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Aula: 09/05

Tema: Sentença

Dentro do processo de conhecimento e cumprimento de sentença; livro I da parte


especial do CPC.

A parte especial tem três livros.

A sentença e a coisa julgada estão no capítulo 13 do livro I - parte especial.

O título do livro I - “DO PROCESSO DE CONHECIMENTO E DO


CUMPRIMENTO DE SENTENÇA” - sugere que o cumprimento de sentença está
fora do processo de conhecimento. Não é verdade. É uma fase do processo de
conhecimento. Antes de 2005, havia 5 fases no processo de conhecimento.

Com o criação do cumprimento de sentença, a fase de execução de sentença está dentro


do processo de conhecimento. 7 fases - postulatória, ordinatória, instrutória, decisória,
recursal, liquidação, cumprimento de sentença;

O título não tem sentido!!!!! O Professor chamaria de “procedimentos especiais”!

Os temas se localizam dentro do livro I - no processo de conhecimento; procedimento


comum;

Sentença - art. 485 e seguintes

Características da jurisdição: LIDES

lide (sentença julga a lide) inércia (trabalho da sentença é resolver conflitos entre
pessoas; para manter sua imparcialidade) definitividade (a coisa julgada - só a sentença
faz coisa julgada. Fenômenos visceralmente ligados. O litígio tem que ser eliminado.
No ato administrativo e legislativo não há coisa julgada) escopo do direito (sentença de
acordo com as leis. O juiz só atua o direito para resolver litígio) substutividade (o juiz se
substitui às partes em juízo. Com a finalidade de solucionar o litígio)

Todas as características da jurisdição têm muito a ver com a sentença! O que a parte
quer é um provimento satisfativo. Não uma mera sentença.

Escopo do direito - na execução - tomar o bem que é do direito de outro

Substutividade - penhorar- tomar o bem do devedor em lugar do credor

Portanto, o processo gira em torno da sentença. Tudo o que se pratica no processo é para
chegar a uma sentença. O processo, enquanto processo, tem por objeto a construção da
sentença.

O que é ação? R. direito à tutela jurisdicional. É direito a uma sentença. Você bate às
portas do Judiciário em busca de uma sentença, de um provimento satisfativo.
O que é ação em sentido processual? R. direito a uma sentença de mérito;

O processo nasce com uma inicial e morre com uma sentença! sempre!

Direito de defesa - sou citado para me defender e buscar uma sentença favorável a mim;

Direito ao silêncio - para não influenciar a criação de uma sentença contra meus
interesses;

O direito de recorrer serve para superar a sentença.

Acórdão - é a sentença do Tribunal. Para todos os fins. O julgamento antecipado parcial


de mérito é sentença. O invólucro, porém, é de decisão interlocutória. Cabe agravo de
instrumento, não apelação. Caso contrário, com essa sentença eu teria de encerrar todo o
processo. Substancialmente, entretanto, é sentença.

Decisão monocrática de relator - se encaixa também na ideia de sentença;

Dispositivos do CPC (arts. 203 a 205; 485 e 487)

Art. 203. Os pronunciamentos do juiz consistirão em sentenças, decisões


interlocutórias e despachos.

Inovação: resolveu definir os atos que são sentenças - o sentido é de decisão do juiz
monocrático. Nome que pega tudo: pronunciamento judicial (sentenças, decisões
interlocutórias e despachos)

Atos do juiz de primeira instância. Mas essas coisas podem ser vislumbradas em outras
instâncias.

§ 3o São despachos todos os demais pronunciamentos do juiz praticados no processo,


de ofício ou a requerimento da parte.

Despacho é o ato do juiz que não tem nenhum conteúdo decisório. Não há decisão de
tipo nenhum. Atos de movimentação sem conteúdo decisório.

§ 2o Decisão interlocutória é todo pronunciamento judicial de natureza decisória que


não se enquadre no § 1o.

§ 1o Ressalvadas as disposições expressas dos procedimentos especiais, sentença é o


pronunciamento por meio do qual o juiz, com fundamento nos arts. 485 e 487, põe fim à
fase cognitiva do procedimento comum, bem como extingue a execução.

