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revoluções brasileiras
BRASIL COLONIAL [1500-1822]

A partir do século XVII, surgiram no Brasil os primeiros movimentos de contestação

ao domínio e aos abusos da metrópole sobre a colônia. Os primeiros movimentos, por

exemplo, não chegaram a reivindicar a independência nacional – com exceção das

Inconfidências Mineira (1789) e Baiana (1798). Servindo apenas para mostrar a

existência de interesses de uma população já enraizada no Brasil. Entretanto, essas

rebeliões coloniais foram setoriais e não revelaram indícios de uma tomada de

consciência verdadeiramente nacional; já que não almejavam objetivos de uma

população integrada ou de mudanças nas estruturas socioeconômicas consolidadas ao

longo da colonização.

A Insurreição Pernambucana (1640-

1654) foi o primeiro movimento

reacionário brasileiro, e aconteceu

dentro do contexto do 'Nordeste

holandês' como uma reação à

cobrança de diversos impostos e

empréstimos da população

pernambucana, por parte da

Companhia das Índias Ocidentais da

Holanda. Com o confisco de bens e

terras daqueles que não pagavam, o movimento foi ganhando forma, sendo ainda mais

impulsionado pela luta contrarreformista dos católicos da época - a maior parte dos

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holandeses eram judeus e protestantes. O processo teve como importante

característica a aliança entre senhores brancos, indígenas e negros libertos, que juntos

conseguiram se impor contra um inimigo em comum. Portugal, ainda se recuperando

do domínio espanhol, só conseguiu prestar auxílio já no fim dos conflitos; levando à

expulsão definitiva dos holandeses. A maior consequência da insurreição foi o declínio

da economia açucareira do Nordeste, já que a maior parte dos engenhos de açúcar

tinham sido destruídos durante o movimento; além de ganharem a concorrência do

açúcar holandês que passou a ser produzido nas Antilhas do Caribe.

A Resistência Negra sempre foi

uma constante ao longo do período

colonial brasileiro; onde os

quilombos foram a maior forma de

resistência dos africanos contra a

opressão escravista. O símbolo

mais importante dessa resistência

era o Quilombo de Palmares, que

ficava na região que hoje é o

estado de Alagoas. Por mais de 60 anos se manteve erguida contra os grilhões, tinha

uma comunidade autossuficiente, que, inclusive, chegava a praticar comércio com vilas

da região. Por sua emblemática resistência acabou sendo vista como um estímulo à

rebeldia e à liberdade. Em 1694, uma incursão patrocinada por Senhores, após um

longo cerco à comunidade, deu fim ao quilombo; Zumbi, o líder mais conhecido de

Palmares, chegou a resistir por mais um ano. Morto, teve sua cabeça exposta em

Recife/PE, para intimidar possíveis rebeldes.

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 Rebeliões Nativistas

Foram rebeliões motivadas principalmente pelo descontentamento de parcelas

regionais da população colonial contra determinadas medidas da metrópole

consideradas prejudiciais aos seus interesses. Sendo assim, tratava-se de

manifestações contra medidas isoladas e contrárias aos interesses dos colonos de

uma ou outra região brasileira.

No século XVII, a economia do Maranhão era baseada principalmente na

exploração das "drogas do sertão" e o comércio era monopolizado pela Companhia

Geral do Comércio do Estado do Maranhão; que tinha por função o incentivo a

colonização da região e o trabalho dos colonos. Além de ter que fornecer escravos

para região. Entretanto, a Companhia de Comércio/MA não cumpriu com seus acordos

levando a população local a um profundo descontentamento; o que levaria a eclosão

da revolta. Logo os revoltosos ocuparam a capital São Luís, expulsando

representantes da Companhia de Comércio/MA e os jesuítas - esses últimos sempre

implicavam com a escravização dos nativos feita pelos colonos. Mesmo a Coroa

portuguesa tendo reprimido violentamente a revolta (seus principais líderes foram

enforcados), os colonos conseguiram alcançar seus objetivos com a extinção da

Companhia Geral do Comércio do Estado do Maranhão.

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A descoberta de ouro em na região das Minas

Gerais pelos bandeirantes paulistas, em finais do

século XVII, atraiu para a região milhões de colonos

de outras províncias, além de muitos europeus. O

que levou a um descontentamento geral entre os

paulistas que passaram a hostilizar aqueles que iam

chegando à região aurífera. "Emboaba" era a forma a

qual os paulistas se referiam a esses forasteiros que

chegavam aos montes nas Minas. A disputa acabou

com a vitória dos forasteiros, o que ocasionou um gradativo êxodo dos paulistas para

os territórios que hoje são conhecidos como Goiás e Mato Grosso, em busca de novas
jazidas. Outra consequência do conflito foi o estabelecimento das capitanias de São

Paulo e de Minas Gerais, esta última passou a ser administrada diretamente pela

Metrópole portuguesa, já que somente lhes interessava lucrar o máximo que pudessem

com a exploração da colônia.

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Com a decadência da economia açucareira a cidade de Olinda, que na época

era o centro político e comercial de Pernambuco, teve sua economia drasticamente

afetada pela crise econômica; em contrapartida, o, ainda, povoado de Recife

prosperava graças à intensa atividade comercial praticada pelos mascates

(comerciantes portugueses); e com isso passou a ser o centro comercial de

Pernambuco. Em 1709, Recife recebe sua emancipação política. Os olindenses, que

se sentiam prejudicados com o crescimento do seu antigo povoado, invadiram Recife.

Para cessar os conflitos, Portugal nomeou um novo governador para a Capitania e

mandou prender os principais envolvidos na revolta, que posteriormente foram

perdoados. Além disso, mantiveram a autonomia de Recife, que logo após veio a se

tornar a sede administrativa de Pernambuco.

