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UNIVERSIDADE INDEPENDENTE DE ANGOLA ( UnIA)

FACULDADE DE CIÊNCIAS DA ENGENHÁRIA E TECNOLÓGIAS

SIMULAÇÃO DO CONTROLE DA TENSÃO NUM NÓ DE UMA REDE


ELÉCTRICA

NILTON ANTÓNIO FERREIRA JOÃO Nº141430

Dezembro, 2018

Relatório curricular da disciplina de Projecto e


Dissertação, da licenciatura em Engenharia
Electrotécnica e Telecomunicações, realizado
no Departamento de Engenharia.
UNIVERSIDADE INDEPENDENTE DE ANGOLA ( UnIA)

FACULDADE DE CIÊNCIAS DA ENGENHÁRIA E TECNOLÓGIAS

SIMULAÇÃO DO CONTROLE DA TENSÃO NUM NÓ DE UMA REDE


ELÉCTRICA

NILTON ANTÓNIO FERREIRA JOÃO Nº141430

Dezembro, 2018

O Orientador: Professor,Engº. Francisco Maturell Nápoles


DEDICATÓRIA

Este trabalho é dedicado ao meu pai: António Francísco João, minha mãe:
Sebastiana Ferreira Ambrósio e a minha Tia: Madalena Francísco que durante
toda minha trajectória deram-me todo suporte que precisei para estudar e
sempre acreditaram no meu potencial.
AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradeço a Deus pelo dom da vida, pela oportunidade de cada


dia viver uma experiência diferente e aprender com ela.

Agradeço a minha mãe por todo o apoio e paciência durante todo o período da
faculdade e por nunca desistirem de mim como ser humano.

Ao professor Francisco Maturell Nápoles pela orientação, disponibilidade, apoio


e paciência tornando possível a realização desse trabalho.
Sumário

RESUMO ..................................................................................................................................... 7
ABSTRACT ................................................................................................................................. 8
1.1. OBJECTIVOS .................................................................................................................. 9
1.1.1.Objectivo geral .......................................................................................................... 9
1.1.2.Objectivos específicos ............................................................................................. 9
1.2.ABORDAGEM AOS PARÂMETROS DE LINHAS DE TRANSMISSÃO ............... 10
1.2.1.Introdução ................................................................................................................ 10
1.2.2. Condutores Utilizados em Sistemas de Potencia............................................. 10
1.2.3.Perdas de tensão.................................................................................................... 10
1.2.4.Parâmetros eléctricos de linha de transmissão ................................................. 10
2. COMPENSAÇÃO DE POTÊNCIA REACTIVA EM LINHAS DE TRANSMISSÃO .... 14
2.1. INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 14
2.2. NECESSIDADE DE UTILIZAÇÃO DE REGULADORES DE TENSÃO NA REDE
DE TRANSMISSÃO E DISTRIBUIÇÃO. ........................................................................... 14
2.2.1. Conceito .................................................................................................................. 14
3.2.2. Necessidade do controle de tensão/ potência reactiva ................................... 14
2.2.3. Elementos que produzem ou consomem potência reactiva ........................... 20
2.2.4. Classificação das variações de tensão .............................................................. 21
2.2.5. Formas de regular as variações lentas de tensão ........................................... 21
2.2.7. Formas de actuação dos meios de regulação de tensão ............................... 22
2.3. METODOS DE CONTROLE DE TENSÃO/ COMPENSAÇÃO DA POTÊNCIA
REACTIVA ............................................................................................................................. 22
2.3.1. Compensação shunt (paralela) ........................................................................... 23
2.3.3. SISTEMAS FLEXÍVEIS DE TRANSMISSÃO EM CORRENTE ALTERNADA
(FACTS) ............................................................................................................................. 26
4. PROJECÇÃO E SIMULAÇÃO DE UM REGULADOR DE TENSÃO POR
COMUTAÇÃO DE INDUTÂNCIA E CAPACITOR............................................................... 35
4.1. INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 35
4.2. CONTADOR BINÁRIO ........................................................................................................ 35
4.2.2. Circuito Integrado utilizado: 74ls191 .................................................................. 38
4.3. CONVERSORES DIGITAIS-ANALÓGICOS (DAC) ................................................ 40
4.3.1 – TIPOS BÁSICOS DE CONVERSORES D/A .................................................. 42
4.3.2. CONVERSOR DE DIGITAL PARA ANALÓGICO EM ESCADA R-2R ......... 42
4.4. ESPECIFICAÇÃO DO PROJECTO ........................................................................... 46
4.4.3. Variação de inicio e fim de contagem ................................................................ 48
4.4.5. Extensão da capacidade de um contador ......................................................... 48
4.5. CONTROLO DA TENSÃO DA LINHA POR COMUTAÇÃO DE INDUCTORES E
CAPACITORES .................................................................................................................... 49
4.5.1. Vantagens e desvantagens ................................................................................. 51
4.5.2. Derivação para comutação de indutores ........................................................... 51
4.5.4. Simulação da derivação para comutar inductores ........................................... 55
4.5.5. Simulação da derivação para comutar capacitores ......................................... 56
4.6. SIMULAÇÃO DO COMPORTAMENTO DE UMA LINHA DE TRANSMISSÃO
FRENTE A VARIAÇÕES DE CARGA ............................................................................... 57
4.6.1. Dimensionamento (projecto). .............................................................................. 57
4.7. SIMULAÇÃO DO COMPORTAMENTO DA LINHA DE TRANSMISSÃO COM
CONTROLO DE INDUCTÂNCIA. ...................................................................................... 59
4.8. SIMULAÇÃO DO COMPORTAMENTO DA LINHA DE TRANSMISSÃO COM
CONTROLO DE CAPACITORES. ..................................................................................... 62
4.9. SIMULAÇÃO DO COMPORTAMENTO DA LINHA DE TRANSMISSÃO COM
CONTROLO INDUCTORES E CAPACITORES ............................................................. 64
5. CONCLUSÃO ....................................................................................................................... 68
Recomendações para trabalhos futuros ........................................................................... 68
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................................... 69
RESUMO

O presente trabalho tem por objectivo realizar o controle da tensão em um


ponto ou nó de uma rede eléctrica, utilizando o método de controlo/regulação
de tensão apropriado, capacitores e inductores, tal controle será simulado em
programas de simulação de circuitos eletrônicos de potência nomeadamente o
Electronicks Workbenck (EWB) e o NI Multissim, tal simulação será precedida
pelo dimensionamento dos parametros eléctricos da linha para a compensação
da potência reactiva ou controle de tensão. Após a simulação irá ser feita uma
analise qualitativa da eficiência dos métodos de controle de tensão.

Palavra-Chave: Controlo de tensão, compensação da potência reactiva,


simulação.
ABSTRACT

The aim of the present work is to control the voltage at a point or node of an
electric grid, using the appropriate control / voltage regulation method,
capacitors and inductors, such control will be simulated in programs of
simulation of electronic circuits of power namely the Electronicks Workbenck
(EWB) and NI Multissim, such simulation will be preceded by the dimensioning
of the electrical parameters of the line for reactive power compensation or
voltage control. After the simulation, a qualitative analysis of the efficiency of the
voltage control methods will be done.

Key words: Voltage control, reactive power compensation, simulation.


1. INTRODUÇÃO

Um sistema eléctrico de potência bem projectado deve ser capaz de fornecer


um serviço confiável e de qualidade. Entre os aspectos que caracterizam uma
boa qualidade de serviço estão, a adequada regulação de tensão bem como a
frequência. O controle da tensão tem como objectivo manter os níveis de
tensão dentro de limites razoáveis. O problema no entanto é diferente,
dependendo se é uma rede de transmissão ou distribuição.

Em uma rede de transmissão pode-se admitir variações de tensão superiores


em relação a uma rede de distribuição, já que não existem dispositivos de
utilização directamente conectados a ela. Portanto, dentro de certas limitações,
não há grandes inconvenientes caso a tensão em um determinado ponto da
rede de transmissão varie dentro de limites relativamente amplos, em torno de
um valor que pode ser diferente do nominal.

Nas redes de distribuição, as variações de tensão são limitadas pelas


características dos consumidores. Estas só funcionam adequadamente com
tensões próximas do nominal e permitem variações lentas que não excedam ±
5% nas aplicações térmicas (fogões, lâmpadas, aquecedores) e ± 8% no caso
de motores, máquinas de lavar roupa, receptores de rádio e televisão, etc.

1.1. OBJECTIVOS

1.1.1.Objectivo geral
“Projectar e simular um regulador de tensão aplicado em um nó de uma rede
eléctrica, empregando rede de comutação de indutores e capacitores”

1.1.2.Objectivos específicos
 Abordar a necessidade da instalação dos reguladores de tensão nas
redes de transmissão e distribuição.

 Compreender os métodos de controle da tensão em um sistema.

 Simular o comportamento de uma linha de transmissão frente a


variações de carga.

 Simular o comportamento de uma linha de transmissão com controle de


inductância e com controle de capacitores

 Analisar os qualitativa dos resultados experimentais da simulação do


controle da tensão.
1.2.ABORDAGEM AOS PARÂMETROS DE LINHAS DE TRANSMISSÃO

1.2.1. Introdução

Linha de transmissão é um circuito elétrico que interliga diferentes tipos de


subestações (elevadora, abaixadora, de transmissão), cujo objetivo é o
transporte da energia elétrica.

Para se caracterizar esse transporte de energia elétrica como linha de


transmissão, a tensão da linha deve ser superior a 138kV. Abaixo desses
valores, temos linhas de subtransmissão e distribuição.

