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O

Segredo
da
Política

Apresentação

Este livro conta um pouco dos bastidores da política. Contém projetos que
propus ao município, durante o período em que atuei como legislador.

Pretendo, com esta obra, socializar conhecimentos às pessoas que ainda não
tiveram essa experiência e que os mesmo ajudem a elas a evitar percalços ao
enfrentar uma carreira como esta. A política é uma profissão – embora não
regulamentada, que parece fácil aos olhos de muitos, na verdade, somente alguns,
com muito trabalho e esforço, são os que conseguem chegar ao topo.

Seja um Vencedor, coloque seu nome na história de seu município.

Daniel Rodrigo Hippler é filiado ao Partido Progressista, desde o dia 11 de


fevereiro de 1998. Em 23 de março de 2002, foi presidente da Juventude do Partido
em São Lourenço do Oeste, SC, sua cidade natal. Em 2007 foi eleito Conselheiro
Cultural – seu primeiro cargo eletivo. Em 2008 participou das eleições municipais,
obtendo maior número de votos de seu partido, como candidato a vereador. Ao
assumir a câmara, em 2009, foi eleito Presidente da Casa pelo período de dois anos.
Em 2011 foi presidente do Partido Progressista da microrregião, assumindo, no
mesmo ano, a presidência do Partido, em São Lourenço do Oeste. Em 2012 foi eleito
presidente da Associação das Câmaras do Noroeste Catarinense – ACANOR,
composta por onze Câmaras Municipais. Daniel participou como candidato a Vice-
prefeito, nas eleições municipais de São Lourenço do Oeste, no ano de 2012, sendo
eleito com 7.651 votos, 53,23% dos votos válidos, (02 candidatos a Prefeito/Vice). Daniel
participou como candidato a Vice-prefeito, nas eleições municipais de São Lourenço
do Oeste, no ano de 2016, sendo reeleito com 6,036 votos 41.11%, (03 candidatos a
Prefeito/Vice).

Sumário

É na política que as decisões ou iniciativas são tomadas para melhorar ou


piorar os serviços públicos, pelos quais você paga.

Neste livro, pretendo abordar mais a parte legislativa, a fim de passar


informações a você, quando for candidato ao cargo de vereador, para que saiba quais
são as suas funções e o que cabe a você, “representante do povo,” fazer e respeitar.
Perguntas curiosas são respondidas neste livro,

Ótima leitura!

Dedicatória
É com grande satisfação que lhe entrego este livro, caro leitor. Ele faz parte de
um momento que vivo, chamado “Política”. Espero que ele lhe proporcione
conhecimento e acrescente algo em sua vida, assim como o foi para mim. Escrevo-
lhe, por acredito na política feita por pessoas de boa índole e não somente por
partidos políticos. Porém, a decisão cabe a nós e não a outros. Agradeço-lhe por ler
este livro, imaginando que, ao fazer isso, você estará fazendo a sua parte. Peço que
propague as boas causas públicas, pois só assim deixaremos um futuro melhor para
os filhos de hoje e aos que virão.

Sou grato a minha esposa Kerly Catani Hippler, ao meu filho Gabriel e a minha
filha Eduarda, que souberam entender os momentos ausentes em decorrência de
minhas funções públicas. Da mesma forma agradeço ao meu pai Cirio Hippler, que me
levava, desde pequeno, aos encontros políticos, os quais fizeram com que eu tomasse
gosto pela causa. Enfim, a cada pessoa, indistintamente, com quem pude conversar
durante essa trajetória, meus sinceros agradecimentos.

O segredo da política

Bem ou mal, as pessoas falam sobre política e, queira ou não, ela tem
influência na vida de cada um. Em casa, nas compras ou nas vendas, todos os dias
vivemos em torno de decisões tomadas por políticos, sejam elas boas ou ruins. Mas,
por que votamos em mais políticos, mesmo sabendo que há os que se envolveram em
algum escândalo?

Acredito que isso se deva ao desinteresse da sociedade no que se refere ao


tema política. Sinto muito em lhe dizer, mas se você não gosta de política, vai ter que
conviver com isso a vida toda. A política, em suma, é algo que nunca vai acabar, pois,
desde os primórdios, sempre existiu um líder e foram as ações desse líder que
influenciaram as decisões dos demais.

Somos constituídos de três poderes: o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.


Cada qual com sua definida atribuição: legislar, executar e julgar.

Como funcionam as câmaras municipais?

A câmara de vereadores nem sempre existiu da maneira que nós a


conhecemos. Sua criação aconteceu em 1947. Até então, quem representava o povo,
no Poder executivo, era o Conselho Municipal. Na época, os Conselhos exerciam suas
funções com dedicação total, sem remuneração dos cofres públicos, situação que meu
pai é testemunha por ter sido eleito ao cargo de vereador em 1979.
As câmaras são constituídas por nove vereadores, no mínimo, e, no máximo,
por 55. A quantidade de membros do Legislativo, de cada município, é definida pelo
número de habitantes, conforme determina o artigo 29 da Constituição Federal de
1988.

Os vereadores são eleitos pelo voto direto, para um mandato de quatro anos,
sendo que a legislatura inicia com a instalação da câmara, que ocorre no dia 1º de
janeiro do mais votado ao que procede à posse aos demais e também ao prefeito e ao
vice-prefeito, bem como elege a Mesa Diretora, a Comissão Representativa e as
Comissões Permanentes.

No livro denominado Regimento Interno a câmara estabelece suas próprias


normas, as quase constituem a lei interna do Legislativo. Esse documento diz com
deve ser o funcionamento das reuniões e quais são os poderes do presidente e dos
vereadores. Ele também rege o processo legislativo, ou seja, as etapas que um projeto
deve seguir para transformar em lei.

