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Boa Vista, RR
2017
MARIA NADIANA SOUZA CARDOSO
Boa Vista, RR
2017
MARIA NADIANA SOUZA CARDOSO
Aos meus amigos que de alguma forma contribuíram para a realização deste
trabalho.
INTRODUÇÃO ..................................................................................... 10
CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................. 63
REFERÊNCIAS .................................................................................... 66
10
INTRODUÇÃO
Para que a análise do objeto visual seja possível, a pesquisa atual será
erigida a partir da utilização dos conceitos e métodos da historiografia cultural e da
análise do processo de criação da imagem, que envolve estudos da semiótica
Peirceiana, pois como afirma Santaella (1983) a imagem é construída a partir de
signos icônicos interligados, de modo que expressam seu caráter comunicativo, já
que a mesma na semiótica é um tipo de discurso de linguagem não verbal. Será
utilizado também como metodologia a iconologia e iconografia de Panofsky.
1
A expressão “a nova história” é bem mais conhecida na França. La nouvelle histoire é o título de
uma coleção de ensaios editada pelo renomado medievalista francês Jacques Le Goff, que também
auxiliou na edição de uma maciça coleção de ensaios de três volumes acerca de “novos problemas”,
“novas abordagens” e “novos objetos”. Nesses casos está claro o que é a nova história: é uma
história made in France. Mais exatamente, é a história associada à chamada École des Annales,
agrupada em torno da revista Annales: économies, societés, civilisations. (BURKE, 1992).
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Esta arte de representação por meio da imagem não é algo atual, acontece
desde a Pré-História quando o homem pintava e talhava sobre rochas
acontecimentos do seu cotidiano, pinturas estas que existem até a atualidade, em
vários sítios arqueológicos do mundo, assim, como afirma Joly (2009). Na
antiguidade também é possível encontrar vestígios iconográficos como pinturas
egípcias, esculturas gregas e romanas. Na Idade Média se destacam as pinturas,
iluminuras e aquarelas religiosas nas Igrejas. No entanto, na transição da Idade
Média para a Moderna há uma ruptura dos valores e dogmas estabelecidos pelas
sociedades anteriores, pois até meados de mil e quatrocentos, os homens e seres
místicos representados nas diversas formas iconográficas, tanto na Antiguidade
como na Idade Média, eram personagens de grande valor simbólico político e
religioso nas sociedades a qual pertenciam. Porém, no início da Modernidade houve
um movimento chamado Renascentismo que abrangeu várias áreas nos âmbitos:
cultural, artístico e científico.
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Este movimento, por sua vez, visava à valorização das ações humanas
contrariando os dogmas estabelecidos pela Igreja Cristã. Daumas (2000) afirma que
neste período da modernidade a imagem impressa tornava-se reproduzível e a
gravura garantia novas funções sociais, em virtude de tal fato a imagem logo invadiu
o espaço cotidiano tornando-se aliada das mensagens e simbolismo políticos e
religiosos que se utilizavam de panfletos ilustrados para persuadir e ridicularizar o
adversário, isto principalmente para o público não instruído.
Esta nova abordagem histórica dos Annales, de acordo com Burke (2010),
se deu em três gerações: a primeira começou a ser pensada e formulada em
meados das décadas 1920, se destacando os fundadores teóricos Marc Bloch e
Lucien Febvre2 que perceberam a necessidade de uma história mais abrangente e
totalizante criando a revista dos Annales, a partir de então, abre-se um leque de
possibilidades do fazer historiográfico, de maneira a ir buscar junto a outras ciências
do homem os conceitos e os instrumentos que permitiriam ao historiador ampliar a
sua visão.
2
“Foram os líderes do que pode ser denominado Revolução Francesa da Historiografia” (BURKE,
2010, p. 17).
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“O termo se refere, em francês, não à história quantitativa em geral, mas a história
macroeconômica, à história do Produto Nacional Bruto, no passado. Alguns tipos de histórias
quantitativas são conhecidos na França como história serial” (BURKE, 1992, p. 147).
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Na terceira geração, por volta de 1968 e 1969, alguns jovens como André
Burguière e Jacques Revel envolveram-se na administração dos Annales, e em 1972
Braudel aposenta-se da Presidência da VI Seção que em seguida é ocupada por
Jacques Le Goff. Esta geração é a primeira a incluir mulheres, especialmente
Christiane Klapisch. Enfim, esta geração permitiu a abertura para ideias vindas do
exterior e a inclusão de novas temáticas. A ausência de um domínio temático fez
com que alguns comentadores falassem numa fragmentação. Burke (2010) abordou
dois temas maiores: a redescoberta da história das mentalidades, a tentativa de
empregar métodos quantitativos na história cultural contrária a tais métodos.
