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DIREITO PROCESSUAL
PENAL II
ATOS JURISDICIONAIS

LIMITES DE LUGAR, FORMA E TEMPO

1 - LIMITES DE LUGAR – Os atos processuais, as audiências e as sessões devem ser realizados em lugar
estabelecido como adequado e próprio para tal fim, e esse lugar é o edifício onde o órgão jurisdicional tenha
sua sede. (art. 792, CPP)

Código de Processo Penal - Art. 792. As audiências, sessões e os atos processuais serão, em regra, públicos e
se realizarão nas sedes dos juízos e tribunais, com assistência dos escrivães, do secretário, do oficial de justiça
que servir de porteiro, em dia e hora certos, ou previamente designados.

EXCEÇÕES: Existem exceções à regra acima descrita, à saber:

a) ato processual realizado fora do território jurisdicional onde a causa está tramitando. P. Ex: Testemunha
que reside fora da comarca do juízo processante e que será ouvida por precatória (art. 222 CPP).

Código de Processo Penal - Art. 222. A testemunha que morar fora da jurisdição do juiz será inquirida pelo
juiz do lugar de sua residência, expedindo-se, para esse fim, carta precatória, com prazo razoável, intimadas
as partes.

b) em caso de necessidade, os atos processuais poderão ser realizados na residência do Juiz, ou em outra casa
por ele especialmente designada (art. 792, § 2º, CPP):

Código de Processo Penal - Art. 792, § 2º - As audiências, as sessões e os atos processuais, em caso de
necessidade, poderão realizar-se na residência do juiz, ou em outra casa por ele especialmente designada.
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2 - LIMITES DE FORMA – é pela forma que o ato processual se manifesta, é a exteriorização do ato, é o
aspecto que os atos devem apresentar.

O processo tem que seguir uma forma preestabelecida na lei, ou seja, deve ser conduzido dentro da moldura
da lei.

Desse modo, pode o legislador, considerando a natureza da causa, fixar procedimentos diversos, à saber:

As formas procedimentais dividem-se em:

a) Procedimento de foro pela prerrogativa de função – Utilizado nos casos de infração de competência
originária do STF, STJ, TRE´s, TRF´s ou Tribunais de Justiça, sendo o seu procedimento traçado na lei
8.038/90;

b) Procedimento de foro sem prerrogativa de função – segundo o código de processo penal, a forma
procedimental, neste caso, deve ser procurada em função da sanção penal cominada à infração penal, podendo
o procedimento ser comum ou especial, conforme se observa no artigo 394 CPP:

Código de Processo Penal - Art. 394. O procedimento será comum ou especial.

§ 1o O procedimento comum será ordinário, sumário ou sumaríssimo:

§ 2o Aplica-se a todos os processos o procedimento comum, salvo disposições em contrário deste Código ou
de lei especial.:

§ 3o Nos processos de competência do Tribunal do Júri, o procedimento observará as disposições estabelecidas


nos arts. 406 a 497 deste Código.

§ 4o As disposições dos arts. 395 a 398 deste Código aplicam-se a todos os procedimentos penais de primeiro
grau, ainda que não regulados neste Código.

§ 5o Aplicam-se subsidiariamente aos procedimentos especial, sumário e sumaríssimo as disposições do


procedimento ordinário.

b.1) PROCEDIMENTO COMUM - O comum pode ser ORDINÁRIO, SUMÁRIO OU SUMARÍSSIMO (art.
394), e a regra para se identificar quando o crime vai ser submetido a qualquer destes procedimentos consta
dos incisos do parágrafo primeiro:

• INCISO I – “Ordinário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada for igual ou superior
a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade”; – PROCEDIMENTO ORDINÁRIO (art. 395 a 405 CPP);

• INCISO II – “Sumário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada seja inferior a 4 (quatro)
anos de pena privativa de liberdade” – PROCEDIMENTO SUMÁRIO (art. 531 CPP);