O projecto de uma linha de transmissão envolve cálculos electricos e


mecânicos, pois o bom dimensionamento eléctrico esta intimamente ligado a
fatores mecânicos, como por exemplo o dimensionamento das estruturas
capazes de suportar o peso dos cabos, rajadas de ventos e outras ocorrências
como rompimento de cabos, etc.

A elevação da tensão necessita de maior altura dos condutores em relação ao


solo, assim como de um maior distanciamento entre fases, o que implica
maiores estruturas de sustentação, frequentemente metálicas, conhecidas
como torres de linhas de transmissão.

1.2.2. Condutores Utilizados em Sistemas de Potencia

1.2.3.Perdas de tensão

1.2.4.Parâmetros eléctricos de linha de transmissão

Os principais parâmetros de uma linha de transmissão são Resistência,


Capacitância, Indutância e Condutância da linha por unidade de comprimento.

Todo meio de transmissão metálico a dois condutores pode ser representado


pelo seguinte modelo elétrico:
Figura x: Linha de transmissão e seus parâmetros.

Fonte: Próprio autor

onde:

R – resistência elétrica, dada em Ω/ unidade métrica;

L – indutância, dada em mH/unidade métrica;

C – capacitância, dada em µF/unidade métrica;

G – condutância, dada em S/unidade métrica.

Esses elementos elétricos são considerados os parâmetros primários de um


meio de transmissão e estão relacionadas com:

a) Resistência

Resistência elétrica do material condutor. No caso dos meios de transmissão


os condutores são projetados para apresentar resistência o mais baixo
possível.

Para condutores operando em corrente contínua (CC) a corrente circula em


todo seção do mesmo, sendo a resistência do condutor dada por :

𝜌𝐿
𝑅𝑐𝑐 =
𝐴
onde:

ρ = resistividade do material;

L = comprimento do condutor;

A = área da seção transversal.

No caso de sinais em corrente alternada (CA) a corrente não se distribui


igualmente através da seção reta do condutor, mas concentra-se próximo a
superfície externa do condutor a medida que a frequência aumenta.
Este efeito é conhecido como EFEITO PELICULAR (efeito skin). Sua
consequência é um aumento da resistência elétrica do condutor a medida que
a frequência aumenta.

Para corrente alternada a resistência é dada por:

𝑅𝑓 = 𝑅𝑐𝑐 (0,0038𝐷√𝑓 + 0,26)

onde:

𝑅𝑓 = resistência em corrente alternada;

𝑅𝑐𝑐 = resistência em CC;

𝐷 = diâmetro do condutor;

Equação válida para 𝐷√𝑓 > 40

A resistência é dada em Ω/Km ou Ω/m.

b) Capacitância

A capacitância surge da existência de cargas eléctricas diferentes nos dois


condutores, o que provoca um campo eléctrico entre ambos. O campo eléctrico
armazena energia potencial eléctrica que resulta no efeito capacitivo
demonstrado pelas linhas de transmissão.

A capacitância de um meio depende dos seguintes parâmetros:

D - diâmetro dos condutores, aumentando quando este aumenta;

d - distância entre condutores, aumentando quando a distância diminui;

dielétrico - material isolante entre os condutores, aumentando quanto melhor é


o dielétrico;

L - comprimento dos condutores, aumentando quando este aumenta;


Figura x: Campo Elétrico entre dois condutores

A capacitância é normalmente dada em F/Km ou F/m.

c) Indutância

A indutância surge devido a corrente que cria ao redor dos condutores campos
magnéticos que armazenam energia potencial magnética.

A indutância da linha depende da distância entre condutores e da presença ou


não de materiais ferromagnéticos próximos. A indutância aumenta com a
diminuição do espaçamento entre os condutores e com a presença de
materiais ferromagnéticos e diminui com o aumento do diâmetro dos fios.

A indutância é normalmente dada em mH/Km ou mH/m.

d) Condutância

A condutância é uma grandeza que expressa as perdas que ocorrem no


dielétrico entre os condutores e pode ser dividida em duas partes:

G=G1+G2

onde:

G1 - inverso da resistência de isolamento entre os condutores;

G2 - relacionado as perdas em CA.

Seu valor quase sempre é desprezível nos meios de transmissão utilizados em


telecomunicações, pois os dielétricos utilizados quase não permitem a fuga de
corrente entre os condutores.

A condutância normalmente é dada em S/Km ou S/m


2. COMPENSAÇÃO DE POTÊNCIA REACTIVA EM LINHAS DE
TRANSMISSÃO

2.1. INTRODUÇÃO

A compensação de potência reativa (VAR) é definida como o gerenciamento de


potência reactiva para melhorar o desempenho de sistemas de corrente
alternada.

2.2. NECESSIDADE DE UTILIZAÇÃO DE REGULADORES DE TENSÃO NA


REDE DE TRANSMISSÃO E DISTRIBUIÇÃO.

2.2.1. Conceito
Reguladores de tensão são equipamentos ou dispositivos eléctricos que
fornecem uma tensão estável para atender requisitos de carga e valores
previamente compreendidos, corrigindo as variações da linha de energia.

Também podem ser descritos como dispositivos de compensação que são


usualmente empregados para fornecer ou absorver potência reactiva e, assim,
controlar o equilíbrio da potência reactiva de uma maneira desejada que esteja
relacionada com a queda de tensão e seus valores. [1]

3.2.2. Necessidade do controle de tensão/ potência reactiva


O controle de tensão nos nós de uma rede eléctrica é necessário por várias
razões:

1º. A tensão nos nós deve permanecer dentro de limites aceitáveis. Tanto o
equipamento das instalações eléctricas quanto os dos consumidores são
projectados para trabalhar dentro de uma certa faixa de tensão, de modo que a
operação deles fora desta faixa pode afectar sua operação ou os danificar.

2º Um bom nível de tensão melhora a estabilidade do sistema (rede).

3º A distribuição de tensão inadequada resulta em fluxos de potência reactiva


que por sua vez, causam perdas nas linhas devido ao efeito Joule.

Ao longo do dia, as cargas em um sistema eléctrico variam e, com elas, a


demanda reactiva, de modo que o sistema de controle deve operar de forma
contínua de modo a corrigir os desvios de tensão. Além disso, e na medida
tanto quanto possível, a potência reactiva deve ser produzida onde for
necessária, a fim de reduzir gradientes de tensão e perdas do sistema. Nesse
sentido, o controle de tensão é um controle essencialmente local, ao contrário
do controle de frequência.

Em geral, pode-se afirmar que a potência reactiva circula dos nós com maior
tensão para os nós com menor tensão, considerando ambas as tensões por
unidade. Da mesma forma, pode afirmar-se que para aumentar a tensão em
um nó deve ser injectada potência reativa, e para diminuir sua tensão temos
que absorver potência reactiva, ou em outras palavras, injectar potência
reactiva negativa. É por isso que é muito comum usar as expressões "controle
de tensão" e "controle de reactivo". [2]

 Característica do sistema de potência

Para analizar o comportamento da tensão nominal num nó do sistema de


potência substituimos o sistema por um circuito equivalente de Thevenin,
conforme a figura abaixo.

Figura 3.1:

Fonte:

Diagrama fasorial para carga inductiva variavel


Figura 3.2: Diagrama fasorial para carga inductiva variavel

Fonte:

Aumentando-se a carga inductiva a tensão nominal diminui (a carga absorve


potência reactiva)

Demonstração:

𝑈 = 𝐸𝑡ℎ − 𝐼𝑠 𝑗𝑋𝑡ℎ ;
(3.1)
Eth 𝐸
Is = jXt
; 𝐼𝑠 = −𝑗 ( 𝑋𝑡ℎ )
𝑡
(3.2)
𝐸𝑡ℎ
𝑈 = 𝐸𝑡ℎ − (−𝑗 ) × (𝑗𝑋𝑡ℎ ); (3.3)
𝑋𝑡

Para carga inductiva, o modelo matemático da tensão nominal será:


𝐸𝑡ℎ
𝑈 = 𝐸𝑡ℎ − × 𝑋𝑡ℎ
𝑋𝑡
(3.4)

Onde:

𝑈: Tensão nominal

𝐸𝑡ℎ : Tensão de Thevenim

𝐼𝑆 : Corrente nominal

𝑋𝑡ℎ : Reactancia do sistema

𝑋𝑡 :

Diagrama fasorial para carga capacitiva variavel


Figura 3. 3: Diagrama fasorial para carga capacitiva variavel

Fonte:

Aumentando-se a carga capacitiva a tensão nominal aumenta (a carga produz


ou gera potência reactiva)

Demonstração:

U = Eth − Is jXth (3.5)

E th Eth
Is = −jX =j (3.6)
t Xt

Eth
U = Eth − (j ) × (jXth ) (3.7)
Xt

Eth
U = Eth + × Xth (3.8)
Xt

Característiva V/I

Figura 3.4: Característiva V/I

Fonte:
Efeito de variar a fonte de tensão Eth.

Figura 3.5: Efeito de variar a fonte de tensão Eth.

Fonte:

Efeito de variar a reactância do sistema Xth

Figura 2.6: Efeito de variar a reactância do sistema Xth

Fonte:

Para obter a caracteristica com pendente positiva há que utilizar métodos que
contribuem a diminuir a reactância Xth que é predominantemente ”inductiva”.

Um dos quais é a utilização de um reactor especial que combina uma


reactância capacitiva com um reactor controlado, este dispositivo denota-se por
SVS. O SVS é a junção de uma reactância com um reactor controlado.
Figura 3.7:

Fonte:

Controlo da potência reactiva na distribuição

1.Carga resistiva

Figura 3.8:

Fonte:

2.Carga RL
Figura 3.9:

Fonte:

3.Comparação da 𝑬𝒓

Figura 2.10:

Fonte:

2.2.3. Elementos que produzem ou consomem potência reactiva

Geradores síncronos: Podem gerar ou consumir potência reactiva


dependendo de sua excitação. Esta capacidade é limitada pelas margens de
operação da máquina, fundamentalmente a corrente máxima no enrolamento
de campo e a corrente máxima no enrolamento induzido. Normalmente, os
geradores síncronos são equipados com reguladores automáticos que
controlam continuamente a tensão no ponto de conexão.