A mesa da câmara é composta pelo presidente, vice-presidente e um ou dois


secretários, cujo mandato é estabelecido no regimento interno, que pode ser de um
ano ou mais. A tarefa da mesa é dirigir os trabalhos do Legislativo, tanto nas reuniões
quanto nas funções administrativas, sendo que o presidente é responsável direto por
todos os atos do Poder Legislativo.

Como se provam os projetos de lei?

Cabe ao plenário votar os projetos de lei e outras proposições, bem como


autorizar empréstimos e convênios, apreciar as contas do prefeito e julgar o prefeito e
os vereadores em caso de descumprimento de suas funções.

Também é função do vereador analisar os projetos que tramitam na Casa,


antes de serem submetidos à votação, por meio das chamadas comissões
permanentes. Cada câmara apresenta comissões, tais como: Finanças, Educação,
Saúde, Justiça e Redação, com poderes para convocar autoridades e pessoas,
solicitar informações, documentos e proceder a investigações.

O partido que possui representação na câmara tem sua Bancada de


Vereadores e cada Bancada tem um líder que a representa.

O que cabe aos funcionários da câmara, fazer?

A secretaria da câmara realiza as atividades administrativas, assessora


diretamente a Mesa Diretora, os vereadores e zela pela execução dos serviços
internos e externos da Casa. Já os funcionários da câmara, com seus assessores,
colaboram na análise dos projetos vindos do executivo, a fim de evitar que sejam
aprovadas matérias inconstitucionais. Geralmente este trabalho é feito antes de a
matéria passar para as comissões compostas pelos vereadores, a fim de votá-la. Uma
vez elaborado, o projeto de lei recebe um número de processo e é incluído na pauta
de reuniões. Na sessão, uma cópia do projeto é distribuída a cada vereador.
Função administrativa: cabe à própria câmara organizar seus serviços, que
inclui a escolha da Mesa, a constituição das comissões, a organização da secretaria e
a contratação de funcionários e de assessores.

Função judiciária: a Câmara exerce sua função judiciária quando processa e


julga o prefeito e os vereadores. A pena imposta ao prefeito, quando condenado, é a
decretação do Impeachment", representando a perda do mandato. Quando
processado e julgado culpado, por determinado ato, a pena do vereador também é a
perda do mandato.

Como trabalham os vereadores?

Os trabalhos oficiais da câmara de vereadores acontecem em reuniões ou


sessões, com denominações específicas:

As Sessões Ordinárias acontecem, atualmente, uma ou duas vezes por


semana e geralmente são destinadas à análise e à aprovação de leis.

Já as Sessões Extraordinárias ocorrem, normalmente, nos meses de recesso:


janeiro, fevereiro, junho, dezembro, ou quando há necessidade de votação urgente de
projetos.

Também existem as Sessões Especiais, que ocorrem em datas marcadas com


antecedência, para tratar de assuntos de interesse público, e que exigem um tempo
maior para o debate.

Quando o assunto está voltado a comemorações e prestação de homenagens,


a Sessão denomina-se Solene e é marcada com antecedência.

Por outro lado, as Sessões Secretas destinam-se a discutir assuntos que os


vereadores entendem que devem ser tratados apenas com suas presenças. São
raras, na maioria das cidades, tais sessões.

Um dos limites para os vereadores é que eles não podem propor projetos que
impliquem em criação de novas despesas para o município; mas há assuntos que
somente os vereadores podem propor.

O que faz um vereador?

A função do vereador é fiscalizar e controlar os atos do Executivo - prefeito e


secretários municipais, bem como analisar e votar projetos de lei enviados pelo
prefeito ou por iniciativa do próprio vereador.

A fiscalização é feita de várias formas: por meio de Indicação ou Requerimento


é possível solicitar informações sobre qualquer assunto da administração municipal.
Em caso de suspeita de irregularidades pode-se criar Comissões de Inquérito para a
apuração dos fatos, sendo possível convocar autoridades para prestar
esclarecimentos.
Em se tratando de obras em andamento, as mesmas podem ser comparadas
ao projeto aprovado na câmara, devendo estar em conformidade com o mesmo.

Estes são, enfim, os princípios básicos da fiscalização.

Ao apontar irregularidades, o vereador necessita munir-se de provas,


formando um pequeno dossiê, e apresentá-las ao Tribunal de Contas e ao Ministério
Público.

Função de Assessoramento — Indicações.

Os vereadores podem sugerir medidas de interesse público ao prefeito. Por


exemplo, obras como construção e qualificação de escolas, abertura e melhoria de
estradas, limpeza de vias públicas, melhoria no campo da saúde, entre outras. Isto é
feito através de Indicações e Pedidos de Providência, que não têm o teor de uma lei,
mas vale como sugestão.

O vereador pode propor projetos de lei com despesas ao


executivo?

Sim, desde que, para tais despesas, estejam fixados seus orçamentos em leis,
tais como: PPA — Plano Plurianual, LDO — Lei de Diretrizes Orçamentárias e LOA —
Lei Orçamentária Anual, onde as mesmas fixam os orçamentos, criam as rubricas e
definem em quais setores serão aplicados os recursos dos impostos do município.

A LOA - Lei Orçamentária Anual, é uma lei elaborada pelo Poder Executivo,
que estabelece as despesas e as receitas que serão realizadas no próximo ano. A
Constituição determina que o orçamento deve ser votado e aprovado até o final de
cada ano. Compete ao prefeito enviar à câmara o PPA -Plano Plurianual, o projeto da
LDO - Lei de Diretrizes Orçamentárias e as propostas de orçamento previstas na
Constituição.