Obs. conceito de sentença. Ele não é dos melhores. Diz que todo ato de extinção do
processo é uma sentença.
Art. 487. Haverá resolução de mérito quando o juiz:

Obs. Sentença que resolve o mérito - são aquelas que julgam o mérito - ação em sentido
processual - art. 487 - chamada de sentença definitiva (porque ela traz definição da
relação jurídica) ou pronunciamento judicial definitivo

Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando:

Obs. Sentença que não resolve o mérito - que extingue sem julgar o mérito - art. 485 -
chamada de sentença terminativa (ela termina o processo)

Execução - ato satisfativo/ato de força (não é sentença; mas ela resolve o mérito)

Ato do juiz que não julga, mas resolve o direito. Por isso a palavra resolve.

Nos procedimentos especiais, pode haver rompimento da lógica do procedimento


comum. Algumas sentenças são consideradas decisões interlocutórias. (uma define
como a demarcação deve acontecer - traçado; a outra homologa)

Ex. na ação demarcatória, por exemplo, há duas sentenças (cobra de duas cabeças)

Ex. ação monitória é processo sem sentença (cobra sem cabeça)

E outros procedimentos especiais - 1. exigir contas Art. 550, §5º. 2. Ação demarcatória
Art. 579 e 587 3. Ação de divisão. Art. 596. 4. Ação de dissolução parcial de sociedade
- art. 603 (no meio do caminho) - 5. Inventário - art. 643. 6. Ação monitória. Decisão
interlocutória art. 701.

§ 1o Ressalvadas as disposições expressas dos procedimentos especiais, sentença é o


pronunciamento por meio do qual o juiz, com fundamento nos arts. 485 e 487, põe fim à
fase cognitiva do procedimento comum, bem como extingue a execução.

Obs. esse ato que encerra a fase cognitiva, se chama sentença.

Problema: ato de sentença que não mais extingue o processo, como era no CPC de
1973.

“Sentença é o ato do juiz que extingue o processo com ou sem julgamento do mérito”.
CPC 1973.

Agora é incompatível. Com a liquidação e cumprimento de sentença como fases


posteriores, a sentença não mais extingue o processo. Apenas muda a fase do processo.
O cumprimento de sentença colocou em crise o entendimento anterior. Por isso, eles
mudaram. A sentença põe fim à fase cognitiva do processo de conhecimento. Apenas
isso. Não há encerramento do processo.
A sentença que extingue a execução, aí sim, encerra o processo.

Nos procedimentos especiais, pode haver sentenças que não encerram a fase cognitiva.
Por isso a ressalva do início do artigo.

§ 4o Os atos meramente ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória, independem


de despacho, devendo ser praticados de ofício pelo servidor e revistos pelo juiz quando
necessário.

Obs. Juntada de documentos aos autos é feita pelo escrevente.

Art. 204. Acórdão é o julgamento colegiado proferido pelos tribunais.

Art. 205. Os despachos, as decisões, as sentenças e os acórdãos serão redigidos,


datados e assinados pelos juízes.

§ 1o Quando os pronunciamentos previstos no caput forem proferidos oralmente, o


servidor os documentará, submetendo-os aos juízes para revisão e assinatura.

§ 2o A assinatura dos juízes, em todos os graus de jurisdição, pode ser feita


eletronicamente, na forma da lei.

§ 3o Os despachos, as decisões interlocutórias, o dispositivo das sentenças e a ementa


dos acórdãos serão publicados no Diário de Justiça Eletrônico.

Obs. Despachos e decisões interlocutórias (publicados na íntegra)

Dispositivo das sentenças (uma parte dela)

Partes formais da sentença: 1. Relatório. 2. Fundamentação. 3. Dispositivo da


sentença (aquela parte onde ele julga o pedido. Onde toma a decisão).

Aula: 16/05

Dispositivos do CPC - arts. 85, 73 e 74

Sentença definitiva - define a relação jurídica levada ao juiz; é a sentença que julga o
mérito; acertamento para os italianos - art. 487 (com várias hipóteses)

Sentença terminativa - termina o processo sem julgar o mérito;

Mérito:
1. Sentença que julga o pedido, a pretensão processual, a postulação (mérito do ponto de
vista processual) Ex. condenatória, declaratória, mandamental, ordenatória etc. O juiz
diz sim ou não (procedente ou improcedente)

2. (Mérito do ponto de vista do direito material) - é a sentença que resolve o direito


material, a relação jurídica material, pretensão material posta em juízo. Ex. que me
deixe entrar no imóvel. Rescisão do contrato. Diz se o direito existe ou não existe.