Linhas aéreas: Dependendo da carga, elas absorvem ou geram potência


reactiva. Em geral, quando são carregadas absorvem reactivos e quando são
descarregadas elas geram.

Cabos subterrâneos: Devido a sua alta capacidade distribuída, eles geram


potência reactiva.

Transformadores: Consomem sempre potência reactiva. Quando estão


descarregados, eles o fazem pela reactância de magnetização, e quando estão
carregados pela reactância em série.
Cargas: Normalmente absorvem potência reactiva, embora dependa da
natureza da carga: as lâmpadas incandescentes e os sistemas de aquecimento
são resistivos, enquanto os motores de indução e as lâmpadas fluorescentes
são inductivos. As empresas de electricidade penalizam economicamente
cargas inductivas, para que os clientes industriais tendam a compensar seu
consumo de energia reactiva através da instalação de banco de capacitores.

Dispositivos de compensação: Geram ou consomem energia eléctrica para


contribuir para o controle da tensão. [2]

2.2.4. Classificação das variações de tensão

De acordo com suas características, as variações de tensão, podem-se


classificar em: [2],[3]

 Variações lentas: são aquelas variações previsíveis (periódicas),


originadas pelas mudanças periódicas do nível de consumo de energia
eléctrica que apresentam máximos em determinados momentos do dia e
mínimos em outros; tais variações são aleatórias, devido a conexões e
desconexões de consumo de energia eléctrica, que podem ocorrer a qualquer
momento.

 Variações abruptas: são regulares e aleatórias, devido a "choques de


corrente" causados pela operação intermitente de equipamentos como
refrigeradores, elevadores, máquinas de solda, etc.

 Quedas de tensão: são de duração curta (de frações de segundos a


alguns segundos) e amplitudes muito variáveis (até 100% da tensão). Seu
efeito é quase equivalente ao de uma interrupção de serviço.

2.2.5. Formas de regular as variações lentas de tensão

A regulação lenta de tensão tem a finalidade de manter o módulo da tensão em


todo o sistema no melhor valor possível. Os métodos mais utilizados são:

 Injeção (absorção) de potência reactiva: permite modificar a potência


reactiva circulante no sistema, que é uma importante causa de variação de
tensão. Isto é realizado com o uso de capacitores estáticos, compensadores
síncronos, reatores e geradores de usinas.

 Inserção de uma tensão adicional em série: permite compensar a


queda que se deseja regular. Isto é realizado, por exemplo, com
transformadores (ou autotransformadores) com derivações, operáveis em vasio
(mais barato) ou sob carga, que permitem variar descontinuamente a relação
de transformação.

 Modificação da reactância: para manter a queda longitudinal ZI


constante. Isto é realizado, por exemplo, usando capacitores em série,
colocando linhas em paralelo ou diminuindo o comprimento das linhas,
aproximando os transformadores de distribuição do consumo. [5][

2.2.7. Formas de actuação dos meios de regulação de tensão

 Regulação contínua: reguladores de indução e compensadores


síncronos.

 Regulação quase contínua: mudança de derivação sob carga dos


transformadores.

 Regulação intermitente: capacitores estáticos.

 Regulação fixa: capacitores série e transformadores de tap em vasio.

2.3. METODOS DE CONTROLE DE TENSÃO/ COMPENSAÇÃO DA


POTÊNCIA REACTIVA

Os sistemas de transmissão e de distribuição de energia elétrica, bem como a


maioria das cargas das unidades consumidoras, como motores, lâmpadas de
descarga, fornos de indução, etc. consomem energia reactiva.

Nos sistemas elétricos de transmissão e de distribuição, o controle de reactivo,


em geral, é feito com a ajuda de dispositivos conectados em paralelo e que
tenham a característica de gerar e/ou absorver reactivos.

Existem duas formas de implementação da compensação de potência reactiva:


conexão em série ou conexão paralela (shunt).

Sistemas conectados em paralelo são geralmente usados para compensação


de potência reactiva e filtrar os harmônicos de corrente, enquanto os sistemas
conectados em série são usados para filtrar harmônicos de tensão, regulação
de tensão e isolamento harmônico. [5], [10]

2.3.1. Compensação shunt (paralela)

A compensação shunt, tem sido amplamente utilizada em sistemas de


transmissão para regular o nível de tensão, melhorar a qualidade da tensão e
aumentar a estabilidade do sistema.

Compensador shunt é o dispositivo conectado em paralelo com a linha de


transmissão. O compensador shunt esta sempre conectado no meio da linha
de transmissão junto com uma fonte de corrente, fonte de tensão ou um
capacitor. Este por sua vez fornece potência reactiva ao sistema.

Os reatores conectados em paralelo (shunt) são usados para reduzir as


sobretensões da linha absorvendo a potência reactiva, enquanto que os
capacitores conectados em paralelo são usados para manter os níveis de
tensão, compensando a potência reactiva na linha de transmissão.

Um modelo simplificado de um sistema de transmissão com compensação


shunt é mostrado na figura 2.1(a). Assume-se que o nível de tensão nos dois
barramentos são iguais a V e o ângulo de fase entre eles é δ. A linha de
transmissão é assumida como sem perdas e representada pela reatância XL.
No ponto médio da linha de transmissão, um capacitor controlado C é
conectado em paralelo. O nível de tensão no ponto de conexão é mantida
como V.
Figuara 3.11: Linha de transmissão com compensação shunt: (a) modelo
simplificado; (b) diagrama fasorial; (c) curva de ângulo de potência.

Fonte: B.M.Weedy, (1979), Electric power systems , John Wiley.

As potências activas no barramento 1 e no barramento 2 são iguais.


𝑉2 𝛿
𝑃1 = 𝑃2 = 2 𝑋 sin 2 (3.9)
𝐿

A potência reactiva injectada pelo capacitor para regular a tensão no ponto


médio da
linha de transmissão é calculada como:
𝑉2 𝛿
𝑄𝐶 = 4 𝑋 (1 − cos 2 ) (3.10)
𝐿

A partir da curva do ângulo de potência mostrada na Figura 3.11 (c), a potência


transmitida pode ser significativamente aumentada, e o ponto de pico muda

de δ = 90º a δ = 180º. A margem de operação e a estabilidade do sistema são


aumentadas pela compensação shunt.

2.3.2. Compensação série


Quando um dispositivo é conectado em série com a linha de transmissão ou
fonte de alimentação é chamado de compensador em série. Um compensador
em série pode ser conectado em qualquer ponto da linha de transmissão.
Funciona como uma fonte de tensão controlável.

Existe inductância em série em todas as linhas de transmissão de CA.

Quando uma alta corrente flui, isso causa uma grande queda de tensão. Para
compensar, os capacitores em série são conectados, para diminuir o efeito da
indutância.

A compensação série visa controlar directamente a impedância total da linha


em série na linha de transmissão.

Um modelo simplificado de um sistema de transmissão com compensação


série é mostrado na Figura 2.2 (a). O nível de tensão dos dois barramentos
são considerados iguais a V e o ângulo de fase entre eles é δ. A linha de
transmissão é assumida sem perdas e representada pela reatância XL. Um
capacitor controlado é conectado em série na linha de transmissão com adição
de tensão Vinj. O diagrama de fases é mostrado na Figura 2.2 (b).

Figura 3.12. Sistema de transmissão com compensação em série: (a) modelo


simplificado; b) diagrama fasorial; (c) curva do ângulo de potência.

Fonte: B.M.Weedy, (1979), Electric power systems , John Wiley.

Definindo a capacitância de C como uma porção da reactância de linha,


𝑋𝐶 = 𝑘𝑋𝐿 (3.11)

A indutância geral série da linha de transmissão é:

𝑋 = 𝑋𝐿 − 𝑋𝐶 = (1 − 𝑘)𝑋𝐿 (3.12)

A potência activa transmitida é:


𝑉2
𝑃 = (1−𝑘)𝑋 sin 𝛿 (3.13)
𝐿

A potência reactiva fornecida pelo capacitor é calculada como:


𝑉2 𝑘
𝑄𝐶 = 2 𝑋 2
(1 − cos 𝛿) (3.14)
𝐿 (1−𝑘)

Na Figura 2.2 (c) Vemos a curva do ângulo de potência a partir da qual pode
ser visto que a potência activa transmitida aumenta com k.

2.3.3. SISTEMAS FLEXÍVEIS DE TRANSMISSÃO EM CORRENTE


ALTERNADA (FACTS)

A concepção de sistemas FACTS envolve, de maneira geral, equipamentos de


eletrônica de potência aplicados a sistemas de transmissão para o controle em
tempo real do fluxo de potência e para prover suporte de tensão. Através de
um controle rápido e eficiente do fluxo de potência os sistemas FACTS
proporcionam uma maior flexibilidade à operação, pois possuem uma
capacidade de alteração dos seus parâmetros que controlam a dinâmica de
funcionamento de um sistema eléctrico rápida e continuamente. Além do
controle do fluxo de potência reactiva na rede, os sistemas FACTS têm como
objectivo principal aumentar a capacidade de transmissão de potência dessas
redes. Os sistemas FACTS são um exemplo de compensação de energia
reactiva dinâmica, pois possuem o controle em tempo real do fluxo de potência
injectado/absorvido no sistema. [9], [3],[4]

2.3.3.1 – Compensador Estático de Reativos – SVC

O SVC é um equipamento utilizado para o controle da tensão de um


determinado sistema ao qual é conectado. O SVC foi o primeiro sistema
FACTS implantado para a compensação de reactivos. Foi utilizado
primeiramente em grandes cargas, como fornos a arco, na década de 60. A
partir da década de 70 passou a ser utilizado nos sistemas de transmissão com
o propósito de melhorar o controle dinâmico da tensão. Em sua configuração
básica é composto por um Reator Controlado a Tiristor – TCR, em paralelo
com um Capacitor Chaveado a Tiristor –TSC, possuindo também um sistema
de controle, filtros e um transformador para conexão do equipamento com a
rede . Na prática, têm sido bastante utilizados, em combinação com capacitor
fixo, para a compensação de reactivos no sistema de transmissão.

