Direito Empresarial: Sujeito, Requisitos e Escrituração

CEAP – CENTRO DE ESTUDOS DE ADVOCACIA PÚBLICA
Direito Empresarial
Professor Cláudio Calo e Doutrinador André Santa Cruz
AULA 01 – 01/08/2016
BIBLIOGRAFIA
- CURSO DO DIREITO SOCIETÁRIO – JOSÉ EDWALDO TAVARES BORBA
- S.A. – SERGIO CAMPINHO
- TÍTULOS DE CRÉDITO –LUIS EMÍDIO
- FALÊNCIAS – VOL. 3 – RICARDO NEGRÃO
- DIREITO EMPRESARIAL – ANDRE SANTACRUZ
SUJEITO DO DIREITO EMPRESARIAL
EMPRESÁRIO (966 AO 980 DO CÓDIGO CIVIL) = PESSOA NATURAL/JURÍDICA.

DE ACORDO COM ANDRE SANTA CRUZ – PÁGINAS 47 E 48.
AS EXPRESSÕES ATO DE COMÉRCIO E COMERCIANTE FORAM SUBSTITUÍDAS PELAS
EXPRESSÕES EMPRESA E EMPRESÁRIO, POIS O CÓDIGO CIVIL DE 2002 ADOTOU A TEORIA DA
EMPRESA.
CC/02 ART. 966 “CONSIDERA-SE EMPRESÁRIO QUEM EXERCE PROFISSIONALMENTE ATIVIDADE
ECONÔMICA ORGANIZADA PARA A PRODUÇÃO OU A CIRCULAÇÃO DE BENS E SERVIÇOS” +
EMPRESÁRIO POR DETERMINAÇÃO LEGAL.
DESTACA-SE NO CONCEITO DO CÓDIGO CIVIL:
1 – PESSOA NATURAL OU JURÍDICA
2 – PROFISSIONALMENTE = SÓ SERÁ EMPRESÁRIO AQUELE QUE EXERCER DETERMINADA
ATIVIDADE ECONOMICA DE FORMA PROFISSIONAL, OU SEJA, QUE FIZER DO EXERCICIO
DAQUELE ATIVIDADE A SUA PROFISSÃO HABITUAL.
3 – ATIVIDADE ECONÔMICA = EMPRESA É UMA ATIVIDADE EXERCIDA COM INTUITO
ECONÔMICO, BEM COMO ASSUME OS RISCOS TÉCNICOS E ECONÔMICOS DELA.
4 – ORGANIZADA = EMPRESÁRIO É AQUELE QUE ARTICULA OS FATORES DE PRODUÇÃO, OU
SEJA, ORGANIZAÇÃO DE PESSOAS E MEIOS PARA O ALCANCE DA FINALIDADE ALMEJADA.
DE ACORDO COM ASQUINE O EMPRESÁRIO É RESPONSÁVEL PELA “PRESTAÇÃO DE UM
TRABALHO AUTÔNOMO DE CARÁTER ORGANIZADOR”.
Direito Empresarial
O DOUTRINADOR FABIO ULHOA COELHO AFIRMA QUE NÃO SE DEVE CONSIDERAR COMO
EMPRESÁRIO AQUELE QUE NÃO ORGANIZA NENHUM DOS FATORES DE PRODUÇÃO.
ESSA CARACTERÍSTICA VEM PERDENDO FORÇA NA ATUAL ECONOMIA CAPITALISTA, TENDO EM
VISTA A EXISTÊNCIA DOS MICROEMPRESÁRIOS E EMPRESÁRIOS VIRTUAIS. O PRIMEIRO
REALIZA TRABALHO ÚNICO OU DE FORMA PREPONDERANTE PRÓPRIO, E O SEGUNDO MUITAS
VEZES ATUAM COMPLETAMENTE SOZINHOS.
IMPORTA RESSALTAR QUE QUALQUER ATIVIDADE ECONÔMICA, A PRIORI, SUBMETE-SE AO
REGIME JURÍDICO EMPRESARIAL.
ATENÇÃO!
1 - É IMPORTANTE RESSALTAR QUE SERVIDOR PÚBLICO CIVIL OU MILITAR, MAGISTRADO,

MEMBROS DO MINISTÉRIO PÚBLICO, PROCURADORES DO ESTADO, DEFENSORES PÚBLICOS,
TODOS ATIVOS, SÃO IMPEDIDOS EXERCER ATIVIDADE EMPRESÁRIA, MAS NÃO OS IMPEDE DE
CONSTITUIR UMA PESSOA JURÍDICA PARA O EXERCICIO DE ATIVIDADE EMPRESÁRIA COMO
SÓCIO, NÃO ADMINISTRADOR DE FATO OU DE DIREITO (CC/02, ART. 1.011). EXEMPLO: CURSO
CEAP.
2 - O IMPEDIMENTO NÃO OBSTA A VIOLAÇÃO DA LEI, PORTANTO, PODERÁ SER DECRETADA A

FALÊNCIA DAS PESSOAS IMPEDIDAS, DESDE QUE EXERCEM A ATIVIDADE EMPRESÁRIA DE FATO
(DE FORMA IRREGULAR – CARACTERIZANDO EMPRESÁRIO ILEGAL), EM CARÁTER
EXCEPCIONAL.
REQUISITOS PARA CONSTITUIR EMPRESÁRIO INDIVIDUAL OU

SOCIEDADE EMPRESÁRIA
1 - REGISTRO NA JUNTA COMERCIAL (ART. 967CC, 1.150 CC, ART. 32, LEI 8.934/94):
DE ACORDO COM ANDRE SANTA CRUZ – PÁGINAS 78 A 80
O REGISTRO É UMA OBRIGAÇÃO LEGAL (CC/02, ART. 967 “OBRIGATÓRIA A INSCRIÇÃO DO
EMPRESÁRIO NO REGISTRO PÚBLICO DE EMPRESAS MERCANTIS DA RESPECTIVA SEDE, ANTES DO
INÍCIO DE SUA ATIVIDADE”) IMPOSTA A TODO E QUALQUER EMPRESÁRIO (INDIVIDUAL OU
SOCIEDADE EMPRESÁRIA) DE SE INSCREVER NA JUNTA COMERCIAL ANTES DE INICIAR A
ATIVIDADE, SOB PENA DE COMEÇAR A EXERCER A EMPRESA IRREGULARMENTE.
ESSE REQUISITO É MERAMENTE FORMAL, MESMO NÃO PREENCHIDO, O EMPRESÁRIO FICA
SUBMETIDO ÀS REGRAS DO REGIME JURÍDICO EMPRESARIAL. CORROBORA O ENUNCIADO 199
DO CJF “A INSCRIÇÃO DO EMPRESÁRIO OU SOCIEDADE EMPRESÁRIA É REQUISITO DELINEADOR DE
SUA REGULARIDADE, E NÃO DA SUA CARACTERIZAÇÃO”.
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QUANDO O EMPRESÁRIO EXERCE A SUA ATIVIDADE ECONÔMICA DE FORMA IRREGULAR, UMA

DAS CONSEQUÊNCIAS É A IMPOSSIBILIDADE DE REQUERER A RECUPERAÇÃO JUDICIAL, POR
FORÇA DO ART. 48 DA LEI 11.101/2005. CORROBORANDO COM ISSO HÁ O ENUNCIADO 198 DO
CJF “A INSCRIÇÃO DO EMPRESÁRIO NA JUNTA COMERCIAL NÃO É REQUISITO PARA A SUA
CARACTERIZAÇÃO, ADMITINDO-SE O EXERCÍCIO DA EMPRESA SEM TAL PROVIDÊNCIA. O
EMPRESÁRIO IRREGULAR REUNE OS REQUISITOS DO ART. 966, SUJEITANDO-SE ÀS NORMAS DO
CÓDIGO CIVIL E DA SUA LEGISLAÇÃO COMERCIAL, SALVO NAQUILO EM QUE FOREM INCOMPATÍEIS
COM A SUA CONDIÇÃO OU DIANTE DE EXPRESSA DISPOSIÇÃO EM CONTRÁRIO”
ATENÇÃO!
01 - EXCEÇÃO AO REGISTRO: QUANDO A ATIVIDADE ECONÔMICA FOR RURAL, DE ACORDO COM
O CC/02, ART. 971 E 984
02 - LEI 8.906/1994 (ESTATUTO DA OAB), ART. 1º, §2º, DETERMINA QUE OS ATOS DE REGISTRO
DE EMPRESÁRIOS INDIVIDUAIS E DE SOCIEDADES EMPRESÁRIAS DEVEM ESTAR VISADOS POR
UM ADVOGADO.
CABE MENCIONAR O CC/02, ART. 968 IMPLICA NAS FORMALIDADES LEGAIS A SEREM
PREENCHIDAS NO ATO DO REGISTRO
I - O SEU NOME, NACIONALIDADE, DOMICÍLIO, ESTADO CIVIL E, SE CASADO, REGIME DE BENS;
II – A FIRMA, COM A RESPECTIVA ASSINATURA AUTÓGRAFA QUE PODERÁ SER SUBSTITUITA
PELA ASSINATURA AUTENTICADA COM CERTIFICAÇÃO DIGITAL OU MEIO EQUIVALENTE QUE
COMPROVE A SUA AUTENTICIDADE.
RESSALVA = LC 123, ART. 4º, § 1º, INCISO I
III – CAPITAL;
IV – O OBJETO E SEDE DA EMPRESA.
QUANDO SE TRATAR DE SOCIEDADE EMPRESÁRIA, O REGISTRO É FEITO DO ATO CONSTITUTIVO
(CONTRATO SOCIAL OU ESTATUTO SOCIAL).
ATENÇÃO!
01 – A INSCRIÇÃO SERÁ TOMADA POR TERMO NO LIVRO PRÓPRIO DO REGISTRO PÚBLICO DE
EMPRESAS MERCANTIS E OBEDECERÁ A NÚMERO DE ORDEM CONTÍNUO PARA TODOS OS
EMPRESÁRIOS INSCRITOS E A MARGEM DA INSCRIÇÃO, E COM AS MESMAS FORMALIDADES,
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SERÃO AVERBADAS QUAISQUER MODIFICAÇÕES NELA OCORRENTES. (CC/02, ARTS. 968, §§ 1º E

2º)
02 – SE O EMPRESÁRIO INSTITUIR SUCURSAL (PONTO DE NEGÓCIO ACESSÓRIO E DISTINTO DO
PONTO PRINCIPAL, É SUBORDINADO ADMINISTRATIVAMENTE AO PRINCIPAL), FILIAL (SOCIEDADE
EMPRESARIA QUE ATUA SOB A DIREÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DA MATRIZ, CONTUDO MANTEM SUA
PERSONALIDADE JURÍDICA, PATRIMÔNIO E PRESERVA SUA AUTONOMIA DIANTE DA LEI E DO
PÚBLICO) OU AGÊNCIA (EMPRESA ESPECIALIZADA EM PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS QUE ATUA
ESPECIFICAMENTE COMO INTERMEDIÁRIA) EM OUTRA JURISDIÇÃO DE RPEM (REGISTRO
PÚBLICO DE EMPRESAS MERCANTIS) DEVERÁ TAMBÉM INSCREVE-LA, COM A PROVA DA
INSCRIÇÃO ORIGINÁRIA, OU SEJA, EM QUALQUER CASO, A CONSTITUIÇÃO DO
ESTABELECIMENTO SECUNDÁRIO DEVERÁ SER AVERBADA NO RPEM DA RESPECTIVA SEDE.
(CC/02, ART. 969, CAPUT E PARÁGRAFO ÚNICO).
03 – CC/02, ART. 75, §1º E ENUNCIADO 363 (SÚMULA E JURISPRUDÊNCIA DOMINANTE DO STF):
A PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PRIVADO [GÊNERO DO QUAL A SOCIEDADE EMPRESÁRIA É
ESPÉCIE] PODE SER DEMANDADA NO DOMICÍLIO DA AGÊNCIA OU ESTABELECIMENTO, EM QUE
PRATICOU O ATO.
ATENÇÃO! NÃO HÁ NECESSIDADE DE REGISTRO, UMA VEZ QUE EXISTEM NO BRASIL

EMPRESÁRIOS IRREGULARES, OU SEJA, SEM REGISTRO. (REGISTRO É DEVER/OBRIGAÇÃO
LEGAL).
2 – LIVRO EMPRESARIAL/ESCRITURAÇÃO EMPRESÁRIA:

OUTRA OBRIGAÇÃO LEGAL IMPOSTA A TODO EMPRESÁRIO É A NECESSIDADE DE “SEGUIR UM
SISTEMA DE CONTABILIDADE, MECANIZADO OU NÃO, COM BASE NA ESCRITURAÇÃO UNIFORME DE
SEUS LIVROS, EM CORRESPONDENCIA COM A DOCUMENTAÇÃO RESPECTIVA, E A LEVANTAR
ANUALMENTE O BALANÇO PATRIMONIAL E O DE RESULTADO ECONÔMICO” (CC/02, ART. 1.179).
OU SEJA, OS EMPRESÁRIOS DEVEM MANTER UM SISTEMA DE ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL
PERIÓDICO, ALÉM DE LEVANTAR, TODO ANO, DOIS BALANÇOS FINANCEIROS: O PATRIMONIAL
E O DE RESULTADO ECONÔMICO, SOB PENA DE RESPONDER POR CRIME CASO A
ESCRITURAÇÃO ESTEJA IRREGULAR NO MOMENTO DA DECRETAÇÃO DA FALÊNCIA, POR
FORÇA DA LEI 11.101/2005, ART. 178 E 180.
CABE RESSALTAR TAMBÉM QUE O LIVRO COMERCIAL É CONSIDERADO DOCUMENTO PÚBLICO
PARA FINS PENAIS, E SUA FALSIFICAÇÃO, NO TODO OU EM PARTE, PODE SER CONSIDERADO
CRIME, CONFORME ART. 297, §2º DO CP.
Direito Empresarial
ATENÇÃO!
01 - SÃO CONSIDERADOS INSTRUMENTOS DE ESCRITURAÇÃO: LIVROS; CONJUNTOS DE FICHAS
OU FOLHAS SOLTAS; CONJUNTO DE FOLHAS CONTÍNUAS; MICROFICHAS EXTRAÍDAS A PARTIR
DE MICROFILMAGEM POR COMPUTADOR.
02 - CC/02, ART. 1.191 – EXIBIÇÃO DO LIVRO EM JUÍZO, SE FOR DE FORMA INTEGRAL, HÁ
LIMITAÇÃO LEGAL NO CAPUT, POSTO QUE VIGORA O PRINCÍPIO DO SIGILO DAS
ESCRITURAÇÕES.
DE ACORDO COM ANDRÉ SANTA CRUZ, NA PÁGINA 94 A 96
OS LIVROS EMPRESARIAIS SÃO PROTEGIDOS PELO SIGILO, POR FORÇA DO CC/02, ART. 1.190,
ESTABELECE QUE “RESSALVADOS OS CASOS PREVISTOS EM LEI, NENHUMA AUTORIDADE, JUIZ OU
TRIBUNAL, SOB QUALQUER PRETEXTO, PODERÁ FAZER OU ORDENAR DILIGÊNCIA PARA VERIFICAR
SE O EMPRESÁRIO OU A SOCIEDADE EMPRESÁRIA OBSERVAM, OU NÃO, EM SEUS LIVROS E FICHAS,
AS FORMALIDADES PRESCRITAS EM LEI”.
CABE RESSALTAR QUE ESSE DISPOSITIVO NÃO SE APLICA AS AUTORIDADES FAZENDÁRIAS,
QUANDO ESTEJAM NO EXERCÍCIO DA FISCALIZAÇÃO TRIBUTÁRIA (CC/02, ART. 1.193 E CTN, ART.
195).
O SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL PONDEROU O DIREITO AO SIGILO EMPRESARIAL DOS
EMPRESÁRIOS E O DIREITO À FISCALIZAÇÃO TRIBUTÁRIA DAS AUTORIDADES FAZENDÁRIAS,
LIMITANDO QUE O EXAME DOS LIVROS E DOCUMENTOS CONSTANTES DA ESCRITURAÇÃO
DEVE ATER-SE AO OBJETO DA FISCALIZAÇÃO, CORROBORA COM TAL ENTENDIMENTO O STF,
SÚMULA 439 “ESTÃO SUJEITOS À FISCALIZAÇÃO TRIBUTÁRIA OU PREVIDENCIÁRIA QUAISQUER
LIVROS COMERCIAIS, LIMITADO O EXAME AO PONTO OBJETO DA INVESTIGAÇÃO”.
SALIENTA AINDA, QUE POR ORDEM JUDICIAL O SIGILO PODE SER QUEBRADO EM TODO OU EM
PARTE, E HÁ TRATAMENTO DISTINTO ENTRE AS DUAS FORMAS.
O PRIMEIRO CASO, A QUEBRA DO SIGILO INTEGRAL DEVE SER REQUERIDO PELA PARTE, E A
EXIBIÇÃO DEVE SER COM BASE NA LIQUIDAÇÃO DA SOCIEDADE, NA SUCESSÃO POR MORTE DE
SÓCIO, OU POR OUTRA PREVISÃO EXPRESSA LEGISLATIVA (CC/02, ART. 1.191 E NCPC, ART. 420)
NA SOCIEDADE ANÔNIMA, A LEI 6.404/1976, NO ART. 105, PRECONIZA QUE A EXIBIÇÃO TOTAL
DOS LIVROS PODE SER DETERMINADA POR JJUIZ QUANDO HOUVER REQUERIMENTO DE
ACIONISTAS QUE REPRESENTEM PELO MENOS 5% DO CAPITAL SOCIAL APONTANDO VIOLAÇÃO
AO ESTATUTO OU À LEI OU SUSPEITA DE GRAVES IRREGULARIDADES LEVADAS A EFEITO POR
ÓRGÃO DA COMPANHIA.
NO QUE SE REFERE A EXIBIÇÃO PARCIAL DOS LIVROS, O JUIZ PODERÁ A REQUERIMENTO OU
DE OFÍCIO REQUERER A EXIBIÇÃO PARCIAL, PODENDO, INCLUSIVE, SER FEITA EM QUALQUER
PROCESSO (CC/02, ART. 1.191, §1º E NCPC, ART. 421)
Direito Empresarial
- LIVRO OBRIGATÓRIO
1 - É OBRIGATÓRIO AOS EMPRESÁRIOS (EM COMUM) O LIVRO DIÁRIO
O ÚNICO LIVRO OBRIGATÓRIO COMUM A TODO E QUALQUER EMPRESÁRIO É O DIÁRIO, QUE
PODE SER SUBSTITUÍDO POR FICHAS PARA ESCRITURAÇÃO MECANIZADA OU ELETRÔNICA
(CC/02, ART. 1.180), E TAMBÉM PODE SER SUBSTITUIDO POR LIVRO DE BALANCETES DIÁRIOS E
BALANÇOS QUANDO FOR ADOTADO O SISTEMA DE FICHAS DE LANÇAMENTOS (CC/02, ART.
1.185)
POR FORÇA DO ART. 1.184, CAPUT E § 1º DO CC/02 NO LIVRO DIÁRIO DEVEM SER LANÇADAS
“COM INDIVIDUALIZAÇÃO, CLAREZA E CARACTERIZAÇÃO DO DOCUMENTO RESPECTIVO, DIA A DIA,
POR ESCRITA DIRETA OU REPRODUÇÃO, TODAS AS OPERAÇÕES RELATIVAS AO EXERCÍCIO DA
EMPRESA” – PODENDO SER LANÇADA DE FORMA RESUMIDA.
TAMBÉM “SERÃO LANÇADOS NO DIÁRIO O BALANÇO PATRIMONIAL E O DE RESULTADO
ECONÔMICO, DEVENDO AMBOS SER ASSINADOS POR TÉCNICO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS
LEGALMENTE HABILITADO E PELO EMPRESÁRIO OU SOCIEDADE EMPRESÁRIA”. (CC/02, ART. 1.184,
§2º)
2 - NO ÂMBITO TRABALHISTA, FISCAL OU PREVIDENCIÁRIO, PODERÃO SER COBRADOS
OUTROS LIVROS, TODAVIA NÃO SÃO CONSIDERADOS LIVROS EMPRESARIAIS.
3 - É OBRIGATÓRIO AOS EMPRESÁRIOS QUE TRABALHAM COM EMISSÃO DE DUPLICATA
MERCANTIL, O REGISTRO DE DUPLICATA.
4 - É OBRIGATÓRIO AS SOCIEDADES ANÔNIMAS, POR FORÇA DO ART. 100, DA LEI 6.404/1967,
O LIVRO DE REGISTRO DE ATAS DA ASSEMBLEIA, O LIVRO DE REGISTRO DE TRANSFERÊNCIA DE
AÇÕES NOMINATIVAS, ENTRE OUTROS.
5 – LIVROS ESPECIAIS SÃO EXIGIDOS EM VIRTUDE DO EXERCÍCIO DE ALGUMA PROFISSÃO.
EX.: LIVROS IMPOSTOS AOS LEILOEIROS E AOS DONOS DE ARMAZÉNS-GERAIS (DECRETO 1.102/1903,
ART. 7º, CAPUT)
- LIVROS FACULTATIVOS:
DE ACORDO COM ANDRE SANTA CRUZ – PÁGINA 92
SÃO FACULTATIVOS OS LIVROS CAIXA (CONTROLA A ENTRADA E SAÍDA DE DINHEIRO);
ESTOQUE, RAZÃO (CLASSIFICA O MOVIMENTO DAS MERCADORIAS); BORRADOR (RASCUNHO
Direito Empresarial
DO DIÁRIO) E O CONTA CORRENTE (USADO PARA AS CONTAS INDIVIDUALIZADAS DE

FORNECEDORES OU CLIENTES), E OUTROS A CRITÉRIO DO EMPRESÁRIO (CC/02, ART. 1.179, §1º)
ATENÇÃO!
ANTES DE COLOCAR O LIVRO EM USO, O EMPRESÁRIO TEM QUE REGISTRAR NA JUNTA
(AUTENTICAÇÃO DOS LIVROS) PARA QUE TENHA VALOR PROBANTE – ART. 32, INCISO III DA LEI
8.934/1994
DE ACORDO COM ANDRE SANTA CRUZ – PÁGINAS 96 E 97
OS LIVROS EMPRESARIAIS SÃO DOCUMENTOS QUE POSSUEM FORÇA PROBANTE. POR ISSO,
ELES DEVEM SER CONSERVADOS EM BOA GUARDA, ENQUANTO NÃO OCORRER PRESCRIÇÃO
OU DECADÊNCIA NO TOCANTE AOS ATOS NELES CONSIGNADOS (CC/02, ART. 1.194)
NESSE SENTIDO, A EFICÁCIA PROBATÓRIA DOS LIVROS EMPRESARIAIS CONTRA O
EMPRESÁRIO OPERA-SE INDEPENDENTEMENTE DE OS MESMO ESTAREM CORRETAMENTE
ESCRITURADOS. NADA IMPEDE QUE O EMPRESÁRIO DEMONSTRE POR OUTRO MEIO DE PROVA
QUE O LANÇAMENTO ENCONTRA-SE EQUIVOCADO.
EM CONTRAPARTIDA, PARA QUE OS LIVROS FAÇAM PROVA A FAVOR DO EMPRESÁRIO É
PRECISO QUE ELES ESTEJAM REGULARMENTE ESCRITURADOS (CC/02, ART. 418) OBEDECENDO
OS REQUISITOS QUE ESTABELECE O CC/02, ART. 1.183 “A ESCRITURAÇÃO SERÁ FEITA EM IDIOMA
E MOEDA CORRENTE NACIONAIS E EM FORMA CONTÁBIL, POR ORDEM CRONOLÓGICA DE DIA, MÊS E
ANO, SEM INTERVALOS EM BRANCO, NEM ENTRELINHAS, BORRÕES, RASURAS, EMENDAS OU
TRANSPORTES PARA AS MARGENS”, BEM COMO A LEI 8.934/1994, ART. 32, INCISO III SOMENTE
SERÃO AUTENTICADOS OS LIVROS EMPRESARIAIS DOS EMPRESÁRIOS DEVIDAMENTE
REGISTRADOS NA JUNTA COMERCIAL.
MICROEMPRESÁRIO E EMPRESÁRIO DE PEQUENO PORTE
DE ACORDO COM ANDRE SANTA CRUZ – PÁGINA 93 A 94

CABE RESSALTAR QUE A SITUAÇÃO ESPECIAL DOS MICROEMPRESÁRIOS E EMPRESÁRIOS DE
PEQUENO PORTE, UMA VEZ QUE, POR FORÇA DO CC/02, ART. 1.179, § 2º, DISPENSA ‘O PEQUENO
EMPRESÁRIO’ QUE SE REFERE O CC/02, ART. 970 E CF/88, ART. 179 (TRATAMENTO DIFERENCIADO
E FAVORECIDO) DAS EXIGENCIAS RELATIVAS A MANUTENÇÃO DE UM SISTEMA DE
ESCRITURAÇÃO E DE LEVANTAR ANUALMENTE OS BALANÇOS PATRIMONIAIS E DE RESULTADO
ECONÔMICO.
Direito Empresarial
INSTA SALIENTAR QUE A DOUTRINA MAJORITÁRIA ASSEGURAVA QUE A EXPRESSÃO

“PEQUENO EMPRESÁRIO” ENGLOBAVA TANTO O EMPRESÁRIO DE PEQUENO PORTE QUANTO
O MICROEMPRESÁRIO, TANTO É, QUE FOI RATIFICADO PELO ENUNCIADO 235 DO CJF “O
PEQUENO EMPRESÁRIO, DISPENSADO DA ESCRITURAÇÃO, É AQUELE PREVISTO NA LEI 9.841/99”.
CONTUDO, ESSE ENTENDIMENTO FOI ALTERADO COM A LC 123/2006, ART. 68, QUE
CONCEITUOU O PEQUENO EMPRESÁRIO COMO “EMPRESÁRIO INDIVIDUAL CARACTERIZADO
COMO MICROEMPRESA NA FORMA DESTA LEI COMPLEMENTAR QUE AUFIRA RECEITA BRUTA ANUEL
DE ATÉ R$ 60.000,00”.
LOGO, COMO CONSEQUÊNCIA LÓGICA AO APONTADO, O PEQUENO EMPRESÁRIO QUE SE
REFERE O CC/02, ART. 1.179, § 2º NA VERDADE SE APLICA AOS MICROEMPRESÁRIOS E
EMPRESÁRIOS DE PEQUENO PORTE.
- PRIVILÉGIOS PARA ME E EPP – PÁGINA 905 E 906
1 – QUANTO AO PROCEDIMENTO LICITATÓRIO LC 123/06, ARTS. 44 AO 46 NO QUE SE REFERE A
DESNECESSIDADE DE COMPROVAÇÃO DE REGULARIDADE FISCAL PARA PARTICIPAR DO
CERTAME E A PREFERÊNCIA EM CASO DE EMPATE, AINDA O PODER PÚBLICO PODE CRIAR
PROCEDIMENTOS LICITATÓRIOS DIFERENCIADOS QUE DEEM TRATAMENTO DIFERENCIADO AS
ME E EPP, MAS SSO SOMENTE PODE SER FEITO COM PREVISÃO EXPRESSA EM LEI ESPECÍFICA
DO ENTE COMPETENTE, COM A FINALIDADE DE PROMOVER O DESENVOLVIMENTO
ECONOMICO E SOCIAL DO MUNICÍPIO OU REGIAO, AMPLICAR A EFICIENCIA DAS POLÍTICAS
PÚBLICAS E INCENTIVAR A INOVAÇÃO TECNOLÓGICA (LC 123/06, ART. 47 + 49, INCISOS I AO IV)
+ AUSÊNCIA DOS IMPEDIMENTOS.
ATENÇÃO! LC 123/06, ARTS. 47, 48 E 49, INCISOS I AO III + § 2º

A - QUANDO O VALOR DA LICITAÇÃO NÃO ULTRAPASSAR R$ 80.000,00 A LICITAÇÃO PODERÁ
SER FEITA EXCLUSIVAMENTE AOS MES E EPPS.
B – POSSIBILIDADE DE SUBCONTRATAÇÃO DE NO MÁXIMO 30% DO TOTAL LICITADO, PODENDO
O PAGAMENTO SER FEITO PELO PODER PÚBLICO DIRETAMENTE AO ME OU EPP.
C – POSSIBILIDADE DE PREVISÃO DE COTA DE ATÉ 25% DO OBJETO PARA A CONTRATAÇÃO DE
ME E EPP PARA AQUISIÇÃO DE BENS E SERVIÇO DE NATUREZA DIVISÍVEL.
A SOCIEDADE DE ADVOGADOS
NÃO SÃO CONSIDERADOS EMPRESÁRIOS O ADVOGADO E A SOCIEDADE DE ADVOGADO (UNI E

PLURI).
Direito Empresarial
É UMA SOCIEDADE SIMPLES, OU SEJA, NÃO EMPRESÁRIA. CABE RESSALTAR QUE A SOCIEDADE
DE ADVOGADO (S) NÃO PODE TER NENHUM TIPO SOCIETÁRIO, POR FORÇA DA LEI 8.906/94.
??????
DE ACORDO COM ANDRÉ SANTA CRUZ, NAS PÁGINAS 67 E 68
LEI 8.906/1994 (ESTATUTO DA OAB), ART. 15 A 17, DISPÕEM SOBRE A SOCIEDADE DE
ADVOGADOS QUE É UMA “SOCIEDADE CIVIL DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇO DE ADVOCACIA”. OU
SEJA, TEM NATUREZA CIVIL (SIMPLES) E ORGANIZADA SOB A FORMA DE SOCIEDADE EM NOME
COLETIVO, LOGO, RESPONDEM TODOS OS SÓCIOS DE MANEIRA SOLIDÁRIA E ILIMITADAPELAS
OBRIGAÇÕES SOCIAIS.
CABE SALIENTAR A JURISPRUDÊNCIA DO STJ (AGRG 518.309PR), EM QUESTÕES
RELACIONADAS AO DIREITO TRIBUTÁRIO, AFIRMOU QUE AS SOCIEDADES DE ADVOGADOS
OSTENTAM “INDOLE EMPRESARIAL”, NÃO SE DISTINGUINDO, NO PLANO FÁTICO, DAS DEMAIS
SOCIEDADES PRESTADORAS DE SERVIÇOS CONSTITUIDAS POR OUTROS PROFISSIONAIS
LIBERAIS.
LOGO – PARA O AUTOR - A REGRA DE SOCIEDADE SIMPLES DO ESTATUTO DA OAB, EM SEU ART.
15 A 17, CONSTITUE EM EXCEÇÃO A REGRA DO CC/02, ART. 966, PARÁGRAFO ÚNICO QUE
CONCEITUA O EMPRESÁRIO.
SOCIEDADE COOPERATIVA
L. 5.764/71
DE ACORDO COM ANDRÉ SANTA CRUZ, NAS PÁGINAS 70, 71, 430 E 431.
POR REGRA, A NATUREZA EMPRESÁRIA DECORRE DA ANÁLISE MATERIAL, OU SEJA, ANÁLISE
DO OBJETO EXPLORADO PELA SOCIEDADE. ASSIM, SE A SOCIEDADE EXPLORAR ATIVIDADE
EMPRESARIAL, SERÁ CONSIDERADA UMA SOCIEDADE EMPRESÁRIA, REGISTRANDO-SE NA
JUNTA E SUBMETENDO-SE AO REGIME JURÍDICO EMPRESARIAL.
POR EXCEÇÃO, POR FORÇA DO CC/02, ART. 982, PARÁGRAFO ÚNICO, DISPÕE QUE
“INDEPENDENTEMENTE DE SEU OBJETO, CONSIDERA-SE EMPRESÁRIA A SOCIEDADE POR AÇÕES; E,
SIMPLES, A COOPERATIVA”.
O LEGISLADOR DETERMINOU QUE A COOPERATIVA PE SEMPRE UMA SOCIEDADE SIMPLES,
POUCO IMPORTANTO SE ELA EXERCCE UMA ATIVIDADE EMPRESARIAL DE FORMA
ORGANIZADA E COM INTUITO DE LUCRO.
CABE MENCIONAR QUE A CONSTITUIÇÃO, NO ART. 5º, INCISO XVIII, PREVÊ A CRIAÇÃO DA
SOCIEDADE COOPERATIVA INDEPENDENTEMENTE DE AUTORIZAÇÃO, E VEDOU A
INTERFERÊNCIA ESTATAL NO SEU FUNCIONAMENTO.
Direito Empresarial
AS CARACTERÍSTICAS DA COOPERATIVA, ESTÃO DETALHADAS NO CC/02, ART. 1.094, INCISOS I

AO VIII.
JÁ A RESPONSABILIDADE, ESTA PREVISTA NO CC/02, ART. 1.095, “PODE SER LIMITADA OU
ILIMITADA”
- LIMITADA (CC/02, ART. 1.095, §1º) É LIMITADA A RESPONSABILIDADE NA COOPERATIVA EM QUE O
SÓCIO RESPONDE SOMENTE PELO VALOR DE SUAS QUOTAS E PELO PREJUÍZO VERIFICADO NAS
OPERAÇÕES SOCIAIS, GUARDADA A PROPORÇÃO DE SUA PARTICIPAÇÃO NAS MESMAS OPERAÇÕES.
- ILIMITADA (CC/02, ART. 1.095, §2º) É ILIMITADA A RESPONSABILIDADE NA COOPERATIVA EM QUE O
SÓCIO RESPONDE SOLIDÁRIA E ILIMITADAMENTE PELAS OBRIGAÇÕES SOCIAIS.
ATENÇÃO!
LEI 8.934/1994, ART. 32, INCISO II, ALÍNEA A – REGISTRO NA JUNTA COMERCIAL DEVE SER FEITO
PELA SOCIEDADE EMPRESARIA E PELA SOCIEDADE COOPERATIVA.
A SOCIEDADE COOPERATIVA NÃO É EMPRESÁRIA, MAS É NECESSÁRIO O REGISTRO NA JUNTA
COMERCIAL, POR FORÇA DA LEI 5.764/71, ART. 18 + ART. 982, PARAGRAFO ÚNICO, PARTE FINAL.
PERGUNTA:
- A SOCIEDADE COOPERATIVA PODE PLEITEAR RECUPERAÇÃO JUDICIAL?
RESPOSTA: NÃO, POR FORÇA DA LEI 11.101/05, ART. 1º + CC/02, ART. 982, PARAGRAFO ÚNICO,
PARTE FINAL. A COOPERATIVA É CONSIDERADA UMA SOCIEDADE SIMPLES, PORTANTO, NÃO
ABARCADA PELA LEGISLAÇÃO FALIMENTAR, LOGO ELA ESTA SUJEITA A LIQUIDAÇÃO
EXTRAJUDICIAL PREVISTA NA LEI 5.764/71.
FALÊNCIA

NUMA BREVE INTRODUÇÃO, INFORMA QUE CABE AO CREDOR, INDIVIDUALMENTE, BUSCAR
NO PATRIMÔNIO DO DEVEDOR A SATISFAÇÃO DO SEU CRÉDITO.
CONTUDO, DIANTE DA INJUSTIÇA DA REGRA DA EXECUÇÃO INDIVIDUAL QUANTO AO DEVEDOR
INSOLVENTE E EM OBEDIÊNCIA AO PRINCÍPIO DA PAR CONDITIO CREDITORIUM (DEVE SER DADO
AOS CREDORES TRATAMENTO ISONÔMICO), O ORDENAMENTO JURÍDICO ESTABELECE UM
PROCESSO DE EXECUÇÃO CONCURSAL CONTRA ELE.
Direito Empresarial
CONTUDO ESSA EXECUÇÃO CONCURSAL VARIA DE ACORDO COM A QUALIDADE DO DEVEDOR,

OU SEJA:
1 – NÃO SENDO EMPRESÁRIO: EXECUÇÃO DEVERÁ SER FEITA POR CONCURSO DE CREDORES
(NCPC, ART. 1.052)
2 – EMPRESÁRIO: REGULADO PELA LEGISLAÇÃO FALIMENTAR (LEI 11.101/05), OU SEJA, EXISTE
PROCEDIMENTO ESPECÍFICO PARA QUE O DEVEDOR EMPRESÁRIO EFETUE O PAGAMENTO
COM A APLICAÇÃO DE PRERROGATIVAS, EM RESPEITO A FUNÇÃO SOCIAL DA EMPRESA.
ATENÇÃO!
SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA TEM QUE SER CONSTITUIDA COMO SOCIEDADE ANÔNIMA,
E DE ACORDO COM O ENTENDIMENTO DOMINANTE ELA É CONSIDERADA COMO SOCIEDADE
EMPRESÁRIA. CONTUDO, A LEI DE FALÊNCIAS EXCLUI A S.E.M., POR FORÇA DO ART. 2º, INCISO
I DA REFERIDA LEI.
CONCEITO
OU SEJA, A FALÊNCIA É UM INSTITUTO TÍPICO DO REGIME JURÍDICO EMPRESARIAL, APLICÁVEL
TÃO SOMENTE AOS DEVEDORES EMPRESÁRIOS, SENDO CERTO AFIRMAR QUE É A EXECUÇÃO
CONCURSAL DO DEVEDOR EMPRESÁRIO.
NATUREZA JURÍDICA
NATUREZA NITIDAMENTE PROCESSUAL, CONTUDO POR REGULAR INSTITUTO DE DIREITO