Também conhecida como

Revolta de Vila Rica (1720)

essa revolta figura entre alguns

dos processos ocorridos

durante o ciclo do ouro em

Minas Gerais. Com os

crescentes tributos cobrados

pela Metrópole sobre o ouro

extraído nas minas, e a

exigência de que esse ouro fosse entregue às casas de fundição para que fosse

transformado em barra e, também, fosse retirado a quinta parte para a Coroa

portuguesa; acabou levando à eclosão de uma rebelião com milhares de mineradores,

que exigiam coisas como a não instalação das casas de fundição e o fim de vários

tributos sobre o comércio local. Enganados pelas promessas de negociação feita pelo

governador das Minas, os rebeldes foram reprimidos violentamente, muitos foram

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presos e várias casas foram queimadas. Com o fim da revolta, as casas de fundição

foram mantidas, juntamente com cobrança do “Quinto”.

 Rebeliões Separatistas

As rebeliões separatistas foram as primeiras a revelar claramente a intenção dos

participantes em lutar pela emancipação do Brasil em Relação a Portugal e mostraram-

se possuidoras de alguma consciência nacional, além de certa organização política e

até militar; passando a questionar os princípios do Pacto Colonial. O caráter

separatista desses movimentos eram inspirados pelos ideais de libertação presentes

na filosofia iluminista – os revoltosos tomavam exemplos de movimentos bem

sucedidos que ocorreram à época, como a independência dos Estados Unidos (1776) e

a Revolução Francesa (1789). Esses processos revolucionários mesmo não tendo tido

o sucesso que esperavam, acabaram por disseminar o sentimento de nacionalidade

entre vários setores da sociedade brasileira.

Muito influenciada pelas ideias

revolucionárias do Iluminismo a

Inconfidência Mineira (1789), teve

como principal causa os pesados

impostos cobrados sobre os metais

preciosos extraídos nas Minas Gerais

do Brasil, que a partir de meados do

século XVIII passou a decair

drasticamente. Sem conseguir

arrecadar o que sempre exigia, os

portugueses decidiram tomar, inclusive através da violência, bens e terras daqueles

que se negassem a pagar suas dívidas com a Coroa (a Derrama). Além disso, o alto

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custo dos produtos importados, já que era proibida a produção de produtos

manufaturados na colônia. Diante dessa situação, um grupo de colonos – em sua

maioria pessoas de alta classe –, passou a se reunir secretamente, iniciando os planos

da conjuração; que teve como principal nome o de Joaquim José da Silva Xavier,

o Tiradentes. De origem humilde, atuou como o divulgador do movimento entre o povo.

Os objetivos do movimento eram a adoção de um sistema político republicano e o

apoio à industrialização. Por ser um movimento de senhores da elite, a abolição

escravista não ficou muito bem definida. Delatada por um de seus próprios integrantes,

a revolta foi frustrada e sufocada rapidamente; tendo como #consequência disso a

prisão de seus líderes, entre eles Tiradentes, que assumiu a responsabilidade pelo

movimento. Por isso, foi enforcado, seu corpo foi esquartejado e seus pedaços
espalhados pelas cidades em que ele havia tentado conseguir apoio, a fim de intimidar

e evitar novas rebeliões. Mas foi só no período republicano brasileiro que a

Inconfidência Mineira ganhou importância e dimensão, transformando Tiradentes em

herói e mártir nacional.

Entre as rebeliões coloniais, a Inconfidência

Baiana (1798) foi a que manifestou um caráter

nitidamente popular, já que diversas partes da

sociedade baiana se engajaram a favor do

movimento. Que foi desencadeado devido à

sobrecarga de impostos e a exploração

metropolitana. O tom popular da revolta foi dado

através de motins nas ruas de Salvador e de

saques a armazéns e propriedades; além da

distribuição de panfletos disseminando os ideias

radicais do movimento. Pregavam a proclamação de um governo republicano,

democrático e livre de Portugal; a liberdade comercial; e o fim da escravidão e do

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preconceito. Entretanto, com a elevação dos ideais populares e a enfática luta contra

os privilégios senhoriais e a escravatura, a elite se retirou do processo. Denunciada

por traidores do movimento, teve seus líderes presos e a revolta foi desarticulada. Aos

mais pobres couberam as penas mais pesadas, foram enforcados e esquartejado,

tendo suas partes espalhadas por Salvador. Aos membros da elite foram reservadas

as penas mais brandas, alguns chegaram até a ser inocentado. Situação que, ainda,

não se difere muito das de hoje.

Com um cenário cheio de movimentos e processos de revolução vemos

Pernambuco transgredir os séculos semeando os ideais que mobilizaram milhares de

revolucionários. Dentro do contexto das implicações iluministas temos mais uma vez o

cenário pernambucano como palco da Revolução Pernambucana de 1817; chegou,

inclusive, a derrubar o governo de Pernambuco e a instalar um governo de traços

republicanos, extinguindo impostos, concedendo liberdade religiosa e de imprensa,

garantindo a propriedade privada - incluindo a posse dos escravos-, e, ainda, a

igualdade civil através da lei que que ficou conhecida como 'Lei Orgânica'. O que levou

à divergências com os líderes mais radicais do movimento. Apesar da adesão de

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Estados nordestinos o movimento buscou, com insucesso, apoio de países como

Inglaterra e EUA. Com a repressão muitos foram presos e os principais revoltosos

foram executados.

BRASIL IMPERIAL [1822-1889]

O processo revolucionário ocorrido durante o período imperial da história brasileira

tem seu início logo de imediato à proclamação da Independência em 1822. Para

garantir a independência, d. Pedro I precisou expulsar tropas portuguesas que ainda

buscavam formar uma resistência à separação entre Brasil e Portugal. Diante da

inexistência de um exército, o monarca reestruturou milícias, adquiriu barcos e

contratou militares experientes para organizar e comandar as forças brasileiras. Em


pouco tempo, as forças que resistiam à independência do Brasil estavam derrotadas,

confirmando-se assim a unidade territorial brasileira sob o comando do imperador D.

Pedro I.

Mesmo independente, o Brasil continuou a depender da Inglaterra, tendo seu

mercado inundado de produtos ingleses viu seu desenvolvimento da produção

industrial interna ser inviabilizado. Além disso, a dívida externa com núcleo econômico

capitalista, liderado pela Inglaterra, só aumentava; produto da sempre e recorrente

necessidade de empréstimos.

