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Significado da imagem:
imagem da capa do material de História representa a grande Batalha de Lepanto ocorrida
A em 1571, onde a Liga Católica, com a ajuda de Nossa Senhora do Rosário, triunfou sobre
a invasão muçulmana na Europa. Essa foi uma das maiores batalhas navais da História. Os
muçulmanos ameaçavam dominar e escravizar toda a Europa, destruindo o cristianismo.
Formou-se, então, a Liga Católica convocada pelo Papa São Pio V e liderada pelo príncipe Dom
João d’Áustria, filho do imperador do Sacro Império Carlos V. A preparação dos soldados
católicos consistiu em jejuns, orações e procissões, suplicando a Deus, por meio de Maria
Santíssima a graça da vitória, pois o inimigo não era apenas uma ameaça para a Igreja, mas também
para a civilização. Tendo recebido a Santa Eucaristia, partiram para a batalha. No dia 7 de outubro
de 1571, invocando o nome de Maria, Auxiliadora dos Cristãos, travaram dura batalha nas águas
de Lepanto. Em terra, toda a Igreja, comandada pela fé e piedade de São Pio V, se pôs a rezar o
Santo Rosário. Após algumas horas de conflito, a Liga Católica derrotou a frota muçulmana que
viu sobre os navios católicos “uma Senhora majestosa e ameaçadora”. Era Nossa Senhora que
auxiliou a Santa Igreja e conseguiu do Senhor dos Exércitos o triunfo sobre o mal.
Esse grande acontecimento histórico foi escolhido, pois comprova a visão adotada nesse
material:
1. A História é palco de uma grande batalha entre o bem e o mal (Liga Católica X
Muçulmanos);
2. Nessa batalha, Deus intervém constantemente em favor de seus eleitos (aparição e
intervenção de Maria Santíssima);
3. O bem triunfará definitivamente sobre o mal no fim dos tempos (vitória católica);
Aula 17
Revisão:
Conforme estudamos no primeiro volume, a História é um grande palco onde se desenvolve
uma luta entre o bem e o mal, entre os filhos de Deus e os filhos das trevas. Precisamos assumir
nossa identidade de filhos e amigos de Deus, vencer o mal e alcançar o Céu.
Também estudamos a Linha do Tempo da História Sagrada feita pelo grande São João
Bosco e pelo Venerável Padre Bartolomeu Holzhauser que dividem a História em 14 períodos
desde a Criação até o Juízo Final.
No segundo volume estudamos o primeiro período da Igreja chamado de Igreja de Éfeso
ou Idade Apostólica, que se inicia com a morte e ressureição de Jesus (33 d.C.) e termina no
martírio de São Pedro e São Paulo (67 d.C.). Os principais aspectos estudados nesse período foram:
1. A fundação da Igreja;
2. A escolha e a formação dos discípulos;
3. A escolha de São Pedro como chefe supremo da Igreja;
4. A infalibilidade dos Papas;
5. A perseguição em Jerusalém;
6. A perseguição romana;
No terceiro volume vimos a história de alguns santos mártires do império romano, tais
como São Cleto, São Clemente, Santo Inácio de Antioquia, Santa Felicidade, entre outros. Vimos
ainda a crise do império romano causada, principalmente, pela idolatria e imoralidade e agravada
por crises financeiras e pelas invasões dos povos bárbaros.
No quarto volume estudamos o fim das perseguições aos cristãos pela atuação do
imperador Constantino, o qual foi agraciado por várias visões de Nosso Senhor Jesus Cristo. Sua
mãe, Santa Helena, foi responsável por encontrar em Jerusalém a Sagrada Cruz onde morreu Jesus.
Além disso, Constantino concedeu à Igreja vários benefícios, como basílicas, terras etc. Além
disso, contribuiu para execução do Concílio de Niceia (325 d.C.) que definiu o Símbolo de Niceia,
isto é, uma parte da profissão de fé que rezamos no Creio.
No quarto volume ainda estudamos que entre os povos que invadiram o império romano,
destacaram-se os Francos, os quais deram início ao reino da França. O primeiro rei franco foi
Clóvis, homem pagão que se converteu graças a atuação de sua esposa, Santa Clotilde, e de São
Remígio. A conversão de Clóvis marca uma importante fase da História, pois evidencia a ação
santificadora da Igreja nas almas e nas sociedades. Assim, os corações bárbaros tornam-se
autenticamente cristãos graças à Igreja Católica.
Neste volume estudaremos como a Igreja Católica foi responsável por construir a
Civilização Cristã Ocidental.