MATERIAL, COMO POR EXEMPLO, OS EFEITOS DA DECRETAÇÃO DA QUEBRA EM RELAÇÃO AOS
BENS, ENTRE OUTROS. FICA RECONHECIDO O CARÁTER HÍBRIDO OU COMPLEXO, DIANTE DA
CONFLUÊNCIA DE NORMAS PROCESSUAIS E MATERIAIS NO ARCABOUÇO JURÍDICO-
FALIMENTAR.
DO PAGAMENTO DOS CREDORES
DE ACORDO COM ANDRÉ SANTA CRUZ, NAS PÁGINAS 800 A 809

A GRANDE FINALIDADE DA REALIZAÇÃO DO ATIVO DO DEVEDOR FALIDO É A ARRECADAÇÃO
DE RECURSOS PARA O PAGAMENTO DOS CREDORES, DE ACORDO COM A ORDEM DE
PREFERÊNCIA, PREVISTA NO ART. 83 C/C ART 149 DA LRE.
1 – PAGAMENTO ANTECIPADO CABE DESTACAR QUE O ADMINISTRADOR JUDICIAL TEM O
DEVER DE EFETUAR O PAGAMENTO (ASSIM QUE TIVER DISPONIBILIDADE NO CAIXA), NOS
SEGUINTES CASOS:
Direito Empresarial
A - PAGAMENTOS QUE SEJAM INDISPENSÁVEIS A ADMINISTRAÇÃO DA FALÊNCIA, OU PARA A

CONTINUIDADE PROVISÓRIA DAS ATIVIDADES LRE, ART. 150 C/C 99, INCISO XI
B - CRÉDITOS TRABALHISTAS (NATUREZA SALARIAL) VENCIDOS NOS ÚLTIMOS 3 MESES
ANTERIORES A DECRETAÇÃO DA FALÊNCIA (LIMITE DE CINCO SALÁRIOS MÍNIMOS PARA CADA
TRABALHADOR) LRE, ART. 151
2 – RESTITUIÇÕES
3 – CRÉDITOS EXTRACONCURSAIS – ART. 84 DA LRE
I – REMUNERAÇÃO (ADMINISTRADOR, AUXILIARES) E CRÉDITOS TRABALHISTAS OU ACIDENTE DE
TRABALHO
II – QUANTIAS FORNECIDAS À MASSA PELOS CREDORES
III – DESPESAS COM ARRECADAÇÃO, ADMINISTRAÇÃO, REALIZAÇÃO DO ATIVO E DISTRIBUIÇÃO DO
SEU PRODUTO, BEM COMO CUSTAS DO PROCESSO DE FALÊNCIA
IV – CUSTAS JUDICIAIS (AÇÕES E EXECUÇÕES EM QUE A MASSA FALIDA TENHA SIDO VENCIDA)
V – OBRIGAÇÕES RESULTANTES DE ATOS JURÍDICOS VÁLIDOS PRATICADOS DURANTE A
RECUPERAÇÃO JUDICIAL, NOS TERMOS DO ART. 67 DA LRE, OU APÓS A DECRETAÇÃO DA FALÊNCIA,
E TRIBUTOS RELATIVOS A FATOS GERADORES OCORRIDOS APÓS DA DECRETAÇÃO DA FALÊNCIA,
RESPEITADA A ORDEM ESTABELECIDA NO ART. 83 DA LRE.
CABE OBSERVAR QUE OS CRÉDITOS EXTRACONCURSAIS TAMBÉM OBEDECEM UMA ORDEM DE
PREFERÊNCIA, E TAMBÉM MENCIONAR QUE ESSES CRÉDITOS DECORREM DA DECRETAÇÃO
FALÊNCIA.
POSIÇÃO STJ - RESP 1.152.218

“SÃO CRÉDITOS EXTRACONCURSAIS OS HONORÁRIOS DE ADVOGADO RESULTANTES DE TRABALHOS
PRESTADOS A MASSA FALIDA, DEPOIS DO DECRETO DE FALÊNCIA, NOS TERMOS DO ART. 84 E 149 DA
LEI N. 11.101/2005”
4 – CRÉDITOS CONCURSAIS – LRE, ART. 83

I – CRÉDITOS TRABALHISTAS (LIMITE 150 SALÁRIOS MÍNIMOS POR TRABALHADOR) E DECORRENTES
DE ACIDENTES DE TRABALHO;
OBSERVAÇÃO:
A - NATUREZA DE VERBA ALIMENTAR JUSTIFICA SUA POSIÇÃO;
Direito Empresarial
B – O LIMITE DE 150 SL TEM POR FIM EVITAR A PRATICA DE INDENIZAÇÕES FORJADAS DE VALORES
EXORBITANTES, AINDA, 90% DOS CRÉDITOS TRABALHISTAS COBRADOS EM PROCESSO FALIMENTAR
NÃO ULTRAPASSA ESSE VALOR (DE ACORDO COM PESQUISAS JUNTO A JUSTIÇA DO TRABALHO);
C – NÃO SE ENQUADRA NO LIMITE, OS CRÉDITOS DECORRENTES DE ACIDENTES DE TRABALHO;
D – OS CRÉDITOS CEDIDOS A TERCEIROS SÃO CONSIDERADOS QUIROGRAFÁRIOS, COM O FIM DE
INIBIR O “CAMBIO NEGRO”, OU SEJA, EVITAR A COMPRA POR TERCEIROS DE CRÉDITOS
TRABALHISTAS POR VALORES INFÍMOS, TENDO EM VISTA A POSIÇÃO VULNERÁVEL DO
TRABALHADOR.
ATENÇÃO! HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS: HAVIA DIVERGÊNCIA QUANTO A CLASSIFICAÇÃO DOS

HONORÁRIOS EM PROCESSOS DE FALÊNCIA E RECUPERAÇÃO JUDICIAL
A – TURMA DE DIREITO PÚBLICO (PRIMEIRA SEÇÃO) = COM O RESP 941.652, ENTENDEU A NÃO
EQUIPARAÇÃO DOS HONORÁRIOS AOS CRÉDITOS TRABALHISTAS, PORTANTO OS
HONORÁRIOS SUCUMBENCIAIS NÃO PODERIAM SE SOBREPOR AOS CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS.
B – TURMA DE DIREITO PRIVADO (SEGUNDA SEÇÃO): POSICIONAMENTO DIVERGENTE.
C – TERCEIRA TUMA: POSICIONAMENTOS CONFLITANTES, POSTO QUE NOS RESP 988.126/SP E
RESP 1.377.764/MS ADOTOU POSICIONAMENTE DE QUE OS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS DE
SUCUMBENCIA FORAM INSERIDOS NA CLASSE DOS CRÉDITOS TRABALHISTAS. ENTRETANTE,
NO JULGAMENTO DO RESP 939.577/RS NEGOU SEGUIMENTO A EQUIPARAÇÃO.
D – QUARTA TURMA: NEGAVAM A EQUIPARAÇÃO DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS DE
SUCUMBÊNCIA AOS CRÉDITOS TRABALHISTAS, E INSERIA NA CLASSE DOS CRÉDITOS DE
PRIVILÉGIO REAL, CONFORME LEI 11.10105, ART. 83, INCISO V C/C LEI 8.906/1994, ART. 24.
POSIÇÃO DO STJ - RESP 1.152.218/RS

“OS CRÉDITOS RESULTANTES DE HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS, SUCUMBENCIAIS OU CONTRATUAIS,
TÊM NATUREZA ALIMENTAR E EQUIPARAM-SE AOS TRABALHISTAS PARA EFEITO DE HABILITAÇÃO
EM FALÊNCIA, SEJA PELA REGÊNCIA DO DL 7.661/1945, SEJA PELA FORMA PREVISTA NA LEI 11.101/05,
OBSERVADO O LIMITE ESTABELECIDO NO ART. 83, INCISO I, DO REFERIDO DIPLOMA LEGAL”
II – CRÉDITOS COM GARANTIA REAL, POR EX., CRÉDITOS HIPOTECÁRIOS, PIGNORATÍCIOS,

CAUSIONADOS, DEBÊNTURES E DE INSTITUIÇÃO FINANCEIRA DECORRENTES DE CÉDULAS DE CRÉDITO
RURAL (VALOR LIMITADO AO VALOR DO BEM GRAVADO).
ESSES CRÉDITOS NÃO ESTÃO SUJEITOS A RATEIO, OU SEJA, O PRODUTO DA VENDA DO VEM DADO
EM GARANTIA REAL À DÍVIDA SERÁ USADO PARA O PAGAMENTO DO CREDOR GARANTIDO.
CABE RESSALTAR QUE SE OS BENS NÃO GRAVADOS DO DEVEDOR FOREM INSUFICIENTES PARA O
PAGAMENTOS DOS CREDORES EXTRACONCURSAIS, OU RESTITUIÇÕES EM DINHEIROS, OU DOS
Direito Empresarial
CREDORES TRABALHISTAS E ACIDENTÁRIOS, OS BENS GRAVADOS SERÃO USADOS PARA A

QUITAÇÃO DESSES CRÉDITOS, EM OBEDIÊNCIA A ORDEM DE PREFERÊNCIA.
III – CRÉDITOS FISCAIS “OS CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS, INDEPENDENTEMENTE DA SUA NATUREZA E
TEMPO DE CONSTITUIÇÃO, EXCETUADAS AS MULTAS TRIBUTÁRIAS”.
OU SEJA, É POSSÍVEL A COBRANÇA DOS CRÉDITOS DECORRENTES DE MULTAS TRIBUTÁRIAS NO
PROCESSO FALIMENTAR, CONTUDO, ENCONTRA-SE NO INCISO VII.
OBSERVAÇÃO:
HIERARQUIA INTERNA PARA RECEBER PAGAMENTO DO TRIBUTO CTN, ART. 187 C/C LEI 6.830/1980,
ART. 29, PARÁGRAFO ÚNICO
A – UNIÃO E AUTARQUIAS;
B – ESTADOS, DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS E SUAS AUTARQUIAS (CONJUNTO E PRO RATA);
C – MUNICÍPIOS E AUTARQUIAS (CONJUNTO E PRO RATA).
IV – CRÉDITOSCOM PRIVILÉGIOS ESPECIAIS

A – LEI 10.406/2002, ART. 964; (O CREDOR POR DESPESAS DE SALVAMENTO E O CREDOR POR
BENFEITORIAS NECESSÁRIAS OU ÚTEIS)
B – OUTROS DEFINIDOS EM OUTRAS LEIS CIVIS E COMERCIAIS;
C – TITULAR COM DIREITO DE RETENÇÃO SOBRE A COISA DADA EM GARANTIA;
D – EM FAVOR DOS ME E EPP
V – CRÉDITOS COM PRIVILÉGIO GERAL

A – CC/02, ART. 965; (DESPESA DE FUNERAL, E LUTO DO CONJUGE E FILHOS DO DEVEDOR FALECIDO)
B – LEI 11.101/05, ART. 67, PARÁGRAFO ÚNICO
C - OUTROS DEFINIDOS EM OUTRAS LEIS CIVIS E COMERCIAIS;
VI – CRÉDITOS QUIROGRAFÁRIOS: ENVOLVE TODOS OS CRÉDITOS QUE NÃO POSSUEM NENHUMA

ESPÉCIE DE GARANTIA OU PRIVILÉGIO, OU SEJA, DECORREM DE UMA OBRIGAÇÃO CAMBIAL
INADIMPLIDA, DE UMA INDENIZAÇÃO POR ATO ILÍCITO OU DE UMA OBRIGAÇÃO CONTRATUAL NÃO
HONRADA, ENTRE OUTROS.
A – AQUELES QUE NÃO ESTÃO PREVISTOS DOS DEMAIS INCISOS DO ART.83 DA LRE
Direito Empresarial
B – SALDOS DE CREDITOS NÃO COBERTOS PELO PRODUTO DA ALIENAÇÃO DOS BENS VINCULADOS
AO SEU PAGAMENTO
C – OS SALDOS DOS CRÉDITOS DERIVADOS DA LEGISLAÇÃO DO TRABALHO QUE EXCEDEREM O LIMITE
ESTABELECIDO NO ART. 83, INCISO I.
VII – MULTAS E PENAS PECUNIÁRIAS

“AS MULTAS CONTRATUAIS E AS PENAS PECUNIÁRIAS POR INFRAÇÃO DAS LEIS PENAIS OU
ADMINISTRATIVAS, INCLUSIVE AS MULTAS TRIBUTÁRIAS”
ENTENDIMENTO CONTRÁRIO AO FIRMADO PELO STF, SÚMULA 565 “A MULTA FISCAL MORATÓRIA
CONSTITUI PENA ADMINSITRATIVA, NÃO SE INCLUINDO NO CRÉDITO HABILITADO EM FALÊNCIA”
VIII – CRÉDITOS SUBORDINADOS, OU SEJA, SÃO OS CREDORES, POR EX., TITULAR DE DEBENTURES
SUBORDINADAS E OS SÓCIOS E ADMINISTRADORES DA SOCIEDADE SEM VÍNCULO EMPREGATÍCIO,
ESSE CRÉDITO NÃO CORRESPONDE AOS VALORES DE SUAS AÇÕES OU QUOTAS, TRATA-SE, POR EX.,
DE CRÉDITO DECORRENTE DE UM EMPRÉSTIMO CONTRAIDO PELA SOCIEDADE JUNTO AO SÓCIO.
ATENÇÃO! OS VALORES DE AÇÕES E QUOTAS NÃO SÃO OPONÍVEIS A MASSA FALIDA, POR FORÇA DA
LRE, ART. 83, §2º
A – PREVISTOS EM LEI OU CONTRATO
B – DOS SÓCIOS E DOS ADMINISTRADORES SEM VÍNCULO EMPREGATÍCIO
DISSOLUÇÃO IRREGULAR DE EMPRESA

ISTO É, O ENCERRAMENTO DAS ATIVIDADES SEM A DEVIDA BAIXA NA JUNTA COMERCIAL.
STJ, SÚMULA 435 “PRESUME-SE DISSOLVIDA IRREGULARMENTE A EMPRESA QUE DEIXAR DE
FUNCIONAR NO SEU DOMICÍLIO FISCAL, SEM COMUNICAÇÃO AOS ÓRGÃOS COMPETENTES,
LEGITIMANDO O REDIRECIONAMENTO DA EXECUÇÃO FISCAL PARA O SÓCIO-GERENTE”
CONTUDO, ESSE ENTEDIMENTO SE RESTRINGE À EXECUÇÃO FISCAL.
CABE SALIENTAR QUE AS TUMAS DE DIREITO PRIVADO DO STJ (TERCEIRA E QUARTA TURMAS
QUE COMPOEM A SEGUNDA SEÇÃO) ENTENDEM QUE A MERA DISSOLUÇÃO IRREGULAR, NÃO
É MOTIVO SUFICIENTE PARA APLICAÇÃO DO INSTITUTO DA DESCONSIDERAÇÃO DA
PERSONALIDADE JURÍDICA. (RESP 550.419/RS, RESP 1.386.576/SC E RESP 251.800/SP)
Direito Empresarial
ATENÇÃO!
NÃO IMPORTA O ADMINISTRADOR QUE ESTAVA NO ATO CONSTITUTIVO DA EMPRESA, MAS
NO MOMENTO EM QUE A EMPRESA FOI DESCONSTÍTUIDA – DISSOLUÇÃO IRREGULAR – A
EXECUÇÃO SERÁ REDIRECIONADA AO SÓCIO-ADMINISTRADOR.
Direito Empresarial
AULA 02 – 25/08/2016
OBSERVAÇÃO!
RELAÇÃO JURÍDICA EMPRESARIAL ABARCA O SUJEITO NÃO EMPRESARIAL.
O SUJEITO DO DIREITO EMPRESARIAL PODE SER NATURAL OU JURÍDICA, SENDO COMUM O
EXERCÍCIO POR PESSOA JURÍDICA.
FALÊNCIA
PARTE II
- NÃO EMPRESÁRIO
CONCURSO DE CREDORES (CPC/73, ART. 748/786-A C/C CPC/15, ART. 1.052): DIZ RESPEITO À
PESSOA NATURAL INSOLVENTE E NÃO EMPRESÁRIA
PERGUNTA
O FISCO (PGE/PGM) PODE AJUIZAR EXECUÇÃO CONCURSAL DE UM DEVEDOR INSOLVENTE?
RESPOSTA: DE ACORDO COM ANDRÉ SANTACRUZ, NAS PÁGINAS 718 E 719.
NÃO, SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA JÁ ENTENDEU NO RESP 164.389/MG E NO RESP
287.824/MG QUE A FAZENDA PÚBLICA NÃO POSSUI LEGITIMIDADE, NEM INTERESSE DE AGIR,
UMA VEZ QUE POSSUI INSTRUMENTO PRÓPRIO, EXECUÇÃO FISCAL, PARA COBRANÇA DE
CRÉDITO TRIBUTÁRIO.
PRINCÍPIOS DA FALÊNCIA
DE ACORDO COM ANDRÉ SANTACRUZ, NAS PÁGINAS 710 E 711

DE ACORDO COM A LRE, ART. 75 E PARÁGRAFO ÚNICO, O OBJETIVO PRIMORDIAL É “PROMOVER
O AFASTAMENTO DO DEVEDOR DAS SUAS ATIVIDADES”, VISANDO, “PRESERVAR E OTIMIZAR A
UTILIZAÇÃO PRODUTIVA DOS BENS, ATIVOS E RECURSO PRODUTIVOS, INCLUSIVE OS INTANGÍVEIS,
DA EMPRESA”.
LOGO, DESTACAM-SE OS SEGUINTES PRINCÍPIOS:
Direito Empresarial
1 – PRESERVAÇÃO DA EMPRESA, COM O FIM DE EVITAR A DETERIORIZAÇÃO E

DESVALORIZAÇÃO DO NEGÓCIO.
2 – MAXIMIZAÇÃO DOS ATIVOS, COM O FIM DE PAGAMENTO DOS CREDORES PELA MASSA
FALIDA.
3 – CELERIDADE E ECONOMIA PROCESSUAL, TEM COMO FINALIDADE, MAIS UMA VEZ, EVITAR
O DESVALORIZAÇÃO E A DETERIORIZAÇÃO DOS ATIVOS DO DEVEDOR, BEM COMO ATRASO NO
PAGAMENTO DOS CREDORES.
CABE DESTACAR QUE A DECRETAÇÃO DE FALÊNCIA DO DEVEDOR, SEJA ELE EMPRESÁRIO

INDIVIDUAL, OU SOCIEDADE EMPRESÁRIA, NÃO ACARRETA, NESSARIAMENTE, NO FIM DA
ATIVIDADE EMPRESÁRIA.
ESSA ATIVIDADE PODE SER EXERCIDA POR OUTRO EMPRESÁRIO, NO CASO, POR EXEMPLO, DA
VENDA DO ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL DO DEVEDOR, NOS TERMOS DA LRE, ART. 140,
INCISO I.
PRESSUPOSTOS DA FALÊNCIA

1 – MATERIAL SUBJETIVO: QUALIDADE DE EMPRESÁRIO DO DEVEDOR;
2 – MATERIAL OBJETIVO: INSOLVENCIA DO DEVEDOR (JURÍDICA OU PRESUMIDA);
ATENÇÃO 01!
***INSOLVÊNCIA REAL, INSOLVABILIDADE, ECONÔMICA OU DEFINITIVA É QUANDO O ATIVO
ENCONTRA-SE INFERIOR EM COMPARAÇÃO AO PASSIVO. DE ACORDO COM RUBENS REQUIÃO,
SERIA O SISTEMA DE ESTADO PATRIMONIAL DEFICITÁRIO.
***INSOLVÊNCIA JURÍDICA, FICTA, PRESUMIDA É QUANDO OCORRE AS SEGUINTES HIPÓTESES
DA LRE, ART. 94, INCISOS I AO III – CAUSAS ALTERNATIVAS:
I – IMPONTUALIDADE (NECESSÁRIO O PROTESTO TRÊS POSIÇÕES);
II – EXECUÇÃO FRUSTRADA;
III – O DEVEDOR PRATICA ATOS DE FALÊNCIA (ALINEA A ATÉ G)
Direito Empresarial
A PRESUNÇÃO DE INSOLVÊNCIA POR LEI E É RELATIVA IURIS TANTUM, UMA VEZ QUE O
EMPRESÁRIO PODERÁ COMPROVAR O CONTRÁRIO.
PERGUNTA
UMA VEZ DECRETADA A FALÊNCIA, O JUIZ TEM O DEVER DE NOMEAR A DEFENSORIA PÚBLICA,
COM BASE NA MISERABILIDADE DO DEVEDOR?
RESPOSTA: NÃO NECESSÁRIAMENTE, UMA VEZ QUE DEPENDE DO TIPO DE INSOLVÊNCIA DO
DEVEDOR (REAL OU FICTA). SE FOR REAL, SIM, UMA VEZ QUE O ATIVO É MENOR QUE O
PASSIVO, CONTUDO SE SUA INSOLVÊNCIA FOR FICTA, SEJA POSSÍVEL, INCLUSIVE SOBRA NO
ATIVO DA EMPRESA AO FINAL DE FALÊNCIA, LOGO NÃO HÁ MISERABILIDADE NESSE CASO,
HIPÓTESE DA LRE, ART. 153 E ART. 158, INCISO I.
3 – FORMAL: DECRETAÇÃO POR SENTENÇA DA FALÊNCIA (NATUREZA CONSTITUTIVA).

NECESSARIAMENTE DEVE EXISTIR UMA SENTENÇA DECRETANDO A FALÊNCIA DO SUJEITO. O
ENTENDIMENTO MAJORITÁRIO É NO SENTIDO DE QUE A NATUREZA JURÍDICA DA SENTENÇA
QUE DECRETA A FALÊNCIA DO DEVEDOR É CONSTITUTIVA, POSTO QUE CRIA UMA RELAÇÃO
JURÍDICA NOVA, COM A TRANSMUTAÇÃO DA INSOLVÊNCIA PARA FALÊNCIA DO DEVEDOR.
NESSE SENTIDO É A SENTENÇA DECRETANDO A FALÊNCIA O DEVODOR QUE CRIA A MASSA
FALIDA.
ATENÇÃO!
O CREDOR DO FALIDO É DIFERENTE DO CREDOR DA MASSA FALIDA, SENDO CERTO AFIRMAR
QUE O PRIMEIRO SE REFERE AOS CRÉDITOS CONSTITUIDOS ANTES DA SENTENÇA DE
DECRETAÇÃO DA FALÊNCIA DO INDIVÍDUO, PAGAMENTO POR FORÇA DA LRE, ART. 83,
CONSEQUENTEMENTE, O SEGUNDO, OU SEJA, CREDOR DA MASSA FALIDA, SÃO OS CRÉDITOS
CONSTITUÍDOS APÓS A SENTENÇA DE DECRETAÇÃO DA FALÊNCIA DO DEVEDOR, E O
PAGAMENTO SERÁ NA ORDEM DE CRÉDITO EXTRACONCURSAL, POR FORÇA DA LRE, ART. 84,
III
PERGUNTA:
É NECESSÁRIO O TRÂNSITO EM JULGADO DA SENTENÇA DE DECRETAÇÃO DA FALÊNCIA DO
DEVEDOR PARA OS CREDORES RECEBEREM?
Direito Empresarial
RESPOSTA: DA SENTENÇA QUE DECRETA A FALÊNCIA DO DEVEDOR CABE O RECURSO DE

AGRAVO DE INSTRUMENTO, LRE, ART. 100 E, EM REGRA, O RECURSO DE AGRAVO DE
INSTRUMENTO SÓ POSSUI EFEITO DEVOLUTIVO, PORTANTO, SE NÃO FOR APLICADO O EFEITO
SUSPENSIVO A DECISÃO, OS CREDORES PODERÃO EXECUTAR A QUANTIA DE DIREITO,
OBEDENCENDO A ORDEM DE PREFERÊNCIA NO PAGAMENTO.
PROCEDIMENTO PARA A DECRETAÇÃO DE FALÊNCIA
DE ACORDO COM ANDRÉ SANTACRUZ, NA PÁGINA 712

PARA INICIAR UM PROCESSO ESPECIAL DE EXECUÇÃO CONCURSAL É NECESSÁRIO PREENCHER
OS TRÊS PRESSUPOSTOS ACIMA, POR FORÇA DA LRE, ART. 94, INCISOS I AO III.
(I) IMPONTUALIDADE INJUSTIFICADA, OU SEJA, QUANDO O DEVEDOR NÃO PAGA,
INJUSTIFICADAMENTE, UMA DETERMINADA OBRIGAÇÃO LÍQUIDA NO SEU VENCIMENTO, ACIMA DE
40 SALÁRIOS MÍNIMOS LRE, ART 94, INCISO I
ATENÇÃO!
1) O LEGISLADOR AO FIXAR 40 SALÁRIOS MÍNIMOS TENTOU DESESTIMULAR O USO DA AÇÃO
DE FALÊNCIA PARA COBRANÇA DE DÍVIDAS DE PEQUENA MONTA, UMA VEZ QUE ESSAS NÃO
IMPORTAM NA INSOLVÊNCIA DO DEVEDOR, MAS SIM, UMA MERA SITUAÇÃO DE ILIQUIDEZ DO
DEVEDOR (CRISE TEMPORÁRIA). SEGUE O MESMO ENTENDIMENTO O SUPERIOR TRIBUNAL DE
JUSTIÇA, ATRAVÉS DO RESP 870.509, 959.695 E 598.881.
É POSSÍVEL A REUNIÃO DE CREDORES PARA ALCANÇAR A SOMA DE 40 SALÁRIOS MÍNIMOS,
COM FULCRO NA LRE, ART. 94, §1º
2) É NECESSÁRIO PROTESTO DO TÍTULO QUE EMBASA A DÍVIDA
DE ACORDO COM ANDRÉ SANTACRUZ, NAS PÁGINAS 727 ATÉ 729
O LRE, ART. 94, §3º PRECEITUA QUE O PEDIDO DE FALÊNCIA SERÁ INSTRUÍDO COM TÍTULOS
EXECUTIVOS NA FORMA DO LRE, ART. 9º, PARÁGRAFO ÚNICO, E ACOMPANHADOS DE
INSTRUMENTOS DE PROTESTO, OU SEJA, A ÚNICA FORMA DE COMPROVAR A
IMPONTUALIDADE INJUSTIFICADA É ATRAVÉS DO PROTESTO DO TÍTULO.
- O STJ, NO RESP 252.134/SP, POSSIBILITOU O PROTESTO ESPECIAL DE UMA DECISÃO JUDICIAL
PARA FINS DE INSTRUÇÃO DO PEDIDO DE FALÊNCIA.
- NO CASO DE TÍTULO EXECUTIVO, BASTA O PROTESTO COMUM (STJ, RESP 203.791/MG).
Direito Empresarial
- NO CASO DE CHEQUE, O PROTESTO É INDISPENSÁVEL, POSTO QUE A DEVOLUÇÃO POR

INSTITUIÇÃO FINANCEIRA, SUBSTITUI O PROTESTO PARA FINS CAMBIAIS, NÃO PARA FINS DE
FALÊNCIA.
- JÁ NO CASO DE DUPLICATA NÃO ACEITA, ALÉM DO PROTESTO, É NECESSÁRIO A
COMPROVAÇÃO DA ENTREGA DAS MERCADORIAS, CORROBORA ESSE ENTENDIMENTO STJ,
SÚMULA 248 “COMPROVADA A PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS, A DUPLICATA NÃO ACEITA, MAS
PROTESTADA, É TÍTULO HÁBIL PARA INSTRUIR O PEDIDO DE FALÊNCIA”. AINDA, STJ, SÚMULA 361
QUE DISPÕE “A NOTIFICAÇÃO DO PROTESTO, PARA REQUERIMENTO DE FALÊNCIA DA EMPRESA
DEVEDORA, EXIGE A IDENTIDICAÇÃO DA PESSOA QUE A RECEBEU”. OS JULGADOS TAMBÉM TEM
SIDO NESSE MESMO SENTIDO, MERECENDO DESTAQUE O RESP 94.951/MS.
(II) EXECUÇÃO FRUSTRADA - LRE, ART 94, INCISO II.

DE ACORDO COM ANDRÉ SANTACRUZ, NAS PÁGINAS 729 ATÉ 730.
SE CARACTERIZA PELA TRÍPLICE OMISSÃO DO DEVEDOR QUANDO CITADO EM PROCESSO
EXECUTIVO, NESSE CASO, O PEDIDO DE FALÊNCIA SERÁ INSTRUÍDO POR CERTIDÃO EXPEDIDA
PELO JUÍZO EM QUE SE PROCESSA A EXECUÇÃO, LRE, ART. 94, § 4º.CABE ESCLARECER QUE A
AÃO DE FALÊNCIA CONSTITUIRÁ PROCESSO AUTÔNOMO, E NÃO MERO INCIDENTE DO
PROCESSO DE EXECUÇÃO (NÃO HÁ VALOR MÍNIMO DA DÍVIDA). O STJ NO RESP 741.053/SP,
DECIDIU QUE NÃO SE CARACTERIZA EXECUÇÃO FRUSTRADA QUANDO O DEVEDOR APRESENTA
BENS À PENHORA INTEMPESTIVAMENTE.
(III) ATOS DE FALÊNCIA - LRE, ART. 94, INCISO III, ALÍNEAS.
DE ACORDO COM ANDRÉ SANTACRUZ, NAS PÁGINAS 730 ATÉ 732.
A) QUANDO O DEVEDOR ESTA SE DESFAZENDO DO SEU PATRIMÔNIO DE FORMA PRECIPITADA;
B) QUANDO HÁ SIMULAÇÃO DE NEGÓCIO OU ALIENAÇÃO TOTAL OU PACIAL DO ATIVO A
TERCEIRO, DE FORMA QUE A FINALIDADE É LIVRAR-SE DOS BENS PARA QUE ELES NÃO POSSAM
SER ARRECADADOS NO FUTURO;
C) TRESPASSE IRREGULAR, OU SEJA, TRANSFERENCIA DO ESTABELECIMENTO A TERCEIRO,
SEM COMUNICAÇÃO AOS CREDORES, E NÃO RESTAR BENS SUFICIENTES PARA SOLVER O
PASSIVO;
D) TRANSFÊNCIA DO PRINCIPAL ESTABELECIMENTO PARA OUTRO LOCAL COM A FINALIDADE
DE FUGIR DOS CREDORES OU DA FISCALIZAÇÃO TRIBUTÁRIA;
E) REFROÇAR GARANTIA SOBRE A DÍVIDA CONTRAÍDA, VIOLANDO O PRINCÍPIO DA PAR
CONDITIO CREDITORUM;
F) ABANDONO DO ESTABELECIMENTO;
Direito Empresarial
G) DEIXA DE CUMPRIR OBRIGAÇÃO ESTABELECIDA PELO PLANO DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL

NO PRAZO ESTABELECIDO.
É IMPORTANTE RESSALTAR QUE NA FASE PRÉ-FALIMENTAR, SÃO ANALISADOS BASICAMENTE

A QUALIDADE DE EMPRESÁRIO DO DEVEDOR E O SEU ESTADO DE INSOLVÊNCIA, PARA ENTÃO
DECIDIR PELA DECRETAÇÃO OU DENEGAÇÃO DA FALÊNCIA.
1 - SUJEITO PASSIVO
DE ACORDO COM ANDRÉ SANTACRUZ, NAS PÁGINAS 712 A 714
SÃO OS EMPRESÁRIOS INDIVIDUAIS E SOCIEDADES EMPRESÁRIAS. CABE REALIZAR RESSALVA
QUANTO ÀS PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PRIVADO (CC/02, ART. 44), APENAS O
EMPRESÁRIO INDIVIDUAL, SOCIEDADE EMPRESÁRIA E A EIRELI EMPRESÁRIA SE SUBMETEM
ÀS REGRAS DA LRE.
1.1 - NÃO SE SUBMETEM A LRE:
DEVEDORES CIVIS, FUNDAÇÕES, PARTIDO POLÍTICO, ASSOCIAÇÃO, ORGANIZAÇÃO RELIGIOSA,
SOCIEDADE SIMPLES, COOPERATIVA (POR FORÇA DO CC/02, ART. 982, PARÁGRAFO ÚNICO – RESP
999.134), BEM COMO OS PROFISSIONAIS LIBERAIS (POR FORÇA DO CC/02, ART. 966, PARÁGRAFO
ÚNICO), EMPRESA PÚBLICA E SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA (LRE, ART. 2º, INCISO I)
1.1.1 - EMPRESA PÚBLICA E SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA
DE ACORDO COM ANDRE SANTACRUZ, NAS PÁGINAS 714 E 715
DE ACORDO COM A CF/88, ART. 173, CAPUT, A E.P. E S.E.M. SÃO ENTES INTEGRANTES DA
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INDIRETA, E PODEM PRESTAR SERVIÇOS PÚBLICOS OU EXPLORAR
ATIVIDADE ECONÔMICA.
DA LEITURA DA CF/88, ART. 173, §1º, INCISO II, EXTRAIA-SE A INTERPRETAÇÃO DE QUE AS
EMPRESAS PÚBLICAS, OU SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA QUE EXPLORAVAM ATIVIDADE
ECONÔMICA DEVERIAM SER SUBMETIDAS AO REGIME JURÍDICO FALIMENTAR. CONTUDO,
COM O ADVENTO DA LRE, FICOU EXPRESSAMENTE ESTABELECIDO QUE NÃO É APLICAVEL O
REGIME FALIMENTAR AS EMPRESAS PÚBLICAS OU SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA, AINDA
QUE SEJAM EXPLORADORAS DE ATIVIDADE ECONÔMICA.
A POSIÇÃO MAJORITÁRIA É QUE A SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA É SOCIEDADE ANÔNIMA,
MAS É INCORRETO AFIRMAR QUE TODA SOCIEDADE ANÔNIMA É EMPRESÁRIA, UMA VEZ QUE
A LEI DE FALÊNCIA NÃO É APLICÁVEL NEM A SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA, NEM A
EMPRESA PÚBLICA, LOGO O BRASIL ADOTA UM SISTEMA RESTRITIVO NO QUE TANGE A
Direito Empresarial
APLICAÇÃO DA LEI DE FALÊNCIA, AO CONTRÁRIO DO SISTEMA NORTE AMERICANO (SISTEMA

AMPLIATIVO).
2 - SUJEITO ATIVO
DE ACORDO COM ANDRE SANTACRUZ, NA PÁGINA 716
PODE SER EMPRESÁRIO OU NÃO, E DE ACORDO COM A LRE, ART. 97, INCISOS I AO IV O PEDIDO
PODE SER FEITO PELO PRÓPRIO DEVEDOR, PELO CÔNJUGE SOBREVIVENTE, QUALQUER
HERDEIRO OU INVENTARIANTE, PELO COTISTA OU ACIONISTA (LEI OU ATO CONSTITUTIVO), E
POR FIM, QUALQUER CREDOR.
2.1 – AUTOFALÊNCIA
A LRE, EM SEU ART. 105, DETERMINA QUE O DEVEDOR TEM O DEVER DE REQUERER SUA
PRÓPRIA FALÊNCIA. CONTUDO, TAL PRÁTICA É RARÍSSIMA, VISTO QUE OS DEVEDORES
TENDEM A TOMAR DUAS ATITUDES A UMA É NÃO ACEITAR SUA CRISE IRREMEDIÁVEL,
INSISTINDO NA ATIVIDADE ATÉ TER, EVENTUALMENTE SUA FALENCIA DECRETADA A PEDIDO
DE TERCEIRO, NORMALMENTE, CREDOR E A DUAS ENCERRA SUAS ATIVIDADES DE FORMA
IRREGULAR, OU SEJA, SEM A DEVIDA BAIXA NA JUNTA COMERCIAL.
CABE DESTACAR QUE A DETERMINAÇÃO LEGAL, NÃO TEM IMPOSIÇÃO DE SANÇÃO, PORTANTO
DESISTIMULA O DEVEDOR A SEGUIR TAL PRECEITO LEGAL.
“ART. 105. O DEVEDOR EM CRISE ECONOMICA-FINANCEIRA QUE JULGUE NÃO ATENDER AOS
REQUISITOS PARA PLEITEAR SUA RECUPERAÇÃO JUDICIAL DEVERÁ REQUERER AO JUÍZO SUA
FALÊNCIA, EXPONDO AS RAZÕES DA IMPOSSIBILIDADE DE PROSSEGUIMENTO DA ATIVIDADE
EMPRESARIAL, ACOMPANHADAS DOS SEGUINTES DOCUMENTOS:
I – DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS REFERENTES AOS TRÊS ÚLTIMOS EXERCÍCIOS SOCIAIS E AS
LEVANTADAS ESPECIALMENTE PARA ISNTRUIR O PEDIDO, CONFECCIONADAS COM ESTRITA
OBSERVÂNCIA DA LEGISLAÇÃO SOCIETÁRIA APLICÁVEL E COMPOSTAS OBRIGATORIAMENTE DE
A) BALANÇO PATRIMONIAL
B) DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS ACUMULADOS
C) DEMONSTRAÃO DO RESULTADO DESDE O ÚLTIMO EXERCÍCIO OCIAL
D) RELATÓRIO DO FLUXO DO CAIXA
II – RELAÇÃO NOMINAL DOS CREDORES, INDICANDO ENDEREÇO, IMPORTÂNCIA,
NATUREZA E CLASSIFICAÇÃO DOS RESPECTIVOS CRÉDITOS;
Direito Empresarial
III – RELAÇÃO DOS BENS E DIREITOS QUE COMPOEM O ATIVO, COM A RESPECTIVA
ESTIMATIVA DE VALOR E DOCUMETNOS COMPROVATORIOS DE PROPRIEDADE
IV – PROVA DA CONDIÇÃO DE EMPRESARIO, CONTRATO SOCIAL OU ESTATUTO EM
VIGOR OU, SE NÃO HOUVER, INDICAÇÃO DE TODOS OS SÓCIOS, SEUS ENDEREÇOS E A
RELAÇÃO DE SEUS BENS PESSOAIS
V – OS LIVROS OBRIGATÓRIOS E DOCUMENTOS CONTÁBEIS QUE LHE FOREM EXIGIDOS
POR LEI;
VI – RELAÇÃO DE SEUS ADMINISTRADORES NOS ÚLTMIS CINCO ANOS, COM OS
RESPECTIVOS ENDEREÇOS, SUAS FUNÇÕES E PARTICIPAÇÃO SOCIETÁRIA”.
2.2 – PELO CÔNJUGE, HERDEIRO OU INVENTARIANTE