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“Um termo depreciativo para a história dos acontecimentos, lançado por Braudel no prefácio de seu
Mediterrâneo, mas utilizado anteriormente, por Paul Lacombe, em 1915” (BURKE, 2010, p. 146).
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“Ainda que Durkheim e Mauss tenham empregado ocasionalmente o termo, foi o Lévi- Bruhl, La
mentalité primitive (1922), que lançou na França. Assim mesmo apesar de ter lido Lévi-Bruhl, Marc
Bloch preferiu descrever seu Les Rois Thaumaturges (1924), hoje reconhecido como uma obra
pioneira na história das mentalidades, como uma história de representações coletivas (termo
preferido por Durkheim), representações mentais, ou mesmo ilusões coletiva. Nos anos 30, Febvre
introduziu o vocábulo instrumental intelectual, mas não obteve grande sucesso.”(BURKE, 2010, p.
148).
6
Refere-se a tomada de consciência da pluralidade dos níveis da temporalidade: a curta duração dos
acontecimentos, o tempo médio (e múltiplo) das conjunturas, a longa duração das estruturas; além de
que o próprio tempo longo, estrutural, é diferencial em seus ritmos dependendo de quais estruturas se
trate (CARDOSO; VAINFAS, 1997).
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Segundo Joly (2009), a imagem é o que indica algo que, embora nem
sempre se remetendo ao visual, toma alguns traços emprestados do visual e, de
qualquer modo, depende de uma produção de um sujeito: imaginária ou concreta, a
imagem passa por alguém que a produz ou reconhece. Assim, a imagem é
essencialmente a relação que se estabelece entre ausência e presença tornando-se,
assim, uma representação do real, como afirma Joly:
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estão em contato com as diversas formas iconográficas muitas vezes, por ser algo
tão habitual este tipo de obra humana, não percebem sua ampla importância
cotidiana como forma de comunicação. É por esse motivo que saber interpretar de
maneira correta os signos visuais torna-se uma necessidade para os estudantes e
para os profissionais do ensino em geral.
Porém Gaskell (1992) afirma também que isto não ocorre sempre, pois
alguns historiadores têm proporcionado valiosas contribuições para visão do
passado e do local em que nele está inserido o material visual, usando as imagens
de uma forma sofisticada e especificamente histórica.
Entretanto, para que o uso da imagem em sala de aula seja uma experiência
de ensino/aprendizagem satisfatória tanto para o professor quanto para o aluno, o
docente deverá tomar algumas medidas essenciais, primeiramente é necessário que
haja uma preparação teórica sobre o uso da imagem, pois o profissional de ensino
não poderá entrar em sala de aula sem o devido conhecimento de seu objeto de
análise, assim como nos explica Litz (2008):
Depois da explicação introdutória aos alunos do que seria feito naquela aula,
foi solicitado que se sentassem em círculo para um melhor diálogo entre todos. Em
seguida foi fornecida a eles a imagem (exemplificada adiante nesta pesquisa) a ser
analisada, ela fazia parte do livro didático de história adotado pela escola.
Posteriormente foi explicado aos alunos que todo objeto iconográfico para poder ser
avaliado deveriam observar e responder questionamentos a fim de identificar as
condições de produção de cada imagem, então foram feitas as seguintes perguntas
seguindo cada item abaixo:
Procedência: Por quem foi elaborado? Onde? Quando? Como foi sua conservação?
Existe alguma inscrição em seu corpo (no caso de fotografias, esculturas,
pinturas...)?
Finalidade: Qual seu objetivo? Por que e/ou para quem foi feito? Qual sua
importância para a sociedade que o fez? Em que contexto foi feito? Com quais
finalidades? Onde se encontra o objeto atualmente?
Tema: Possui título? Existem pessoas retratadas? Quem são? Como se vestem?
Como se portam? Percebe-se hierarquia na representação? Que objetos são
retratados? Como aparecem? Que tipo de paisagem aparece? Qual é o tempo
retratado? Há indícios de tempo histórico na representação? É possível identificar
práticas sociais no objeto iconográfico retratado?
Estrutura formal: Qual é o material utilizado: papel, pedra, tela, parede, mural,
cartão, fotografia? Quais foram as técnicas e os materiais utilizados? Como se
estrutura sua composição? Qual o estilo adotado? Percebe-se relação/aproximação
com a realidade da sociedade ou período retratados?
Fonte: PELLEGRINI, Marcos; DIAS, Adriana Machado; GRINBERG, Keila. Novo olhar história. 2ª
ed. São Paulo: FDT, 2013.
Imagem 2- Getúlio Vargas proclamando o Estado Novo pelo rádio, imagem completa.
