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06.12.18 7h14
Os profissionais de saúde devem ficar atentos com casos de SG em pessoas com condições e fatores de risco para
complicações como crianças menores de dois anos de idade, idosos com mais de 60 anos de idade, etc Baixar Foto Foto:
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05/12/2018 15:49h
A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) informa que até a 47ª Semana Epidemiológica, foram notificados 1.107 casos de
Síndrome Respiratória Aguda (SRAG) no Pará, com 92 óbitos.
Segundo a Divisão de Vigilância Epidemiológica da Sespa, a população mais acometida foi de crianças de sete meses a dois anos de
idade, com 334 casos notificados, seguida das crianças menores de seis meses de idade, com 280 casos registrados; e idosos com 60
anos ou mais, com 181 casos notificados. Os municípios com mais casos notificados são Altamira (380), Belém (373) e Parauapebas (80).
Do total de casos notificados, 494 (44.6%) tiveram confirmação por critério clínico; 461 (41,6%) por exame laboratorial; 56 (5%) por clínico
epidemiológico e 96 (8,6%) não têm informação.
No que tange aos vírus causadores da SRAG, dos 1.107 casos notificados, apenas 522 (47,1%) tiveram amostras de secreção coletadas
para exame laboratorial, das quais 323 (61,8%) tiveram resultado positivo para vírus respiratório, sendo 19 para H1N1, 34 para H3N2
sazonal, 05 para Influenza A não subtipado, 15 para Influenza B, 04 para Parainfluenza 1, 02 para Parainfluenza 2, 12 para Parainfluenza
3, 211 para vírus sincicial respiratório, 04 para Ademovírus e 17 para Metapneumovírus.
Quanto ao uso do antiviral, 616 pacientes receberam o Oseltamivir (Tamiflu), sendo que o Ministério da Saúde preconiza o seu uso
preferencialmente nas primeiras 48 horas do início dos sintomas, pois a demora pode levar o paciente a óbito.
É importante lembrar que todos os hospitais têm obrigação de notificar todos os casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) às
secretarias municipais de saúde, colher amostra de secreção de nasofaringe do paciente para pesquisa de vírus respiratório e encaminhar
ao Laboratório Central do Estado (Lacen-PA). Também devem iniciar o tratamento com o antiviral nas primeiras 48 horas
preferencialmente. É o que preconiza a Nota Técnica 01/2018 emitida pela Sespa, no mês de janeiro deste ano e distribuída a todas as
Secretarias Municipais de Saúde.
Sinais e sintomas - Os principais sinais e sintomas de síndrome gripal (SG) são febre de início súbito mesmo que referida (que não foi
verificada com uso termômetro) acompanhada de tosse ou dor de garganta, e pelo menos um dos seguintes sintomas: dor de cabeça, dor
nos músculos ou dor nas articulações, na ausência de outro diagnóstico específico. Em crianças menores de dois anos de idade também
se deve considerar como caso de SG febre de início súbito (mesmo que referida) e sintomas respiratórios como tosse, coriza e obstrução
nasal. Os sinais e sintomas de agravamento da doença evoluindo para SRAG são dispneia, desconforto respiratório, saturação de oxigênio
menor que 95% em ar ambiente e piora da doença pré-existente e pressão baixa em relação à habitual do paciente.
Fatores de risco - Os profissionais de saúde devem ficar atentos com casos de SG em pessoas com condições e fatores de risco para
complicações como crianças menores de dois anos de idade, idosos com mais de 60 anos de idade, grávidas em qualquer idade
gestacional, puérperas até duas semanas após o parto incluindo as que tiveram aborto ou perda fetal, pessoas com doenças crônicas,
imunossupressão, indígenas e obesidade mórbida. Pois, nesses casos, e inclusive em pacientes sem condições e fatores de risco para
complicação, conforme a gravidade do caso e avaliação do médico, pode ser utilizado o medicamento Oseltamivir. Além disso, todos os
pacientes com síndrome gripal devem ser orientados a retornar ao serviço de saúde em caso de piora do quadro clínico.