A esse quadro econômico tão frágil e deficitário devemos, também, somar uma

extrema intransigência política por parte do imperador; situação que seria ainda mais

agravada com a dissolução da Assembleia Constituinte, convocada em 1823 para criar

uma Constituição para o país; e a imposição de sua autoritária Constituição, outorgada

em 25 de março de 1824 – a primeira do Brasil. Nela tínhamos a instituição do voto

censitário; a divisão do país em províncias; a oficialização da religião católica e

subjugação da Igreja ao Estado; a liberdade religiosa; e a divisão dos poderes do

Estado em quatro: Executivo, Legislativo, Judiciário e Moderador – este último era

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definido pela Constituição como “inviolável e sagrado”, tendo, assim, a função de

regular os demais poderes.

Todo esse quadro político e econômico do

Brasil levou a diversos protestos e

descontentamentos por parte do povo brasileiro,

especialmente no Nordeste, que já passava por uma

situação socioeconômica bem difícil desde a

decadência do açúcar. A Confederação do Equador,

por exemplo, ocorreu dentro desse Nordeste


brasileiro, tendo seu marco inicial em 1824 na

província de Pernambuco – devido a coincidência

geográfica de ter a linha imaginária do Equador

cruzando o estado pernambucano, é que se tem a

denominação do movimento –; e posteriormente ganhando o apoio de Ceará, Rio

Grande do Norte e Paraíba. Este processo revolucionário e emancipacionista tinha um

caráter liberal e republicano, ou seja, era um movimento que visava a separação

territorial e política em relação ao Estado brasileiro, procurando demonstrar que era

possível a participação popular em processos políticos. Por isso, vamos ter uma

revolta apoiada pelas camadas da elite regional, de intelectuais e das camadas

populares. O estopim do movimento se dá quando D. Pedro I destituiu o governador

eleito de Pernambuco Paes Andrade e indicou uma pessoa de sua confiança para

governador da província. Já que as insatisfações vinham se acumulando, como, por

exemplo, os descontentamentos com a centralização política absoluta nas mãos de

Pedro I com o poder moderador da Constituição de 1824, e com a influência política

portuguesa no Brasil independente; além das crises sucessivas na economia

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nordestina devido à decadência do açúcar brasileiro. Formado o processo, os

revoltosos tinham como objetivos a elaboração de uma nova Constituição liberal; a

abolição do tráfico negreiro; e a criação de um exército de resistência para manter a

emancipação regional. Por causa da prioridade das medidas sociais a revolta acaba

perdendo o apoio das camadas elitistas; um dos fatores que ajudou

na repressão imperial, que ocorreu rapidamente, ainda em 1824. Para isso, o Império

contou com o auxílio financeiro e militar dos ingleses. Os líderes foram presos (como

Cipriano Barata) ou fugiram para o interior; Frei Caneca um dos principais líderes, foi

fuzilado. Mesmo com o fim da Confederação a autocracia de D. Pedro I continuou a

provocar descontentamentos e críticas pelo Brasil.

 Rebeliões Regenciais

O período regencial (1831-1840), um dos períodos mais agitados da história

brasileira, inicia-se quando D. Pedro I se vê obrigado a abdicar do trono brasileiro, pois

os descontentamentos e objeções a sua administração só cresciam, radicalizando-se

cada vez mais; entretanto, seu filho herdeiro tinha apenas cinco anos de idade e,

obviamente, não poderia assumir o posto de imperado do Brasil. O impasse foi

resolvido com a formação de um conselho administrativo formado por deputados, que

ficariam responsáveis por administrar o Império Brasileiro até que o imperador

chegasse à maioridade, para assumir o trono.

De fato, o período regencial foi marcado por consideráveis instabilidades políticas.

Onde movimentos revolucionários questionaram não só o excesso de centralização

política e a cobrança dos inúmeros tributos instituídos pelo Rio de Janeiro, mas

também a situação de miséria em que se encontrava a maioria da população brasileira,

enquanto a corte vivia na abastança no Rio de Janeiro; reivindicando liberdade e maior

acesso ao cenário político.

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A Cabanagem [1835-1840] ocorre no Pará do século XIX, onde o comércio local -

baseado na produção de tipos como tabaco, borracha e "drogas do sertão" -, era

monopolizado pelos comerciantes locais (em sua maioria portugueses), que

exploravam os mais humildes. As disputas locais e a insatisfação popular, pelos

privilégios oligárquicos locais e pelas péssimas condições em que viviam, podem ser

tomadas como motivos para a eclosão da revolta, que logo assumiu o governo

provincial. E mesmo ficando em dúvida entre a autonomia local e a fidelidade ao Rio

de Janeiro, terminaram por proclamar a independência da região. Por causa de seu

caráter eminentemente popular, o movimento acabou sendo entregue às autoridades

por seus próprios participantes; além disso, a falta de consenso de seus líderes e as

indefinições sobre o rumo do processo acabou levando a seu "esvaziamento". A

revolta foi violentamente sufocada pelas forças regenciais, que promoveram uma

verdadeira carnificina para "pacificar" a província do Pará.

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"Morte aos brancos, viva os

nagôs!". Esse era o grito que ecoava

pelas ruas de Salvador na madrugada

do dia 25 de janeiro de 1835. Nesta

noite, eclodiu na Bahia uma das

revoltas mais interessantes da história

brasileira, a Revolta dos Malês. Uma

rebelião que foi organizada por grupos

africanos conhecidos como nagôs - africanos escravizados e falantes da língua Iorubá,

e que seguiam o islamismo. Por pertencerem ao islã falavam o idioma árabe, e muitos

sabiam ler e escrever (alguns até com formação intelectual); fatores importantíssimos
para que a realização da insurgência fosse concretizada. 》Vale Lembrar: os

colonizadores buscavam misturar os negros de várias regiões da África para evitar

rebeliões.《 Mesmo sem objetivos gerais definidos, os revoltosos tinham a clara

intenção de instalar um Estado islâmico em terras baianas. Além disso, pretendiam

libertar os escravos e divulgar o islamismo. A revolta foi duramente reprimida pelos

senhores, os líderes foram executados, e os demais condenados a trabalhos forçados

e açoites. O governo local ainda decretou a proibição da circulação de negros

mulçumanos pelas ruas à noite e a prática de suas cerimônias.