POR FORÇA DA LRE, ART. 97, II, É APLICÁVEL AO EMPRESÁRIO INDIVIDUAL, CASO OS
HERDEIROS NÃO TENHAM INTERESSE EM DAR CONTINUIDADE À EMPRESA, CABE A ELES
PROMOVEREM O ENCERRAMENTO NORMAL DAS ATIVIDADES DO EMPRESÁRIO INDIVIDUAL
FALECIDO, COM A DEVIDA BAIXA NA JUNTA COMERCIAL, CASO A SITUAÇÃO DO EMPRESÁRIO
INDIVIDUAL SEJA DE INSOLVÊNCIA, CABE AOS HERDEIROS, TAMBÉM, PEDIR SUA FALÊNCIA.
2.3 – POR SÓCIO DA SOCIEDADE EMPRESÁRIA

PODE SER FEITO POR QUOTISTA OU ACIONISTA, POUCO USUAL. TENDO EM VISTA QUE SE A
MAIORIA DOS SÓCIOS NÃO CONCORDAREM COM O PEDIDO DE FALÊNCIA, OCORRE A
DISSOLUÇÃO PARCIAL DA SOCIEDADE, COM A RETIRADA DO SÓCIO DISSIDENTE E PREVALECE
A CONTINUIDADE DA EMPRESA.
2.4 – PELO CREDOR

DE ACORDO COM ANDRE SANTACRUZ, NAS PÁGINAS 717 A 719
EM VIA DE REGRA, O CREDOR PRETENDE APENAS PRESSIONAR O DEVEDOR AO PRONTO
PAGAMENTO DA DÍVIDA.
CABE MENCIONAR QUE SE O CREDOR FOR EMPRESÁRIO A PETIÇÃO DEVERÁ SER INSTRUÍDA
COM CERTIDÃO DA JUNTA COMERCIAL, COMPROVANDO A REGULARIDADE DE SUAS
ATIVIDADES, CONFORME DISPOSTO NA LRE, ART. 97, §1º
Direito Empresarial
QUALQUER PESSOA PODERÁ SER AUTOR DO PEDIDO DE FALÊNCIA, INCLUSIVE OS CREDORES

COM GARANTIA REAL, INDEPENDENTEMENTE DE QUALQUER CIRCUNSTÂNCIA.
SE O CREDOR NÃO POSSUIR DOMICÍLIO NO BRASIL, A LRE, NO ART. 97, §2º, QUE O CREDOR
“DEVERÁ PRESTAR CAUÇÃO RELATIVA ÀS CUSTAS E AO PAGAMENTO DE INDENIZAÇÃO DE QUE
TRATA O ART. 101”
NÃO É NECESSÁRIO QUE A DÍVIDA ESTEJA VENCIDA, BASTANTO O DEVEDOR PRATICAR
QUALQUER ATO ESTABELECIDO NA LRE, ART. 94, INCISOS. ISSO PORQUE, SE POR ACASO O
DEVEDOR ESTIVER INADIMPLENTE EM RELAÇÃO A OUTROS CREDORES, ESTA CONFIGURADO
O INTERESSE DE TODOS OS CREDORES.
FAZENDA PÚBLICA NÃO PODE REQUERER A FALÊNCIA DO DEVEDOR (HÁ TRÊS POSIÇÕES).
POSIÇÃO STJ
O SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA JÁ TEM DIVERSOS PRECEDENTES NO SENTIDO DE QUE NÃO
HÁ LEGITIMIDADE NEM INTERESSE DE AGIR DA FAZENDA PÚBLICA, UMA VEZ QUE ELA DISPÕE
DE INSTRUMENTO ESPECÍFICO PARA COBRANÇA DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO COM A LEI
6.380/1980 (LEF), AINDA HÁ O ENUNCIADO 56 NO MESMO SENTIDO “A FAZENDA PÚBLICA NÃO
POSSUI LEGITIMIDADE OU INTERESSE DE AGIR PARA REQUERER A FALÊNCIA DO DEVEDOR
EMPRESÁRIO”.
SE A FALÊNCIA FOR DECRETADA DO EMPRESÁRIO INDIVIDUAL, O FISCO PODERÁ DEIXAR DE
AJUIZAR A EXECUÇÃO FISCAL, E SE HABILITAR NO PROCESSO DE FALÊNCIA, INSTAURANDA
POR TERCEIRO.
EMPRESÁRIO INDIVIDUAL
PARTE II
DE ACORDO COM ANDRÉ SANTACRUZ, NA PÁGINA 72

O EMPRESÁRIO INDIVIDUAL É UMA PESSOA FÍSICA QUE EXERCE PROFISSIONALMENTE
ATIVIDADE ECONÔMICA ORGANIZADA PARA A PRODUÇÃO OU A CIRCULAÇÃO DE BENS E DE
SERVIÇOS, CC/02, ART. 966.
IMPEDIMENTOS LEGAIS
DE ACORDO COM ANDRÉ SANTACRUZ, NA PÁGINA 72 A 74

Direito Empresarial
O CC/02, ART. 972, DISPÕE QUE “PODEM EXERCER ATIVIDADE DE EMPRESÁRIO OS QUE ESTIVEREM
EM PLENO GOZO DA CAPACIDADE CIVIL E NÃO FORAM LEGALMENTE IMPEDIDOS”
BEM COMO O CC/02, ART. 1.011, §1º “NÃO PODEM SER ADMINISTRADORES, ALÉM DAS PESSOAS
IMPEDIDAS POR LEI ESPECIAL, OS CONDENADOS A PENA QUE CEDE, AINDA QUE TEMPORARIAMENTE,
O ACESSO A CARGOS PÚBLICOS, OU POR CRIME FALIMENTAR, DE PREVARICAÇÃO, PEITA OU
SUBORNO, CONCUSSÃO, PECULATO; OU CONTRA ECONOMIA POPULAR, CONTRA O SISTEMA
FINANCEIRO NACIONAL, CONTRA AS NORMAS DE DEFESA DA CONCORRÊNCIA, CONTRA AS RELAÇÕES
DE CONSUMO, A FÉ PÚBLICA OU A PROPRIEDADE, ENQUANTO PERDURAREM OS EFEITOS DA
CONDENAÇÃO”.
ESSE IMPEDIMENTO TEM POR FINALIDADE PROTEGER A COLETIVIDADE, EVITANDO QUE ESTA
NEGOCIE COM DETERMINADAS PESSOAS EM VIRTUDE DE SUA FUNÇÃO OU CONDIÇÃO SER
INCOMPATÍVEL COM O EXERCÍCIO LIVRE DE ATIVIDADE EMPRESARIAL. EX.: MAGISTRADOS,
SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS, MEMBROS DO MINISTÉRIO PÚBLICO, PROCURADOR GERAL DA
UNIÃO/ESTADO OU MUNICÍPIO, ENTRE OUTROS.
ATENÇÃO!
A PROIBIÇÃO É PARA O EXERCÍCIO DE EMPRESA, NÃO SENDO VEDADO, POIS, QUE ALGUNS
IMPEDIDOS SEJAM SÓCIOS DE SOCIEDADES EMPRESÁRIAS, POSTO QUE QUEM EXERCE
FUNÇÃO EMPRESÁRIA É A PRÓPRIA PESSOA JURÍDICA, MAS CABE RESSALTAR QUE A
SOCIEDADE EMPRESÁRIA TEM QUE SER DE RESPONSABILIDADE LIMITADA E, AINDA ASSIM,
NÃO PODE EXERCER FUNÇÃO DE ADMINISTRADOR OU GERÊNCIA.
ALGUMAS PESSOAS NATURAIS SÃO IMPEDIDAS DE SEREM EMPRESÁRIAS. EX. EM ATIVIDADE OS
SERVIDORES CIVIS OU MILITARES, PROCURADORES, PROMOTORES, DEFENSORES, JUIZES,
CORRETORES DE NAVIOS E MERCADORIAS, LEILOEIROS. (DECORRE DE LEI).
SOCIEDADE EMPRESÁRIA
CC/02, ART. 44, INCISO II – SOCIEDADES.

DE ACORDO COM ANDRÉ SANTACRUZ, NA PÁGINA 262 A 264
A SOCIEDADE ESTABELECIDA NO CÓDIGO CIVIL É ÚNICA ESPÉCIE DE PESSOA JURÍDICA DE
DIREITO PRIVADO QUE POSSUI COMO CARACTERÍSTICA O ESCOPO NEGOCIAL, OU SEJA, A
FINALIDADE LUCRATIVA.
AS SOCIEDADES SÃO PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PRIVADO EXERCENDO ATIVIDADES COM
O FIM LUCRATIVOS, PORTANTO, COM REMUNERAÇÃO DOS INVESTIMENTOS REALIZADOS.
Direito Empresarial
CABE DESTACAR NESSE VIÉS QUE NEM TODA ATIVIDADE ECONÔMICA, CONFIGURA COMO
ATIVIDADE EMPRESARIAL, UMA VEZ QUE É IMPRESCINDÍVEL O ELEMENTO ORGANIZAÇÃO DOS
FATORES DE PRODUÇÃO.
TODA SOCIEDADE EXERCE ATIVIDADE COM O FIM DE LUCRAR, MAS NEM TODA SOCIEDADE
OBRIGATORIAMENTE EXERCE ATIVIDADE ECONÔMICA ESTABELECIDA NO CONCEITO DE
EMPRESÁRIO, LOGO A SOCIEDADE PODE SER EMPRESARIA OU NÃO.
CC/02, ART. 44 SÃO PESSOA JURÍDICAS DE DIREITO PRIVADO:
INCISO I – AS ASSOCIAÇÕES;
INCISO II – AS SOCIEDADES (PODE SER EMPRESÁRIA OU NÃO);
INCISO III – AS FUNDAÇÕES;
INCISO IV – ENTIDADES RELIGIOSAS;
INCISO V – PARTIDOS POLÍTICOS;
INCISO VI – EIRELE (PODE SER EMPRESÁRIA OU NÃO).
CC/02, ART. 982 “SALVO AS EXCEÇÕES EXPRESSAS, CONSIDERA-SE EMPRESÁRIA A SOCIEDADE QUE
TEM POR OBJETO O EXERCÍCIO DA ATIVIDADE PRÓPRIA DE EMPRESÁRIO SUJEITO A REGISTRO NO
ART. 967”
LOGO, O QUE DEFINE UMA SOCIEDADE EMPRESÁRIA É O SEU OBJETO SOCIAL, SALVO DUAS
EXCEÇÕES ESTABELECIDA NO CC/02, ART. 982, PARÁGRAFO ÚNICO “INDEPENDENTEMENTE DE
SEU OBJETO, CONSIDERA-SE EMPRESÁRIA A SOCIEDADE POR AÇÕES; E SIMPLES, A COOPERATIVA”
Direito Empresarial
AULA 03 – 01/09/2016
TIPOS DE EMPRESÁRIO NO DIREITO BRASILEIRO
1 - POR FORÇA DE LEI 5 - EM COMUM/IRREGULAR

2 - INDIVIDUAL 6 - ORDINÁRIA
3 - SOCIEDADE EMPRESÁRIA E EIRELI 7 – EXTRAORDINÁRIO
EMPRESÁRIA
4 - REGULAR
CABE RESSALTAR QUE AS MODALIDADES SE INTERLIGAM, OU SEJA, EMPRESARIO INDIVIDUAL

PODE SER REGULAR OU IRREGULAR, ORDINÁRIO OU EXTRAORDINÁRIO, ENTRE OUTROS.
EMPRESÁRIO INDIVIDUAL X SOCIEDADE EMPRESÁRIA

A PRINCIPAL DIFERENÇA COM RELAÇÃO AO EMPRESÁRIO INDIVIDUAL E A SOCIEDADE
EMPRESÁRIA TEM A VER COM O SEU PATRIMONIO E RESPONSABILIDADE, POSTO QUE O EI
POSSUI PATRIMONIO ÚNICO (BENS SOCIAIS E NEGOCIAIS), OU SEJA, O EI RESPONDE COM
TODOS OS SEUS BENS, INCLUINDO OS PESSOAIS, PELO RISCO DO EMPREENDIMENTO,
PORTANTO NÃO EXISTE A PRERROGATIVA DE LIMITAÇÃO DE RESPONSABILIDADE.
JÁ A SOCIEDADE EMPRESÁRIA, POR SER UMA PESSOA JURÍDICA, TEM PATRIMÔNIO PRÓPRIO,
ENTÃO OS BENS DOS SÓCIOS, A PRIORI, NÃO PODEM SER EXECUTADOS. CABE DESTACAR QUE
A RESPONSABILIDADE DOS SÓCIOS PODE SER LIMITADA, LOGO SUA RESPONSABILIDADE
FICARÁ ADSTRITA A QUANTIA DE CONTRIBUIÇÃO PARA A FORMAÇÃO DO CAPITAL SOCIAL DA
EMPRESA, SALVO HIPÓTESES EXCEPCIONAIS, QUANDO É CONSTATADO PRÁTICA DE ATO
ILÍCITO E A POSSIBILIDADE DA DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA, PREVISTA
NO CC/02, ART. 50.
CONCLUSÃO: A RESPONSABILIDADE DO EMPRESÁRIO INDIVIDUAL É DIRETA E ILIMITADA, JÁ A
DA SOCIEDADE EMPRESÁRIA É SUBSIDIÁRIA E PODE SER LIMITADA (CASO SEJA SOCIEDADE
LIMITADA OU ANÔNIMA)
OBSERVAÇÃO: CABE RESSALTAR O ENUNCIADO NÚMERO 05 DA 1ª JORNADA, TROCANDO EM

MIUDOS, QUER DIZER QUE PREFERECIALMENTE O EXEQUENTE DEVERÁ PENHORAR O BENS
Direito Empresarial
VINCULADOS A EXPLORAÇÃO DA ATIVIDADE ECONÔMICA DO EMPRESÁRIO INDIVIDUAL E

DEPOIS OS BENS SOCIAIS, APESAR DE SER PATRIMÔNIO ÚNICO.
O ANDRE SANTACRUZ, NA PÁGINA 49, ENTENDE QUE ESSE DISPOSITIVO É CONTRA LEGEM, POR
CONTA DA MENÇÃO DO ART. 1.024 DO CC/02, UMA VEZ QUE ESSE DISPOSITIVO É APLICÁVEL
SOMENTE A SOCIEDADES EMPRESÁRIAS E SE REFERE A SUBSIDIARIEDADE E NÃO PREFERÊNCIA
NA EXECUÇÃO.
ATENÇÃO!
1 - NÃO HÁ IMPEDIMENTO PARA O EXERCÍCIO DE ATIVIDADE EMPRESARIAL POR PESSOA
FÍSICA, COM NEGÓCIOS DE GRANDE, MÉDIO OU PEQUENO PORTE. CABENDO RESSALTAR QUE
O RISCO É INERENTE A ATIVIDADE EMPRESARIAL, SENDO QUE NA FORMA DE SOCIEDADE
EMPRESÁRIA OU EIRELI EMPRESÁRIA, ESSE RISCO DIMINUI, MAS NÃO DESAPARECE.
2 – O EMPRESÁRIO INDIVIDUAL PODE TER EMPREGADOS, A ATIVIDADE EMPRESARIAL É
EXERCIDA DE FORMA INDIVIDUAL, NÃO “SOLITÁRIA”.
3 – O EMPRESÁRIO INDIVIDUAL POSSUI INSCRIÇÃO NO CNPJ (CADASTRO NACIONAL DE
PESSOA JURÍDICA), CONTUDO NÃO É PESSOA JURÍDICA, O CADASTRO É FEITO COM A
FINALIDADE DE FISCALIZAÇÃO TRIBUTÁRIA.
4 - NÃO CABE O INCIDENTE DA TEORIA DA DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA
AO EMPRESÁRIO INDIVIDUAL.
ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL

É TODO CONJUNTO DE BENS, MATERIAIS OU IMATERIAIS, QUE O EMPRESÁRIO UTILIZA NO
EXERCÍCIO DE SUA ATIVIDADE.
O CONCEITO POR OSCAR BARRETO FILHO, DEFINE QUE “É O COMPLEXO DE BENS, MATERIAIS OU
IMATERIAIS, QUE CONSTITUIEM O INSTRUMENTO UTILIZADO PELO EMPRESÁRIO PARA A
EXPLORAÇÃO DE DETERMINADA ATIVIDADE EMPRESARIAL”.
O CC/02, ART. 1.142 CONCEITUA ESTABELECIMENTO DA MESMA FORMA, “COMPLEXO DE BENS
ORGANIZADO, PARA EXERCÍCIO DA EMPRESA, POR EMPRESÁRIO, OU POR SOCIEDADE EMPRESÁRIA”
CONTINUANDO, É IMPORTANTE DESTACAR QUE O PONTO DE NEGÓCIO, É APENAS UM DOS
ELEMENTOS QUE COMPÕEM O ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL, VISTO QUE ESSE É
Direito Empresarial
COMPOSTO POR BENS MATERIAIS (EQUIPAMENTOS, MÁQUINAS, ENTRE OUTROS) E BENS

IMATERIAIS (MARCA, PATENTE DE INVENÇÃO, ENTRE OUTROS).
ASSIM SENDO O ESTABELECIMENTO NÃO SE CONFUNDE COM EMPRESA, NEM COM
EMPRESÁRIO, POR SEREM FIGURAS DISTINTAS, CONTUDO VALE MENCIONAR QUE ESSES
CONCEITOS SE INTER-RELACIONAM, PODENDO DIZER, POIS, QUE O ESTABELECIMENTO, COMO
COMPLEXO DE BENS USADO PELO EMPRESÁRIO NO EXERCÍCIO DE SUA ATIVIDADE
ECONÔMICA, REPRESENTA A PROJEÇÃO PATRIMONIAL DA EMPRESA OU O ORGANISMO
TÉCNICO-ECONÔMICO MEDIANTE O QUAL O EMPRESÁRIO ATUA.
AINDA, NÃO CONFUNDIR ESTABELECIMENTO COM PATRIMÔNIO EMPRESÁRIO, UMA VEZ QUE
NEM TODOS OS BENS QUE COMPÕEM O PATRIMÔNIO SÃO, NECESSARIAMENTE,
COMPONENTES TAMBÉM DO ESTABELECIMETO EMPRESARIAL.
POR EXEMPLO (SOCIEDADE EMPRESÁRIA): CLUBE DE LAZER DA EMPRESA PARA OS
FUNCIONÁRIOS
O QUE VAI DEFINIR O ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL, NO SENTIDO TECNICO DA PALAVRA,
É O PATRIMÔNIO DE AFETAÇÃO AO EXERCÍCIO DA ATIVIDADE FIM (EMPRESARIAL).
EMPRESA INDIVIDUAL DE RESPONSABILIDADE LIMITADA (EIRELI)

LEI 12.441/2011

A EIRELI ESTA ESTABELECIDA NO CÓDIGO CIVIL DE 2002, NOS ARTIGOS 980-A, §§ E ART. 1.033,
PARÁGRAFO ÚNICO
O OBJETIVO PRINCIPAL DA EIRELI SERIA PERMITIR QUE UM DETERMINADOR EMPREENDEDOR,
INDIVIDUALMENTE, EXERCESSE ATIVIDADE EMPRESARIAL LIMITANDOS SUA
RESPONSABILIDADE, EM PRINCÍPIO, AO CAPITAL INVESTIDO NO EMPREENDIMENTO, FICANDO
OS SEUS BENS PARTICULARES RESGUARDADOS, A ÚNICA HIPÓTESE DE EXECUÇÃO DOS BENS
PESSOAIS DO EMPREENDEDOR SERIA A DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA,
ESTABELECIDA NO CC/02, ART. 50.
CONTUDO, O LEGISLADOR CRIOU UMA NOVA FIGURA JURÍDICA (NOVA ESPÉCIE DE PESSOA
JURÍDICA DE DIREITO PRIVADO = NATUREZA JURÍDICA), A QUAL SE ASSEMELHA AO
EMPRESÁRIO INDIVIDUAL DE RESPONSABILIDADE LIMITADA E SOCIEDADE LIMITADA
UNIPESSOAL.
Direito Empresarial
NESSE LIAME, RESSALTA-SE O ART. 980-A, §6º QUE DETERMINA A APLICAÇÃO DAS REGRAS DA
SOCIEDADE LIMITADA À EIRELI, RATIFICANDO O ENTENDIMENTO QUE O PATRMÔNIO DA
EIRELI É DIVERSO DO PATRIMÔNIO DA PESSOA NATURAL QUE A CONSTITUI. (ENUNCIADO 470)
ENUNCIADOS NAS JORNADAS DE DIREITO CIVIL NÚMERO 468 AO 473 (ANOTAR!!!!!!!!!!!!!) E
JORNADA DE DIREITO COMERCIAL NÚMERO 3 E 4 (ANOTAAAAAARRR!!!!)
CABE MENCIONAR TAMBÉM A EXIGÊNCIA DO CAPITAL MÍNIMO DEVENDO SER IGUAL OU
SUPERIOR A 100 VEZES O SALÁRIO MÍNIMO VIGENTE, ESSA PREMISSA ESTA SENDO OBJETO DE
ADI PERANTE O STF, SOB O NÚMERO 4.637, SOB A ARGUMENTAÇÃO DA VIOLAÇÃO AO
PRINCÍPIO DA LIVRE INICIATIVA, ESTABELECIDA NA CONSTITUIÇÃO NO ART. 170, BEM COMO
VIOLAÇÃO DO ART. 7º, INCISO IV, NÃO VINCULAÇÃO DO SALÁRIO MÍNIMO PARA QUALQUER
FIM.
OBSERVAÇÃO: O PARECER DO MP FEDERAL FOI DE IMPROCEDÊNCIA DA AÇÃO.

IMPRIMIR PARECER!!!!!!!!!
AINDA, O NOME EMPRESARIAL DA EIRELI PODE USAR TANTO FIRMA, QUANTO

DENOMINAÇÃO.

HAVIA DIVERGÊNCIA SOBRE A POSSIBILIDADE DE PESSOA JURÍDICA CONSTITUIR EIRELI,
CONTUDO ESSA DIVERGÊNCIA FOI SANADA, ATRAVÉS DA INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 10 DA
DREI, ESTABELECENDO QUE “NÃO PODE SER TITULAR DE EIRELI A PESSOA JURÍDICA, BEM ASSIM A
PESSOA NATURAL IMPEDIDA POR NORMA CONSTITUCIONAL OU POR LEI ESPECIAL”.
O DOUTRINADOR CRITICOU O CC/02, ART. 980-A QUANTO A IMPOSSIBILIDADE DO
EMPREENDEDOR CONSTITUIR MAIS DE UMA EIRELI, CONTUDO NÃO HÁ UMA FINALIDADE
CLARA, VEZ QUE SE O EMPREENDEDOR QUISER INVESTIR EM NEGÓCIOS DISTINTOS, POR
EXEMPLO LANCHONETE E INFORMÁTICA, NÃO PODERÁ UTILIZAR A EIRELI PARA TAL FIM.
A LEI 12.441/11 TROUXE O ART. 980-A PARA O CC/02, ONDE FICOU ESTABELECIDO UMA NOVA
FIGURA JURÍDICA: EIRELI – EMPRESA INDIVIDUAL DE RESPONSABILIDADE LIMITADA.
CARACTERÍSTICAS:
1 - A EIRELI É UMA PESSOA JURÍDICA QUE EXERCE ATIVIDADE ECONÔMICA, PODENDO SER
EMPRESÁRIA OU NÃO;
2 – NO EXERCÍCIO DE ATIVIDADE EMPRESÁRIA, A EIRELI ESTA SUJEITA A LEI DE FALÊNCIA, CASO
CONTRÁRIO, AS REGRAS SERÃO DO CÓDIGO CIVIL;
Direito Empresarial
3 – A EIRELI TEM O PATRIMÔNIO PRÓPRIO, SENDO CERTO AFIRMAR QUE O QUE O INVESTIDOR
É PESSOA DISTINTA DA EIRELI.
EX.: EIRELI PIZZARIA (ATIVO E PASSIVO) + INVESTIDOR DA EIRELI (ATIVO E PASSIVO)
NÃO SE CONFUNDE COM EMPRESÁRIO INDIVIDUAL, POSTO QUE O EMPRESARIO É PESSOA
NATURAL QUE EXERCE ATIVIDADE EMPRESARIAL, LOGO, OBRIGATORIAMENTE, ESTA SUJEITO
A LEI FALIMENTAR, PODENDO, INCLUSIVE, SE BENEFICIAR DA RECUPERAÇÃO JUDICIAL,
CABENDO DESTACAR QUE SEU PATRIMÔNIO É ÚNICO, OU SEJA, INTEGRA TAMBÉM AO
PATRIMÔNIO DO EMPRESÁRIO INDIVIDUAL AQUELES QUE NÃO SÃO RELACIONADOS AO
NEGÓCIO, PORTANTO A EXECUÇÃO É DIRETA AO EMPRESÁRIO, PODENDO RECAIR SOBRE OS
BENS AFETADOS OU NÃO PELA ATIVIDADE FIM.
NOME EMPRESARIAL
DE ACORDO COM ANDRÉ SANTACRUZ, NAS PÁGINAS 97 A 102

OS EMPRESÁRIOS – EMPRESÁRIO INDIVIDUAL, SOCIEDADE EMPRESÁRIA E EIRELI EMPRESÁRIA
– DEVEM POSSUIR UM NOME EMPRESARIAL, QUE CONSISTE NA EXPRESSÃO QUE OS
IDENTIFICA NAS RELAÇÕES JURÍCIAS QUE FORMALIZAM EM DECORRÊNCIA DO EXERCÍCIO DA
ATIVIDADE EMPRESARIAL, A DOUTRINA MAJORITÁRIA DEFINE O NOME EMPRESARIAL COMO
DIREITO PERSONALÍSSIMO.
O NOME EMPRESARIAL ABARCA DUAS FUNÇÕES IMPORTANTES, DE FORMA SUBJETIVA,
ASSEGURA A INDIVIDUALIDADE E IDENTIFICAÇÃO DO SIJEITO DE DIREITOS EXERCENTE DA
ATIVIDADE EMPRESARIAL, JÁ A FORMA OBJETIVO SE REFERE NA GARANTIA DA FAMA,
RENOME E REPUTAÇÃO.
DRE 15/2013, ART. 1º, CAPUT “NOME EMPRESARIAL É AQUELE SOB O QUAL O EMPRESÁRIO
INDIVIDUAL, EMPRESA INDIVIDUAL DE RESPONSABILIDADE LTDA., EIRELI, AS SOCIEDADES
EMPRESÁRIAS, AS COOPERATIVAS EXERCEM SUAS ATIVIDAS E SE OBRIGAM NOS ATOS A ELAS
PERTINENTES’.
O NOME EMPRESARIAL NÃO SE CONFUNDE COM A MARCA (= IDENTIFICAÇÃO DOS PRODUTOS
OU SERVIÇOS); OU NOME FANTASIA (= IDENTIFICAÇÃO DO TÍTULO DO ESTABELECIMENTO
“APELIDO”), OU NOME DE DOMÍNIO (= ENDEREÇO ELETRÔNICO DOS SITES DOS EMPRESÁRIOS
NA INTERNET – ENUNCIADO Nº 7).
CABE REGISTRAR QUE NÃO EXISTE PROTEÇÃO ESPECÍFICA NO CÓDIGO CIVIL PARA O NOME
FANTASIA OU TÍTULO DO ESTABELECIMENTO, A PROTEÇÃO É APLICADA ATRAVÉS DA REGRA
GERAL, DO ART. 186 DO CC/02.
Direito Empresarial
A PROTEÇÃO DECORRE DA LEI DE PROPRIEDADE INDUSTRIAL Nº 9.279/1996, NOS ARTS. 191, 194
E 195, INCISO V, EM SÍNTESE, O USO INDEVIDO DE TÍTULO DE ESTABELECIMENTO (NOME
FANTASIA) DE OUTRO EMPRESÁRIO, AINDA QUE ESSA EXPRESSÃO NÃO SEJA REGISTRADA
COMO MARCA OU NOME DESSE EMPRESÁRIO, É CRIME!
ESPÉCIES – CC/02, ART. 1.155
1) FIRMA: PODE SER INDIVIDUAL OU SOCIAL, FORMADA POR UM NOME CIVIL (PRÓPRIO NOME
DO EMPRESÁRIO NA QUALIDADE DE FIRMA INDIVIDUAL, OU DO TITULAR, NO CASO DA EIRELI,
OU DE UM OU MAIS SÓCIOS, NO CASO DE FIRMA SOCIAL. O NÚCLEO DA FIRMA É SEMPRE UM
NOME CIVIL, CABE RESSALTAR QUE A FIRMA PODE INDICAR O RAMO DE ATIVIDADE, CONTUDO
ISSO É UMA FACULDADE, CONFORME DISPÕE CC/02, ART. 1.156, PARTE FINAL.
CABE MENCIONAR TAMBÉM A FIRMA EXERCE FUNÇÃO DE ASSINATURA DO EMPRESÁRIO,
SOCIEDADE EMPRESÁRIA OU EIRELI.
2) DENOMINAÇÃO: PODE SER USADA POR ALGUMAS SOCIEDADES OU PELA EIRELI, PODE SER
FORMADA POR QUALQUER EXPRESSÃO LINGUISTICA (ELEMENTO FANTASIA) E A INDICAÇÃO
DO OBJETO SOCIAL É OBRIGATÓRIA, POR FORÇA DO CC/02, ART. 1.158, §2º, ART. 1.160 E 1.161.
CABE MENCIONAR AQUI QUE A DENOMINAÇÃO NÃO EXERCE A FUNÇÃO DE ASSINATURA,
SERVINDO APENAS DE ELEMENTO IDENTIFICADOR.
CONCLUSÃO: A FIRMA, EM REGRA, É PRIVATIVA AOS EMPRESÁRIOS INDIVIDUAIS E
SOCIEDADES DE PESSOAS, ENQUANTO A DENOMINAÇÃO, EM REGRA, É PRIVATIVA DE
SOCIEDADES DE CAPITAL.
A EIRELE É EXCEÇÃO, POSTO QUE PODE ADOTAR TANTO A FIRMA QUANTO A DENOMINAÇÃO
PARA FORMAR SEU NOME EMPRESARIAL.
DESTACA-SE:
DREI 15/2013, ARTS. 2º E 3º “FIRMA É O NOME UTILIZADO PELO EMPRESÁRIO INDIVIDUAL, PELO
SOCIEDADE EM QUE HOUVER SÓCIO DE RESPONSABILIDADE ILIMITADA E, DE FORMA FACULTATIVA,
PELA SOCIEDADE LIMITADA E PELA EMPRESA INDIVIDUAL DE RESPONSABILIDADE LIMITADA –
EIRELI” E “DENOMINAÇÃO É O NOME UTILIZADO PELA SOCIEDADE ANÔNIMA E COOPERATIVA E, EM
CARÁTER OPCIONAL, PELA SOCIEDADE LIMITADA, EM COMANDITA POR AÇÕES E PELA EMPRESA
INDIVIDUAL DE RESPONSABILIDADE LIMITADA – EIRELI”
ATENÇÃO!
POR CONTA DO NOME EMPRESARIAL, NA PROVA PODE VIR: JOAO PAULO TEXEIRA PIZZARIA,
EXERCE EMPRESA, COM CNPJ... TRATA-SE DE EMPRESÁRIO INDIVIDUAL.
Direito Empresarial
DEPARTAMENTO DE REGISTRO DE EMPRESA E INTEGRAÇÃO (DREI)
O DEPARTAMENTO DE REGISTRO DE EMPRESA E INTEGRAÇÃO É UMA AUTARQUIA FEDERAL,

VINCULADO AO PODER EXECUTIVO FEDERAL (PRESIDENTE DA REPÚBLICA), BEM COMO AO
MINISTÉRIO DA INDUSTRIA, DESENVOLVIMENTO E COMÉRCIO EXTERIOR, CABENDO
SALIENTAR QUE AS INSTRUÇÕES NORMATIVAS EDITADAS POR ESSA AUTARQUIA, VINCULA
TODAS AS JUNTAS COMERCIAIS DO BRASIL, E O CUMPRIMENTO A ESSAS INSTRUÇÕES SÃO
OBRIGATÓRIAS/IMPOSITIVAS.
SALIENTA-SE QUE A INSTRUÇÃO NORMATIVA É UM ATO NORMATIVO ADMINISTRATIVO,
PORTANTO NÃO VINCULA O MAGISTRADO. NESSE LIAME, CONTRA ATO DA JUNTA COMERCIAL
(VINCULADO A INSTRÇÃO DA DREI), A DEMANDA É DE COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL.
BENS IMPENHORÁVEIS – NCPC, ART. 833, INCISOS
NCPC, ART. 789 A RESPONSABILIDADE DO EMPRESARIO INDIVIDUAL É DIRETA E ILIMTADA, OU

SEJA, RESPONDE COM TODO SEU ATIVO PATRIMONIAL A ÚNICA OBSERVAÇÃO É DA PARTE QUE
FOR IMPENHORAVEL. DESTACA-SE TAMBÉM QUE DECRETADA A FALÊNCIA, OS BENS
IMPENHORAVEIS, TAMBÉM NÃO PODEM SER ARRECADADOS PARA COMPOR O ATIVO PARA
PAGAMENTO DOS CREDORES DA MASSA FALIDA.
A PENHORA E A ARRECADAÇÃO DEVEM RESPEITAR OS LIMITES IMPOSTOS PELA
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA, ART. 170, NA LRE, ART. 47, BEM COMO NA LINDIB, ART. 5º.
ATENÇÃO!
NCPC, ART. 833, INCISO V C/C LRE, ART.108, §4º
O ENTEDIMENTO DOMINANTE (CAMPINHO, DE MIRANDA) É QUE O ART 833, INCISO V NÃO SE
APLICA AO ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL, TENDO EM VISTA, QUE EM MUITOS CASOS, O
CONJUNTO DE BENS MATERIAIS E IMATERIAIS EMPREGADOS NO EXERCÍCIO DA ATIVIDADE
FIM, SÃO O PRINCIPAL ATIVO DO DEVEDOR, LOGO INVIABILIZAR A PENHORA OU
ARRECADAÇÃO, EM DETRIMENTO DOS CREDORES NÃO É RAZOÁVEL.
DESSA FORMA, FICOU ESTABELECIDO PELA DOUTRINA QUE O DISPOSITIVO 833, INCISO V DO
NCPC, APLICA-SE AOS PROFISSIONAIS LIBERAIS.
Direito Empresarial
CRITICA A DECISÃO DA JUSTIÇA FEDERAL NO PROCESSO 0011457-71.2013.4.01.6105, QUE

EXTENDEU A APLICAÇÃO DO DISPOSITIVO 833, INCISO V DO NCPC A PESSOA JURÍDICA, DESDE
QUE SE ENQUADRE NA QUALIDADE DE ME E EPP, COMPROVANDO A ESSENCIALIDADE DOS
EQUIPAMENTOS PENHORADOS/ARRECADADOS.
MICROEMPRESÁRIO E EMPRESÁRIO DE PEQUENO PORTE (PARTE II)
1) DEFINIÇÃO
EM VISTA DO LC 123, NO ART. 3º ESTABELECE QUE O ME/EPP PODE SER PESSOA NATURAL,
SOCIEDADE EMPRESÁRIA, SOCIEDADE NÃO EMPRESARIA OU EIRELE EMPRESÁRIA OU NÃO
EMPRESÁRIA. E TAMBPEM DEVE PREENCHER ALGUNS REQUISITOS: SER REGULAR, RECEITA
BRUTA AO ANO PEQUENA, DESEMPENHAR UMA ATIVIDADE QUE NÃO ESTEJA NO ART. 3º, §4º
DA MESMA LC.
CABE RESSALTAR QUE O EMPRESÁRIO INDIVIDUAL (ME OU EPP) ESTA SUJEITO À FALÊNCIA,
POR FORÇA DA LEI 11.101, ART. 94, INCISOS I AO III
AINDA, EM ÂMBITO DE FALÊNCIA, SE O EMPRESÁRIO INDIVIDUAL (ME OU EPP) FOR CREDOR,
SERÁ PREFERENCIALMENTE PAGO NO PROCESSO FALIMENTAR, NA ORDEM DE PAGAMENTO,
RECEBERÁ LOGO APÓS O FISCO, COM FULCRO NO ART. 83, IV, ALINEA D DA LRE.
SEGUINDO, O EMPRESÁRIO INDIVIDUAL PODE SER CONSIDERADO MICROEMPREENDEDOR
INDIVIDUAL (MEI), DENOMINADO PELO CÓDIGO CIVIL COMO PEQUENO EMPRESÁRIO
RECUPERAÇÃO JUDICIAL
1) ESPÉCIES
1.1) ORDINÁRIA OU JUDICIAL

1.2) ESPECIAL,
1.3) EXTRAJUDICIAL
Direito Empresarial
OBS: FINALIZAR DREI, MICROEMPRESARIO

Direito Empresarial
AULA 04 – 08/09/2016
EMPRESÁRIO INDIVIDUAL
IMPEDIMENTOS LEGAIS
(CONTINUAÇÃO)
1) CASADO
QUANDO A EXECUÇÃO SINGULAR OU CONCURSAL (FALÊNCIA) ATINGIR OS BENS DA MEAÇÃO
DO CÔNJUGE NÃO EMPRESARIAL ATRAVÉS DA PENHORA OU ARRECADAÇÃO, O CÔNJUGE
PODERÁ OPOR EMBARGOS DE TERCEIROS, CONFORME LEI 11.101/05, ART. 93. CABE RESSALTAR
QUE OS BENS DO CÔNJUGE SOMENTE PODERÁ SER ATINGIDO, SE A DÍVIDA CONTRAÍDA FOR
EM BENEFÍCIO DA FAMÍLIA
AÇÃO REIPERSECUTÓRIA OU RESTITUIÇÃO OU RESTITUTÓRIA, CONFORME LEI 11.101/05, ART.
85 E PARÁGRAFO ÚNICO C/C ART 86, INCISO II E III, COM CAUSA DE PEDIR ESPECÍFICAS, COM O
FIM DE RETIRAR DA MASSA FALIDA O BEM ARRECADADO.
ATENÇÃO! CONTRIBUIÇÕES DO INSS ARRECADADAS, E NÃO REPASSADAS PARA O INSS, POR
SER UM BEM EM PODER DE TERCEIROS, O INSS DEVERÁ AJUIZAR AÇÃO DE RESTITUIÇÃO, DE
ACORDO COM A LEI 8.212/91, ART. 51, PARÁGRAFO ÚNICO, CABE MENCIONAR QUE NO
REFERIDO DISPOSITIVO A NOMENCLATURA ESTA “REIVINDICATÓRIA”, CONTUDO, TAL
DENOMINAÇÃO ENCONTRA-SE INCORRETA.
ATÉ 1962 A MULHER ERA CONSIDERADA RELATIVAMENTE INCAPAZ, E O ESTATUTO DA
MULHER CASADA, DISPÕE QUE O CÔNJUGE QUE NÃO TEM A VER COM A DÍVIDA, A PRIORI, NÃO
RESPONDERÁ PELA DÍVIDA CONTRAIDA, SALVO SE A DÍVIDA CONTRAIDA FOR EM BENEFÍCIO
DA FAMÍLIA.

