CEF LÍNGUA PORTUGUESA – Textos explicativos/expositivos

TELEMÓVEL

A história do telemóvel é recente, mas remonta ao passado e às telas de cinema.

A mãe do telefone móvel é a austríaca Hedwig Kiesler (mais conhecida pelo nome
artístico Hedy Lamaar), uma actriz de Hollywood que protagonizou o clássico
Sansão e Dalila (1949). Hedy tinha tudo para se tornar celebridade, mas pela
inteligência. Ela foi casada com um austríaco nazi fabricante de armas. O que
sobrou de uma relação desgastante foi o interesse pela tecnologia.
Já nos Estados Unidos, durante a Segunda Guerra Mundial, ela soube que alguns
torpedos teleguiados da Marinha haviam sido interceptados por inimigos, ficou
intrigada com isso, e teve a idéia: um sistema no qual duas pessoas podiam
comunicar-se mudando o canal, para que a conversa não fosse interrompida.
Estava lançada a base dos telemóveis, patenteada em 1940.

http://www.canalkids.com.br/tecnologia/invencoes/ curiosidades.htm

O TECTO DO MUNDO

Durante séculos, o Everest, a montanha mais alta do mundo, foi uma fortaleza
inacessível. Todavia, durante o século XX, várias expedições de alpinistas têm
demonstrado que o Everest não é inacessível.
No ano de 1924, os alpinistas britânicos Mallry e Irvine conseguiram aproximar-se a
menos de 300 metros do cume da montanha mais alta dos Himalaias. Quase 30 anos
depois, em 29 de maio de 1953, o neozelandês Edmund Hillary e o nativo Tensing
tornaram-se os primeiros homens que colocaram os seus pés sobre o cume do
Everest. Desde esse momento sucederam-se as expedições e, no ano de 1975, a
japonesa Junko Tabei tornou-se a primeira mulher a chegar ao chamado “tecto do
mundo”.
Três anos mais tarde, o italiano Messner e o austríaco Habeler realizaram a
primeira subida sem a ajuda de oxigênio artificial, elemento até então
indispensável em todas as expedições.
Em 1990, novamente o italiano Messner realiza uma grande façanha: a primeira
escalada do Everest sozinho, sem oxigênio artificial e apenas com material de
apoio.
O homem ultrapassa assim os seus limites e ultrapassa barreiras que se julgavam
intransponíveis. O Everest pode ser um símbolo de todas as missões impossíveis
com que o ser humano já se deparou e que acabou por conseguir cumprir com
sucesso.
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A BORRACHA

A borracha natural é um material elástico. Isto quer dizer que se a apertarmos,

dobrarmos ou esticarmos, ela volta sempre à sua forma natural. Além disso é um
material muito resistente, não se rompe facilmente.
As qualidades enunciadas fizeram com que a borracha natural se tornasse no
passado no material ideal para a fabricação de pneus.
A borracha natural é fabricada a partir de uma substância chamada látex. O látex é
um líquido branco que sai do tronco de uma árvore chamada Hevea brasiliensis.
Para extraí-lo faz-se um corte no tronco e coloca-se uma vasilha para onde cai o
líquido de gota em gota. A principal região produtora da borracha natural da
actualidade é a Malásia, no continente asiático.
A borracha natural era antes utilizada para fabricar os pneus dos primeiros
automóveis, hoje é utilizada para fabricar alguns tipos de solas de sapatos,
chupetas e bicos de biberões, luvas cirúrgicas entre vários outros usos. É muito útil.
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OURO
Desde a antiguidade o ouro tem despertado o interesse das pessoas pela sua beleza
e pelo seu valor.
Antigamente o ouro era utilizado como forma de pagamento em muitas situações,
porém existe um material que à primeira vista é tão semelhante ao ouro que pode
chegar a confundir-nos: a pirita.
O ouro e a pirita parecem-se tanto na cor como no brilho. Ambos têm uma
tonalidade amarelada e um brilho intenso, confundindo-nos com facilidade.
Uma placa de pirita bem polida pode ser tão bonita como uma lâmina de ouro
puro. Isso é o que demonstram as placas brilhantes de piritas que foram
encontradas em alguns túmulos dos antigos Incas. No entanto, o ouro e a pirita
diferenciam-se pelo seu peso e dureza. O ouro é um material muito pesado, mas
em contraposição é menos duro. Já a pirita é menos pesada, porém mais dura que
o ouro. Graças a esse aspecto, os antigos exploradores de ouro não se
deslumbravam pela aparência enganosa de uma pirita.
Uma das formas de distinguir a pirita do ouro é imitar as personagens dos velhos
filmes westerns, que trincavam o metal para testar a sua dureza e autenticidade.
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UMA BELA TACADA