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A Bahia sempre foi palco de muita luta e resistência ao longo da formação do

Brasil. Desta vez vamos destacar um processo revolucionário que ficou conhecido

como Sabinada (1837-38), que teve como motivos as dificuldades econômicas que a

região já vinha vivenciando a muito tempo e, ainda, os descontentamentos e as

resistências às ordens do governo central pela população baiana. Mas o estopim da

revolta se dá quando o Estado institui o recrutamento forçado para combater os

farroupilha. A revolta desembocou na conquista do poder local e na proclamação da

"República Bahiense"; decidiram, então, por manter um governo republicano e

independente até que D. Pedro II assumisse a Coroa. Dentre seus objetivos figurava o

desejo de libertar o negros nascidos aqui no Brasil. Entretanto, as forças regenciais,

com o auxílio dos senhores de engenhos do Recôncavo baiano, venceram os


revoltosos de forma violenta. Milhares foram presos e outros milhares mortos.

Ao decorrer da década

de 1830 a província do

Maranhão passava por sérias

dificuldades econômicas dado o

declínio das exportações do

algodão. Dentro do cenário

político as disputas pelo

controle local levava as

camadas mais pobres da

população, incluindo escravos, a contestar os privilégios dos latifundiários e

comerciantes portugueses. Com a eclosão da Balaiada (1838-41), os revoltosos

acabaram por ocupar a Vila de Caxias - importante centro urbano da época -, e

cogitaram a ideia de ocupar a capital São Luís. No entanto, divergências entre os

líderes e a falta de unidade levou a um rápido declínio do movimento. As tropas do

governo acabaram por reprimir os revoltosos e retomaram o controle da província. Mas

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a paz definitiva só foi alcançada com a anistia concedida pelo imperador aos

revoltosos sobreviventes; seguida da reescravização dos negros insurgentes e da

execução de seu líder Cosme Bento, em 1842.

A Revolução Farroupilha (1835-45), foi a rebelião mais longa da história

brasileira. Foi bastante influenciada pelos ideais republicanos de liberdade e igualdade

que fervilhavam pelos processos emancipatórios que ocorriam por toda a América

Latina. Além disso, os estancieiros gaúchos (criadores de gado) estavam insatisfeitos

com a política tributária imposta pelo Império sobre produtos como o charque, por

exemplo. O que acabava se tornando um enorme obstáculo para o crescimento

comercial da região. Reivindicando maior autonomia provincial e redução das tais

taxas, os farrapos invadiram a capital Porto Alegre, depuseram o presidente da

província e proclamaram a "República Rio-grandense". Logo a revolta se alastrou por

outras partes do sul do país. Com a participação ativa de um dos maiores nomes da

unificação italiana, Giuseppe Garibaldi, foi proclamada em Santa Catarina a "República

Jacobina". Entretanto, a partir de 1842, o rebeldes passaram a colecionar sucessivas

derrotas para as forças imperiais, até que em 1845 foi assinado a Paz de Ponche

Verde, anistiando os revolucionários sulistas e, ainda, incorporando as forças

farroupilha ao Exército imperial.

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Em 1848 a tradição

contestadora de Pernambuco é

reacesa com a Revolução Praieira;

no entanto, viria a ser o

encerramento de um longo ciclo

revolucionário. Inserida no contexto

das revoluções populares que

caracterizaram a chamada

"Primavera dos povos"; teve suas

causas apoiadas nas difíceis condições econômicas e sociais da província de

Pernambuco, na enorme concentração fundiária nas mãos de poucos e nas disputas


políticas pelo poder local entre conservadores e liberais. Mesmo não tendo um caráter

socialista, a Praieira lutava por liberdade, mudanças sociais e políticas e melhorias das

condições de vida, reinvocando, assim, o ideal republicano. Os rebeldes ainda

publicaram um "Manifesto ao Mundo", escrito por Borges da Fonseca (1848), no qual

apresentavam reivindicações, como o voto livre e universal, a liberdade de imprensa, a

garantia de trabalho, a nacionalização do comércio, a abolição da escravatura e a

instalação de uma república. A revolta chegou, inclusive, a contar com a participação

de senhores de engenho; mas, em 1850, as tropas governamentais reprimiram o

movimento. No ano seguinte os líderes da rebelião foram anistiados pelo imperador.

O Paraguai do século XIX

era um país com um ótimo

progresso econômico autônomo, já

havia erradicado o analfabetismo e

instalado fábricas e indústrias

siderúrgicas, além de contar com

uma malha ferroviária e um

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eficiente sistema de comunicações. Tal quadro de sucesso socioeconômico e de

autonomia internacional foi acompanhado, durante o governo de Solano López (1862-

70), de uma séria política militar-expansionista. Tendo como principal objetivo a

formação do “Paraguai Maior” – obter acesso ao Atlântico (imprescindível para o

progresso econômico do país), anexando territórios do Brasil, da Argentina e do

Uruguai. Solano López inicia sua ofensiva rompendo relações diplomáticas com Brasil,

usando o pretexto da intervenção do Brasil nas Questões da Cisplatina, levando a um

bloqueio à saída paraguaia ao Atlântico. Logo após, um navio brasileiro (Marquês de

Olinda) é aprisionado por forças paraguaias no rio Paraguai; a reposta imperial foi

imediata declarando guerra ao país vizinho; e, juntamente com Argentina e Uruguai

formaram a Tríplice Aliança. Mesmo tendo iniciado os conflitos com vantagens, o


Paraguai logo sofreria um revés; com o fortalecimento do exército brasileiro e o

patrocínio inglês as tropas da Aliança passaram a ter superioridade nos combates.