Após a descrição e identificação, por parte dos alunos, da origem da foto, seu
tamanho, constituição (material utilizado) e idade, tais informações tiradas do livro
didático, pôde ser feito questionamentos mais aprofundados do assunto como, por
exemplo: Quais as características mais marcantes da foto? Como foi representado
Getúlio Vargas? Que outras pessoas aparecem na foto? Como elas foram
representadas? Qual o objetivo ou finalidade do DIP (Departamento de Imprensa
Propaganda) em tirar esta foto? É possível identificar simbolismos? Haveria um
significado político? Que influências a implementação do Estado Novo trouxe para
nossas vidas atualmente?
Por conseguinte, através desta aula com imagens pôde ser percebido que
os referidos alunos os quais participaram desta atividade de análise iconográfica,
possuem certo grau de dificuldade em compreender, interpretar e concluir suas
próprias observações feitas a partir do material visual apresentado aos mesmos.
Esta dificuldade de lidar com este tipo fonte ocorre por que as maiorias deles nunca
tiveram a oportunidade de aprofundar a sua criticidade e autonomia para análise
posta em questão. Outro fator pertinente que foi observado é que se este tipo de
metodologia fosse aplicado mais vezes durante o ano letivo diminuiria a deficiência
interpretativa que grande parte dos alunos possui nas disciplinas de humanidades.
Panofsky (2011, p. 47) também menciona sobre este termo e o define como
“o ramo da história da arte que trata do tema ou mensagem das obras em
contraposição à sua forma”. A iconografia, no parecer deste autor age nesse
processo no sentido de expor e fundamentar todos os aspectos icônicos desta obra
de arte para assim abrir caminho a posteriores métodos que designam interpretação:
documentos faz com que adentremos na intimidade da criação artística. Isto significa
dizer que devemos analisar o componente artístico de forma a abarcar os pontos
simbólico, epistêmico e estético citados por Aumont (2002), como também ir além
deles.
Neste caso, é importante compreendermos como se dá a construção de
representação no ato da criação artística, pois o trabalho criado se exibe como um
complexo percurso de transformações múltiplas por meio da qual algo passa a
existir:
Muitos críticos e criadores discutem a questão que não há criação sem
tradição: uma obra não pode viver nos séculos futuros se não se nutrem dos
séculos passados, nenhum artista, de nenhuma arte, tem seu significado
completo sozinho. Assim como o projeto individual de cada artista insere-se
na tradição, é, também, dependente do momento de uma obra no percurso
da criação daquele artista especifico: uma obra em relação a todas as
outras já por ele feitas e aquelas por fazer. (SALLES, 2013, p. 49).
No que tange a semiologia, Eco (2007) nos informa que ela adentra em
questões relativas a fatos culturais, os esmiúça e analisa como sendo uma espécie
de códigos em que se inserem diversos tipos diálogos ou signos:
Peirce (2010) afirma que um signo dá origem a outro signo da mesma forma
que um pensamento origina outro. Ao signo pode ser designado demonstrar um
objeto perceptível, ou apenas imaginável. No entanto, para algo ser um signo, ele
deverá representar outra coisa, pois um signo deve ser algo distinto do seu objeto:
7
Teórico fundador da escola de Semiótica Peirceiana (vertente norte-americana).
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resulta no significado que o observador une das formas, cores e textura, pois se trata
de um signo com semântica vaga e com pouca nitidez.
Reforçando as considerações acima temos Joly (2005) que define signo
icônico como representação, mas não no sentido de cópia e sim de transformação
ou reconstrução:
Desta forma, “È pois sob a noção de signo representado, mais do que sobre a
relação entre o dito objecto e o signo, que se levantou a crítica signo icónico para terminar
no conceito actual de transformação icónica.” (JOLY, 2005, p. 131).
ainda não havia diferença entre signo icônico e plástico, este último era identificado como
subcategoria do primeiro.
Ainda de acordo com Joly (2005) quem primeiro procurou abordar sobre o signo
plástico foi o Grupo µ, eles o evidenciaram “como um sistema de signos, de parte inteira,
como signos plenos e não simplesmente como significantes dos signos icónicos” (JOLY,
2005, p. 136). A identificação e diferenciação entre esses signos ocorreram depois porque
possivelmente, anterior a preocupação dos semióticos, “quem se ocupavam com o nível
plástico das imagens (cores, forma, composição, texturas) eram teóricos e historiadores
de arte, psicossociológos, até mesmo psicanalistas” (JOLY, 2005, p. 137). Desta forma
houve a compreensão do significado do signo plástico de maneira mais concisa.
Salles (2013, p.163) nos esclarece que “Não há signos isolados. Um sistema
de representação só pode ser compreendido em seu contexto de processo triádico
de interpretação (objeto/signo/interpretante)”. Isto significa dizer que a função do
signo é interpretar e ser interpretado ao mesmo tempo de maneira simultânea, pois
um signo só existe se for interpretado por outro.