A LDO - Lei de Diretrizes Orçamentária, estima as receitas e autoriza as


despesas do governo, de acordo com a previsão de arrecadação. Caso, durante o
exercício financeiro, houver necessidade de realização de despesas, acima do limite
previsto na lei, o Poder Executivo submete à câmara um novo projeto de lei solicitando
crédito adicional.

O orçamento anual visa a concretizar os objetivos e metas propostos no PPA -


Plano Plurianual, segundo as diretrizes estabelecidas pela LDO - Lei de Diretrizes
Orçamentária.

A Lei Orçamentária Anual compreende:

1 — o orçamento fiscal, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e


indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público;

2 — o orçamento de investimento das empresas, direta ou indiretamente;

3 – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela


vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações
instituídos e mantidos pelo poder público.
O que é votado pelos vereadores?

Nem tudo o que os vereadores aprovam se transforma ou resulta em lei. Há


diversas proposições votadas em Plenário:

Projeto de lei: caracteriza-se por regulamentar as atividades dos cidadãos e


dos órgãos públicos, prevendo obrigações e direitos. Sujeita-se à sanção do prefeito.

Projetos de decreto legislativo e resoluções: disciplinam matérias de interesse


interno da Câmara e não estão sujeitos à sanção do prefeito. São promulgados pelo
presidente da Câmara. Exemplos: criação de cargos na câmara e concessão de títulos
de cidadania.

Emendas: são modificações propostas aos projetos de lei, sejam aqueles


enviados pelo prefeito ou os elaborados por vereadores. Estas modificações podem
ser de alteração na redação - emenda modificativa, acréscimo de algo novo - emenda
aditiva, ou de excluir algum dispositivo-emenda supressiva.

Substitutivos: são emendas globais aos projetos de leí, isto é, modificam os


projetos em quase tudo.

Pedidos de informações ou requerimentos: são solicitações sobre a


administração municipal, encaminhados ao Poder Executivo, cabendo ao prefeito
respondê-los, no prazo máximo de 15 dias, sob pena de cometer grave infração
político-administrativa.

Indicações: são sugestões ao Executivo ou a órgãos, a respeito de assuntos de


interesse comunitário. Não têm a força de tornar obrigatório o que foi aprovado.

Pedidos de providência: são solicitações feitas ao Executivo para cumprimento


de tarefas que fazem parte de suas atribuições.

Como acontece a tramitação de um projeto?

A iniciativa de um projeto depende do assunto. Em determinadas situações


cabe ao prefeito. como é o caso da contratação de servidores municipais; em outras,
cabe aos vereadores. por exemplo: a fixação da remuneração do prefeito e dos
vereadores ou até mesmo de ambas as partes, como a denominação de ruas.

Ao entrar em tramitação, o projeto é encaminhado às devidas Comissões, as


quais têm um prazo estabelecido no regimento interno para emitir seus pareceres.
sejam eles contrários ou favoráveis.

Após o parecer das Comissões, o projeto pode ter sua votação adiada. Isso
acontece quando algum vereador faz um pedido de vistas, que é aceito apenas uma
vez. Nesse caso, a votação é adiada conforme o pedido, por uma ou duas sessões.

Como é a votação de um projeto?


Normalmente acontece da seguinte maneira: o presidente da câmara solicita
aos vereadores, com posição favorável ao projeto, que permaneçam sentados e, aos
contrários, que se levantem. Na maioria das vezes, o presidente só vota em caso de
empate. Se o projeto não for aprovado, ele é arquivado.

Aprovado na câmara, o projeto de lei é remetido ao Executivo, que pode


acolhê-lo, ou seja, concordar e sancioná-lo. Caso o prefeito não concordar com o
mesmo, veta-o parcial ou totalmente. O veto é, então, encaminhado á câmara para
que seja rediscutido. Se a câmara acolher o veto, o prefeito promulga apenas a parte
que restou do projeto. Mas, se o prefeito vetou na integra e a câmara acolher o veto, o
projeto deixa de existir. Porém, se a Câmara derrubar o veto do Executivo, o assunto
retorna ao prefeito para que ele sancione e promulgue a lei. Se o prefeito não o fizer,
caberá ao presidente da câmara fazê-lo.

Todas as leis municipais que foram aprovadas, até hoje, na câmara, estão à
disposição para consulta dos interessados. Caso o cidadão tiver dúvidas sobre seus
direitos, em muitos casos, os vereadores e assessores têm condições de prestar tais
informações.

Como você pode participar das atividades da câmara?

Conhecer e acompanhar as atividades e as decisões do Legislativo é um direito


e também um dever de todo cidadão. As reuniões oficiais são abertas à população e,
neste sentido, todos estão convidados a participar.

Caso haja problemas em determinada rua, bairro ou localidade, que atingem


pessoas, os mesmos podem ser apresentados aos vereadores para que eles apontem
soluções de responsabilidade dos órgãos públicos.

Na câmara existe espaço destinado ao povo, chamado de Tribuna Livre, para


que o munícipe, independente da condição social, possa se pronunciar, por tempo
determinado, sobre assunto de interesse particular ou coletivo. Para participar desse
espaço, o cidadão deve endereçar um ofício ao presidente da câmara, conforme prazo
estabelecido no Regimento Interno, citando, resumidamente. o assunto que pretende
abordar.

Como sou visto na comunidade?

Ao participar de eventos, o vereador expõe-se em jornais, rádio, etc, tornando-


se uma pessoa conhecida e referência de contato com a sociedade. É a ele que o
cidadão se dirige para pedir que sejam solucionados problemas diversos, como: troca
de lâmpadas, limpeza de bueiros, solução de buracos na rua, recolhimento de lixo. No
entanto, o vereador não tem a atribuição de executar obras. Ele é responsável por
verificar se os recursos estão sendo aplicados de forma a contemplar aquilo que o
projeto analisado e votado estabelece.