Sendo assim, em 1869 ocorre a tomada de Assunção (capital paraguaia), Solano

López foge continuando a resistência por mais um ano até a sua morte na Campanha

da Cordilheira (1870); com isso, o resultado da guerra acabou sendo positivo para o

lado da Aliança. A guerra devastou o território paraguaio, desestruturando a economia

e causando a morte de cerca de 75% de sua população. As consequências da Guerra

do Paraguai para o Brasil foram também muito profundas, principalmente no âmbito da

crise monárquica, que já vinha dando sinais de agravamento a algum tempo. Com o

fim da Guerra o Estado brasileiro estava afundado em dívidas e os ideais anti-

abolicionista e republicano se alastravam entre os brasileiros. Ao adotar esses

princípios, o Exército brasileiro - que já vinha insatisfeito com a falta de interesse do

governo Imperial pela instituição, deixando-a sempre de lado e não considerando a sua

importância vital para o Brasil -, passou a figurar dentre os principais grupos opositores

do regime imperial. A partir de então os conflitos de interesses passaram a se acirrar

cada vez mais, levando à derrubada do Império do Brasil, dando lugar aos novos ares

da recém-proclamada República do Brasil.

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Revoluções Brasileiras – Vestibulares


Aluno(a): _____________________________

1. (UFM G/2006)
Em pouco mais de cem anos, a ênfase passa do controle dos moradores para o dos
escravos fugidos, do olhar metropolitano ao colonial, e uma figura central emerge: a do

capitão-do-mato [...]. O termo capitão-do-mato já aparece em diversos documentos


coloniais desde meados do século XVII [Contudo o cargo foi normatizado apenas no início
do século XVIII.] Que terá acontecido no período que vai de meados do século XVII às

primeiras décadas do século XVIII para que essa ocupação se estabelecesse tão
firmemente na vida colonial?

REIS, João José; GOMES, Flávio dos Santos (Orgs.). "Liberdade por um fio".

São Paulo: Companhia das Letras, 1996. p.85.

Considerando-se as informações desse texto, é CORRETO afirmar que o crescente fortalecimento


do cargo de capitão-do-mato, entre meados do século XVII e início do século XVIII, se explica
como consequência da

a) interiorização da população em direção à área das drogas do sertão, o que resulta numa
ocupação desordenada desses espaços produtivos por brancos e negros.
b) explosão demográfica ocorrida na região das minas dos Goiases e de Cuiabá, que implica um
densamento populacional propício às desordens e violência, sobretudo as praticadas por
escravos fugidos.
c) urbanização do Nordeste, derivada da crise açucareira, gerada pela expulsão dos holandeses,

crise que promove, nas vilas e arraiais, a concentração de escravos, que, até então, trabalhavam
nos engenhos.
d) dificuldade das campanhas para a destruição do quilombo de Palmares e a possibilidade do

surgimento de novos e resistentes núcleos de quilombolas tanto no Nordeste quanto em outras


áreas de interesse metropolitano.

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2. (ENEM /2010 - 2ª aplicação)
O alfaiate pardo João de Deus, que, na altura em que foi preso, não tinha mais do que 80 réis e
oito filhos, declarava que “Todos os brasileiros se fizesse franceses, para viverem em igualdade e
abundância”.

MAXWELL, K. Condicionalismos da independência do Brasil .

SILVA, M. N. (Org.). O império luso-brasileiro, 1750-1822 . Lisboa:

Estampa, 1986.

O texto faz referência à Conjuração Baiana. No contexto da crise do sistema colonial, esse
movimento se diferenciou dos demais movimentos libertários ocorridos no Brasil por

a) defender a igualdade econômica, extinguindo a propriedade, conforme proposto nos


movimentos liberais da França napoleônica.
b) introduzir no Brasil o pensamento e o ideário liberal que moveram os revolucionários ingleses
na luta contra o absolutismo monárquico.
c) propor a instalação de um regime nos moldes da república dos Estados Unidos, sem alterar a
ordem socioeconômica escravista e latifundiária.
d) apresentar um caráter elitista burguês, uma vez que sofrera influência direta da Revolução
Francesa, propondo o sistema censitário de votação.
e) defender um governo democrático que garantisse a participação política das camadas
populares, influenciado pelo ideário da Revolução Francesa.

3. (UFMG/ 2008)
Leia este trecho, que contém uma fala atribuída a Joaquim José da Silva Xavier:

"(...) se por acaso estes países chegassem a ser independentes, fazendo as suas
negociações sobre a pedraria pelos seus legítimos valores, e não sendo obrigados a vender
escondido pelo preço que lhe dessem, como presentemente sucedia pelo caminho dos
contrabandos, em que cada um vai vendendo por qualquer lucro que acha, e só os estrangeiros
lhe tiram a verdadeira utilidade, por fazerem a sua negociação livre, e levado o ouro ao seu
legítimo valor, ainda ficava muito na Capitania, e escusavam os povos de viver em tanta miséria."

(Autos de Devassa da Inconfidência Mineira . 2. ed. Brasília: Câmara dos

Deputados; Belo Horizonte: Imprensa Oficial de Minas Gerais, 1980. v. 5, p.

117.)

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A partir dessa leitura e considerando-se outros conhecimentos sobre o assunto, é CORRETO
afirmar que os Inconfidentes Mineiros de 1789

a) acreditavam que o contrabando aumentava o valor recebido pelas pedras e ouro, pois dificultava
sua circulação.
b) consideravam que o monopólio comercial explicava por que as regiões de que se compunha
Minas Gerais, cheias de pedras e ouro, ficavam mais ricas.
c) defendiam o livre-comércio, por meio do qual pedras e ouro adquiririam seu real valor, uma vez
que seriam vendidos aos estrangeiros legalmente.
d) pensavam que os estrangeiros poderiam tirar vantagens do livre-comércio das pedras e ouro,
visando a aumentar seus lucros.