Salles (2013) discute que “a referência do signo ao objeto não é nunca uma
apreensão direta. Nenhum signo nos dá a realidade intocada pela interpretação. O
signo está relacionado ao objeto exclusivamente por meio do outro signo: é a
irremediável mediação.” Ou seja, um signo não existe por ele mesmo, mas somente
por conta do outro que o decifra como signo, neste caso, a interpretação dará a ele
algum significado que o relaciona a algum objeto. A relação entre signo e objeto é
iluminada através da mediação.
Apresentados acima os aspectos relacionados à semiologia, Santaella e
Nöth (1998) nos relatam sobre imagem visto que a característica principal deste
tópico é a semiótica da imagem: “o conceito de imagem se divide num campo
semântico determinado por dois pólos opostos: um descreve a imagem direta
perceptível ou até mesmo existente e outro contém a imagem mental simples, que
na ausência de estímulos visuais pode ser evocada.” (SANTAELLA e NÖTH 1998,
p.36). Essa duplicidade de significados que envolve a imagem como percepção e
imaginação, ocorre devido os diferentes conceitos de imagens enraizados no
pensamento ocidental. A polissemia dos conceitos de imagem se dá através da
comparação dos significados, em que ela se traduz no grego, como Eikon, no latim
como Imago, no francês Image e no inglês Picture. Ao focarmos no termo grego
identificamos que na antiguidade Eikon significava qualquer espécie “de imagem,
desde pinturas até estampas de um selo, assim como imagens assombreadas e
espelhadas. Estas eram tidas como naturais aquelas como imagens artificiais”.
(SANTAELLA e NÖTH 1998, p.36). Além desses fenômenos usuais, o conceito
compreende também a imagem verbal e a imagem mental. Uma outra distinção
encontrada é aquela entre a imagem e o modelo. “Através dela, a oposição entre a
imagem e o seu objeto de referência, entre o ser e o parecer, era tematizada”.
(SANTAELLA, NÖTH, 1998, p. 36).
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infografia, que seria a imagem computacional tida como virtual. Estas imagens
devido à estocagem numérica e ao caráter imaterial não ficam mais exposta à
erosão do tempo.
Na segunda categoria, estão às imagens temporalizadas, estas, segundo
Aumont (2002), se modificam ao longo do tempo sem a intervenção do espectador e
apenas pelo efeito do dispositivo que é o meio através do qual a imagem é
produzida, apresentada e transmitida ao receptor. Nesta linha de pensamento
Santaella e Nöth (1998, p.76) afirmam que “os dispositivos são históricos e se
transformam historicamente dependendo, portanto, do nível de desenvolvimento
produtivo das sociedades nas quais as tecnologias de produção são empregadas”.
Os autores explicitam este tipo de fenômeno entre imagem e tempo da seguinte
forma:
Conforme o próprio nome expressa, tempo intrínseco refere-se à imagem
que é constituída de tempo. Essa constituição depende, de um lado, das
características do dispositivo através do qual a imagem é produzida e
apresentada, inseparável do dispositivo, mas irredutível a ele, também
devem ser levados em consideração tanto o tempo da feitura da imagem,
tempo de sua enunciação, quanto o tempo dos esquemas e dos estilos que
é inseparável da composição e estrutura das imagens. (SANTAELLA;
NÖTH, 1998, p.76)
Neste caso, os autores nos indica que realmente o contexto mais importante
é a linguagem verbal, no entanto, existe a possibilidade de outras imagens e mídias
serem também contextos que podem modificar as mensagens da imagem. O fato é
que o contexto da imagem não precisa, necessariamente, ser verbal, pois imagens
podem funcionar também como contexto de imagens. Entretanto as imagens, num
sentido semiótico geral, são apenas um dos tipos possíveis, pois não há signo sem
contexto e a mera existência de um signo já indica seu contexto.
Resumidamente, o tratamento científico dado a linguagem visual não é
realizado “de modo global, mas por fixações sucessivas que duram alguns décimos
de segundo cada uma e limitam-se estritamente às partes da imagem mais providas
de informação”. (Santaella; Nöth, 1998, p.85). Aumont (2002) vem a adicionar
explicando que essa noção no caso da imagem foi notada desde os anos 30, que
não olhamos as imagens de modo global, de uma vez só. Nós olhamos através de
fixações sucessivas e memorizadas para que se permita o reconhecimento dessa
imagem no momento de uma segunda apresentação. Neste contexto, no capítulo a
seguir destacaremos algumas considerações da imagem em geral no âmbito
interdisciplinar.
