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INDICE
1) Antecedentes e contexto .............................................................................................2
2) Objectivos propostos para a reforma...........................................................................3
3) Principais medidas que integram a reforma ................................................................5
♦ Medidas horizontais.............................................................................................5
Regime de pagamento único ................................................................................5
Opções nacionais................................................................................................10
Modulação do valor das ajudas directas .............................................................12
Disciplina financeira imposta às despesas........................................................133
Condicionalidades a que os pagamentos directos irão estar sujeitos .................13
Novo “sistema de aconselhamento agrícola” ....................................................144
Reforço e diversificação do 2º pilar da PAC (desenvolvimento rural) .................15
♦ Medidas sectoriais.............................................................................................17
4) Perspectivas futuras ..................................................................................................18
♦ Abandono da produção e do território – medidas para o evitar..........................18
♦ Reconversão dos sistemas de produção agrícola – medidas para o incentivar .19
♦ Criação de um novo mercado de explorações e direitos....................................19
REFORMA DA PAC (2003)
1) Antecedentes e contexto
A reforma da PAC de 2003 insere-se numa linha de continuidade com as anteriores
reformas de 1992 e de 2000, apresentando no entanto características fortemente
inovadoras.
A PAC e os seus mecanismos proteccionistas, foram revelando ao longo do tempo uma
série de problemas: elevados custos, impopularidade junto aos consumidores,
distorção na alocação de recursos, efeitos ambientais negativos, conflitos a nível dos
parceiros comerciais da Comunidade, …
Estes problemas, de ordem interna e externa, tornaram a necessidade de reforma da
PAC consensual. A reforma de 1992 iniciou o processo de substituição gradual das
políticas de preços e mercados, em que se baseava a PAC, para uma política de apoio
directo aos rendimentos dos agricultores. O balanço desta primeira grande reforma da
PAC foi globalmente positivo, a nível do reequilíbrio dos mercados e da conclusão de
acordos no âmbito do GATT. No entanto, face a novas exigências como o alargamento
da União a novos países e um contexto internacional cada vez mais competitivo, a
Comissão Europeia apresentou, em Julho de 1997, a chamada «Agenda 2000»,
definindo as prioridades políticas para o início do século XXI, entre as quais se conta
nova reforma da PAC, à luz da avaliação das experiências anteriores.
As novas propostas, aplicadas a partir da campanha de comercialização 2000/2001,
prosseguem na via escolhida em 1992, orientando cada vez mais a PAC para o
mercado. Para além de preços competitivos é necessário oferecer produtos de alta
qualidade, que respeitem as normas de segurança.
A possibilidade de introdução de novas alterações na PAC antes do fim da
implementação da reforma da Agenda 2000 (2000-2006) ficou expressamente prevista.
A Comissão optou por apresentar em 2002 propostas para uma nova reforma mais
substancial do que a anterior e visando substitui-la. Estas propostas justificavam-se
pela necessidade de preparar o sector agrícola para novos desafios:
o Orientar as decisões de produção dos agricultores em função do mercado e não
do tipo de subsídio existente
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o Aumentar a capacidade de resposta da PAC para fornecer serviços públicos à
sociedade, legitimando-a assim mais perante os cidadãos
o Facilitar as negociações multilaterais de comércio no âmbito da OMC
o Resolver problemas decorrentes do alargamento da UE
O compromisso final da reforma de 2003 representa uma inflexão na lógica da PAC,
tendo como principais pontos inovadores a dissociação das ajudas directas, a
modulação, uma nova disciplina financeira, o princípio da eco-condicionalidade e a
flexibilidade de aplicação ao nível de cada Estado Membro. A dissociação das ajudas e
a modulação são, sem dúvida, os dois eixos principais desta reforma.
Deve ser reconhecida a importância de algumas funções que podem também ser
desempenhadas pelos agricultores como a valorização e preservação dos recursos
naturais, paisagem e património rural, a segurança alimentar e outras funções não-
comercializáveis. Este reconhecimento legitima a transferência de rendimentos para os
agricultores, com o objectivo específico de remunerar essas funções. É no âmbito do
desenvolvimento rural que se encontram os principais instrumentos de apoio à
agricultura multifuncional, pretendendo-se o seu reforço financeiro.
