Вы находитесь на странице: 1из 33

T.R.

E – Técnicas Radiológicas Especiais

Metodologia:

Normalmente são obtidas com tempos determinados, após iniciar o


contraste com:
- 30 minutos em projeção AP.
- 60 minutos
- 90 minutos
-120 minutos
-150 minutos
-180 minutos
- 240 minutos
- 300 minutos, até o encerramento, ou à critério médico.

NOTA: Nos exames realizados em pacientes colecistectomizados, é


recomendado manter o paciente em D.D. durante todo o exame. (Método de
Robert Wise).

Observação: Pacientes com taxa de bilirrubina menor que 3 mg e maior que 5


mg não podem submeter-se a este tipo de exame, pacientes que fazem uso
anticoncepcionais ou antibióticos terão as imagens prejudicadas. Atenção
especial à possíveis reações ao meio de contraste no momento da chegada deste
aos pulmões, onde ocorrerá a liberação de histamina.

OBS: A colangiografia endovenosa é raramente realizada hoje devido à elevada


incidência de reações ao meio de contraste. Com este risco adicional de possível
reação ao meio de contraste, outros procedimentos de diagnóstico são mais
seguros e mais precisos, como a ultra-sonografia.

COLANGIOGRAFIA INTRA-OPERATÓRIA

Como o próprio nome já diz é um exame realizado durante cirurgia,


geralmente durante uma colecistectomia. O cirurgião pode suspeitar de cálculos
residuais localizados em um dos ductos biliares. Após a remoção da vesícula
biliar, um pequeno cateter é introduzido na porção remanescente do ducto cístico.
É injetado meio de contraste iodado, e são feitas radiografias convencionais. Na

Professor: Ricardo Pereira e-mail: rad_rick@hotmail.com


T.R.E – Técnicas Radiológicas Especiais

maioria dos casos é exigido o uso de aparelho portátil com elevado mA e uso de
grade difusora. Alguns cirurgiões preferem o uso do intensificador de imagens ou
arco-cirurgico, para produzir imagens em tempo real dos ductos durante a injeção
do meio de contraste.

Objetivo:

As colangiografias operatórias são realizadas para:

1. Revelar quaisquer colelitos não detectados previamente (objetivo


primário)
2. Determinar o estado funcional da ampola hepatopancreática.
3. Demonstrar pequenas lesões, estreitamentos ou dilatações dentro
dos ductos biliares.

Estruturas visualizadas:

Sistemas de ductos biliares, drenagem para o duodeno e quaisquer


cálculos biliares residuais.
Posição do paciente e da parte:
Paciente em decúbito dorsal sobre a mesa de cirurgia.
Comunicar-se com a equipe cirúrgica sobre posição do paciente,
posicionamento do filme e localização do RC.
DfoFi mínima de 102 cm.
Colimar para aproximar as bordas do filme.
A exposição é feita após o cirurgião injetar o meio de contraste e o
anestesista interromper o movimento respiratório do paciente.

Nota: Sempre que possível, realizar uma radiografia simples antes do início da
cirurgia.

Critérios de avaliação:

É demonstrado todo o sistema de ductos biliares preenchidos por


meio de contrastes.
Não há evidência de movimento na radiografia.
Emprego de técnica apropriada para visualizar o sistema de ductos
biliares.

Metodologia:

Paciente em decúbito dorsal, hipocondrio direito localizado e realiza-se uma


radiografia simples:

1- Injeta-se 5 ml de contraste e realiza-se uma radiografia


2- Injeta-se 5 ml de contraste e realiza-se outra radiografia
3- Injeta-se 10 ml de contraste e realiza-se outra radiografia

- R.C. - perpendicular ao abdome, entrando 5 cm acima da Crista Ilíaca


- Chassis - 24 x 30

Professor: Ricardo Pereira e-mail: rad_rick@hotmail.com


T.R.E – Técnicas Radiológicas Especiais

COLANGIOGRAFIA PELO DRENO DE KEHR / TUBO T

As colangiografias pelo dreno de Kehr (tubo T) são


realizadas para:
Visualizar quaisquer colelitos residuais ou previamente não
detectados. Avaliar o estado do sistema ducto biliar.
Demonstrar pequenas lesões, estenoses ou dilatações
dentro dos ductos biliares.

Preparo

Antes do início do exame é realizado assepsia do


dreno e retirada de ar do mesmo, evitando assim uma
possível pseudo-imagem (imagem falsa), se possível
observar o refluxo da bile, assim que o refluxo da bile
atravessar todo o cateter, conecta-se uma seringa ao cateter, com 15 ml de
contraste iodado.

Metodologia:

O procedimento mais indicado é a fluoroscopia, mas quando são realizados


em aparelhos de Raios-X convencionais, sem TV, a procedência deverá ser a
seguinte:
1ª Injetar de 3 a 5 ml de contraste iodado e radiografar as vias biliares.
2ª Aguardar cerca de 3 minutos, para que o contraste se encaminhe para
o duodeno, e radiografar as vias biliares.
3ª Injetar o restante do contraste, cerca de 10 ml e novamente radiografar
as vias biliares.

COLANGIOPANCREATOGRAFIA RETRÓGRADA ENDOSCÓPICA (CPRE)

Exame realizado para diagnosticar colestase de causa não esclarecida,


estenose da árvore biliar, litíase do colédoco, avaliar a pancreatite crônica,
esclarecer a etiologia das pancreatites agudas recorrentes, além de diagnosticar
tumores do sistema biliar e do pâncreas. O exame é feito por controle
endoscópico, pela introdução de um fibroduodenoscópio, de onde saíra um
cateter que será introduzido nas vias biliopancreaticas, até encontrar a papila
duodenal, onde será injetado o contraste iodado que desemboca direto no

Professor: Ricardo Pereira e-mail: rad_rick@hotmail.com


T.R.E – Técnicas Radiológicas Especiais

colédoco por via retrógrada sob controle fluoroscópico. São feitas exposições
radiográficas nas posições AP, Perfil, PA, OAD e se possível também em
ortostática. É importante lembrar que o esvaziamento do pâncreas é bastante
rápido (alguns segundos) e das vias biliares não obstruídas ocorre em três a
quatro minutos. Este exame está contra-indicado para pacientes com lesões
obstrutivas que podem impedir a progressão do endoscópico, doenças
cardiorrespiratórias graves. O paciente deverá estar em jejum de 8 horas.

EXAMES CONTRASTADOS DO SISTEMA URINÁRIO E OUTROS

SISTEMA URINÁRIO

FUNÇOES DO SISTEMA URINARIO

A função primária do sistema urinário é a produção e a eliminação de urina.


Durante a produção de urina, os rins realizam as seguintes tarefas:

1 - Remoção das escórias nitrogenadas;


2 - Regulação hídrica do organismo;
3 - Balanço hidroeletrolítico e ácido-básico do sangue.

As escórias nitrogenadas como a uréia e a creatinina são formadas durante


o metabolismo normal das proteínas. O aumento anormal das escórias
nitrogenadas no sangue resulta na condição clínica chamada uremia.
A radiografia simples do abdome, mostra muito pouco do sistema urinário.
Os contornos grosseiros dos rins geralmente são mostrados devido à cápsula de
gordura que os circunda.
Em geral, o sistema urinário funde-se às outras estruturas de tecidos moles
da cavidade abdominal, assim exigindo meio de contraste para sua perfeita
visualização.

Professor: Ricardo Pereira e-mail: rad_rick@hotmail.com


T.R.E – Técnicas Radiológicas Especiais

UROGRAFIA:

O exame radiológico do sistema urinário é, em geral, denominado


urografia. O prefixo uro designa uma relação com a urina ou com o trato urinário.

MEIOS DE CONTRASTES:

Os dois principais tipos de meios de contrastes usados em urologia são os


iônicos e os aniônicos ou não-iônicos.
As estruturas químicas dos dois tipos diferem-se um pouco e comportam-se de
forma distinta no organismo.

Contraste iodado iônico:

Durante muitos anos, os pacientes receberam um tipo de meio de contraste


iodado, orgânico, denominado iônico. Este agente de contraste contém iodo como
elemento opacificante, e outros componentes químicos para criar uma molécula
complexa. Esses elementos geralmente são o sódio ou meglumina, ou uma
combinação dos dois, que é um elemento de cadeia carregado que chamamos de
cátion.
O cátion é combinado a um componente negativamente carregado denominado
ânion, que são o diatrizoato e o iotamalato, que ajudam a estabilizar o meio de
contraste.

Contraste iodado não-iônico:

No final da década de 1960, foi desenvolvida uma nova geração de meios


de contraste que também possui iodo necessário para a opacificação, mas que
não contém cátions positivamente carregados.Sendo que o cátion quando
carregado é o maior fator de reações mais pronunciadas.