O termo “estático” implica dizer que, ao contrário dos compensadores


síncronos, o SVC não possui partes ou componentes móveis ou rotativas,
tendo, assim, uma compensação reativa que ocorre dinamicamente
Normalmente, o SVC é conectado a uma barra do SEP (Sistema eléctrico de
potência) e, através do seu sistema de controle, a tensão da barra é
constantemente comparada a um valor de referência com o qual fora
previamente ajustado onde, dependendo do valor desta tensão, o SVC irá
injectar ou absorver reactivos no sistema para manter a tensão da barra
próxima da tensão de referência.

Graças ao chaveamento através de tiristores, o SVC actua mais rapidamente


que bancos de capacitores e de reatores chaveados, proporcionando uma
maior estabilidade no sistema durante uma perturbação.

As figuras 2.3 e 2.4 mostram esquemas de SVC composto por TCR e TSC e
composto por TCR e capacitor fixo, respectivamente:

Figura 2.3 - Esquema básico de um SVC (TCR e TSC).

Fonte B.M.Weedy, (1979), Electric power systems , John Wiley.


Figura 2.4 - SVC composto por TCR e capacitor fixo.

Fonte B.M.Weedy, (1979), Electric power systems , John Wiley.

Um SVC real é composto por reator variável (controlável) e um capacitor fixo.


Separando os componentes da figura 2.4 e analisando a tensão versus
corrente desses componentes, percebe-se que há uma faixa de corrente em
que a tensão é regulada.

Figura 2.5 - Características V x I dos elementos que compõem o SVC.

Fonte B.M.Weedy, (1979), Electric power systems , John Wiley.


Para saber qual o valor da tensão que deve ser controlada, calcula-se o
equivalente de Thevenin visto da barra na qual o SVC está conectado e onde
se deseja controlar a tensão.

Figura 2.6 - Representação do sistema através do Equivalente de Thevenin.

Fonte B.M.Weedy, (1979), Electric power systems , John Wiley.

Pela figura 2.6 percebe-se que, com a variação da tensão ETH ou da reatância
XTH, que representam o sistema, a actuação do SVC também será alterada, ou
para injectar reactivos na barra para elevar a tensão ou para absorver reactivos
para reduzi-la.

O gráfico 2.1 representa a actuação do SVC, através de ISVC, para a


compensação reactiva do sistema de acordo com a variação da tensão.
Observando a figura pode-se verificar que há três características possíveis,
correspondendo a três valores de ETH. As condições nominais do sistema estão
representadas pela reta b, que intercepta a curva característica do SVC no
ponto A onde V = V0 e ISVC = 0. Havendo um aumento da tensão ETH, devido a
um decréscimo de carga, por exemplo, a tensão V aumenta para V1,
representada na reta a, sem a presença do SVC. Com o
SVC, o ponto de operação desloca-se para o ponto B, pois o mesmo absorverá
uma corrente indutiva representada por I3, mantendo a tensão em V3. Já com
um aumento da carga, ETH diminui e a tensão V decresce para V2 sem o SVC
(reta c). Com o SVC, o ponto de operação move-se para o ponto C, pois o
mesmo injetará uma corrente capacitiva na barra, representada por I 4,
mantendo a tensão em V4.
Gráfico 3.1 - Característica V versus ISVC do sistema e do SVC.

Fonte: Fonte B.M.Weedy, (1979), Electric power systems , John Wiley.

2.3.3.2 – Compensador Síncrono Estático – STATCOM

Um STATCOM (Compensador estático) é um dispositivo de compensação


estática, cuja operação é baseada em um conversor que aplica uma fonte de
tensão da amplitude, fase e frequência desejadas. Através do controle do
conversor, esta tensão é modulada para que o STATCOM forneça ou absorva
a potência reactiva necessária. [11], [12]

O STATCOM é um sistema FACTS ligado em derivação ao sistema que tem


como função principal a regulação da tensão da barra na qual está conectado.
É composto, basicamente, por um transformador de acoplamento, inversor,
fonte de tensão CC e um sistema de controle, como representado na figura 2.7.

Ao contrário dos SVCs, um STATCOM é capaz de fornecer corrente reactiva


em tensões muito baixas.
Figura 2.7 - Esquema básico do STATCOM.

Fonte B.M.Weedy, (1979), Electric power systems , John Wiley.

O capacitor, instalado no lado CC do inversor, funciona como uma fonte de


tensão contínua para o sistema que, através de tiristores do tipo GTO (Gate
Turn-Off), é convertida em uma tensão senoidal alternada na frequência
fundamental do sistema. O sistema de controle mede a tensão e a corrente
alternadas na rede para regular a troca reactiva, e a tensão na etapa contínua
para mantê-la em um nível constante

A utilização de tiristores possibilita a troca de potência reativa sem a


necessidade de chaveamentos de bancos de capacitores ou reatores. O
STATCOM também pode absorver ou injectar reactivos no sistema,
dependendo da fonte de tensão que o mesmo tenha no lado CC do inversor.

2.3.5. Transformadores com mudança de Tap (LTC)

Os transformadores com mudança de tape ou LTC (Line Tap Change)


controlam a tensão do sistema eléctrico com a mudança de posição do seu
tape, que provoca uma redistribuição de fluxo de potência reactiva nos lados
primário e secundário do transformador.

O coeficiente (∂Q / ∂V) de uma barra pode, em alguns casos, atingir e até
exceder valores de ordem de -15 MVAr / kV. Nestas condições, o sistema de
injeção de potência reactiva não é adequado devido à magnitude das
quantidades que deveriam ser colocadas em jogo para compensar as
variações de tensão na barra correspondente.
Pode acontecer que a tensão regulada seja requerida na barra “q”
correspondente ao secundário de um transformador conectado à barra “p”
como mostrado na figura 2.8.

Figura 2.8.- Transformador TAP variável conectado entre as barras “p” e “q” de
um
sistema.

Fonte: Próprio autor

Apesar da reactância introduzida entre “p” e “q”, (∂Q / ∂V) ainda pode estar
muito alto. Nestas condições, o mais apropriado é usar um Transformador com
TAP variavel que permitir regular a tensão na barra q "injetando uma tensão
adicional ". Isso não gera potência reactiva, mas modifica sua distribuição no
sistema.

Nas redes de transporte, e devido à natureza malhada das mesmas, o efeito


dos transformadores com a mudança de derivações nas tensões nos nós e no
fluxo de potência reactiva depende da configuração do sistema. Em geral, para
controlar a tensão de uma parte do sistema é necessário operar de forma
coordenada sobre todos os transformadores com mudança de derivações que
conectam essa parte do sistema. Frequentemente, mudanças de derivações
são instaladas em todos os transformadores que conectam subsistemas a
determinada tensão. Por exemplo, em todos os transformadores na saída de
geradores síncronos, ou em todos aqueles que conectam a rede de 400 kV
com a 220 kV, ou em todos aqueles que ligam a rede de transporte de alta
tensão com redes de distribuição de média tensão. A solução particular
depende da rede, pois cada operador de sistema tem sua própria estratégia de
instalação de transformadores reguladores.
Figura 2.9: Modulação por largura de pulso.

Fonte: Filho, Mamede, Electronica,2014.

Nas redes de distribuição, a natureza radial da mesma simplifica o controle de


tensão. Isso geralmente é feito ao longo das linhas, através da conexão de
capacitores e através do uso de autotransformadores reguladores. Geralmente,
esses transformadores não alteram a tensão nominal entre seus terminais,
então sua única tarefa é regular a tensão através do comutador é comum
referir-se a eles por suas denominações em inglês "Boosters" ou "step voltage
regulators" (SVR).

A figura 2.10 mostra o esquema de operação de um autotransformador


regulador. Como pode ser visto, não há separação galvânica entre o primário e
secundário, já que ambos compartilham um dos terminais. O enrolamento
regulador incorpora um comutador de derivação e está conectado em série.
Normalmente, há 8 derivações para se conectar. A conexão é feita através de
uma bobina que permite derivações intermediárias e uma mudança
progressiva entre eles, há 16 posições possíveis distribuídas ao longo das 8
derivações.

Além disso, através de um interruptor, o sentido pode ser escolhido, positivo ou


negativo, do incremento de tensão, graças o qual o número é multiplicado por
dois o número de posições e se alcançam 32 no total. A margem de regulação
típica é de ± 10% em relação à relação de transformação nominal.

Figura 2.10: Transformador de regulação de tensão.

Fonte: Filho, Mamede, Electronica,2014.

A Figura 2.11 representa um esquema de controle típico de um


autotransformador regulador. O sistema tenta manter uma tensão constante,
bem no seu enrolamento secundário, quer num ponto a jusante da linha de
distribuição e determinado por um mecanismo chamado compensador de
queda de tensão. Se o sensor de tensão detecta um desvio da tensão de
referência superior a certo limite (por exemplo, 1%), envia uma ordem para o
motor para que ele possa modificar a derivação do secundário. O atraso
impede que o autotransformador responda a sobre tensões temporárias ou a
variações rápidas que não precisam de correção. Um atraso de 30 segundos é
um valor típico.