A competência de executar obras é do chefe do Poder Executivo, que designa


a servidores públicos a tarefa de realizar reparos nas diversas situações que envolvem
o município. No Legislativo, os vereadores contam com uma ferramenta chamada
“Indicação”, que é um ofício no qual são relatados problemas que atingem a
população. No entanto, fica a critério do Executivo atender o exposto.

O primeiro passo para ser um candidato

Antes de se propor a ser um candidato, para iniciar sua vida pública,


principalmente em cidades menores, é importante aparecer, isto é, mostrar-se. Já diz
o ditado: "quem não é visto, não é lembrado". Por isso, participar de entidades, de
promoções, de entrevistas, ou seja, "dar a cara para bater" é uma atitude necessária.
Assim, mais adiante. quando você for concorrer a um cargo que depende dos outros,
como é o caso de uma eleição, as pessoas irão questionar quem é o candidato. Neste
sentido, se você já fez trabalho de base, há tempo, naturalmente isto virá à mente das
pessoas como uma imagem de quem esteve presente em todos os momentos da vida
da comunidade. Além disso, é condição para ser candidato estar filiado a um partido
político, pelo menos 12 meses antes das eleições, ter seu domicilio eleitoral no mesmo
município em que irá concorrer, ser alfabetizado. estar em dia com a Justiça Eleitoral,
isto é, não ter ficha suja, ter nacionalidade brasileira (Art. 12, II, Parág. 1°. e Art. 14,
Parág.. 30, 1, da CF/88). possuir idade mínima de 18 anos para o cargo de vereador e
21 para o cargo de prefeito ou vice-prefeito, até o ato da posse. Também é necessário
apresentar alguns documentos, no ato da candidatura, como: formulário preenchido no
sistema CANDEX, disponível no site www.tse.jus.br, com foto e assinatura do
candidato. Também, os candidatos devem ser pré-aprovados na convenção do seu
partido político. Para o cargo de prefeito, a Justiça Eleitoral exige, no ato da
candidatura, uma proposta de Governo que contenha as intenções do candidato para
serem executas em seu mandato, caso seja eleito. Já quem trabalha em órgãos
públicos é necessário se desincompatibilizar, conforme o caso, seis meses antes da
eleição, e apresentar ofício contendo este quesito no ato da candidatura.

Quantas pessoas você atinge?

Hoje em dia, o uso das redes sociais permite-nos ter uma dimensão de quantas
pessoas conhecemos e de quantas nos conhecem. Porém, isso não nos garante que a
pessoa que nos estima irá nos votar. "Tive essa experiência. Quando fui candidato,
pela primeira vez, ao cargo de vereador, em 2008, percebi que muitos dos meus
amigos desejavam votar em mim, porém esbarravam em várias questões: ora tinham
um amigo mais próximo, ora um parente ou um cliente - no caso de um empresário".
São situações que os candidatos enfrentam, mesmo não sabendo, e a certeza dos
nomes só vem depois do ato da candidatura.

Às vezes surpreende que o candidato receba votos de pessoas com quem teve
pouco contato e não das que estão diretamente ligadas a ele. Também é conhecido o
fato que amigos muito ligados a ele — ao candidato, acabem conhecendo-o tanto que
ficam sabendo de seus pontos fracos, de suas falhas, de suas travessuras, gerando
preconceito em vez ajudar. Além disso, o voto é um ato tão íntimo que é
humanamente impossível saber se o amigo eleitor foi fiel à expectativa do candidato.

Os "artistas" estão do seu lado?


Todo produto novo - de lançamento, que faz sucesso, conta com a ajuda de
artistas. Nos anúncios de carros, de perfumes, de chinelos, etc, é possível ver tais
produtos sendo testados e aprovadas por pessoas conhecidas, que dão credibilidade
à marca.

Na política isso também é válido. O candidato necessita do apoio de gestores


atuais ou antigos, sejam eles prefeitos, vereadores, secretários, ex-deputados, ex-
governadores, presidentes, etc. Além de conferirem credibilidade à campanha, esses
"artistas" possibilitam que o candidato atinja sucesso, a exemplo de muitos que estão
exercendo ou exerceram mandato eletivo, conquistaram o posto com o apoio de
outros candidatos eleitos.

Para um candidato, uni bom começo na carreira política pode ser a


aproximação com os líderes de seu partido, que podem se constituir nos maiores e
melhores artistas. Esses líderes são como um avalista que creditam apoio ao
postulante. Porém, o maior apoio e fundamental que o candidato precisa ter é o da sua
família e, para consegui-lo, é preciso seguir urna espécie de mandamento, isto é, não
fazer nada que seu pai, sua mãe, seus irmãos não se orgulhem das suas atitudes,
pois também para a sociedade o candidato deve ser motivo de orgulho. Assim, a
conquista dos sonhos reside em persistir até realizá-los, e se um deles estiver ligado à
politica, é bom ouvir conselhos válidos e seguir em frente.

Você é o que você veste?

Os parlamentares sempre estão bem vestidos, seja em seus ternos ou em suas


camisas sociais. Talvez não por gosto e sim por necessidade, pois geralmente existe
um critério estabelecido no regimento interno da câmara que determina que o
parlamentar só pode trabalhar vestido dessa maneira.

Mas, na rua, como se portam os nobres “edis”? Normalmente, em horário de


trabalho, com os mesmos trajes. Mas isso não é regra; é comodidade. E que um
parlamentar não seria reconhecido se ele se portasse de maneira tão simples, e isto,
talvez, porque nos tempos atuais a pessoa é o que ela veste.