A integração das componentes do ambiente, segurança alimentar e bem-estar animal
como condicionantes para os apoios financeiros permitirá ir ao encontro da opinião
pública europeia e das prioridades definidas para o sector.
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• Simplificar o sistema de ajudas directas
A simplificação visa essencialmente a redução da carga burocrática associada ao
controle das declarações de produção e das superfícies cultivadas dos agricultores.
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3) Principais medidas que integram a reforma
• Medidas horizontais
♦ Elegibilidade
Os agricultores têm acesso ao regime de pagamento único se:
a) Lhes tiver sido concedido um pagamento directo a título de pelo menos um dos
regimes atrás referidos, no período de referência
b) Tiverem recebido a exploração ou parte desta, por herança de um agricultor
elegível
c) Tiverem recebido direitos pela reserva nacional ou por transferência
No entanto, se os agricultores não se candidatarem ao regime de pagamento único
no primeiro ano de aplicação deste regime não lhes serão atribuídos quaisquer
direitos, para isso devem ter actividade agrícola nesse ano, sendo considerada
como actividade agrícola, para além da produção agrícola e pecuária, a
manutenção das terras em boas condições agrícolas e ambientais.
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♦ Montante de referência
O montante de referência é a média dos montantes totais dos pagamentos concedidos
a um agricultor a título dos regimes de apoio incluídos no pagamento único, no período
de referência. Os montantes considerados são os montantes calculados sem aplicação
de eventuais sanções do Sistema Integrado de Gestão e Controlo.
Sempre que um agricultor inicie a sua actividade agrícola durante o período de
referência a média será a dos pagamentos concedidos no ano ou anos em que exerceu
a actividade agrícola.
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Quando, no período de referência, um agricultor tenha estado sujeito à obrigação de
retirar da produção parte das terras da sua exploração, o agricultor recebe direitos por
retirada de terras. O número total desses direitos será igual ao número médio de
hectares sujeitos à retirada de terras obrigatória.
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Os agricultores podem utilizar as parcelas declaradas para qualquer actividade
agrícola, excepto para culturas permanentes e para a produção de frutas, hortícolas e
batatas (não destinadas ao fabrico de fécula). Esta restrição destina-se a evitar
distorções de concorrência com produtores destas culturas já estabelecidos.
A partir de 2006, os agricultores vão poder cultivar hortícolas e batatas durante 3
meses do ano, após 15 de Agosto.
Do mesmo modo para a activação de direitos por retirada de terras é necessário
declarar parcelas elegíveis para esse efeito, sendo que a definição de “hectare
elegível” para este efeito é a de superfície agrícola da exploração ocupada por terras
aráveis, com excepção das superfícies ocupadas por culturas permanentes ou
florestas, ou afectas a actividades não agrícolas ou a pastagens permanentes.
Os agricultores devem retirar da produção os hectares elegíveis para os direitos por
retirada de terras, com excepção das explorações em modo de produção biológico ou
para a produção de matérias-primas não-alimentares.
Os direitos à retirada de terras também podem ser transferidos para outro agricultor,
por venda, com ou sem terras. No entanto, a obrigação de retirada de terras continuará
a aplicar-se aos direitos à retirada de terras que sejam transferidos.
Os direitos por retirada de terras são reclamados antes de qualquer outro direito.
Estão a ser definidas questões particulares como:
- atribuição de direitos nos casos de compromissos agro-ambientais
- definição de “actividade agrícola”
- fixação de datas para efeitos de elegibilidade e tramitação processual
- elegibilidade de áreas sob coberto de arvóres
- situação das pastagens permanentes
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♦ Limite máximo nacional
A soma dos montantes de referência não pode exceder, em relação a cada Estado-
Membro, um limite máximo nacional cujo valor para Portugal será:
2005 e 2006: 452 milhões de euros
2007 e seguintes: 518 milhões de euros
Deste modo, Portugal procederá, sempre que necessário, a uma redução percentual
linear dos montantes de referência, que garanta o respeito por estes limites. O
montante de referência para Portugal não é, em princípio, restritivo para o pagamento
na íntegra do histórico de ajudas de cada agricultor.