• INCISO II – “sumaríssimo, para as infrações penais de menor potencial ofensivo, na forma da lei” –
PROCEDIMENTO SUMÁRÍSSIMO (art. 77 a 81 da Lei 9.099/95);
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b.1) PROCEDIMENTO ESPECIAIS - existem processos especiais previstos no próprio código de processo
penal e em outras leis, conforme o § 2º do art. 394.

b.1.1 – Procedimentos especiais do CPP:

• Crimes da competência do tribunal do júri (art. 406 a 497 CPP);

• Crimes de responsabilidade de funcionários públicos, da competência do juiz singular, desde que afiançáveis
(art. 513 a 518 CPP);

• Crimes contra a honra (art. 519 a 523 CPP);

• Crimes contra a propriedade imaterial (art. 524 a 530 CPP).

b.1.2 – Procedimentos especiais previsto em leis extravagantes:

• Crimes falimentares (lei 11.101/05);

• Crimes eleitorais (lei 4.737/65 - Código Eleitoral);

• Tráfico de entorpecentes (lei 11.343/06);

• Crimes contra a economia popular (lei 1.521/51);

• Abuso de autoridade (lei 4.898/65), etc.

REQUISITOS DOS ATOS PROCESSUAIS

a) idioma – que diz que os atos processuais penais devem ser realizados em língua portuguesa, e;

b) escrita – que diz que os atos processuais devem revestir-se da forma escrita, decorrendo daí o princípio: “o
que não está nos autos não está no mundo”, temos ainda, quanto à forma, a

c) publicidade, ou seja, todos os atos processuais, inclusive as audiências e sessões, serão públicos, o que
significa que qualquer pessoa pode a ele assistir. O princípio da publicidade vem consagrado no art. 792 do
CPP: “As audiências, sessões e os atos processuais serão, em regra, públicos e se realizarão nas sedes dos
juízos e tribunais, com assistência dos escrivães, do secretário, do oficial de justiça que servir de porteiro, em
dia e hora certos, ou previamente designados”. Por fim, temos a:

d) assinatura – quando se exige a assinatura de um ato ou documento, basta a escritura de próprio punho, ao
final do ato, do prenome e do nome de quem deve firmá-lo, ou, quando a lei o permitir, a própria rubrica.

Observação: 1) Mesmo os atos que podem ser realizados oralmente no processo, (v. G. Quando o promotor
de justiça acusa, em plenário do júri, e o realiza oralmente), é necessária a consignação por parte do escrivão,
a cargo de quem fica a lavratura da ata;
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3 - LIMITES DE TEMPO – Se o processo nada mais é do que o desenvolvimento de uma atividade que
objetiva a solução da lide, é obvio que essa atividade deve, necessariamente, desenvolver-se dentro de um
lapso temporal. Daí os limites de tempo para a realização dos atos processuais.

PRAZOS – CONTAGEM E ESPÉCIES

Prazo é o limite de tempo concedido a um sujeito para o cumprimento de um ato processual.

PRINCÍPIOS - Os prazos são regidos por dois princípios importantíssimos, o da igualdade de tratamento e o
da brevidade.:

a) Princípio da igualdade de tratamento – as partes não podem ser tratadas desigualmente. Para atos idênticos,
os prazos não podem ser diferentes.

b) Princípio da brevidade – os prazos processuais não podem ser muito dilatados, pois as demandas não podem
eternizar-se.

CARACTERÍSTICAS DOS PRAZOS – os prazos são contínuos e peremptórios:

 Contínuos – não serão interrompidos na sua duração (exceções - art. 798, § 4º, CPP);

 Peremptórios – são improrrogáveis (exceções - art. 798, § 3º, CPP e a Súmula 310 STF).

CÓDIGO DE PROCESSO PENAL - Art. 798. Todos os prazos correrão em cartório e serão contínuos e
peremptórios, não se interrompendo por férias, domingo ou dia feriado.

§ 3º O prazo que terminar em domingo ou dia feriado considerar-se-á prorrogado até o dia útil imediato.

