas
situações. É preciso assumir a responsabilidade.
Ninguém faz escolhas num campo totalmente aberto ou no vazio
Facticidade
Sem a significativa facticidade, minha liberdade seria uma
liberdade flutuante
Ser livre não significa agir de forma desimpedida ou aleatória
A situação não é um impedimento para minha liberdade, é
condição para ela
A liberdade é a nossa condição
Liberdade
“(...) a realidade humana encontra por toda parte
resistências e obstáculos que ela não criou; mas essas
resistências e obstáculos só têm sentido na e pela
livre escolha que a realidade humana é” (SARTRE,
1997, p. 602).
Situações factuais da liberdade
Meu lugar (ser aí)
Meu passado
Minhas pessoas próximas