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O caráter Epistêmico, por sua vez, de acordo com Aumont (2002), abrange
imagens cuja função é transmitir conhecimentos variados relacionados às
45
Outro autor que atesta este argumento é Aumont (2002). Ele alude que as
imagens visuais planas mais comuns em nossa sociedade é a pintura, a gravura, o
desenho, a fotografia etc... Estas imagens são percebidas por nós de maneira
simultânea como um fragmento de superfície plana ou às vezes como um fragmento
de espaço tridimensional numa superfície. Esse fenômeno é chamado de dupla
realidade perceptiva das imagens. Para um olho fixo e único há três fontes
potenciais de informação sobre a condi-plana da imagem; os defeitos de
representação analógica (cores, saturação, contrastes). Estas informações são
sobre a realidade 2-D das imagens.
Nas imagens 3-D, ainda conforme Aumont (2002), ao invés da informação
bidimensional, as imagens possibilitam uma percepção tridimensional da realidade
se tiver sido devidamente e cuidadosamente construída para tal, neste caso o autor
da obra deverá imitar ao máximo a visão natural. Assim, ele assevera que:
As imagens são feitas para serem vistas, por isso convém do destaque ou
órgão da visão. O movimento logico da nossa reflexão levou-nos a constatar
que esse órgão não é um instrumento neutro, que se contenta em transmitir
dados tão facilmente quanto possível, mas, ao contrário, um dos postos
avançados do encontro do cérebro com o mundo: a partir do olho induz
automaticamente, a considerar o sujeito que utiliza esse olho para olhar
uma imagem, a quem chamamos, ampliando a definição habitual do termo
de espectador. (AUMONT, 2002, p.77)
.
Outro ponto a destacar é que “A produção de imagens jamais é gratuita, e,
desde sempre, as imagens foram fabricadas para determinados usos individuais ou
coletivos”. (2002, p.78). No entanto, temos outra visão, a de Manguel (2009). Ele
vem a nos esclarecer quase poeticamente, que as imagens que nos envolvem
material e mentalmente são conjuntos de símbolos cuja função é passar uma
mensagem e que em seu sentido mais profundo provavelmente elas sejam
apresentações sem muita definição as quais preenchemos com as nossas
convicções ou até mesmo inseguranças:
Bueno (2008) afirma que só podemos tomar posição perante uma obra,
depois que adquirimos um conhecimento estético e histórico sobre ela. Ao fazermos
análise de uma imagem devemos ter consciência da bagagem cultural que cada um
de nós possuímos, pois elas influenciam muitas vezes a leitura de imagens com
questões subjetivas de nossas experiências particulares.
Uma exemplificação, segundo Bueno (2008), é quando nos deparamos com
uma imagem que gostamos e reagimos assim porque nos lembra de algo bom da
infância ou quando rejeitamos uma imagem quando nos recorda coisas
desagradáveis. É preciso compreender que gostar ou não de uma imagem é um
direito que temos, porém devemos ter argumentos para isso.
A expressão leitura das imagens começou ganhar destaque a partir do final
da década de 1970, isto devido ao elemento das tecnologias dos sistemas
audiovisuais e influência da semiótica, pois, “Algumas teorias afirmam que uma
imagem pode ser lida por si só, independentemente da intenção do artista, ou seja, a
imagem fala por si, através de seus elementos plásticos”. (BUENO, 2008, p.105)
Neste caso, trata-se da semiótica greimasiana que propõe que toda imagem
pode ser lida não importa que seja design ou artística. “Quando nos referimos às
artes plásticas, estamos nos reportando ao que reconhecemos através de elementos
visuais e táteis, como o desenho, a gravura, a pintura ou a escultura.” (BUENO,
2008, p. 19) Porém, o estudo desses elementos também se faz necessário em outas
linguagens das artes visuais, como o vídeo, o cinema e a fotografia.
Estas informações visuais intitulam-se fontes iconográficas que, segundo
Kossoy (2001, p.69) engloba imagens que são retratadas na sua forma literal e que
foram produzidas mediante um leque vasto de técnicas:
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3.2.1 Fotografia
O termo foto, segundo Borges (2008), vem do grego “Phôs” que tem como
significado “luz” já a fotografia é a arte de fixar luz de determinado objeto por meio
de processo químico. Para outro autor, Kossoy (2001, p.45) “toda fotografia é um
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“Toda fotografia tem sua origem a partir do desejo de um indivíduo o que se viu
motivado a congelar em imagem um aspecto dado do real em determinado lugar e
época.” (KOSSOY, 2001, p.36). Em geral, de acordo com Kossoy (2001), podem ser
incluídos também todos os que de certa forma farão estudos específicos de
determinada imagem. Todos estes citados acima estarão livres para reagirem de
formas diversas ao verem a imagem, seja em sua forma original ou impressa, na
época de sua produção ou posteriormente. Como também podem reagir
emocionalmente ou indiferentemente na medida em que reconhecem, ou não, aquilo
que vêem, na forma que encaram com ou sem preconceito de acordo com as
posturas ideológicas que cada um tem.