É obvio que a roupa não define o caráter ou a personalidade do sujeito, mas


ajuda-o a elevar sua autoestima. . Se o cidadão quer ser visto como uma pessoa de
sucesso, de respeito, deve portar-se como tal, a fim de que a sociedade assim a veja.
Por isso, ela deve vestir-se bem, causando boa aparência em todos os aspectos. Isso,
além de fazer bem para si próprio, fará também para quem a observa.

O que você vê?

Você está olhando para uma pessoa de sucesso?

Tudo na vida é importante. E andar bem vestido é passara ser visto pelas
pessoas sob olhares diferentes. "No meu caso, sempre fui urna pessoa bem sucedida.
Na minha juventude gostava de usar cabelos compridos, mas com o passar do tempo
fui entendo que as posições sociais que passei a ocupar não me permitiam mais
certas coisas, principalmente certos desleixos, pois comprometiam minha imagem.
Entendo que poderia continuar sendo bem sucedido mantendo certos hábitos
passados, como o uso de cabelos compridos. Porém, talvez para muitas pessoas isso
possa causar má impressão, pois ainda paira certo preconceito sobre o modo de
vestir". Esta reflexão remete à seguinte questão: É mais fácil mudar a sociedade, isto
é, a opinião de milhares de pessoas ou simplesmente a pessoa mudar?

A resposta parece dizer que é importante a pessoa adequar-se à sua realidade


ou à realidade que deseja no futuro. “Na minha experiência, adaptei-me aos caprichos
da sociedade: de jovem com aparência e hábitos típicos de uma época, hoje
apresento um novo visual. É que nem tudo aquilo que a pessoa gostaria de fazer é
ideal fazer”.

Custos X Benefícios

Caso você queira entrar na política, pensando no salário, é melhor desistir


enquanto há tempo.

Sinto lhe dizer isso: mas a política, para as pessoas honestas, é uma
contribuição para a comunidade. À primeira vista, é curioso, no contra-cheque, o
salário "gordo" do vereador, do prefeito, do deputado, e isso leva a pensar... "se eu
ganhasse o que eles ganham, estaria tranquilo com minhas finanças". Porém,
somente quem vive a realidade saberá explicar melhor que nem tudo que se vê é o
que se vive. Não estou defendendo, nem dizendo que os políticos ganham mal, pelo
contrário, acredito que são bem remunerados pelo que fazem. Porém, se fizerem
somente o trabalho de parlamentar, ou seja, viver o mandato "24 horas por dia", não
valerá a pena, financeiramente falando. Em tese os políticos ganham muito bem: seus
salários são realmente mais altos do que o de um trabalhador normal, porém os
eleitos, os que possuem mandato eletivo ativos têm muitas despesas extras e que não
são reveladas aos que estão de "fora", tanto para conseguirem se eleger quanto para
se manterem na função.

As despesas variam entre ajuda ao partido, às famílias de baixa renda - que


tem no gestor público a última esperança depositada, a eventos, rifas, entre outras. Os
cargos eletivos têm ajuda de custo com transporte e viagens, quando para fins
públicos, mas se o candidato eleito tiver outro emprego na vida privada e abdicar
daquele salário, a remuneração pública recebida não compensa.

Em uma cidade com pouco mais de dez mil eleitores, o salário de um vereador,
por exemplo, varia de 2 a 3 salários mínimos. Não deixa de ser um bom salário, porém
descontados os gastos com encargos e outros custos, o salário médio fica em torno de
1 ou 2 salários mínimos – valor fácil de conseguir na vida privada. Isso sem levar em
conta o custo da eleição para o candidato.

Geralmente as câmaras fixam o salário sempre na última legislatura, não


podendo ser reajustado pela inflação dos próximos quatro anos, a não ser por lei
específica local, ou seja, se o parlamentar não conquistar seu segundo mandato
consecutivo, ele não ajudará reajustar seu próprio salário; o que é bom, pois aos olhos
do povo, parece desgastar a imagem do vereador o ato de ele mesmo poder dizer
quanto deve ganhar.

Portanto, antes de findar a legislatura, os vereadores fixam o salário dos


parlamentares para o período dos próximos quatro anos. Há, ainda, casos de redução
de salário, que também é possível na hora em que a câmara vai fixar o próximo
subsídio. O parlamentar também pode ser um "bom samaritano", isto é, abdicar de seu
salário e legislar gratuitamente. Nesse caso ele devolve seu salário aos cofres
públicos, embora essa atitude do parlamentar nem sempre seja reconhecida quando
ele for candidato à reeleição. Analise o cálculo nesse exemplo:

Vereador: Senhor X

3 Salários mínimos

Tributos descontados na folha - desconto de 15% ou 11%

Contribuição partidária, geralmente 5% a 10%

Deslocamento e desgaste de seu automóvel (quando a câmara não possui veículo


próprio)

Ausência do local de trabalho ( para quem exerce função particular)

Despesas com telefonia (celular, internet)

Publicidade (jornais, rádios e portais), geralmente para datas comemorativas ou


patrocínios de eventos.

Ajudas comunitárias.

Resumindo, o salário do vereador, que era visto de forma extraordinária, agora


não passa de chefes do parlamentar são todos os habitantes do município,
consequentemente a cobrança é infinita.

Outro custo, muitas vezes não contabilizado. é o da campanha, que pode,


muitas vezes, comprometer o salário do vereador por certo tempo. É obvio que o
partido ajuda seus candidatos, mas cada partido o faz a partir de suas possibilidades.
geralmente a ajuda refere-se a material de campanha, somente. Os custos durante a
campanha referem-se a cabos eleitorais, à propaganda eleitoral, despesas que,
geralmente, são por conta própria. Para os candidatos "de primeira viagem" e sem
estrutura financeira, salvo algumas exceções, a campanha poderá abalar sua vida
financeira por um longo período. Existem casos até de divórcios porque o marido ou a
mulher extrapolou as contas, comprometendo o orçamento familiar.

