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LINHA MELÓDICA

Na música tonal, há em geral grande liberdade na construção da linha


melódica, havendo padrões mais específicos de acordo com o compositor ou o período
em questão. No entanto, alguns elementos básicos são constates.

1) Toda melodia traz implícita uma progressão harmônica de fundo, definida por suas
notas estruturais.

2) Sua organização mais simples apresenta começo, meio e fim, formando uma frase
musical. Seu perfil melódico tende a apresentar um ponto culminante e um ponto de
repouso.

3) Em seu ponto de repouso, a frase termina com uma cadência harmônica, a qual é
normalmente reforçada por outros parâmetros musicais (Ex.: ritmo mais longo na nota
de repouso melódico).

4) Sua organização rítmica pode ser mais diversificada do que a presente no século XVI
(vista no Contraponto I), mas não exagere! É necessária certa coerência rítmica.

5) Para a elaboração da linha melódica, há algumas recomendações:

- Que ela tenha predominância de graus conjuntos;

- Que saltos maiores do que uma 3ª sejam compensados;

- Evitar Saltos dissonantes em excesso (podem ser utilizados, mas necessitam


de resolução, direta ou indireta);

- Que ela tenha unidade rítmica (não haja excesso de figuras rítmicas);

- É opcional a utilização de elementos motívicos.

Atenção: saltos não-compensados podem criar a sensação de melodias compostas


(melodias que sugerem 2 ou mais vozes; muito comuns no Barroco).

Importante salientar que:

- Melodias vocais e instrumentais apresentam características distintas.

- Em certos períodos/estilos, a utilização de ornamentações e notas estranhas à


harmonia é bastante acentuada (Ex.: Barroco, Bebop). No entanto, LEMBRE-SE:

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Numa textura polifônica a 2 ou 3 vozes, a fronteira entre nota
estranha à harmonia e nota que altera a harmonia pode ser
muito tênue.

Ornamentações

Utilizadas dentro de certos limites, as ornamentações formam um conjunto de


recursos muito importante para a valorização das linhas melódicas.

Não se esqueça: ornamentações inserem notas estranhas à harmonia, podendo


transformá-la totalmente.

Veja abaixo alguns dos recursos mais comuns:

 Nota de passagem: inserção de 1 ou mais graus conjuntos preenchendo um


intervalo melódico de 3ª ou superior (sempre em tempos fracos)

ou

 Nota de passagem acentuada: idem ao caso anterior, mas com as notas de


passagem em tempos métricos acentuados.

 Suspensão (retardo): ornamentação na qual, por conta da ligadura, ocorre um


adiamento da resolução ou movimentação melódica. Importante: a suspensão
geralmente começa por uma consonância (nota pertencente à harmonia).

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 Antecipação: breve antecipação (com sentido de anacruse) da próxima nota
acentuada da melodia.

ou

 Bordadura: padrão de ornamentação que destaca uma determinada nota;


baseia-se no deslocamento para uma nota vizinha e retorno à nota de base.

ou

 Bordadura por antecipação: idem à bordadura comum, exceto que o acento


recai sobre a última nota da figura.

 Bordadura dupla: utiliza ambas as notas vizinhas.

 Apojatura: Inserção de uma nota dissonante em tempo métrico acentuado,


seguida de resolução (normalmente por grau conjunto) para uma nota
pertencente à harmonia em tempo métrico não-acentuado.

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 Grupeto: combinação de duas bordaduras; construída a partir das notas
vizinhas.

 Escapada: figura na qual uma movimentação por grau conjunto é quebrada por
saltos de/ou para dissonâncias em tempo fraco (Atenção: esta figura pode
enfraquecer muito a harmonia de base).

ou

 Arpejo: utilização de arpejos da harmonia de base para o enriquecimento da


melodia (portanto, não constituem ornamentações no sentido de notas fora
da harmonia).

 Nota pedal: tipo peculiar de linha composta, na qual uma das vozes sugeridas
consiste num ostinato.

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