Efeitos colaterais comuns:

Os efeitos colaterais ocorrem em muitos pacientes como um resultado


previsto ao meio de contraste
iodado injetado. São breves e autolimitados. Dois efeitos colaterais comuns após
a injeção intravenosa são calor temporário e gosto metálico na boca.
Tanto o primeiro, particularmente na face, quanto o segundo geralmente cessam
logo.Por isso, que ao fazermos a anamnese, devemos alertar o paciente para os
possíveis efeitos após a injeção do meio de contraste, explicando
cuidadosamente os procedimentos antes, durante e após o exame, ajudando a
reduzir a ansiedade do paciente.

Anamnese do paciente:

Uma anamnese cuidadosa pode servir para alertar a equipe médica para
uma possível reação. Pacientes com uma história de alergia possuem maior
tendência a apresentarem reações adversas ao meio de contraste que aqueles
que não são alérgicos. Além do questionário respondido

Professor: Ricardo Pereira e-mail: rad_rick@hotmail.com


T.R.E – Técnicas Radiológicas Especiais

previamente pelo paciente, o técnico em radiologia deve fazer estas perguntas


antes de iniciar o exame :
- Você é alérgico a algo?
- Já apresentou febre do feno, asma ou urticária?
- È alérgico a quaisquer drogas ou medicamentos?
- È alérgico a iodo?
- È alérgico a frutos do mar ou mexilhões?
- È alérgico a outros alimentos?
- Já foi submetido a exame radiológico que exigisse uma injeção em artéria
ou veia?

Uma resposta positiva a qualquer uma dessas perguntas nos previne para
uma maior possibilidade de reação.
Como uma reação ao meio de contraste é possível e imprevisível, na sala de
exames deve sempre haver um carrinho de emergência totalmente abastecido
facilmente disponível sempre que for feita uma injeção intravenosa de contraste.
Além do medicamento de emergência, o carrinho deve conter material para
ressuscitação cardiopulmonar , oxigênio, aparelho de aspiração, desfibrilador,
monitor, etc.
Como vimos anteriormente às reações podem ser leves, moderadas ou
graves. Após uma injeção intravenosa de meio de contraste nunca devemos
deixar o paciente sozinho. O médico radiologista deve ser chamado
imediatamente no caso de qualquer reação moderada ou intensa.

UROGRAFIA EXCRETORA - UROGRAFIA INTRAVENOSA (UIV)

Este é o exame radiológico mais comum do sistema


urinário, onde visualizamos os pequenos e grandes cálices,
pelves renais, ureteres e bexiga.

Objetivo:

Visualizar a porção coletora do sistema urinário. Avaliar a


capacidade funcional dos rins.

Indicações clínicas:

- Massa abdominal ou pélvica.


- Cálculos renais ou ureterais.
- Traumatismo renal.
- Dor no flanco.
- Hematúria ou sangue na urina.
- Hipertensão.
- Insuficiência renal.
- Infecções do trato urinário ( ITU ).

Contra-indicaçoes

Professor: Ricardo Pereira e-mail: rad_rick@hotmail.com


T.R.E – Técnicas Radiológicas Especiais

Embora atualmente os contrastes sejam considerados relativamente


seguros, o técnico precisa tomar cuidado extra ao fazer a anamnese do paciente.
Através da anamnese, ele pode saber de certas condições que devem fazer com
que se evite a realização do exame. As principais contra-indicações são as
seguintes:

1. Hipersensibilidade ao contraste iodado;


2. Anúria, ou ausência de excreção de urina;
3. Mieloma múltiplo;
4. Diabetes, especialmente o diabetes melito;
5. Doença renal ou hepática grave;
6. Insuficiência cardíaca congestiva;
7. Feocromocitoma;
8. Anemia falciforme;
9. Uso de Glucophage (metformin);
10. Insuficiência renal, aguda ou crônica.

Preparo do paciente:

O preparo do paciente para urografia é semelhante ao do enema opaco,


isto é o trato intestinal deve estar livre de gases e material fecal, para a perfeita
visualização do trato urinário devidamente contrastado.
Como já foi dito antes devemos fazer a anamnese do paciente, fazer as perguntas
de praxe, pedir ao paciente que troque sua roupa por avental apropriado.
Devemos pedir ao paciente que urine antes de iniciarmos o exame, por duas
razões:
- A bexiga cheia demais poderia romper-se, principalmente se for aplicada
compressão no início do exame.
- A urina já presente na bexiga dilui o meio de contraste.

Procedimento:

Com o paciente em decúbito dorsal realizamos uma radiografia em AP


panorâmica do abdome e apresentamos ao radiologista para avaliação e
liberação para a injeção do meio de contraste.
Após 3 minutos da injeção de contraste realizaremos uma radiografia
localizada dos rins, procedendo então a compressão uretral, que é feita com
dispositivo próprio. Ainda com uso do compressor realizaremos outra radiografia
localizada dos rins após 5 minutos e após 10 minutos da injeção de contraste.
Após 15 minutos da injeção soltaremos a compressão e realizaremos uma
radiografia panorâmica do abdome. Realiza-se então uma radiografia de bexiga
cheia e outra pós-miccional. Este seria um procedimento padrão para um exame
de urografia excretora, porém depende do departamento e do médico radiologista
outras rotinas.

Incidências:

AP – Panorâmica
AP – Loc. Rins
AP – Loc. Bexiga

Professor: Ricardo Pereira e-mail: rad_rick@hotmail.com


T.R.E – Técnicas Radiológicas Especiais

Filmes:
35 x 43
24 x 30
18 x 24

CUIDADOS BASICOS NA REAÇÃO AO CONTRASTE

Como a reação é possível e imprevisível, deve-se ter sempre à mão todo o


equipamento de emergência necessário. Além das medicações de emergência, o
carro de parada deverá conter equipamentos de reanimação cardiopulmonar,
oxigênio portátil, aparelhos de sucção (vácuo) e de pressão e, possivelmente, um
desfibrilador e um monitor. O técnico é responsável por garantir que o carro de
parada esteja completo e disponível na sala de exames. Máscaras de O2 e
cânulas, cateteres de sucção, agulhas e seringas devem estar prontamente
disponíveis. Esse equipamento deve ser verificado periodicamente antes de um
exame contrastado. Uma medicação básica, a epinefrina, deve estar disponível
em uma seringa com agulha, pronta para uso.

Equipamentos Radiológicos e preparo da Sala de Radiologia

Os equipamentos e suprimentos necessários durante a urografia, além de


uma sala preparada para exames, são os seguintes:

1. Tipo e quantidade certos do meio de contraste, já em uma seringa


apropriada;
2. Frasco vazio do meio de contraste para mostrar ao médico ou ao
assistente que vai fazer a injeção;
3. Agulhas e escalpes tamanho 19 com circuito acoplado, todos estéreis
4. Gaze ou algodão com álcool;
5. Torniquete;
6. Toalha ou esponja para apoiar o cotovelo;
7. Escudo gonadal para os homens;
8. Bacia para vomitar;
9. Números de chumbo, cronômetro, marcadores direita/esquerda (D, E);
10. Carro de parada (emergência);
11. Epinefrina pronta para injeção;
12. Dispositivo de compressão ureteral (se usado pelo centro);
13. Compressa fria para a testa e uma quente para o sítio de punção, se
necessário;

Professor: Ricardo Pereira e-mail: rad_rick@hotmail.com


T.R.E – Técnicas Radiológicas Especiais

Esses itens devem estar preparados e prontos para uso antes de o paciente
ser levado à sala de exames.

Compressão Ureteral

Um método utilizado para aumentar o enchimento do sistema pielocaliceal


e dos ureteres proxirnais é a compressão ureteral. Além disso, a compressão
ureteral permite que o sistema coletor renal retenha o contraste por um tempo
maior, propiciando um estudo mais completo. Um. É uma faixa em Velcro que
envolve duas câmeras pneumáticas. Essas câmeras são colocadas em posição
com um molde de plástico apropriado ou espuma. Antes da injeção do contraste,
o equipamento é colocado sobre o paciente, com as câmeras desinfladas. As
duas câmeras devem ser colocadas sobre a borda externa da pelve
bilateralmente, comprimindo-se os ureteres. As câmeras devem estar em posição,
mediais as EIASs. Sem um posicionamento apropriado, o contraste é excretado
na sua velocidade normal. Uma vez que o contraste é introduzido, as câmeras
são infladas e permanecem no lugar até que as imagens pós-descompressão já
possam ser obtidas.

Existem determinadas condições que é contra indicado o uso de


compressão uretral, que incluem:

1 – possíveis cálculos ureterais;


2 – massa abdominal;
3 – aneurisma da aorta abdominal;
4 – cirurgia abdominal recente;
5 – traumatismo agudo do abdome.

Nesses casos, usamos a posição de Treudelemburg com alternativa, que


nos fornecerá alguns resultados que o procedimento de compressão, sem tanto
risco para o paciente.