Neste aspecto, Kossoy (2001) relata que a fotografia tornou-se um excelente
instrumento de apoio à pesquisa para os diferentes campos das ciências devido às
possibilidades inovadoras de informações e conhecimento que ela propõe. Pois, “A
expressão cultural dos povos exteriorizada através de seus costumes, habilitação,
monumentos, mitos e religiões, fatos sociais e políticos passou a ser gradativamente
documentada pela câmara”. (Kossoy, 2001, p.26). Ao que parece:
Todavia, Borges (2008) nos afirma que inúmeras vezes têm presenciado o
uso da fotografia como um recurso pedagógico direcionado a despertar o interesse
de alunos pelo estudo da história de sociedades passadas, neste caso, por mais que
sejam iniciativas louváveis, muitas vezes acarreta apenas à mera reunião e
exposição das imagens coletadas, não levando em consideração os cuidados
necessários para a compreensão das particularidades da fotografia.
Sobre isso Borges (2008) nos esclarece que devido ao fato da imagem ser
produzida por processos físico-químicos seu sucesso e credibilidade foi imediato e
fluía a crença de que as imagens fotográficas eram uma reprodução fiel do real.
Entretanto, por mais que a câmera escura reproduzisse a cópia real levou mais de
um século para a história começar a utilizá-la como fonte, pois a pesquisa histórica
desenvolvida nas universidades no século XIX, não considerou a fotografia um
documento histórico.
Tal rejeição se deu, pelo fato de que nos primeiros anos do surgimento da
fotografia, os fotógrafos, segundo Borges (2008), eram na verdade pessoas comuns
que possuíam muitas vezes profissões de desenhistas, pintores sem expressões
artísticas, gravuristas autodidatas e outros. Estes primeiros fotógrafos, conforme
Borges (2008), não tinham vínculos diretos com as academias de pinturas, lugar em
que eram ensinados os critérios da educação do olhar, eles eram amadores e suas
imagens abordavam temas e motivos diferentes dos produtores de história, pois a
maneira de olhar dos fotógrafos não se vinculava ao olhar normatizado dos pintores
de oficio. Outro fator citado por Borges (2008), que impedia o uso da fotografia como
documento histórico pela historiografia metódica, era que em princípio as imagens
produzidas pela câmara lúcida eram um registro do presente. Os metodistas
utilizavam o conceito de fato histórico atrelados de forma estrita ao estudo dos
acontecimentos passados, dessa forma mesmo que eles aceitassem a natureza
precisa, exata a fiel da imagem não poderia utilizá-la devido sua extrema vinculação
do fato com o presente.
3.2.2 Pintura
Sabe-se que a pintura é algo que antecede a escrita. Com seu surgimento
na pré-história ela além de encantar aqueles que a admiram, para Lichtenstein
(2004), torna-se a escola dos sábios e fonte de estudo dos soberanos, mesmo
assim, ela fala mais é muda e faz explicações sem citar as palavras, “é de tal
eloqüência na exposição que através dos olhos cativa o coração. Seus discursos
não se esgotam ela faz palestras públicas sem romper o silêncio mesmo não tendo
movimento é ativa e eficaz em sua persuasão.” (Lichtenstein, 2004, p. 52). Santo
Agostinho certa vez proferiu, que a pintura por ser muito antiga é difícil conhecer
bem suas origens, no entanto assim como outras artes, não se duvida que a pintura
tenha tido um início frágil, tendo sido aperfeiçoada aos poucos foi se fortalecendo ao
longo do tempo. Atualmente existem diversos tipos e estilos; Cubismo,
Impressionismo, Surrealismo, Expressionismo, Simbolismo, Expressionismo abstrato
e Fotorrealismo são alguns exemplos.
Fonte: BANDEIRA, Julio; LAGO, Pedro Corrêa do. Debret e o Brasil: obra completa (1816 a 1831).
4ª ed. Capivara, 2013.
Com o passar do tempo Borges (2008) afirma que eram três importantes
requisitos para a produção de pinturas da história. No primeiro era exigido do pintor
real o treinamento das academias de arte; no segundo requisito requeria que as
obras produzidas fossem reconhecidas pelos seus dirigentes; a terceira exigência
era que obras fossem reconhecidas publicamente através de concursos para até
então, serem expostas nos salões da realeza. A pintura deveria ter segmento um
altamente realista para se tornar crível a seus admiradores, como destaca a autora
Borges:
Realismo, perfeição e veracidade eram os principais atributos das imagens
produzidas pelos pintores de história, figuras obrigatórias nas campanhas
civis e militares de reis; príncipes e generais do Antigo Regime e dos
governos liberais do século XIX. (BORGES, 2008, p.29).
Estas imagens eram utilizadas como ilustração dos textos e podiam ser
consideradas um documento oficial para a história metódica, pois traziam a
assinatura de uma autoridade reconhecida. Outro critério de validação cientifica da
pintura era que as obras possuíam, de acordo com Borges (2008) nos diferentes
momentos da história e através da pedagogia pragmática do olhar, os sentimentos
de ordem, respeito, patriotismo, heroísmo e consciência nacional e cidadã.