A Igreja Católica: santificadora até mesmo da civilização
Introdução:
O Papa Leão XIII (1878-1903) escreveu uma encíclica chamada Immortale Dei onde
escreve a seguinte frase:
“Tempo houve em que a filosofia do Evangelho governava os Estados. Nessa época, a influência
da sabedoria cristã e a sua virtude divina penetravam as leis, as instituições, os costumes dos
povos, todas as categorias e todas as relações da sociedade civil. Então a religião instituída por
Jesus Cristo, solidamente estabelecida no grau de dignidade que lhe é devido, em toda parte era
florescente, graças ao favor dos príncipes e à proteção legítima dos magistrados. Então o
sacerdócio e o império estavam ligados em si por uma feliz concórdia e pela permuta amistosa
de bons ofícios. Organizada assim, a sociedade civil deu frutos superiores a toda expectativa,
frutos cuja memória subsiste e subsistirá, consignada como está em inúmeros documentos que
artifício algum dos adversários poderá corromper ou obscurecer. Se a Europa cristã domou as
nações bárbaras e as fez passar da ferocidade para a mansidão, da superstição para a verdade; se
repeliu vitoriosamente as invasões muçulmanas, se guardou a supremacia da civilização, e se, em
tudo que faz honra à humanidade, constantemente e em toda parte se mostrou guia e mestra; se
brindou os povos com a verdadeira liberdade sob essas diversas formas, se sapientissimamente
fundou uma multidão de obras para o alívio das misérias; é fora de toda dúvida que, assim, ela é
grandemente devedora à religião, sob cuja inspiração e com cujo auxílio empreendeu e realizou
tão grandes coisas”.
Papa Leão XIII
Essa frase nos mostra que houve um
tempo em que a Igreja era colocada
em seu devido lugar de dignidade e,
assim, o Evangelho era considerado
lei para os povos da Europa. As
virtudes, os sacramentos, os
mandamentos estavam presentes nas
leis, nos costumes e nas instituições.
Essa ação da Igreja fez com que
surgisse uma civilização, a qual
damos o nome de Civilização
Ocidental.
O que é Civilização?
“Uma civilização é um conjunto de
ideias, de doutrinas, de convicções a respeito da vida eterna, da vida terrena, da moral, e portanto
da arte, do bom gosto, das boas maneira que são sempre derivações e conexões morais. E assim,
em mil outros campos, como na política, na sociologia, na economia etc.”.
Plinio Correa de Oliveira
Essa definição de civilização de Dr. Plinio nos mostra que civilização engloba todas as
realidades humanas, ou seja, as doutrinas, a filosofia, a religião, a política, a economia, as leis, a
arquitetura, a arte etc. Vimos, entretanto, no primeiro volume que existem duas civilizações: a
civilização cristã e a civilização pagã. Isso quer dizer que os cristãos querem construir uma
civilização totalmente fundada nos ensinamentos de Jesus Cristo e da Igreja e a civilização pagã
quer destruir a civilização cristã para fundamentar seu edifício nos prazeres dessa terra, onde
podemos chegar a conclusão óbvia que são liderados pelo príncipe das trevas.
A religião é o coração da civilização cristã, isto é, ela fornece todos os padrões e
fundamentos para todos os aspectos da vida humana. Por exemplo: uma sociedade que vive a
religião católica autenticamente deve viver a justiça e a caridade nos mais altos graus, seja no
campo político, no campo legislativo, no campo econômico. Imaginem se tivéssemos políticos que
buscassem verdadeiramente a santidade, empresários que valorizassem o trabalho de seus
empregados, músicos que compusessem suas músicas para honra e glória de Deus, artistas que
pintassem quadros belíssimos, padres que conhecessem a autêntica doutrina da Igreja. Uma
sociedade assim já existiu quando a Igreja Católica nos treze primeiros séculos da era cristã
recebeu sua devida honra. É evidente que havia problemas, contudo isso era fruto das más
inclinações que temos devido ao pecado original. Queremos dizer que nesses mil e trezentos anos,
o pecado era reconhecido como algo mal e que devia ser combatido, ao contrário do que vemos
hoje, onde o mal é proliferado em todos os lugares possíveis.
Atividades:
1. Copie a frase do Papa Leão XIII e procure no dicionário as palavras que não conhece o
significado.
2. O que é civilização?
3. Quantas civilizações existem?
4. Como podemos ter uma sociedade que verdadeiramente agrade a Deus?
Aula 18
A Civilização Cristã (continuação) : 1
A Civilização é um fato social, que deve irradiar sua luz sobre toda a sociedade. Se
considerarmos que todas as riquezas da Civilização Cristã recebemos de Jesus Cristo que é sua
fonte única, infinitamente perfeita, e que a luz que começou a brilhar entre os homens em Belém
havia de iluminar cada vez mais o mundo inteiro, transformando mentalidades, abolindo e
instituindo costumes, infundindo espírito novo em todas as culturas, unindo e elevando a um nível
superior todas as civilizações, pode-se dizer que o primeiro dia de Cristo na terra foi desde logo o
primeiro dia de uma era histórica.