O CC/02, ART. 978, PREVÊ “O EMPRESÁRIO CASADO PODE, SEM NECESSIDADE DE OUTORGA
CONJUGAL, QUALQUER QUE SEJA O REGIME DE BENS, ALIENAR OS IMÓVEIS QUE INTEGREMO
PATRIMÔNIA DA EMPRESA OU GRAVA-LOS DE ÔNUS REAIS” NESSE SENTIDO O ENUNCIADO 58
DISPÕE “O EMPRESÁRIO INDIVIDUAL É O DESTINATÁRIO DA NORMA DO ART. 978 DO CCB E NÃO
DEPENDE DA OUTORGA CONJUGAL PARA ALIENAR OU GRAVAR DE ÔNUS REAL O IMÓVEL UTILIZADO
NO EXERCÍCIO DA EMPRESA, DESDE QUE EXISTA PRÉVIA AVERBAÇÃO DE AUTORIZAÇÃO CONJUGAL
À CONFERÊNCIA DO IMÓVEL AO PATRIMÔNIO EMPRESARIAL NO CARTÓRIO DE REGISTRO DE
IMÓVEIS, COM A CONSEQUENTE AVERBAÇÃO DO ATO À MARGEM DE SUA INSCRIÇÃO NO REGISTRO
PÚBLICO DE EMPRESAS MERCANTIS”.
Direito Empresarial
SE OS ATOS ESTABELECIDOS NO CC/02, ART. 979 NÃO FOREM ARQUIVADOS E AVERBADOS NA

JUNTA COMERCIAL, O EMPRESÁRIO NÃO PODERÁ OPÔ-LOS CONTRA TERCEIROS, BEM COMO
A SENTENÇA QUE HOMOLOGA OU DECRETA A SEPRAÇÃO JUDICIAL DO EMPRESÁRIO E ATO DE
RECONCILIÇÃO, COM BASE NO CC/02, ART. 980.
QUADRO COMPARATIVO
AÇÃO DE RESTITUIÇÃO AÇÃO EMBARGOS DE

REINVINDICATÓRIA TERCEIROS
ÔNUS DA PROVA
DOS EMBARGOS DE TERCEIRO
POSIÇÃO MAJORITÁRIA, POR SÉRGIO CAMPINHO, LUIS PAULO DE CARVALHO, ÚLTIMOS

JULGADOS DO STJ, SUSTENTAM QUE HÁ PRESUNÇÃO RELATIVA DE OCORRÊNCIA DE
BENEFÍCIO, IURIS TANTUM, QUE A DÍVIDA FOI CONTRAÍDA EM PROL DA FAMÍLIA, LOGO CABE
A EMBARGANTE QUE NÃO HOUVE BENEFÍCIO, POSTO QUE PRATICAMENTE É IMPOSSÍVEL UM
CREDOR DEMONSTRAR QUE HOUVE BENEFÍCIO PARA FAMÍLIA, CARACTERIZANDO COMO
PROVA DIABÓLICA, E SEGUNDO, PELAS REGRAS PROCESSUAIS, CABE AO AUTOR DA DEMANDA
PROVAR O ALEGADO PARA PROTEÇÃO DA SUA MEAÇÃO.
POSIÇÃO MINORITÁRIA HÁ PRESUNÇÃO RELATIVA DE NÃO OCORRÊCIA OU AUSÊNCIA DO
BENEFÍCIO, LOGO CABE OS CREDORES A PROVA, A ARGUMENTAÇÃO NO SISTEMA DE PROVA
BRASILEIRO, NÃO HÁ PROVA NEGATIVA, E SIM DA PROVA POSITIVA.
CABE SALIENTAR O CC/02, ART 1.647 E ART. 978 O CÔNJUGE PODERÁ ALIENAR BENS IMÓVEIS
OU HIPOTECÁ-LOS, EM QUALQUER REGIME DOS BENS, SE ESTIVER RELACIONADO A ATIVIDADE
EMPRESARIAL, MITIGANDO O ART. 1.647.
2) ESTRANGEIRO (ESTATUTO DO ESTRANGEIRO)

2.1) RESIDENTE NO PAÍS COM VISTO PERMANENTE, NÃO HÁ OBICE NA LEI, PODENDO SER
EMPRESÁRIO INDIVIDUAL, SÓCIO, ATÉ MESMO ADMINISTRADOR DA SOCIEDADE.
2.2) NÃO RESIDENTE COM VISTO PROVISÓRIO
CORRENTE 01 (MAJORITÁRIA): NÃO PODE SER EMPRESÁRIO INDIVIDUAL, NEM ADMINISTRAR
PESSOA JURÍDICA, POSTO QUE HÁ VEDAÇÃO LEGAL NO ESTATUTO DO ESTRANGEIRO.
Direito Empresarial
CORRENTE 02 (MINORITÁRIA): O DOUTRINADOR REQUIÃO ENTENDE QUE PODE, UMA VEZ

QUE AS NORMAS QUE REGULAM O IMPOSTO DE RENDA, EM QUE PREVÊ INCIDÊNCIA DESSE
IMPOSTO.
DE ACORDO COM O DOUTRINADOR ANDRÉ SANTACRUZ, NA PÁGINA 266
COM RELAÇÃO A SOCIEDADE ESTRANGEIRA DEVE PREENCHER OS REQUISITOS DO CC/02, ART.
1.126, OU SEJA, TER SEDE NO BRAIL E ORGANIZAÇÃO DE CONFORMIDADE COM AS LEIS
BRASILEIRAS, NECESSITADO, PREENCHIDOS OS REQUISITOS DE AUTORIZAÇÃO
GOVERNAMENTAL PARA FUNCIONAR, CONTUDO ESSA AUTORIZAÇÃO NÃO É NECESSÁRIA
QUANDO ACIONISTA DE SOCIEDADE ANÔNIMA BRASILEIRA, CC/02, ART. 1.134. CABE
RESSALTAR QUE APÓS A AUTORIZAÇÃO, A SOCIEDADE DEVERÁ SE REGISTRAR NA JUNTA
COMERCIAL, ANTES DE INICIAR AS ATIVIDADES, CC/02, ART. 1.136. SENDO ASSIM, SE
SUBMETERA AS LEIS E AOS TRIBUNAIS BRASILEIROS, CC/02, ART. 1.137. CABE MENCIONAR QUE
O NOME DA EMPRESA PODERÁ ACRESCER AS PALAVRAS ‘DO BRASIL’ OU ‘PARA O BRASIL’,
CONFORME CC/02, ART. 1.137, PARÁGRAFO ÚNICO. AINDA, É POSSÍVEL OBTER AUTORIZAÇÃO
DO PODER EXECUTIVO FEDERAL PARA NACIONALIZAR A SOCIEDADE, TRANSFERINDO A SEDE
PARA O BRASIL, CC/02, ART. 1.141.
3) EMPREGADO PÚBLICO EM DECORRÊNCIA DO REGIME JURÍDICO DA CLT, A PRIORI, NÃO HÁ

IMPEDIMENTO.
4) MENOR DE IDADE, EM DECORRÊNCIA DO CC/02, ART. 972, C/C ART. 5º, PARÁGRAFO ÚNICO,
INCISO V, A INCAPACIDADE, EM REGRA, É PELA MAIORIDADE, CONTUDO, HÁ HIPÓTESES DE
EMANCIPAÇÃO, NO QUE SE REFERE AO INCISO V, PODERÁ SER EMANCIPADO MAIOR DE 16
ANOS, QUE TENHA RECURSOS PRÓPRIOS E EXERCENTE DE ATIVIDADE EMPRESARIAL,
PASSANDO A TER CAPACIDADE PLENA NO ÂMBITO CIVIL, CABE OBSERVAR QUE NÃO TORNA O
MENOR IMPUTÁVEL PARA FINS PENAIS.
CABE SALIENTAR QUE HÁ DUAS POSIÇÕES COM RELAÇÃO AO MENOR SER ABARCADO PELA
LEI 11.101/05.
CORRENTE MAJORITÁRIA, POR SÉRGIO CAMPINHO, O MENOR, NAS CONDIÇÕES DO CC/02,
ART. 5º, PARÁGRAFO ÚNICO, INCISO V, ESTA SUJEITO A FALÊNCIA, NÃO A RECUPERAÇÃO
JUDICIAL (PARA SOLICITAR A RECUPERAÇÃO JUDICIAL, DEVERÁ SER PREENCHIDO OS
REQUISITOS DA LEI 11.101/05, ART. 48, CAPUT, INCISO I, INCISO II OU INCISO III E INCISO IV).
CABE SALIENTAR QUE A LEI DE FALÊNCIAS NÃO FEZ NENHUMA RESSALVA COM RELAÇÃO A
IDADE MÍNIMA AO EMPRESÁRIO INDIVIDUAL EM SEU ART. 1º.
COM RELAÇÃO A RESPONSABILIDADE PENAL, NOS ARTS. 168 AO 178 DA LEI 11.101/05, O MENOR
NÃO COMETERÁ CRIME, NÃO SERÁ RÉU EM PROCESSO PENAL, NEM RESPONDERÁ POR CRIME,
Direito Empresarial
ELE RESPONDERÁ POR ATO INFRACIONAL ANÁLOGO AO CRIME FALIMENTAR, RESPONDENDO

A MEDIDA SOCIOEDUCATIVO, PREVISTA NO ECA.
CORRENTE MINORITÁRIA, POR VALDO FAZIO JUNIOR, SE PREOCUPA COM A QUESTÃO PENAL,
TENDO EM VISTA QUE O MENOR É INIMPUTÁVEL PENALMENTE, ELE NÃO PODERÁ SER
ABARCADO PELA LEI FALIMENTAR.
CABE SALIENTAR QUE OS CRIMES COMETIDOS DA LEGISLAÇÃO FALIMENTAR, A
RESPONSABILIZAÇÃO PENAL DEVERÁ RESPEITAR PROCEDIMENTO PRÓPRIO DA LEI 11.101/05,
NOS ART. 160 E ART. 180, A PRESCRIÇÃO TEM INÍCIO COM A DECRETAÇÃO FALIMENTAR,
CONCEDA A RECUPERAÇÃO JUDICIAL OU EXTRAJUDICIAL.
DE ACORDO COM O DOUTRINADOR ANDRE SANTACRUZ, NAS PÁGINAS 74 A 77
O LEGISLADOR ABRE DUAS EXCEÇÕES AO MENOR INCAPAZ PARA DAR CONTINUIDADE A
ATIVIDADE EMPRESARIAL, POR FORÇA DO CC/02, ART. 974 E ART. 975, IMPORTA SALIENTAR
QUE O MENOR INCAPAZ DEVERÁ SER REPRESENTADO OU ASSISTIDO A DEPENDER DA
INCAPACIDADE, NESSE PONTO, CASO O REPRESENTANTE OU ASSISTIDO SEJA IMPEDIDO,
HAVERÁ NOMEAÇÃO DE UM OU MAIS GERENTES, COM APROVAÇÃO DO JUIZ, CC/02, ART. 975,
§§ 1º E 2º.
A PRIMEIRA EXCEÇÃO É COM RELAÇÃO AO EMPRESÁRIO INDIVIDUAL DE EMPRESA QUE JÁ
EXERCIA ATIVIDADE EMPRESARIAL, SENDO INCAPACITANTE, DE MANEIRA SUPERVENIENTE. A
SEGUNDA EXCEÇÃO É CAUSA MORTIS, OU SEJA, A ATIVIDADE EMPRESARIAL ERA EXERCIDA POR
OUTREM, DE QUEM O INCAPAZ ADQUIRE A TITULARIDADE DO SEU EXERCÍCIO POR SUCESSÃO.
NESSE SENTIDO CABE RESSALTAR O ENUNCIADO 203, DA II JORNADA DE DIREITO CIVIL “O
EXERCÍCIO DE EMPRESA POR EMPRESÁRIO INCAPAZ, REPRESENTADO OU ASSISTIDO, SOMENTE É
POSSÍVEL NOS CASOS DE INCAPACIDADE SUPERVENIENTE OU INCAPACIDADE DO SUCESSOR NA
SUCESSÃO POR MORTE”.
CABE SALIENTAR QUE OS BENS QUE O INCAPAZ POSSUIA AO TEMPO DA INTERDIÇÃO OU
SUCESSÃO NÃO FICAM SUJEITOS AO RESULTADO DA EMPRESA, DESDE QUE ESTRANHOS AO
ACERVO, DEVENDO ESTAR EXPRESSO NO ALVARÁ QUE CONCEDER A AUTORIZAÇÃO, CC/02,
ART. 974, §2º, OU SEJA, O JUIZ DEVERÁ RELACIONAR OS BENS QUE O INCAPAZ POSSUIA AO
TEMPO DA INTERDIÇÃO OU SUCESSÃO, QUE NÃO PODERÃO SER EXECUTADOS POR DÍVIDAS
CONTRAÍDAS EM DECORRÊNCIA DO EXERCÍCIO DA ATIVIDADE EMPRESARIAL.
EM REGRA, A JURISPRUDÊNCIA, DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇÃO (RESP 487.995),
PRECONIZA QUE A EMPRESA INDIVIDUAL É MERA FICÇÃO JURÍDICA, LOGO O PATRIMÔNIO DE
UMA EMPRESA INDIVIDUAL SE CONFUNDE COM O DE SEU SÓCIO. CONTUDO, O ART.
APONTADO ACIMA ADMITE EXCEPCIONALIDADE A REGRA, UMA VEZ QUE PREVÊ A
ESPECIALIZAÇÃO PATRIMONIAL, OU SEJA, A CONSTITUIÇÃO DE UM PATRIMÔNIO PARTICULAR
ESPECIAL (PATRIMÔNIO DE AFETAÇÃO), NO ALVARÁ DE AUTORIZAÇÃO.
Direito Empresarial
A AUTORIZAÇÃO É DADA PELO JUIZ, ATRAVÉS DE JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA, APÓS A OITIVA

DO MINISTÉRIO PÚBLICO, CONFORME PRECONIZA O NCPC, ART. 178, INCISO II. CABE
RESSALTAR QUE O MAGISTRADO DEVERÁ ANALISAR A CONVENIÊNCIA DE O INCAPAZ EXERCER
A ATIVIDADE, CC/02, ART. 974, §1º.
NÃO SE PODE CONFUNDIR COM O INCAPAZ COM 16 ANOS COMPLETOS QUE PREENCHE TODOS
OS REQUISITOS PARA A SUA EMANCIPAÇÃO EM DECORRÊNCIA DO ESTABELECIMENTO
COMERCIAL EM FUNÇÃO DO QUAL TENHA ECONOMIA PRÓPRIA, CC/02, ART. 5º, PARÁGRAFO
ÚNICO, INCISO V. NESSE CASO, NÃO É CASO DE INCAPAZ, E SIM DE CAPAZ MENOR, OU SEJA,
QUE EXERCE ATIVIDADE EMPRESARIAL INDEPENDENTE DE AUTORIZAÇÃO JUDICIAL.
HÁ DIVERGÊNCIA NA DOUTRINA SOBRE O MENOR DE 16 ANOS SER EMPRESÁRIO, UMA VEZ
QUE ELE NÃO ESTARÁ SUJEITO AOS CRIMES PREVISTOS NA LRE, POSTO SER INIMPUTÁVEL
CRIMINALMENTE. NÃO OBSTANTE, O ENUNCIADO 197 DISPÕE QUE “A PESSOA NATURAL,
MAIOR DE 16 E MENOR DE 18 ANOS, É REPUTADA EMPRESÁRIO REGULAR SE SATISFAZER OS
REQUISITOS DOS ARTS. 966 E 967; TODAVIA, NÃO TEM DIREITO A CONCORDATA
PREVENTIVA**, POR NÃO EXERCER REGULARMENTE A ATIVIDADE POR MAIS DE DOIS ANOS”.
**A CONCORDATA FOI SUBSTITUIDA PELA RECUPERAÇÃO JUDICIAL, QUE MANTEVE A
NECESSIDADE DE EXERCÍCIO REGULAR DA EMPRESA POR MAIS DE DOIS ANOS PARA A
CONCESSÃO DO BENEFÍCIO.
SOCIEDADE EMPRESÁRIA E
EIRELI EMPRESARIAL
HÁ SOCIEDADE DA ESPÉCIE EMPRESÁRIA E ESPÉCIE NÃO EMPRESÁRIA (ADVOCACIA,

PLURIPESSOAL OU UNIPESSOAL, AUDITORES, MÉDICOS, BEM COMO SOCIEDADE RURAL REGISTRADO
NO RCPJ E SOCIEDADE COOPERATIVA POR FORÇA DE LEI CC/02, ART. 982, PARÁGRAFO ÚNICO, REGIDA
PELA L. PRÓPRIA 5.764/71, ENTRE OUTROS). CABE SALIENTAR QUE SE NÃO HOUVER
EXCEPCIONALIDADE, A REGRA GERAL DO REGISTRO DA SOCIEDADE NÃO EMPRESÁRIA, É NO
RCPJ.
NO PROJETO DE CÓDIGO COMERCIAL, DIZ QUE SE A COOPERATIVA SE REGISTRAR NA JUNTA

COMERCIAL, SERÁ CONSIDERADA EMPRESÁRIA.
A ROUPAGEM DA PESSOA JURÍDICA É O TIPO DA SOCIETÁRIO, EXISTEM ESPECIFICIDADES PARA

CADA TIPO. LOGO, O REDIRECIONAMENTO DA EXECUÇÃO AOS SÓCIOS, PELO CREDOR DE
TRIBUTO, DEPENDE DO TIPO SOCIETÁRIO.
ATENÇÃO! A SÚMULA DO STJ, Nº 430 APLICÁVEL A SOCIEDADE LIMITADA, TRATA DA

DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA
Direito Empresarial
SOCIEDADE EM NOME COLETIVO
OS SÓCIOS RESPONDEM DE FORMA ILIMITADA E SOLIDÁRIA, NÃO HÁ NECESSIDADE DE

COMPROVAR FRAUDE, SE HOUVER O SIMPLES DESCUMPRIMENTO DA OBRIGAÇÃO
TRIBUTÁRIA, PODERÁ REDIRECIONAR A EXECUÇÃO AOS SÓCIOS, OU SEJA, NÃO APLICÁVEL A
SÚMULA 430 DO STJ.
DE ACORDO COM O DOUTRINADOR ANDRE SANTACRUZ, NAS PÁGINAS 425 E 426
A PRINCIPAL CARACTERÍSTICA DESSA SOCIEDADE É A RESPONSABILIDADE ILIMITADA DOS
SÓCIOS QUE A COMPÕEM, OU SEJA, OS CREDORES PODERÃO EXECUTAR A DÍVIDA NO
PATRIMÔNIO PESSOAL DOS SÓCIOS, QUANDO ESGOSTADO O PATRIMÔNIO DA SOCIEDADE EM
NOME COLETIVO.
HÁ UMA RESSALVA QUANTO A LIMITAÇÃO PERANTE OS SÓCIOS, ESTABELECIDA NO
CONTRATO SOCIAL, CONTUDO NÃO É OPONÍVEL A TERCEIROS, VISTO QUE O CONTRATO SÓ
GERA EFEITO INTER PARS. A TÍTULO DE EXEMPLO A LIMITAÇÃO PERANTE OS SÓCIOS PODE SER
COM RELAÇÃO AO DIREITO DE REGRESSO DE UM SÓCIO CONTRA OUTRO.
CABE MENCIONAR TAMBÉM QUE ESSA SOCIEDADE NÃO ADMITE SÓCIO PESSOA JURÍDICA,
COM BASE NO CC/02, ART. 1.039.
POR SER UMA SOCIEDADE CONTRATUAL, SERÁ REGIDA DE FORMA SUBSIDIÁRIA PELAS
NORMAS DA SOCIEDADE SIMPLES, CONFORME CC/02, ART. 1.040 E DEVERÁ CONTER
CLÁUSULAS GERAIS PREVISTA NO CC/02, ART. 997 C/C ART. 1.041.
CABE O DESTAQUE:
(I) A SOCIEDADE EM NOME COLETIVO DEVERÁ ADOTAR FIRMA SOCIAL COMO ESPÉCIE DE NOME
EMPRESARIAL, POR FORÇA DO CC/02, ART. 1.041, PARTE FINAL, C/C O ART. 1.157;
(II) NÃO ADMITE-SE PARTICIPAÇÃO DE INCAPAZES;
(III) OS SÓCIOS TÊM LIBERDADE PARA DISCIPLINAR AS SUAS RELAÇÕES SOCIAIS DE FORMA
AMPLA;
(IV) SOCIEDADE DE PESSOAS, PORTANTO DEPENDE DE CONSENTIMENTO DOS DEMAIS SÓCIOS
PARA A ENTRADA DE ESTRANHOS NO QUADRO SOCIAL; E
(V) A ADMINISTRAÇÃO É REALIZADA PELOS PRÓPRIOS SÓCIOS, NÃO SE ADMITINDO A
DESIGNAÇÃO DE NÃO SÓCIO PARA O DESEMPENHO DA TAREFA, POR FORÇA DO CC/02, ART.
1.042.
Direito Empresarial
AULA 05 – 15/09/2016
TIPOS SOCIETÁRIOS
(INTRODUÇÃO)
I) SOCIEDADE EM NOME COLETIVO – CC/02, ART. 1.039 AO ART. 1.044

II) EM COMANDITA SIMPLES - CC/02, ART. 1.045 AO ART. 1.051
III) SOCIEDADE LIMITADA - CC/02, ART. 1.052 AO ART. 1.087 C/C REGULADA PELO DECRETO
3.708/19,
IV) SOCIEDADE ANÔNIMA - ART. 1.088 E ART. 1.089, LEI 6.404/76,
V) EM COMANDITA POR AÇÕES - ART. 1.090 AO ART. 1.092 C/C LEI 6.404/76
VI) SOCIEDADE SIMPLES – CC/02, ART. 997 AO ART. 1.038
A EXPRESSÃO SOCIEDADE SIMPLES TEM DUPLO SENTIDO, PODENDO SER SINÔNIMO DE

SOCIEDADE NÃO EMPRESÁRIA, OU UM TIPO SOCIETÁRIO, O ÚLTIMO, IMPLEMENTADO EM 2002.
CC/02, ART. 982, PARÁGRAFO ÚNICO, O LEGISLADOR UTILIZOU A EXPRESSÃO “SIMPLES”, COM
SENTIDO AMPLO, SINÔNIMO DE NÃO EMPRESÁRIA.
CC/02, ART. 1.096, SOCIEDADE COOPERATIVA, REGIDA PELA LEI 5.764/71, A EXPRESSÃO
“SOCIEDADE SIMPLES”, QUER DIZER TIPO SOCIETÁRIO, ESTABELECIDA NO CC/02, ART. 997 AO
1.038.
CABE RESSALTAR QUE OS SÓCIOS DA SOCIEDADE LIMITADA E A SOCIEDADE ANÔNIMA
SOMENTE SERÃO RESPONSABILIZADOS QUANDO HOUVER COMPROVAÇÃO DE FRAUDE, O
SIMPLES INADIMPLEMENTO DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA, NÃO GERA RESPONSABILIDADE DOS
SÓCIOS – STJ, SÚMULA 430, POSTO QUE A REGRA É A BOA FÉ.
JÁ A SOCIEDADE EM NOME COLETIVO, EM COMANDITA SIMPLES, BEM COMO SOCIEDADE
SIMPLES NÃO HÁ BLINDAGEM AO PATRIMÔNIO DOS SÓCIOS, RESPONDENDO
ILIMITADAMENTE.
A EM COMANDITA POR AÇÕES, OS ACIONISTAS TAMBÉM RESPONDERÃO ILIMITADAMENTE,
CONTUDO DEVERÁ RESPEITAR A ORDEM DO DEVEDOR, EXECUTANDO PRIMEIRAMENTE A
SOCIEDADE, APÓS OS ACIONISTAS QUE TAMBÉM SÃO ADMINISTRADORES.
ATENÇÃO!
Direito Empresarial
NO CASO DA DÍVIDA TRABALHISTA, POR TER NATUREZA ALIMENTÍCIA, NÃO É NECESSÁRIO A

COMPROVAÇÃO DE FRAUDE, LOGO OS SÓCIOS RESPONDERÃO COM SEUS PATRIMÔNIOS (A
BLINDAGEM NÃO É ABSOLUTA).
PRINCÍPIO DA ALTERIDADE NÃO INCUMBE AO TRABALHADOR ASSUMIR O RISCO DO
EMPREENDIMENTO.
A EXPRESSÃO “SIMPLES” TEM TRÊS SENTIDOS

1) SISTEMA TRIBUTÁRIO SIMPLIFICADO REGIDO PELA LEI 123/06**, DESTINADO A ME/EPP,
CONFORME DISPÕE A CF/88, ART. 179. “TRATAMENTO DIFERENCIADO E SIMPLIFICADO”.
**ALTERADA PELA LEI 139 E POSTERIORMENTE ALTERADA PELA LEI 147
ESSE SISTEMA É OPCIONAL, PODENDO SE ENQUADRAR NO SISTEMA O EMPRESÁRIO,
SOCIEDADE EMPRESÁRIA, SOCIEDADE SIMPLES E EIRELI.
2) EM SENTIDO AMPLO OU HETEROGÊNIA É ESPÉCIE SOCIETÁRIA, OU SEJA, NÃO EMPRESÁRIA.
EX: SOCIEDADE DE ADVOGADO (S).
3) EM SENTIDO ESTRITO OU HOMOGÊNIA É TIPO SOCIETÁRIO, REGULADO NO CAPÍTULO I DO
CÓDIGO CIVIL, NO ART. 997 AO ART. 1.038. EXEMPLO: ART. 1.036, LC 123/06, ART. 3º.
A SOCIEDADE SIMPLES TEM POR OBJETO O EXERCÍCIO DE ATIVIDADE ECONÔMICA NÃO
EMPRESARIAL. EXEMPLO: SOCIEDADES UNIPROFISSIONAIS, QUE SÃO SOCIEDADES
FORMADAS POR PROFISSIONAIS INTELECTUAIS, CUJO OBJETO SOCIAL É EXERCÍCIO DA
PRÓPRIA ATIVIDADE INTELECTUAL DE SEUS SÓCIOS, BEM COMO A SOCIEDADE CUJO OBJETO
SOCIAL CONSTITUI O EXERCÍCIO DE ATIVIDADE ECONÔMICA RURAL, DESDE QUE SEUS SÓCIOS
OPTEM PELO REGISTRO NO CARTÓRIO, E NÃO NA JUNTA COMERCIAL, COM BASE NO CC/02,
ART. 984.
A SOCIEDADE SIMPLES TEM MODELO DE ORGANIZAÇÃO BÁSICO, ESTABELECIDO NO CC/02,
CAPÍTULO I, DOS ARTIGOS 997 AO 1.038, SE TIVER ORGANIZAÇÃO BÁSICA, A DOUTRINA
DENOMINA SOCIEDADE SIMPLES PURA, OU SOCIEDADE SIMPLES SIMPLES.
A SOCIEDADE EMPRESÁRIA PODERÁ ADOTAR O TIPO SOCIETÁRIO DOS ART. 1.039 AO ART.
1.092 (EM NOME COLETIVO, EM COMANDITA POR AÇÕES, SOCIEDADE LIMITADA, SOCIEDADE
ANÔNIMA, EM COMANDITA POR AÇÕES), DESSA FORMA, A SOCIEDADE EMPRESÁRIA NÃO
PODE SER DO TIPO SIMPLES, POR INTERPRETAÇÃO DO CC/02, ART. 983, PRIMEIRA PARTE.
A SOCIEDADE SIMPLES PODERÁ ADOTAR O TIPO SOCIETÁRIO DOS ART. 1.039 AO ART. 1.092
(EM NOME COLETIVO, EM COMANDITA POR AÇÕES, SOCIEDADE LIMITADA, SOCIEDADE
ANÔNIMA, EM COMANDITA POR AÇÕES, TENDO COMO FONTE SUBSIDIÁRIA OU PRIMÁRIA
(QUANDO NÃO ADOTAR TIPO SOCIETÁRIO) O CAPÍTULO I QUE REGE A SOCIEDADE SIMPLES,
CC/02, ART. 997 AO 1.038.
Direito Empresarial
OU SEJA, O TIPO SOCIETÁRIO NO BRASIL (EM NOME COLETIVO, EM COMANDITA POR AÇÕES,
SOCIEDADE LIMITADA, SOCIEDADE ANÔNIMA, EM COMANDITA POR AÇÕES) PODE EXERCER
ATIVIDADE EMPRESÁRIA OU NÃO EMPRESÁRIA, MAS A DEPENDER DO TIPO, A SOCIEDADE
TERÁ NATUREZA EMPRESÁRIA POR FORÇA DE LEI, DE ACORDO COM CC/02, ART. 982.
SEGUNDO O CC/02, ART. 983, UMA SOCIEDADE EMPRESÁRIA PODE ORGANIZAR-SE COMO:
A) SOCIEDADE EM NOME COLETIVO
B) SOCIEDADE EM COMANDITA SIMPLES
C) SOCIEDADE LIMITADA
D) SOCIEDADE ANÔNIMA
E) SOCIEDADE EM COMANDITA POR AÇÕES
JÁ A SOCIEDADE SIMPLES, PODERÁ SE ORGANIZAR-SE COMO
A) SOCIEDADE SIMPLES PURA OU SIMPLES SIMPLES
B) SOCIEDADE EM NOME COLETIVO
C) SOCIEDADE EM COMANDITA SIMPLES
D) SOCIEDADE COOPERATIVA
**A SOCIEDADE COOPERATIVA É CONSIDERADA SEMPRE UMA SOCIEDADE SIMPLES,
INDEPENDENTE DO OBJETO, E A SOCIEDADE POR AÇÕES E ANÔNIMA SERÃO SEMPRE
SOCIEDADES EMPRESÁRIAS, POR FORÇA DO CC/02, ART. 982, PARÁGRAFO ÚNICO.
OBSERVAÇÕES!
TODA A SOCIEDADE SIMPLES EM SENTIDO ESTRITO OU HOMEGÊNEA, É SIMPLES EM SENTIDO
AMPLO, OU HETEROGÊNIA, MAS A RECÍPROCA NÃO É VERDADEIRA.
TJSP, SUMÚLA 49 – A LRE NÃO SE APLICA A SOCIEDADE SIMPLES, OU SEJA, TIPO SIMPLES,
POSTO QUE É UM DIRECIONADO A SOCIEDADE NÃO EMPRESÁRIA.
SOCIEDADE OU ‘EMPRESÁRIO’ RURAL
O EXPLORADOR DE ATIVIDADE RURAL É RURÍCOLA OU RURALISTA OU EMPRESÁRIO RURAL**,

**VALE ESCLARECER QUE NÃO SE REFERE A ATIVIDADE EMPRESÁRIA, NOMENCLATURA
UTILIZADA ERRONEAMENTE PELO LEGISLADOR.
Direito Empresarial
A ATIVIDADE RURAL PODE SER AGRÍCOLA, PECUÁRIA OU PASTORIL, PSICULTURA E

EXTRATIVISTA, PODENDO SER EXERCIDA POR PESSOA FÍSICA OU PESSOA JURÍDICA, DEVENDO
SER DE FORMA EXCLUSIVA OU PREPONDERANTE.
COM O ADVENTO DO CC/02, ART. 971 E ART. 984, A ATIVIDADE RURAL NÃO É CONSIDERADA
ATIVIDADE EMPRESARIAL, CONTUDO, O LEGISLADOR DEU A OPÇÃO AO RURALISTA OU
PESSOA QUE EXERCE ATIVIDADE RURAL, PARA SE REGISTRAR NA JUNTA COMERCIAL, SE
SUBMETENDO A LRE, LOGO O RURALISTA SERÁ EQUIPARADO A EMPRESÁRIO; OU REGISTRO
CIVIL DE PESSOA JURÍDICA, NÃO SE SUJEITANDO A LRE.
A RACIO OU MOTIVAÇÃO DESSA FACULDADE COM RELAÇÃO AO REGISTRO PELO RURALÍSTA É
PERMITIR QUE SE BENEFICIE DA RECUPERAÇÃO JUDICIAL DA LRE, OU, LEI 11.101/05.