No entanto com o surgimento e aperfeiçoamento da fotografia em meados do século
XIX, Bueno (2008) nos indica que muitos artistas pintores perderam seus trabalhos
para os fotógrafos, pois a fotografia era uma novidade e questão de status, as
pessoas dessa época achavam mais interessantes serem fotografadas do que
pintadas em quadro. Outro aspecto relevante é que a invenção da fotografia tirou a
obrigação do artista pintor de historia de fazer o registro social, isto permitiu a ele
mais liberdade de criação.
Manguel (2009) nos esclarece que vemos uma pintura como algo definido
por seu contexto; podemos saber algo sobre o pintor e sobre o seu mundo e ter
alguma ideia das influências que moldaram sua visão; se tivermos consciência do
anacronismo, podemos ter o cuidado de não traduzir essa visão (da obra realizada
pelo pintor) pela nossa, mas, no fim o que vemos não é nem a pintura em seu
estado fixo, nem uma obra de arte aprisionada nas coordenadas estabelecidas pelo
museu para nos guiar.
Manguel nos informa que “Quando tentamos ler uma pintura, ela pode nos
parecer perdida em um abismo de incompreensão ou, se preferirmos, em um vasto
59
3.2.3 Escultura
Bueno (2008) nos mostra que para ler as imagens é necessário um olhar
atento, no entanto, a escultura possibilita sua percepção e entendimento até mesmo
de olhos fechados através do tato. O escultor se utiliza de três dimensões na
confecção se sua obra, enquanto a maioria das linguagens visuais trabalha sobre o
plano. Entretanto, as outras formas de artes visuais como pintura, desenho, artes
gráficas, fotografia, cinema e etc... Ainda podem se utilizar o aspecto das três
dimensões, porém, somente se utilizarem a perspectiva da luz e sombreamento do
claro ao escuro.
A palavra escultura segundo Bueno (2008, p.83) “vem de sculpere, que
significa entalhar”, podendo também ser trabalhado com vários materiais que podem
ser esculpidos com as mãos. Juntamente com a pintura e o desenho é uma das
artes visuais mais antigas podendo ser datada com mais de 300 mil anos, alguns
artefatos esculpidos pelo homem pré-histórico. Na antiguidade a escultura foi
utilizada especialmente para confecção de objetos religiosos e estatuetas como, por
exemplo, as egípcias deixadas nos túmulos dos nobres mais importantes, eles
desenvolveram também um sistema de representação estatuaria que permitia
preservar principalmente a imagem do faraó após a morte. A Grécia e Roma
também são conhecidos por expressar grandes exemplos esculturais, principalmente
se tratando de estatuas, deuses e heróis. No renascimento a escultura é a forma de
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expressão artística melhor representada nesta fase, pois foi neste momento que ela
ganhou a independência podendo ser apreciada de todos os ângulos.
Ao longo da história da humanidade, o homem pesquisou e utilizou diversos
tipos de materiais válidos para as criações tridimensionais. Até pouco tempo atrás, a
escultura era tida como uma figura e representação. De acordo com Bueno (2008,
p.85), era “uma fiel reprodução da realidade”. No decorrer do século XX, houve uma
mudança significativa de conceitos neste âmbito, pois as esculturas posteriormente
foram criadas sem representar a forma real, permitindo dessa maneira o manuseio
ou até mesmo a modificação do trabalho do artista pelo público, com o propósito de
possibilitar a interferência do observador.
Entretanto, ainda em consonância com Bueno (2008), mesmo que a
escultura, hoje em dia, deve ser vista e sentida pelo observador é necessário ter
cuidado, pois ainda existem algumas esculturas em museus que não possibilitam o
tato. Além de existir no museu a escultura contemporânea ganha espaço também ao
ar livre, expostas e sujeitas as transformações do clima e do tempo como a ferrugem
que atinge o metal. Segundo alguns artistas, este efeito posterior às transformações
climáticas é inteiramente esperado e até mesmo proposital para os escultores.
segue-se adiante um exemplo de análise iconográfica e interpretação iconológica:
Imagem 4 - Vênus de Willendorf
Fonte:
Vênus de Willendorf. Disponível em: http://terrabrasilisdidaticos.com.br/noticias/venus-de-willendorf-
quem-foi-ela/ Acessado em: 01/02/2017.
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Análise iconográfica
A estatueta mostrada na imagem 1 é denominada Vênus de Willendorf. Foi
encontrada em meados de 1908 em um sítio arqueológico perto da cidade de
Willendorf na Áustria e descoberta pelo arqueólogo Josef Szombathy. Sua datação
varia de aproximadamente entre 20.000 à 24.000 anos atrás, ela foi feita em calcário
oolitico, mede cerca de 10,45cm e seu colorido foi feito com ocre vermelho.