Tanto durante quanto depois das eleições acontecem muitos casos de eleitores
pedirem dinheiro aos candidatos, prática normal em cidades pequenas, talvez em
razão de a mídia falar bastante deles, ou em decorrência da publicidade e da
transparência, quesitos estes que a administração pública é obrigada a manter.

“Já vivenciei histórias de todo tipo, tantas que fico até em dúvida sobre quais
são realmente verdadeiras ou falsas”. Há pedidos até para atender viciados a beber
um copinho de pinga no bar, o que constitui um grave perigo social.

Cada centavo que o parlamentar doa a pessoas que não necessitam para fins
benéficos será como se estivesse adotando um sócio em seu mandato, ou seja, cada
vez que o cidadão sentir-se "apertado" ele vai lembrar-se do candidato e lhe pedirá
dinheiro novamente, estabelecendo um ciclo vicioso sem fim. Porém, é oportuno
ressalvar os casos de auxílio a pessoas por motivo de doença, emergência e ajuda a
entidades.
Tempo de dedicação ao mandato

"Antes de entrar para a política, eu pensava que o vereador pouco fazia para
merecer o salário que ganha para ir duas ou três vezes por semana às sessões da
câmara. Isso eu só descobri depois que entrei".

Para o parlamentar que deseja fazer sucesso na profissão, embora não


regulamentada, ele precisa fazer muito mais do que suas atribuições normais. O
vereador precisa estar presente nos diferentes eventos da comunidade, desde a
simples abertura de uma loja até a vinda de uma autoridade pública, independente do
momento em que acontecem, seja de manhã, à tarde ou à noite.

O vereador precisa dar atenção a seu povo, precisa visitá-lo e ouvi-lo. Basta,
para isso, um simples chimarrão. Se o vereador falhar em algumas dessas atividades
poderá ser punido nas urnas, nas próximas eleições. "Acredito que, em sua
experiência, caro eleitor, a exemplo da minha, um dia você já pensou que vereador
não faz nada. Talvez, o que falta é aproximar-se do legislativo e entender melhor qual
é a função e quais são as competências e obrigações de um vereador ou de um
prefeito. Aqui, vale a pergunta: quantas vezes você já visitou a câmara de vereadores
de sua cidade e quais são os nomes dos atuais vereadores? Caso você saiba a
resposta, parabéns! Porém a maioria dos brasileiros, não faz a mínima ideia dessa
resposta".

Escolha dos candidatos, envolver-me, por quê?

Infelizmente a escolha dos candidatos ainda é decidida entre partidos e "dentro


de quatro paredes", pois a sociedade evita participar, mesmo quando provocada pelos
líderes políticos, desde uma simples audiência pública às sessões plenárias. Talvez
esse comportamento seja fruto das funções que exercem os legisladores, sobre as
quais a sociedade ainda tem certas ideias errôneas, levando a política a ser exercida
apenas por pessoas que se interessam por ela.

Não será equivoco afirmar que o desinteresse pela política, por parte de muitas
pessoas, se deva aos inúmeros escândalos envolvendo líderes. Isso pode levar jovens
a trilhar outros caminhos: uns se tornam advogados, outros médicos, outros
mecânicos, enfim, enquanto pessoas esclarecidas se afastam da política, pode haver
aventureiros buscando uma oportunidade, um meio de sobrevivência nela, porém sem
nenhuma noção sobre a função que irão assumir. Por isso, corremos o risco de eleger
pessoas ignorantes que necessitam contratar profissionais para lhes ensinar a
governar. .

A possibilidade de mudar esse quadro é despertar, principalmente no jovem, o


interesse pela política e isto poder começar com o incentivo para que eles visitem a
câmara e comecem a mudar o dito: "eu não gosto de política, por isso não vou me
envolver."

Alguns projetos de lei que propus enquanto legislador


Por força de lei, os municípios devem registrar seus projetos em um caderno
online, geralmente na página oficial da câmara, os quais, dependendo do interesse e
da importância, podem servir de exemplo para que o parlamentar os implante em seu
município.

"Enquanto fui parlamentar, consegui, com o apoio de meus colegas, a


aprovação de vários projetos, os quais julgo serem importantes, como o do
Parlamento Jovem ou Câmara Mirim, que é um projeto que leva o jovem a conhecer,
na prática, os direitos e os deveres dos parlamentares.

Elaborei a lei que regulamenta sons ambulantes no município, cuja intenção foi coibir a
poluição sonora feita por alguns vendedores, fixando horários e decibéis permitidos no
perímetro urbano.

Também elaborei a Lei de combate ao Bulling, cujo tema fez com que houvesse
debates, seminários e palestras nas escolas, alertando sobre o fato de que toda
brincadeira de mau gosto, como piadas, apelidos e agressões pode causar traumas
permanentes na pessoa.

Através de decreto legislativo. pude instalar a Ouvidoria da Câmara, uma via direta do
cidadão, por meio do telefone ou pessoalmente.

Pude fazer com que as sessões fossem transmitidas pela internet, a fim de que o
cidadão possa acompanhar em casa o trabalho de seus vereadores.

Elaborei a Lei Municipal nº 1.903, de outubro de 2010, que disciplinou o uso de


câmeras de vigilância, mantendo a privacidade das pessoas, principalmente em locais,
como: banheiros, provadores de roupas, quartos de hotéis, motéis e elevadores. Tais
leis encontram-se disponíveis no site da Câmara de São Lourenço do Oeste
camarasaolourenco.sc.gov.br”.

