Вы находитесь на странице: 1из 5

EXCELENTÍSSIMO SENHOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL

FEDERAL

DIRETÓRIO NACIONAL DO PARTIDO POLÍTICO X, partido político com


representação no Congresso Nacional, devidamente registrado perante a Justiça
Eleitoral, inscrito no CNPJ sob o nº..., com sede a..., bairro, Cidade.../UF, CEP: ..., e-
mail ..., representado, na forma do seu Estatuto Social, por seu Presidente..., vem à
presença de Vossa Excelência, por intermédio de seus advogados infra-assinados,
com instrumento procuratório específico incluso e endereço para intimações no
endereço...,n°..., bairro, cidade../UF..., CEP..., propor

AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE COM PEDIDO DE TUTELA


DE URGÊNCIA

Objetivando:

A) a declaração de constitucionalidade dos artigo 1.511, 1.514,1.517, 1.565,


1.723 e 1.727 da Lei n° 10.406 de 10 de Janeiro de 2002, reconhecendo-se
também a legitimidade constitucional da recente opção do legislador
(veiculada na Lei nº 15.555) a qual a assegura a igualdade jurídica entre
aquelas uniões e as demais.

B) subsidiariamente, a declaração de que o artigo 1.517 do Código Civil, “ Pelo


casamento, ambos os cônjuges assumem mutuamente a condição de
consortes, companheiros e responsáveis pelos encargos da família, até que
cumpram as providências que venham a ser fixadas pelo Supremo Tribunal
Federal;
C) subsidiariamente, a realização de uma nova interpretação ao dispositivo da
Constituição do artigo 226 § 3° da CF/88, para se determinar que, seja
reconhecida a igualdade jurídica entre as demais uniões.
D) subsidiariamente seja declarado constitucional a partilha de bens havidos
durante a existência da união; o direito à sucessão; o direito a alimentos; o
visto de permanência no Brasil para estrangeiro que vivia em união estável
com brasileiro; o direito de inscrição junto ao INSS das pessoas do mesmo
sexo como parceiros preferenciais; o direito ao usufruto; a possibilidade de
adoção por casais homossexuais; o direito à guarda de crianças; determinar a
competência da Vara de Família para examinar as questões que envolvam
sociedade de fato de pessoas do mesmo sexo, que envolvam relações de
afeto.
E) O reconhecimento da união estável homoafetiva onde poderá ser declarada
por ação meramente declaratória, em casos de ausência de litígio

I. DA TUTELA DE URGÊNCIA

A presente ação tem como escopo assegurar a constitucionalidade da Lei Federal n°


15.555, reconhecendo de imediato o igualdade jurídica entre todas as uniões de
todos os sexos, reconhecendo ainda que todas as regras asseguradas ao casamento e
a união estável sejam aplicadas as uniões homoafetivas.
A antecipação da tutela com fundamento no artigo 300[1] do Código de Processo
Civil para o reconhecimento da Lei 15.555, é de extrema importância.
No caso, verifica-se a probabilidade do direito, bem como perigo de dano de difícil
reparação/ risco ao resultado pretendido.

II - ASPECTOS PROCESSUAIS: LEGITIMIDADE, OBJETO E CABIMENTO


II. 1. LEGITIMIDADE ATIVA DO AUTOR.
1. A Constituição Federal prevê que os partidos políticos com representação no
Congresso Nacional podem propor ação declaratória de constitucionalidade (art.
103, inciso VIII). Os partidos políticos são considerados pela jurisprudência do
Supremo Tribunal Federais legitimados universais, podendo discutir a
constitucionalidade de qualquer ato normativo sem que se lhe exijam a
demonstração de liame entre os objetivos partidários e o pedido deduzido no
âmbito da ação de controle de constitucionalidade.
2. Como o autor postula, de modo subsidiário, o conhecimento da presente ação
como arguição de descumprimento de preceito fundamental, cumpre enfatizar que a
lei n. 9.882/99, ao regulamentar a ADPF, definiu que são legitimados para propô-la
os mesmos legitimados para a ação direta de inconstitucionalidade (art. 2o , I), de
modo que o partido político também possui legitimidade ativa para o seu
ajuizamento (art. 103, inciso VIII). 3. A comprovação da representação parlamentar
encontra-se anexa.
III. 2. OBJETO DA ADC. DISPOSITIVO LEGAL QUESTIONADO. A REDAÇÃO DA LEI
FEDERAL 15.555
4. A lei n° 15.555, cuja declaração de constitucionalidade ora se requer, possui a
seguinte redação: “Assegurar a igualdade jurídica entre às uniões homoafetivas,
assegurando sua igualdade jurídica”.
5. O art. 102, I, a, da Constituição Federal, dispõe que compete ao Supremo Tribunal
Federal “processar e julgar, originariamente, a ação direta de inconstitucionalidade
de lei ou ato normativo federal e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou
ato normativo federal”. A redação nova redação dada aos artigos1.511, 1.514,1.517,
1.565, 1.723 e 1.727 da Lei n° 10.406 de 10 de Janeiro de 2002 e também da nova
Lei sancionada n° 15.555. Como se trata de Lei Federal editada posteriormente à
Constituição de 1988, e o pedido é de declaração de constitucionalidade, a ADC é a
ação cabível dentre as que integram o sistema de controle concentrado de
constitucionalidade.