3. (mérito do ponto de vista sociológico) é a sentença que julga o litígio, a lide, o


conflito de interesses.

Casos em que não há resolução do mérito - sentença terminativa - art. 485.

Não obsta que a parte proponha de novo a ação.

Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando:

I - indeferir a petição inicial;

II - o processo ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes;

III - por não promover os atos e as diligências que lhe incumbir, o autor abandonar a
causa por mais de 30 (trinta) dias;

IV - verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e


regular do processo; (falta dos pressupostos processuais subjetivos - capacidade para
ser parte, estar em juízo, postulatória)

V - reconhecer a existência de perempção, de litispendência ou de coisa julgada; (falta


pressupostos processuais objetivos negativos)

VI - verificar ausência de legitimidade ou de interesse processual; (não há condições


da ação - legitimidade ad causam ou interesse processual). Há quem diga que não
existe mais condições da ação!! Absurdo! Retrocederíamos 100 anos com essa ideia!)

VII - acolher a alegação de existência de convenção de arbitragem ou quando o juízo


arbitral reconhecer sua competência; (pressuposto processual objetivo negativo - o juiz
só mata depois de citar o réu; ele é quem vai alegar) - o juiz não conhecerá de ofício

§ 3o O juiz conhecerá de ofício da matéria constante dos incisos IV, V, VI e IX, em


qualquer tempo e grau de jurisdição, enquanto não ocorrer o trânsito em julgado.

VIII - homologar a desistência da ação;

IX - em caso de morte da parte, a ação for considerada intransmissível por disposição


legal; e

X - nos demais casos prescritos neste Código.


As condições da ação são avaliadas com base nas afirmações das partes. Não pela
verdade real. Posso mudar de entendimento no decorrer do processo. Pode matar o
processo no saneamento, por exemplo, no meio do processo.

Pela falta dos pressupostos do juiz: imparcialidade, competência, investidura - nunca se


extingue o processo por causa disso.

O processo sem investidura - é inexistente. Nunca existiu. Isso no CPC 1973.

O processo se inicia com a protocolização da petição inicial. Assim passa a existir o


processo de acordo com o CPC atual. Mas a relação é triangular, não foi nesse caso,
pois não há juiz.

Capacidade de estar em juízo - tem de ter 18 anos. Plena capacidade para estar em juízo.
Incapaz não tem capacidade para estar em juízo.

Capacidade para ser parte - precisa ser pessoa natural. Sujeito de direitos.

Outro caso: Massa falida é um ente personalizado. Recebe da lei uma personalidade
judiciária. Capacidade para ser parte apenas para fins processuais. Presentada pelo
administrador.

Art. 73. O cônjuge necessitará do consentimento do outro para propor ação que verse
sobre direito real imobiliário, salvo quando casados sob o regime de separação
absoluta de bens.

O cônjuge tem capacidade para ser parte; mas não te plena capacidade para estar em
juízo. Ele depende de consentimento do cônjuge.

§ 1o Ambos os cônjuges serão necessariamente citados para a ação:

I - que verse sobre direito real imobiliário, salvo quando casados sob o regime de
separação absoluta de bens;

II - resultante de fato que diga respeito a ambos os cônjuges ou de ato praticado por
eles;

III - fundada em dívida contraída por um dos cônjuges a bem da família;

IV - que tenha por objeto o reconhecimento, a constituição ou a extinção de ônus sobre


imóvel de um ou de ambos os cônjuges.
Obs. Questão de legitimidade ad causam. É litisconsórcio passivo necessário.

Art. 74. O consentimento previsto no art. 73 pode ser suprido judicialmente quando for
negado por um dos cônjuges sem justo motivo, ou quando lhe seja impossível concedê-
lo.

Obs. o pedido ao juiz para que supra o consentimento é feito em sede de jurisdição
voluntária.