O bom político

O bom político precisa atender a todos, de forma igualitária, mesmo sendo


adversário de partidos ou oposição. Como conseguir respeito se não praticar o mesmo
com seu semelhante? Uma boa política é a das visitas, que não lhe custa nada. além
do seu tempo. Quem visita seus eleitores está sempre à frente dos demais. Por isso,
sempre que possível, é bom destinar um tempo para visitar amigos. parentes e
simpatizantes. Assim, o eleitor se sentirá valorizado. Afinal, há quanto tempo você não
visita um amigo distante?

Se deixar para fazer isso somente no período de campanha, a conquista do


voto será mais difícil, pois a concorrência aumentará. Por certo que o eleitor confiará
seu voto ao amigo que se lembra dele.

“Quando faço minhas visitas ao eleitor, costumo levar uma recordação, no caso
uma fotografia de um momento em que estivemos juntos, como forma de reforçar a
presença na casa dele. Este passa a ser um momento agradável durante o qual é
possível ter uma conversa franca e honesta, aumentando a credibilidade para
defendê-lo, bem como se torna uma oportunidade para colher opiniões para meu
trabalho.

Por isso, reafirmo a sugestão aos que querem concorrer a um mandato, no


sentido de que visite seus eleitores, antes das eleições. É bom lembrar que
favorecimento, em época de eleição. é crime e, mesmo eleito, o candidato pode
comprometer seu mandato, caso não provar sua defesa. Além disso, ao lançar o nome
à disputa eleitoral, o candidato precisa estar ciente de contemplar. pelo menos, três
requisitos básicos:

1º - Ser conhecido como bom cidadão perante a sociedade.

2º - Ser independente financeiramente para não dar a impressão que esteja buscando
apenas salário.

3º - Ter rede de contatos com um número expressivo de pessoas com quem possa
contar na campanha".

Propaganda eleitoral

A propaganda eleitoral, hoje, exige mais cuidado do que no passado, pois toda
despesa com campanha precisa ser registrada e comprovada por meio de notas
fiscais, para que as contas dos candidatos sejam aprovadas e, posteriormente,
diplomados os eleitos. -Na minha candidatura. em 2008, foquei meu orçamento na
publicidade, talvez por ter formação na área e confiar no dito popular: "quem não é
visto, não é lembrado". Por isso. é preciso mostrar-se para ter sucesso".

Pesquisas eleitorais são outras formas de propaganda, pois facilitam a tomada


de decisões, embora não garantem vitória. Pode-se citar um exemplo a respeito disso:
Imagine que alguém resolva instalar um restaurante em um bairro nobre da cidade,
sem antes fazer uma pesquisa de mercado para saber se os moradores próximos,
possíveis clientes, têm o hábito de almoçar fora. Isto chama a atenção para o fato de
que é muito mais barato uma pesquisa de mercado do que o prejuízo de uma falência
de mercado. O exemplo vale também para a política, na qual o candidato permanece
um período eleitoral de três meses até as eleições, esperando seu alvará de
funcionamento. As pesquisas têm duas boas vantagens: a primeira é que os eleitores
passam a comentar sobre elas, constantemente falam sobre o candidato, a segunda
vantagem é saber o que o público espera. Também é importante lembrar a
importância de analisar as épocas em que são feitas as pesquisas.

Veja este exemplo: faz calor de 30 graus na cidade e você pergunta ao cidadão
se ele gostaria de tomar um sorvete e sem custo? Provavelmente ele dirá que sim.
Mas se estiver fazendo frio de 10 graus é possível que ele diga que não. Nesse caso,
talvez ele prefira uma xícara de café, ou seja, saber o que perguntar e quando
perguntar é muito importante. Tentar fazer perguntas em que o entrevistado não seja
induzido à resposta é, no mínimo, mais aconselhável, mais prudente. Direcionando
para o lado político e dirigindo-se ao eleitor: você quer mudar o atual governo? A
pergunta se torna muito vaga, pois o entrevistado pode ter recebido um aumento de
salário, perdido o emprego ou passou a pagar mais impostos pela casa que ampliou,
tendo-se urna resposta muito relativa.

Você votaria em um candidato que tem o apoio do prefeito atual?


Sim:

Não:

Porquê:

Como candidato é possível ver os pontos fortes e fracos da gestão. Ouvir,


nunca é demais. Trabalhar com ideias diferenciadas, ser humilde, dar atenção tanto
aos mais necessitados como aos de maior poder aquisitivo é um dos grandes
segredos da política.

Você vota em siglas partidárias?

Com o passar dos anos, é cada vez maior o número de eleitores descrentes
em siglas partidárias, e com certa razão. É provável que isso se deva ao fato de que
são raros os partidos cujos membros ainda não os feriram com escândalos
fraudulentos. Mas, acima dos partidos, há pessoas de boa índole, em quem
precisamos confiar. Caso o candidato pertença a determinado partido com regras
rígidas, não é motivo para se portar de forma reciproca a tais regras. Afinal, são raros
os partidos que executam ou punem com expulsão seus membros por prática de
corrupção, embora nos seus estatutos seja legalmente possível. Na prática, torna-se
uma situação desconfortável quando membros de determinado partido se envolvem
em escândalo, levando seguidores sérios a pedirem afastamento. Há, também, casos
em que o candidato é oportunista, ao sentir-se pressionado dentro de uma sigla ele
acaba migrando para outra, com o propósito de obter vantagens ou ter melhores
oportunidades.

Por que são sempre os mesmos?

A maioria dos partidos diz ter candidatos a prefeito e, na hora "H", junta-se,
deixando o eleitor confuso, isto é, sem opção de votar. Isso acontece por vários
motivos, dentre os quais a falta de consenso entre siglas, aumentado as chances de
vitória dos concorrentes, em razão de o grupo se fortalecer.

