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HABEAS CORPUS

Previsão legal: Art. 5º, LXVIII, da Constituição Federal e arts. 647 e seguintes do CPP.

Cabimento: Sempre que alguém sofrer ou se achar na iminência de sofrer coação ou


violência à liberdade de locomoção, em virtude de ilegalidade ou abuso de
poder.
No art. 648 do CPP, encontramos hipóteses de coação ilegal:
(a) quando não houver justa causa;
(b) quando alguém estiver preso por mais tempo do que determina a lei;
(c) quando quem ordenar a coação não tiver competência para fazê-lo;
(d) quando houver cessado o motivo que autorizou a coação;
(e) quando não se admitir fiança, nos casos em que a lei prevê;
(f ) quando o processo for manifestamente nulo;
(g) quando extinta a punibilidade.

Não cabe HC:


(a) contra prisão civil;
(b) durante o estado de sítio (art. 138, CF);
(c) contra prisão disciplinar militar (art. 142, § 2º,CF);
(d) contra omissão de relator de extradição, se fundado em fato ou direito
estrangeiro cuja prova não constava dos autos, nem foi ele provocado a
respeito (Súmula 692 do STF);
(e) contra decisão condenatória à pena de multa ou relacionada a processo
em trâmite por infração penal cuja pena pecuniária seja a única cominada
(Súmula 693 do STF);
(f ) contra a imposição da pena de exclusão de militar ou de perda de
patente ou de função pública (Súmula 694 do STF);
(g) quando extinta a pena privativa de liberdade (Súmula 695 do STF).

Importante: Importante observar a nomenclatura dada pela doutrina:


-Se o direito já foi violado, o HC é considerado “liberatório”.
-Se for o caso de ameaça de restrição, o HC é intitulado “preventivo”.
Contudo, em qualquer situação, o risco à liberdade de locomoção deve
existir, ainda que remoto – caso contrário, não será cabível o HC.
Como Por ser cabível sempre que houver risco ou efetiva lesão à liberdade de
identificá-lo: locomoção por ilegalidade ou abuso de poder, é impossível elaborar um
rol exaustivo de hipóteses em que o remédio constitucional é aplicável.
No entanto, para não errar na prova, considere-o como resposta em último
caso, aplicando-o de forma residual, quando não houver outra peça que
possa solucionar o problema trazido pela banca.
Vejamos o seguinte exemplo: no rito ordinário, o juiz recebe denúncia
com base em um fato que não constitui crime. Por não haver previsão de
peça específica para atacar o recebimento, o HC acaba sendo a única
opção (artigo 648, I, do CPP).
Prazo e forma: Enquanto perdurar o risco ou violação ao direito à liberdade de
locomoção.
Endereçamento: À autoridade imediatamente superior à autoridade coatora.
- Se a autoridade coatora for delegado de polícia, o HC deve ser
encaminhado ao juiz de 1ª instância.
- Se a autoridade coatora for membro do Ministério Público que atua na
primeira instância, o HC é dirigido ao Tribunal (Estadual ou Federal,
conforme o caso).
- Se a autoridade coatora for juiz de 1ª instância, a competência para
julgar o HC é do Tribunal (Estadual ou Federal, conforme o caso).
- Se a autoridade coatora for o Tribunal Estadual ou o Tribunal Regional
Federal, o HC será encaminhado ao STJ.
- Se o paciente for Governador de Estado ou Distrito Federal ou membro
do Tribunal de Justiça Estadual ou membro do Tribunal Regional Federal
ou membro do Tribunal Regional Eleitoral ou, ainda, membro do
Ministério Público da União, o HC deve ser impetrado no STJ.
- Se a autoridade coatora for o STJ (ou quando o paciente for membro do
STJ), a competência será do STF.
- Se a autoridade coatora for particular, o HC será julgado pelo juiz de 1ª
instância.
- Se a autoridade coatora for a Turma Recursal, o HC será encaminhado
ao TJ ou TRF (por entendimento do STF, embora não esteja revogada
expressamente a Súmula 690 do STF).

Legitimados: Qualquer pessoa pode impetrar HC (mesmo sem advogado).

Pedidos: De um modo geral, o pedido do HC deve ser a solicitação pelo juízo das
informações à autoridade coatora e a posterior concessão da ordem.
Entretanto, outros pedidos específicos irão variar conforme a situação:
a) Se o HC for impetrado por falta de justa causa, seja pela inexistência do
crime ou de culpabilidade, seja pela existência de escusa absolutória,
deve-se pedir o trancamento da ação ou do inquérito policial, conforme o
caso. Juntamente com esse pedido, pode-se requerer a revogação da prisão
com a expedição do alvará de soltura ou de contramandado de prisão.
b) Caso o paciente esteja preso por mais tempo do que a lei determina, o
pedido deve ser a liberdade do paciente com a expedição do alvará de
soltura.
c) Na hipótese do art. 548, VIII, do CPP (coação ordenada por autoridade
incompetente), pede-se a liberdade (ou a sua manutenção, se estiver solto)
com a expedição de alvará de soltura ou de contramandado de prisão.
d) Se já não houver o motivo que ensejou a coação, pede-se a liberdade do
paciente com a expedição do alvará de soltura ou do contramandado de
prisão, conforme o caso.
e) Se for negada a fiança, quando cabível, pede-se o seu arbitramento com
a expedição de alvará de soltura ou contramandado de prisão, se
pertinente for.
f ) Quando o processo for manifestamente nulo, pede-se a anulação da
ação, de acordo com o momento processual da nulidade (a partir do ato
viciado ou ab initio). Se a nulidade for somente da sentença, esse deve ser
o pedido. Juntamente com esse pedido, pode-se requerer a revogação da
prisão com a expedição do alvará de soltura ou de contramandado de
prisão.
g) Se houver extinção da punibilidade, pede-se a decretação da mesma. Se
houver necessidade, conforme o caso, cumulativamente com esse pedido,
pode-se requerer a revogação da prisão com a expedição do alvará de
soltura ou de contramandado de prisão.
h) No caso de HC preventivo, pede-se, além do pedido genérico, a
expedição de um salvo-conduto.
• Em qualquer caso de HC, há possibilidade de pedido liminar sempre que
houver a presença do fumus boni iuris e o periculum in mora.