STF – Súmula 310: “Quando a intimação tiver lugar na sexta-feira, ou a publicação com efeito de intimação
for feita nesse dia, o prazo judicial terá início na segunda-feira imediata, salvo se não houver expediente, caso
em que começará no primeiro dia útil que se seguir”;

PRECLUSÃO – é a perda, extinção ou consumação de uma faculdade. Trata-se de fato processual impeditivo,
que se verifica quando a parte perde determinada faculdade, podendo a preclusão ser: a) temporal; b) Lógica
e; c) consumativa

a) preclusão temporal – a faculdade se perde pelo seu não-exercício no prazo legal.

b) preclusão lógica - Às vezes a preclusão ocorre por ter sido cumprida uma faculdade incompatível com o
exercício de outra. Ex: argui-se a exceção de litispendência e depois a de suspeição.

c) preclusão consumativa - A decisão irrevogável transforma-se em fato impeditivo, gerando uma preclusão
denominada consumativa, que não permite que a questão que foi objeto da sentença seja renovada em uma
nova ação.

ESPÉCIES DE PRAZO – Os prazos podem ser:

a) comuns – são aqueles que correm para ambas as partes, ao mesmo tempo;
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b) particulares – Correm apenas para uma das partes. (Ver CPP, art. 46 – Prazo para oferecimento da
denúncia).

c) próprios – São aqueles prazos dentro dos quais a parte deve realizar o ato processual e, se não observados,
haverá tão só a consequência de natureza processual (ver art. 396-A e 406, § 2º, CPP, no que se refere ao
arrolamento de testemunhas).

d) impróprios – São os impostos aos juízes e seus auxiliares e que, descumpridos, trarão conseqüências
disciplinares, e não processuais (ver art. 799, 800, § 2º e 801, CPP).

e) legais – é o prazo estabelecido em lei e;

f) judiciais – o fixado pelo juiz

Código de Processo Penal - art. 93, § 1º CPP: “O juiz marcará o prazo da suspensão, que poderá ser
razoavelmente prorrogado, se a demora não for imputável à parte. Expirado o prazo, sem que o juiz cível tenha
proferido decisão, o juiz criminal fará prosseguir o processo, retomando sua competência para resolver, de
fato e de direito, toda a matéria da acusação ou da defesa”).

CONTAGEM DOS PRAZOS – No processo penal, os prazos são fixados em minutos, horas, dias, meses e
até mesmo anos. (não existem prazos semanais).

CPP CP REGRA

Art. 749. Indeferida a reabilitação, o condenado não poderá renovar o pedido senão após o decurso de dois
anos, salvo se o indeferimento tiver resultado de falta ou insuficiência de documentos. Art. 94. A reabilitação
poderá ser requerida, decorridos 2 (dois) anos do dia em que for extinta, de qualquer modo, a pena ou terminar
sua execução, computando-se o período de prova da suspensão e o do livramento condicional, se não sobrevier
revogação, desde que o condenado.

Código Penal - Art. 10. O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os meses e os
anos pelo calendário comum

Art. 38. Salvo disposição em contrário, o ofendido, ou seu representante legal, decairá no direito de queixa ou
de representação, se não o exercer dentro do prazo de seis meses, contado do dia em que vier a saber quem é
o autor do crime, ou, no caso do art. 29, do dia em que se esgotar o prazo para o oferecimento da denúncia
Art. 103. Salvo disposição expressa em contrário, o ofendido decai do direito de queixa ou de representação
se não o exerce dentro do prazo de 6 (seis) meses, contado do dia em que veio a saber quem é o autor do crime,
ou, no caso do § 1º do art. 100 deste Código, do dia em que se esgota o prazo para oferecimento da denúncia.
Código de Processo Penal - Art. 798. Todos os prazos correrão em cartório e serão contínuos e peremptórios,
não se interrompendo por férias, domingo ou dia feriado.

§ 1º Não se computará no prazo o dia do começo, incluindo-se, porém, o do vencimento.

§ 2º A terminação dos prazos será certificada nos autos pelo escrivão; será, porém, considerado findo o prazo,
ainda que omitida aquela formalidade, se feita a prova do dia em que começou a correr.

§ 3º O prazo que terminar em domingo ou dia feriado considerar-se-á prorrogado até o dia útil imediato.
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§ 4º Não correrão os prazos, se houver impedimento do juiz, força maior, ou obstáculo judicial oposto pela
parte contrária.