O LEGISLADOR CONCEDEU UMA FACULDADE AOS EXERCENTES DE ATIVIDADE ECONÔMICA
RURAL, NO QUE SE REFERE AO REGISTRO PERANTE A JUNTA COMERCIAL.
CABE ESCLARECER QUE SERÁ CONSIDERADO/EQUIPARADO EMPRESÁRIO AQUELE QUE SE
REGISTRAR NA JUNTA COMERCIAL, EXCEPCIONANDO A NATUREZA DO REGISTRO, UMA VEZ
QUE EM REGRA É MERAMENTE DECLARATÓRIO, NO CASO DO EXPLORADOR DE ATIVIDADE
RURAL, O REGISTRO NA JUNTA COMERCIAL TEM NATUREZA CONSTITUTIVA, E O SUJEITO SE
SUBMETERÁ A TODOS OS EFEITOS LEGAIS DA LEI 11.101/05, CONFORME CC/02, ART. 971.
AINDA, A REGRA É IDENTICA PARA A SOCIEDADE QUE TEM POR OBJETO SOCIAL A
EXPLORAÇÃO DE ATIVIDADE ECONÔMICA RURAL, CONFORME CC/02, ART. 984.
CONFIRMANDO TAL PREMISSA, DESTACA-SE OS ENUNCIADOS 201 E 202 DA JORNADA DE
DIREITO CIVIL, E ENUNCIADO 62 DA JORNADA DE DIREITO COMERCIAL, RESPECTIVAMENTE:
“O EMPRESÁRIO RURAL E A SOCIEDADE EMPRESÁRIA RURAL, INSCRITOS NO REGISTRO PÚBLICO DE
EMPRESAS MERCANTIS, ESTÃO SUJEITAOS À FALÊNCIA E PODEM REQUERER CONCORDATA (LEIA-SE
RECUPERAÇÃO JUDICIAL).”
“O REGISTRO DO EMPRESÁRIO OU SOCIEDADE RURAL NA JUNTA COMERCIAL É FACULTATIVO E DE
NATUREZA CONSTITUTIVA, SUJEITANDO-O AO REGIME JURÍDICO EMPRESARIAL. É INAPLICÁVEL ESSE
REGIME AO EMPRESÁRIO OU SOCIEDADE RURAL QUE NÃO EXERCER TAL OPÇÃO”
“O PRODUTOR RURAL, NAS CONDIÇÕES MENCIONADAS NO ART. 971 DO CC/02, PODE CONSTITUIR
EIRELI”
POR FIM, O STJ ENFRENTOU O RECURSO ESPECIAL NÚMERO 1.193.115/MT, CONFIRMANDO QUE
PRODUTORES RURAIS NÃO REGISTRADOS NA JUNTA COMERCIAL NÃO PODEM OBTER O
BENEFÍCIO DA RECUPERAÇÃO JUDICIAL, UMA VEZ QUE SEM O REGISTRO NA JUNTA, TAIS
PRODUTORES NÃO SÃO CONSIDERADOS EMPRESÁRIOS, PARA OS EFEITOS LEGAIS.
Direito Empresarial
PRESSUPOSTOS DE EXISTÊNCIA DA SOCIEDADE
I) AFFETIO SOCIETATIS OU BONA FIDES SOCIETATIS (BEM ESTAR DA SOCIEDADE, VONTADE DE

PERMANECER NA SOCIEDADE): DEVER DE LEALDADE, CONFIDENCIALIDADE, PROBIDADE.
NA RUPTURA (MORTE, DIREITO DE RETIRADA, EXPULSÃO) DA AFFETIO, HAVENDO SÓCIO COM
VONTADE DE CONTINUAR A ATIVIDADE DA SOCIEDADE, AINDA QUE MINORITÁRIO, PREVALECE
A MANUTENÇÃO DO FUNCIONAMENTO DA SOCIEDADE.
INSTITUTO DA DISSOLUÇÃO PARCIAL, TAMBÉM CHAMADO DE RESOLUÇÃO DA SOCIEDADE
COM RELAÇÃO A UM SÓCIO OU RESILIÇÃO PARCIAL, A EXTINÇÃO É DO VÍNCULO DO SÓCIO
COM A SOCIEDADE, NÃO A EXTINÇÃO DA SOCIEDADE PROPRIAMENTE DITA, CC/02, ART. 1.028
AO ART. 1.031 E NCPC, ART. 599 E SEGUINTES.
II) PLURALIDADE DE SÓCIOS, NO DIREITO BRASILEIRO A REGRA É QUE PARA A CONSTITUIÇÃO
DE UMA SOCIEDADE, DEVE TER NO MÍNIMO DOIS SÓCIOS, CABE SALIENTAR QUE NÃO HÁ NA
LEGISLAÇÃO NÚMERO MÁXIMO, COM BASE NO CC/02, ART. 981, LEI DA S/A, ART. 80, INCISO I.
EXCEPCIONALMENTE ADMITE-SE SOCIEDADE UNIPESSOAL.
SOCIEDADE UNIPESSOAL

NÃO É ADMITIDO NO ORDENAMENTO JURÍDICO BRASILEIRO A SOCIEDADE UNIPESSOAL, UMA
VEZ QUE O SISTEMA BRASILEIRO É REGIDO PELO PRINCÍPIO DA PLURALIDADE DE SÓCIOS, COM
BASE NO CC/02, ART. 981, PORTANTO É PRESSUPOSTO DE EXISTÊNCIA DE UMA SOCIEDADE.
HÁ APENAS UM CASO, TRATA-SE DA SOCIEDADE SUBSIDIÁRIA INTEGRAL, QUE É ESPÉCIE DE
SOCIEDADE ANÔNIMA QUE TEM COMO ÚNICO SÓCIO UMA SOCIEDADE BRASILEIRA (LEI DA AS,
ART. 251, §2º). ALGUNS DOUTRINADORES AINDA AONTAM O CASO DA EMPRESA PÚBLICA
UNIPESSOAL, NA QUAL TODA A PARTICIPAÇÃO SOCIETÁRIA FICA CONCENTRADA EM PODER
DE UMA PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PÚBLICA.
CABE RESSALTAR, A TÍTULO DE CURIOSIDADE, QUE A VEDAÇÃO ESTABELECIDA NO ART. 981,
NÃO IMPEDE A CONSTITUIÇÃO DE SOCIEDADE UNIPESSOAL, UMA VEZ QUE NA PRÁTICA, A
SOCIEDADE LIMITADA TEM 99% DA QUOTA CONCENTRADA EM UM TITULAR, SENDO 1% DE
OUTREM, LOGO É UMA SOCIEDADE UNIPESSOAL DISFARÇADA.
CABE RESSALTAR QUE A VEDAÇÃO DA CONSTITUIÇÃO ORIGINÁRIA DE UMA SOCIEDADE
LIMITADA UNIPESSOAL NÃO IMPEDE QUE UMA SOCIEDADE FIQUE COM APENAS UM SÓCIO, É
Direito Empresarial
POR EXEMPLO O CASO EM QUE EXISTEM APENAS DOIS SÓCIOS E UM, POR VENTURA, VAI A
PASSAMENTO.
NESSE CASO, A SOCIEDADE UNIPESSOAL ACIDENTAL TERÁ UMA PRAZO DE 180 DIAS PARA
RESTABELECER A PLURALIDADE DE SÓCIOS, CC/02, ART. 1.033, SOB PENA DE DISSOLUÇÃO; OU
O SÓCIO REMANESCENTE TRANSFORMAR PARA EMPRESÁRIO INDIVIDUAL, CC/02, ART. 1.033,
PARÁGRAFO ÚNICO.
Direito Empresarial
AULA 06 – 22/09/2016
UNIPESSOALIDADE - CONTINUAÇÃO
EXISTE UNIPESSOALIDADE NO BRASIL DE FORMA EXCEPCIONAL, EXEMPLIFICANDO, A
PETROBRAS POSSUI S.A. COM SÓCIO UNIPESSOAL DE CAPITAL FECHADO.
A. UNIPESSOALIDADE PERMANENTE: SOCIEDADE FICA APENAS COM UM SÓCIO, E O TERMO
PERMANENTE, QUER DIZER QUE PODERÁ NASCER E SER EXTINTA COM APENAS UM SÓCIO, OU
SEJA, É UMA SOCIEDADE COM APENAS UM SÓCIO QUE PODE NASCER E MORRER DESSA
FORMA.
A.1. ORIGINÁRIA = DESDE A ORIGEM É UNIPESSOAL.
A.2. DERIVADA, QUANDO A SOCIEDADE TEM DOIS OU MAIS SÓCIOS, OU SEJA, NASCEU
PLURIPESSOAL, MAS FOI TRANSFORMADA EM UNIPESSOAL.
HIPÓTESES DE UNIPESSOALIDADE PERMANENTE (ORIGINÁRIA OU DERIVADA)
1. SUBSIDIÁRIA INTEGRAL, CONFORME A LEI 6404/76, ART. 251. É UMA SOCIEDADE ANONIMA
COMPOSTA POR UM ÚNICO SÓCIO, TENDO QUE SER UMA SOCIEDADE, DE NACIONALIDADE
BRASILEIRA.
ATENÇÃO: A LEI NÃO DEFINE O TIPO SOCIETÁRIA, BEM COMO A NACIONALIDADE, A SÓCIA TEM
QUE SER UMA SOCIEDADE NACIONAL (CONCEITO: CC/02, ART. 1.126) – O CONCEITO LEGAL É
CRITICADO PELA DOUTRINA, TENDO EM VISTA QUE NÃO É UM CONCEITO PRECISO, O
LEGISLADOR NÃO FAZ A DIFERENCIAÇÃO DE DOMICÍLIO E PRINCIPAL ESTABELECIMENTO.
CABE RESSALTAR O CONCEITO DOUTRINARIO, SENDO SOCIEDADE NACIONAL AQUELA
CONSTITUIDA DE ACORDO COM AS LEIS BRASILEIRAS (BUROCRACIA), POSSUIR NO BRASIL
SEU DOMICÍLIO (SEDE SOCIAL/SEDE DA ‘EMPRESA’ – OBRIGATORIAMENTE TEM QUE ESTAR NO
ATO CONSTITUTIVO – CC/02, ART. 997, INCISO II, NCPC, ART. 53, INCISO III, ALÍNEA A) E O SEU
PRINCIPAL ESTABELECIMENTO (NÃO TEM A VER COM ESTABELECIMENTO – QUE TEM A VER
COM FUNDO EMPRESARIAL/CONJUNTO DE BENS – CC/02, ART. 1.142 – JÁ NO QUE SE REFERE
EM PRINCIPAL ESTABELECIMENTO, É UM LOCAL, QUE TAMBÉM PODE SER O DOMICÍLIO, NÃO
NECESSARIAMENTE. É IMPORTANTE PARA FINS DE FALÊNCIA E RECUPERAÇÃO, DE ACORDO
COM A LEI 11.101/11, ART. 3º E ART. 183*).
*L. 11.101/11 ART. 168 A 178, PREVISÃO DE CRIME TIPIFICADO NA LEI DE FALÊNCIA, O JUIZO
COMPETENTE SERÁ NA MESMA COMARCA QUE TRAMITA A FALENCIA E RECUPERAÇÃO
(DESCONSIDERANDO O LOCAL DA CONSUMAÇÃO), O USO DO CPP É UTILIZADO DE FORMA
SUBSIDIÁRIA.
PERGUNTA: COMO INDENTIFICAR O LOCAL DO PRINCIPAL ESTABELECIMENTO?

Direito Empresarial
RESPOSTA: O LOCAL DO PRINCIPAL ESTABELECIMENTO, NÃO É EM RAZÃO DE PREVISÃO DE

ATO CONSTITUTIVO, POSTO QUE É UMA SITUAÇÃO DE FATO, OU SEJA, QUESTÃO DE ORDEM
FÁTICA.
CORRENTE 01 (MAJORITÁRIA): POSIÇÃO DO CJF, SERGIO CAMINHO, RUBENS REQUIÃO, PARTE
DO STJ, ADOTA UM CRITÉRIO ADMINISTRATIVO PARA IDENTIFICAR O LOCAL DO PRINCIPAL
ESTABELECIMENTO, OU SEJA, ONDE SITUA A SEDE ADMINISTRATIVA, OU SEJA, O CENTRO
CEREBRAL DOS NEGÓCIOS, DE ONDE EMANAM AS DECISÕES E ATIVIDADES.
CORRENTE 02 (MAJORITÁRIA): ANDRE SANTA CRUZ, MÁRCIO GUIMARÃES, FABIO ULHOA
COELHO, ADOTA O CRITÉRIO ECONÔMICO PARA IDENTIFICAR O LOCAL DO PRINCIPAL
ESTABELECIMENTO, OU SEJA, ONDE SITUA A SEDE ECONOMICA, OU SEJA, O LOCAL EM QUE
TENHA A MAIOR RECEITA, TENDO MAIOR PRODUÇÃO, ATIVO IMOBILIZADO.
CORRENTE 03 (MINORITÁRIA): ALGUNS JULGADOS, ENTENDE QUE O PRINCIPAL
ESTABELECIMENTO É O MESMO EM QUE SITUA O DOMICÍLIO.
2. EMPRESA PÚBLICA É PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PRIVADO, PRÉVIA AUTORIZAÇÃO DE LEI

ESPECÍFICA DE NATUREZA FEDERAL, ESTADUAL OU MUNICIPAL, CF/88, ART. 37, INCISO XIX,
TODO O CAPITAL TEM QUE PERTENCER AO PODER PÚBLICO; PODE TER POR OBJETO
EXPLORAÇÃO DE ATIVIDADE ECONOMICA, OU PRESTAR SERVIÇO PUBLICO, CF/88, ART. 37 E
ART. 173. CABE RESSALTAR QUE O CAPITAL PODE ESTAR CONCENTRADO EM UM ÚNICO ENTE
PÚBLICO, SENDO CONSIDERADA EMPRESA PÚBLICA UNIPESSOAL, MAS PODE O CAPITAL
ESTAR DISTRIBUIDO EM DOIS OU MAIS ENTES PÚBLICOS, NESSE ULTIMO CASA, HAVERA UMA
EMPRESA PÚBLICA PLURIPESSOAL.
3. SOCIEDADE UNIPESSOAL DE ADVOGADO ESTATUTO DA OAB L. 8906/94, ART. 15 A 17, TEM O
REGISTRO NA OAB, REGIDA PELO ESTATUTO DA OAB, TEM UM ÚNICO SÓCIO PESSOA
NATURAL, NECESSARIAMENTE ADVOGADO, TEM POR OBJETO PRESTAÇÃO DE SERVIÇO DE
ADVOCACIA, LOGO NÃO É EMPRESÁRIA, OU SIMPLES EM SENTIDO AMPLO, OU SIMPLES
HETEROGÊNIA; NÃO SE SUJEITA A LEI DE FALÊNCIA, POIS NÃO SUSTENTA CONDIÇÃO DE
EMPRESÁRIA, MAS PODERÁ RECEBER SEU CREDITO NA ORDEM PROPRIA NO PROCESSO DE
FALÊNCIA, COMO CREDORA, NÃO DEVEDORA; O SÓCIO TEM RESPONSABILIDADE ILIMITADA;
CABE RESSALTAR QUE O ADVOGADO PODE SER SÓCIO DE OUTRA SOCIEDADE, MAS NÃO PODE
SER NA MESMA SECCIONAL (EX.: RIO DE JANEIRO E FORTALEZA); É IDENTIFICADA PELO NOME
DO ADVOGADO (HÁ UM CRITICA COM RELAÇÃO AO ART. 16, §4º, POSTO QUE DEVE SER
SEGUIDO PELA EXPRESSÃO “SOCIEDADE INDIVIDUAL DE ADVOCACIA”, MAS DEVERIA SER
SOCIEDADE UNIPESSOAL); PODE SER ME, OU EPP, ESTANDO DE ACORDO COM O ART. 3º; SE
SUBMETE AO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR.
ATENÇÃO! A EIRELE E SOCIEDADE UNIPESSOAL DE ADVOCACIA TEM EM COMUM QUE É UMA
MODALIDADE DE PESSOA JURÍDICA, E TAMBÉM É UNIPESSOAL.
Direito Empresarial
B. SOCIEDADE UNIPESSOAL TEMPORÁRIA, EM DECORRÊNCIA DE UMA INCIDÊNCIA, COM A

RETIRADA, EXPULSÃO, MORTE DO SÓCIO*, CABE RESSALTAR QUE ESSE ÚLTIMA HIPÓTESE
DEPENDE DO TIPO SOCIETÁRIO.
HÁ PRAZO PARA QUE O MÍNIMO DE DOIS SEJA REESTABELECIDO, CABENDO ESCLARECER QUE
DEPENDE DO TIPO SOCIETÁRIO.
- EM NOME COLETIVO, CC/02, ART. 1.044, ART. 1.033: PRAZO DE 180 DIAS PARA REESTABELECER
A SOCIEDADE.
- SOCIEDADE SIMPLES EM SENTIDO ESTRITO OU HOMOGÊNIA, CC/02, ART. 1.033, INCISO IV:
PRAZO DE 180 DIAS PARA REESTABELECER A SOCIEDADE.
- EM COMANDITA SIMPLES, ESSE TIPO SOCIETÁRIO TEM DUAS CATEGORIAS DE SÓCIO (?).
- SOCIEDADE LIMITADA, O PRAZO É DE 180 DIAS, (?) CC/02, ART. 980-A, §3º, A SOCIEDADE
LIMITADA PODE SE TRANSFORMAR EM EIRELI, CONSEQUENTEMENTE SERÁ UMA SOCIEDADE
UNIPESSOAL PERMANENTE DERIVADA.
ATENÇÃO!
*QUANDO SE TRATAR DE SOCIEDADE LIMITADA, DEVE-SE LEMBRAR QUE EXISTE LEI PRÓPRIA.
QUANDO SE TRATAR DA S.A. OS HERDEIROS SÃO AUTOMATICAMENTE INSERIDOS NA
SOCIEDADE COM A MORTE DO SÓCIO.
**HÁ AUTORES QUE QUANDO FOR UNIPESSOALIDADE INCIDENTAL
TEMPORÁRIA/PROVISÓRA, NÃO CONFIGURA UMA VERDADEIRA EXCEÇÃO. POSTO QUE A
SOCIEDADE É CONSTITUIDA COM O MÍNIMO DE DOIS E ESSE MÍNIMO DEVE SER ESTABELECIDO.
***HÁ OUTRA HIPÓTESE DE UNIPESSOALIDADE PERMANENTE, QUE É A EIRELI, MAS DEVE
ANALISAR SE A EIRELE É UMA SOCIEDADE, OU SEJA, HÁ QUEM CONSIDERE QUE A EIRELE NÃO
É UMA SOCIEDADE. LOGO NÃO SE PODE AFIRMAR COM TODA CONVICÇÃO QUE A EIRELE É UMA
SOCIEDADE UNIPESSOAL PERMANENTE. CABE ESCLARECER QUE A EIRELI É EMPRESA
INDIVIDUAL DE RESPONSABILIDADE LIMITADA, AINDA CABE ESCLARECER QUE A EIRELI SÓ É
SUBMETIDA A LEI DE FALENCIAS QUANDO SE TRATAR DE EIRELI EMPRESÁRIA.
Direito Empresarial
AULA 07 – 06/10/2016
LEI. 6404/76, ART. 206, INCISO I, ALÍNEA D – FUNCIONAMENTO PROVISÓRIA ATÉ REALIZAÇÃO
DA ASSEMBLEIA GERAL.
EM CASO DE MORTE DO SÓCIO, NA SOCIEDADE LIMITADA A ANÁLISE É FEITA COM BASE NO
CONTRATO SOCIAL, PODENDO ESTABELECER A AUTORIZAÇÃO DO INGRESSO DOS HERDEIROS,
OU O INGRESSO DE HERDEIRO AUTORIZADO PELOS SOCIOS REMANESCENTES, CASO OS
HERDEIROS ESTEJAM IMPEDIDOS DE INGRESSAR NA SOCIEDADE, HAVERÁ A
UNIPESSOALIDADE, COM A DISSOLUÇÃO PARCIAL DA SOCIEDADE. JÁ NO CASO DE SOCIEDADE
ANÔNIMA, NA MORTE DO SÓCIO, POR SER UMA SOCIEDADE DE CAPITAL OU DE IMPESSOAL, A
MORTE NÃO GERA A UNIPESSOALIDADE, TENDO EM VISTA QUE AS AÇÕES SÃO TRANSFERIDAS
AUTOMATICAMENTE PELOS HERDEIROS, APLICANDO-SE O INSTITUTO DA SAISINE.
EMPRESA INDIVIDUAL DE RESPONSABILIDADE LIMITADA - EIRELI
INICIALMENTE CABE RESSALTAR QUE A EIRELI É UMA PESSOA JURÍDICA E UNIPESSOAL,

INSTITUÍDA PELA LEI 12.441/11 E ENTROU EM VIGOR EM JANEIRO DE 2012, NO CÓDIGO CIVIL,
ART. 980-A, BEM COMO CC/02, ART. 44, INCISO VI, E ART. 1.033, PARÁGRAFO ÚNICO.
INSTA SALIENTAR QUE DE ACORDO COM CC/02, ART. 980-A, § 6º, APLICAR-SE-Á AS REGRAS DA
SOCIEDADE LIMITADA.
AINDA, A EIRELI PODERÁ SE ENQUADRAR COMO ME/EPP, LC 123, INDO ALÉM, SE A EIRELI FOR
DO TIPO EMPRESÁRIA, SERÁ APLICADA A LEI DE FALÊNCIA E RECUPERAÇÃO, OU SEJA, L.
11.105/11.
NO SENTIDO TÉCNICO, EMPRESA SIGNIFICA ATIVIDADE EMPRESARIAL, MAS COM RELAÇÃO A
EIRELI, O TERMO EMPRESA FOI COLOCADO DE FORMA COLOQUIAL, OU SEJA, NO SENTIDO DE
PESSOA JURÍDICA, SUJEITO. TAMBÉM O TERMO INDIVIDUAL, ESTA NO SENTIDO DE
UNIPESSOALIDADE. POR FIM, O TERMO RESPONSABILIDADE LIMITADA, NCPC, ART. 789, A
PESSOA JURIDICA POR ASSUMIR A DIVIDA DIRETAMENTE, ELA RESPONDERA COM TODO O SEU
ATIVO PELO PASSIVO, OU SEJA, A RESPONSABILIDADE É ILIMITMADA, SALVO A LIMITAÇÃO
LEGAL.
A RACIO PARA A CRIAÇÃO DO INSTITUTO DA EIRELI, É A BLINDAGEM DO PATRIMÔNIO DO
SUJEITO, TENDO EM VISTA QUE A EIRELI É PESSOA JURÍDICA E POSSUI PATRIMÔNIO PRÓPRIO.
CARACTERÍSTICAS:
Direito Empresarial
(I) PERSONIFICADA, OU SEJA, É UMA PESSOA JURÍDICA, POSSUINDO CNPJ, CC/02, ART. 44,
INCISO VI, APLICANDO-SE A TEORIA DA PERSONIFICAÇÃO, A PESSOA JURIDICA NÃO SE
CONFUNDE COM O SEU INTERGRANTE, SENDO PESSOAS DISTINTAS, COMO CONSEQUÊNCIA
DISTINÇÃO QUANTO A NACIONALIDADE, NOME, CAPACIDADE CONTRATUAL, CAPACIDADE
PROCESSUAL, CAPACIDADE CAMBIÁRIA (CREDOR E DEVEDOR DE TÍTULO – CABE RESSALTAR
QUE O SÓCIO PODE SER AVALISTA DO TÍTULO E SE A EMPRESA ESTIVER EM RECUPERAÇÃO
PODERÁ O CREDOR EXECUTAR O AVALISTA SOMENTE* – SÚMULA 581), DOMICÍLIO**
(OBRIGATÓRIO CONSTAR NO ATO CONSTITUTIVO LEI 8.934, ART. 35; DL 1.800/96, ART. 53;
CC/02, ART. 997, INCISO II; NCPC, ART. 53, INCISO III, ALÍNEA A), POR EXEMPLO.
*SALVO EXECUÇÃO FISCAL, NÃO SUSPENDE, POSTO QUE O CRÉDITO TRIBUTÁRIO NÃO ESTA
SUJEITO A RECUPERAÇÃO JUDICIAL, HÁ QUEM ENTENDA QUE RECUPERAÇÃO É ACORDO E O
CRÉDITO TRIBUTÁRIO É DE ORDEM PÚBLICA, NÃO SE ADMITINDO TRANSAÇÃO, BEM COMO
VEDAÇÃO LEGAL NO CC/02, 52, INCISO III, LEF, ART. ??? E LEI 11.101/05, ART. 6º, §7º
**SEDE – ATO CONSTITUTIVO – REGISTRADO NA JUNTA OU RCPJ – CABE RESSALTAR QUE O
DOMICÍLIO (FIXA COMPETÊNCIA) NÃO PODE SER CONFUNDIDO COM PRINCIPAL
ESTABELECIMENTO (L. 11.101/05, ART. 3º) QUE NÃO É SINÔNIMO DE ESTABELECIMENTO (CC/02,
ART. 1.042)
STJ, S. 435 - DOMICÍLIO FISCAL – PRESUNÇÃO DE DISSOLUÇÃO IRREGULAR.
POSIÇÃO DOUTRINÁRIA
PERGUNTA: TEM NATUREZA SOCIETÁRIA?
CORRENTE 01: POR SÉRGIO CAMPINHO E FÁBIO ULHOA COELHO, SUSTENTAM QUE É UMA
SOCIEDADE UNIPESSOAL PERMANENTE, POR INTERPRETAÇÃO LITERAL DO ART. 980-A, CAPUT
E §1º, OU SEJA, PODERÁ ESCOLHER DENOMINAÇÃO SOCIAL OU FIRMA, BEM COMO ART. 980-A,
§3º CONCENTRAÇÃO DE COTAS DE OUTRA MODALIDADE SOCIETÁRIA.
CORRENTE 02: POR TAVARES BORBA, FREDERICO GARCIA PINHEIRO, E CJF, (ENUN. DC
479/482), A EIRELI É PESSOA JURÍDICA, MAS NÃO É SOCIEDADE, SENDO UMA NOVA
MODALIDADE DE PESSOA JURÍDICA, OU SEJA, NOVO ENTE PERSONIFICADO. TENDO EM VISTA
SUA TOPOGRAFIA, SITUADA FORA DO TÍTULO DE SOCIEDADE, NÃO EXISTIRIA NECESSIDADE
DO ART. 44, INCISO VI, UMA VEZ QUE JÁ HÁ NESSE ARTIGO A HIPOTESE DE SOCIEDADE, POR
FIM A LC 123, ART. 3º, QUE ACRESCENTOU A EIRELI, CONTUDO HÁ PRECISÃO DE SOCIEDADE,
LOGO SE HOUVE UM ACRESCIMO, CONSIDERA-SE A EIRELI COMO UM NOVO INSTITUTO, OS
SUJEITOS CHAMAM-SE INTEGRANTE (S) NÃO SÓCIO (S).
(II) UNIPESSOAL PERMANENTE OU TEMPORÁRIA.

PESSOA IMPEDIDA PODE CONSTITUIR EIRELI? SIM, MAS HÁ LIMITAÇÃO COM RELAÇÃO A
GERÊNCIA, E ADMINISTRAÇÃO.
Direito Empresarial
PERGUNTA: A EIRELI PODE SER COMPOSTA POR UMA PESSOA JURÍDICA?

RESPOSTA: DE ACORDO COM O SITE ÂMBITO JURÍDICO1 “ANALISANDO O PROCESSO
LEGISLATIVO QUE DEU ORIGEM À LEI 11.441/2011, PERCEBE-SE CLARAMENTE QUE O DESÍGNIO DO
LEGISLADOR ORDINÁRIO ERA DE POSSIBILITAR TANTO PESSOA NATURAL (FÍSICA) QUANTO
JURÍDICA CONSTITUIR UMA EMPRESA INDIVIDUAL DE RESPONSABILIDADE LIMITADA, TANTO É
QUE SUPRIMIU O TERMO “NATURAL” DO TEXTO FINAL DA LEI, CONCLUINDO-SE, ASSIM, QUE O
LEGISLADOR PRETENDEU COM TAL ATO, PERMITIR, E NÃO PROIBIR, A CONSTITUIÇÃO DA EIRELI
POR QUALQUER PESSOA, SEJA ELA DA ESPÉCIE NATURAL, SEJA ELA DA ESPÉCIE JURÍDICA.
TODAVIA, DENTRO DO CONTEXTO ATUAL, ENQUANTO O DEPARTAMENTO NACIONAL DE
REGISTRO DO COMÉRCIO NÃO EDITAR NOVA INSTRUÇÃO NORMATIVA EM HARMONIA COM A
LEGISLAÇÃO, REVOGANDO O ITEM 1.2.11 DA IN 117/2011, A CONSTITUIÇÃO DE EMPRESA
INDIVIDUAL DE RESPONSABILIDADE LIMITADA POR PESSOA JURÍDICA ENCONTRARÁ
RESISTÊNCIA PERANTE AS JUNTA COMERCIAIS EM RAZÃO DA RESTRIÇÃO CONTIDA NA
FAMIGERADA INSTRUÇÃO NORMATIVA.
PORTANTO, POR DETERMINAÇÃO DO DEPARTAMENTO NACIONAL DE REGISTRO DO COMÉRCIO –
DNRC, SOMENTE AS PESSOAS NATURAIS PODEM SER TITULAR DE UMA EIRELI, SENDO QUE AS
PESSOAS JURÍDICAS INTERESSADAS EM CONSTITUIR UMA EMPRESA TERÃO QUE FAZER VALER OS
SEUS DIREITOS RECORRENDO AO PODER JUDICIÁRIOS, ELIDINDO AS ILEGALIDADES TRAZIDAS
PELA INSTRUÇÃO NORMATIVA 117/2011”.
ATENÇÃO!
VETADO "§ 4º SOMENTE O PATRIMÔNIO SOCIAL DA EMPRESA RESPONDERÁ PELAS DÍVIDAS DA
EMPRESA INDIVIDUAL DE RESPONSABILIDADE LIMITADA, NÃO SE CONFUNDINDO EM QUALQUER
SITUAÇÃO COM O PATRIMÔNIO DA PESSOA NATURAL QUE A CONSTITUI, CONFORME DESCRITO EM
SUA DECLARAÇÃO ANUAL DE BENS ENTREGUE AO ÓRGÃO COMPETENTE."
RAZÃO DO VETO "NÃO OBSTANTE O MÉRITO DA PROPOSTA, O DISPOSITIVO TRAZ A EXPRESSÃO
'EM QUALQUER SITUAÇÃO', QUE PODE GERAR DIVERGÊNCIAS QUANTO À APLICAÇÃO DAS
HIPÓTESES GERAIS DE DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA, PREVISTAS NO ART. 50 DO
CÓDIGO CIVIL. ASSIM, E POR FORÇA DO § 6º DO PROJETO DE LEI, APLICAR-SE-Á À EIRELI AS REGRAS
DA SOCIEDADE LIMITADA, INCLUSIVE QUANTO À SEPARAÇÃO DO PATRIMÔNIO."
1
http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php/%3C?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=12680
Direito Empresarial
AULA 08 (13/10/2016)
EIRELE - CARACTERÍSTICAS
1. PESSOA JURÍDICA
2. UNIPESSOAL DE CARATER PERMANENTE
2.1. PESSOA NATURAL E PESSOA JURÍDICA
PERGUNTA: PESSOA JURÍDICA PODE SER A ÚNICA INTEGRANTE DA EIRELI?

RESPOSTA: CC/02, ART. 980-A DIZ QUE A EIRELI É FORMADA POR UMA ÚNICA PESSOA, MAS
NÃO ESPECÍFICA.
CORRENTE 01: (TAVARES BORBA, ANDRE SANTA CRUZ, DREI – DEPATARMENTO DE REGISTRO
EMPRESARIAL...)
PRIMEIRO, APENAS PESSOA NATURAL PODE CONSTITUIR EIRELI. EM DECORRÊNCIA DA RACIO
DO INSTITUTO, OU SEJA, A RAZÃO DE SER, PERMITINDO QUE PESSOA NATURAL PUDESSE
CONSTITUIR UMA EIRELI, SENDO ALTERNATIVA PARA O EMPRESÁRIO INDIVIDUAL E
SOCIEDADE, POSTO QUE A PRIMEIRA A RESPONSABILIDADE É ILIMITADA, E A SEGUNDA PODE
TER UM CUSTO ALTO.
SEGUNDO, O ART. 980-A, CAPUT, QUANDO COLOCOU PESSOA, OMISSÃO DO LEGISLADOR DE
CARÁTER ACIDENTAL.
TERCEIRO, O §4º, DEIXAVA EXPRESSAMENTE CLARO QUE A EIRELI ERA COMPOSTA POR PESSOA
FÍSICA [...]NÃO SE CONFUNDINDO EM QUALQUER SITUAÇÃO COM O PATRIMÔNIO DA PESSOA
NATURAL QUE A CONSTITUI, [...], SENDO NECESSÁRIO ESCLARECER QUE O §4º SOMENTE FOI
VETADO POR CONTA DA EXPRESSÃO “EM QUALQUER SITUAÇÃO”, LOGO, SE ESTIVESSE EM
VIGOR, SERIA EVIDENTE A CONSTITUIÇÃO PARA PESSOA NATURAL, SOMENTE.
CORRENTE 02: (JURISPRUDENCIA FEDERAL, FREDERICO GARCIA PINHEIRO) SUSTENTA QUE A
EIRELI PODE SER CONSTITUIDA POR PESSOA NATURAL OU JURÍDICA, POSTO QUE NÃO HÁ
IMPEDIMENTO/VEDAÇÃO LEGAL. A INSTRUÇÃO NORMATIVA DO DREI, DIZ QUE A EIRELI
SOMENTE PODE SER COMPOSTA POR PESSOA NATURAL, MAS POR SER UM ATO NORMATIVO
DE NATUREZA ADMINISTRATIVA, E NÃO SER LEI, NÃO TEM CONTROLE DE VEDAR. POR ÚLTIMO,
O ART. 980-A CAPUT, MENCIONA QUE A EIRELI É FORMADA POR UMA ÚNICA PESSOA, SEM
ESPECIFICAR QUE PESSOA É ESSA (NATURAL OU JURÍDICA), DEIXANDO EM ABERTO. E O CC/02,
O LEGISLADOR ESPECIFICA QUANDO PESSOA NATURAL, POR EXEMPLO, ART. 997, INCISO VI;
ART. 1.039; ART. 1.045. CABE RESSALTAR POR FIM, 980-A, §2º, A CONTRÁRIO SENSO, PESSOA
JURÍDICA PODE CONSTITUIR MAIS DE UMA EIRELI.
Direito Empresarial
2.2. PESSOA IMPEDIDA, PODE CONSTITUIR UMA EIRELI, CC/02, ART. 974, §3º, TRATA-SE DE
SÓCIO INCAPAZ. (NÃO LER O CAPUT, POSTO QUE O §3º É UM DISPOSITIVO INDEPENDENTE).
SÓCIO DE LIMITADA PODE SER CAPAZ OU INCAPAZ, DESDE QUE PREENCHA AS CONDIÇÕES
(REPRESENTADO OU ASSISTIDO; NÃO PODE ADMINISTRAR; CAPITAL INTEGRALIZADO)
CORRENTE 01 (DREI - MINORITÁRIA): MENOR EMANCIPADO, PESSOA NATURAL CAPAZ.

CORRENTE 02 (MAJORITÁRIA): NÃO HÁ VEDAÇÃO LEGAL. SE NA LIMITADA O INCAPAZ PODE
SER SÓCIO, NA EIRELI, O NTEGRANTE PODE SER INCAPAZ, POSTO QUE NÃO HÁ
INCOMPATIBILIDADE.
COM BASE NO CC/02, ART. 980-A, §6º, É POSSÍVEL APLICAR O §3º DO ART. 974 – SE CONSIDERAR
QUE EIRELI É SOCIEDADE, OU SE NO CASO, O ENTENDIMENTO DO CANDITADO FOR QUE A
EIRELI É UMA PESSOA JURÍDICA DIVERSA, O §3º PODE SER APLICADO TAMBÉM, FAZENDO UMA
INTERPRETAÇÃO AMPLIATIVA.
CC/02, ART. 980-A, C/C 1.061, OS ADMINISTRADORES DA EIRELI PODE SER TERCEIROS, NÃO
SENDO NECESSARIAMENTE O PRÓPRIO INTEGRANTE.
OBSERVAÇÃO: PESSOA JURÍDICA PODE SER SÓCIA DEPENDENDO DO TIPO SOCIETÁRIO, MAS
NÃO PODE SER ADMINISTRADOR OU GERIR SOCIEDADE, INDEPENDENTE DO TIPO SOCIETÁRIO,
CC/02, ART. 1.039, PODENDO SER APENAS ADMINISTRADORA JUDICIAL “SÍNDICO” LIGADO A
FALÊNCIA E RECUPERAÇÃO JUDICIAL. LRE, ART. 21, §.
A PESSOA NATURAL SOMENTE PODE CONSTITUIR UMA ÚNICA EIRELI NO PAÍS* – PRINCÍPIO
DA UNICIDADE, CC/02, ART. 980-A, §2º, MAS SE O CANDITATO ENTENDER QUE PESSOA JURÍDICA
PODE CONSTITUIR EIRELI, NÃO HÁ LIMITAÇÃO, POR FORÇA DO CC/02, ART. 980-A, §2º.
*NÃO CONFUNDIR COM UMA SOCIEDADE UNIPESSOAL DE ADVOCACIA, QUE PODE SER
CONSTITUIDA UMA POR CADA SECCIONAL.
3. CAPITAL DA EIRELI NÃO INFERIOR A 100X O SALÁRIO MÍNIMO VIGENTE DA DATA DA
CONSTITUIÇÃO, NÃO PODENDO SER SUBSCRITO, DEVENDO SER INTEGRALIZADO, CC/02, ART.
1.004. QUAALQUER BEM SUSCETÍVEL DE AVALIAÇÃO PECUNIÁRIA (CORPÓREO OU
INCORPOREO).
NÃO HÁ INCIDENCIA DE ITBI, CF/88, ART. 156, CC/02, ART. 1.004, SE O IMÓVEL INTEGRALIZAR A
SOCIEDADE.
4. NOME: CC/02, ART. 980-A, §1º, FIRMA OU DENOMINAÇÃO, MAS SEMPRE SEGUIDO COM A
NOMENCLATURA EIRELI, NO FINAL, OBRIGATORIAMENTE.
5. ME/EPP, LC 123/06, ART. 3º.
Direito Empresarial
6. EMPRESÁRIA OU NÃO EMPRESÁRIA.

