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Segredo
da
Política
Apresentação
Este livro conta um pouco dos bastidores da política. Contém projetos que
propus ao município, durante o período em que atuei como legislador.
Pretendo, com esta obra, socializar conhecimentos às pessoas que ainda não
tiveram essa experiência e que os mesmo ajudem a elas a evitar percalços ao
enfrentar uma carreira como esta. A política é uma profissão – embora não
regulamentada, que parece fácil aos olhos de muitos, na verdade, somente alguns,
com muito trabalho e esforço, são os que conseguem chegar ao topo.
Sumário
Ótima leitura!
Dedicatória
É com grande satisfação que lhe entrego este livro, caro leitor. Ele faz parte de
um momento que vivo, chamado “Política”. Espero que ele lhe proporcione
conhecimento e acrescente algo em sua vida, assim como o foi para mim. Escrevo-
lhe, por acredito na política feita por pessoas de boa índole e não somente por
partidos políticos. Porém, a decisão cabe a nós e não a outros. Agradeço-lhe por ler
este livro, imaginando que, ao fazer isso, você estará fazendo a sua parte. Peço que
propague as boas causas públicas, pois só assim deixaremos um futuro melhor para
os filhos de hoje e aos que virão.
Sou grato a minha esposa Kerly Catani Hippler, ao meu filho Gabriel e a minha
filha Eduarda, que souberam entender os momentos ausentes em decorrência de
minhas funções públicas. Da mesma forma agradeço ao meu pai Cirio Hippler, que me
levava, desde pequeno, aos encontros políticos, os quais fizeram com que eu tomasse
gosto pela causa. Enfim, a cada pessoa, indistintamente, com quem pude conversar
durante essa trajetória, meus sinceros agradecimentos.
O segredo da política
Bem ou mal, as pessoas falam sobre política e, queira ou não, ela tem
influência na vida de cada um. Em casa, nas compras ou nas vendas, todos os dias
vivemos em torno de decisões tomadas por políticos, sejam elas boas ou ruins. Mas,
por que votamos em mais políticos, mesmo sabendo que há os que se envolveram em
algum escândalo?
Os vereadores são eleitos pelo voto direto, para um mandato de quatro anos,
sendo que a legislatura inicia com a instalação da câmara, que ocorre no dia 1º de
janeiro do mais votado ao que procede à posse aos demais e também ao prefeito e ao
vice-prefeito, bem como elege a Mesa Diretora, a Comissão Representativa e as
Comissões Permanentes.
Um dos limites para os vereadores é que eles não podem propor projetos que
impliquem em criação de novas despesas para o município; mas há assuntos que
somente os vereadores podem propor.
Sim, desde que, para tais despesas, estejam fixados seus orçamentos em leis,
tais como: PPA — Plano Plurianual, LDO — Lei de Diretrizes Orçamentárias e LOA —
Lei Orçamentária Anual, onde as mesmas fixam os orçamentos, criam as rubricas e
definem em quais setores serão aplicados os recursos dos impostos do município.
A LOA - Lei Orçamentária Anual, é uma lei elaborada pelo Poder Executivo,
que estabelece as despesas e as receitas que serão realizadas no próximo ano. A
Constituição determina que o orçamento deve ser votado e aprovado até o final de
cada ano. Compete ao prefeito enviar à câmara o PPA -Plano Plurianual, o projeto da
LDO - Lei de Diretrizes Orçamentárias e as propostas de orçamento previstas na
Constituição.
Após o parecer das Comissões, o projeto pode ter sua votação adiada. Isso
acontece quando algum vereador faz um pedido de vistas, que é aceito apenas uma
vez. Nesse caso, a votação é adiada conforme o pedido, por uma ou duas sessões.
Todas as leis municipais que foram aprovadas, até hoje, na câmara, estão à
disposição para consulta dos interessados. Caso o cidadão tiver dúvidas sobre seus
direitos, em muitos casos, os vereadores e assessores têm condições de prestar tais
informações.
Hoje em dia, o uso das redes sociais permite-nos ter uma dimensão de quantas
pessoas conhecemos e de quantas nos conhecem. Porém, isso não nos garante que a
pessoa que nos estima irá nos votar. "Tive essa experiência. Quando fui candidato,
pela primeira vez, ao cargo de vereador, em 2008, percebi que muitos dos meus
amigos desejavam votar em mim, porém esbarravam em várias questões: ora tinham
um amigo mais próximo, ora um parente ou um cliente - no caso de um empresário".