§ 5º Salvo os casos expressos, os prazos correrão:

a) da intimação;

b) da audiência ou sessão em que for proferida a decisão, se a ela estiver presente a parte;

c) do dia em que a parte manifestar nos autos ciência inequívoca da sentença ou despacho.

a) Prazo fixado em ano, mês ou dias

a.1) se houver correspondência no Código Penal, a contagem se faz de acordo com o art. 10 do CP, ou seja,
computa-se o dia inicial, e exclui-se o dia do final. (Vide arts. 749 e 38 do CPP, e seus correspondentes 94 e
103 do CPP):

a.2) Não havendo correspondência, o prazo é contado de acordo com o artigo 798, § 1º, do CPP (não se
computa o dia inicial e inclui-se o dia do final).

b) Prazo for fixado em horas ou em minutos, conta-se de minuto a minuto, aplicando-se a regra do art. 132, §
4º, do Código Civil.

Código Civil - Art. 132: “Salvo disposição legal ou convencional em contrário, computam-se os prazos,
excluído o dia do começo, e incluído o do vencimento”

§ 4o - Os prazos fixados por hora contar-se-ão de minuto a minuto

c) Demais casos - aplicam-se as regras do art. 798, §§ 1º, 3º e 4º CPP.

FIXAÇÃO DO “dies a quo” (dia do início da contagem)– ver art. 798, § 5º CPP: “

Código de Processo Penal - Art. 798....

§ 5º Salvo os casos expressos, os prazos correrão:

a) da intimação;

b) da audiência ou sessão em que for proferida a decisão, se a ela estiver presente a parte;

c) do dia em que a parte manifestar nos autos ciência inequívoca da sentença ou despacho.

Sobre o fato, dispõe a Súmula 710 do STF: “No processo penal, contam-se os prazos da data da intimação, e
não da juntada aos autos do mandado ou da carta precatória ou de Ordem”.
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QUESTIONÁRIO

1- Quanto aos prazos, indique a opção correta.


a) O termo inicial para o oferecimento da denúncia é o dia subsequente à data de vista pessoal do
Ministério Público dos autos do inquérito policial.
b) O prazo para oferecimento da queixa-crime é de 03 (três) meses contados do conhecimento da autoria
da infração.
c) Em se tratando de sentença condenatória, devem ser intimados o réu e seu defensor e somente após a
última das intimações é que terá início o prazo recursal.
d) Nos termos do Código de Processo Penal, os prazos devem ser contados excluindo-se o dia do começo
e incluindo-se o último dia, exceto quando o réu estiver preso.
e) O prazo não será suspenso ou interrompido caso haja obstáculo judicial oposto pela parte contrária.

2- Os prazos processuais penais


a) que terminarem no sábado serão acrescidos de dois dias úteis.
b) serão contados em dobro se o réu estiver preso.
c) serão contados em quádruplo para o Ministério Público.
d) serão contados excluindo-se o dia do começo, incluindo-se, porém, o do vencimento.
e) suspendem-se nos domingos e feriados.

3- O defensor constituído do acusado foi pessoalmente intimado para praticar determinado ato processual
no prazo de 5 dias no dia 06 de setembro de 2011, terçafeira. Dia 7 de setembro foi feriado nacional.
Os dias 8 e 9 de setembro foram dias úteis. Dia 10 foi sábado e 11 foi domingo. O prazo processual
terá início no dia
a) 8 e vencimento no dia 12 de setembro.
b) 6 e vencimento no dia 13 de setembro.
c) 8 e vencimento no dia 13 de setembro.
d) 7 e vencimento no dia 12 de setembro.
e) 9 e vencimento no dia 13 de setembro.

4- Quanto a preclusão, defina o conceito e classifique as modalidades.

5- O processo Penal é regido por limites de TEMPO, LUGAR e FORMA. Explique cada um desses
institutos.
6- No que tange aos ATOS PROCESSUAIS PENAIS, sendo eles os ATOS DAS PARTES e OS ATOS
DO JUIZ, diferencie e classifique-os.

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