♦ Reserva nacional
É estabelecida uma reserva nacional de direitos, a fim de atender a situações
específicas e de facilitar a participação de novos agricultores no regime. A reserva
nacional será inicialmente constituída por uma redução percentual dos montantes de
referência, não superior a 3% e incluirá ainda a diferença entre o limite máximo
nacional e a soma dos montantes de referência.
A reserva nacional será alimentada pela inclusão de todos os direitos que não forem
utilizados durante 3 anos seguidos e dos direitos resultantes de eventuais penalizações
sobre transferências sem terra.
Os direitos por retirada de terras ao reverterem para a reserva nacional passam a ser
direitos iguais aos outros, uma vez que o que entra na reserva são montantes.
A reserva nacional pode ser utilizada para conceder montantes de referência a:
− Agricultores que iniciem a sua actividade depois de 31/12/2002 ou em 2002
mas sem receberem nesse ano qualquer pagamento directo
− Agricultores que se encontrem numa situação especial (a definir). Podem ser
enquadrados alguns tipos de investimentos, reconversão da produção e
programas de reestruturação.
− Agricultores em zonas sujeitas a programas de reestruturação e/ou
desenvolvimento relacionados com intervenções públicas
Serão definidos critérios de acesso à reserva e de atribuição de montantes.
Se a reserva nacional não for suficiente para cobrir os dois primeiros casos, o Estado
Membro deverá proceder a novas reduções lineares dos direitos.
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A redução aplicada no primeiro ano será de igual forma aplicada aos sectores que
forem mais tarde incluídos no pagamento único, como o azeite em 2006 e o leite em
2007.
Os direitos estabelecidos por utilização da reserva nacional não podem ser transferidos
durante um período de 5 anos a contar da sua atribuição. Se não forem utilizados em
todos os anos desse período reverterão de novo para a reserva nacional. Estão ainda
sujeitos à completa utilização durante 5 anos todos os direitos que forem estabelecidos
como de início de actividade durante o período de referência.
♦ Transferência de direitos
Os direitos podem ser transferidos por venda ou por qualquer outra transferência
definitiva, com ou sem terras, para outro agricultor do mesmo Estado-Membro. O
arrendamento ou a cedência de direitos só é permitida se os direitos transferidos forem
acompanhados da transferência de um número equivalente de hectares elegíveis.
A transferência sem terras só é permitida se o agricultor tiver utilizado pelo menos 80%
dos seus direitos durante o mínimo de um ano ou se tiver cedido à reserva nacional os
direitos não utilizados no primeiro ano de aplicação do regime.
Opções nacionais
− Implementação regional
Os Estados-Membros podem decidir, até 1/8/2004, aplicar o regime de pagamento
único a nível regional. Optando pela implementação regional o limite máximo nacional
será subdividido pelas regiões e os limites máximos regionais ou parte destes podem
ser repartidos por todos os agricultores da região, incluindo os que não preencham os
critérios de elegibilidade. Esta opção permite ainda que as terras declaradas sejam
utilizadas na produção de hortícolas e de batatas e que os valores unitários dos direitos
sejam diferenciados para terras ocupadas com prados ou pastagens permanentes
aquando do pedido de ajuda para 2003.
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Portugal optou pela não adopção deste modelo regional, preferindo implementar o
regime de pagamento único segundo um modelo de histórico individual.
− Implementação parcial
Os Estados-Membros podem decidir, até 1/8/2004, aplicar o regime de pagamento
único de forma parcial, mantendo parte das ajudas ligadas à produção. Nesse caso a
componente do montante de referência resultante de cada um dos pagamentos
directos é reduzida numa certa percentagem e o Estado-Membro efectua pagamentos
complementares por hectare ou por animal.
Culturas arvenses – Retenção até 25% dos pagamentos por superfície para as culturas
arvenses, com excepção dos pagamentos pela retirada de terras obrigatória ou
retenção até 40% do pagamento do complemento para o trigo duro.
Ovinos e caprinos – Retenção até 50% dos pagamentos para os ovinos e caprinos
(prémio base e prémio suplementar para as regiões desfavorecidas)
Carne de bovino – 1) Retenção até 100% do prémio ao abate para os vitelos
2) a) Retenção até 100% do prémio por vaca em aleitamento e
respectivo prémio nacional suplementar e retenção até 40% do prémio ao
abate para os bovinos que não os vitelos
ou
b) Retenção até 100% do prémio ao abate para os bovinos que não os
vitelos ou retenção até 75% do prémio especial por bovino macho
O arroz e a retirada de terras obrigatória não têm opção de implementação parcial.