São situações que os candidatos enfrentam, mesmo não sabendo, e a certeza dos
nomes só vem depois do ato da candidatura.
Às vezes surpreende que o candidato receba votos de pessoas com quem teve
pouco contato e não das que estão diretamente ligadas a ele. Também é conhecido o
fato que amigos muito ligados a ele — ao candidato, acabem conhecendo-o tanto que
ficam sabendo de seus pontos fracos, de suas falhas, de suas travessuras, gerando
preconceito em vez ajudar. Além disso, o voto é um ato tão íntimo que é
humanamente impossível saber se o amigo eleitor foi fiel à expectativa do candidato.
Tudo na vida é importante. E andar bem vestido é passara ser visto pelas
pessoas sob olhares diferentes. "No meu caso, sempre fui urna pessoa bem sucedida.
Na minha juventude gostava de usar cabelos compridos, mas com o passar do tempo
fui entendo que as posições sociais que passei a ocupar não me permitiam mais
certas coisas, principalmente certos desleixos, pois comprometiam minha imagem.
Entendo que poderia continuar sendo bem sucedido mantendo certos hábitos
passados, como o uso de cabelos compridos. Porém, talvez para muitas pessoas isso
possa causar má impressão, pois ainda paira certo preconceito sobre o modo de
vestir". Esta reflexão remete à seguinte questão: É mais fácil mudar a sociedade, isto
é, a opinião de milhares de pessoas ou simplesmente a pessoa mudar?
Custos X Benefícios
Sinto lhe dizer isso: mas a política, para as pessoas honestas, é uma
contribuição para a comunidade. À primeira vista, é curioso, no contra-cheque, o
salário "gordo" do vereador, do prefeito, do deputado, e isso leva a pensar... "se eu
ganhasse o que eles ganham, estaria tranquilo com minhas finanças". Porém,
somente quem vive a realidade saberá explicar melhor que nem tudo que se vê é o
que se vive. Não estou defendendo, nem dizendo que os políticos ganham mal, pelo
contrário, acredito que são bem remunerados pelo que fazem. Porém, se fizerem
somente o trabalho de parlamentar, ou seja, viver o mandato "24 horas por dia", não
valerá a pena, financeiramente falando. Em tese os políticos ganham muito bem: seus
salários são realmente mais altos do que o de um trabalhador normal, porém os
eleitos, os que possuem mandato eletivo ativos têm muitas despesas extras e que não
são reveladas aos que estão de "fora", tanto para conseguirem se eleger quanto para
se manterem na função.
Em uma cidade com pouco mais de dez mil eleitores, o salário de um vereador,
por exemplo, varia de 2 a 3 salários mínimos. Não deixa de ser um bom salário, porém
descontados os gastos com encargos e outros custos, o salário médio fica em torno de
1 ou 2 salários mínimos – valor fácil de conseguir na vida privada. Isso sem levar em
conta o custo da eleição para o candidato.
Vereador: Senhor X
3 Salários mínimos
Ajudas comunitárias.
Tanto durante quanto depois das eleições acontecem muitos casos de eleitores
pedirem dinheiro aos candidatos, prática normal em cidades pequenas, talvez em
razão de a mídia falar bastante deles, ou em decorrência da publicidade e da
transparência, quesitos estes que a administração pública é obrigada a manter.
“Já vivenciei histórias de todo tipo, tantas que fico até em dúvida sobre quais
são realmente verdadeiras ou falsas”. Há pedidos até para atender viciados a beber
um copinho de pinga no bar, o que constitui um grave perigo social.
Cada centavo que o parlamentar doa a pessoas que não necessitam para fins
benéficos será como se estivesse adotando um sócio em seu mandato, ou seja, cada
vez que o cidadão sentir-se "apertado" ele vai lembrar-se do candidato e lhe pedirá
dinheiro novamente, estabelecendo um ciclo vicioso sem fim. Porém, é oportuno
ressalvar os casos de auxílio a pessoas por motivo de doença, emergência e ajuda a
entidades.