7. REGISTRADA, OU SEJA, OBRIGATORIAMENTE ELA É REGULAR, REGISTRANSO-SE NA JUNTA
COMERCIAL, OU NO RCPJ, DEPENDENDO DA SUA CONDIÇÃO DE EMPRESÁRIO OU NÃO.
8. NA INSOLVÊNCIA SUJEITA-SE A FALENCIA, OU DO CPC/73 748 C/C NCPC, ART. 1.062.
OBSERVAÇÃO: JÁ EXISTE ENTENDIMENTO QUE SOCIEDADE NÃO EMPRESÁRIA, BEM COMO
EIRELI NÃO EMPRESÁRIA, PODE SE BENEFICIAR DO INSTITUTO RECUPERATÓRIO, POR CONTA
DA FUNÇÃO SOCIAL DO NEGÓCIO OU EMPREENDIMENTO, ONDE DEVE PRESTIGISR A
MANUTENÇÃO DA FONTE GERADORA DE RIQUEZAS, CF, ART. 170, C/C LRE, ART. 47, C/C LINDB,
ART. 5º; COMO O INSTITUTO RECUPERATORIO É UM BENEFÍCIO LEGAL, NADA IMPEDE QUE A
INTERPRETAÇÃO SEJA DE FORMA AMPLIATIVA
- CRISE ECONOMICA: QUEDA DE RECEITA/FATURAMENTO
- CRISE FINANCEIRA: FALTA DE LIQUIDEZ/DINHEIRO.
- CRISE PATRIMONIAL: TEM MAIS PASSIVO QUE ATIVO.
PERGUNTA: EVENTUAL REDIRECIONAMENTO DA EXECUÇÃO FISCAL DO INTEGRANTE DA EIRELI
É POSSÍVEL? EM QUE HIPÓTESE? É POSSÍVEL INSTAURAÇÃO DE INCIDENTE DE
DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA?
Direito Empresarial
AULA 09 – 20/10/2016
EIRELI - CONTINUAÇÃO
EM REGRA, O INTEGRANTE DA EIRELI NÃO RESPONDE POR DÍVIDAS CONTRAÍDAS PELA PESSOA
JURÍDICA.
CABE RESSALTAR QUE O ADMINISTRADOR QUANDO PRATICA ATOS DE GESTÃO SE CAUSAR
DANOS A TÍTULO DE DOLO OU CULPA, A EIRELI OU A TERCEIROS, TEM RESPONSABILIDADE
DIRETA E PESSOAL PARA REPARAÇÃO.
CC/02, ART. 1.015
CULPA IN ELIGIENDO OU IN VIGILANDO A PESSOA JURÍDICA PODERÁ ACIONAR O
RESPONSÁVEL, NÃO PRECISA NECESSARIAMENTE SER SÓCIO, MAS AQUELE QUE PRESENTA A
EMPRESA.
CREDORES DA EIRELI A PRINCIPIO NÃO PODEM INGRESSAR NO PATRIMONIO DA EIRELI, MAS
HÁ HIPÓTESES DE RESPONSABILIDADE DIRETA E PESSOAL DO ADMINISTRADOR.
EXCEÇÃO DE RESPONSABILIDADE DE SÓCIO POR DÍVIDA DA EIRELI DE FORMA SUBSIDIÁRIA,
CC/02, ART. 1.024 C/C NCPC, ART. 795.
- DÍVIDA TRIBUTÁRIA: EM REGRA, NÃO RESPONDEM QUANDO CAPITAL JÁ ESTA
INTEGRALIZADO, LOGO É UMA ISENÇÃO DE RESPONSABILIDADE – SUMULA 430 STJ, APLICA-
SE TAMBÉM A EIRELI - CABE RESSALTAR QUE DEPENDE DA SOCIEDADE, SE A SOCIEDADE TIVER
BLINDAGEM, APLICA-SE A SUMULA.
NA SÚMULA 430 DO STJ (REFERÊNCIA CTN, ART. 135, INCISO III), O TERMO SOCIO GERENTE
DEVE SER LIDO COMO ADMINISTRADOR.
SOCIO = PARTICIPANTE.
ADMINISTRADOR = ÓRGÃO/PRESENTANTE – PODE SER SÓCIO OU NÃO, DEPENDE DO TIPO
SOCIETÁRIO ESCOLHIDO. CC/02, ART. 1.060.
GERENTE = CC/02, ART. 1.172 – É UM MERO PREPOSTO.
HUGO DE BRITO MACHADO + STJ, 430

Direito Empresarial
PARA REDIRECIONAR A EXECUÇÃO FISCAL AOS ADMINISTRADORES DE UMA LIMITADA OU

EIRELI É NECESSARIO O DESCUMPRIMENTO DE UMA OBRIGAÇÃO TRIBUTARIA, BEM COMO
FRAUDE, E ESSA FRAUDE NÃO PE PRESUMIDA E O ONUS DA PROVA É DO FISCO.
OBS: SUM 435 DO STJ, PRESUME-SE DISSOLVIDA IRREGULARMENTE A EMPRESA (PESSOA
JURÍDICA) QUE DEIXAR DE FUNCIONAR NO SEU DOMICÍLIO FISCAL, SEM COMUNICAÇÃO AOS
ÓRGÃOS COMPETENTES (DA RECEITA), LEGITIMANDO O REDIRECIONAMENTO DA EXECUÇÃO
FISCAL PARA O SÓCIO-GERENTE (ADMINISTRADOR), NADA IMPEDE QUE O ADMINISTRADOR
DESCONSTITUA A PENHORA, APONTANDO OUTROS BENS PARA GARANTIR A EXECUÇÃO
OBS2: O REDIRENACIONAMENTO DA EXECUÇÃO FISCAL, É HIPOTESE DE DESCONSIDERAÇÃO
DA PERSONALIDADE JURÍDICA E DE INSTAURAÇÃO DO RESPECTIVO INCIDENTE?
NCPC, 133
1 – MINORITARIA – É CASO DE IDPJ, INCIDENCIA DE DESCONSIDERAÇÃO DE PERSONALIDADE
JURIDICA, OU SEJA, É POSSIVEL APLICAR NO PROCESSO DE EXECUÇÃO FISCAL OS ARTS, 133 AO
137 DO NCPC SOB O ARGUMENTO DE QUE NÃO HÁ VEDAÇÃO LEGAL PARA INSTAURAR O
INCIDENTE E O SEGUNDO ARGUMENTO É DE QUE O ART. 1º DA LEI 6830, A COBRANÇA DO
CREDITO FISCAL PELA LEI ESPECIFICA E SUBSIDIARIAMENTE PELO NCPC, LOGO, NADA IMPEDE
A APLICAÇÃO DOS ARTIGOS 133 AO 137 DO NCPC.
2 – MAJORITARIA – PRINCIPIO DA MENOR ONEROSIDADE AO DEVEDOR NCPC, ART. 805, PU –

O REDIRECIONAMENTO VIABILIZA O INGRESSO NO PATRIMONIO DOS ADMINISTRADOS DA
LTDA E EIRELI, PRESENTES OS PRESSUPOSTOS, ENTRETANTO NÃO É CASO DE
DESCONSIDERAÇÃO DE PERSONALIDADE JURÍDICA, E DE INSTAURAÇÃO DE INCIDENCIA DE
ESCONSIDERAÇÃO DE PERSONALIDADE JURÍDICA, POIS AUSENTES OS PRESSUPOSTOS DA
REFERIDDA TEORIA.
ENFAM – ESCOLA NACIONAL DE FORMAÇÃO E APERFEIÇOAMENTO DE MAGISTRADOS,
ENUNCIADO 53, O REDIRECIONAMENTO DA EXECUÇÃO FISCAL PARA O SÓCIO-GERENTE
PRESCINDE DO INCIDENTE DE DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA PREVISTO
NO ART. 133 DO CPC/2015.
PESQUISAR NO GOOGLE.
2 FORUM DE EXECUÇÃO FISCAL DO TRF2,
FORUM DE EXECUÇÃO FISCAL DO TRF2
OBS3: APLICAM-SE AS DIVIDAS PREVIDENCIARIAS – POR SER UM TRIBUTO – PODE

REDIRECIONAR – LTDA E EIRELI.
Direito Empresarial
13 – 8620 REVOGADO
OBS4: A LTDA E EIRELI TEM OBRIGAÇÃO DE RECOLHER IMPOSTO NA FONTE,
‘CEAP’ DEVE CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIARIA AO INSS, E UMA SEGUNDA RELAÇÃO JURIDICA
CABE AO EMPREGADOR DESCONTAR A CONTRIBUIÇÃO DO EMPREGAGDO. OBRIGAÇÃO EX
LEGIS. ESSE DINHEIRO CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIARIA RECOLHIDO PELO EMPREHADOR E
REPASSADA PELO INSS, O DINHEIRO É DO EMPREGADO. CASO COMUM É O EMPREGADOR NÃO
REPASSAR AO INSS, O EMPREGADO É OBRIGADO A FISCALIZAR O FGTS.
DIGAMOS QUE O CEAP É EIRELI O LTDA, RECOLHA NA FONTE, NÃO REPASSA PARA AUTARQUIA
FEDERAL E FALIU, O INSS TEM QUE FAZER O QUE?
A PERGUNTA DO MP TE INDUZIA EM ERRO, O INSS TERIA QUE SE HABILITAR?
DECLARAR QUE É CREDOR E QUANTO TEM PARA RECEBER
EM RELACAO A BERVA DA PH QUE DEVE AO INSS, SE NÃO PAGAR E FALIR, PODE AJUIZAR
EXECUÇÃO FISCAÇ MP KIOZP FAZENDARIO OU HABILITAR O CREDITO.
A DIVIDA DO CEAP, COM O INSS, MÃO TEM NADA A VER COM EMPREGADO.
PODE AJUIZADO EM JUIZO PROPRIO OU JUIZO CONCURSAL – NESSE CASO RECEBERA NO
ART.83, III, UNIAO E AUTARQUIA FEDERAL
29, PU, LEF
ESSA VERBA DO INSS PODE SER OBJETO DE HABILITAÇÃO NA FALENCIA
A VERBA É DO EMPREGADO DO CEAP, O DINHEIRO É UM BEM FUNGIVEL, DECRETADA A
FALENCIA, O DINHEIRO É DO INSS E ESTA EM PODER DO FALIDO, O INSS TEM QUE PEDIR
DEVOLUÇÃO DE UM BEM, O INSS DEVERA AJUIZAR UMA AÇÃO DE RESTITUIÇÃO OU
RESTITORIA OU REIPERSECUTORIA, TEM POR FIM A RESTITUIÇÃO DOS BENS QUE ESTA EM
PODER DO ‘CEAP’.
L. DE FALENCIA – ART. 85 SEGUINTES E L 8212, ART. 51 – LEI DA PREVIDENCIA
ART. 51. O CRÉDITO RELATIVO A CONTRIBUIÇÕES, COTAS E RESPECTIVOS ADICIONAIS OU

ACRÉSCIMOS DE QUALQUER NATUREZA ARRECADADOS PELOS ÓRGÃOS COMPETENTES, BEM
COMO A ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA E OS JUROS DE MORA, ESTÃO SUJEITOS, NOS PROCESSOS
DE FALÊNCIA, CONCORDATA OU CONCURSO DE CREDORES, ÀS DISPOSIÇÕES ATINENTES AOS
CRÉDITOS DA UNIÃO, AOS QUAIS SÃO EQUIPARADOS.
PARÁGRAFO ÚNICO. O INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL-INSS REIVINDICARÁ OS
VALORES DESCONTADOS PELA EMPRESA DE SEUS EMPREGADOS E AINDA NÃO RECOLHIDOS.
NO ART. 51 A REDAÇÃO É RUIM, A NOMENCLATURA DEVERIA SER RESTITUTORIA E AFINS.

AÇÃO REINVINDICATORIA TEM COMO OBJETO BENS INFUNGÍVEIS.
Direito Empresarial
BEM E COISA SÃO DIFERENTES – CLOVIS BEVILAQUA

BEM É MAIS AMPLO PODE SER CORPOREO OU INCORPOREO, INTANGIVEL OU IMATERIAL.
COISA É ESPECIE DE BEM QUE É SINONIMO DE BEM CORPOREO.
EM CASO DE FALENCIA DO DEVEDOR

SE O TRIBUTO FOI CONSTITUIDO ANTES DA SENTENÇA DECRETATORIA DE FALENCIA – 83, III –
O ENTEDIMENTO MAJORITARIO É QUE A ORDEM É CONSTITUCIONAL, UNIAO, ESTADO, DF,
MUNICIPIOS.
ART. 83. A CLASSIFICAÇÃO DOS CRÉDITOS NA FALÊNCIA OBEDECE À SEGUINTE ORDEM:
III – CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS, INDEPENDENTEMENTE DA SUA NATUREZA E TEMPO DE
CONSTITUIÇÃO, EXCETUADAS AS MULTAS TRIBUTÁRIAS;
SE O CREDITO FOI CONSTITUIDO APÓS A SENTENÇA DE DECRETAÇÃO DE FALENCIA – SERAO
PAGOS ANTES DO ART. 83.
ART. 84. SERÃO CONSIDERADOS CRÉDITOS EXTRACONCURSAIS E SERÃO PAGOS COM
PRECEDÊNCIA SOBRE OS MENCIONADOS NO ART. 83 DESTA LEI, NA ORDEM A SEGUIR, OS
RELATIVOS A:
V – OBRIGAÇÕES RESULTANTES DE ATOS JURÍDICOS VÁLIDOS PRATICADOS DURANTE A
RECUPERAÇÃO JUDICIAL, NOS TERMOS DO ART. 67 DESTA LEI, OU APÓS A DECRETAÇÃO DA
FALÊNCIA, E TRIBUTOS RELATIVOS A FATOS GERADORES OCORRIDOS APÓS A DECRETAÇÃO DA
FALÊNCIA, RESPEITADA A ORDEM ESTABELECIDA NO ART. 83 DESTA LEI.
AS MULTAS PODEM SER COBRADAS NA FALENCIA ?

PRIMEIRA POSIÇÃO
83, VII
ART. 83. A CLASSIFICAÇÃO DOS CRÉDITOS NA FALÊNCIA OBEDECE À SEGUINTE ORDEM:
VII – AS MULTAS CONTRATUAIS E AS PENAS PECUNIÁRIAS POR INFRAÇÃO DAS

LEIS PENAIS OU ADMINISTRATIVAS, INCLUSIVE AS MULTAS TRIBUTÁRIAS;
SÚMULA 192
NÃO SE INCLUI NO CRÉDITO HABILITADO EM FALÊNCIA A MULTA FISCAL COM
EFEITO DE PENA ADMINISTRATIVA.
Direito Empresarial
SUMULA 565
23, PU NÃO FAZIA REFERENCIA A MULTA TRIBUTARIA
SUMULA 191 ESTA PREJUDICADA
SUMULA 192 E 565 ESTA EXCLUIDA DA FALENCIA MULTA PENAL E ADMINISTRATIVA – LATO
SENSU – PARA ABRANGER O DIREITO TRIBUTARIO, NA VIGENCIA DA LEI DE 45.
COM O ADVENTO DA NOVA LEI DE RECUPERAÇÃO E FALENCIA TROUXE TAMBEM ALGUNS
CREDITOS EXCLUIDOS DA FALENCIA, ART. 5º - CORRESPONDE AO 23, PU DA LEI DE 45.
PELA NOVA LEI, PODEM SER COBRADOS AS PENAS PECUNIARIAS DE NATUREZA PENAL, ADM,
E TRIBUTARIA. OU SEJA, DEIXARAM DE SER EXCLUIDAS. OU SEJA, AS SUMULAS ESTAO
PREJUDICADAS.
_________
SEGUNDA POSIÇÃO – ISOLADA
A CONSTITUIÇÃO ESTABELECE O PRINCÍPIO DA INSTRANSCENDENCIA DA PENA. A ORDEM DO
PAGAMENTO ESTA ESTABELECIDA NA LRE, 83, VII, PENAS, A PJ PAGOU, NÃO TEM MAIS
DINHEIRO ENTO O INCISO VIII MORREU.
QUEM SOFREU A PENA ENTAO FOI OS CREDORES DO INCISO VIII, O NEGRAO DEFENDE QUE A
PENA COMO ULTIMA FORMA DE PAGAMENTO!
A POSIÇÃO É DE QUE O INCISO VII É INCONSTITUCIONAL, COMO SE TRATA DE SANÇÃO, DEVE
SE RESPEITAR O PRINCIPIO DA INTRANSCEDENCIA DA PENA, SEGUNDO O QUAL A PENA NÃO
PODE PASSAR DA PESSOA DO APENADO. E SE FOREM APGAS AS PENAS DO INCISO VII, PODERA
SUPORTAR A PENALIDADE COM RELAÇÃO AO PAGAMENTO ANTECIPADO.
Direito Empresarial
AULA 10 (03/11/2016)
TIPOS SOCIETÁRIOS
CC/02, ART. 977 AO 1092
 SOCIEDADE LIMITADA
1) ATO CONSTITUTIVO (CONTRATO SOCIAL) E PRINCIPAIS ALTERAÇÕES. A CRIAÇÃO DA S.A. É
POR CONTRATO REGENDO O PRINCÍPIO DA AUTONOMIA DA VONTADE.
ADMINISTRADOR DE DIREITO: ADMINISTRADOR FORMAL
ADMINISTRADOR DE FATO: EXERCENTE REAL DA GESTÃO/ADMINISTRAÇÃO
2) CC/02, ART. 1.052 AO ART. 1.082
3) CC/02, ART. 1.053: APLICA-SE A LEI DA SOCIEDADE LIMITADA, NA OMISSÃO DO CONTRATO
SOCIAL E DO CAPITULO ESPECÍFICO DA SOCIEDADE LIMITADA.
- O CONTRATO SOCIAL PODE DETERMINAR (NAS OMISSÕES) A APLICAÇÃO DAS REGRAS DA
SOCIEDADE SIMPLES, CC/02, ART. 997 AO 1.018 (CAPÍTULO I).
SOCIEDADE ANÔNIMA, LEI 6.404/76.
SOCIEDADE SIMPLES, CC/02, ART. 997 AO 1.018 (CAPÍTULO I).
CARACTERÍSTICAS
1) PERSONIFICADA, OU SEJA, É UMA PESSOA JURÍDICA, PRESSUPOE QUE A SOCIEDADE SEJA
REGULAR.
2) CONTRATUAL, CC/02, ART. 1.054, CLÁUSULAS OBRIGATÓRIA MÍNIMAS, CC/02, ART. 997.
CABÍVEL A APLICAÇÃO DO ART. 997, INCISOS I, II, III, IV, VI (A ADMINISTRAÇÃO DEVE SER FEITA
POR PESSOA NATURAL), VII (CC/02, ART. 1.008 – CLÁUSULA LEONINA) NA SOCIEDADE
LIMITADA.
ATENÇÃO! SE EM UMA SOCIEDADE SIMPLES TIVER UM SOCIO INDUSTRIA, A CLÁUSULA
CONTIDA NO INCISO V É OBRIGATÓRIA, NÃO É CABÍVEL A SOCIEDADE LIMITADA, POSTO QUE
HÁ VEDAÇÃO, CC/02, ART. 1.055, §2º. O INCISO VIII, TAMBÉM NÃO SE APLICA, UMA VEZ QUE OS
SÓCIOS RESPONDEM LIMITADAMENTE, SUBSIDIARIAMENTE, SOLIDÁRIA ENTRE ALGUNS
SÓCIOS (CC/02, ART. 1.052).
Direito Empresarial
OBSERVAÇÃO: L. 8934/94, ART. 35, DC 1.800/96, ART. 53.

ATO ULTRA VIRES SOCIETATIS: ATO PRATICADO PELO ADMINISTRADOR, ULTRAPASSANDO O
LIMITE DO OBJETO DO CONTRATO (RESPONSABILIDADE DIRETAE ILIMITADAMENTE PERANTE
TERCEIROS E SOCIEDADE)
PERGUNTA: TERCEIRO PODE RESPONSABILIZAR PESSOA JURIDICA POR ATO ULTRA VIRES
PRATICADO PELO ADMINISTRADOR?
CORRENTE 01 (MAJORITÁRIA): PODE, DESDE QUE O TERCEIRO ESTEJA DE BOA FÉ, BEM COMO
O ATO PRATICADO PELO ADMINISTRADOR NÃO SEJA MANIFESTAMENTE CONTRÁRIO AS
ATIVIDADES DA SOCIEDADE* (TEORIA DA APARÊNCIA). A PESSOA JURÍDICA TEM AÇÃO DE
REGRESSO PERANTE O ADMINISTRADOR QUE PRATICA ATO VIOLADOR DO CONTRATO SOCIAL,
ART. 1015, PARÁGRAFO ÚNICO, INCISO III.
*SE HOUVER PROVA DE QUE A PESSOA JURÍDICA SE BENEFICIOU DO ATO ULTRA VIRES, A
PESSOA JURÍDICA PODERÁ SER ACIONADA, AINDA QUE O ATO PRATICADO PELO
ADMINISTRADOR SEJA MANIFESTAÇÃO ESTRANHO AO CONTRATO SOCIAL.
OBSERVAÇÃO: A SOCIEDADE LIMITADA NÃO É INSTITUCIONAL/ESTATUTÁRIA QUE É AS

SOCIEDADE POR AÇÕES.
A NATUREZA JURÍDICA DO CONTRATO SOCIAL (O QUE O CONTRATO SOCIAL REPRESENTA
PARA O ORDENAMENTO JURÍDICO BRASILEIRO?) POR TULIO ASCARELLI (?) TEM NATUREZA
JURÍDICA PLURILATERAL.
3) PESSOA NATURAL OU PESSOA JURÍDICA PODE SER SÓCIO, CC/02, ART. 1.054, C/C ART. 997,
INCISO I;
4) FIRMA COLETIVA/RAZÃO SOCIAL OU DENOMINAÇÃO, ART. 997, INCISO II, ART. 1.054, C/C
ART. 1.158;
5) M.E. OU E.P.P., L. 123/06. (ATENÇÃO! OS VALORES SERÃO ALTERADOS EM 2017!)
6) DEPENDENDO DA ATIVIDADE/OBJETO PODERÁ SER EMPRESÁRIA OU SIMPLES EM SENTIDO
AMPLO OU HETEROGÊNIA (NÃO EMPRESÁRIA), CC/02, ART. 983.
7) REGULAR, SENDO EMPRESÁRIA, NA JUNTA COMERCIAL, NÃO SENDO EMPRESARIAL, NO
RCPJ, OBRIGATORIAMENTE.
8) INSOLVENCIA, EMPRESÁRIA, L. 11.101/05, OU NÃO EMPRESÁRIA CPC/73, ART. 748,
SEGUINTES.
9) RECUPERAÇÃO JUDICIAL SOMENTE SOCIEDADE LIMITADA EMPRESÁRIA (ATENÇÃO AOS
EXCLUÍDOS), POR IMPOSIÇÃO LEGAL.
Direito Empresarial
IMPEDIDO: SÃO AQUELES QUE NÃO PREENCHE OS REQUISITOS DA LRE, ART. 48 X EXCLUÍDO:
PREENCHE OS REQUISITOS, MAS A LEI OS PROIBEM DE REQUERER A RECUPERAÇÃO, LRE, ART.
2º.
OBSERVAÇÃO: COMPANHIA AÉREA: NA VIGÊNCIA DO DL 7661/45 NÃO PODERIAM SE
BENEFICIAR DA CONCORDATA/RECUPERAÇÃO, PROIBIDAS.
ART. 98 C/C ART. 199, DA L. (?) CÓDIGO BRASILEIRO DA AERONÁUTICA L. 7565, ART. 187.
10) ADMINISTRAÇÃO EXERCIDA POR SÓCIO OU ESTRANHO, CC/02, ART. 1.061.
11) A ADMINISTRAÇÃO DEVE SER EXERCIDA POR PESSOA NATURAL, CC/02, ART. 1.054, ART. 977,
INCISO VI, POSIÇÃO DO CAMPINHO, DREI (DOMINANTE).
CORRENTE MINORITÁRIA, POR RUBENS REQUIÃO, A ADMINISTRAÇÃO PODE SER EXERCIDA
POR PESSOA NATURAL OU PESSOA JURÍDICA, TENDO EM VISTA QUE A ADMINISTRAÇAO NA
SOCIEDADE LIMITADA, COMEÇA DO ART. 1.060, “UMA OU MAIS PESSOAS”, SEM ESPECIFICAR.
12) A SOCIEDADE LIMITADA POR SER FORMADA ENTRE CÔNJUGES, APLICA-SE O CC/02, ART.
977, EFICÁCIA EX NUNC (NÃO RETROAGE), OBSERVANDO O REGIME DE BENS.
OBSERVAÇÃO! HÁ DECISÃO DO TJ/RS, NO SENTIDO DE QUE O ART. 977 É INCONSTITUCIONAL,

TENDO EM VISTA A RESTRIÇÃO, E A CARTA MAGNA ASSEGURA QUE É LIVRE O DIREITO DE
ASSOCIAÇÃO (NÃO LEVADO AO SUPREMO).
PARTINDO DA PREMISSA A CONSTITUCIONALIDADE, INTERPRETA-SE DE FORMA ESTRITA, NÃO
RESTRIGINDO, NEM AMPLIANDO. NO TERMO “CONTRATAR” DEVE-SE ENTENDER QUE A
APLICAÇÃO DESSA NORMA É PARA AS SOCIEDADES CONTRATURAIS, OU SEJA, TODAS
AQUELAS QUE NÃO SEJAM POR AÇÕES OU INSTITUCIONAIS/ESTATUTÁRIAS.
PERGUNTA: CASADOS EM 2000 (VIGÊNCIA CC/16), REGIME COMUNHÃO UNIVERSAL

(OBRIGATÓRIO), SEM SOCIEDADE.
EM 2016, OS CÔNJUGES DECIDEM ABRIR UMA SOCIEDADE LIMITADA. É POSSÍVEL?
O CC/02, ART. 977, EM VIGOR, SOMENTE É POSSÍVEL A CONSTITUIÇÃO COM A ALTERAÇÃO DE
REGIME DE BENS, POR CONTA DE DETERMINAÇÃO EXPRESSA EM LEI. CABE MENCIONAR QUE
A ALTERAÇÃO DE BENS DE PESSOAS CASADAS ANTES DE 1916 É POSSÍVEL, DOUTRINA
AMPLAMENTE MAJORITÁRIA.
CORRENTE 01 (MINORITÁRIA) NÃO PODE ALTERAR O REGIME DE BENS, POR CONTA DO CC/02,
ART. 2.039 C/C CC/16, ART. 230.
CORRENTE 02 (MAJORITÁRIA) POR TEPEDINO, LEONI, PABLO STOLZE, JURISPRUDENCIA,
BERENICE DIAS É POSSÍVEL A ALTERAÇÃO DE REGIME DE BENS, NOS CASAMENTOS
Direito Empresarial
CELEBRADOS NA VIGÊNCIA DO CC/16, POR CONTA DO CC/02, ART. 2.035, SEGUNDA PARTE. BEM
COMO CC/02, ART. 2.039, NÃO VEDA A MODIFICAÇÃO DE REGIMES DE BENS.
Direito Empresarial
AULA 11 (08/11/2016)
QUOTA SOCIAL É UMA PARTICIPAÇÃO SOCIETÁRIA EM SOCIEDADES CONTRATUAIS. POR

CARVALHO DE MENDONÇA A NATUREZA JURÍDICA DA QUOTA É DE DIREITO, DE DUPLO
ASPECTO, PESSOAL E PATRIMONIAL. O SÓCIO QUOTISTA TEM DIREITOS PESSOAIS, OU SEJA,
SEM CUNHO PATRIMONIAL, POR EX., DIREITO DE FISCALIZAR, DIREITO DE PARTICIPAR DAS
DELIBERAÇÕES SOCIAIS; DIREITO DE RETIRADA/RECESSO; E DE CUNHO PATRIMONIAL, EX.:
PARTICIPAÇÃO DOS LUCROS (DIREITO ESSENCIAL SOCIAL, OU SEJA, NÃO PODE SER PRIVADO), POR
FORÇA DO CC/02, ART. 1.008, L. S/A, ART. 109; DIREITO A PARTILHA: A SOCIEDADE EXTINTA,
PODENDO OCORRER A LIQUIDAÇÃO EM JUÍZO, POR EX. FALÊNCIA.
DIFERENÇA ENTRE SÓCIO DINCIDENTE (PODE DAR CAUSA AO DIREITO DE RETIRADA) E O SÓCIO
REMISSO (DESCUMPRE COM A OBRIGAÇÃO, CC/02, ART. 1.004 C/C 1.058, TODO SÓCIO TEM QUE
CONTRIBUIR COM O CAPITAL SOCIAL DA SOCIEDADE, E AQUELE QUE NÃO CONTRIBUI, ELE TEM
QUE SER NOTIFICADO PELA SOCIEDADE, SENDO JUDICIAL OU EXTRAJUDICIAL, PARA NO
PRAZO DE 30 DIAS CUMPRIR COM A OBRIGAÇÃO, SOB PENA DE SER EXPULSO) *
*ATENÇÃO! COM O CC/16 A MORA ERA EX RE, O SÓCIO SE COMPROMETE A PAGAR, O SÓCIO
NÃO PAGA, NO MOMENTO DA INADIMPLENCIA É CONSTITUIDO EM MORA. COM O CC/02, A
MORA PASSOU A SER EX PERSONA, CC/02, ART. 1.004, FIQUE INADIMPLEMENTE, NOTIFICAÇÃO,
PRAZO DE 30 DIAS, PARA DAÍ SER CONSTITUÍDO EM MORA.
QUOTA ≠ AÇÕES: AMBAS SÃO PARTICIPAÇÕES SOCIETÁRIAS, MAS AS (I) QUOTAS DIZEM
RESPEITO A SOCIEDADE CONTRATUAL, COM CUNHO PERSONALISSÍMO, TEM NATUREZA DE
DIREITO, COM CUNHO PATRIMOIAL E PESSOAL (II) JÁ AS AÇÕES DIZEM RESPEITO DAS
SOCIEDADES INSTITUCIONAIS, SENDO IMPESSOAL, A NATUREZA JURÍDICA TEM DUAS
POSIÇÕES:
POR RUBENS REQUIÃO (POSIÇÃO CLÁSSICA): AS AÇÕES TÊM NATUREZA DE TÍTULO DE

CRÉDITO IMPRÓPRIO.
POR TAVARES BORBA (POSIÇÃO MODERNA): AFIRMA CATERGORICAMENTE QUE AÇÃO NÃO É
TÍTULO DE CRÉDITO, NEM PRÓPRIO, NEM IMPRÓPRIO. LOGO, AÇÃO É UMA ESPÉCIE DE VALOR
MOBILIÁRIO, OU SEJA, É TÍTULO DE INVESTIMENTO EMITIDOS PELAS SOCIEDADES POR AÇÕES,
EM VIA DE REGRA, QUE TEM POR FINALIDADE PRINCIPAL A CAPITAÇÃO DE RECURSO.
AS AÇÕES NÃO SÃO TÍTULOS DE CRÉDITOS
(I) NÃO TEM CARACTERÍSTICAS CAMBIÁRIAS; NÃO EXISTE AÇÃO ENDOSSÁVEL; AS AÇÕES NÃO
TÊM CARTULARIDADE, PODENDO SER DOCUMENTAIS E ESCRITURAIS; AS AÇÕES NÃO
REPRESENTAM CRÉDITO, REPRESENTAM INVESTIMENTO; AS AÇÕES NÃO TÊM LITERALIDADE,
UMA VEZ QUE OS DIREITOS DO ACIONISTA DECORREM DA LEI E DO CONTRATO SOCIAL (II)
CESSÃO, ANÁLISE DO CONTRATO SOCIAL, NA OMISSÃO, CC/02, ART. 1.057 CESSÃO DA QUOTA,
Direito Empresarial
A QUEM SEJA SÓCIO, MAS PARA TERCEIRO É CONDICIONADA, DESDE QUE NÃO HAJA
MANIFESTAÇÃO CONTRÁRIA DE SÓCIO QUE DETENHA MAIS DE 25% DO CAPITAL SOCIAL.
OBSERVAÇÃO!
01) TÍTULO DE CRÉDITO REPRESENTA DIREITO, PODENDO SER PRÓPRIO, QUE REPRESENTA O
PRÓPRIO CRÉDITO; OU IMPRÓPRIO, REPRESENTA QUALQUER DIREITO, NÃO DE CRÉDITO, POR
EX.: AÇÕES. SEGUNDO REQUIÃO, AS AÇÕES TÊM SEMELHANÇAS COM OS INSTITUTOS
CAMBIÁRIOS, OU SEJA, CARTULARIDADES (DOCUMENTADO/PAPEL); CIRCULABILIDADE (AS
AÇÕES SÃO TRANSMISSÍVEIS), ETC.
02) CESSÃO QUOTA EM SOCIEDADE SIMPLES EM SENTIDO ESTRITO, CC/02, ART. 1.003,
CONSENTIMENTO DE TODOS OS SÓCIOS.
03) CC/02, ART. 1.010
04) QUOTAS TEM NATUREZA DE BEM MÓVEL, PASSÍVEL DE PENHOR, DIREITO REAL DE
GARANTIA.
05) PODE A SOCIEDADE LIMITADA ADQUIRIR QUOTAS DE UM SÓCIO E SER SÓCIA DE SI
PRÓPRIA?
R: ANTES, SIM, A QUOTA ESTEJA INTEGRALIZADA, NÃO PODE HAVER REDUÇÃO DO CAPITAL
SOCIAL, A COMPRA É REALIZADA COM O FUNDO DE RESERVA
CORRENTE 01: POR SÉRGIO CAMPINHO, ENTENDE QUE O CC/02 VEDOU TACITAMENTE (CC/02,
ART. 1.057, ART. 1.058).
CORRETE 02: POR TAVARES BORBA, ENTENDE QUE PODE A SOCIEDADE LIMITADA ADQUIRIR
QUOTA DO SÓCIO EM DETERMINADA HIPÓTESES, E PRESENTE UMA DAS HIPÓTESES
ALTERNATIVAS, DEVE-SE PREENCHER CONDIÇÕES CUMULATIVAS, (I) SE O CONTRATO SOCIAL
PERMITIR, CC/02, ART. 1.057; OU (II) CONTRATO SOCIAL NÃO PREVER, MAS SE HOUVER
AUTORIZAÇÃO DOS SÓCIOS; (III) OMISSÃO DO CONTRATO SOCIAL, SEM AUTORIZAÇÃO DOS
SÓCIOS, MAS O CONTRATO SOCIAL EXPRESSAMENTE DETERMINA A APLICAÇÃO NAS
OMISSÕES AS REGRAS DA LEI DA S.A. CC/02, ART. 1053, PARÁGRAFO ÚNICO, C/C L. DA S/A ART.
30. AS CONDIÇÕES ESTÃO NO ART. 8º (REVOGADO) (A) QUOTA INTEGRALIZADA + (B) COMPRA
COM RESERVA DE CAPITAL
OS DIREITOS DECORRENTES DAS QUOTAS ADQUIRIDAS PELA SOCIEDADE FICAM SUSPENSOS,
DE VOTO E DE LUCRO, ATÉ QUE ALGUÉM PREENCHA ESSA QUOTA PARTE.
06) É POSSÍVEL PENHORA DE QUOTAS?
CORRENTE 01 (POSIÇÃO MAJORITÁRIA): AS QUOTAS SÃO PASSÍVEIS DE PENHORA EM CARATER
ABSOLUTO, OU SEJA, SEMPRE É POSSÍVEL PENHORAR QUOTAS. LOGICAMENTE RESPEITADO
UMA ORDEM DE PREFERENCIA E O PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE. A MOTIVAÇÃO É EM
DECORRÊNCIA DA AUSENCIA DE VEDAÇÃO LEGAL, NÃO ESTA NA LISTA DO NCPC, ART 833; BEM
Direito Empresarial
COMO PENHORA É MEDIDA PROCESSUAL, É MATÉRIA DE ORDEM PÚBLICA É COGENTE E

