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13) MODELO DE PETIÇÃO – AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO DE

PATERNIDADE

EXCELENTÍSSIMO JUIZ DE DIREITO DA ___a VARA DE FAMÍLIA E SUCESSÕES DO FORO DA


COMARCA DE (domicílio do réu – regra geral, CPC/2015, art. 46)

NIZETE (sobrenome), solteira, do lar, portadora do RG (número) e do CPF


(número), usuária do endereço eletrônico (e-mail), residente e domiciliada nesta cidade,
em (endereço), vem, respeitosamente, por seu advogado (mandato anexo), ajuizar a
presente

AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE


PELO PROCEDIMENTO ESPECIAL DAS AÇÕES DE FAMÍLIA

em face de ELEUTÉRIO SAMPAIO COTRIM, casado, aposentado, portador do RG (número)


e do CPF (número), usuário do endereço eletrônico (e-mail), residente e domiciliado
nesta comarca, em (endereço), com fundamento nos arts. 26 e 27 da Lei 8.069/90, na
Lei 8.560/92 e nos arts. 1.607 e seguintes do Código Civil, pelos fundamentos fáticos e
jurídicos a seguir expostos.

I – DOS FATOS

A autora nasceu em 10 de outubro de 1997 e foi registrada unicamente pela mãe,


Sandrine (sobrenome), falecida em 27 de setembro de 2015 (doc. 3), sendo declarado
desconhecido o pai, segundo certidão de nascimento anexa (doc. 2). A autora foi criada
sem nenhuma informação a respeito de quem era seu pai.
Sua madrinha, a senhora Saraellen (sobrenome), amiga de infância da genitora
falecida, informou-lhe apenas recentemente a identidade de seu pai. A mãe da autora e
o réu mantiveram, secretamente, relacionamento amoroso pelo período de um ano e
meio, segundo atestam as cartas anexas a esta petição (docs. 5-10); esse fato pode
também ser comprovado por pessoas que os conheceram à época.
A autora procurou o réu tão logo soube de sua ascendência, mas foi
imediatamente rechaçada por ele sob a alegação de que intentava mero enriquecimento
às suas custas e que, idoso, não ia permitir ter seu patrimônio dilapidado.
Tendo procurado auxílio jurídico, a autora buscou resolver o problema
amigavelmente, convidando o réu para uma sessão de mediação, conforme comprovam
os três telegramas anexos (doc. 11-13); como não obteve resposta, não lhe resta outra
via senão o socorro ao Poder Judiciário.

II – DO DIREITO

Assiste à autora o direito a ter reconhecido seu vínculo de filiação para com o réu.
Afinal, segundo o art. 27 da Lei 8.069/90, “o reconhecimento do estado de filiação é
direito personalíssimo, indisponível e imprescritível”.
É pacífico hoje, na doutrina e na jurisprudência pátrias, o reconhecimento de que o
conhecimento da origem genética integra o rol dos direitos da personalidade. Em
precedente relevante da lavra da Ministra Nancy Andrighi, ficou assentado que:

Os direitos da personalidade, entre eles o direito ao nome e ao


conhecimento da origem genética são inalienáveis, vitalícios,
intransmissíveis, extrapatrimoniais, irrenunciáveis, imprescritíveis e
oponíveis erga omnes. (...) O direito à busca da ancestralidade é
personalíssimo e, dessa forma, possui tutela jurídica integral e especial,
nos moldes dos arts. 5º e 226, da CF/88. (STJ, REsp 807.849/RJ, 2a Seção,
Rel. Min. Nancy Andrighi, j. 24 mar. 2010, DJ 06 ago. 2010.)

Na hipótese dos autos, há subsídios concretos que demonstram o relacionamento


do réu com a genitora da autora. Além disso, quando procurado, o réu não recusou ter se
relacionado com Sandrine nem ser pai da autora: ele apenas a rechaçou afirmando que
ela buscaria “lucro fácil” e afirmando que sua família jamais aceitaria a filha de uma
faxineira.
Será essencial a prova do vínculo genético para atestar o liame biológico entre as
partes.
A autora infelizmente jamais contou com uma figura paterna, não tendo em seu
registro a indicação de um pai registral nem uma pessoa com quem tenha desenvolvido
um vínculo socioafetivo.

III – DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS

Pelo exposto, pede e requer a autora:

a) a procedência integral do pedido, para declarar que a autora é filha do réu, com
a consequente retificação do registro civil da autora, devendo constar de sua certidão de
nascimento ser filha do Sr. Eleutério Sampaio Cotrim;
b) a citação do réu por oficial de justiça para comparecer à audiência de mediação
a ser designada por esse juízo;
c) a produção de prova documental, testemunhal e especialmente pericial (exame
de DNA), além do depoimento pessoal do réu;
d) que o processo corra em segredo de justiça (CPC, art. 189, II).

Dá-se à causa o valor de R$ 1.000,00 (mil reais) para fins de distribuição.

Termos em que pede deferimento.

Cidade, data, assinatura, OAB.

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