IV. CUMULAÇÃO DE PEDIDOS DE DECLARAÇÃO DE CONSTITUCIONALIDADE E


DE RECEPÇÃO DA LEI 15.555. PEDIDO SUBSIDIÁRIO. RECEBIMENTO DA
PRESENTE AÇÃO;

a) Como acima consignado, além do pedido principal formulado na presente


ADC, qual seja de declaração da constitucionalidade da Lei n° 15.555,
tendo em vista a relevância para a análise global da questão, formula-se
também pedido subsidiário de interpretação conforme a Constituição do
artigo 226 da Constituição Federal. Contudo, uma vez que a vigência de
tal preceito antecede a presente ordem constitucional, não se desconhece
que o instrumento adequado para veicular tal requerimento seria a
Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental – ADPF.
b) Podemos verificar grandes avanços, principalmente, nas decisões dos
Tribunais do Rio Grande do Sul que vêm garantindo o reconhecimento dos direitos
de casais homossexuais.

O reconhecimento de direitos previdenciários ao companheiro homossexual, como


pensão por morte e auxílio-reclusão, nos termos das Instruções Normativas sob os
n°s. 25/00 e 50/01 do INSS foram baseadas em decisão na Ação Civil Pública sob o
n°. 2000.71.00.009347, conforme os dizeres do Ministro Marco Aurélio, verbis:

"Constitui objetivo fundamental da República do Brasil promover o


bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e
quaisquer outras formas de discriminação (inciso IV do artigo 3° da
Carta Federal). Vale dizer, impossível é interpretar o arcabouço
normativo de maneira a chegar-se a enfoque que contrarie esse
princípio basilar, agasalhando-se preconceito constitucionalmente
vedado. O tema foi bem explorado na sentença (folha 351 à 423),
ressaltando o Juízo a inviabilidade de adotar-se interpretação isolada
em relação ao artigo 226, §3°, também do Diploma Maior, no que revela
o reconhecimento da união estável entre o homem e a mulher como
entidade familiar. Considerou-se, mais, a impossibilidade de à luz do
artigo 5° da Lei Máxima, distinguir-se ante a opção sexual. Levou-se em
conta o fato de o sistema da Previdência Social ser contributivo,
prevendo a Constituição o direito à pensão por morte do segurado,
homem ou mulher, não só o cônjuge, como também ao companheiro,
sem distinção quanto ao sexo, e dependentes – inciso V, do artigo 201".

V– MÉRITO. FUNDAMENTOS JURÍDICOS

1. O judiciário passou a emprestar juridicidade às relações afetivas


estruturantes do convívio entre duas pessoas do mesmo sexo.

Para Rodrigo da Cunha Pereira, verbis:

"O art. 4° da lei de Introdução ao Código Civil que vigora para o CCB 2002 permite o
uso da analogia, costumes e princípios gerais do Direito. Por isso deve-se recorrer a
uma hermenêutica analógica à união estável, de modo que os efeitos pessoais e
patrimoniais sejam aplicados, também, às uniões homoafetivas. (...) Num cotejo
entre os princípios da igualdade e da liberdade individual, tem-se como resultado a
norma fundamental da isonomia, que garante o tratamento de uma relação
configuradora de entidade familiar, constituída por homossexuais de forma
semelhante à união estável." [2]

2. A mesma analogia pode ser feita analisando a Declaração Universal dos


Direitos Humanos, de 1948, em seu art. 2°, I, quando destaca o termo "qualquer
outra condição" como princípio informador de isonomia, verbis:

“Todo homem tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidas


nesta Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua,
religião, opinião pública ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza,
nascimento ou qualquer outra condição".
3. O Princípio de Igualdade presente no Art. 5º da Constituição Federal de 1988,
a jurisprudência traz decisões favoráveis a novas definições de família, que a união
estável homoafetiva, que por analogia é reconhecida como família ainda que não
expressa na Constituição Federal.
VI – PEDIDOS
a) o conhecimento da presente ADC;
b) a notificação do Exmo. Sr. Procurador-Geral da República para que emita o
seu Parecer;
c) a procedência, quando ao seu mérito, da presente Ação, para que o STF
promova: 1) a declaração de constitucionalidade da Lei 15.555, reconhecendo-se a
legitimidade constitucional da mesma. Pois conforme preceitua o Princípio de
Igualdade presente no Art. 5º da Constituição Federal de 1988, a jurisprudência traz
decisões favoráveis a novas definições de família, que a união estável homoafetiva,
que por analogia é reconhecida como família ainda que não expressa na Constituição
Federal.

Nestes termos, pede deferimento.

Data...

Cidade... UF...

Advogado... OAB n°....

Вам также может понравиться