IMPERATIVA, NÃO PODENDO O CONTRATO DISPOR SOBRE ISSO. AINDA, A NATUREZA
JURÍDICA DA QUOTA É DIREITO, E COMO TAL É PASSÍVEL DE PENHORA, ENTÃO AINDA QUE
NÃO TIVESSE EXPRESSO. POR FIM, DECORRE DA LEI, NCPC, ART. 835, INCISO IX, E LEF, ART. 30.
CORRENTE 02 (POSIÇÃO MINORITÁRIA): AS QUOTAS SOCIAIS POSSUEM PENHORABILIDADE
RELATIVA, OU SEJA, DEPENDENDO DO CASO, PODEM SER PENHORADAS OU NÃO. SE O
CONTRATO SOCIAL ADMITIR CESSÃO DE QUOTAS, ADMITE-SE A PENHORA, CASO CONTRÁRIO,
É PORQUE AS QUOTAS SÃO INTRANSMISSÍVEIS, LOGO IMPENHORÁVEIS, NCPC, ART. 833.
07) A PENHORA ASSEGURA A EFETIVIDADE DO PROCESSO EXECUTIVO, E PODEM SER OBJETO
DE HASTA PÚBLICA (LEILOADA), E TERCEIRO QUERER ARREMATÁ-LA, COMO COMPATIBILIZAR
PENHORA DE QUOTAS E AFFETIO SOCIETATIS? SÃO COMPATÍVEIS, EVITANDO A RUPTURA DO
AFFETIO, E ADMITIR A PENHORA DE QUOTAS. EM ÚLTIMA HIPÓTESE PODE REALIZAR A
DISSOLUÇÃO PARCIAL.
OBSERVAÇÃO REALIZADA NA AULA 13, O NCPC ADMITE QUE A SOCIEDADE ADQUIRA A QUOTA
DE UM SÓCIO, NCPC, ART. 161, §1º, ESSE ARTIGO, NOS SEUS INCISOS, TAMBÉM TRATA-SE DA
MANUTENÇÃO DA AFFETIO SOCIETATIS OU BEM ESTAR SOCIAL.
Direito Empresarial
AULA 12 (17/11/2016)
SOCIEDADE LIMITADA (CONTINUAÇÃO)
13) RESPONSABILIDADE DOS SÓCIOS

OS SÓCIOS PELA DÍVIDA ASSUMIDA PELA SOCIEDADE É SUBSIDIÁRIA, CC/02, ART. 1.024 C/C
NCPC, ART. 795 – BENEFÍCIO DE ORDEM, E ENTRE OS SÓCIOS É SOLIDÁRIA, CC/02, 1.052, SENDO
UMA RESPONSABILIDADE LIMITADA.
ATENÇÃO!
01) TENDO EM VISTA QUE A RESPONSABILIDADE ENTRE OS SÓCIOS É SOLIDÁRIA, O
QUANTITATIVO É ATÉ O QUE FALTAR DO CAPITAL DA SOCIEDADE FICAR INTEGRALIZADO,
INDEPENDENTE DA QUOTA QUE O SÓCIO CONTRIBUIU PARA O CAPITAL SOCIAL, COM A
POSSIBILIDADE DE AÇÃO DE REGRESSO.
02) SE TODOS OS SÓCIOS TIVEREM CONTRIBUIDO PARA INTEGRALIZAR O CAPITAL SOCIAL, HÁ
ISENÇÃO DE RESPONSABILIDADE. OU SEJA, NÃO PODEM SER ACIONADOS DE FORMA
SECUNDÁRIA, MAS HÁ RESSALVA, PARA FRAUDE E DIREITO TRABALHISTA, INDEPENDENTE DE
FRAUDE.
03) TUDO QUE FOI FALADO COM RELAÇÃO A RESPONSABILIDADE DA EIRELI, APLICA-SE A
SOCIEDADE LIMITADA.
14) DIFERENÇA ENTRE SOCIEDADE LIMITADA E EIRELI
CARACTERISTICAS LIMITADA EIRELI

LEGISLAÇÃO CC/02, ART. 1.052 AO ART. 1.087 CC/02, ART. 980-A
DECL. UNILATERAL
ATO CONSTITUTIVO CONTRATO SOCIAL
VONTADE
FIRMA OU DENOMINAÇÃO FIRMA OU DENOMINAÇÃO
NOME
CC/02, ART. 1.158 - LTDA CC/02, ART. 980-A - EIRELI
PESSOA NATURAL OU
PESSOA NATURAL OU
JURÍDICA
SÓCIOS JURÍDICA
CC/02, ART. 1.054, 997, INCISO
(POLÊMICA)
I
Direito Empresarial
SOCIEDADE OU
NATUREZA JURÍDICA SOCIEDADE NOVO ENTE
PERSONIFICADO
PLURIPESSOAL*
PODE SER UNIPESSOAL
UNIPESSOAL
TEMPORÁRIA OU
PERMANENTE
CAPITAL SOCIAL SEM EXIGÊNCIA DE UM VALOR CAPITAL MÍNIMO DE <=
(VALOR) MÍNIMO 100X SALÁRIO MÍNIMO
TEORIA DA DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA
1) NOMENCLATURA: TEORIA DA DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA OU

TEORIA DA PENETRAÇÃO OU TEORIA DA SUPERAÇÃO DA PESSOA JURÍDICA OU TEORIA DA
DESESTIMAÇÃO OU TEORIA DO LEVANTAMENTO DO VÉU CORPORATIVO OU DISREGARD OF
LEGAL ENTITY.
2) ORIGEM: EUROPA (INGLATERRA) OU ALEMANHÃ, NO SÉCULO XIX, CRIAÇÃO
JURISPRUDÊNCIAL. CABE RESSALTAR QUE NO BRASIL, FOI INTRODUZIDO ATRAVÉS DO
RUBENS REQUIÃO, O INSTITUTO ATRAVÉS DA DOUTRINA, POSTERIORMENTE PASSOU A SER
TRATADA EM LEI.
3) LEGISLAÇÃO: CC/02, ART. 50; NCPC, ART. 133 AO 137; CDC, ART. 28; L. 9.605, ART. 4º (MEIO
AMBIENTE); L. 9.847/99, ART.18 (COMBUSTÍVEL NACIONAL); L. 8.884/94, ART. 18
(CONCORRÊNCIA – REVOGADO PELA L. 12.529, ART. 34).
ATENÇÃO! QUESTÃO DO BNDS (2004) DISTINÇÃO ENTRE DESCONSIDERAÇÃO,

DESPERSONIFICAÇÃO E DESPERSONALIZAÇÃO, A DESPERSONIFICAÇÃO É SEM
PERSONALIDADE JURÍDICA, OU SEJA, AUSÊNCIA DE PERSONALIDADE JURÍDICA,
ENTENDIMENTO MAJORITÁRIO, O EXEMPLO DE DESPERSONIFICAÇÃO É A SOCIEDADE EM
COMUM, DE FATO, IRREGULAR, SEM REGISTRO, POSTO QUE SOMENTE COM REGISTRO QUE A
SOCIEDADE ADQUIRE SUA PERSONALIDADE JURÍDICA.
JÁ A DESCONSIDERAÇÃO NÃO GERA EXTINÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA, É APENAS O
AFASTAMENTO MOMENTÂNEO DA PERSONALIDADE JURÍDICA, PARA SUPERAR A
PERSONALIDADE JURÍDICA E ATINGIR O PATRIMÔNIO DOS SÓCIOS.
JÁ A DESPERSONALIZAÇÃO, É UMA SANÇÃO, INVALIDANDO A PERSONALIDADE JURÍDICA,
VISANDO EXTINGUI-LA. EX. PROSTÍBULO.
4) FINALIDADE: PRESENTES OS PRESSUSPOSTOS, TEM POR FINALIDADE ALTERAÇÃO DO

CENTRO DE IMPUTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE. CABE MENCIONAR QUE O INSTITUTO DA
Direito Empresarial
DESCONSIDERAÇÃO É EXCEPCIONAL, SENDO UTILIZADO QUANDO HÁ MAL USO DA TEORIA DA

PERSONIFICAÇÃO.
5) PRESSUPOSTOS, NCPC, ART. 133, §1º
5.1) TEORIA DA DESCONSIDERAÇÃO MAIOR (REGRA): PERSONALIDADE JURÍDICA; EXISTÊNCIA
DE LESÃO/PREJUÍZO A INTERESSADOS; NECESSIDADE; FRAUDE COMPROVADA.
5.2) TEORIA DA DESCONSIDERAÇÃO MENOR (EXCEÇÃO): PERSONALIDADE JURÍDICA,
PREJUÍZO A TERCEIROS E NECESSIDADE, MAS DISPENSA A FRAUDE.
APLICÁVEL, DE FORMA EXCEPCIONAL, NAS RELAÇÕES TRABALHISTAS (PRINCÍPIO DA
AUTERIDADE), RELAÇÕES CONSUMERISTAS, COM FUNDAMENTO NO CDC, ART. 28, §5º, LESÕES
AMBIENTAIS, ASSIM COMO NA QUESTÃO DOS COMBUSTÍVEIS, L. 9.847/99.
6) FORMA DA TEORIA DA DESCONSIDERAÇÃO
6.1) TEORIA DA DESCONSIDERAÇÃO DIRETA: QUANDO A DESCONSIDERAÇÃO É DA
PERSONALIDADE JURÍDICA DA SOCIEDADE, COM O FIM DE ATINGIR O PATRIMÔNIO DOS
SÓCIOS QUE COMPÕEM A SOCIEDADE.
6.2) TEORIA DA DESCONSIDERAÇÃO INVERSA: QUANDO A DESCONSIDERAÇÃO É REALIZADA
PARA ATINGIR O PATRIMÔNIO DA SOCIEDADE EM AÇÃO EM FACE DO SÓCIO.
6.3) TEORIA DA DESCONSIDERAÇÃO INDIRETA: STJ, 744.107/SP, QUANDO HÁ VÁRIOS GRUPOS
SOCIETÁRIOS, COM UMA PESSOA JURÍDICA CONTROLADORA DE PESSOAS JURÍDICAS
CONTROLADAS, BEM COMO TERCEIROS INTERESSADOS QUE SE RELACIONAM COM AS
SOCIEDADES CONTROLADAS. SE A SOCIEDADE CONTROLADA NÃO REALIZAR O PAGAMENTO,
OS INTERESSADOS PODEM POSTULAR O CENTRO DE IMPUTAÇÃO PARA ATINGIR A SOCIEDADE
CONTROLADORA DE FORMA INDIRETA (PREENCHIDOS OS PRESSUPOSTOS)
6.4) TEORIA DA DESCONSIDERAÇÃO EXPANSIVA OU AMPLIATIVA (POR CRISTIANO CHAVES DE
FARIA): SOCIA A + SÓCIO B, PORÉM ALÉM DA SOCIEDADE, HÁ SÓCIO OCULTO, SENDO O
VERDADEIRO ADMINISTRADOR DE FATO. A APLICAÇÃO DA TEORIA OCORRERÁ NO
PATRIMÔNIO DO SÓCIO OCULTO.
7) APLICAÇÃO DA TEORIA NO PROCESSO
7.1) INCIDENTE DE DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA: APESAR DA CRITICA DO
DOUTRINADOR FABIO ULHOA COELHO, POR ENTENDER QUE A DESCONSIDERAÇÃO DEVERIA
SER APLICADA EM AÇÃO AUTÔNOMA, COM O ADVENTO DO NCPC, É EXPRESSO O CABIMENTO
DA TEORIA DE FORMA INCIDENTAL.
PREVISTO NO NCPC, ART. 133 AO ART. 137, POSSÍVEL A INTERVENÇÃO DE TERCEIRO, BEM COMO
CABE RESSALTAR A APLICAÇÃO DO INCIDENTE NO ÂMBITO DOS JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS,
CC/02, ART. 1.062. O INCIDENTE NÃO PODE SER APLICADO DE OFÍCIO, SENDO NECESSÁRIA A
Direito Empresarial
PROVOCAÇÃO PELA PARTE INTERESSADA OU PELO MINISTÉRIO PÚBLICO (COMO ÓRGÃO

INTERVENIENTE TAMBÉM).
7.2) DEFESA, NO PRAZO DE 15 DIAS, NCPC, ART. 135, HAVERÁ CITAÇÃO DA PESSOA (SÓCIO, OU
SÓCIO OCULTO, OU SOCIEDADE, OU INTEGRANTE, NO CASO DE EIRELI) CUJO O PATRIMÔNIO
O INTERESSADO QUER ATINGIR.
PERGUNTA: A PESSOA CITADA VAI SE DEFENDER ATRAVÉS DE QUAL

FERRAMENTA/INSTRUMENTO?
RESPOSTA: PRÓXIMA AULA.
8) CASOS NÃO CABIMENTO:

8.1) A SOCIEDADE EM COMUM É DESPERSONIFICADA E NÃO HÁ PRESSUPOSTO DA
NECESSIDADE, POSTO QUE A RESPONSABILIDADE DOS SÓCIOS É ILIMITADA;
8.2) A SOCIEDADE EM NOME COLETIVO TAMBÉM NÃO HÁ PRESSUPOSTO DA NECESSIDADE,
CC/02, ART. 1.039;
8.3) JÁ NUMA SOCIEDADE LIMITADA OU NUMA PESSOA JURÍDICA EIRELI, COM CAPITAL
ESTIVER INTEGRALIZADO POR TODOS OS SÓCIOS, HÁ ISENÇÃO DE RESPONSABILIDADE (EM
REGRA).
Direito Empresarial
AULA 15 (21/11/2016)
TEORIA DA DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA

(CONTINUAÇÃO)
PERGUNTA: A PESSOA CITADA VAI SE DEFENDER ATRAVÉS DE QUAL

FERRAMENTA/INSTRUMENTO?
RESPOSTA: NCPC, ART. 135, CITAÇÃO, COM MANIFESTAÇÃO EM 15 DIAS, MAS HÁ DUAS
CORRENTES COM RELAÇÃO A MANIFESTAÇÃO DO CITADO.
ENTENDIMENTO:
01) POR LIEBMON (MINORITÁRIA): EMBARGOS DE TERCEIROS, TENDO EM VISTA QUE O SÓCIO
NÃO É PARTE NO PROCESSO, NÃO TENDO LEGITIMIDADE PASSIVA, AINDA DEVE-SE ATENTAR
PARA A DIFERENCIAÇÃO DA RESPONSABILIDADE SECUNDÁRIA PATRIMONIAL, E A
LEGITIMIDADE PROCESSUAL, COM FUNDAMENTO NO NCPC, ART. 779 C/C ART. 790, INCISO II.
02) POR DANIEL ASSUMPÇÃO, 4ª TURMA DO STJ, ALEXANDRE FLEXA, NELSON NERI JR.
(MAJORITÁRIA), O AJUIZAMENTE É EMBARGOS À EXECUÇÃO, POSTO QUE O NCPC, ART. 135,
DEIXA CLARO QUE O ATO DE CIÊNCIA É CITAÇÃO, SE É CITAÇÃO, A PESSOA CITADA TORNA-SE
PARTE PROCESSUAL. CABE RESSALTAR AINDA O NCPC, ART. 795, §1º, INFORMA QUE O SÓCIO
SE TORNA RÉU, QUE PODERÁ ALEGAR O BENEFÍCIO DE ORDEM.
8) NÃO CABIMENTO (CONTINUAÇÃO, EM VERMELHO = REPETIDO AULA 12)

8.1) A SOCIEDADE EM COMUM É DESPERSONIFICADA E NÃO HÁ PRESSUPOSTO DA
NECESSIDADE, POSTO QUE A RESPONSABILIDADE DOS SÓCIOS É ILIMITADA, CC/02, ART. 990;
8.2) A SOCIEDADE EM NOME COLETIVO TAMBÉM NÃO HÁ PRESSUPOSTO DA NECESSIDADE,
CC/02, ART. 1.039;
8.3) JÁ NUMA SOCIEDADE LIMITADA OU NUMA PESSOA JURÍDICA EIRELI, COM CAPITAL
ESTIVER INTEGRALIZADO POR TODOS OS SÓCIOS, HÁ ISENÇÃO DE RESPONSABILIDADE (EM
REGRA)
8.4) QUANDO A LEI ESTABELECE RESPONSABILIDADE CIVIL AOS SÓCIOS ADMINISTRADORES,
CC/02, ART. 1016 E ART. 1017.
8.5) LIMITADA OU EIRELI, DEVEDOR DE TRIBUTO, CTN, ART. 135, INCISO III, O FISCO
INSCREVERÁ NA DÍVIDA ATIVA, TENTANDO PENHORAR BENS DA SOCIEDADE. CASO NÃO SEJA
POSSÍVEL, O FISCO DEVERÁ COMPROVAR O NÃO CUMPRIMENTO DA OBRIGÇÃO TRIBUTÁRIA,
Direito Empresarial
BEM COMO A FRAUDE, QUE É DENOMINADO O REDIRECIONAMENTO DA EXECUÇÃO FISCAL

(ENTENDIMENTO DOMINANTE).
ESCOLA NACIONAL DE FORMAÇÃO E APERFEIÇOAMENTO DOS MAGISTRADOS (ENFAM),
ENUNCIADO Nº 53, ESTABELECE QUE O REDIRECIONAMENTO DA EXECUÇÃO NÃO É
DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA.
FÓRUM NACIONAL DE EXECUÇÃO FISCAL, TAMBÉM ESTABELECEU QUE O
REDIRECIONAMENTO DA EXECUÇÃO, MAS NÃO É IDPJ.
A POSIÇÃO MINORITÁRIA, POR ALGUNS POUCOS TRIBUTARISTAS, ADMITE IDPJ NO ÂMBITO
TRIBUTÁRIO, CTN, ART. 135, INCISO III.
8.6) RESPONSABILIDADE CIVIL NO ÂMBITO DA FALÊNCIA, POR COMETIMENTO DE ATO ILÍCITO,
INSTAURANDO-SE AÇÃO DE RESPONSABILIDADE CIVIL, PODENDO TORNAR INDISPONÍVEIS OS
BENS DOS SÓCIOS, POR MEDIDA CAUTELAR, COM FULCRO NO LRE, ART. 82, §1º.
8.7) EXTENSÃO DO EFEITO PATRIMONIAL DA SENTENÇA QUE DECRETA FALÊNCIA DA
SOCIEDADE PARA OS SÓCIOS, CABE RESSALTAR QUE O CAMPO DE INCIDÊNCIA DA LRE, ART.
81, DEVE SER UMA SOCIEDADE EMPRESÁRIA, BEM A EXISTÊNCIA DE SENTENÇA QUE DECRETA
FALÊNCIA, E OS SÓCIOS DEVEM TER RESPONSABILIDADE ILIMITADA, OU SEJA, PODE SER EM
NOME COLETIVO, EM COMANDITA SIMPLES, COMANDITA POR AÇÕES, E SOCIEDADE EM
COMUM, CC/02, ART. 1039, ART. 1045, ART. 1091 E ART. 990, RESPECTIVAMENTE. NÃO É
APLICÁVEL A LTDA, S/A E EIRELI, CUJA A RESPONSABILIDADE É LIMITADA, EM REGRA.
DISSOLUÇÃO IRREGULAR DA SOCIEDADE LIMITADA, S/A E EIRELI
É QUANDO A SOCIEDADE “FECHA AS PORTAS” SEM AVISAR, E NÃO HONRA COM TODAS AS
DÍVIDAS ASSUMIDAS PELA SOCIEDADE.
ENTENDIMENTO:
01) PELO STJ*, MÁRCIO GUIMARÃES (MPRJ), MARLOM TOMAZETI (MAJORITÁRIA),
SUSTENTAM QUE É CASO DE DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA, BEM COMO
INSTAURAÇÃO DO INCIDENTE DE DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA (IDPJ).
*1.1) 3ª TURMA DO STJ, RESP 1.306.553/SC, O SIMPLES FATO DO ENCERRAMENTO DAS
ATIVIDADES, POR SI SÓ, JÁ DENOTA UMA CONDUTA FRAUDULENTA.
*1.2) 4ª TURMA DO STJ E MARLOM TOMAZETI, RESP 1.908.712/RJ, NÃO BASTA O FECHAMENTO
DE PORTAS, DEVENDO-SE COMPROVAR O ELEMENTO SUBJETIVO: FRAUDE.
*CONFLITO SOLUCIONADO, ADOTANDO O ENTEDIMENTO DA 4ª TURMA.
Direito Empresarial
02) POR SÉRGIO CAMPINHO (MINORITÁRIA), ENTENDE QUE NÃO É CASO DE

DESCONSIDERAÇÃO, MAS É CASO DE INCIDÊNCIA DO CC/02, ART. 1.080, DELIBERAÇÕES
ILÍCITAS DOS SÓCIOS, TORNA A RESPONSABILIDADE DOS SÓCIOS ILIMITADA (PENALIDADE).
ATENÇÃO! STJ, SUMULA 435, ALTERAÇÃO DE DOMICÍLIO FISCAL, SEM COMUNICAÇÃO AO
ÓRGÃO FAZENDÁRIO, POR SI SÓ, GERA A PRESUNÇÃO DE DISSOLUÇÃO IRREGULAR, PODENDO
O FISCO INGRESSAR NO PATRIMÔNIO DO SÓCIO.
DIREITO CAMBIÁRIO
TÍTULO DE CRÉDITO
BIBLIOGRAFIA:
LUIS EMYGDIO F. DA ROSA JR– TÍTULOS DE CRÉDITO
FRAN MARTINS – TÍTULOS DE CRÉDITO
1) LEGISLAÇÃO: CC/02, ART. 887 AO ART. 903 (DISPOSIÇÕES GERAIS) ART. 904 AO ART. 923
(CIRCULAÇÃO DE CRÉDITO), BEM COMO LEI ESPECÍFICAS.
RESSALTA-SE
*CC/02, ART. 897, PARÁGRAFO ÚNICO: VEDAÇÃO AVALIAÇÃO PARCIAL X L. ESPECIAL:
ADMISSÍVEL AVAL TOTAL E PARCIAL
*CC/02, ART. 914: ENDOSSANTE NÃO GARANTE PAGAMENTO X L. ESPECIAL: PODERÁ SER
COBRADO, TORNANDO-SE DEVENDOR.
ATENÇÃO!
01) SE O EXAMINADOR FIZER SOMENTE REFERÊNCIA “TÍTULO DE CRÉDITO” SEM ESPECIFICAR
O NOME DO TÍTULO, PRIMEIRO APLICA-SE O CÓDIGO CIVIL, E A LEI ESPECIAL POR ANALOGIA.
SE O EXAMINADOR ESPECIFICAR O NOME DO TÍTULO DE CRÉDITO, COM TIPICIDADE
CAMBIÁRIA, APLICA-SE A LEI ESPECIAL, E O CÓDIGO CIVIL ART. 903, QUE INFORMA QUE O CC/02
É FONTE SUBSIDIÁRIA
02) SE O TÍTULO FOR LETRA DE CÂMBIO OU NOTA PROMISSÓRIA, SÃO REGIDOS PELO DL
57.663/66 (LEI UNIFORME DE GENEBRA - LUG), ART. 1º AO ART. 74 (LETRA DE CÂMBIO) E ART.
75 AO ART. 78 (NOTA PROMISSÓRIA). SE A LUG FOR OMISSA, OU NÃO REGULAR O TEMA, A
APLICAÇÃO SERÁ DE FORMA SUBSIDIÁRIA DO DL 2.044/1908, SE TAMBÉM NÃO REGULAR,
UTILIZA-SE O CC/02, POR FIM ANALOGIA, POR FORÇA DA LINDB.
Direito Empresarial
03) SE O TÍTULO FOR DUPLICATA, REGIDA PELA L. 5.474/68, ART. 1º AO ART. 19, TRATA-SE DA
COMPRA E VENDA, E DO ART. 20 E SEGUINTES TRATA-SE DE PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS. EM
CASO DE OMISSÃO DA LEGISLAÇÃO, APLICA-SE L. 5.474, ART. 25, OU SEJA, APLICA-SE A LUG,
EM SEGUIDA O DL 2.044/1908, EM DIANTE CC/02 E ANALOGIA.
04) SE O TÍTULO FOR CHEQUE, APLICA-SE L. 7.357.
05) SE O TÍTULO DE CRÉDITO RURAL, APLICA-SE DL 167/67.
06) SE O TÍTULO FOR CRÉDITO BANCÁRIO (CÉDULA DE CRÉDITO BANCÁRIO)
PERGUNTA: (PGE/RJ) COM A MORTE DO ENDOSSANTE MANDANTE, CESSA OS PODERES DO

MANDATO?
RESPOSTA: CC/02, 682, INCISO II, CESSA O MANDATO COM A MORTE DE UMA DAS PARTES. SE
FOR APLICADO O CONTRATO DE MANDATO, CESSA. MAS A QUESTÃO DA PROCURADORIA
TRATA-SE DE TÍTULO DE CRÉDITO.
PARTINDO DE UMA ANÁLISE DO CC/02, ART. 917, §2º, O ENDOSSO MANDATO NÃO CESSA COM
A MORTE OU INCAPACIDADE SUPERVENIENTE DO MANDANTE.
SENDO MAIS ESPECÍFICO, O TÍTULO TRATADO NA QUESTÃO FOI NOTA PROMISSÓRIA, LOGO,
DEVE SER FEITA A ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO ESPECIAL, LUG, ART. 77, C/C ART. 18, CONSLUI-SE
QUE COM A MORTE DO ENDOSSANTE MANDANTE, NÃO CESSA NEM COM A MORTE OU
INCAPACIDADE SUPERVENIENTE DO MANDANTE.
Direito Empresarial
AULA 14 (29/11/2016)
DIREITO CAMBIÁRIO
TÍTULOS DE CRÉDITO (CONTINUAÇÃO)
1) DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
TEM IMPORTÂNCIA NA ÁREA PROCESUAL, UMA VEZ QUE VIABILIZA A AÇÃO EXECUTÓRIA,
AINDA NO ÂMBITO CIVIL, QUE CONSIDERA O TÍTULO DE CRÉDITO COMO BEM MÓVELM SENDO
OBJETO DE GARANTIA REAL (PIGNORATÍCIO). NO ÂMBITO PENAL TAMBÉM, O TÍTULO É
ELEMENTAR DO TIPO, POR EXEMPLO, CHEQUE SEM FUNDO, CP, ART. 171 §2º, INCISO VI; UMA
DAS CONDUTAS QUE ENSEJAM A FRAUDE TRIBUTÁRIA, É A DUPLICATA, L. 8.137/90, ART. 1º
(CRIMES CONTRA ORDEM TRIBUTÁRIA, RELAÇÕES DE CONSUMO, ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA);
DUPLICATA SIMULADA, CP, ART. 172; CP, ART. 178.
PARA FINS PENAIS O TÍTULO DE CRÉDITO É EQUIPARADO A DOCUMENTO PÚBLICO, CP,
ART;297, §2º.
2) CARACTERÍSTICAS DOS TÍTULOS DE CRÉDITO

A. TÍTULO DE APRESENTAÇÃO: É TÍTULO DE EXIBIÇÃO, É UM DOCUMENTO, RETRATANDO UM
DIREITO, PARA QUE O DEVEDOR PAGUE CORRETAMENTE AO LEGÍTIMO CREDOR
(POSSIBLIDADE DE CIRCULAÇÃO DO TÍTULO).
OBSERVAÇÃO!
01) PROVA DA DPERJ, ABSTRAINDO EVENTUAIS CONTROVÉRSIAS, QUAL O PRINCÍPIO
CAMBIÁRIO (TÍTULO DE CRÉDITO), QUE EXIGE QUE O TÍTULO DE CRÉDITO SEJA APRESENTADO
NO ORIGINAL? PRINCIPIO CAMBIÁRIO DA CARTULATIDADE/INCORPORAÇÃO, CARTULA,
PAPEL, CABE RESSALTAR QUE O FATO DO DOCUMENTO SER DESPAPELIZADO, OU VIRTUAL,
NÃO DEIXA DE SER UM DOCUMENTO, CC/02, ART. 887.
PRINCIPIO CAMBIÁRIO DA CARTULATIDADE/INCORPORAÇÃO O DIREITO DEVE ESTAR
INCORPORADO EM UM DOCUMENTO FÍSICO OU ELETRÔNICO.
TÍTULO VIRTUAL É O TITULO DE CRÉDITO EM QUE O DOCUMENTO É CIBERNÉTICO, VIRTUAL,
DESPAPELIZADO, ENTRE OUTROS NOMES. EX.: L. 10.931/04, ART. 21; CERTIFICADO DE DEPÓSITO
AGROPECUÁRIO VIRTUAL; WARRANT AGROPECUARY.
O DIREITO DEVE ESTAR INCORPORADO A UM DOCUMENTO, LOGO O DOCUMENTO VIRTUAL
NÃO SIGNIFICA QUE ELE DEIXA DE SER UM DOCUMENTO. OS TÍTULOS VIRTUAIS NÃO
Direito Empresarial
CONFIGURAM EXCEÇÃO AO PRINCÍPIO DA CARTULARIDADE, POSTO QUE AINDA QUE

DESPAPELIZADO, CONTINUA SENDO DOCUMENTO, SEM PAPEL.
02) ATRIBUTO INERENTE AO TÍTULO DE CRÉDITO: SEGURANÇA, POSTO QUE O PAGAMENTO É
FEITO AO LEGÍTIMO CREDOR, SOB PENA DE PAGAR DUAS VEZES.
03) ORIGINAL É A REGRA, MAS HÁ EXCEÇÃO.
I. ÂMBITO DO PROCESSO FALIMENTAR, SE O ORIGINAL ESTIVER INSTRUINDO OUTRO
PROCESSO, LRE, ART. 9, § ÚNICO.
II. DL 2944/1908, ART. 36, PERDA DO ORIGINAL DO DOCUMENTO, AJUIZANDO UMA AÇÃO DE
SUBSTITUIÇÃO DE TÍTULO NOMINAL DESTRUIDO, OU EXTRAVIADO.
B. TÍTULO DE RESGATE: OU SEJA, HÁ SEMPRE UM VENCIMENTO, OU SEJA, UM DIA ESPECÍFICO

PARA PAGAMENTO. CABE RESSALTAR QUE O TÍTULO DE RESGATE SE CONTRAPÕE AO TÍTULO
DE PERMANÊNCIA, POR EX: AÇÃO NA PETROBRÁS.
OBSERVAÇÃO!
1) A DATA DE VENCIMENTO NÃO É ESSENCIAL PARA O TÍTULO DE CRÉDITO, PELA LEI É
CONSIDERADO NÃO ESSENCIAL, QUANDO A LEI SUPRE A AUSÊNCIA/FALTA. EX.: NOTA
PROMISSÓRIA SEM VENCIMENTO, TEM VENCIMENTO A VISTA, OU SEJA, NO DIA DA APRESENTAÇÃO
DO DOCUMENTO AO DEVEDOR PARA O PAGAMENTO.
C. O TÍTULO É FORMAL: POR CONTA DO RIGOR CAMBIÁRIO (PELA DOUTRINA), O DOCUMENTO

DEVE SER FORMAL, CC/02, ART. 887, IN FINE, O DOCUMENTO DEVE PREENCHER OS REQUISITOS
DA LEI ESPECÍFICA DO TÍTULO EXECUTIVO, PODENDO TER REQUISITOS ESSENCIAIS OU NÃO
ESSENCIAIS, SENDO QUE A ESSENCIALIDADE SIGNIFICA QUE A LEI NÃO SUPRE A FALTA,
AUSENTE UM REQUISITO, O DOCUMENTO NÃO SERÁ CONSIDERADO TÍTULO DE CRÉDITO,
PODENDO SERVIR PARA UMA AÇÃO MONITÓRIA, NÃO DOCUMENTO VÁLIDO PARA UM
PROCESSO EXECUTIVO CAMBIÁRIO.
ATENÇÃO!
01) DOCUMENTO QUIRÓGRAFO É UM DOCUMENTO COMUM, POR EX.: CHEQUE NÃO
PREENCHIDO.
02) TRÊS REQUISITOS ESSENCIAIS A TODOS OS TÍTULOS: I. NOME DO TÍTULO (PARA SABER A
LEI APLICÁVEL); II. DATA DA EMISSÃO (ANÁLISE DA CAPACIDADE DO EMITENTE); III.
ASSINATURA DO EMITENTE (PARA VINCULAR A OBRIGAÇÃO AO EMITENTE, PRINCÍPIO DA
LITERALIDADE, VALE O QUE ESTA ESCRITO NO DOCUMENTO CAMBIÁRIO).
Direito Empresarial
03) L. DO CHEQUE, ART. 51, RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA, MAS CABE RESSALTAR QUE É
NECESSÁRIO A ASSINATURA DE TODOS OS OBRIGADOS, FACE O PRINCÍPIO DA LITERALIDADE,
NÃO EXISTINDO ASSINATURA, NÃO HÁ RESPONSABILIDADE DO “SUPOSTO” DEVEDOR
PERANTE O CREDOR.
04) AINDA CABE MENCIONAR QUE É NECESSÁRIO A IDENTIFICAÇÃO DO ATO CAMBIÁRIO, CASO
O ATO NÃO SEJA INDICADO NA CÁRTULA, A ASSINATURA SERÁ REALIZADA EM LOCAIS
ESPECÍFICOS NO TÍTULO DE CRÉDITO.
05) ANALFABETO/CEGO/MUTILADO PODE CONSTITUIR TÍTULO DE CRÉDITO? SÃO
PLENAMENTE CAPAZES, MAS DIANTE DA VULNERABILIDADE DESSAS PESSOAS, É MISTER UMA
PROTEÇÃO MAIOR. PARA ANALISAR O SUPRIMENTO DA ASSINATURA, PRIMEIRO IDENTIFICAR
O TÍTULO EXECUTIVO, PARA IR A LEI ESPECÍFICA APLICÁVEL.
EX.: SE FOSSE CHEQUE, O SUPRIMENTO É ATRAVÉS DE UMA PROCURAÇÃO (INSTRUMENTO
PÚBLICO); CABE RESSALTAR QUE A NOTA PROMISSÓRIA, A LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA (LUG) NÃO
REGULA O AUSÊNCIA DE ASSINATURA. LUG, ART. 2º (ANEXO II), DETERMINA QUE O SIGNATÁRIO DA
LUG, DEVERÁ REGULAR INTERNAMENTE O TEMA. O SEGUNDO PASSO, DL 2.044/1908, ART. 54, INCISO
IV, TRATA DA ASSINATURA POR PROCURAÇÃO (INSTRUMENTO PÚBLICO).
06) STF, SÚMULA 387, MITIGAÇÃO DO MOMENTO DO PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS
ESSENCIAIS, PERMITINDO QUE O PREENCHIMENTO SEJA A POSTERIORI, ANTES DA COBRANÇA
OU ANTES DO PROTESTO NO CARTÓRIO.
07) L. 9.069/95, ART. 69, LEI QUE TRATA DO CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL (CMN).
DETERMINA QUE O CHEQUE, CUJO O VALOR SEJA SUPERIOR AO VALOR DE R$ 100,00, DEVE
TER O NOME DO BENEFICIÁRIO (TÍTULO NOMINAL).
08) NO CHEQUE CRUZAMENTO EM PRETO OU EM BRANCO, SE FOR EM PRETO, É QUANDO HÁ
ESPECIFICAÇÃO DO BANCO, EM BRANCO, O DEPÓSITO PODE SER REALIZADO EM QUALQUER
BANCO (CRUZAMENTO SIMPLES).
D. O TÍTULO DE CRÉDITO É BEM MÓVEL, PODENDO SER GARANTIA REAL PIGNORATÍCIA, NÃO
HÁ TRANFERÊNCIA DE CRÉDITO, APENAS GARANTIA, SENDO UMA GARANTIA IMPRÓPRIA,
ENDOSSO PENHOR, ENDOSSO PIGNORATÍCIO, ENTRE OUTROS.
Direito Empresarial
AULA 15 (01.12.2016) – POR IVAN AQUINO
(CONTINUAÇÃO CARACTERÍSTICAS TÍTULO DE CRÉDITO)
E. OBRIGAÇÃO LÍQUIDA, CERTA E EXIGÍVEL
O TÍTULO DE CRÉDITO REPRESENTA OBRIGAÇÃO LÍQUIDA, CERTA E EXIGÍVEL, ESSES

SÃO OS ATRIBUTOS DO TÍTULO EXECUTÁVEL.
F. OBRIGAÇÃO QUÉRABLE,
OBRIGAÇÃO QUÉRABLE, QUESÍVEL OU NÃO PORTABLE (SINÔNIMOS), OBRIGAÇÃO

QUÉRABLE: PARA SER CUMPRIDA A OBRIGAÇÃO, A NECESSIDADE DO CREDOR
PROCURAR O DEVEDOR. É O CREDOR QUE TEM QUE BATER NA PORTA DO
DEVEDOR, E NÃO O DEVEDOR IR ATÉ AO CREDOR.
ATENÇÃO! OBRIGAÇÃO PORTABLE CABE AO DEVEDOR IR ATÉ O CREDOR.
G. TÍTULO “PRO SOLVENDO”
TÍTULO DE CRÉDITO É TÍTULO PRO SOLVENDO, E NÃO PRO SULUTO.
PERGUNTA: AO EMITIR O CHEQUE, O DEVEDOR EXTINGUE A OBRIGAÇÃO? R.:

EMISSÃO DE CHEQUE NÃO É PAGAMENTO. AO EMITIR O CHEQUE É DADA UMA
ORDEM DE PAGAMENTO PARA QUE O BANCO PAGUE AQUELA PESSOA. QUEM TEM
O CHEQUE TEM O DIREITO DE EXIGIR O PAGAMENTO. SÓ OCORRE A EXTINÇÃO DO
PAGAMENTO, OU SEJA, DA OBRIGAÇÃO, QUANDO O TÍTULO FOR RESGATADO.
A CONSTITUIÇÃO DO TÍTULO DE CRÉDITO FAZ SURGIR UMA NOVA RELAÇÃO

JURÍDICA, MAS NÃO HÁ NOVAÇÃO (CC/02, ART. 360 – UMA DAS FORMAS
ANÔMALAS DE EXTINÇÃO DA OBRIGAÇÃO).
O TÍTULO “PRO SOLVENDO”: A CONSTITUIÇÃO DE UM TÍTULO DE CREDITO NÃO

GERA A EXTINÇÃO DA OBRIGAÇÃO ANTERIOR, APENAS FAZ SURGIR UMA NOVA
RELAÇÃO JURÍDICA.
Direito Empresarial
PERGUNTA (PGE/RJ): LOCATÁRIO EMITIU CHEQUE SEM FUNDOS PARA O LOCADOR.