Figura 2.12: Controlo de um autotransformador regulador.

Fonte: Filho, Mamede, Electronica, 2014.

A figura 2.12 mostra, a título de exemplo, um esquema de controle de tensão


através de uma linha de distribuição. Sem elementos de controle, a curva de
tensão ao longo da linha é representada pela linha pontilhada marcada como
"carga", de modo que um grande número de cargas são alimentadas para uma
tensão excessivamente baixa. A conexão do transformador regulador R1
permite aumentar a tensão no início da linha, melhorando a situação, embora
várias cargas ainda estejam conectadas em tensões muito baixas. A conexão
do capacitor C diminui a inclinação da queda de tensão, mas ainda não resolve
o problema para as últimas cargas. Finalmente, a ação conjunta dos
transformadores reguladores R1 e R2 junto com o capacitor C, permite que
todas as cargas estejam dentro dos limites de tensão admissíveis. [ 12] ,[13]
Comprimento ao longo da linha

Figura 2.12: Exemplo de regulação de tensão em uma línea de distribuição.

Fonte: Filho, Mamede, Electronica,2014.

4. PROJECÇÃO E SIMULAÇÃO DE UM REGULADOR DE TENSÃO POR


COMUTAÇÃO DE INDUTÂNCIA E CAPACITOR

4.1. INTRODUÇÃO

Nesta secção iremos primeiramente apresentar uma breve descrição de dois


importantes componentes que fazem parte do nosso projecto de regulador de
tensão que são nomeadamente o contador binário e o conversor digital
analógico (R-2R), seguidamente iremos abordar sua operação no circuito de
controle da tensão, bem como o dimensionamento e simulação do controlo de
tensão.

4.2. CONTADOR BINÁRIO

Os contadores são importantes circuitos eletrônicos digitais. Eles são circuitos


lógicos sequenciais porque a temporização é obviamente importante e porque
eles necessitam de uma característica de memória. Os contadores digitais tem
as seguintes características importantes:

1. Número máximo de contagens (módulo do contador).

2. Contagem para cima ou para baixo.

3. Operação assíncrona ou síncrona.

4. Funcionamento livre ou auto-parada.

4.2.1. Contador UP/DOWN

Os contadores podem ser progressivos ou crescentes, quando contam numa


sequência de números crescentes, ou seja, dos valores mais baixos para os
mais altos, como (1,2,3,4...). Também podem ser regressivos ou decrescentes,
quando a contagem é feita dos valores mais altos para os mais baixos como
(4,3,2,1...). [6], [7]
Os contadores podem ser síncronos, quando existe um sinal de clock único
externo aplicado a todos os estágios ao mesmo tempo, como é o nosso caso.

A Figura 3.1 mostra como fazer um contador crescente/decrescente (up/down


counter).

Figura 4.1: circuito lógico do contador up/down

Fonte: CPM,SENAI, Acessado Outubro 2018.

A entrada de controle 𝑈𝑝/𝐷𝑜𝑤𝑛 controla se as entradas JeK dos FFs(Flip


Flops) seguintes serão acionadas pelas said
́ as normais ou pelas said
́ as
invertidas dos FFs.

Quando 𝑈𝑝/𝐷𝑜𝑤𝑛 for mantida em niv́ el ALTO, as portas AND nº1 e nº2 estarão
habilitadas, enquanto as portas AND nº3 e nº4 estarão desabilitadas (observe a
presença do inversor).

́ as A e B passem pelas portas no1e no 2 para as


Isso permite que as said
entradas JeK dos FFs B e C.

Quando 𝑈𝑝/𝐷𝑜𝑤𝑛 formantida em niv́ el BAIXO, as portas AND nº1 e nº2 estarão
desabilitadas, enquanto as portas AND nº3 e nº4 estarão habilitadas.

́ as A e B passem pelas portas nº3 e nº 4 para as


Isso permite que as said
entradas JeK dos FFs B e C.

As formas de onda mostradas na Figura 3.2 ilustram a operação do contador.


Figura 3.2: Formas de onda da operação do contador up/down.

Fonte: CPM, SENAI, Acessado Outubro 2018.

Observe que, para os primeiros cinco pulsos de clock, 𝑈𝑝/𝐷𝑜𝑤𝑛= 1 e o


contador conta de forma crescente; para os últimos cinco, 𝑈𝑝/𝐷𝑜𝑤𝑛=0 e o
contador conta de forma decrescente.

Um contador síncrono tem sua contagem especificada através de um diagrama


de transição, apresentado na figura abaixo, que indica qual é o estado futuro a
ser atingido pelo contador quando é aplicado um pulso de clock.

O diagrama de transição de estados para este contador é dado na Figura 3.3:

Figura 3.3: Diagrama de transição de estados.

Fonte: CPM,SENAI, Acessado Outubro 2018.

As setas representam transições de estado que ocorrem na borda de descida


do sinal de clock. Observe que há duas setas deixando cada ciŕ culo de estado.

Isto é referido como uma transição condicional.

O próximo estado para este contador é, obviamente, dependente do niv́ el


lógico aplicado à entrada de controle, 𝑈𝑝/𝐷𝑜𝑤𝑛. Cada uma das setas tem
deserrotulada como nível lógico de controle de entrada que produza transição
indicada.
O nome do sinal de controle é fornecido com uma legenda próxima do
diagrama de transição de estados. A nomenclatura usada para o sinal de
controle (𝑈𝑝/𝐷𝑜𝑤𝑛 ) foi escolhida para tornar claro como essa entrada afeta o
contador.

A operação de contagem crescente é ativada em nível alto; a operação de


contagem decrescente, em niv́ el baixo.

4.2.2. Circuito Integrado utilizado: 74ls191

Os circuitos integrados 74190 e 74191 são contadores síncronos reversíveis


(up/ down), tendo a complexidade de 58 portas lógicas. O 74191 é um contador
binário (0 a 15) e o 74190 é um contador BCD (0 a 9). O diagrama de ligações
destes CIs está na figura 3.4. Suas principais características são:

1. Contagem em código BCD8421.

2. Linha única de controle de modo de contagem Up/Down.

3. Entrada de controle de habilitação de contagem.

4. Saída de clock em atraso (Ripple Clock) para ligação em cascata.

5. Controle de carregamento assíncrono.

6. Saídas paralelas

7. Possibilidade de ligação em cascata para contagem de n bits.

Figura 3.4:Contador síncrono UP/DOWN 74191.

Fonte: CPM,SENAI, Acessado Outubro 2018.


A seguir temos a descrição da função dos pinos do contador 74191 até aqui
não abordados:

 Pinos 3,2,6 e 7 (Qa, Qb, Qc e Qd) : É a saída de 4 bits do contador (do LSB
para o MSB respectivamente);

 Pinos 1,2,3 e 4 (A,B,C,D) : Entrada do contador, serve sara colocar um


número específico nas saídas. Este número vai directo pra saida e para o
contador nele enquanto o Pino 11 (LOAD) estiver em nível baixo;

 Pino 14 CLK: Entrada do pulso de Clock, serve para configurar a velocidade


de contagem, o que será contado é o número de pulsos. Mas se alterarmos
a frequência do clock o contador vai subir/descer mais rápido.

 Pino 11 LOAD: Permite controlar a saída do contador, se encontra activo


em nível baixo, e transfere o valor presente nas entradas A, B, C e D para o
contador respectivamente pinos 15, 1, 10 e 9;

 Pino 5 U/D ou (D/U): Controla o sentido da contagem, se colocar nível


lógico 0 conta crescente, nível lógico 1 conta decrescente;

 Pino 4 CTEN (ENB) : Bloqueio dos pulsos de clock. Quando coloca nível
lógico 1 nele, para a contagem onde estiver; Este pino habilita o contador.
No caso, mantendo-se este pino em nível baixo, os contadores recebem o
clock. Colocando-se este pino em nível 1, o clock é desabilitado e o
contador "congela".

 Pino 13 RCO: produz um pulso negativo, quando o contador alcança o seu


máximo ( todas as saidas em 1);
 Pino 12 Mx/Mn.: Similar a saida RCO, salvo que a duração do pulso é igual
a um período de sinal de relógio e o pulso é de nível alto ( todas as saidas
em 1).

Nota: O pino 12 e o pino 13 são saídas, que servem para enviar o sinal para
outros chips (imagine que você queira ligar vários deles em cascata) que
ocorreu o "carry" ou o "borrow". O carry ocorre quando o contador chega a 9
(no modo UP) e o número seguinte seria o 10, só que o estágio atual só vai
indicar o zero (unidade), cabendo ao estágio seguinte indicar o um (dezena). O
borrow é a mesma coisa, só que no modo DOWN (do 10 para o 9).

Embora não conste na figura acima vamos nos referir ao CLR como o pino
responsável por resetar a contagem do contador com 0 e activar com 1.ou seja
A entrada síncrona CLR (clear) permite fazer o reset das saídas Q.

Figura 3.9: Diagrama de Tempo

Fonte: DATASHET 74191 Fairchild Semiconductor Corporation,2010

4.3. CONVERSORES DIGITAIS-ANALÓGICOS (DAC)

A melhor forma de descrever a relação entre uma saída analógica e uma


entrada digital é através de uma representação gráfica. A figura 1 ilustra a
saída de um conversor de 3 bits tendo oito níveis discretos, compreendendo a
faixa desde 0 até 7/8 do fundo de escala. Na prática, a barra zero pode não ser
exatamente zero, devido ao erro de offset, o intervalo desde 0 até 7/8 pode não
ser precisamente codificado devido ao erro de ganho, e a diferença nas alturas
das barras pode não mudar uniformemente devido à não linearidade. Não
linearidade é o erro mais difícil de se compensar, pois não pode ser eliminado
por ajuste.

