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A PERSEVERANÇA DOS SANTOS

Carlos Kleber Maia1

“O crente verdadeiro pode perder a salvação? ”. Há frequentemente dois erros acerca da


segurança da salvação: Alguns não têm confiança na sua salvação e vivem com medo e
desespero; outros têm excessiva confiança na sua salvação, ignorando a necessidade de
vigiar e afastar-se do pecado.

Somos salvos pela fé em Jesus

Jesus mandou anunciar o evangelho a todos, e garantiu que todos os que cressem seriam
salvos (Mc 16.15,16; Jo 3.16; Rm 10.9; 1.16,17).
Cristo morreu por todos (Hb 2.9) e quer salvar a todos (Tt 2.11;1Tm 2.4;2Pe 3.9; Ez 18.23).
O Espírito Santo habita em nós, dá testemunho da nossa filiação divina e combate contra
a carne (Rm 8.15,16; 1 Jo 3.24; Gl 4.6; 5.17).
A segurança da salvação repousa sobre a confiança na obra de Cristo e do Espírito Santo
em nosso favor.

Pela fé somos preservados

Deus é quem toma a iniciativa de salvar o homem, e fornece os meios necessários para
que isto se realize definitivamente.
O poder de Deus é suficiente para nos guardar de cair (Jd 24; 1 Pe 1.5; Rm 14.4; 16.25-27;
2 Tm 4.18; Jo 6.39).
Ninguém pode nos afastar de Cristo (Jo 10.27-30) contra nossa vontade, desde que nós
continuemos a segui-lo (Jo 17.12; At 1.25).
Deus ampara o crente até o fim, mas há condições para o homem cumprir (1 Co 10.12).

As declarações de Jacó Armínio a respeito da perseverança dos santos:

“Meu sentimento a respeito da perseverança dos santos é que as pessoas que foram
enxertadas em Cristo, pela fé verdadeira, e assim têm se tornado participantes de seu
precioso Espírito vivificador, dispõem de poderes suficientes [ou] forças para lutar contra
Satanás, contra o pecado, contra o mundo e a sua própria carne, e para obter a vitória
sobre esses inimigos, mas não sem a ajuda da graça do mesmo Espírito Santo. ” Jacó
Armínio (As Obras de Armínio, vol. 1, p. 232).
“No início da fé em Cristo e da conversão a Deus, o fiel se torna um membro vivo de Cristo.
Se ele perseverar na fé de Cristo, e mantiver uma boa consciência, permanecerá como um
membro vivo. Mas se ele se tornar indolente, se não tiver cuidado consigo mesmo, se der
lugar ao pecado, ele se torna passo a passo, meio-morto. E, prosseguindo desta maneira,
por fim, ele morre inteiramente e deixa de ser um membro de Cristo. ” Armínio (As Obras
de Armínio, vol. 3, p. 472,473).

Devemos perseverar na fé

Os crentes têm a responsabilidade de perseverarem na fé e na justiça (Jo 8.31; At 11.23;


14.22; Hb 10.38; 1 Jo 2.24).
O crente deve persistir até o fim em seguir a Cristo (2 Tm 2.10-12; Hb 10.35,36; Mt 10.22).
É necessário permanecer firmes na fé para alcançar a salvação (Rm 11.19-22; Cl 1.21-23).

1
Mestrando em Teologia (FABAPAR) e Pós-graduado em Teologia do Novo Testamento Aplicada (FTBP), pastor da
Igreja Assembleia de Deus no RN. E-mail: ckmaia@hotmail.com.
2

O crente verdadeiro não perde a salvação, mas deve ter cuidado para não perder a fé. A
salvação é pela fé; seu abandono leva à apostasia (Hb 3.12-14).
A posse da vida eterna está condicionada a uma atitude persistente de confiança na pessoa
e na fonte da vida eterna – Jesus.
O crente deve permanecer em Cristo (1 Jo 2.24,25; Hb 2.1,3; Jo 15.4,5). Se alguém não
permanecer em Cristo, o resultado será trágico (Jo 15.6).
O sangue de Jesus garante a remissão dos pecados, mas não é permissão para pecar (Is
59.1,2). A prática do pecado leva ao amor ao mundo e à consequente rejeição de Cristo.