Caso simulado: O paciente Instrônio foi preso em flagrante em 25 de maio de 2018, por
suposta prática de infração tipificada no art. 129, do Código Penal, que
diz respeito ao crime de lesão corporal leve. A prisão foi efetuada na
Boate Real, situada na Av. Mutirão, qd. 56, lt. 12 Setor Bueno. Dois
seguranças do local foram responsáveis pela prisão. Instrônio foi
conduzido, pelos dois seguranças, até a delegacia onde permanece preso.
Ao chegar na delegacia o paciente teve o auto de prisão em flagrante
lavrado pelo delegado de policia sem sequer ouvi-lo. Foram ouvidos os
dois seguranças, o que, para o delegado, foi o suficiente para prender
Instrônio. Destaca-se que o auto de prisão em flagrante deixou de ser
comunicado a autoridade competente, qual seja, o Juizado Especial
Criminal. Diante dos vícios que amoldam o presente flagrante, elabore a
defesa pertinente.

Resolução: Estrutura da petição-peça única

Endereçamento: Vara criminal da comarca da capital

Qualificação: qualifica-se o autor da peça (advogado), depois o paciente


depois a autoridade coatora.

Mérito:

I- ILEGALIDADE DA PRISÃO:

NÃO COMUNICAÇÃO DA PRISÃO A AUTORIDADE


COMPETENETE-O crime imutado ao paciente é de lesão corporal leve
está descrito no art. 129 do Código Penal, observa-se pela pena aplicada
se trata de um crime de menor potencial ofensivo pois a pena é inferior a
dois anos de acordo como o art. 61 da Lei 9099/1995. Assim, deve-se
aplica o art. 69 da Lei 9099/95 que diz que a autoridade policial que tomar
conhecimento da ocorrência lavrará termo circunstanciado e o
encaminhará imediatamente ao Juizado.

NÃO COMPARECIMENTO DA VÍTIMA-Conforme artigo 5º, §4º CPP,


o inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de representação,
não poderá sem ela ser iniciado. No presente caso o crime ora imputado
ao paciente possui natureza de ação condicionada a representação, e como
a vítima não foi encaminhada para a delegacia para ser ouvida, sendo que
o Delegado responsável colheu apenas o depoimento de testemunhas, fica
evidente que houver ilegalidade quanto a prisão do paciente, devendo essa
ser relaxada.
CONCESSÃO DO HC - É notório o constrangimento ilegal que o
paciente vem sofrendo visto a ilegalidades que incidem na sua prisão. Por
esse motivo com base no art. 5°, LXVIII, da CF/88, e artigo 647 CPP,
imperioso a concessão da ordem de HC, visto que a prisão nunca dever
ser colocada como regra, mas sim como exceção.

II- CONCESSÃO DA FIANÇA

Caso não seja acolhida a tese de nulidade da prisão em flagrante, impérios


a concessão da liberdade mediante fiança. Como visto anteriormente, o
crime imputado ao paciente é o de lesão corporal leve, considerado
infração de menor potencial ofensivo por conta da pena prevista, Sendo de
competência para julgamento o Juizado Especial Criminal rito que em regra
não admite a prisão em flagrante. Porém, quando esta ocorre, há a previsão
de que seja arbitrada fiança para a liberação daquele que sofreu a prisão e
não fora encaminhado ao Juizado. É o que se pode deduzir no art. 69,
parágrafo único, da Lei 9.099/95.

Nesses termos, uma vez que o paciente não foi conduzido ao Juizado
Especial Criminal, é direito seu que seja arbitrada fiança para que, finalmente,
seja posto em liberdade. Sendo recebido o auto de prisão em flagrante, cabe
citar, portanto, o art. 310, III, do Código de Processo Penal, que diz que ao
receber o auto de prisão em flagrante, o juiz deverá fundamentadamente
conceder liberdade provisória, com ou sem fiança. Verifica-se a possibilidade
de fiança no presente caso, uma vez aplicada ao caso a norma do artigo 322
CPP. Desta forma imperioso a concessão da liberdade provisória com ou sem
arbitramento de fiança no presente caso

PEDIDOS:

A Concessão da ordem de Habeas Corpus, determinando o relaxamento da


prisão.

Se Vossa Excelência não entender pela ilegalidade da prisão, que seja


decretada a liberdade provisória sem fiança; entendendo que é necessário o
pagamento da fiança para que seja concedida a liberdade provisória, que essa
seja arbitrada sendo, por conseguinte, expedido alvará de soltura.

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