Complemento técnica

Fase nefrográfica - Técnica de Poutasse:

-1 minuto (localizado das lojas renais, é aconselhável realizar esta radiografia com
corte medial dos rins utilizando um planigráfo)
-2 minutos (localizado das lojas renais, é aconselhável realizar esta radiografia
com corte medial dos rins utilizando um planigráfo ).
-3 minutos (localizado das lojas renais, é aconselhável realizar esta radiografia
com corte medial dos rins utilizando um planigráfo).

Fase estudo aparelho urinário panorâmico:

-5 minutos (visualizando todo o abdômen panorâmico)


-10 minutos (localizada das lojas renais e se possível com compressão na região
distal dos ureteres-compressão das lojas renais).
-15 minutos (abdômen panorâmico e com descompressão das lojas renais).
-20 minutos (abdômen panorâmico)

Professor: Ricardo Pereira e-mail: rad_rick@hotmail.com


T.R.E – Técnicas Radiológicas Especiais

radiografia pós miccional (residual), também conhecida como prova de Brasch.


A prova de Brasch é especialmente recomendada em pacientes do sexo
masculino, com idade superior a 40 anos.
Obs.: Para visualizar melhor os ureteres poderemos realizar a radiografia de 20
minutos em decúbito ventral ou solicitar ao paciente, tossir antes da exposição
radiográfica.
A prova de Wast-out consiste em administrar um agente diurético durante a
realização da Urografia Excretora, a injeção deve ser aplicada em tomo de 10
minutos, após o meio de constrate ter percorrido pelo sistema urinário do
paciente, efetuando as demais exposições radiográficas descritas acima.

UROGRAFIA RETROGRADA OU PIELOGRAFIA

Ao contrário da urografia excretora, este é um exame não-funcional do


sistema urinário. É realizado através de cateter uretral, feito previamente pelo
urologista.

Objetivo

A urografia retrógrada é um exame não-funcional do sistema urinário,


durante o qual o meio de contraste é introduzido diretamente por via retrógrada
(contra o fluxo) no sistema pielocaliceal, via cateterização, por um urologista
durante um procedimento tipo pequena cirurgia. O exame é não-funcional porque
os processos fisiológicos normais não estão envolvidos no procedimento. Ele é
realizado, em geral, para se determinar à localização de cálculos urinários ou
outros tipos de obstrução,

Procedimento

Em ambiente cirúrgico, o paciente é colocado na mesa de cistoscopia/


radiografia, em posição de litotomia modificada, que requer que as pernas sejam
presas a suportes, o paciente deve ser sedado ou anestesiado. O urologista
insere o cistocópio pela uretra até a bexiga. Após examinar a bexiga, o urologista
insere o cateter ureteral em um ou ambos os ureteres. Idealmente, a ponta de
cada cateter é colocada na pelve renal.
Após a cateterização, uma radiografia de teste é obtida, permitindo ao
técnico checar a técnica e o posicionamento e ao urologista checar a localização
do cateter.
A segunda radiografia na urografia retrógrada é uma pielografia. O
urologista injeta 3 a 5 ml do contraste, através do cateter, diretamente na pelve
renal em um ou ambos os rins. Pede-se ao paciente para prender a respiração
após a injeção, e a exposição é feita.
A terceira e última radiografia é o ureterograma. A cabeceira da mesa é
elevada para essa última etapa. O urologista retira o cateter, e simultaneamente,
injeta o contraste em um ou ambos os ureteres, indicando quando deve se dar à
exposição. O exame serve para visualízar as estruturas internas de ambos os rins
e ureteres,

Professor: Ricardo Pereira e-mail: rad_rick@hotmail.com


T.R.E – Técnicas Radiológicas Especiais

CISTOGRAFIA RETROGRADA

Este também é um exame não funcional é o exame radiológico da bexiga.

Procedimento:

Não há preparo específico do paciente, devemos pedir ao paciente que


esvazie a bexiga antes de passarmos a sonda vesical. Depois do cateterismo
vesical de rotina sob condições assépticas, geralmente realizado pelo técnico ou
auxiliar de enfermagem, a bexiga é antão cheia com contraste diluído em soro
fisiológico. Deve-se deixar que o contraste flua apenas pela ação da gravidade.
Nunca se deve ter pressa e tentar introduzir o contraste sob pressão, pois pode
haver ruptura da bexiga com o uso de pressão desnecessária. Após a bexiga
cheia, que pode exigir de 15 a 500 ml, serão realizadas radiografias de rotina em
AP com inclinação caudal de 15°, obliqua direita e obliqua esquerda. Filmes: 24 x
30.

URETROCISTOGRAFIA

Radiografias miccionais são obtidas após a cistografia de rotina. Quando


as imagens são combinadas dessa maneira, o exame é denominado
uretrocistografia, ou uretrocistografia miccional (UCM). Esse exame fornece um
estudo da uretra e avalia a capacidade de urinar do paciente; dessa forma, trata-
se de um estudo funcional da bexiga e da uretra.

Indicações

Trauma ou incontinência são as indicações mais comuns para o exame.

Procedimento:

A fase miccional é mais bem realizada com aquisição fluoroscópica da


imagem, com o paciente em decúbito dorsal, embora a posição em pé torne a
micção mais fácil. Antes da remoção do cateter da bexiga e da uretra, todo o
líquido deve ser removido do balonete do cateter, se esse tipo de cateter for

Professor: Ricardo Pereira e-mail: rad_rick@hotmail.com


T.R.E – Técnicas Radiológicas Especiais

usado. Então, o cateter deve ser removido muito suavemente, sem traumatizar a
uretra.
A mulher em geral é examinada em AP ou em posição ligeiramente
oblíqua. O homem é examinado melhor na posição oblíqua posterior direita a 30°.
Um urinol ou um receptáculo adequado deve ser fornecido ao paciente.
Fluoroscopia convencional ou digital podem ser usadas para capturar fases
específicas do esvaziamento. Após o esvaziamento estar completo e as imagens
adequadas serem obtidas, um AP pós-miccional pode ser realizado.

URETROGRAFIA RETROGRADA

A uretrografia retrógrada é realizada em


homens para se conseguir demonstrar toda a
uretra. (O contraste é injetado retrogradamente pela
uretra distal até que toda a uretra esteja preenchida
pelo contraste ).

Indicações

Trauma ou obstruções da uretra são indicações para esse procedimento

Procedimento:

A injeção do meio de contraste é feita através de um dispositivo específico


denominado Clampe de Brodney, que é fixado ao pênis distal. Posiciona-se o
paciente em obliqua posterior direita a +ou- 30° centra-se o R.C. Na síntese
púbica. Introduz-se a ponta da seringa na uretra distal e procede-se a injeção.
Radiografa-se então após o início da injeção de contraste para pesar o contraste
enchendo amplamente a uretra. Faz-se também um posicionamento em obliqua
anterior esquerda. Após completa-se o enchimento da bexiga, retira-se o Clampe
e com o paciente em ortostática. Realizam-se as radiografias miccionais.
Nos casos de cistouretrografia e uretrografia realiza-se um AP após o paciente
eliminar todo o contraste
da bexiga (pós miccional). Filmes: 24 x 30.

URETROCISTOGRAFIA COM CORRENTINHA

É o estudo radiológico contrastado da incontinência de esforço urinário


feminino, prolapso na base bexiga e tem também o objetivo de rnensurar o ângulo
entre a uretra e a bexiga. Após preparo intestinal, jejum sólido de 12 horas e boa
restrição líquida, e se possível tricotomia da região genital antes da realização do
exame, procedência está que fica a critério médico. Em seguida:
- Realizar a passagem da correntinha pela uretra e posteriormente da sonda
vesical.

Professor: Ricardo Pereira e-mail: rad_rick@hotmail.com


T.R.E – Técnicas Radiológicas Especiais

- Encher a bexiga na proporção aproximada de 40% com um meio de contraste


positivo hidrossolúvel e 60% de soro fisiológico (fazendo um total aproximado de
250/300ml).
- Conectar o equipo de soro diluído com constrate, na sonda vesical.
- Deixar fluir o soro e observar que cesse o gotejarnento no equipo, para que se
obtenha o enchimento normal da bexiga.
- Retira-se a sonda com cuidado, ficando somente a correntinha.
- Realizar radiografias com a paciente em AP e Perfil absoluto.
Radiografias:
- Frente AP e Perfil absoluto da bexiga em repouso (relaxada)
- Frente AP e Perfil absoluto da bexiga com esforço simulando a saída da urina
- Radiografias miccionando e pós-miccional fica a critério médico.
Obs.: Na falta da correntinha, poderá como recurso: Após a introdução do meio
de contraste na bexiga utilizar uma sonda uretral com constrate não Hidrossolúvel
(sulfato de bário) dentro dela (na quantidade suficiente apenas para enche-Ia)
mantendo-a na uretra.

