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Introdução
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que a católica, e como nos foi dito, “tinha que ser crente de assem-
bléia”. Significativo é que no grupo, entre as líderes atuais da organi-
zação do trabalho no galpão, se encontra uma de nossas interlocuto-
ras principais, que se identificou como “sou da Assembléia mas estou
congregando na Deus é Amorporque não tem minha Assembléia aqui”.
São dados que nos dizem muito pouco ou nada do que seja “pen-
tecostalismo” nesse contexto. Mas já nos apontam o caminho de um
afrouxamento de categorias que têm se sobreposto, de modo geral, nos
estudos correntes sobre o pentecostalismo no Brasil e na América Lati-
na. Estamos agora procurando nos valer de uma crítica e de referência
teóricos que permitam desviar desse obstáculo, rediscutindo a própria
questão motivadora da pesquisa e desconstruindo seus pressupostos,
nos questionando sobre a opção mesma que foi realizada nesse con-
texto, se é que foi, e o que teria efetivamente intencionado. Quer dizer,
o caminho que se nos abre é o de uma abordagem que delineie esse
contexto a partir de dentro, através de uma atitude etnográfica – to-
mando por base o que se tem chamado de um giro antropológico na
abordagem da religião na AL.
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3.1 Sacrifício
Na abordagem da ação, a estrutura e as performances em torno da
prática ritual em torno do dízimo ganha especial destaque desde a no-
ção de sacrifício.
Em “A violência da moeda”, AGLIETTA e ORLÉAN (1990, p. 54-
77) aplicam os passos da teoria do desejo mimético de René Girard à
história da economia monetária, a partir do que destacam três funções
da moeda:
a) Valor montante e quantitativo, numérico de um determinado pro-
duto ou coisa;
b) Valor de circulação e troca;
c) Valor de entesouramento, reserva.
Cada uma destas funções estaria correlacionada a um dos três ní-
veis ou passos da teoria mimética e sacrificial de Girard:
a) Surgimento de mimetismo, violência de modelo-rival;
b) Surgimento de unanimidade, canalização em torno do alto valor do
que se sacrifica e a quem se sacrifica;
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3.2 Xamanismo
Por fim, o elemento xamânico ganha particular destaque pelo que
define de uma eficácia da ação religiosa no âmbito pentecostal deter-
minada por uma racionalidade e linguagem mítico-simbólica, deslo-
cando-se do registro de uma racionalização das práticas sob o paradig-
ma modernizante.
Levi-Strauss, em seu clássico estudo A eficácia simbólica, analisa a
etnografia de um ritual xamânico de cura, do qual depreende as se-
guintes conclusões:
a) O xamã ministra uma “manipulação psicológica”. Não toca o corpo
da doente, mas põe em causa direta e explicitamente o estado pato-
lógico.
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3.3 Prosperidade
A experiência pentecostal no Brasil, em suas inúmeras denomi-
nações, é classificada por “ondas” que correspondem a determinadas
ênfases discursivas, simbólicas e rituais que marcam a identidade de
várias igrejas evangélicas considerando: na “primeira onda” a ênfase
na santidade; na “segunda onda”, o pentecostalismo centrado na cura
divina; e na “terceira onda”, a ênfase na prosperidade e na cura divina
(cf. CAMPOS, p. 18, 1997). Entretanto, o campo social nos exige, a
partir de uma abordagem antropológica, suspender essas categorias
sociológicas, privilegiando a ação e práticas de atores que, por sua vez,
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Considerações finais
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Referências
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