Prevenção – Com a chegada do período chuvoso, a população deve tomar as seguintes medidas para reduzir riscos de contrair ou
transmitir doenças respiratórias: lavar e higienizar as mãos antes de consumir alimentos e após tossir e espirrar, utilizar lenço descartável
para higiene nasal; cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir, evitar tocar nas mucosas dos olhos, nariz e boca; não compartilhar objetos
de uso pessoal como talheres, pratos, copos e garrafas, manter os ambientes bem ventilados; evitar ficar perto de pessoas com sinais e
sintomas de gripe.
Membros da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) ministraram treinamento sobre o “Projeto Nascer: capacitação em teste
rápido e aconselhamento de HIV e sífilis”, nos dias 27 e 28 de novembro, para a equipe assistencial do Hospital Materno-Infantil de
Barcarena Dra. Anna Turan (HMIB).
O curso, direcionado aos enfermeiros e técnicos de Enfermagem, foi dividido entre teoria e prática. Os temas abordados foram vírus da
Aids, sífilis e sífilis congênita. Os funcionários do hospital puderam demonstrar o teste da polpa digital, para melhor entendimento.
De acordo com o coordenador de Enfermagem do HMIB, Geovanny Magalhães, o objetivo é capacitar o corpo funcional. “O intuito de
trazer o treinamento para o Hospital é dividido em duas partes. O primeiro, relacionado à sensibilização dos profissionais, e o segundo é a
capacitação deles para realizarem o teste rápido, já que todos precisam de habilitação para esta função”, informou.
A unidade segue o princípio da humanização. Para seu cumprimento em todos os âmbitos é necessário este tipo de qualificação, quanto
ao aconselhamento do paciente. “Não é apenas instrução técnica. O aconselhamento, em caso de resultado positivo, a forma de dar este
resultado ao paciente, tudo faz parte do treinamento, e o colaborador precisa saber”, disse o coordenador.
Sífilis em Barcarena - De acordo com o relatório da Coordenação Estadual de Infecção Sexualmente Transmissível (IST)/Aids, entre 2013
e 2016 foram constatados no município de Barcarena 61 casos de sífilis congênita, que é a transmissão da doença de mãe para filho. A
infecção é grave e pode causar má-formação do feto, aborto ou morte do bebê. Por isso, é necessário o pré-natal para o tratamento
adequado da mulher e do parceiro.
Segundo a enfermeira Ildemar Fernandes, técnica da Coordenação Estadual de IST/Aids da Sespa, o diagnóstico precoce é fundamental
para o tratamento do recém-nascido e da mãe durante o parto. “Achei imprescindível este treinamento, principalmente porque tivemos um
espaço específico e conseguimos juntar um grande número de colaboradores. Eles me deram um retorno imediato durante o treinamento.
O objetivo maior é capacitar a equipe para o manejo clínico da infecção pelo HIV e sífilis, para eles fazerem isso aqui na maternidade como
prevenção, também. Conversamos sobre como tratar a gestante e o recém-nascido na hora do parto, de acordo com o protocolo, e ter a
oportunidade de fazer a prevenção dessas mulheres que portam o HIV e que não sabem, porque não foi possível ser detectado no pré-
natal”, ressaltou.
O relatório da Unaids (programa da Organização das Nações Unidas de combate à Aids), divulgado na semana passada, 9,4 milhões de
pessoas vivem com o HIV e não sabem que estão infectadas. Se diagnosticado durante o pré-natal, a mãe é tratada e evitará a
transmissão do vírus para o bebê. “Na maternidade, a gente consegue fazer uma prevenção para a gestante e o bebê pelo uso dos
retrovirais, orientação sobre a não amamentação, e a família recebe a fórmula láctea na saída da maternidade”, acrescentou Ildemar
Fernandes.
Anteriormente, apenas alguns enfermeiros do HMIB eram habilitados para realizar o teste rápido na triagem da Unidade de Intercorrência
(UAI). Após este treinamento e habilitação dos demais profissionais, os testes serão intensificados tanto na UAI quanto no ambulatório,
haja vista que a cada três meses, no pré-natal, deve ser realizado o teste rápido na gestante.
Por Carolina Lobo
Especialista alerta sobre os cuidados com as crianças no período chuvoso