É por essa razão que vemos, repetidamente, as mesmas figuras nas eleições.
No caso de candidatos a vereador ou a deputado, é por falta de pessoas interessadas
em concorrer Porém, existem também os persistentes que concorrem em todas as
eleições, mesmo sem coligações, querem, de certa forma, ganhar pelo "cansaço" ou
pela falta de opção, no entanto, isso não é a melhor opção, pois sem "exército não se
ganha batalha".

Infelizmente nas eleições acontece uma farra de coligações que, na maioria


das vezes, é feita tão somente pensando no poder. Seria prudente não haver
coligações e ter poucos partidos, pois existem situações em que partidos coligam-se
com os piores adversários, com a escusa de tirar proveito.

A reforma política que esta tramitando no Congresso Nacional poderá gerar


algumas mudanças no futuro. No entanto, se depender do interesse de certos
legisladores federais, vai demorar muito tempo. Por isso, precisamos nos incluir no
processo para construir outra realidade. É de pessoas novas ou diferentes e honestas,
com competência, que precisamos, em detrimento dos maus políticos, que merecem
ser punidos.

Devemos incluir novas ideias na política, que criem corpo e sejam aplicadas. E
é necessário que o povo também deseje isso; do contrário. voltaremos ao ponto de
partida, onde continuaremos a ver "Y", "X" , "Z" nas cadeiras. com as mesmas
opiniões e ideias. Então, assim que você, eleitor, for exercer o direito de cidadão, que
é o voto, analise o perfil e as propostas dos seus candidatos, que devem estar
voltadas aos interesses do povo. Em minha opinião, pessoas que "caminham com
suas próprias pernas" desejam dos políticos muito trabalho, menos cobranças de
impostos, projetos em defesa do povo e não de suas próprias siglas.

Enfim, os Poderes constituídos: o Executivo, o Legislativo e o Judiciário, cada


um com suas funções, tem o dever de zelar pelos interesses de seus munícipes.

A culpa é de quem?

Você já deve ter notado que a "corda sempre arrebenta no lado mais fraco" e,
nesse caso, os culpados são os vereadores que, para a população, aprovaram ou não
quiseram fazer, ou seja, os bons pagam pelos maus.

Por isso é oportuno perguntar a você. amigo leitor e eleitor: em quem você
votou. para vereador, nas últimas eleições? Será que você também não é responsável
por eleger maus administradores? A reflexão remete para a necessidade de o eleitor
avaliar o perfil do candidato, antes de confiar-lhe o voto. Também é interessante
precaver-se das fofocas que circulam na hora da campanha, pois as mesmas podem
constituir-se numa estratégia recorrente na "guerra" da disputa eleitoral.

É interessante compartilhar algo engraçado, que aconteceu em minha


campanha, na véspera da eleição: "Era sábado, 04 de outubro de 2008.
aproximadamente 14 horas e 30 minutos. Após almoço rápido, sai para visitar eleitores
e desliguei meu celular para evitar os famosos pedintes que ligam em fim de
campanha, convidando para uma visita. E, como tudo é novo, fui. Deparei-me com
pedidos de dinheiro e favores. os quais não tinham nada a haver com minha proposta
política. Para evitar isso, continuei com meu celular desligado e fui visitar outros
amigos eleitores pré-agendados. Foi quando um "engraçadinho" ligou para minha
casa, perguntando se era verdade que eu estava preso, acusado de compra de votos
ou algo do gênero. Imaginem a preocupação de meus familiares. Daquela hora em
diante, até meu retorno, ficaram desesperados. O alívio só chegou quando retornei da
rua, por volta das 20 horas. Foram apenas boatos, no entanto, uma situação
desagradável que me serviu de lição". Naquela eleição eram 12 mil eleitores para os
cargos de vereador, em minha cidade, e mais de cinquenta candidatos disputando as
nove vagas.

Como você age sob pressão?

Caso você pense em ser candidato, saiba que essa trajetória não é para
qualquer um, o espaço é para poucos. Para ser eleito é necessário muito trabalho e
dedicação. Já, para quem tem cargo eletivo, é sabido que se lida com muitos
interesses de empresários, de partidos e de pessoas e, muitas delas, desejam obter
vantagens próprias sobre decisões do vereador. Não raro são propostas tentadoras,
solicitando que o parlamentar as ajude a resolver seus próprios problemas. Dentre
outros exemplos, pode ser citado o fato de um proprietário solicitar a aprovação de
loteamento, de forma irregular, da qual resultaria na baixa do custo para o loteador,
porém afetando os compradores dos referidos terrenos. Fato como esse aponta que
somente quem tem gosto pela política e dispõe de boa estrutura familiar e financeira
pode exercer, de forma transparente, a função.

Escrevi este livro com o intuito de encorajar os que desejam adentrar à política.
A eles, meu recado de estímulo e uma boa dose de preparo, a fim de evitar angústias,
embora sejam inerentes aos que trilham esse caminho.

Enfim, gostaria de expressar enorme agradecimento a toda a população pela


chance que tive de proporcionar qualidade de vida a cada cidadão. Nesse breve
ensaio pude colocar meu ponto de vista a respeito do verdadeiro segredo da política,
por meio da qual é possível realizar mudanças. Para isso é necessário que pessoas
que desejam o bem participem do processo, seja na condição de candidato, de cabo
eleitoral ou de eleitor.

Minha intenção de prosseguir está pautada no caminho do bem, para que, por
meio do meu trabalho, eu possa orgulhar a classe política.

Direitos de publicação exclusivos do autor. É proibida a reprodução total ou


parcial desta obra, por quaisquer meios, sem permissão do editor.

Depósito Legal junto a Biblioteca Nacional, conforme decreto nº1823, de 20 de


dezembro de 1907.

Número ISBN: 978-85-915356-0-6


Acesse:
www.eunapolitica.com.br

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