Figura 1 – Saída de um conversor D/A de 3 bits

Fonte:

Na figura 1 observamos uma faixa limitada que define o máximo erro diferencial
de não linearidade. Por exemplo, um conversor D/A que apresenta uma
variação na tensão de saída de 1 ,5 LSB para uma variação de 1LSB na
entrada apresenta um erro de 0,5 LSB (não linearidade diferencial). Existe uma
grande variedade de conversores D/A, alguns fornecem uma tensão na saída e
outros fornecem uma corrente na saída, cujo valor é proporcional à palavra
digital aplicada na entrada. A figura 2 mostra o diagrama de blocos de um
conversor D/A. A tensão de referência analógica deverá ser a mais estável
possível. Alguns DAC’s possuem uma fonte de referência interna, outros
necessitam de uma fonte de referência externa. Os DAC’s que necessitam
desta fonte são chamados conversores multiplicadores (multiplying DAC’s). Na
verdade todos DAC multiplicam, a vantagem em usar o segundo é que o
resultado analógico é o produto da palavra digital (externa) por um sinal
analógico (também externo) . Em muitos modelos, existe a fonte interna
acessível podendo ser conectada externamente à entrada de referência.
Figura 2 – Configurações básicas de um DAC

4.3.1 – TIPOS BÁSICOS DE CONVERSORES D/A

As duas técnicas comumente usadas em conversores D/A são: rede de resistor


com peso binário e a rede R-2R. Ambos os termos se relacionam com a malha
de resistores utilizada no conversor. Estes dois tipos são mais
convenientemente descritos para o caso de tensão na saída, ou seja a palavra
digital produz na saída um nível equivalente de tensão.

4.3.2. CONVERSOR DE DIGITAL PARA ANALÓGICO EM ESCADA R-2R

O nome do conversor de digital para analógico R-2R resulta da utilização de


dois tipos de resistências tendo uma o dobro do valor da outra como se pode
verificar pelo exemplo da figura 3.5. ,é possível implementar neste caso a
conversão sem o amplificador operacional. [6], [7]

A vantagem sensível deste tipo de conversor é a necessidade de se usar


somente dois valores de resistores na malha, ou seja, R e 2R. Com isto, a
tecnologia já existente permite a construção de conversores em circuitos
integrados com número de bits acima de 8. Na rede R- 2R, cada posição do bit
contribui na saída, na proporção do peso binário. Desde que a rede é linear, a
operação pode ser analisada pela superposição: isto é, a contribuição na
tensão de saída de cada bit pode ser considerada independente dos outros
bits. Finalmente, todas as contribuições são somadas na entrada do
amplificador e produz uma tensão na saída proporcional a palavra digital.
Figura 3.5: Conversor D/A em escada R-2R

Fonte: Giacomin, João, conversores D/A e A/D, acessado Outubro 2018.

Considerando que somente a chave SN-l está fechada em +Vref enquanto que
todas as outras estão em zero, temos:

Nó N-l

A tensão no nó N-l, VNó, será:

VNÓ=VREF - 2.R.I

Sabemos que:
𝐼
𝑉𝑅𝐸𝐹 = 2𝑅𝐼 + (𝑅 + 𝑅) 2 (Malha)

𝑉𝑅𝐸𝐹
𝐼=
3𝑅
𝑉𝑅𝐸𝐹 𝑉𝑅𝐸𝐹
𝑉𝑁Ó = 𝑉𝑅𝐸𝐹 − 2𝑅 − → 𝑉𝑁Ó =
3𝑅 3
Da teoria da amplificadores operacionais, a tensão na saída é:
𝑅𝐹
𝑉01 = 𝑉𝑁Ó ×
2𝑅

𝑉𝑅𝐸𝐹 𝑅𝐹
𝑉01 = − ×
2 2𝑅

𝑉𝑅𝐸𝐹 × 𝑅𝐹
𝑉01 = −
6𝑅
Fazendo a mesma consideração no Nó N-2 temos:

Para Calcularmos a tensão na saída, devemos calcular a tensão VNÓ :

𝐼
𝑉𝑁Ó = 2𝑅 ×
4
𝑉𝑅𝐸𝐹
𝑉𝑁Ó = 2𝑅 ×
4 × 3𝑅
𝑉𝑅𝐸𝐹
𝑉𝑁Ó =
6
Logo, a tensão V02 será :

−𝑅𝑓
𝑉02 = −𝑉𝑁Ó ×
2𝑅

𝑉𝑅𝐸𝐹 𝑅𝑓
𝑉02 = − ×
6 2𝑅
𝑉𝑅𝐸𝐹 × 𝑉𝐹
𝑉02 = −
12𝑅
Considerando ainda o Nó N-3 temos:
A tensão VNó será:

𝐼
𝑉𝑁Ó = 2𝑅 ×
8
𝑉𝑅𝐸𝐹
𝑉𝑁Ó = 2𝑅 ×
3𝑅 × 8
𝑉𝑅𝐸𝐹
𝑉=
12
Logo,

𝑉𝑅𝐸𝐹 𝑅𝑓
𝑉03 = − ×
12 2𝑅
𝑉𝑅𝐸𝐹 × 𝑅𝑓
𝑉03 = −
24𝑅
Por analogia temos:

𝑉𝑅𝐸𝐹 × 𝑅𝑓
𝑉04 = −
48𝑅
Usando o teorema da superposição e considerando a presença de uma palavra
digital DCBA, podemos escrever :

V0 = V01 + V02 + V03 + V04

𝐷 × 𝑉𝑅𝐸𝐹 × 𝑅𝑓 𝐶 × 𝑉𝑅𝐸𝐹 × 𝑅𝑓 𝐵 × 𝑉𝑅𝐸𝐹 × 𝑅𝑓 𝐴 × 𝑉𝑅𝐸𝐹 × 𝑅𝑓


𝑉0 = − −− − −
6𝑅 12𝑅 24𝑅 48𝑅
𝑉𝑅𝐸𝐹 × 𝑅𝑓
𝑉0 = (8𝐷 + 4𝐶 + 2𝐵 + 𝐴)
48𝑅
Novamente, temos a tensão de saída proporcional ao código digital DCBA,
caracterizando um conversor D/A. Usando este tipo de rede, existem ainda
várias versões de conversores D/A. As modificações ocorrem na configuração
do amplificador de saída e no modo em que se faz a comutação com as
chaves. As figuras 6 e 7 ilustram estas situações.

Figura 6 – Conversor D/A Não Inversor

Figura 7 – Conversor D/A por Comutação de corrente

4.4. ESPECIFICAÇÃO DO PROJECTO

4.4.1 Variação de fim de contagem utilizando a entrada CLR e a entrada


LOAD.

Fazendo uso do pino CLR (Clear) a figura abaixo ilustra a variação do fim da
contagem.
Figura 3.9: Variação de fim de contagem utilizando a entrada CLR e a entrada
LOAD.

Fonte: Próprio autor

4.4.2. Variação de inicio de contagem utilizando as saidas Mx/Mn e RCO

Figura 3.10: Variação de inicio de contagem utilizando as saidas Mx/Mn

Fonte: Próprio autor.


4.4.3. Variação de inicio e fim de contagem

Figura 3.11: Variação de inicio de contagem utilizando as saidas Mx/Mn.

Fonte: Próprio autor.

4.4.5. Extensão da capacidade de um contador

Se todos os contadores ficarem no mínimo sinal de relógio (clock), deve-se


utilizar a entrada ENB (CTEN) para controlar a contagem quando o 1º atingir
seu fim de contagem.

Figura 3.12.: Extensão da capacidade de um contador.

Fonte: Próprio autor


4.5. CONTROLO DA TENSÃO DA LINHA POR COMUTAÇÃO DE
INDUCTORES E CAPACITORES

Temos representado abaixo um diagrama ilustrativo do tipo de controle que


pretendemos efectuar.

Figura 4.13: Controlo da tensão da linha por comutação de inductores e


capacitores

Fonte: Próprio autor

Sabe-se que para o controlo de uma determinada grandeza há que comparar


essa grandeza com uma de referência que representa o valor nominal da
grandeza controlada, se o resultado da comparação é positiva, significa que a
grandeza controlada é maior que a referência pelo que ação do controlo sobre
o sistema deve garantir a diminuição da grandeza controlada, e vice-versa se o
resultado da comparação é negativa.

Num sistema eléctrico a tensão da linha aumenta acima do valor nominal


quando desligam-se ou saem de serviço grandes cargas, para a sua
compensação há que comutar indutores, e quando a tensão da linha diminuir
para abaixo do valor nominal por causa da ligação de grandes cargas para a
sua compensação há que ligar capacitores.

Neste sistema de controlo utiliza-se dois comparadores, dois contadores


binários, dois conversores digitais-analógicos e duas redes de comutação, uma
para comutar indutância e outra para comutar condensadores, assim como
circuitos combinacionais para garantir a funcionalidade do controlo.

Na derivação ou caminho que controla a comutação dos indutores, o


comparador garante a contagem progressiva ( ascendente) do contador
quando a tensão da linha for maior que a tensão de referência, pelo que a
tensão de saida do conversor digital-analógico 1 (CDA1) aumentara com cada
pulso do oscilador, como esta saída esta ligada a rede de comutação da
indutância, irão se activar sequencialmente os canais que obedeçam as
condições, pelo que a tensão da linha deve diminuir até que seja igual a tensão
de referência, neste caso se produz uma oscilação no ultimo canal activado a
qual é eliminada com a rede RC (resistor-capacitor/condensador), que cada
canal possui.