MIELOGRAFIA

Objetivo:

A mielografia é o estudo radiológico da medula espinhal e de suas raízes


nervosas que utiliza um meio de contraste.
A medula espinhal e as raízes nervosas são delimitadas injetando um meio
de contraste no espaço subaracnóide. O formato e o contorno do meio de
contraste são avaliados para detectar possível patologia. Como a maioria das
patologias ocorre nas regiões lombar e cervical, é mais comum a realização de
mielografias destas áreas.

Indicações:

A mielografia é realizada quando os sintomas do paciente indicam a


presença de uma lesão que pode estar presente dentro do canal medular ou
salientando-se para o interior do canal. Se isso acontecer o paciente terá
sintomas que podem incluir dor e dormência, freqüentemente nos membros
superiores ou inferiores.

Professor: Ricardo Pereira e-mail: rad_rick@hotmail.com


T.R.E – Técnicas Radiológicas Especiais

As lesões mais comuns demonstradas incluem núcleo pulposo herniado (NPH),


tumores cancerosos ou benignos, cistos e ( no caso de traumatismo ) possíveis
fragmentos ósseos.
No caso de uma lesão, a mielografia serve para identificar a extensão, o
tamanho e o nível da patologia. Outro aspecto importante nesse exame é a
identificação de múltiplas lesões. O achado patológico mais comum da mielografia
é HNP (herniação do núcleo pulposo do disco intervertebral).

Contra-Indicações:

O exame é contra-indicado quando há sangue no liquido cerebroespinhal (


LCE ), aracnóide ( inflamação da membrana aracnóide ), aumento da pressão
intracraniana, ou uma punção lombar recente ( realizada duas semanas antes do
exame atual ). A presença de sangue no LCE indica provável irritação no canal
medular que pode se agravar pelo meio de contraste. É contra-indicado no caso
de aracnóide porque o meio de contraste pode aumentar a intensidade da
inflamação. Em casos de elevação intracraniana, a punção do espaço
subaracnóide durante o posicionamento da agulha pode causar graves
complicações ao paciente quando a pressão iguala-se entre as áreas do cérebro
e da medula espinhal. Já a realização do exame em um paciente submetido a
uma punção lombar recente pode resultar no extravasamento do meio de
contraste para fora do espaço subaracnóide através do orifício deixado pela
punção anterior.

Preparo do paciente:

Geralmente em exames desse tipo os pacientes se mostram apreensivos,


em alguns casos é administrado, uma hora antes do inicio do exame, um
sedativo/relaxante muscular injetável, com indicação do radiologista que irá
realizar o procedimento.
Antes do exame, todo o procedimento e possíveis complicações devem ser
explicados ao paciente pelo médico, e o paciente deve assinar um consentimento
informado.

Equipamento principal:

É necessária uma sala de radiologia/fluoroscopia com mesa basculante a


90º/15º, apoio para os pés e suporte para os ombros ou apoio para as mãos. Pois
o exame pode exigir inclinação do paciente em Trendelemburg e a realização das
radiografias é feita com o paciente em semi-ortostática.

Professor: Ricardo Pereira e-mail: rad_rick@hotmail.com


T.R.E – Técnicas Radiológicas Especiais

Punção:

A introdução do meio de contraste para


mielografia é realizada através de uma punção
do espaço subaracnóide. Geralmente há duas
localizações para o local da punção; as áreas
lombar (L 3-4) e cervical (C 1-2 ). Sendo que a
área lombar é considerada a mais segura, mais
fácil e a mais comumente usada para o
procedimento. A punção cervical é indicada se a
área lombar for contra-indicada, ou se a
patologia indicar um bloqueio completo do canal
vertebral acima da área lombar que obstrua o fluxo do meio de contraste para a
região medular superior.
Após a seleção do local de punção, o radiologista pode submeter o
paciente à fluoroscopia a fim de facilitar o posicionamento da agulha.O
posicionamento para a punção lombar pode ser com o paciente sentado em
ortostática ou em uma posição lateral esquerda com a coluna vertebral fletida. A
flexão da coluna vertebral alarga o espaço interespinhoso, o que facilita a
introdução da agulha de punção. O mesmo valendo para a posição em
ortostática, onde o paciente deve fletir a coluna.
O local da punção deve ser limpo com o uso de solução anti-séptica, sendo
então seca com gaze estéril e coberta com um campo fenestrado (um campo com
abertura central). O anestésico local é administrado utilizando-se uma seringa de
5cc com agulha de 22g ou 25g. Com a área anestesiada, a agulha de punção
lombar é introduzida através da pele e dos tecidos subjacentes até o espaço
subaracnóide.
A localização da agulha no espaço subaracnóide é verificada por um fluxo
contínuo de líquido cerebroespinhal (LCE) que geralmente flui através da agulha.
Uma amostra de LCE é colhida e enviada ao laboratório para análise. A
quantidade colhida é ditada pela necessidade dos testes laboratoriais solicitados.
Após colher o LCE, a agulha de punção é deixada no lugar para a injeção do meio
de contraste, que é injetado no espaço subaracnóide, utilizando-se uma seringa
de 20cc. Ao término da injeção, a agulha é removida, aplica-se um curativo no
local. Após esses procedimentos são iniciadas a seriografia fluoroscópica e as
radiografias convencionais na mesa.

Meio de contraste:

O melhor tipo meio de contraste para mielografia é aquele que se mistura


bem com o líquido cerebroespinhal, facilmente absorvido, atóxico, inerte (não
reativo), e tem boa radiopacidade. Nenhum tipo de meio de contraste atende a
todos os critérios citados anteriormente. No passado, foram usados ar ou gás
(radiotransparente) e meio iodado oleoso (radiopaco). Atualmente são usados
meios iodados hidrossolúveis iônicos ou aniônicos.
Os meios de contraste hidrossolúveis proporcionam excelente visualização
das raízes da calda eqüina; são facilmente absorvidos pelo sistema vascular; e
são excretados pelos rins. A absorção começa aproximadamente 30 minutos
após a injeção com boa radiopacidade até cerca de 1 hora depois da injeção.

Professor: Ricardo Pereira e-mail: rad_rick@hotmail.com


T.R.E – Técnicas Radiológicas Especiais

Após 4 à 5 horas, o meio de contraste apresentará um efeito radiológico


turvo, e é radiologicamente indetectável após 24 horas.

Rotinas de posicionamento:

Durante a fluoroscopia, a mesa (e o paciente) é inclinada para a posição de


Trendelemburg. Isso facilita o fluxo do meio de contraste para a área a ser
examinada. Sob controle fluoroscópico, após o meio de contraste ter atingido a
área desejada, inicia-se a documentação radiográfica.
São realizadas em Ap; Pa; P; e Oblíquas. Usamos para documentação filmes
24x30cm.

ARTROGRAFIA

Introdução:

A artografia é o estudo contrastado das articulações sinoviais e estruturas


de tecidos moles relacionadas. As articulações que podem ser examinadas por
este procedimento incluem as do quadril, joelho, tornozelo, ombro, cotovelo,
punho e temporomandibular.
Deve ser observado que, embora alguns médicos recomendem a
artrografia como método de escolha para exame da articulação do joelho ou do
ombro, outros preferem a ressonância magnética (RM) para avaliar estas
articulações. Ao considerar a artrografia como um todo. A técnica de exame é
semelhante para todas as articulações, e as variações são basicamente devidas a
diferenças anatômicas.
As articulações do ombro e do joelho são as mais comuns dos exames de
articulações solicitados, portanto vamos descrever somente a artrografia do joelho
como exemplo.

ARTROGRAFIA DO JOELHO

Meniscos

Corpo Anterior do Menisco Lateral

Professor: Ricardo Pereira e-mail: rad_rick@hotmail.com


T.R.E – Técnicas Radiológicas Especiais

Corpo Posterior do Menisco Lateral

Corpo Médio do Menisco Lateral

Corpo do Menisco Medial

Posição Lateral para avaliar os Ligamentos Cruzados

Professor: Ricardo Pereira e-mail: rad_rick@hotmail.com


T.R.E – Técnicas Radiológicas Especiais

Objetivo:

A artrografia do joelho é realizada para demonstrar e avaliar patologias das


articulações do joelho e estruturas de tecidos moles associados. As estruturas de
maior interesse incluem a cápsula articular, meniscos, os ligamentos laterais e
cruzados basicamente. Estas estruturas são visualizadas após introdução de um
meio de contraste na cápsula articular com seriografia fluoroscópica e ou imagens
radiológicas de rotina, utilizadas para registrar uma imagem permanente.

Indicações:

Esse exame é indicado quando a suspeita de rupturas da cápsula articular,


dos meniscos ou dos ligamentos. O joelho é uma articulação submetida a
considerável estresse, principalmente durante as atividades esportivas. Portanto,
grande parte da patologia observada nele é causada por traumatismo.
Há também patologias atraumáticas, um exemplo é o cisto de Baker, que se
comunica com a cápsula articular na área poplítea.