Numa época em que o bilhar tinha grande sucesso, o químico americano Jonh
Wesley Hyatt (1837-1920) queria inventar alguma coisa para ganhar dinheiro.
Pensou, então, em criar bolas de bilhar baratas.
O jogo estava em alta, mas na altura as bolas de marfim eram tremendamente
caras. Hyatt passou cinco anos a pesquisar até que, em 1870, chegou a um material
que, aquecido, podia ser moldado na forma de bolas. Esse material era composto à
base de nitrato de celulose, polpa de papel, serradura, álcool e cânfora. Só havia
um problema: o nitrato de celulose, um dos componentes da dinamite, provocava
tacadas explosivas.
Não aconteceu nenhum acidente sério mas, mesmo assim, Hyatt foi ridicularizado
nos jornais americanos. Não se deixou abater. Pelo sim, pelo não patenteou sua
invenção com o nome de celulóide.
O material serviu para a fabricação de filmes, embalagens e canetas, abrindo o
caminho para o desenvolvimento da indústria de plásticos. Hyatt morreu
milionário.

O ORIENTE MÉDIO É UMA BACIA CHEIA DE PETRÓLEO

Os países do Médio Oriente possuem subsolos riquíssimos em petróleo.
Naquela região uma série de factores favoreceu a formação de vastos lençóis,
principalmente a estrutura do solo e o clima seco. “A Península Arábica é um
fragmento do continente africano que migrou para o norte, há 25 milhões de anos,
chocando com a Ásia”, recapitula o geólogo Peter Sztimari, da Petrobrás, no Rio de
Janeiro. A placa de solo sobre a qual a Arábia assenta continua a colidir com a
placa eurasiana, onde estão o Iraque e o Irão.
Esse movimento provoca “dobras” nas camadas do subsolo, criando “vãos” onde o
óleo se acumula até 3 quilómetros abaixo do chão, beneficiando países como a
Arábia Saudita, o Kuwait, o Irão e o Iraque. Em geral, a existência dessas dobras é
uma condição para que se formem grandes lençóis de óleo.
Além disso, outros factores ajudaram a enriquecer o subsolo do Médio Oriente.
Uma grande quantidade de sedimentos formados por erosão acumulou-se por toda
a região, soterrando uma imensa quantidade de material orgânico que,
decomposto, virou petróleo. E mais: toda a área é rica em sal, que forma uma capa
protectora na superfície, impedindo a água de penetrar no solo e contaminar o
óleo.
“A secura é outra vantagem. Há pouca chuva para derreter o sal e invadir os
reservatórios”, conclui Szatimari.
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PAPAGAIOS DE PAPEL
Pipa, papagaio de papel ou quadrado. O nome pode até ser diferente, mas o
brinquedo é sempre o mesmo – um pedaço de papel, varetas de bambu, cola e
linha.
De certeza que os nossos antecessores já brincaram com papagaios de papel e
ensinaram os seus filhos e netos a construi-los. Infelizmente, um brinquedo que já
proporcionou alegrias para milhares de adultos e crianças está a transformar-se
numa arma capaz de magoar ou até mesmo matar uma pessoa. Isto acontece
porque alguns adultos e crianças insistem em usar cerol, uma pasta feita com cola
de madeira e vidro moído na linha.
Quem usa este tipo de artifício acredita que é divertido cortar a linha da do
papagaio dos outros, justificando que “papagaio de papel no céu não tem dono”. O
problema é que muitas vezes a “brincadeira” termina mal. Segundo o promotor
Maurício Ribeiro Lopes, quatro pessoas morreram em 1996 devido a acidentes com
cerol.
Este ano, até Fevereiro, duas pessoas haviam sido feridas com essas linhas. Em
geral, as vítimas são motards que têm o seu pescoço gravemente ferido pelas linhas
cortantes.
“Além de ferir e até matar outras pessoas, as crianças que usam linhas com cerol
acabam por cortar as próprias mãos, algumas chegam até mesmo a perder parte
dos dedos”, adverte o promotor. Para ele, é importante que as crianças saibam que
usar cerol pode ser muito perigoso para elas e para os outros.
Revista Zá Ano 1 nº 08, Março de 1997

A GIRAFA
A girafa é o mais alto de todos os animais. Os machos adultos podem alcançar
aproximadamente 5m de altura em razão das pernas que têm 1,8m de
comprimento e do pescoço, que pode ser até mais comprido.
Este mamífero pesa aproximadamente 900 Kg e vive em África, a sul e a leste, em
áreas secas de savanas, onde pode encontrar grande quantidade de acácias e
arbustos que são sua principal fonte de alimentação. A girafa alimenta-se como a
vaca, rumina o bolo alimentar que é a comida contida no estômago que volta à
boca para uma segunda mastigação.
Existe apenas uma espécie de girafa, variando no desenho da pelagem, na riqueza
das cores e larguras das linhas. A pelagem tem manchas semelhantes a retalho de
cor amarelo acastanhado ou pardo acastanhado, tonalidades que ajudam a girafa a
proteger-se, por se tornar difícil de ser avistada. Possui dois pequenos chifres
cobertos de pele e pêlos e pode fechar completamente as narinas para evitar a