4. (UFMG/ 2007)
Leia este trecho de documento:

"Pernambucanos [...] o povo está contente, já não há distinção entre Brasileiros, e europeus,
todos se conhecem irmãos, descendentes da mesma origem [...] Um governo provisório
iluminado escolhido entre todas as ordens do Estado, preside a vossa felicidade [...] Vós
vereis consolidar-se a vossa fortuna, vós sereis livres do peso de enormes tributos, que
gravam sobre vós; o vosso, e nosso País [= Pernambuco] subirá ao ponto de grandeza, que
há muito o espera, e vós colhereis o fruto dos trabalhos e do zelo dos vossos Cidadãos.
Ajudai-os com [...] a vossa aplicação à agricultura, uma nação rica é uma nação poderosa.
A Pátria é a nossa mãe comum, vós sois seus filhos, sois descendentes dos valorosos
Lusos, sois Portugueses, sois Americanos, sois Brasileiros, sois Pernambucanos."

Proclamação do Governo Provisório Revolucionário de Pernambuco,


em 9 de março de 1817.

Considerando-se os princípios que fundamentam a Revolução Pernambucana de 1817, é


INCORRETO afirmar que seus participantes

a) consideravam irrelevantes as questões tributárias e desigualdades existentes entre


"Brasileiros", "Pernambucanos" e "Portugueses".
b) entendiam que a riqueza tornava uma nação poderosa, sendo a agricultura vista como
uma atividade econômica importante para a Pátria.
c) promoveram a constituição de um Governo Provisório em Pernambuco, em oposição ao
Governo Monárquico chefiado por D. João.
d) reconheciam como identidades coletivas os "Pernambucanos", os "Portugueses" e os
"Brasileiros", defendendo que todos eles eram filhos da Pátria.

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5. (FGV / 2013)
Dom Pedro Miguel de Almeida Portugal – conde de Assumar – se casou em 1715 com D. Maria
José de Lencastre. Daí a dois anos partiria para o Brasil como governador da capitania de São

Paulo e Minas Gerais. Nas Minas, não teria sossego, dividido entre o cuidado ante virtuais levantes
escravos e efetivos levantes de poderosos; o mais sério destes o celebrizaria como algoz: foi o
conde de Assumar que, em 1720, mandou executar Felipe dos Santos sem julgamento, sendo a

seguir chamado a Lisboa e amargurado um longo ostracismo.

(Laura de Mello e Souza, Norma e conflito: aspectos da história de

Minas no século XVIII)

A morte de Felipe dos Santos esteve vinculada a

a) uma sublevação em Vila Rica, que envolveu vários grupos sociais, descontentes com a decisão
de levar todo ouro extraído para ser quintado nas Casas de Fundição.

b) um movimento popular que exigia a autonomia das Minas Gerais da capitania do Rio de Janeiro
e o imediato cancelamento das atividades da Companhia de Comércio do Brasil.

c) uma revolta denominada Guerra do Sertão, comandada por potentados locais, que não
aceitavam as imposições colonialistas portuguesas, como a proibição do comércio com a Bahia.

d) uma insurreição comandada pela elite colonial, inspirada no sebastianismo, que defendia a
emancipação da região das Minas do restante da América portuguesa, com a criação de uma nova

monarquia.

e) uma rebelião, que contrapôs os paulistas – descobridores das minas e primeiros exploradores – e
os chamados emboabas ou forasteiros – pessoas de outras regiões do Brasil, que vieram atrás das
riquezas de Minas.

6. (P UC. P R/ 2016)
Discutiu-se muito, no segundo semestre de 2015, no Brasil, a problemática do aumento dos
impostos devido ao deficit de 30 milhões nas contas públicas. Nesse debate é possível visualizar

recorrências a episódios da história política brasileira, conforme observamos na charge a seguir:

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Disponível: http://www.rb.am.br/wp-
content/2015/04/tiradentes-charge.jpg. Acesso em:03/10/2015

A charge faz menção:

a) à Conjuração Baiana, evento que também ficou conhecido como Rebelião dos Alfaiates, na qual

os revoltosos, além de questionarem os altos impostos, buscaram fundar um governo monárquico


no Brasil independente de Portugal.

b) à marca do pensamento católico no contexto do Brasil Colonial, que deu base ideológica para
criminalizar e punir os políticos corruptos.

c) à Revolução Pernambucana, que eclodiu devido ao aumento de impostos que foi decretado com
a chegada da família real portuguesa ao Brasil em 1808. Esse movimento também foi marcado pela

luta pelo fim da escravidão.

d) à Conjuração Mineira, revolta que ocorreu em Minas Gerais devido à derrama declarada pela

Coroa Portuguesa e aos preços abusivos que eram cobrados pelas mercadorias importadas.

e) à restrição da liberdade de imprensa, no contexto do século XIX, que dificultou a emergência de

movimentos contrários à excessiva cobrança de impostos pela Coroa Portuguesa.

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7. (E NE M/ 2011)

No clima das ideias que se seguiram à revolta de São Domingos, o descobrimento de planos para

um levante armado dos artífices mulatos na Bahia, no ano de 1798, teve impacto muito especial;
esses planos demonstravam aquilo que os brancos conscientes tinham já começado a
compreender: as ideias de igualdade social estavam a propagar-se numa sociedade em que só um

terço da população era de brancos e iriam inevitavelmente ser interpretados em termos raciais.

MAXWELL. K. Condicionalismos da Independência do Brasil. In: SILVA, M.N.

(coord.) O Império luso-brasileiro, 1750-1822. Lisboa: Estampa, 1986.

O temor do radicalismo da luta negra no Haiti e das propostas das lideranças populares da
Conjuração Baiana (1798) levaram setores da elite colonial brasileira a novas posturas diante das
reivindicações populares. No período da Independência, parte da elite participou ativamente do
processo, no intuito de

a) instalar um partido nacional, sob sua liderança, garantindo participação controlada dos afro-
brasileiros e inibindo novas rebeliões de negros.
b) atender aos clamores apresentados no movimento baiano, de modo a inviabilizar novas
rebeliões, garantindo o controle da situação.
c) firmar alianças com as lideranças escravas, permitindo a promoção de mudanças exigidas pelo

povo sem a profundidade proposta inicialmente.


d) impedir que o povo conferisse ao movimento um teor libertário, o que terminaria por prejudicar

seus interesses e seu projeto de nação.


e) rebelar-se contra as representações metropolitanas, isolando politicamente o Príncipe Regente,

instalando um governo conservador para controlar o povo.