Tempo de dedicação ao mandato
"Antes de entrar para a política, eu pensava que o vereador pouco fazia para
merecer o salário que ganha para ir duas ou três vezes por semana às sessões da
câmara. Isso eu só descobri depois que entrei".
O vereador precisa dar atenção a seu povo, precisa visitá-lo e ouvi-lo. Basta,
para isso, um simples chimarrão. Se o vereador falhar em algumas dessas atividades
poderá ser punido nas urnas, nas próximas eleições. "Acredito que, em sua
experiência, caro eleitor, a exemplo da minha, um dia você já pensou que vereador
não faz nada. Talvez, o que falta é aproximar-se do legislativo e entender melhor qual
é a função e quais são as competências e obrigações de um vereador ou de um
prefeito. Aqui, vale a pergunta: quantas vezes você já visitou a câmara de vereadores
de sua cidade e quais são os nomes dos atuais vereadores? Caso você saiba a
resposta, parabéns! Porém a maioria dos brasileiros, não faz a mínima ideia dessa
resposta".
Não será equivoco afirmar que o desinteresse pela política, por parte de muitas
pessoas, se deva aos inúmeros escândalos envolvendo líderes. Isso pode levar jovens
a trilhar outros caminhos: uns se tornam advogados, outros médicos, outros
mecânicos, enfim, enquanto pessoas esclarecidas se afastam da política, pode haver
aventureiros buscando uma oportunidade, um meio de sobrevivência nela, porém sem
nenhuma noção sobre a função que irão assumir. Por isso, corremos o risco de eleger
pessoas ignorantes que necessitam contratar profissionais para lhes ensinar a
governar. .
Elaborei a lei que regulamenta sons ambulantes no município, cuja intenção foi coibir a
poluição sonora feita por alguns vendedores, fixando horários e decibéis permitidos no
perímetro urbano.
Também elaborei a Lei de combate ao Bulling, cujo tema fez com que houvesse
debates, seminários e palestras nas escolas, alertando sobre o fato de que toda
brincadeira de mau gosto, como piadas, apelidos e agressões pode causar traumas
permanentes na pessoa.
Através de decreto legislativo. pude instalar a Ouvidoria da Câmara, uma via direta do
cidadão, por meio do telefone ou pessoalmente.
Pude fazer com que as sessões fossem transmitidas pela internet, a fim de que o
cidadão possa acompanhar em casa o trabalho de seus vereadores.
O bom político
“Quando faço minhas visitas ao eleitor, costumo levar uma recordação, no caso
uma fotografia de um momento em que estivemos juntos, como forma de reforçar a
presença na casa dele. Este passa a ser um momento agradável durante o qual é
possível ter uma conversa franca e honesta, aumentando a credibilidade para
defendê-lo, bem como se torna uma oportunidade para colher opiniões para meu
trabalho.
2º - Ser independente financeiramente para não dar a impressão que esteja buscando
apenas salário.
3º - Ter rede de contatos com um número expressivo de pessoas com quem possa
contar na campanha".
Propaganda eleitoral
A propaganda eleitoral, hoje, exige mais cuidado do que no passado, pois toda
despesa com campanha precisa ser registrada e comprovada por meio de notas
fiscais, para que as contas dos candidatos sejam aprovadas e, posteriormente,
diplomados os eleitos. -Na minha candidatura. em 2008, foquei meu orçamento na
publicidade, talvez por ter formação na área e confiar no dito popular: "quem não é
visto, não é lembrado". Por isso. é preciso mostrar-se para ter sucesso".
Veja este exemplo: faz calor de 30 graus na cidade e você pergunta ao cidadão
se ele gostaria de tomar um sorvete e sem custo? Provavelmente ele dirá que sim.
Mas se estiver fazendo frio de 10 graus é possível que ele diga que não. Nesse caso,
talvez ele prefira uma xícara de café, ou seja, saber o que perguntar e quando
perguntar é muito importante. Tentar fazer perguntas em que o entrevistado não seja
induzido à resposta é, no mínimo, mais aconselhável, mais prudente. Direcionando
para o lado político e dirigindo-se ao eleitor: você quer mudar o atual governo? A
pergunta se torna muito vaga, pois o entrevistado pode ter recebido um aumento de
salário, perdido o emprego ou passou a pagar mais impostos pela casa que ampliou,
tendo-se urna resposta muito relativa.