Contra-indicações:

Em geral, a artrografia de qualquer articulação é contra-indicada quando se


sabe que o paciente é alérgico ao meio de contraste iodado ou a anestésicos
locais.

Preparo do paciente:

Qualquer procedimento artrográfico deve ser explicado detalhadamente ao


paciente antes do prosseguimento do exame para evitar ansiedade
desnecessária. O paciente deve ser advertido sobre qualquer complicação e deve
assinar consentimento esclarecido.
Qualquer procedimento de artrografia usa basicamente a mesma bandeja de
materiais, que contém:

Bandeja descartável ou de inox.


Esponjas preparadas com solução anti-séptica (Ex: Polvidine).
Esponjas de gaze.
Um campo fenestrado.

Professor: Ricardo Pereira e-mail: rad_rick@hotmail.com


T.R.E – Técnicas Radiológicas Especiais

Uma seringa de 50cc e duas de 10cc. Várias agulhas hipodérmicas


calibres 18, 20, 21 e 25.
Um conector flexível, luvas estéreis, solução anti-séptica, ampola de
5ml de anestésico local.
Aparelho de barbear, meio de contraste e atadura de crepe com 5 a
7,5cm de largura.

O local da punção é preparado fazendo-se a tricotomia da área com o


aparelho de barbear, limpa-se o local com a esponja preparada e bacia contendo
a solução anti-séptica. A área é seca com esponja de gazes e coberta com o
campo fenestrado. O meio de contraste é aspirado (cerca de 5cc) com a seringa
de 10cc e agulha calibre 18. O médico injeta o anestésico local na pele nos
tecidos subjacentes e na cápsula articular, usando seringa de 10cc com uma
agulha calibre 21 ou 25.

Punção:

Pode ser usada uma abordagem retropatelar, leteral ou medial durante o


posicionamento da agulha.
Com o local preparado, coberto e anestesiado, o médico introduz agulha de
calibre 20, montada em uma seringa de 10cc, através da pele e tecidos
subjacentes até o espaço articular. Todo o líquido articular é aspirado. Se tiver
aparência normal (isto é, límpido e tingido de amarelo), pode ser desprezado. Se
a aparência for turva deve ser enviado ao laboratório para análise.
Com todo o líquido aspirado, o meio de contraste positivo (colhido previamente) é
injetado na articulação através da agulha de calibre 20, que foi deixada no local
para a injeção. A seringa de 50cc é usada para a injeção de meio de contraste
negativo (ar), para apresentar duplo contraste.

Meio de Contraste:

A artrografia do joelho é realizada utilizando-se um meio de contraste


radiopaco (positivo) e um meio de contraste radiotransparente (negativo), onde é
usado uma pequena quantidade de contraste positivo (aproximadamente de 7 a 5
ml), juntamente com 20 cc de contraste negativo tal como dióxido de carbono,
oxigênio ou ar ambiente.
Com o meio de contraste injetado, o joelho é delicadamente fletido, o que
produz em revestimento fino, uniforme das estruturas de tecidos moles pelo meio
de contraste positivo.

Obtenção das imagens radiográficas:

Geralmente é usada a radiografia fluoroscópica. O equipamento acessório


é mínimo e usamos dois chassis de 18 x 24 e fazemos séries de 6 imagens
mediais e laterais.
A fluoroscopia é o método mais comum empregado para imagens e requer
que o tubo fluoroscópio possua um pequeno ponto focal, para fornecer os
detalhes necessários à visualização adequada dos membros. Durante a
fluorografia, o radiologista faz uma série de incidências rigorosamente colimada
em cada menisco, rodando a perna cerca de 20 graus entre cada posição.

Professor: Ricardo Pereira e-mail: rad_rick@hotmail.com


T.R.E – Técnicas Radiológicas Especiais

Critérios de avaliação:

Cada menisco deve ser claramente visualizado em perfis variáveis em


cada uma das seis áreas expostas do filme. Podem ser necessárias outras
exposições para demonstrar patologia. O menisco visualizado deve estar no
centro do campo colimado. As radiografias devem ser apropriadamente
identificadas com M(medial) e L (lateral).

Incidências convencionais na mesa:

Além das seriografias, geralmente são incluídas imagens AP e Perfil de


rotina de todo o joelho. As radiografias AP e Perfil devem demonstrar toda a
cápsula articular delineada pela combinação dos meios de contraste positivos e
negativos.

DACRIOCISTOGRAFIA: ANATOMIA LACRIMAL

As lagrimas umedecem constantemente o olho, impedindo o ressecamento


da córnea, nesse processo o piscar é um auxiliar valioso. As lagrimas são
produzidas continuamente, fazendo-se necessário um sistema de drenagem.
CANALÍCULOS lacrimais desembocam no saco lacrimal que é continuado pelo
ducto nasolacrimal que se abre no meato inferior da cavidade nasal.

Definição: Estudo radiográfico contrastado dos ductos lacrimal direito ou


esquerdo.
Objetivo: Estudar dilatação ou estenoses dos ductos lacrimais, ou seja, se os
ductos estão pérveos a passagem de contraste.
Incidências: AP do crânio, estudando sempre as duas órbitas comparativamente
no momento da injeção de contraste.
Contraste: Lipídico ou à base de óleo 05 ml.

A dacriocistografia é o estudo radiológico que utiliza meio de contraste


iodado específico, para opacificar os ductos nasolacrimais na radiografia. É
introduzido um cateter especial ou um Scalp com o bisel virado nos ductos
lacrimais direito e esquerdo do paciente, para minimizar o incomodo é pingada 1

Professor: Ricardo Pereira e-mail: rad_rick@hotmail.com


T.R.E – Técnicas Radiológicas Especiais

(uma) ou 2 (duas) gotas de colírio anestésico nos olhos. Uma radiografia piloto é
feita; em seguida injeta-se cerca de 2 ml do meio de contraste em cada canal
simultaneamente; acompanhando a progressão por fluoroscopia ou método
convencional, o técnico obtém as radiografias. As posições realizadas são: OD,
OE,e,AP.
O exame é indicado para observar bloqueios nos ductos lacrimais e
conseqüentes infecções nos sacos lacrimais. É necessário no dia do exame:
jejum de 6 (seis) a 8 (oito) horas; remover próteses dentárias, oculares e outras;
estar acompanhado de um adulto.

SIALOGRAFIA: ANATOMIA DAS GLANDULAS SALIVARES

As glândulas salivares são consideradas anexos do sistema digestivo. São


responsáveis pela secreção de saliva e apesar de numerosas, só nos interessam
as chamadas extraparietais, que compreendem três pares de glândulas:
Glândula parótida: Esta situada lateralmente na face e anteriormente ao pavilhão
do ouvido externo. Seu canal excretor, o ducto parotidico, abre-se no vestíbulo da
boca, ao nível do 2º molar superior. O processo infeccioso que se assesta na
parótida (parotidite) é conhecido com o nome de caxumba
Glândula submandibular: Localiza-se anteriormente à parte mais inferior da
parótida, protegida pelo corpo da mandíbula. O ducto submandibular abre-se no
assoalho da boca, abaixo da língua, próximo ao plano mediano.
Glândula sublingual: È a menor das três, situando-se lateral e inferiormente à
língua, sob a mucosa que reveste o assoalho da boca. Sua secreção é lançada
na cavidade bucal, sob a porção mais anterior da língua, por canais que
desembocam independentemente por uma serie de orifícios no assoalho da boca.

Definição: Estudo radiográfico contrastado das glândulas parótidas bilateral ou


sublinguares bilateral.
Objetivo: Estudar dilatação ou estenoses dos ductos parotídeos ou sublinguares,
ou seja, se os ductos estão pérveos a passagem de contraste.
Incidências: Oblíqua de mandíbula direita ou esquerda,
objetivando o lado do exame a ser realizado e também o perfil absoluto.
Contraste: Lipídico ou a base de óleo 05 ml.