A escultura retrata uma figura feminina onde é enfatizado de maneira
volumosa seus seios, barriga, nádegas e sua vulva, na parte da cabeça foi talhada,
de forma a representar uma trança enrolada formando possivelmente um tipo de
penteado. Percebe-se que os braços e as pernas foram praticamente irrelevados
pelo seu desconhecido criador. A escultura apresenta certo descoloramento do ocre
vermelho que a envolvia e alguns desgastes em seu calcário provavelmente é um
resultado provocado pela ação do tempo. Atualmente a Vênus de Willendorf está
preservada, localizada na Áustria e integrada a coleção arqueológica do museu de
História Natural de Viena.
Interpretação iconológica
A Venus de Willendorf por se tratar de um artefato pré-histórico pouco se
sabe sobre a origem, método de criação e significado. No entanto, alguns
pesquisadores científicos sugerem várias interpretações sobre a estatueta. Alguns
arqueológicos indicam que a estatueta poderia retratar o padrão de beleza da pré-
história.
No período paleolítico superior, o Homo Sapiens vivia da caça e da coleta de
alimentos para sobreviver, os invernos eram bastante rigorosos neste período, por
serem nômades viviam trocando de habitação em busca de mais alimentos e de um
clima mais quente, segundo Navarro. Isto pode explicar o motivo pelo qual a
estatueta foi encontrada em um lugar diferente da sua criação, sabemos disso
porque o material de sua fabricação (o calcário oolítico) não existe no local da
descoberta. Litz (2009) nos informa que a Vênus Willendorf não pretende ser um
retrato realista, mas uma idealização da figura feminina onde mantém uma forte
relação com o conceito da fertilidade. A corpulência na escultura nos indica,
possivelmente, um elevado status social numa sociedade caçadora-coletora. A
estatueta poderia representar também um símbolo de sucesso, de segurança e de
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bem-estar. A ausência dos pés na imagem esculpida nos informa que ela não
poderia se sustentar de pés sozinha, isto nos sugere que este objeto poderia ser um
tipo de amuleto. Para Lins (2007) o fato de o homem pré-histórico desconhecer o
vínculo entre sexo e procriação, fazia-se entender que a fertilidade era característica
exclusivamente feminina, estando a mulher associada aos poderes que governam a
vida e a morte; os homens permaneceram desconhecendo sua participação no
nascimento de uma criança por milênios, isto devido ao fato de que a ideia de casal
era desconhecida, ou seja, “cada mulher pertencia igualmente a todos os homens e
cada homem, a todas as mulheres. O matrimônio era por grupo, cada criança tinha
vários pais e várias mães e só havia a linhagem materna”. (Lins, 2007, p.14).
Não é à toa que arqueólogos encontraram quase 200 estatuetas com perfil
da Vênus de Willendorf, Lins (2007) acredita que elas testemunham o culto à
fecundação, pois provavelmente a estatueta é a representação de uma deusa
primitiva da fertilidade. No entanto o significado é discutido por alguns, que a
imagem da Vênus passa a expressar um certo erotismo masculino de maneira a
formar uma analogia remota a atual revista “playboy”, onde o homem pré-histórico
encontraria prazer nestas figuras supostamente sexuais. Acontece que o corpo
gordo poderia manifestar atração física e estética para o sexo masculino no
paleolítico superior, pois o excesso de gordura corporal revelava um maior potencial
de resistência contra os rigorosos invernos daquele período, tanto pelo extremo frio
quanto pela falta de alimentos.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esta linha teórica define que o signo pode ser visto em relação a si mesmo,
em relação ao objeto e em relação ao interpretante. No primeiro caso, agrupam-se
as cores, o tom vocal (Quali-Signo); uma palavra isolada (Sinsigno) e um nome
enquanto relação linguística convencional (Legi- Signo). No segundo, (em relação ao
objeto) sua divisão dar-se em ícone, que são imagens retratadas e abstratas (a
primeira é possível de identificar facilmente o que contém e a outra não). O signo
icônico retratado, então, é o mais favorável para a utilização como fonte histórica.
Relacionados aos ícones estão: imagem mental, pintura, diagrama com a mesma
forma representada e metáfora.
possuem (Quali-Signo). Sem contar que este processo de ensino deve estabelecer-
se em um espaço específico, que seria a instituição escolar ou universitária (também
entendida por Pierce como um signo convencional, ou seja, um símbolo). Isto alude
a interação da semiótica com o domínio histórico e a torna um método interessante
para se trabalhar em sala de aula focalizando-a na análise da imagem que engloba
o signo icônico retratado (as pinturas, as fotografias, os desenhos, as imagens de
esculturas, etc).
REFERÊNCIAS
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