Portugal optou pelo desligamento total nas culturas arvenses, pela retenção máxima
nos ovinos e caprinos (fica desligado o envelope nacional) e pelas opções 1) e 2)a)
com retenção máxima na carne de bovino. No sector da carne de bovino ficam portanto
desligados o prémio especial para bovinos machos, o pagamento por extensificação e
os pagamentos complementares.
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Em Portugal irá proceder-se a uma pequena retenção nos sectores das arvenses,
arroz, bovinos e ovinos e caprinos para apoio à agricultura biológica (1%), em
articulação com o PNDAB.
− Período transitório
Os Estados-Membros podem decidir, até 1/8/2004, aplicar o regime de pagamento
único nos anos civis de 2005, ou 2006 ou 2007.
Portugal optou por aplicar o regime no ano civil de 2005
− Outras opções
Os Estados-Membros podem decidir que os direitos só possam ser transferidos ou
utilizados dentro de uma mesma região. Em Portugal deverá ser tomada uma decisão
quanto ao estabelecimento de zonas de rendimento homogéneo, para eventual
limitação à utilização de direitos e transferências.
Os Estados-Membros podem decidir que em caso de venda de direitos, com ou sem
terras, uma parte desses direitos reverta para a reserva nacional ou que o seu valor
unitário seja reduzido a favor dessa reserva.
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que possam ser imputáveis aos agricultores. Estas condições devem ser asseguradas
por todos os agricultores, incluindo os que optarem por não produzir.
Se os controlos relativos à condicionalidade não puderem ser concluídos antes do
pagamento, quaisquer pagamentos indevidos serão recuperados.
Os Estados-Membros devem assegurar também que seja mantida a relação entre as
terras ocupadas com pastagens permanentes e a totalidade da superfície agrícola, não
podendo esta relação diminuir em mais de 10% relativamente à relação de referência
para 2003. Caso se verifique que a relação está a diminuir, o Estado-Membro
determinará a obrigação dos agricultores não reafectarem a outras utilizações terras
ocupadas com pastagens permanentes e poderá ainda determinar a obrigação dos
agricultores de reconverter terras em pastagens permanentes.
Os montantes resultantes da aplicação da condicionalidade são creditados ao FEOGA,
secção “Garantia”, podendo os Estados-Membros reter 25% desses montantes.
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Reforço e diversificação do 2º pilar da PAC (desenvolvimento rural)
Haverá um aumento significativo dos fundos da União Europeia disponíveis para o
desenvolvimento rural, bem como a introdução de novas medidas. Os Estados-
Membros deverão decidir da integração dessas medidas nos seus programas de
desenvolvimento rural. O aumento de fundos é obtido por transferência das ajudas do
1º pilar (ajudas directas) para as ajudas ao investimento e agroambientais. Houve no
entanto uma redução substancial das transferências inicialmente previstas pelo que o
desejado reequilíbrio entre o 1º e o 2º pilar da PAC não foi ainda atingido.
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− Cobertura dos custos dos agricultores no domínio do bem-estar animal
É concedido um apoio aos agricultores que assumam compromissos, durante pelo
menos 5 anos, relativos à melhoria do bem-estar dos seus animais que
transcendam as boas práticas pecuárias. O montante máximo elegível é de 500
euros/CN.
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• Medidas sectoriais
Cereais Majorações mensais para o preço de intervenção Mantiveram-se mas são reduzidas em 50%
Intervenção para o centeio ao nível geral dos Abolição da intervenção para o centeio
cereais
Proteaginosas Ajuda complementar específica de 9,5 €/t x Complemento único de 55,57 €/ha
produtividade de referência
Arroz Preço de intervenção: 298,35 €/t Preço de intervenção:150 €/t
Ajuda directa de 52,65 €/t x produtividade de Pagamento complementar de 177 €/t. Deste
referência valor, 102 €/t serão integrados no regime do
pagamento único. Os restantes 75 €/t serão
atribuídos sob a forma de uma ajuda
específica à produção.