É importante na avaliação de processo inflamatório crônico envolvendo o


sistema ductal das glândulas.
A Sialografia é o estudo radiológico por meio de contraste iodado das
glândulas salivares, parótidas e submandibulares. Esse exame consiste na
punção de um cateter do tipo asa de borboleta (Scalp) no ducto da glândula,

Professor: Ricardo Pereira e-mail: rad_rick@hotmail.com


T.R.E – Técnicas Radiológicas Especiais

sendo previamente dilatada com suco de limão ou éter para ajudar na salivação.
É feita uma radiografia piloto a fim de descartar calcificações; em seguida é
administrado de 1 a 2ml do contraste, ou a critério do radiologista. As posições
radiológicas realizadas no exame são: mandíbula AP e L, outras projeções são a
critério do radiologista.
A sialografia é raramente usada para avaliar glândulas sublinguais
por ter numerosos e pequenos ductos, abrindo diretamente no assoalho da boca.
Sialografia sublingual só será permitida, se houver variação anatômica que
permita cateterização da porção proximal do ducto. Pela maior sensibilidade e
resolução, as CT e RMN têm substituído a sialografia na avaliação de glândulas
salivares ou massas tumorais adjacentes. Apesar da sialografia fornecer alguma
informação, se a massa é extrínseca ou intrínseca à glândula, sua sensibilidade é
menor que a da CT ou RNM. A sialografia é o exame de escolha para visualizar
a anatomia do sistema ductal da submandibular e parótida.
A sialografia está indicada nos processos inflamatórios, estenoses,
obstrução do ducto por cálculos, tumores e outras situações. Este estudo também
pode ser feito através das técnicas de subtração digital, TC ou US.
Suas indicações tambem incluem suspeita de sialoadenite não especifica,
crônica e recorrente, Síndrome de Sjögren, Síndrome de Mikulicz e outras
doenças autoimunes, sialolitíase de submandibular ou parótida, assim como
fístula pós-trauma ou pós-cirurgia, cisto ou constrição. Se houver infeção aguda é
contra indicada sua utilização, por poder aumentar o processo inflamatório.
As complicações, como reação alérgica, são raras, apesar do exame ser
doloroso e estar associado com desconforto e edema da glândula, nas primeiras
48 horas após a sua realização. Utiliza-se contraste iodado para a realização do
exame.
A sialografia pode ser útil para diferenciar doenças intrínsecas das
extrínsecas. As massas extrínsecas tendem a deslocar a glândula, enquanto o
parênquima glandular tende a envolver a maior parte da massa intrínseca. Outras
características das massas intrínsecas são: destruição irregular da glândula,
sialectasia puntiforme, alargamento grosseiro da glândula e atraso de
esvaziamento.

Contra-indicações

A sialografia é contra-indicada na inflamação ou infecção grave da glândula


ou dueto salivar. Além disso, como o procedimento envolve a administração de
um contraste, estaria contra-indicado em qualquer paciente com história de
alergia conhecida a contraste iodado.
O enchimento irregular de contraste, obstrução ductal ou destruição são
considerados características de malignidade, mas não são específicos, podendo
ocorrer em lesões benignas e doenças inflamatórias.

Preparo do Paciente

O paciente deve ser instruído a tirar quaisquer dentaduras ou outras


próteses dentárias removíveis. Todos os itens radiopacos, tais como jóias, devem
ser retirados da região da cabeça e pescoço. O procedimento e as possíveis
complicações devem ser explicados ao paciente antes do exame, e um
consentimento informado deve ser obtido.

Professor: Ricardo Pereira e-mail: rad_rick@hotmail.com


T.R.E – Técnicas Radiológicas Especiais

Equipamento Principal

O equipamento principal para um procedimento de sialografia é uma sala


radiográfica/fluoroscópica. Em certas circunstâncias, tomografia convencional ou
computadorizada pode ser realizada em conjunto com esse procedimento. O
acesso a uma sala radiográfica equipada para tomografia convencional ou a uma
unidade de tomografia computadorizada pode ser necessário.
A seqüência de obtenção de imagens para o estudo preliminar e pós-
procedimento pode incluir incidências mandibulares AP ou PA, lateral, lateral
modificada ou oblíqua lateral. A obtenção de imagens tardias pode ser solicitada
para visualizar qualquer retenção de contraste no interior do duto. A capacidade
de esvaziamento funcional da glândula pode ser então avaliada.

ANGIOGRAFIA

A angiografia envolve uma série de


procedimentos, nos quais o sistema vascular é
visibilizado em radiografias ou aparelhos
fluoroscópicos receptores de imagem, após a
injeção de meio de contraste iodado que absorvem
radiação X e opacificam os vasos. O trajeto do
contraste é acompanhado pela fluoroscopia e as
imagens estáticas são obtidas em seus melhores
estágios. As imagens das estruturas arteriais são
denominadas arteriografias e as imagens de
estruturas venosas são chamadas de venografias.

A angiografia por subtração digital simplifica a obtenção de imagens pela


angiografia em situações selecionadas. Este método permite a visualização do
sistema vascular, subtraindo outros tecidos. Sua principal vantagem é a menor
necessidade de contraste, o que torna o procedimento mais seguro e confortável.
O exame físico mostra condições da circulação, permeabilidade dos vasos, má
formação artério venosa, obstruções agudas e outras doenças vasculares além
de orientar o cirurgião quanto à localização de processos patológicos.

FLEBOGRAFIA:

Definição: Estudo radiográfico contrastado das veias dos


membros superiores ou inferiores.
Objetivos: Estudar obstruções venosas, dilatações venosas, TVP
(Trombose Venosa Profunda).
Incidências: AP, Perfil e Oblíquas desde o tornozelo até a crista
ilíaca para membros inferiores, e desde o punho até a articulação
escápuloumeral para membros superiores, no momento da
injeção de contraste nos membros direito ou esquerdo.
Contraste: Iodado de 40 ml a 50 ml.
Obs: no momento da injeção o paciente deverá estar deitado ou
decúbito dorsal, e com tornozelo e joelho garroteado para retardar

Professor: Ricardo Pereira e-mail: rad_rick@hotmail.com


T.R.E – Técnicas Radiológicas Especiais

o fluxo do contraste, e no caso dos membros superiores, o punho e porção


proximal do úmero.

FISTULOGRAFIA:

Como o nome já diz, é o estudo das fistulas ou feridas abertas.


Injeta-se o meio de contraste (iodado) diretamente no local da fistula, através de
cateter. Após radiografa-se o local.
As incidências serão indicadas de acordo com a localização da fistula.

HISTEROSSALPINGOGRAFIA:

É o estudo radiológico do útero, trompas e ovários. É utilizado material


específico, com pinças uterinas, seringa especial, etc.
O meio de contraste, a base de óleo, é injetado através da vagina. São
realizadas, após injeção do meio de contraste, radiografias em AP panorâmico da
pelve.

Histerossalpingografia: São realizadas radiografias após uma injeção de


contraste através do colo do útero, que pode ser visualizado nas imagens, para
delinear a cavidade uterina e as tubas uterinas, freqüentemente como parte da
investigação de causas de infertilidade. O teste é feito no consultório médico e
pode causar desconforto, por exemplo, cólicas. Por essa razão, deve ser
administrado um sedativo.

É o estudo radiológico que utiliza meio de contraste iodado, para opacificar


a cavidade uterina e as tubas uterinas na radiografia. A paciente é colocada em
posição ginecológica. Após a aquisição de uma radiografia piloto, é inserido um
espéculo na vagina, o colo uterino é pinçado e mantido sob tração, em seguida o
cateter ou histerossalpingógrafo é introduzido e o espéculo é tirado. O meio de
contraste é injetado sendo monitorado pela fluoroscopia ou método convencional,
quando o contraste atingir a cavidade uterina as radiografias são realizadas,
observando-se as trompas e a porção ampolar da trompa; por fim é realizada uma
radiografia tardia chamada de prova de cotte, para verificar o esvaziamento das
tubas uterinas. Para realizar o exame é necessário que o paciente tome 30 gotas

Professor: Ricardo Pereira e-mail: rad_rick@hotmail.com


T.R.E – Técnicas Radiológicas Especiais

de medicamento antiespasmódico, duas horas antes do exame, levarem consigo


absorventes e vir acompanhado de um adulto. É imprescindível que o paciente
não tenha relações sexuais 3 dias antes do exame.
Este procedimento radiológico está indicado para os casos de esterilidade,
hemorragias uterinas, tumores pélvicos, abortos repetitivos, entre outras. O
melhor momento para a sua realização é entre o 5º (quinto) e o 10º (décimo) dia
após a menstruação.

Na histerossalpingografia,é colocado um cateter no


orifício de entrada do colo do útero e, por esse cateter,
é injetado um contraste radiológico. A radiografia 1,
mostra o cateter e o útero já contrastado.

Com a introdução de mais contraste, começam a


aparecer as trompas (tubas), bem visíveis na
radiografia 4.

Nas radiografias 5 e 6, o cateter foi retirado e o


contraste saiu do útero, mas não das trompas. Neste
caso, existe uma obstrução tubária, e a paciente
poderá obter gravidez por procedimento in vitro.

Neste tipo de exame, além de problemas das tubas,


podem ser evidenciadas alterações da cavidade do
útero, que podem acontecer como consequencia de
miomas ou curetagens prévias, por exemplo. Além
disso, a disposição anatômica do útero e tubas pode
permitir levantar a possibilidade de que tenham
ocorrido processos inflamatórios (ou endometriose),
levando a aderências que alteram a anatomia local.
Neste caso, a confirmação se faz apenas através de
procedimentos cirúrgicos (laparoscopia).