Parágrafo único. A falta de consentimento, quando necessário e não suprido pelo juiz,
invalida o processo.

Obs. Falta de pressuposto processual subjetivo - falta capacidade para estar em juízo.

Aula: 06/06

Tema: sentença

Dispositivos: arts. 485 a 495

Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando:

§ 4o Oferecida a contestação, o autor não poderá, sem o consentimento do réu, desistir


da ação.

Obs. A desistência pode ocorrer até a contestação. De forma unilateral.

Depois da contestação, só com anuência do réu.

§ 5o A desistência da ação pode ser apresentada até a sentença.

§ 6o Oferecida a contestação, a extinção do processo por abandono da causa pelo autor


depende de requerimento do réu.

§ 7o Interposta a apelação em qualquer dos casos de que tratam os incisos deste artigo,
o juiz terá 5 (cinco) dias para retratar-se.

Obs. Proferida a sentença terminativa nos casos do art. 485, o juiz pode retratar-se de
ofício. Significa uma economia processual enorme. Não precisa ir ao Tribunal. A regra
encoraja o juiz a retratar-se.

Art. 486. O pronunciamento judicial que não resolve o mérito não obsta a que a parte
proponha de novo a ação.
Obs. Não houve sentença transitada em julgado. Pode haver nova discussão da matéria.

§ 1o No caso de extinção em razão de litispendência e nos casos dos incisos I, IV, VI e


VII do art. 485, a propositura da nova ação depende da correção do vício que levou à
sentença sem resolução do mérito.

§ 2o A petição inicial, todavia, não será despachada sem a prova do pagamento ou do


depósito das custas e dos honorários de advogado.

Obs. Ou você paga ou não promove a segunda ação.

§ 3o Se o autor der causa, por 3 (três) vezes, a sentença fundada em abandono da


causa, não poderá propor nova ação contra o réu com o mesmo objeto, ficando-lhe
ressalvada, entretanto, a possibilidade de alegar em defesa o seu direito.

Obs. é o caso da perempção. Morte da ação. Parte final: se alguém vier em outra ação
contra mim, posso alegar esse direito em minha defesa.

Art. 487. Haverá resolução de mérito quando o juiz:

I - acolher ou rejeitar o pedido formulado na ação ou na reconvenção;

Obs. julgar o pedido, a relação material controvertida, solucionou o conflito de


interesses (perspectiva sociológica)

II - decidir, de ofício ou a requerimento, sobre a ocorrência de decadência ou


prescrição;

Obs. decadência e prescrição são matérias de mérito. Decadência - extinção ou


perecimento do direito material. Desaparece pelo tempo. Prescrição - não é a extinção
da ação, nem do direito. Pontes de Miranda: a prescrição atinge a exigibilidade da
prestação correspondente àquela obrigação. Decorre do tempo e da vontade do réu de
alegar isso.

III - homologar:

a) o reconhecimento da procedência do pedido formulado na ação ou na reconvenção;

Obs. o réu reconhece a procedência do pedido na ação. Ele assume que o autor tem o
direito. Se o réu fizer isso, as partes resolveram o litígio. Mediante ato altruísta do réu.
É uma forma de autocomposição unilateral, pelo ato altruísta do réu em
reconhecer o direito do autor.

b) a transação;
Obs. homologar significa chancelar/testificar/dizer amém, concordo. A sentença do juiz
é homologatória do acordo das partes, dá efeitos jurídicos processuais à transação.

c) a renúncia à pretensão formulada na ação ou na reconvenção.

Obs. Caso do autor que renuncia ao seu direito. As partes por meio de
autocomposição unilateral resolveram o litígio.

Parágrafo único. Ressalvada a hipótese do § 1o do art. 332, a prescrição e a


decadência não serão reconhecidas sem que antes seja dada às partes oportunidade de
manifestar-se.

Obs. novidade do CPC 2015. O juiz pode reconhecer liminarmente a prescrição e


decadência. Depois disso, em outras fases, somente quando der oportunidade às partes
de se manifestarem. Valorização do direito ao contraditório. Com isso se impede a
decisão surpresa.