8. (E NE M/ 2010 - 2ª aplic aç ão)


Para o Paraguai, portanto, essa foi uma guerra pela sobrevivência. De todo modo, uma guerra

contra dois gigantes estava fadada a ser um teste debilitante e severo para uma economia de
base tão estreita. Lopez precisava de uma vitória rápida e, se não cons eguisse vencer
rapidamente, provavelmente não venceria nunca.

LYNCH, J. “As Repúblicas do Prata: da Independência à Guerra do Paraguai”. BETHELL, Leslie

(Org.). História da América Latina: da independência até 1870, v. III. São Paulo: EDUSP, 2004.

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A Guerra do Paraguai teve consequências políticas importantes para o Brasil, pois

a) representou a afirmação do Exército Brasileiro como um ator político de primeira ordem.


b) confirmou a conquista da hegemonia brasileira sobre a Bacia Platina.
c) concretizou a emancipação dos escravos negros.
d) incentivou a adoção de um regime constitucional monárquico.

e) solucionou a crise financeira, em razão das indenizações recebidas.

9. (ENEM /2010)
Substitui-se então uma história crítica, profunda, por uma crônica de detalhes onde o patriotismo

e a bravura dos nossos soldados encobrem a vilania dos motivos que levaram a Inglaterra a
armar brasileiros e argentinos para a destruição da mais gloriosa república que já se viu na

América Latina, a do Paraguai.

CHIAVENATTO, J. J. Genocídio americano: A Guerra do

Paraguai. São Paulo: Brasiliense, 1979 (adaptado).

“(…) O imperialismo inglês, "destruindo o Paraguai, mantém o status o na América Meridional,


impedindo a ascensão do seu único Estado economicamente livre". Essa teoria conspiratória vai
contra a realidade dos fatos e não tem provas documentais. Contudo essa teoria tem alguma
repercussão.”

(DORATIOTO. F. Maldita guerra: nova historia da Guerra do

Paraguai. São Paulo: Cia. das Letras, 2002 (adaptado).

Uma leitura dessas narrativas divergentes demonstra que ambas estão refletindo sobre

a) a carência de fontes para a pesquisa sobre os reais motivos dessa Guerra.

b) o caráter positivista das diferentes versões sobre essa Guerra.


c) o resultado das intervenções britânicas nos cenários de batalha.

d) a dificuldade de elaborar explicações convincentes sobre os motivos dessa Guerra.


e) o nível de crueldade das ações do exército brasileiro e argentino durante o conflito.

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10. (ENEM /2009 - Cancelado)
A Confederação do Equador contou com a participação de diversos segmentos sociais, incluindo
os proprietários rurais que, em grande parte, haviam apoiado o movimento de independência e a
ascensão de D. Pedro I ao trono. A necessidade de lutar contra o poder central fez com que a

aristocracia rural mobilizasse as camadas populares, que passaram então a questionar não
apenas o autoritarismo do poder central, mas o da própria aristocracia da província. Os líderes
mais democráticos defendiam a extinção do tráfico negreiro e mais igualdade social. Essas ideias

assustaram os grandes proprietários de terras que, temendo uma revolução popular, decidiram se
afastar do movimento. Abandonado pelas elites, o movimento enfraqueceu e não conseguiu

resistir à violenta pressão organizada pelo governo imperial.

FAUSTO, B. História do Brasil . São Paulo: EDUSP, 1996 (adaptado).

Com base no texto, é possível concluir que a composição da Confederação do Equador envolveu,
a princípio,
a) os escravos e os latifundiários descontentes com o poder centralizado.
b) diversas camadas, incluindo os grandes latifundiários, na luta contra a centralização política.

c) as camadas mais baixas da área rural, mobilizadas pela aristocracia, que tencionava subjugar
o Rio de Janeiro.
d) as camadas mais baixas da população, incluindo os escravos, que desejavam o fim da
hegemonia do Rio de Janeiro.
e) as camadas populares, mobilizadas pela aristocracia rural, cujos objetivos incluíam a ascensão
de D. Pedro I ao trono.

11. (UFM G/2007)


De 1835 a 1845, ocorreu o mais longo conflito militar interno da história do Brasil - a chamada

Guerra dos Farrapos, ou Rebelião Farroupilha. Considerando-se esse conflito, é CORRETO


afirmar que:

a) apelido dado aos revoltosos - farroupilhas - fazia alusão ao caráter do movimento e de seus

principais líderes, oriundos das camadas populares gaúchas.


b) o Governo Central, a fim de possibilitar o final do conflito, atendeu a uma das principais
reivindicações dos rebeldes: a libertação dos escravos negros da Província.
c) o movimento rebelde, com diferentes correntes internas, defendia interesses rio-grandenses -
como diminuição de impostos e maior autonomia política.
d) os rebeldes rio-grandenses se uniram aos republicanos argentinos, com o objetivo de fortalecer
as tropas, aumentar o poderio bélico e reafirmar os ideais federalistas.

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12. (E NE M 2004)
Constituição de 1824:

"Art. 98. O Poder Moderador é a chave de toda a organização política, e é delegado


privativamente ao Imperador. (...) para que incessantemente vele sobre a manutenção da
Independência, equilíbrio, e harmonia dos demais poderes políticos (...) dissolvendo a Câmara
dos Deputados nos casos em que o exigir a salvação do Estado."