INCIDENCIAS BASICAS

Rotinas Radiográficas

O posicionamento de rotina para a histerossalpingografia varia de acordo


com o método de exame. Fluoroscopia, radiografia convencional ou uma
combinação de ambas podem ser utilizadas. . Se a fluoroscopia não estiver
disponível, a injeção fracionária do contraste é implementada com uma radiografia
realizada após cada fração, para documentar o enchimento da cavidade uterina,
as tubas uterinas e o contraste no interior do peritônio. Imagens adicionais
conforme determinado pelo radiologista podem incluir posições OPE ou OPD.

Professor: Ricardo Pereira e-mail: rad_rick@hotmail.com


T.R.E – Técnicas Radiológicas Especiais

RADIOLOGIA PEDIATRICA

PRINCIPIOS E INTRODUÇÃO

O técnico de radiologia pediátrica percebe as crianças como adultos em


miniatura e como pessoas que devem ser tratadas com carinho e compreensão.
Isso exige paciência e tempo para conversar e se tornar amigo da criança.
Explicar as instruções de uma forma que elas possam entender é muito
importante para o desenvolvimento da confiança e da cooperação.

IDADE DE ENTENDIMENTO E COOPERAÇÃO

As crianças não atingem um sentido de entendimento em uma idade


específica. Essa capacidade varia de criança para criança, e é preciso que o
técnico não pressuponha que as crianças não compreenderão o que está
ocorrendo. Geralmente, porém, a maioria das crianças normais aos 2 anos de
idade consegue se submeter a um estudo radiográfico sem necessidade de
imobilização ou auxílio dos pais. O mais importante é a confiança, que começa no
primeiro encontro entre o técnico e o paciente; a primeira impressão que a criança
tem desse estranho é duradoura e irá forjar um bom relacionamento.Estudos
radiográficos bem-sucedidos dependem de dois fatores. O mais importante é a
atitude do técnico e sua abordagem da criança. O outro fator, também importante,
consiste no preparo técnico da sala, que inclui os procedimentos de imobilização.

APRESENTAÇÃO ANTES DO EXAME E AVALIAÇÃO DA CRIANÇA E DOS


PAIS

Apresentação

No momento do primeiro encontro, a maior parte dos pacientes estará


acompanhada de pelo menos um dos pais. Os passos seguintes são importantes:
Apresente-se como o técnico que irá trabalhar com a criança.
Descubra que informações o médico da criança deu aos pais e ao
paciente.
Explique o que irá fazer e quais serão as suas necessidades.

Lágrimas, medo e resistência são reações perfeitamente normais para uma


criança pequena. O técnico deve comunicar aos pais e ao paciente, em uma
linguagem que eles possam entender, exatamente o que vai acontecer. O técnico
deve construir uma atmosfera de confiança na sala de espera, antes de levar o
paciente para a sala de exame radiológico. O técnico deve discutir a necessidade
de imobilização como último recurso se a cooperação da criança não for obtida.

Explicando o Papel dos Pais Nesse momento, devemos explicar o papel dos
pais. Existem três possibilidades (opção 3 apenas em caso de gravidez):

Professor: Ricardo Pereira e-mail: rad_rick@hotmail.com


T.R.E – Técnicas Radiológicas Especiais

1. Pais na sala como observadores, dando suporte e conforto com a sua


presença;
2. Pais como participantes que atuam na imobilização;
3. Pais que permaneceram na sala de espera, não acompanhando a criança
durante o exame Várias vezes a criança que está combativa na sala de espera na
presença dos pais ficará mais cooperativa sem os pais. É nesse momento que as
habilidades de comunicação do técnico são necessárias. O técnico deve tentar
convencer os pais de que é capaz de radiografar o paciente sem a ajuda deles.
A determinação do papel dos pais é importante e requer uma avaliação
objetiva do técnico. Se for observado que a ansiedade dos pais vai interferir na
cooperação da criança, a opção 3 deve ser escolhida. Pais, porém geralmente
desejam participar da imobilização da criança, e, se essa for à opção escolhida
(se não houver gravidez e com proteção adequada), os procedimentos devem ser
cuidadosamente explicados aos pais e ao paciente. Isso incluirá instruções aos
pais quanto às técnicas corretas de imobilização. A cooperação e a eficácia do
trabalho dos pais aumentam com o entendimento de que, quanto mais firme e
adequada for à imobilização, melhor será a qualidade do exame e menor a
exposição do paciente à radiação.

NOTIFICAÇÃO DE MAUS-TRATOS À CRIANÇA

A maior parte dos médicos tem procedimentos no local para notificar a


suspeita de maus-tratos à criança. No passado, o termo utilizado era a síndrome
da criança espancada. Atualmente, o termo utilizado é trauma não-acidental.
Geralmente não é responsabilidade do técnico o julgamento sobre a ocorrência
ou não de maus-tratos, mas eles devem notificar os fatos que presenciem ou dos
quais suspeitem. Se houver suspeita de trauma não-acidental, o técnico deve
discutir o fato com o radiologista ou o seu supervisor, conforme o protocolo do
serviço. As leis sobre a responsabilidade do técnico variam, e é importante o
conhecimento que os técnicos devem ter da sua responsabilidade legal no estado
ou município em que trabalham.

IMOBILIZAÇÃO

Pacientes pediátricos incluem de lactentes até pacientes com 12 a 14 anos


de idade. Porém crianças mais velhas podem ser tratadas como adultos, exceto
pelo cuidado especial com a proteção das gônadas e a redução dos fatores de
exposição por causa de seu menor tamanho. Este capítulo descreve e ilustra
primariamente radiografias de lactentes e crianças entre 1 a 2 anos de idade que
requerem cuidados especiais para prevenir movimentos durante a exposição

Professor: Ricardo Pereira e-mail: rad_rick@hotmail.com


T.R.E – Técnicas Radiológicas Especiais

radiológica. Na prática radiológica pediátrica geral, deve-se sempre utilizar o


menor tempo de exposição e amperagem possível para minimizar o borramento
da imagem decorrente do movimento do paciente. Porém, mesmo com baixos
tempos de exposição, a prevenção do movimento durante a exposição é um
desafio constante na radiologia pediátrica, sendo essenciais os procedimentos de
imobilização. Vários tipos de instrumentos de imobilização são encontrados no
mercado nos dias de hoje. Eles podem ser achados em catálogos de materiais
radiológicos. Exemplos como a Prancha Tam-em e Pigg-OStat são
demonstrados. O Posi-Tot é outro instrumento de imobilização disponível
comercialmente. A eficácia em termos de custo desses instrumentos depende da
forma e da freqüência com que eles são utilizados.

OUTRAS FORMAS DE IMOBILIZAÇÃO

A forma mais simples e barata de imobilização é a utilização de materiais


facilmente encontráveis na maioria dos serviços. Fitas, lençóis ou toalhas, sacos
de areia, gaze, blocos almofadados radiotransparentes e ataduras compressivas,
se usados corretamente, são eficazes na imobilização.
A. Assento tipo bicicleta
B. Fixadores corporais laterais
C. Plataforma do prendedor do filme
D. Base giratória
E. Proteção de chumbo ajustável com marcadores
F. Plataforma sobre rodas
G. Pequenos fixadores corporais extras

Sacos de Areia

Sacos de areia são utilizados como contrapeso. Porém a maior parte deles
é usada como peso ou na imobilização de adultos. Esses sacos não são mais
eficazes na imobilização do paciente pediátrico que aqueles feitos especialmente
com esse propósito. Lona resistente e areia grossa esterilizada devem ser
utilizadas. A areia grossa é recomendada, pois, se ocorre um rompimento, a areia
será facilmente limpa, e a chance de causar artefatos nos raios-X é minimizada.
Dois tamanhos de saco de areia são recomendados, 8 X 18 polegadas (20 X 46
cm), e 13 X 20 polegadas (33 X 50 cm). Os sacos não devem ser
exageradamente cheios, pois se tornam rígidos; o saco deve ser flexível para se
moldar à anatomia do membro sobre o qual for colocado.

Professor: Ricardo Pereira e-mail: rad_rick@hotmail.com


T.R.E – Técnicas Radiológicas Especiais

Fita

Existem vários tipos de fita "macia" para procedimentos cirúrgicos e peles


sensíveis. Fita adesiva pode aparecer nos raios-X e obscurecer a parte anatômica
de interesse. Além disso, alguns pacientes têm reações alérgicas à fita adesiva.
A pele frágil de lactentes pode também ser irritada, a não ser que a superfície
adesiva seja torcida para não entrar em contato com a pele. Pedaços de gaze
interpostos entre a fita e a pele também podem ser utilizados com eficácia.

