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O argumento de Macauley no texto em estudo é-nos apresentado logo nas duas

primeiras linhas:

“memory is open to interpretation, to levels of assumption, manoeuvring and


appropriation. There is a constant struggle between competing interpretations of
historical events, the determination of wich serves to validate and legitimate views of
the presente and to meet contemporary political concerns” (p. 02).

Esta noção da memória como uma construção fluida e dependente de contextos


historicamente dados faz com que ações de comemoração de feitos e de rememoração
de heróis sejam lidos pelo cientista social a partir da compreensão das disputas em
torno de projetos distintos de futuro, que decorrem, no presente, por meio de
narrativas acerca do passado. Tais narrativas buscam assegurar coerência e posterior
compromisso entre coletividades às quais são dirigidas. Por meio delas, “indiviuals thus
understand as their relationship to contemporary political events through their
interactions with the past giving rise to a desired future, even if i tis sometimes na
idealize dor romanticized one” (idem).
As pessoas não são inativas na construção deste sentido de identidade, o qual resulta
de uma contínua reconfiguração de experiências individuais e coletivas. Para Macaulet,
as pessoas “form affiliations throug the interpretation of joint social circumstances,
which become central elements in forging comunal identity” (p.03). Estas memórias,
baseadas em compreensões partilhadas, operam no sentido de solidificar uma
identidade coletiva. Tal identidade é forjada coridianamente, muitas vezes de forma
inconsciente, em situações corriqueiras, em conversas banais e em lugares comuns,
bem como em narrativas e símbolos recorrentes, reavivados em comemorações e
rememorações. Estas interações triviais “are crucial to interpret and organize political
life” (idem). Macauley sugere que muitas destas narrativas referem-se a determinados
eventos do passado, os quais atuam para reafirmar sentidos muito particulares do
“Self” Ulster. A multiplicidade de “fontes” históricas permite aos integrantes do grupo
construírem suas identidades.
A formação de uma “singular identity” não prescinde da construção do “dangerous
“Other” as sectarianized social relationship” and securing the collective memory of the
community”. Este antagonismo é especialmente útil na transmissão intergeracional das
experiências passadas, muitas delas traumáticas, de modo a serem compreendidas
pelos mais jovens como constitutivas de seus próprios direitos. Esta transmissão de
uma versão da história relativa a um determinado grupo é crucial para a elaboração do
“distinct sense of loyalism, which sees itself as having a separate history, reinforced in
part by discrete memory abd drawing on a clear set of Foundation myths”. Seria este
trabalho a representação de uma ideia de Kearney, segundo a qual, “auch narratives
carregam the past into the presente and the presente into the past”. Neste sentido,
pode-se dizer que os Ulster tenham construído para si uma segunda história, em
oposição ao republicanismo irlandês “and, the inconsistant willingness to engage in
both political support for, and opposition to, the British state”.
Como identidade, ela depende da criação, do fortalecimento e da manutenção de
fronteiras, que marginalizam determinado grupo, tido como o “outro”. No caso Ulster,

“Such identity formation involves in part, drawing on processes of stereotyping, 
through which individuals distinguish between the Self and Other, defining 
themselves and their group in positive ways and the Other in a more negative 
manner. Such stereotypes serve many functions, but primary is scapegoating of 
the Other and providing social justification for the actions of one’s own group. 
These differences, emphasizing social differentiation were intensified and 
amplified through exposure to the protracted violence of the Troubles. The 
resulting negative characterization of the Other intensified to the point they were 
seen as undeserving of any normal level of social engagement or human 
sympathy.” (p. 04). 

Ao longo do tempo, as diferenças ideológicas que separam os Ulster do seu antagonista


histórico foram aprofundadas e fortalecidas, o que implicou separações em termos
físicos das comunidades envolvidas no conflito, o que tanto reforçava os mitos
fundacionais da diferença como conduziam a experiências pessoais a este específico
contexto de identidade Ulster. Este sentido de pertencimento consegue agrupar todos
os que apresentem uma apreciação similar em relação à coletividade e a auto
consciência de compor uma uma comunidade imaginada.
Macauley afirma que as pessoas conduzem as suas vidas cotidianas por meio da
representação de distintos papeis sociais, entretanto, “in Northern Ireland rely heavily on
narrative and the intensity of collective memory to strengthen the incorporation into one’s
own group and to create social and political aloofness from the Other” (p.05). Para ele, este envolvimento
com o “active past”, demonstrado na contínua relevância do passado na auto-identificação atual do grupo,
estrutura crenças sobre o que deve ser feito no presente e sobre o que pode ser feito no futuro. Tudo isto
ajuda a obscurecer a distância entre as motivações passadas e presentes.

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