Art. 488. Desde que possível, o juiz resolverá o mérito sempre que a decisão for
favorável à parte a quem aproveitaria eventual pronunciamento nos termos do art. 485.

Exemplo: há um problema de legitimidade. Falta de interesse processual. No final, não


dê provimento pela carência, mas julgue o mérito. Essa é a recomendação do CPC.

Qual é a inspiração disso? As condições da ação servem para matar o processo - no


começo, no máximo no meio do processo. Se já passou a oportunidade, julgue
improcedente o pedido. Não recorra mais às condições da ação.

Art. 489. São elementos essenciais da sentença:

Obs. Elementos que participam da existência ou validade da sentença.

I - o relatório, que conterá os nomes das partes, a identificação do caso, com a suma do
pedido e da contestação, e o registro das principais ocorrências havidas no andamento
do processo;

Obs. relatório constitui a história relevante do processo. A sentença é o ato mais


importante do processo. Vou utilizá-la para inúmeros fins. A sentença tem de trazer
dentro dela o seu DNA. Uma soma de todo o processo que gerou a sentença, na própria
sentença. Essa é a importância prática do relatório da sentença. Apenas com o relatório,
todos que a apreciarem saberão os dados essenciais do processo.

Se faltar relatório na sentença ela é irregular. Não há nulidade.

Art. 489. São elementos essenciais da sentença:


II - os fundamentos, em que o juiz analisará as questões de fato e de direito;

Obs. o juiz não só analisa, ele julga, decide a causa de pedir.

Art. 489. São elementos essenciais da sentença:

III - o dispositivo, em que o juiz resolverá as questões principais que as partes lhe
submeterem.

Obs. Não só resolve, mas julga. Ele analisa e decide o mérito.

Qual a diferença entre fundamentos e dispositivo?

R. O que faz a diferença é o objeto da decisão em cada uma das partes da sentença.
Não é o verbo! (analisa ou resolve). O CPC não foi feliz nessa exposição. É errado
usar o termo “questões principais”, o que ele julga no dispositivo é o PEDIDO!! A
pretensão material!! Todas as questões são resolvidas nos FUNDAMENTOS!

Elementos da ação: Partes, Pedido (julga no dispositivo), Causa de pedir (julga nos
fundamentos).

O dispositivo é a parte menor, onde diz se há procedência ou improcedência do pedido.

Outra diferença: só o dispositivo faz coisa julgada.

§ 1o Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela interlocutória,


sentença ou acórdão, que:

I - se limitar à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo, sem explicar


sua relação com a causa ou a questão decidida;

II - empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo concreto de


sua incidência no caso;

III - invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra decisão;

IV - não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes de, em tese,


infirmar a conclusão adotada pelo julgador;

V - se limitar a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem identificar seus


fundamentos determinantes nem demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta
àqueles fundamentos;
VI - deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente invocado pela
parte, sem demonstrar a existência de distinção no caso em julgamento ou a superação
do entendimento.

§ 2o No caso de colisão entre normas, o juiz deve justificar o objeto e os critérios gerais
da ponderação efetuada, enunciando as razões que autorizam a interferência na norma
afastada e as premissas fáticas que fundamentam a conclusão.

Obs. as ponderações só se aplicam em conflitos de direitos fundamentais. Não em


relação às normas infraconstitucionais. Isso é próprio de controle de
constitucionalidade. Vai dar margem ao juiz para ele fazer o que quiser.

§ 3o A decisão judicial deve ser interpretada a partir da conjugação de todos os seus


elementos e em conformidade com o princípio da boa-fé.

Obs. novidade no CPC 2015. A interpretação da sentença deve ser de boa-fé. Não pode
fazer uma interpretação literal desonesta. Isso é um avanço, pois erros existem em todos
os lugares.

Art. 490. O juiz resolverá o mérito acolhendo ou rejeitando, no todo ou em parte, os


pedidos formulados pelas partes.

Obs. Melhor redação! É julgar os pedidos, não as questões principais como acima
posto.

Art. 491. Na ação relativa à obrigação de pagar quantia, ainda que formulado pedido
genérico, a decisão definirá desde logo a extensão da obrigação, o índice de correção
monetária, a taxa de juros, o termo inicial de ambos e a periodicidade da capitalização
dos juros, se for o caso, salvo quando:

Obs. pedido genérico: não define quanto deve. Apenas alega haver a dívida.