TADURA ELÁSTICA

Atadura Elástica

Se for usada atadura elástica (stockinette) , ela deve ser tubular. Elas
existem em vários tamanhos: o de 3 polegadas é recomendado para lactentes, e
o de 4 polegadas, para crianças maiores.
Quando utilizar a atadura elástica, dobre-a e coloque-a sobre os braços do
paciente, cobrindo-os até os ombros. Esse procedimento imobiliza o paciente e
funciona como um travesseiro (Fig. 20.8)

Bandagens

Uma bandagem de 4 polegadas é melhor para lactentes e crianças


pequenas, e as de 6 polegadas funcionarão melhor para crianças mais velhas.
Estas são mais bem utilizadas na imobilização das pernas. Quando começar o
processo de contenção, iniciar pelos quadris e envolver até as panturrilhas (Fig.
20.8). Não conter de forma muito apertada, pois podemos cortar a circulação
sangüínea.

Ataduras Compressivas e Fixadores de Cabeça

Ataduras compressivas também podem ser utilizadas para imobilização.


Ataduras são mais eficazes quando utilizadas em associação com sacos de areia.
Também podem ser utilizados vários tipos de fixadores de cabeça ajustáveis que
se fixam na maca, como demonstrado na Fig. 20.9.

Blocos Angulares pesados como fixadores de Cabeça

São blocos angulares de metal pesado com esponjas grossas coladas (Fig.
20.10). Eles são relativamente baratos de ser fabricados, quando comparados

Professor: Ricardo Pereira e-mail: rad_rick@hotmail.com


T.R.E – Técnicas Radiológicas Especiais

com os fixadores comercialmente disponíveis. São eficazes e versáteis na


imobilização, especialmente quando usados em associação com sacos de areia
ou fitas, ou se o paciente estiver "mumificado", como demonstrado na Fig. 20.10.

“MUMIFICAÇÃO”, ou envolvendo com lençóis e toalhas

Além de certos tipos de fixadores de cabeça, é necessário "mumificar" o


paciente em certos tipos de procedimentos radiológicos, como os examês
cranianos. Essa forma de imobilização é extremamente eficaz se realizada da
maneira correta. A seguir mostraremos um método com seis passos sobre como
fazer o processo. A sala deve estar preparada antes de trazer o paciente.

Fig. 20.11 Passo 1. Colocar o lençol na maca dobrado na metade ou em dois


terços no comprimento, dependendo do tamanho do paciente.
Fig. 20.12 Passo 2. Colocar o paciente na metade do lençol, colocando o braço
direito ao longo do corpo. Pegar a ponta do lençol e enrolar firmemente sobre o
paciente, mantendo o braço próximo do paciente.
Fig. 20.13 Passo 3. Colocar o braço esquerdo do paciente ao longo do corpo,
sobre o lençol. Trazer o lençol sobre o braço esquerdo em direção do lado direito
do paciente e enrola-la por baixo do corpo se necessário.
Fig. 20.14 Passo 4. Completar o processo de "embrulhar" o paciente puxando o
lençol firmemente, de uma forma que os braços não possam se mexer
Fig. 20.15 Passo 5. Puxar o lençol e prender a borda com um pedaço comprido
de fita adesiva, da parte de trás do braço direito até o braço esquerdo sobre o
lençol. Essa manobra impede que o paciente escape
do lençol.
Fig. 20.16 Passo 6. Prender outra fita adesiva em volta dos Joelhos do paciente.
Isso vai impedir que ele libere os membros inferiores.

Professor: Ricardo Pereira e-mail: rad_rick@hotmail.com


T.R.E – Técnicas Radiológicas Especiais

PROTEÇÃO RADIOLÓGICA

Repetição Mínima

A redução de exposições repetidas é fundamental, principalmente em


crianças pequenas, cujas células em desenvolvimento são especialmente
sensíveis aos efeitos da radiação. Imobilização apropriada, alta amperagem e
técnicas com tempo de exposição curta vão reduzir a incidência de artefatos de
movimento.
Gráficos precisos de técnica adequados ao peso devem ser utilizados. A
grade deve ser utilizada apenas se a espessura da parte do corpo examinada for
superior a 9 cm.
Cada departamento de radiologia deve ter uma lista específica de rotinas
para exames pediátricos, incluindo incidências específicas e séries limitadas que
possibilitem a obtenção dos resultados adequados sem a exposição
desnecessária do paciente.

Proteção Gonadal

As gônadas das crianças devem ser sempre protegidas com protetores de


contato, a não ser que essas proteções obscureçam a anatomia do
abdomeinferior e da pelve. Vários tamanhos e formas de proteção de contato são
demonstrados na Fig. 20.24.
Por conta da freqüente solicitação por parte dos pais com relação à
proteção gonadal de seus filhos, eles devem ser informados das outras medidas
de seguranças utilizadas na proteção radiológicas, como a colimação fechada,
técnicas com dose baixa de radiação e menor número de exposições. Para aliviar
a angústia dos pais, o técnico deve explicar em linguagem clara e simples as
práticas de proteção e as suas bases.

Professor: Ricardo Pereira e-mail: rad_rick@hotmail.com


T.R.E – Técnicas Radiológicas Especiais

Proteção dos Pais

Se os pais permanecerem na sala de exame, eles devem utilizar aventais


de chumbo. Se as suas mãos estiverem no campo ou próximo a ele, eles devem
receber luvas de chumbo.
Se a mãe ou uma responsável em idade fértil desejar acompanhar o
procedimento, o técnico deve perguntar se ela está grávida antes de permitir a
sua permanência na sala de exame. Ela não pode ser admitida na sala se estiver
grávida, embora possa permanecer na área de controle.

Preparação Pré-Exame

Os seguintes procedimentos devem ser adotados antes de se trazer o


paciente até a sala de exame:
Os materiais necessários para a imobilização e a proteção devem estar no
local (sacos de areia, fitas, Tambem-Board, ataduras, bandagens e instrumentos
de proteção para as crianças e os pais, se estes estiverem assistindo).
Receptores de imagem e marcadores devem estar no local, e deve ser efetuado o
ajuste da técnica (se o técnico realizar o exame sozinho). As incidências devem
estar definidas, o que pode requerer consulta o radiologista. Se dois técnicos
estiverem trabalhando em conjunto, eles devem definir o papel de cada um
durante o exame. Uma divisão sugerida faz com que o técnico que estiver
assessorando o principal faça as técnicas, as incidências, mude os filmes e
processe as imagens, enquanto o técnico principal posiciona o paciente, conversa
com os pais, posiciona o tubo, o colimador, e faz a proteção necessária.

Preparação da Criança

Após trazer a criança até a sala de exame e explicar o procedimento ao


paciente e aos pais, o técnico deve despir a área a ser examinada de roupas,
ataduras ou fraldas. Isso é necessário para prevenir o aparecimento de sombras e
artefatos na radiografia por causa do baixo tempo de exposição para o tamanho
do paciente. Fig. 20.24 Protetores gonadais de contato. Fig. 20.25 Proteção
gonadal masculina em posição para um abdome em posição ortostática.

Observação: Luvas de chumbo devem ser fornecidas ao responsável que for


segurar a criança, juntamente com o avental de chumbo.
Fig. 20.26 Avental e luvas de chumbo para os pais.

Professor: Ricardo Pereira e-mail: rad_rick@hotmail.com


T.R.E – Técnicas Radiológicas Especiais

BIBLIOGRAFIA

TOLEDO, P A - Estudo Radiológico do Abdome Agudo, In Radiologia Básica


Livraria Atheneu, São Paulo, XV, 227-228, 1978.

TOLEDO, P. A. - Radiologia Pulmonar, In Radiologia Básica Livraria Atheneu, São


Paulo, XVI, 271,275 e 277, 1978.

BIROLINI, D. - Aspectos Radiológicos do Trauma, In Cirurgia do Trauma

BONTRAGER, Kenneth L. Tratado de Técnica RADIOLÓGICA e Base Anatômica.


5ª ed. Editora: Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, Brasil, 2003.

NOBREGA, Almir Inácio da. Tecnologia Radiológica e Diagnostico por Imagem


1º ed. Editora: Difusão, São Caetano do Sul, Sp, Brasil, 2006.

STIMAC, Gary k. Introdução ao diagnostico por imagens. Editora: Guanabara


Koogan. Rio de Janeiro, Brasil, 1992.

www.playmagem.com.br/contraste.htm

www.playmagem.com.br/apostilacontrastados.pdf

http://recantodasletras.uol.com.br/

www.colegiosaofrancisco.com.br

www.scielo.br

http://radiologistas.blogspot.com/2007_09_01_archive.html

http://estudmed.com.sapo.pt/traumatologia/index.htm

http://estudmed.com.sapo.pt/traumatologia/index.htm

http://www.grupodojoelho.com.br/artrografia.htm

http://www.levimadeira.com.br/dacriocistografia-total.html

http://bioinfo-aula.blogspot.com/2008_01_01_archive.html

www.msd-brazil.com

Professor: Ricardo Pereira e-mail: rad_rick@hotmail.com

Вам также может понравиться