Quando a tensão da linha for menor que a tensão de referência, a saida do


comparador deve efectuar contagem regressiva (descendente) pelo que a
tensão de saida do CDA1 diminuirá com cada pulso do oscilador e serão
desativados sequencialmente os canais que obedeçam as condições, desta
forma a tensão da linha deve aumentar até que seja igual a tensão de
referência, se durante este processo não obter-se a igualdade, ou seja apôs
desligarem-se todos os indutores a tensão da linha ainda for menor que a
tensão de referência, os circuitos combinacionais devem garantir a activação
do caminho que controla a comutação dos capacitores e mantém as condições
finais no caminho que controla a comutação dos inductores (inductores
desligados).

Neste caminho o comparador irá realizar a contagem progressiva (ascendente)


do contador quando a tensão da linha for menor que a tensão de referência
pelo que a tensão de saida do CDA2 (conversor digital-analógico) aumentara
com cada pulso do oscilador. Visto que esta saida esta ligada a rede de
comutação dos capacitores, irão se ativar sequencialmente os canais que
cumpram as condições, pelo que a tensão da linha deve aumentar até que seja
igual a tensão de referência.

Quando a tensão da linha for maior que a referência, a saida do comparador


realizara contagem regressiva (descendente) do contador pelo que a tensão de
saida do CDA2 (conversor digital-analógico) diminui com cada pulso do
oscilador e irão se desativar sequencialmente os canais, de modo que a tensão
da linha deve diminuir até que seja igual a tensão de referência, se durante
este processo não atingir-se a igualdade, ou seja desligam-se todos os
capacitores e ainda assim a tensão da linha for maior que a tensão de
referência, os circuitos combinacionais irão activar o caminho que controla a
comutação dos inductores e mantem as condições finais no caminho que
controla a comutação dos capacitores(capacitores desligado) pelo que o
processo repete-se.

4.5.1. Vantagens e desvantagens

A vantagem que possui este tipo de controlo é que não precisa de filtros de
harmônicos porque não se produz transitórios ao não ligar simultaneamente
indutores e capacitores, quando liga-se inductores, os capacitores estão
desligado e vice-versa, sua desvantagem é que é um controlo passo a passo,
não continuo, e pode provocar instabilidade de funcionamento na desativação
do ultimo canal de um caminho e a activação do primeiro canal do outro
caminho, mais esta situação pode solucionar-se ao reajustar as tensões nas
redes de comutação.

Para a simulação utiliza-se o programa electronic-work- bench o qual em sua


biblioteca possui conversores digital-analógico de 8bit e contadores de 4bit,
pelo que há que utilizar dois contadores por cada CDA . A implementação do
circuito de controlo da como resultado um número elevado de componente que
supera o limite admissível pelo programa. A simulação só pode realizar-se
numa derivação para o qual há que modificar os circuitos combinacionais a fim
de garantir as sequencias adequadas nas ligações dos reactores.

4.5.2. Derivação para comutação de indutores

Utiliza-se dois comparadores que definem o sentido das contagem ou função


do contador, assim como parar a contagem e continuar a contagem, estas
funções devem estar em sincronismo com os estados do primeiro comutador e
do ultimo comutador.
Figura 3.14: Dois comparadores que definem o sentido da contagem.

Fonte: Próprio autor.

Onde:

VL-Tensão da linha;

Vref - Valor nominal;

Vref l <Vref (valor da tensão de compensação de um pulso, representa limite


inferior de controlo)

Condições e resultados esperados:



Se 𝑉𝐿 > 𝑉𝑟𝑒𝑓 → > 𝑉𝑟𝑒𝑓

Deve-se iniciar a contagem progressiva (ascendente) quando os canais não


estão ligados (activar o contador).

𝐴=0 𝐶=0
{ }{ }
𝐵=0 𝐷=0
Se Vref l <VL<Vref
Deve-se parar a contagem (desactivar o contador)
𝐴=0 𝐶=𝑥
{ }{ }
𝐵=1 𝐷=𝑥

Se 𝑉𝐿 < 𝑉𝑟𝑒𝑓 → < 𝑉𝑟𝑒𝑓

Deve-se parar a contagem

𝐴=1 𝐶=0
{ }{ }
𝐵=1 𝐷=𝑥

𝑉𝐿 < 𝑉𝑟𝑒𝑓 → < 𝑉𝑟𝑒𝑓

Deve-se activar a contagem

𝐴=1 𝐶=1
{ }{ }
𝐵=1 𝐷=0

O circuito combinacional que garante a activação e desactivação do contador


segundo esta sequência de estado é o que mostra-se.
Figura 3.15: Circuito combinacional do contador.

Fonte: Próprio autor.

Tabela A.1: Tabela de verdade do circuito combinacional do contador.

Fonte: Próprio autor, modelado no EWB.


4.5.3. Derivação para comutação dos capacitores

A diferença só esta no modo de ligar os comparadores já que a contagem


ascendente se deve iniciar quando a tensão de linha for menor que Vref l.

Figura 3.17: Dois comparadores que definem o sentido da contagem.

Fonte: Próprio autor.

Condições e resultados esperados:

Se VL< Vref l → < Vref l

Deve-se iniciar a contagem progressiva (ascendente) quando os canais não


estão ligado (activar o contador).

𝐴=0 𝐶=0
{ }{ }
𝐵=0 𝐷=0
Se Vref l <VL<Vref
Deve-se parar a contagem (desactivar o contador)
𝐴=0 𝐶=𝑥
{ }{ }
𝐵=1 𝐷=𝑥

Se VL> Vref → > Vref l

Deve-se parar a contagem

𝐴=1 𝐶=0
{ }{ }
𝐵=1 𝐷=𝑥
Se VL > Vref l → > Vref

Deve-se activar a contagem

𝐴=1 𝐶=1
{ }{ }
𝐵=1 𝐷=0

Como a tabela da verdade é a mesma então utiliza-se o mesmo circuito


combinacional e a mesma rede de comutação.

4.5.4. Simulação da derivação para comutar inductores

Sempre que a tensão de linha for maior que 5V deve comutar-se


sequencialmente os canais que ligam as inductância, se no processo da
comutação a tensão da linha diminui a 4V para-se o processo da comutação,
se não, continua a ligar inductores, se depois de ter ligado um ou vários canais
a tensão de linha diminui em 2V deve desligar-se sequencialmente os canais
até que seja igual a 4V, se não, continua a desligar-se inductores.

Figura 4.18: Entrada e saida da comutação de inductores

Fonte: Próprio autor.


As tensões de linha selecionam-se com os interruptores A e B e a sequência
da comutação observa-se pelos estados dos comutadores e os indicadores de
cada canal.

4.5.5. Simulação da derivação para comutar capacitores

Sempre que a tensão de linha for menor que 5V deve comutar-se


sequencialmente os canais que ligam os capacitores, se no processo de
comutação a tensão de linha aumenta a 4V para-se o processo de comutação,
se não continua a ligar capacitores, se depois de ter ligado um ou vários canais
a tensão de linha aumenta com 6V deve desligar-se sequencialmente os canais
até que seja igual a 4V, se não continua a desligar capacitores.

Figura 3.19: Entrada e saida da comutação de capacitores.

Fonte: Próprio autor.


4.6. SIMULAÇÃO DO COMPORTAMENTO DE UMA LINHA DE
TRANSMISSÃO FRENTE A VARIAÇÕES DE CARGA

4.6.1. Dimensionamento (projecto).

Considere uma linha de transmissão com parametros RL=1,5Ω; XL=20 Ω; V1=15


KV;

V2=13,8 KV para carga nominal segundo mostra-se num esquema.

Figura 3.20: Linha de transmissão com variações de carga.

Fonte: Próprio autor.

Onde:

XL: Reactância indutiva

f: Frequência

L: Inductância

XLC: Reactância indutiva- capacitiva

ZL-Impedância da linha

XLCN: Reactância indutiva-capacitiva nominal

𝑋𝐿 = 𝜋𝑓𝐿

𝑋𝐿 20
𝐿= = = 53 𝑚𝐻
2𝜋𝑓 6,28(60)

Se as cargas possuem uma inductância L=1H então

𝑋𝐿𝐶 = 2𝜋𝑓 = 6,28(60) × 1 = 376,8 Ω


 Quando ligar-se a carga 1.

𝑋𝐿𝐶
𝑉2 = × 𝑉1
𝑋𝐿𝐶 + 𝑍𝐿

𝑍𝐿 = √𝑅𝐿 2 + x𝐿 2 = √(1,5)2 + (20)2 = 20𝛺

376,8
𝑉2 = × 15𝐾𝑉 = 14,24𝐾𝑉
376,8 + 20

 Quando ligar-se as cargas 1 e 2.

𝑋𝐿𝐶 /2 188,4
𝑉2 = × 𝑉1 = × 15𝐾𝑉 = 13,56 𝐾𝑉
𝑋𝐿𝐶 /2 + 𝑍𝐿 188,4 + 20

Logo os valores de inductância não podem ser de 1H, para seu calculo se tem:

𝑋𝐿𝐶𝑁 𝑋𝐿𝐶𝑁
𝑉2 = × 𝑉1 ; 13,8 = × 15
𝑋𝐿𝐶𝑁 + 𝑍𝐿 𝑋𝐿𝐶𝑁 + 𝑍𝐿

13,8(𝑋𝐿𝐶𝑁 + 𝑍𝐿 ) = 𝑋𝐿𝐶𝑁 × 15

13,8 × 𝑍𝐿 = 𝑋𝐿𝐶𝑁 (15 − 13,8)

13,8 × 𝑍𝐿 13,8 × (20)


𝑋𝐿𝐶𝑁 = = = 230
15 − 13,8 1,3

A reactância nominal do conjunto paralelo é 230 Ω então o valor da reactância


para uma carga será 230 × 3 = 690𝛺

690
𝐿= = 1,83 𝐻
6,28 × (60)

 Quando liga-se a carga 1

690
𝑉2 = × 15 𝐾𝑉 = 14,57 𝐾𝑉
690 + 20
-Quando liga-se as carga 1 e 2

345
𝑉2 = × 15 𝐾𝑉 = 14,17 𝐾𝑉
345 + 20
-Quando liga-se as carga 1, 2 e 3
230
𝑉2 = × 15 𝐾𝑉 = 13,8 𝐾𝑉
230 + 20

Pode-se dizer quando estão ligadas as três cargas obtém-se a voltagem


nominal, se uma desliga-se as outras duas experimentam uma variação de
0,37 KV acima do valor nominal, se duas cargas desligam-se uma experimenta
uma variação de 0,77 KV acima do valor nominal.