I - não for possível determinar, de modo definitivo, o montante devido;

II - a apuração do valor devido depender da produção de prova de realização


demorada ou excessivamente dispendiosa, assim reconhecida na sentença.

§ 1o Nos casos previstos neste artigo, seguir-se-á a apuração do valor devido por
liquidação.

§ 2o O disposto no caput também se aplica quando o acórdão alterar a sentença.

Obs. mesmo com pedido genérico, o juiz tem liberdade para proferir sentença líquida,
salvo quando não for possível.
Art. 492. É vedado ao juiz proferir decisão de natureza diversa da pedida, bem como
condenar a parte em quantidade superior ou em objeto diverso do que lhe foi
demandado.

Obs. Traduz a regra da adstrição da sentença ao pedido. O que não foi pedido, não
pode ser concedido. Pode haver interpretação do pedido, mas o que não foi pedido, não
pode ser atendido.

Proibição da sentença extra petita. (diversa do objeto do pedido)

Vedação da sentença ultra petita (condenar a parte em quantidade superior ao


pedido)

Sentença Citra petita (ele não julgou todos os pedidos)

Sentença Infra petita (apresentei três fundamentos, ele só apreciou um)

Para todos os casos, cabem embargos declaratórios.

Parágrafo único. A decisão deve ser certa, ainda que resolva relação jurídica
condicional.

Obs. O juiz tem que dizer qual é a condição, com precisão todas as coisas. Qual é
exatamente o termo, a condição?

Art. 493. Se, depois da propositura da ação, algum fato constitutivo, modificativo ou
extintivo do direito influir no julgamento do mérito, caberá ao juiz tomá-lo em
consideração, de ofício ou a requerimento da parte, no momento de proferir a decisão.

Parágrafo único. Se constatar de ofício o fato novo, o juiz ouvirá as partes sobre ele
antes de decidir.

Obs. os fatos novos, que ocorrem durante o processo, que interferem na causa de pedir e
no pedido, podem ser levados em consideração na hora da sentença.

Ex. perdeu uma perna, mas durante a ação perdeu a outra. Posso levar em consideração
antes do final do processo.

O parágrafo único também é uma homenagem ao contraditório.

Art. 494. Publicada a sentença, o juiz só poderá alterá-la:


I - para corrigir-lhe, de ofício ou a requerimento da parte, inexatidões materiais ou
erros de cálculo;

II - por meio de embargos de declaração.

Art. 495. A decisão que condenar o réu ao pagamento de prestação consistente em


dinheiro e a que determinar a conversão de prestação de fazer, de não fazer ou de dar
coisa em prestação pecuniária valerão como título constitutivo de hipoteca judiciária.

Obs. é um efeito secundário da sentença. A mesma como um título que gera uma
hipoteca judiciária. Já pode efetuar o registro.

§ 1o A decisão produz a hipoteca judiciária:

I - embora a condenação seja genérica;

II - ainda que o credor possa promover o cumprimento provisório da sentença ou esteja


pendente arresto sobre bem do devedor;

III - mesmo que impugnada por recurso dotado de efeito suspensivo.

§ 2o A hipoteca judiciária poderá ser realizada mediante apresentação de cópia da


sentença perante o cartório de registro imobiliário, independentemente de ordem
judicial, de declaração expressa do juiz ou de demonstração de urgência.

§ 3o No prazo de até 15 (quinze) dias da data de realização da hipoteca, a parte


informá-la-á ao juízo da causa, que determinará a intimação da outra parte para que
tome ciência do ato.

§ 4o A hipoteca judiciária, uma vez constituída, implicará, para o credor hipotecário, o


direito de preferência, quanto ao pagamento, em relação a outros credores, observada
a prioridade no registro.

§ 5o Sobrevindo a reforma ou a invalidação da decisão que impôs o pagamento de


quantia, a parte responderá, independentemente de culpa, pelos danos que a outra
parte tiver sofrido em razão da constituição da garantia, devendo o valor da
indenização ser liquidado e executado nos próprios autos.

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