Frei Caneca:

"O Poder Moderador da nova invenção maquiavélica é a chave mestra da opressão da nação
brasileira e o garrote mais forte da liberdade dos povos. Por ele, o imperador pode dissolver a
Câmara dos Deputados, que é a representante do povo, ficando sempre no gozo de seus direitos
o Senado, que é o representante dos apaniguados do imperador."
(Voto sobre o juramento do projeto de
Constituição )

Para Frei Caneca, o Poder Moderador definido pela Constituição outorgada pelo Imperador em
1824 era
a) adequado ao funcionamento de uma monarquia constitucional, pois os senadores eram

escolhidos pelo Imperador.


b) eficaz e responsável pela liberdade dos povos, porque garantia a representação da sociedade
nas duas esferas do poder legislativo.
c) arbritário, porque permitia ao Imperador dissolver a Câmara dos Deputados, o poder
representativo da sociedade.
d) neutro e fraco, especialmente nos momentos de crise, pois era incapaz de controlar os
deputados representantes da Nação.
e) capaz de responder às exigências políticas da nação, pois supria as deficiências da
representação política

13. (UE P B / 2014)

Tanto na Conjuração Mineira, quanto na Baiana, com graus e níveis diferenciados de envolvimento
dos grupos mais pobres da população, estão presentes os seguintes aspectos do pensamento
iluminista.

(João A. de Freitas Neto e Célio Ricardo Tasinafo. História

Geral e do Brasil. SP. Editora Habra).

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Assinale a alternativa que aponta aspectos desta influência iluminista:

a) A Conjuração Baiana defendia o regime monárquico e não teve a participação popular como o da
Mineira, embora adotasse as ideias liberais.

b) O movimento rebelde que teria sido deflagrado na Capitania de Minas Gerais em 1789 defendia o
centralismo lusitano, porque sua principal preocupação era com a libertação dos escravos.

c) As noções de que os governos deveriam existir para garantir direitos naturais dos homens, como a
liberdade e a ideia de que a soberania residia no povo e não em monarca.

d) Compreendiam que as Leis deveriam expressar a vontade da nobreza e do clero e não a dos
escravos.

e) A experiência de independência dos Estados Unidos da América em 1776 não influenciou as


Conjurações Baiana e Mineira, apesar de ambas defenderem ideias liberais

14. (UFS M 2012)


Analise o texto e a imagem:

Seus objetivos foram mais abrangentes, não se limitando apenas aos ideais de liberdade e
independência. O levante do final do século XVIII propunha mudanças verdadeiramente
revolucionárias na estrutura da colônia. Pregava a igualdade de raça e de cor, o fim da escravidão,
a abolição de todos os privilégios, podendo ser considerada a primeira tentativa de revolução social
brasileira.

Fonte: COSTA & MELO. História do Brasil. São

Paulo: Scipione, 1999. p. 118

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Assinale a alternativa que contém o nome desse movimento e indica a fonte de uma das principais
influências externas por ele recebidas.

a) Guerra dos Mascates – Revolução Inglesa

b) Inconfidência Mineira – Independência dos Estados Unidos

c) Conjuração Baiana – Revolução Francesa

d) Confederação do Equador – Congresso de Viena

e) Revolta dos Malês – Revolução Independentista do Haiti

15. (FUV E S T)

"Sabinada" na Bahia, "Balaiada" no Maranhão e "Farroupilha" no Rio Grande do Sul foram algumas
das lutas que ocorreram no Brasil em um período caracterizado:

a) por um regime centralizado na figura do imperador, impedindo a constituição de partidos


políticos e transformações sociais na estrutura agrária.

b) pelo estabelecimento de um sistema monárquico descentralizado, o qual delegou às Províncias


o encaminhamento da "questão servil".

c) por mudanças na organização partidária, o que facilitava o federalismo, e por transformações na


estrutura fundiária de base escravista.

d) por uma fase de transição política, decorrente da abdicação de Dom Pedro I, fortemente
marcada por um surto de industrialização, estimulado pelo Estado.

e) pela redefinição do poder monárquico e pela formação dos partidos políticos, sem que se

alterassem as estruturas sociais e econômicas estabelecidas.

16. (UE CE )
"O período regencial foi um dos mais agitados da história política do país e também um dos mais

importantes. Naqueles anos, esteve em jogo a unidade territorial do Brasil, e o centro do debate

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político foi dominado pelos temas da centralização ou descentralização do poder, do grau de
autonomia das províncias e da organização das Forças Armadas."

(FAUSTO, Boris. HISTÓRIA DO BRASIL. 2 ed. São Paulo: EDUSP, 1995. p. 161.)

Sobre as várias revoltas nas províncias durante o período da Regência, podemos afirmar

corretamente que:

a) eram levantes republicanos em sua maioria, que conseguiam sempre empolgar a população

pobre e os escravos.

b) a principal delas foi a Revolução Farroupilha, acontecida nas províncias do nordeste, que

pretendia o retorno do Imperador D. Pedro I.

c) podem ser vistas como respostas à política centralizadora do Império, que restringia a autonomia
financeira e administrativa das províncias.

d) em sua maioria, eram revoltas lideradas pelos grandes proprietários de terras e exigiam uma
posição mais forte e centralizadora do governo imperial.

17. (FUV E S T)

A Sabinada, que agitou a Bahia entre novembro de 1837 e março de 1838,

a) tinha objetivos separatistas, no que diferia frontalmente das outras rebeliões do período.

b) foi uma rebelião contra o poder instituído no Rio de Janeiro que contou com a participação
popular.

c) assemelhou-se à Guerra dos Farrapos, tanto pela postura anti-escravista quanto pela violência e
duração da luta.

d) aproximou-se, em suas proposições políticas, das demais rebeliões do período pela defesa do
regime monárquico.

e) pode ser vista como uma continuidade da Rebelião dos Alfaiates, pois os dois movimentos
tinham os mesmos objetivos.

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Referências bibliográficas

o VICENTINO, Cláudio. História do Brasil / Claudio Vicentino e Gianpaolo


Dorigo. – São Paulo: Scipione, 1997.

o CAMPOS, Flávio de; CLARO, Regina. Oficina de História, volume único.


– 1ª ed. – São Paulo: Leya, 2012.

o MOTA, Myriam Becho. História: das cavernas ao terceiro milênio,


volume único. 4ª ed. – São Paulo: Moderna, 2012.

o CALMON, Andrea. Almanaque do estudante extra: História. 20ª ed. –


São Paulo: Online, 2014.

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GABARITO

1. D
2. E
3. C

4. A
5. A
6. D
7. D
8. A
9. D
10. B
11. C
12. C
13. C
14. C
15. E
16. C
17. B

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