Com a nossa produtividade média nacional
atribuída (6,05 t/ha), o montante da ajuda a
atribuir aos produtores de arroz, na próxima
campanha é de 1070,85 €/ha.
Superfície de base nacional: 34 000 ha Superfície de base nacional: 24 667 ha
Leite Regime de quotas em vigor até 2008 Manutenção do regime de quotas até
Agenda 2000 (a partir de 2005/2006) 2014/2015
Redução dos preços de intervenção de 15% em Antecipação em um ano da Agenda 2000
3 anos Reduções assimétricas dos preços: 15% em
3 anos para o leite em pó desnatado e 25%
em 4 anos para a manteiga (redução
Aumento global da quota de 2,39% adicional de 10% face à Agenda 2000)
Aumento da quota nacional em 1,5% em 3
Prémio às vacas leiteiras passando de 5,75 €/t anos a partir de 2006/07
de quota para 17,24 €/t em 3 anos + pagamento Prémio aos produtos lácteos + pagamento
complementar por t de quota ou por ha de complementar no total de:
pastagem permanente 2004 : 11,81 €/t
2005: 23,65 €/t
2006: 35,5 €/t
Ajuda dissociada para o leite só a partir de
2007, com base na quota detida a 31/3/2007
Frutos de Medidas específicas revogadas em 1996, mas Ajuda comunitária de base de 120,75 €/ha,
casca rija possibilidade de acabar os projectos existentes atribuído a uma superfície máxima garantida
(10 anos) nacional de 41 300 ha. Os Estados-
Membros podem completar este pagamento
com uma ajuda nacional de montante igual.
Carne de Limite máximo nacional para o nº de prémios Nº de prémios para vacas em aleitamento
bovino para vacas em aleitamento – 277539 + 48 000 para Portugal será aumentado para 445 000
Azeite Ajuda à produção de 132,25 euro/100 Kg de Nas explorações de superfície inferior a 0,3
azeite efectivamente laborado em lagar ha os pagamentos são totalmente
reconhecido dissociados a partir de 2006
Nas restantes 60% dos pagamentos são
convertidos em direitos no âmbito do regime
do pagamento único. Os E.M. podem reter
40% para pagamentos suplementares
Retenção de 1,4% da ajuda para acções Os E.M. podem dedicar 10% das QMN a
destinadas a melhorar a qualidade do azeite medidas de qualidade
Culturas Ajuda anual de 45 euros/ha para superfícies
energéticas destinadas a biocombustíveis e produção de
energia eléctrica e térmica a partir de
biomassa
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4) Perspectivas futuras
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• Reconversão dos sistemas de produção agrícola – medidas para o
incentivar
É dada aos agricultores a possibilidade de reconverterem as suas explorações para
esquemas de produção mais adequados à sua estrutura e condições edafo-climáticas,
tendo assegurada uma estabilidade de rendimentos no horizonte temporal abrangido
(2004-2013). As decisões de produção poderão passar a ser feitas em função da
remuneração do mercado, melhorando assim a racionalidade económica das
explorações. No entanto, foram introduzidas restrições à liberdade de produzir, nalguns
sectores, para evitar distorções de concorrência entre produções e produtores, pelo
que este tipo de reconversão pode ser dificultado.
A reconversão pode ser feita no sentido de passar a praticar actividades socialmente
sustentáveis ou seja a produção de produtos com uma função específica bem
determinada, como segurança alimentar ou segurança energética, e que originam
transferências de rendimento no contexto das novas medidas de política agrícola.
Estas produções podem, no entanto, sofrer a concorrência da importação de bens
alimentares não sujeitos a regras idênticas.
O incentivo a sistemas agrícolas específicos, importantes para a preservação do
ambiente e da qualidade dos produtos pode ser facilitado pela possibilidade dos
Estados-Membros reservarem até 10% das ajudas para esse efeito.
Os direitos passam a constituir um novo bem, que pode ser transaccionado. O seu
valor irá depender da perspectiva de duração do rendimento associado. Este novo
mercado que resulta do processo de desligamento poderá ter maior ou menor
mobilidade, consoante a forma como for regulamentado. Dependendo desta mobilidade
a reconversão para sistemas de produção economicamente mais eficientes poderá ser
mais ou menos facilitada.
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