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entrada de poeira e areia. Usa o lábio superior e a língua, que tem mais de 40 cm
de comprimento, para colher seu alimento. Possui ainda uma excelente visão e
audição e raramente usa sua voz que pode emitir uma grande variedade de sons.
A gestação da girafa dura de 14 a 15 meses até ao nascimento da cria. Só pode dar
à luz apenas a uma cria de cada vez, em raros casos, gémeos. Ao nascer, o filhote
pode alcançar cerca de 1.80m de altura e pesar quase 70Kg.
A girafa geralmente dorme em pé, mas quando se deita mantém o pescoço erguido.
É um animal muito veloz, podendo galopar a cerca de 50 quilómetros por hora e
reúne-se em pequenos bandos, vivendo geralmente cerca de 15 a 20 anos. O macho
mais alto domina o rebanho.
Ao longo do tempo, a acção do Homem foi reduzindo o número de girafas ao caçá-
las e ao transformar os campos onde elas viviam em fazendas.
Enciclopédia Delta Universal Vol. 7

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Você vai ler um texto expositivo. Observe alguns tipos de medo muito intensos.

Você tem medo de quê?

Quem nunca sentiu medo diante de uma barata, na fila da montanha-russa ou

assistindo a um filme de terror na televisão? Ou, ainda, de escuro ou de dormir
sozinho?
O medo é uma emoção produzida pelo cérebro para nos deixar alertas e mais
cuidadosos diante de situações que podem nos oferecer perigo. Quando o medo é
muito intenso, persistente e difícil de ser controlado, é chamado de fobia.
Conheça alguns tipos de fobia:
⦁ acrofobia - medo doentio de altura;
⦁ agorafobia - medo anormal de ficar em grandes espaços abertos e lugares públicos
com muita gente;
⦁ aracnofobia - medo de aranhas;
⦁ astrofobia - sentimento de pavor aos trovões e relâmpagos;
⦁ cinofobia - medo anormal de cães;
⦁ dextrofobia - medo dos objetos colocados à direita das pessoas;
⦁ elurofobia - medo ou aversão a gatos;
⦁ fobia social - medo de enfrentar situações sociais e relacionamentos;
⦁ fobofobia - medo dos próprios medos;
⦁ hipnofobia - medo de dormir ou pavor durante o sono;
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⦁ musicofobia - aversão a música;

⦁ ofidiofobia - medo de cobras;
⦁ sitiofobia - recusa absoluta de alimento.
Ter medo ou desconforto diante de certos animais ou em determinadas ocasiões é
natural. O problema é quando esse medo impede as pessoas de levar uma vida normal.
Quando isso acontece, é hora de procurar um médico.

Fonte: Revista Superinteressante, ed. 157.

O texto expositivo apresenta ideias ou informações sobre determinado assunto com

linguagem clara e objetiva.
Assim como outros tipos de texto, o expositivo também pode ser organizado de forma
que apresente primeiro a ideia principal (tema), depois o desenvolvimento detalhado
dessa ideia e, finalmente, a conclusão.

1. O título Você tem medo de quê? informa o tema que será exposto. Sobre o que trata
o texto?

2. Esse texto é composto de quantos parágrafos?

3. No primeiro parágrafo está a apresentação da ideia principal informada no título.

Ele se inicia com algumas perguntas. Qual é o objetivo do autor ao usar esse recurso?

a) Provocar surpresa no leitor.

b) Despertar curiosidade no leitor.
c) Causar medo no leitor.
d) Desviar a atenção do leitor para outro assunto.

4. O segundo parágrafo inicia o desenvolvimento da ideia principal. Qual é a ideia

mais importante desse parágrafo?

5. O terceiro parágrafo apresenta uma lista de tipos de fobia.

a) Lendo apenas o começo do terceiro parágrafo é possível saber quantas fobias serão
apresentadas?
b) Quando é possível obter essa informação?
c) Quantas fobias são enumeradas nessa lista?

6. Localize o parágrafo que apresenta a conclusão da ideia principal.

a) Que parágrafo é esse?
b) Qual é a informação mais importante da conclusão?

Gabarito

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1. O texto fala sobre os tipos de medos que as pessoas sentem.

2. É composto por quatro parágrafos.

3. Alternativa b: Despertar curiosidade no leitor.

4. O medo é importante para que as pessoas fiquem alertas nas situações de perigo.
Quando é muito intenso e descontrolado, esse medo passa a ser chamado de fobia.

5.
a) Não.
b) Depois da leitura de todo o terceiro parágrafo.
c) Treze fobias.

6.
a) O quarto parágrafo.
b) Sentir medo é natural, mas isso não pode impedir as pessoas de ter uma vida
normal.