Não:
Porquê:
Com o passar dos anos, é cada vez maior o número de eleitores descrentes
em siglas partidárias, e com certa razão. É provável que isso se deva ao fato de que
são raros os partidos cujos membros ainda não os feriram com escândalos
fraudulentos. Mas, acima dos partidos, há pessoas de boa índole, em quem
precisamos confiar. Caso o candidato pertença a determinado partido com regras
rígidas, não é motivo para se portar de forma reciproca a tais regras. Afinal, são raros
os partidos que executam ou punem com expulsão seus membros por prática de
corrupção, embora nos seus estatutos seja legalmente possível. Na prática, torna-se
uma situação desconfortável quando membros de determinado partido se envolvem
em escândalo, levando seguidores sérios a pedirem afastamento. Há, também, casos
em que o candidato é oportunista, ao sentir-se pressionado dentro de uma sigla ele
acaba migrando para outra, com o propósito de obter vantagens ou ter melhores
oportunidades.
A maioria dos partidos diz ter candidatos a prefeito e, na hora "H", junta-se,
deixando o eleitor confuso, isto é, sem opção de votar. Isso acontece por vários
motivos, dentre os quais a falta de consenso entre siglas, aumentado as chances de
vitória dos concorrentes, em razão de o grupo se fortalecer.
É por essa razão que vemos, repetidamente, as mesmas figuras nas eleições.
No caso de candidatos a vereador ou a deputado, é por falta de pessoas interessadas
em concorrer Porém, existem também os persistentes que concorrem em todas as
eleições, mesmo sem coligações, querem, de certa forma, ganhar pelo "cansaço" ou
pela falta de opção, no entanto, isso não é a melhor opção, pois sem "exército não se
ganha batalha".
Devemos incluir novas ideias na política, que criem corpo e sejam aplicadas. E
é necessário que o povo também deseje isso; do contrário. voltaremos ao ponto de
partida, onde continuaremos a ver "Y", "X" , "Z" nas cadeiras. com as mesmas
opiniões e ideias. Então, assim que você, eleitor, for exercer o direito de cidadão, que
é o voto, analise o perfil e as propostas dos seus candidatos, que devem estar
voltadas aos interesses do povo. Em minha opinião, pessoas que "caminham com
suas próprias pernas" desejam dos políticos muito trabalho, menos cobranças de
impostos, projetos em defesa do povo e não de suas próprias siglas.
A culpa é de quem?
Você já deve ter notado que a "corda sempre arrebenta no lado mais fraco" e,
nesse caso, os culpados são os vereadores que, para a população, aprovaram ou não
quiseram fazer, ou seja, os bons pagam pelos maus.
Por isso é oportuno perguntar a você. amigo leitor e eleitor: em quem você
votou. para vereador, nas últimas eleições? Será que você também não é responsável
por eleger maus administradores? A reflexão remete para a necessidade de o eleitor
avaliar o perfil do candidato, antes de confiar-lhe o voto. Também é interessante
precaver-se das fofocas que circulam na hora da campanha, pois as mesmas podem
constituir-se numa estratégia recorrente na "guerra" da disputa eleitoral.
Caso você pense em ser candidato, saiba que essa trajetória não é para
qualquer um, o espaço é para poucos. Para ser eleito é necessário muito trabalho e
dedicação. Já, para quem tem cargo eletivo, é sabido que se lida com muitos
interesses de empresários, de partidos e de pessoas e, muitas delas, desejam obter
vantagens próprias sobre decisões do vereador. Não raro são propostas tentadoras,
solicitando que o parlamentar as ajude a resolver seus próprios problemas. Dentre
outros exemplos, pode ser citado o fato de um proprietário solicitar a aprovação de
loteamento, de forma irregular, da qual resultaria na baixa do custo para o loteador,
porém afetando os compradores dos referidos terrenos. Fato como esse aponta que
somente quem tem gosto pela política e dispõe de boa estrutura familiar e financeira
pode exercer, de forma transparente, a função.
Escrevi este livro com o intuito de encorajar os que desejam adentrar à política.
A eles, meu recado de estímulo e uma boa dose de preparo, a fim de evitar angústias,
embora sejam inerentes aos que trilham esse caminho.
Minha intenção de prosseguir está pautada no caminho do bem, para que, por
meio do meu trabalho, eu possa orgulhar a classe política.