Estes resultados podem comprovar-se ao ligar um voltímetro ao nó V2.

4.7. SIMULAÇÃO DO COMPORTAMENTO DA LINHA DE TRANSMISSÃO


COM CONTROLO DE INDUCTÂNCIA.
Figura:3.20: Simulação do controle de tensão com inductância.

Fonte: Próprio autor

O controle da tensão com inductância só permite a regulação quando no


sistema verificam-se tensões altas, devido a interrupções de cargas de alta
potência, de modo que ao ligar inductância diminuímos a tensão no nó do
sistema.

O projecto do regulador de tensão contra alta tensão possui ramos ou canais


de inductância aos quais irão ligar-se sempre em paralelo quando a tensão do
nó for maior que a tensão nominal, quando a tensão do nó for ligeiramente
menor que a nominal, o controle deve garantir que não se ligue a inductância,
por outro lado quando a tensão do nó for muito menor que a nominal, o
controle deve desligar a inductância, isto significa que quando todos os canais
de inductância estão ligados é gerado um grande aumento da tensão e quando
todos estão desligados se verifica uma grande diminuição da tensão. Para
garantir essa sequência de operação o controle utiliza comparadores
(compara-se a tensão do nó com a tensão nominal e com uma tensão menor
que a nominal que representa um valor permissível ou limite inferior de
controle) contadores de pulso e conversor digital-analógico cuja função é
aumentar ou diminuir a ligação de inductores ( semelhante a abrir ou fechar
uma válvula).

Rede resistiva para a seleção dos canais de comutação das inductâncias e um


circuito lógico cuja função é selecionar o modo de trabalho do controlador á
partir dos estados dos comparadores de entrada e dos estados do primeiro e
último canal de comutação dos inductores ( o contador opera do seguinte
modo, conta de modo ascendente quando 𝑉𝐿 > 𝑉𝑟𝑒𝑓 ; e para a contagem
′ ′
quando 𝑉𝑟𝑒𝑓 < 𝑉𝐿 < 𝑉𝑟𝑒𝑓 , conta de modo descendente quando 𝑉𝐿 < 𝑉𝑟𝑒𝑓 ), isto
resulta na seguinte tabela de verdade.
Tabela A.1: Tabela de verdade do circuito lógico do controle de tensão com
inductores e capacitores.

Fonte: próprio autor

Figura 3.21: circuito lógico do controle de tensão com inductâncias

Fonte: próprio autor



Exemplo 3. 1: 𝑉𝑟𝑒𝑓 = 5𝑉; 𝑉𝑟𝑒𝑓 = 3𝑉

Se 𝑉𝐿 = 6𝑉, a contagem é ascendente, deste modo iram-se ligar os inductores;

Se 𝑉𝐿 = 4𝑉, a contagem deve parar;

Se 𝑉𝐿 = 2𝑉, a contagem é descendente e iram-se desligar as inductâncias.

Só é possivel controlar a tensão quando aumenta ao desligar as cargas


4.8. SIMULAÇÃO DO COMPORTAMENTO DA LINHA DE TRANSMISSÃO
COM CONTROLO DE CAPACITORES.
Figura:3.22: Simulação do controle de tensão com capacitores.

Fonte: Próprio autor.

O controle da tensão com capacitores só permite a regulação quando no


sistema verificar-se tensões baixas devido a ligações de carga de alta potência,
significa que ao ligar capacitores aumenta a tensão no nó do sistema.

O projecto do regulador de tensão contra baixa tensão possui ramos ou canais


de capacitores os quais irão ligar-se em paralelo sempre que a tensão da linha
for menor que a tensão nominal, quando a tensão do nó for ligeiramente menor
que a nominal o controle deve parar a ligação de capacitores e quando a
tensão do nó é muito menor que a nominal o controle deve desligar
capacitores, isto significa que quando todos os canais estão ligados é gerada
uma grande diminuição da tensão e quando todos estão desligados é gerado
um grande aumento da tensão. Para garantir essa sequência de operação o
controlo utiliza comparadores (compara-se a tensão do nó com a tensão
nominal e com uma tensão maior que a nominal que representa o limite
superior do controlo) assim o contador irá operar do seguinte modo, a
contagem será ascendente

quando 𝑉𝐿 < 𝑉𝑟𝑒𝑓 ; e para a contagem quando 𝑉𝑟𝑒𝑓 < 𝑉𝐿 < 𝑉𝑟𝑒𝑓 , irá contar de

modo descendente quando 𝑉𝐿 > 𝑉𝑟𝑒𝑓 ), isto resulta na tabela de verdade
mostrada anteriormente.

Exemplo 3.2: 𝑉𝑟𝑒𝑓 = 5𝑉; 𝑉𝑟𝑒𝑓 = 7𝑉

Se 𝑉𝐿 = 4𝑉, a contagem é ascendente, deste modo iram-se ligar os


capacitores;

Se 𝑉𝐿 = 6𝑉, a contagem deve parar;

Se 𝑉𝐿 = 8𝑉, a contagem é descendente e iram-se desligar os capacitores.

Só é possivel controlar a tensão quando diminui ao ligar as cargas adicionais.

Nota: Ao utilizar ambos os controladores num nó do sistema pode-se controlar


as variações da tensão devido a interrupções e ligações de cargas de alta
potência.
4.9. SIMULAÇÃO DO COMPORTAMENTO DA LINHA DE TRANSMISSÃO
COM CONTROLO INDUCTORES E CAPACITORES
Figura:3.23: Simulação do controle de tensão com inductância e capacitores.

Fonte: Próprio autor

Tanto usando o programa EWB bem como o Multisim verificamos a dificuldade


de ambos em operar com a rede de inductores e capacitores conjuntamente de
modo que simulamos individualmente o controle de tensão na linha de
transmissão para cada rede. E simulamos as redes adptamente usando um
controle manual, apenas para fins elucidativos.

Figura 3.24. Linha de transmissão e circuito de retificação da tensão.

Fonte: Próprio autor

Faz-se necessário usarmos retificadores para reduzir o nível de tensão em que


irá operar nossos aparelhos de comando automáticos, bem como converter a
tensão AC para DC.
Figura 4.25. Adaptação da comutação da rede de inductância e
capacitores.

Fonte: Próprio autor

A figura 4.26 descreve o controlo do CDA(Conversor digital-analógico


empregado) modelado do Multissim, bem como o modo de ligação aos pinos
do contador síncrono 74191.
Figura 3.26. Controlo do CDA.

Fonte: Próprio autor.


5. CONCLUSÃO

Neste trabalho foi apresentada uma análise da estabilidade de tensão, sob


condições de pequenas perturbações, de um sistema isolado, constituído por
cargas que são alimentada por um gerador através de uma linha de
transmissão.

O controlo da tensão é um parâmetro importante se havemos de fornecer


energia com qualidade aos consumidores, e como vimos um rede eléctrica está
susceptível a variações de carga, que ocasionam a variações de tensão, de
modo que para controlar ou regular tais variações , utilizamos dispositivos
compensadores designados aqui como reguladores de tensão, verificou-se que
quando cargas de alta potência são desligadas do sistema, originam um
aumento significativo de tensão de modo que temos estabilizar tal tensão para
isso comutamos inductores compensadores designado no nosso caso o
inductores, e quando entram em operação cargas que demandam de alta
potência comutamos capacitores, tal operação é realizada automaticamente
quando se verificarem certas condições previamente introduzidas, de modo
que usamos componentes discretos, para realizar tal operação com a precisão
exata como o contador síncrono binário up/down 74191 e o sinal de clock
externo. Fizemos uso do programa Electronicks Workbens amplamente usado
em nossas aulas de controlo de sistemas elétricos de potência e o Multisim

Recomendações para trabalhos futuros

Neste trabalho fez-se o recurso da ferramenta computacional Electronics


Workbench EWB e Multisim, e verificou-se a limitação do mesmo em
simultaneamente operar ou comutar a rede de comutação com inductores e
capacitores, de modo que para trabalhos futuros poderá integralmente ser
usado outro simulador como o SPICE, o que exigira um profundo estudo
aprofundado do modo operandi deste simulador complexo.
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Sistema Electrico de Transmissao de Potencia”.Tese de Doutoramento,
Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, Porto, Portugal. (Último
acesso 14 de Outubro 2018)
[12] Stevenson Junior, W. D. Elementos de Analise de Sistemas de Potencia
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McGraw-Hill, 1986. (Último acesso 18 de Outubro 2018)

[13] SOUZA, Vanderson Carvalho de. Controle local de potência reativa em


geradores fotovoltaicos para a melhoria da regulação de tensão em redes de
distribuição. 2017. 95 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Engenharia Elétrica,
Instituto de Tecnologia, Universidade Federal do Pará, Belém, 2017. (Último
acesso 1 de Outubro 2018).

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