Вы находитесь на странице: 1из 5

Gabriel Fontenelle Micas 13/0009083

Professor Balsem Universidade de Brasília 2015/2


Resenha Crítica sobre texto
Sigilo e privacidade das informações sobre usuário nas equipes de atenção básica à saúde:
revisão (Junges, Recktenwald, Hebert, Moretti, Tomasini & Pereira, 2015).

Texto introduz a ideia de que, já que existe uma crescente introdução de uma

assistência multiprofissional de equipes, se torna necessário repensar uma forma ética de lidar

com informações privadas e sigilosas, devido ao fato de também ser necessário um

compartilhamento de tais informações com toda equipe.

Os autores discutem que a troca de informação entre o paciente e o profissional da

saúde está baseada em um vínculo de confiança que se cria entre os dois. Esse vínculo

depende da qualidade de acesso e a recepção que é realizada com o usuário no serviço. É

necessário, segundo eles, que ocorra o acolhimento.

Eles defendem a hipótese de que deve haver um combinado entre a equipe de

profissionais assistenciais e o usuário à respeito de como se deve manejar as informações

privadas e sigilosas. Esse combinado deve ser feito desde o começo do processo de

acolhimento, persistindo durante toda o processo de cuidado. O vínculo deve ser estabelecido

baseando-se em 3 pilares: preceitos éticos, autonomia e à singularidade do sujeito, tratando

adequadamente as informações.

O estudo citado procura fazer uma revisão de literatura sobre o tema para ser realizada

uma discussão no tema. A partir dessa revisão, foram encontrados 3 eixos sobre sigilo e

privacidade das informações. O primeiro, sobre o prontuário do paciente; o segundo sobre o

agente comuntário de saúde (ACS) e o terceiro sobre o acolhimento como caminho para uma

formação de vínculo.

Os primeiros artigos propõem a restrição do acesso a certas informações mais

específicas do médico no prontuário. No entanto, alguns artigos possuem uma opinião


contrária, com um maior enfoque no acolhimento, buscando formas mais satisfatórias de se

lidar com a informação. Apesar disso, esses mesmos artigos defendem que existem ainda

muitos casos de quebra de sigilo em certas instituições.

A atenção básica é caracterizada por práticas em equipe que dependem da ativa

colaboração dos ACS. Sendo que, muitas vezes, os ACS tem acesso a informações muito

mais sigilosas que os próprios profissionais da saúde. Dessa forma, existe um embate entre a

perspectiva legal, que tem um foco no código profissional, e a abordagem de acolhimento,

que tem um foco no bem-estar do usuário, visando uma pactuação com o mesmo sobre os

limites do compartilhamento das informações. Assim, o próprio usuário deve definir, junto à

equipe, quem tem o direito de ter acesso ao seu prontuário, assim como as informações

essenciais para que ocorra um cuidado longitudinal de qualidade com o mesmo.

Em minha opinião, esse artigo expõe problemáticas a respeito do sigilo que são

demasiadamente importantes no cuidado com o paciente. A questão do sigilo, que se baseia

no vínculo entre o profissional de saúde e no paciente, pode também ser causa da quebra de

tal vínculo, dependendo de como tal questão é manejada. Concordo com os autores que

devemos seguir uma pauta na saúde que vá em busca da autonomia do paciente, pauta

presente, por exemplo, na luta anti manicomial brasileira. Considerei de incrível importância

a participação do usuário na elaboração de seu prontuário junto à equipe. Essa proposta

fortalece um protagonismo na vida do paciente, indo contra uma visão somente

assistencialista no sistema de saúde. No entanto, acredito que sempre deve ser tomado

cuidado para que as informações que não sejam necessárias para determinados profissionais

não sejam expostas. Dessa forma o usuário pode se sentir menos exposto nessa situação de

cuidado. Também me foi novo a questão do embate entre a perspectiva legal, que tem foco no

profissional individualizado, e a perspectiva de acolhimento, centrada no usuário, amparado


por uma equipe multiprofissional. Considero que tal embate deva estar mais presente nas

discussões sobre bioética, como os autores propõem.