O pecado e suas causas

O teólogo Armínio aponta 4 causas que podem levar o homem a pecar (v1, p. 441):
a) Pecado por ignorância ocorre quando “um homem faz algo que ele não tem ciência de
que seja um pecado”. Assim Paulo perseguiu a igreja (1 Tm 1.13). Adão não pecou por
esta causa, pois ele sabia da ordem divina de não comer do fruto. A ignorância não
absolve o pecador (Lc 12.48).
b) O pecado por fraqueza ocorre quando, por medo ou “através de qualquer outra
veemente paixão e perturbação mental, ele comete qualquer ofensa”. Desta forma,
Pedro negou a Cristo (Mt 26.69-75; Jo 18.15-18; 25-27), como também Davi buscou
destruir Nabal e seus servos (1 Sm 25.13,21).
c) Um pecado por negligência ocorre quando um homem é surpreendido por um pecado,
“que o cerca e o envolve antes que ele possa refletir quanto à ação” (Gl 6.1; Hb 12.1).
Assim, Paulo falou contra Ananias, o sumo-sacerdote (At 23.3).
d) Pecado por malignidade ocorre quando “qualquer coisa é cometida com uma
determinada intenção, e com conselho deliberado”. Assim, Judas entregou a Cristo (Mt
26.14-16) e Davi tramou contra Urias (2 Sm 11.15). Este é o pecado em que o homem,
apesar de saber a vontade de Deus e ter condição de cumpri-la, escolhe desobedecer
e planeja fazer isto, pois vê vantagens no pecado (Jo 3.19). Aquele que conhece o
mandamento e insiste em não o cumprir traz irremediável condenação sobre si (Hb
10.26-29; Jo 9.41; 15.22-24).

O pecado não é normal para o crente, mas pecamos por termos a inclinação para o mal (a
carne), as nossas limitações, e a falta de conhecimento ou força na hora da tentação.
Os pecados tidos como falhas comuns não vão tirar do crente a sua segurança em Cristo.
Se fôssemos salvos por ter uma vida imaculada, a salvação seria pelas obras, e não por fé.
Aquele que pecar tem a certeza de alcançar o perdão, quando confessa seus pecados a
Cristo (1 Jo 1.9-2.1-5). O Espírito Santo convence-nos de pecado e nos leva ao
arrependimento.
“Segundo a Palavra de Deus, perdemos a salvação: 1) quando apostatamos e não voltamos
atrás, 2) quando cometemos o pecado de blasfêmia contra o Espírito Santo e 3) quando
perdemos a fé em Jesus e sua graça, ou seja, quando simplesmente não há mais fé.” Silas
Daniel (Arminianismo, A Mecânica da Salvação, CPAD, p. 458,459).

Conclusão

Podemos ter certeza da nossa salvação, pela fé na obra divina por nós. Cristo morreu por
nós, o Espírito Santo nos capacita a sermos santos e o poder de Deus nos guarda de cair.
Porém, se o crente se afastar de Cristo e negar a fé, se viver voluntariamente no pecado
continuado, deixa de ser crente e passa a ser um infiel, para quem a salvação não é
assegurada.
Soli Deo Gloria!
3

REFERÊNCIAS

ARMINIO, Jacó. As Obras de Armínio. 3 volumes. Rio de Janeiro: CPAD, 2015.


DANIEL, Silas. Arminianismo, A Mecânica da Salvação: Uma exposição histórica, doutrinária e exegética
sobre a graça de Deus e a responsabilidade humana. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.
PFLAUM, Johannes. Salvo! Verdade?: Questões sobre a certeza da salvação. Porto Alegre: Actual Edições,
2015.
PICIRILLI, Robert R. Graça, Fé e Livre Arbítrio – visões contrastantes da salvação: calvinismo e arminianismo.
São Paulo: Reflexão, 2017.
PINNOCK, Clark H.; WAGNER, John D. Graça para Todos: a dinâmica arminiana da salvação. São Paulo:
Reflexão, 2016.
SHANK, Robert. Vida no Filho: Um estudo sobre a doutrina da perseverança. São Paulo: Reflexão, 2016.
STANGLIN, Keith D. Perseverança dos Santos. Coleção Arminianismo. São Paulo: Reflexão, 2016.

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