O Natal foi o primeiro dia de vida da Civilização Cristã. Não há ser humano mais frágil do
que uma criança. Não há habitação mais pobre do que uma gruta. Não há berço mais rudimentar
do que uma manjedoura. Entretanto, esta Criança, naquela gruta, naquela manjedoura, haveria de
transforma o curso da História, da cultura e da Civilização.
1
Esses textos são fundamentados no pensamento de Plinio Correa de Oliveira e seus seguidores.
Quando não se está de acordo com os ensinamentos de Jesus e da Sua Igreja, a humanidade se
desentende em todos os campos: péssima política, injusta economia, arte, música, arquitetura que
cultua o feio.
Deduzimos, portanto, que a fonte da Civilização é a Igreja Católica. Sem ela, tudo é
barbárie, pois a Luz de Cristo não ilumina as trevas do paganismo e o bom odor de Cristo não
afasta o fétido odor diabólico.
Para haver Civilização verdadeira é necessária uma grande irradiação da doutrina da Igreja
em todos os campos da vida humana (leis, política, economia, lazer, arte, música etc.), dando às
pessoas o gosto pela prática das virtudes católicas de sabedoria e pela iluminação do Espírito
Santo, de modo que todo pensar e agir humanos tendam para a santificação.
Assim, se a luz de Cristo é a fonte da Civilização, a rejeição dela é a causa de sua ruína.
Pois se homem não quer ser católico, como pode ser cristã a civilização que nasce de suas mãos?
Se os homens cumprissem as leis de Deus toda crise deixaria de existir.
Santo Antão
Conclusão:
Colocamos todas essas coisas para evidenciar o que é uma Civilização Cristã, que alcançou
o seu apogeu nos treze primeiros séculos do cristianismo e que passou a ser destruída com o
advento do neopaganismo imposto pelos humanistas durante o Renascimento. Dissemos que foi o
apogeu, mas a plenitude está reservada para um reino que há de vir, o qual São Luís Monfort
chama de Reino de Maria.
Aula 19
As contribuições da Igreja Católica
Tragicamente, o inimigo de Deus e da Igreja implantou suas pérfidas mentiras na mente de
muitos estudiosos modernos, dizendo que a Igreja reprimiu, ao longo de vários séculos, o avanço
da ciência, das artes, da arquitetura, da cultura em geral. Nada mais enganoso e diabólico.
Contemplem as imagens a seguir e vejam se isso pode ser considerado um retrocesso:
Capela construída por São Luís IX, rei da França, no século XIII, para abrigar uma relíquia da Coroa de Nosso Senhor Jesus
Cristo.
Teto da Capela
Relíquia da Coroa de Jesus Cristo presente na capela construída por São Luís IX.
Ao contemplar essas imagens percebemos que um povo ignorante e bárbaro jamais poderia
ser responsável por construir essa belíssima igreja, com tantos detalhes e complexidades de
engenharia e de arquitetura que, atualmente, dificilmente encontraria alguém capacitado para
reproduzir.
As catedrais são reflexo da grandeza da Civilização Cristã, pois exprimem a beleza de Deus
e da Igreja. As obras de arte e esculturas presentes nelas são de um valor inestimável, fazendo que
o homem que as contempla eleve sua alma em oração até o trono do Altíssimo. Os cantos entoados
nelas ressoam uma complexidade musical que não se encontra mais em nossos dias. Se existe
barbaridade e atraso intelectual só podemos encontrá-los nas sociedades modernas.
Como um período de retrocesso intelectual pode ter sido palco de tão grandes santos, como
Santo Agostinho, São Bento, São Leão III, Santa Hildegarda, São Boaventura, Santo Tomás de
Aquino, São Francisco de Assis, São Domingos Gusmão, São Luís IX? A grandeza de uma
sociedade se mede pela quantidade de santos que ela produz e pelo fervor da fé que nela se
encontra. Nos treze primeiros séculos da Igreja tudo respirava o ar sagrado da santa religião
católica: a arquitetura, as músicas, a arte, a moda, os costumes etc. Os santos são a maior prova
que uma civilização está de acordo com os mandamentos da Lei de Deus e com a Graça
Santificante. Alguém pode dizer que existiram santos durante períodos da História que a
civilização transbordava paganismo. Isso é verdade, mas esses homens foram suscitados por Deus
para resplandecer a luz inextinguível da doutrina católica que expulsa as trevas causadas pelos do
paganismo. Temos que desejar que toda a civilização seja católica para que o Reino de Deus
estenda suas raízes em todas as almas.
Outro exemplo que atesta a grandeza da Civilização Cristã é atuação dos Monges.