Referências:

Junges, J. R., Recktenwald, M., Hebert, N. D. R., Moretti, A. W., Tomasini, F. & Pereira, N.

K. (2015). Revista Bioética, 23(1), 200-206.

Gabriel Fontenelle Micas 13/0009083

Professor Balsem Universidade de Brasília 2015/2

Resenha Crítica sobre texto: Ética na pesquisa com adolescentes que vivem com HIV/Aids
(Paula, Silva, Zanon, Brum & Pandoin, 2015)

Vunerabilidade se define como chance contato de pessoas com adoecimento, causadas

por atributos e relações do indivíduo com o seu meio coletivo. A individual se define pelos

conhecimentos limitados das pessoas, suas crenças e percepção de risco do indivíduo. Existe

também a vunerabilidade social, que depende do acesso da pessoa a informação, do seu

contexto social e da coerência entre conhecimento e prática. Já a pragmática se refere ao

acesso real da pessoa aos serviços de promoção da saúde e prevenção, e, no caso do artigo, de

prevenção de HIV/aids.

É notado atualmente no Brasil que a AIDS está apresentando um direcionamento de

sua epidemiologia aos adolescentes. Isso se deve a diferentes fatores, como necessidade de

aceitação social, iniciação precoce na vida sexual, consumo de drogas e questões de gênero.

Um fator importante é que existe um grande estigma e segregação social ainda decorrente do

diagnóstico de AIDS, juntamente com uma cupabilização por parte do portador. Ele, ainda

mais adolescente, muitas vezes se silencia em relação ao seu diagnóstico, não compartilhando

com a sua família e meio social. A discriminação e opressão social, decorrente dessa

estigmatização, muitas vezes é internalizada pelo indivíduo, e ele passa a se reconhecer e

identificar assim.

O estudo, em específico, procura relatar questões éticas envolvidas em coletar dados

em pesquisas com esse grupo de vunerabilidade social. Dessa forma, existe a necessidade de

se preservar os direitos éticos dos voluntários de uma pesquisa. Assim, deve-se procurar

entender a condição específica que esses participantes de pesquisa passam, de modo que seja

asseguradas as questões éticas de maneira salutar. Em minha opinião, que vai de acordo com

a dos autores, já que existe um grande estigma social e uma grande vunerabilidade nesses

participantes de pesquisa, se faz necessária a discussão bioética sobre o tema para que se

evite possíveis e maiores danos. Reforçando a necessidade privilegiada nesses participantes


de haver uma confidencialidade garantida. Assim, nos estudos que investigam tal tema, se

torna mister indicar o mais detalhadamente possível o método e o processo de coleta com os

participantes. Dessa forma, serão desenvolvidas progressivamente melhores formas de se

lidar com essa população.

Atualmente, eu conheço mais estudos da área da Psicologia Social americana, e noto

que em suas descrições metodológicas fatores que são ressaltados aqui. Nessas pesquisas,

geralmente o método é muito pouco conclusivo, sendo passadas poucas informações,

dificultando, até, a replicação dos estudos, fator essencial para o desenvolvimento de uma

ciência madura. Dessa forma, caso o mesmo aconteça com tais pesquisas no Brasil a respeito

do tema aqui citado, acredito que o ponto defendido pelo autor seja de extremo valor por 2

atributos. O primeiro, de fato, é a questão da replicação. É necessária uma transparência em

relação ao método utilizado em uma pesquisa, para que se evitem práticas questionáveis de

pesquisa. O segundo fator, que considero de maior importância, é o desenvolvimento de

métodos de coleta que previnam um dano a essa população em uma situação de

vunerabilidade extrema. A pesquisa psicológica, assim como toda outra, deve ser feita para o

desenvolvimento de conhecimento da área. No entanto, quando tal progresso interfere na

saúde do participante, acredito que seja necessário uma reformulação das medidas atuais.

Referências:

Paula, C. C., Silva, C. B., Zanon, B. P., Brum, C. N. & Padoin, S. M. (2015). Revista

Bioética, 23(1), 161-168.

Вам также может понравиться