O LOCATÁRIO QUE ESTÁ EM MORA, AO EMITIR O CHEQUE ELE PURGA A MORA? R.:
NÃO. NÃO HOUVE PAGAMENTO. CHEQUE É TÍTULO DE CRÉDITO PRO SOLVENDO
(FAZ SURGIR UMA NOVA RELAÇÃO JURÍDICA, SEM EXTINGUIR A RELAÇÃO JURÍDICA
ANTERIOR).
PERGUNTA (TJRJ – MAGISTRATURA): O CHEQUE TEM CURSO FORÇADO? HÁ

OBRIGATORIEDADE DE RECEBER CHEQUE? R.: NÃO. NINGUÉM É OBRIGADO A
RECEBER CHEQUE. TEMA POLÊMICO. DOIS ENTENDIMENTOS SOBRE ESSE TEMA:
1ª POSIÇÃO (PROCURADOR FEDERAL – ARTIGO NO SITE JUS NAVEGANDI) NAS

RELAÇÕES DE CONSUMO É OBRIGATÓRIO RECEBER CHEQUE. FORA DAS RELAÇÕES
DE CONSUMO NÃO. O ARGUMENTO É COM BASE NO CDC, ART. 39, IX –
FORNECEDOR RECUSA PRESTAR UM SERVIÇO A QUEM SE PROPONHA RECEBER
ESSE SERVIÇO MEDIANTE PRONTO PAGAMENTO. AO EMITIR UM CHEQUE, ELE É
PRONTO PAGAMENTO. SERIA PRATICA ABUSIVA DEIXAR DE FORNECER UM
PRODUTO OU SERVIÇO. FALHA: CHEQUE NÃO É PRONTO PAGAMENTO. CHEQUE É
TÍTULO DE CRÉDITO “PRO SOLVENDO”. CHEQUE FAZ SURGIR UMA NOVA RELAÇÃO
JURÍDICA DENOMINADA CAMBIÁRIA SEM EXTINGUIR A RELAÇÃO ANTERIOR, OU
SEJA, A OBRIGAÇÃO EXISTENTE.
2ª POSIÇÃO (JURISPRUDÊNCIA – DOUTRINA DOMINANTE) O CHEQUE NÃO HÁ

CURSO FORÇADO. NÃO É OBRIGATÓRIO RECEBER CHEQUE, NEM NAS RELAÇÕES DE
CONSUMO. O ARGUMENTOS É (I) CF/88, ART. 5º, II, PREVÊ QUE NINGUÉM E
OBRIGADO A FAZER OU DEIXAR DE FAZER, A NÃO SER EM VIRTUDE DE LEI. NO
BRASIL NÃO HÁ NENHUMA LEI QUE DETERMINA A OBRIGAÇÃO DE RECEBIMENTO
DE CHEQUE; (II) O CHEQUE, POR SER TÍTULO DE CRÉDITO, É “PRO SOLVENDO”, OU
SEJA, NÃO É PAGAMENTO, NÃO E NOVAÇÃO, NÃO É CAUSA EXTINTIVA DO CRÉDITO,
LOGO, NÃO É TÍTULO DE CURSO FORÇADO; E (III) CHEQUE JÁ FOI DE CURSO
FORÇADO ATRAVÉS DA L. 8.802/90. TAL LEI FOI REVOGADA PELA L. 8884/94, ART.
92 (ANTIGA LEI DO CADE – QUE HOJE JÁ ESTÁ REVOGADA – EXISTE A NOVA LEI DO
CADE).
H. SOLIDARIEDADE CAMBIÁRIA OU REGRESSIVIDADE *
SE O TÍTULO DE CRÉDITO TIVER MAIS DE UM DEVEDOR, OU SEJA, DOIS OU MAIS

DEVEDORES. A SOLIDARIEDADE AQUI É IMPOSTA POR LEI, DIFERENTEMENTE DA
TEORIA GERAL DO DIREITO CIVIL, ONDE A SOLIDARIEDADE, EM REGRA, DECORRE
DE CONVENÇÃO, OU SEJA, VONTADE DAS PARTES. DESSA FORMA, O CREDOR PODE
EXECUTAR UM DOS DEVEDORES OU TODOS OS DEVEDORES.
Direito Empresarial
ATENÇÃO! A EXPRESSÃO SOLIDARIEDADE NA PROVA DE DIREITO EMPRESARIAL,

POSTO QUE A SOLIDARIEDADE CAMBIÁRIA NÃO TEM NADA A VER COM A
SOLIDARIEDADE CIVILISTA.
PRINCÍPIO CAMBIÁRIO DA AUTONOMIA, O TÍTULO DE CRÉDITO, AO TER DOIS OU

MAIS DEVEDORES, CADA DEVEDOR ASSUME UMA OBRIGAÇÃO AUTÔNOMA E
INDEPENDENTE. AINDA QUE A OBRIGAÇÃO DE UM DEVEDOR SEJA NULA, ESSA
NULIFICAÇÃO NÃO NULIFICA AS DEMAIS OBRIGAÇÕES, POIS SÃO AUTÔNOMOS
INDEPENDENTES. É COMO SE CADA DEVEDOR EMITISSE SEU TÍTULO DE CRÉDITO.
SUB PRINCÍPIO DA INOPONIBILIDADE DAS EXCEÇÕES PESSOAIS.
CC/02, ART. 914, §2º, POR FORÇA DE LEI, O DEVEDOR SOLIDÁRIO QUE PAGOU O
TÍTULO DE CRÉDITO, SÓ PODE ENTRAR COM AÇÃO DE REGRESSO CONTRA QUEM
ESTÁ ANTES DELE.
SISTEMA REGRESSIVO
O DEVEDOR CAMBIÁRIO PRINCIPAL DO TÍTULO, CABENDO RESSALTAR QUE SE ELE

PAGAR, ELE NÃO TEM DIREITO DE REGRESSO.
OBS 2: NÃO CONFUNDIR SOLIDARIEDADE CAMBIÁRIA COM SOLIDARIEDADE CIVIL.

QUADRO COMPARATIVO.
DIFERENÇAS SOLIDARIEDADE CIVIL SOLIDARIEDADE

CAMBIÁRIA
DECORRE DA VONTADE E
1 DECORRE DA LEI
LEI
CADA DEVEDOR
CAMBIÁRIO, AO
ASSINAR, ASSUME UMA
TODOS ESTÃO VINCULAÇÃO PRÓPRIA.
2 VINCULADOS A MESMA ELES ESTÃO
OBRIGAÇÃO VINCULADOS APENAS
AO MESMO TÍTULO DE
CRÉDITO, AO MESMO
DOCUMENTO.
SE A OBRIGAÇÃO FOR A NULIDADE SÓ ATINGE

3
NULA, SERÁ NULA PARA UMA OBRIGAÇÃO E NÃO
Direito Empresarial
TODOS (TODOS ESTÃO NULIFICA AS DEMAIS

VEICULADOS A MESMA OBRIGAÇÕES
OBRIGAÇÃO)
O DEVEDOR EXECUTADO
O DEVEDOR SOLIDÁRIO QUE POR VENTURA
QUE É EXECUTADO PODE ALEGA AQUELA
ALEGAR MATÉRIAS NULIDADE NA SUA
4
IMPUGNATIVAS QUE OBRIGAÇÃO, OS DEMAIS
APROVEITAM OS DEMAIS DEVEDORES NÃO PODEM
DEVEDORES SOLIDÁRIOS INVOCAR A MESMA
MATÉRIA IMPUGNATIVA
O DEVEDOR SOLIDÁRIO
QUE PAGA TEM DIREITO
O DEVEDOR QUE PAGA O
DE AÇÃO DE REGRESSO
TÍTULO TEM AÇÃO
EM FACE DE TODOS OS
REGRESSIVA, MAS SÓ
DEMAIS DEVEDORES
5 PODE COBRAR EM
SOLIDÁRIOS. MAS SÓ
REGRESSO OS
PODE COBRAR DE CADA
DEVEDORES QUE LHE
UM A QUOTA PARTE.
SEJAM ANTERIORES
NÃO HÁ ORDEM DE
REGRESSO
OBS 3: NA SOLIDARIEDADE CAMBIÁRIA CABE CHAMAMENTO AO PROCESSO (ART.

130, III DO NCPC)? TAL ARTIGO TRATA DA SOLIDARIEDADE CIVILISTA. O CREDOR
EXIGE DE UM DEVEDOR. ESSE DEVEDOR QUE CHAMAR AO PROCESSO OUTRO
DEVEDOR SOLIDÁRIO. HÁ SOLIDARIEDADE. MAS O QUE NÃO EXISTE É A DÍVIDA EM
COMUM, QUEM É EXIGIDA PARA O CHAMAMENTO AO PROCESSO. A DÍVIDA NÃO É
COMUM. CADA DEVEDOR TEM UMA OBRIGAÇÃO AUTÔNOMA E INDEPENDENTE.
ARGUMENTO PROCESSUAL: NÃO CABE CHAMAMENTO AO PROCESSO EM

PROCESSO EXECUTIVO.
ARGUMENTO DIREITO MATERIAL: NÃO CABE CHAMAMENTO AO PROCESSO

PORQUE NO DIREITO CAMBIÁRIO A DÍVIDA NÃO E COMUM. CADA UM TEM SUA
DÍVIDA AUTÔNOMA E INDEPENDENTE.
I. EXECUTORIEDADE
O DOCUMENTO QUE SEJA TÍTULO DE CREDITO E PREENCHA OS REQUISITOS

ESSENCIAIS DE SUA RESPECTIVA LEI SÃO TÍTULOS EXECUTIVOS EXTRA JUDICIÁRIOS.
Direito Empresarial
A EXECUTORIEDADE DECORRE DE LEI, NÃO ESTÁ NECESSARIAMENTE NO CPC.
OBS 1: PRAZO PRESCRICIONAL:
. APLICA-SE O PRAZO PRESCRICIONAL PRÓPRIO, PREVISTO NA LEI DAQUELE TÍTULO

DE CRÉDITO. CASO NÃO TENHA, APLICA-SE O PRAZO PRESCRICIONAL DO CC.
. ART. 206, §3º, III DO CC – 3 ANOS
CARTILHA:
DEVEDOR CAMBIÁRIO DIRETO – AQUELE QUE SE COMPROMETE A PAGAR NA DATA

DO VENCIMENTO AMIGAVELMENTE.
DEVEDOR CAMBIÁRIO INDIRETO – ELE PAGA SE O DIRETO NÃO PAGAR

AMIGAVELMENTE.
SE O ENDOSSANTE FOR DEVEDOR, É SEMPRE INDIRETO.
PARA COBRAR DO DEVEDOR DIRETO PODE COBRAR INDEPENDENTE DE PROTESTO.
PARA COBRAR DO DEVEDOR INDIRETO É NECESSÁRIO FAZER O PROTESTO DO

TÍTULO NO CARTÓRIO.
OBS 2: AVAL EM BRANCO – QUANDO AVALIZA E NÃO DIZ A QUEM ESTÁ

AVALIZANDO.
. QUANDO HOUVER O AVAL EM BRANCO A AVALISTA IRÁ AVALIZAR O

CONSTITUIDOR DO TÍTULO. É UMA PRESUNÇÃO ABSOLUTA.
. DEPENDENDO DO TÍTULO, O CONSTITUIDOR PODE SER DEVEDOR DIRETO OU

INDIRETO.
. NA NOTA PROMISSÓRIA O AVALISTA EM BRANCO AVALIZA O EMITENTE, QUE É

DEVEDOR DIRETO; NA LETRA DE CÂMBIO O AVALISTA EM BRANCO AVALIZA O
SACADOR, QUE É DEVEDOR INDIRETO; NO CHEQUE O AVALISTA EM BRANCO
AVALIZA O EMITENTE, QUE É DEVEDOR DIRETO; NA DUPLICATA O AVALISTA EM
BRANCO AVALIZA O ACEITANTE, QUE É DEVEDOR DIRETO (L. 5.474/68, ART. 12).
Direito Empresarial
OBS 3: SÚMULA 299 DO STJ – TÍTULO PRESCRITO É CABÍVEL AÇÃO MONITÓRIA.
OBS 4: SE O TÍTULO DE CRÉDITO NÃO ESTIVER PRESCRITO, APESAR DE TER A

FERRAMENTA EXECUTIVA, PODERIA OPTAR POR AÇÃO MONITÓRIA? DUAS
POSIÇÕES:
1ª POSIÇÃO – ALGUNS JUÍZES E TRIBUNAIS ESTADUAIS ENTENDEM QUE NÃO CABE

AÇÃO MONITÓRIA. ARGUMENTOS:
. POR FALTA DE INTERESSE DE AGIR. TEM DOCUMENTO COM FORÇA EXECUTIVA;
. ART. 700 DO NCPC – CABE AÇÃO MONITÓRIA DE DOCUMENTO SEM FORÇA

EXECUTIVA.
2ª POSIÇÃO – SÚMULAS 503 E 504 DO STJ – CABE AS DUAS AÇÕES, TANTO A

EXECUTÓRIA QUANTO A MONITÓRIA, POIS NÃO HÁ PREJUÍZO PARA O CREDOR.
- PRAZO PRESCRICIONAL PARA AJUIZAR MONITÓRIA É DE 05 ANOS (ART. 206, §5º, I

DO CC)
Direito Empresarial
(CONTINUAÇÃO CARACTERÍSTICAS TÍTULO DE CRÉDITO)
J. GARANTIA PESSOAL (OU AVAL):
O CREDOR DE UM TÍTULO DE CRÉDITO PODE EXIGIR GARANTIA FIDEJUSSÓRIA

(GARANTIA FIDEJUSSÓRIA É MESMA COISA QUE GARANTIA PESSOAL).
O AVAL É UMA GARANTIA PESSOAL
O AVALISTA GARANTE O PAGAMENTO DO TÍTULO DE CRÉDITO.
AVALISTA: GARANTE O PAGAMENTO.
AVALIZADO: AQUELE QUE TEM SEU PAGAMENTO GARANTIDO POR TERCEIRO.
OBS: AVAL É UMA GARANTIA CAMBIAL. NÃO EXISTE AVAL EM CONTRATO, APENAS EM
TÍTULO DE CRÉDITO.
AVAL É UMA GARANTIA AUTÔNOMA, NÃO É UMA GARANTIA ACESSÓRIA. O

AVALISTA PODE SER OBRIGADO A PAGAR AINDA QUE A OBRIGAÇÃO DO AVALIZADO
SEJA NULA. ENTRE ELES HÁ AUTONOMIA, HÁ INDEPENDÊNCIA.
ATENÇÃO! O AVAL BASTA QUE AVALISTA ASSINE NA FACE DO TÍTULO DE CRÉDITO.
MODALIDADES:
1) AVAL TOTAL – AVALISTA GARANTE TODO O PAGAMENTO DO TÍTULO DE CRÉDITO.
2) AVAL PARCIAL – AVALISTA GARANTE APENAS PARTE DO PAGAMENTO. É

NECESSÁRIO QUE ISSO ESTEJA EXPRESSO NO TÍTULO. ALÉM DISSO, A LEI
ESPECÍFICA DAQUELE TÍTULO TEM QUE PREVER A PERMISSÃO DE AVAL PARCIAL,
POIS O CC NO ART. 897, P. ÚNICO NÃO PERMITE AVAL PARCIAL.
3) AVAL EM PRETO – QUANDO O AVALISTA DIZ A QUEM ESTÁ AVALIZANDO,

IDENTIFICA O AVALIZADO.
Direito Empresarial
4) AVAL EM BRANCO – QUANDO O AVALISTA NÃO IDENTIFICA A QUEM ESTÁ

AVALIZANDO.
ATENÇÃO!
01) O AVALISTA É EQUIPARADO AO AVALIZADO. SE O AVALISTA ESTIVER

AVALIZANDO UM DEVEDOR DIRETO, ELE SERÁ DEVEDOR DIRETO. TUDO QUE FOR
NECESSÁRIO PARA EXECUTAR O AVALIZADO, SERÁ NECESSÁRIO PARA EXECUTAR O
AVALISTA.
02) AVALISTA E AVALIZADO SÃO INDEPENDENTES.
QUADRO COMPARATIVO ENTRE AVAL X FIANÇA:
AVAL FIANÇA
GARANTIAS PESSOAIS GARANTIAS PESSOAIS

(FIDEJUSSÓRIAS) (FIDEJUSSÓRIAS)
CRÉDITO (GARANTE O GARANTIA CONTRATUAL (PARA TER

PAGAMENTO DE UM TÍTULO DE FIANÇA, PRESSUPÕE A EXISTÊNCIA DE
CRÉDITO) UM CONTRATO)
DECLARAÇÃO UNILATERAL DE
VONTADE (ASSIM COMO TODA
DECLARAÇÃO BILATERAL DE VONTADE
DECLARAÇÃO DE VONTADE EM
TÍTULO DE CRÉDITO)
AVALISTA (QUEM GARANTE)

FIADOR (QUEM EMPRESTA A FIANÇA)
AVALIZADO (QUEM É
E AFIANÇADO
GARANTIDO)
ACESSORIEDADE (É UM CONTRATO
ACESSÓRIO – NÃO INCIDE O PRINCÍPIO
AUTONOMIA
DA AUTONOMIA – SÃO OPONÍVEIS AS
EXCEÇÕES PESSOAIS)
É INFORMADO PELO PRINCÍPIO NÃO É INFORMADA PELO PRINCÍPIO

CAMBIÁRIO DA LITERALIDADE DA LITERALIDADE (O FIADOR PODE
(NÃO SE ADMITE AVAL EM PRESTAR FIANÇA NO PRÓPRIO
SEPARADO. O TERCEIRO DE BOA- CONTRATO PRINCIPAL, MAS NADA
Direito Empresarial
FÉ NÃO PODE SER IMPEDE QUE O FIADOR, EM

SURPREENDIDO POR ANEXOS AO SEPARADO, CELEBRE UM CONTRATO
TÍTULO) DE FIANÇA. PODE OCORRER NO
CONTRATO PRINCIPAL OU NO
CONTRATO SEPARADO)
EM REGRA, NA FIANÇA, HÁ O QUE SE

DENOMINA BENEFÍCIO DE ORDEM OU
HÁ SEMPRE SOLIDARIEDADE. A
BENEFÍCIO DE EXCUSSÃO OU
SOLIDARIEDADE NOS TÍTULOS DE
RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA OU
CRÉDITO DECORREM DE LEI.
SECUNDÁRIA. O FIADOR SE
PODE SER EXECUTADO O
COMPROMETE A PAGAR, MAS DESDE
AVALISTA OU O AVALIZADO. NÃO
QUE O AFIANÇADO NÃO PAGUE. PODE
CABE AO AVALISTA FALAR EM
TER SOLIDARIEDADE, DESDE QUE O
BENEFÍCIO DE ORDEM.
BENEFÍCIO SEJA AFASTADO PELO
FIADOR, EXPRESSAMENTE.
AO PRESTAR FIANÇA, A OBRIGAÇÃO

NA HORA DA CONSTITUIÇÃO DO PODE NÃO ESTAR LÍQUIDA NO
TÍTULO, NO MOMENTO DO AVAL, MOMENTO EM QUE O CONTRATO É
A OBRIGAÇÃO TEM QUE ESTAR CELEBRADO, DESDE QUE, NO
LÍQUIDA E CERTA. MOMENTO DA COBRANÇA, A
OBRIGAÇÃO TEM QUE ESTAR LÍQUIDA.
PRINCÍPIOS CAMBIÁRIOS:
1) CARTULARIDADE (OU INCORPORAÇÃO)
TEM A VER COM DOCUMENTO. O DIREITO TEM QUE ESTAR REPRESENTADO EM UM

DOCUMENTO FORMAL, COM OS REQUISITOS ESSENCIAIS DA LEI.
2) LITERALIDADE
TEM A VER COM O CONTEÚDO DO DOCUMENTO. VALE O QUE ESTIVER ESCRITO NO

TÍTULO DE CRÉDITO, E EXPRESSA PELO SEU CONTEÚDO LITERAL, OU SEJA, O QUE
NÃO ESTIVER NO TÍTULO DE CREDITO NÃO ESTÁ NO MUNDO CAMBIÁRIO.
3) AUTONOMIA
AS OBRIGAÇÕES, OS DEVEDORES DO TÍTULO DE CRÉDITO, AS SUAS OBRIGAÇÕES

SÃO AUTÔNOMAS, SÃO INDEPENDENTES UMA DAS OUTRAS.
Direito Empresarial
VÍCIOS DE UMA OBRIGAÇÃO NÃO CONTAMINA AS DEMAIS.
 PRESSUPOSTOS PARA QUE SE INCIDA O PRINCÍPIO DA AUTONOMIA:
I) HAVER UM TÍTULO DE CRÉDITO
II) NECESSÁRIO TER DOIS OU MAIS DEVEDORES
III) NECESSÁRIO QUE O TERCEIRO ESTEJA DE BOA-FÉ
IV) NÃO É IMPRESCINDÍVEL QUE O TÍTULO CIRCULE (PODE CIRCULAR OU NÃO)
ATENÇÃO!
01) CESSÃO – O CEDENTE CEDE, TRANSFERE, MAS EM REGRA, NÃO GARANTE

PAGAR, SALVO CLÁUSULA EM CONTRÁRIO. TÍTULO NÃO ORDEM. LOGO, O CEDENTE
NÃO É DEVEDOR.
A CESSÃO NÃO TEM AUTONOMIA. LOGO, SE O TÍTULO FOR VICIADO E PASSADO

PARA UMA TERCEIRA PESSOA ESSE VÍCIO PERSISTE, AO CONTRÁRIO DO TÍTULO DE
CRÉDITO QUE TEM OBRIGAÇÕES AUTÔNOMAS.
02) TÍTULO A ORDEM, QUE É A REGRA, SÓ PODE CIRCULAR POR ENDOSSO, JÁ O

TÍTULO NÃO A ORDEM. O TÍTULO CIRCULA, MAS NÃO POR ENDOSSO, E SIM POR
CESSÃO DE CRÉDITO, CABENDO SALIENTAR QUE É DA ESSÊNCIA DO TÍTULO DE
CRÉDITO A CIRCULABILIDADE.
HÁ TRÊS FORMAS DE CIRCULAÇÃO: (I) AO PORTADOR: CIRCULA POR MERA

TRADIÇÃO, MERA ENTREGA DO DOCUMENTO. A LEI ESPECIAL TEM QUE AUTORIZAR
QUE O TÍTULO SEJA AO PORTADOR. ART. 970 DO CC; (II) NOMINAL À ORDEM:
CONSTA O NOME DO CREDOR (TAMBÉM CHAMADO BENEFICIÁRIO OU TOMADOR
OU PORTADOR). À ORDEM SIGNIFICA QUE ESSE TÍTULO VAI CIRCULAR POR
ENDOSSO. A CLÁUSULA À ORDEM PODE ESTAR EXPRESSA OU NO SILÊNCIO O
TÍTULO É A ORDEM. ESTE É O TÍTULO DE CRÉDITO QUE CIRCULA POR ENDOSSO; (III)
NOMINAL NÃO À ORDEM: O NOME DO CREDOR ESTÁ NO TÍTULO (NOMINAL) E QUE
O TÍTULO DE CRÉDITO VAI CIRCULAR POR CESSÃO ORDINÁRIA DE CRÉDITO, E NÃO
POR ENDOSSO.
03) AINDA, TÍTULO DE CRÉDITO PASSÍVEL DE ENDOSSO É CONSIDERADO

DOCUMENTO PÚBLICO PARA FINS PENAIS (ART. 297, §2º DO CP)
Direito Empresarial
EFEITOS DO ENDOSSO: (I) O ENDOSSANTE GARANTE A EXISTÊNCIA DA OBRIGAÇÃO;

(II) O ENDOSSANTE, AO ENDOSSAR PARA TERCEIRO, GARANTE O PAGAMENTO, EM
REGRA, SALVO SE COLOCAR UMA CLÁUSULA EXPRESSA QUE NÃO GARANTE O
PAGAMENTO; (III) PURIFICADOR – O DIREITO TRANSFERIDO PELO ENDOSSATÁRIO
É SEM VÍCIO ALGUM. O TERCEIRO, CHAMADO ENDOSSATÁRIO, RECEBE O DIREITO
PURO.
04) CESSÃO: O CEDENTE GARANTE A EXISTÊNCIA DA OBRIGAÇÃO. EM REGRA, NÃO

GARANTE O PAGAMENTO. SE ASSIM FOR, ELE NÃO PODE SER EXECUTADO. O
CEDENTE GARANTE O DIREITO QUE ELE TEM. SE O DIREITO ESTIVER VICIADO, ELE
TRANSFERE O DIREITO VICIADO.
PEGUNTA: O QUE É NECESSÁRIO PARA UM TÍTULO DE CRÉDITO CIRCULE POR

CESSÃO E SER NÃO À ORDEM? R: PRIMEIRO, PRECISA-SE QUE A LEI ESPECÍFICA
DAQUELE TÍTULO AUTORIZE. DEPOIS, A CLÁUSULA NÃO À ORDEM TEM QUE ESTAR
PREVISTA EXPRESSAMENTE NO TÍTULO DE CRÉDITO.
05) PODE O TÍTULO DE CRÉDITO SER NOMINAL, SER À ORDEM E CIRCULAR POR
ENDOSSO (ENDOSSANTE E ENDOSSATÁRIO), APESAR DISSO, OS EFEITOS SÃO DE
CESSÃO ORDINÁRIO DE CRÉDITO? SIM. QUANDO SE DÁ ISSO? OCORRE QUANDO
HOUVER ENDOSSO PÓSTUMO (INTEMPESTIVO, TARDIO OU POSTERIOR AO
VENCIMENTO). APESAR DE SER ENDOSSO, ELE POSSUI OS EFEITOS DE CESSÃO. ART.
20 DA LUG E ART. 27 DA LEI DO CHEQUE. SE NÃO TIVER DATA, PRESUME-SE
ENDOSSO, COM EFEITOS DE ENDOSSO. PARA SER ENDOSSO PÓSTUMO E PRODUZIR
EFEITOS DE CESSÃO SÃO NECESSÁRIOS DOIS REQUISITOS: (I) QUE O ENDOSSO SEJA
FEITO APÓS O VENCIMENTO DO TÍTULO DE CRÉDITO E (II) QUE O ENDOSSO TENHA
SIDO FEITO APÓS O PROTESTO DO TÍTULO EM CARTÓRIO OU O ENDOSSO OCORRER
APÓS O DECURSO DO PRAZO DO PROTESTO (NOTA PROMISSÓRIA POSSUI COMO
PRAZO PARA PROTESTAR O PRIMEIRO DIA ÚTIL APÓS O VENCIMENTO).
4) PRINCÍPIO DA ABSTRAÇÃO
PARA INCIDIR TAL PRINCÍPIO É NECESSÁRIO: TÍTULO DE CRÉDITO; QUE ELE

NECESSARIAMENTE CIRCULE POR ENDOSSO TEMPESTIVO (OU VERDADEIRO);
TERCEIRO DE BOA-FÉ.
OBSERVAÇÃO! LEGITIMA A COBRANÇA DE UM TÍTULO AINDA QUE A CAUSA DA SUA

ORIGEM SEJA ILEGÍTIMA (SE FOR TÍTULO QUE TENHA CIRCULADO). UMA VEZ
CIRCULANDO O TÍTULO POR ENDOSSO TEMPESTIVO, O TÍTULO SE DESVINCULA, SE
ABSTRAI DA CAUSA DA SUA ORIGEM. CABENDO SALIENTAR QUE SE O TÍTULO
Direito Empresarial
CIRCULA POR CESSÃO DE CRÉDITO (TÍTULO NÃO À ORDEM), OU CIRCULA POR

ENDOSSO PÓSTUMO OU O TERCEIRO ESTÁ DE MÁ-FÉ NÃO SE APLICA O PRINCÍPIO
DA ABSTRAÇÃO.
 SEMELHANÇAS ENTRA AUTONOMIA E ABSTRAÇÃO:
. TÍTULO DE CRÉDITO, AMOS TEM A VER COM.
. TANTO UM QUANTO O OUTRO PROTEGE TERCEIRO DE BOA-FÉ
- DIFERENÇA ENTRE AUTONOMIA E ABSTRAÇÃO:
A) AUTONOMIA TEM A VER COM RELAÇÃO JURÍDICA CAMBIÁRIA, A ABSTRAÇÃO

TEM A VER COM A RELAÇÃO JURÍDICA CAUSAL.
B) A AUTONOMIA PODE INCIDIR CIRCULANDO O TÍTULO OU NÃO. O QUE IMPORTA

É QUE TENHA DOIS OU MAIS DEVEDORES. NA ABSTRAÇÃO TEM QUE CIRCULAR
NECESSARIAMENTE POR ENDOSSO TEMPESTIVO.
MODALIDADES DE ENDOSSO:
I) QUANTO AO DIREITO:
. ENDOSSO PRÓPRIO: TRANSFERE-SE O TÍTULO E O DIREITO.
. ENDOSSO IMPRÓPRIO: QUANDO SE TRANSFERE O TÍTULO, O DOCUMENTO, MAS

NÃO TRANSFERE O DIREITO. É O ENDOSSO PENHOR OU ENDOSSO MANDATO.
II) QUANTO A IDENTIFICAÇÃO DO ENDOSSATÁRIO (QUEM RECEBE):
. ENDOSSO EM PRETO: QUANDO IDENTIFICA O ENDOSSATÁRIO.
. ENDOSSO EM BRANCO: ENDOSSA SEM IDENTIFICAR. A SIMPLES ASSINATURA NO

VERSO É ENDOSSO E NÃO IDENTIFICA PARA QUEM ESTÁ ENDOSSANDO.
III) QUANTO AO MOMENTO:
. ENDOSSO TEMPESTIVO:
. ENDOSSO PÓSTUMO: QUE O ENDOSSO SEJA FEITO APÓS O VENCIMENTO DO

TÍTULO DE CRÉDITO E (II) QUE O ENDOSSO TENHA SIDO FEITO APÓS O PROTESTO
DO TÍTULO EM CARTÓRIO OU O ENDOSSO OCORRER APÓS O DECURSO DO PRAZO
Direito Empresarial
DO PROTESTO (NOTA PROMISSÓRIA POSSUI COMO PRAZO PARA PROTESTAR O

PRIMEIRO DIA ÚTIL APÓS O VENCIMENTO).
IV) QUANTO A GARANTIA:
. COM GARANTIA: É A REGRA. GARANTE O PAGAMENTO.
. SEM GARANTIA: QUANDO A LEI PERMITE QUE QUE SEJA SEM GARANTIA OU
QUANDO A LEI DETERMINE QUE SEJA SEM GARANTIA.
V) QUANTO A CONDIÇÃO:
. ENDOSSO PARCIAL: PEGAR NO LIVRO
. ENDOSSO CONDICIONAL: PEGAR NO LIVRO
VI)
. ENDOSSO COM CLÁUSULA PROIBITIVA DE NOVO ENDOSSO: NÃO SE PODE PROIBIR

ENDOSSO, MAS PROIBIR NOVO ENDOSSO PODE. O EFEITO TEM A VER COM A
GARANTIA DOS SUCESSIVOS ENDOSSATÁRIOS. ESSA CLÁUSULA GARANTE QUE O
CREDOR GARANTE APENAS PARA QUEM PASSOU O TÍTULO DE CRÉDITO, PARA
QUEM AQUELA PESSOA PASSAR ELE NÃO GARANTE MAIS. LOGO, PODE ENDOSSAR,
MAS O CREDOR QUE COLOCOU ESSA CLÁUSULA NO TÍTULO NÃO GARANTE ALÉM
DAQUELA PESSOA QUE RECEBEU O TÍTULO.
OBS: CLAUSULA PROIBITIVA DE ENDOSSO NÃO EXISTE.

Direito Empresarial
FAZENDA PÚBLICA NO ÂMBITO DA LEI 11.101/05
- A LEI 11.101/05 CUIDA DA FALÊNCIA E DA RECUPERAÇÃO.
. FALÊNCIA: NADA MAIS É DO QUE O PROCESSO DE EXECUÇÃO CONCURSAL. TEM

UM CONCURSO ENTRE OS CREDORES. ENSEJA A LIQUIDAÇÃO PATRIMONIAL DO
DEVEDOR. ARRECADA-SE O ATIVO PARA TRANSFORMÁ-LO EM DINHEIRO E PAGAR
O PASSIVO. O JUIZ DETERMINA A ARRECADAÇÃO DE TODOS OS BENS QUE NÃO SÃO
IMPENHORÁVEIS.
. RECUPERAÇÃO: VISA FAZER COM QUE O DEVEDOR SUPERE UMA CRISE

ECONÔMICO FINANCEIRA. É UM BENEFÍCIO LEGAL QUE TEM COMO OBJETIVO
FAZER COM QUE O DEVEDOR SUPERE A CRISE ECONÔMICO FINANCEIRA. É UMA
REESTRUTURAÇÃO DO EMPRESÁRIO. SÓ SE RECUPERA QUANDO O “DOENTE” TEM
VIABILIDADE DE “CURA”. SE A CRISE FOR MUITO AGUDA NÃO SE DÁ A
RECUPERAÇÃO, MAS SIM DECRETA A FALÊNCIA.
- QUEM ESTÁ SUJEITO A FALÊNCIA OU RECUPERAÇÃO É O DEVEDOR, SEJA PESSOA

FÍSICA OU JURÍDICA, NECESSARIAMENTE EMPRESÁRIA, DESDE QUE SEJA
EMPRESÁRIO INDIVIDUAL, SOCIEDADE EMPRESÁRIA OU EIRELI EMPRESÁRIA.
. SISTEMA RESTRITIVO OU LATINO (ART. 1º) – SISTEMA QUE RESTRINGE A

INCIDÊNCIA DA LEI DE FALÊNCIA.
. SE CONTRAPÕE AO SISTEMA DOS EUA, QUE É UM SISTEMA AMPLIATIVO –

QUALQUER PESSOA ESTÁ SUJEITA A FALÊNCIA, NÃO PRECISA SEM EMPRESÁRIA.
OBS: SE A PESSOA NATURAL OU JURÍDICA NÃO FOR EMPRESARIA ESTÁ SUJEITA A

INSOLVÊNCIA CIVIL DO CPC/73. O PRÓPRIO NCPC PREVÊ ISSO, ESTABELECE QUE A
INSOLVÊNCIA PROCESSUAL CIVIL CONTINUA SENDO REGIDA PELO CPC/73, ATÉ QUE
SOBREVENHA LEI ESPECÍFICA.
- NÃO ESTÃO SUJEITOS A FALÊNCIA:
. ASSOCIAÇÕES;
. FUNDAÇÕES;
. COOPERATIVAS (POR FORÇA DE LEI SÃO NÃO EMPRESÁRIAS);
. PARTIDOS POLÍTICOS;
Direito Empresarial
. PROFISSIONAIS LIBERAIS (QUE NÃO EXERCEM ATIVIDADE EMPRESARIAL);
. ADVOGADOS, SOCIEDADES DE ADVOGADOS E SOCIEDADES UNIPESSOAL DE

ADVOGADOS (SÃO REGIDOS PELA LEI 8906 - ATIVIDADE INTELECTUAL CIENTÍFICA
NÃO EMPRESÁRIA);
. RURALISTA, EM SENDO REGISTRADO NO RCPJ;
OBS: O RURALISTA ESTARÁ SUJEITO A FALÊNCIA EM DUAS SITUAÇÕES – (I) SE

OPTOU POR SE REGISTRAR NA JUNTA COMERCIAL, ONDE É EQUIPARADO A
EMPRESÁRIO OU (II) SE O RURALISTA É UMA SOCIEDADE EMPRESÁRIA E ADOTOU
O TIPO S.A. OU COMANDITA POR AÇÕES).
ATENÇÃO - ART. 2º DA LEI DE FALÊNCIAS – SÃO EXCLUÍDOS DA FALÊNCIA, POR

FORÇA DE LEI:
. EMPRESA PÚBLICA;
. SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA;
. INSTITUIÇÃO FINANCEIRA PÚBLICA OU PRIVADA, COOPERATIVA DE CRÉDITO,

CONSÓRCIO, ENTIDADE DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR, SOCIEDADE
OPERADORA DE PLANO DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE, SOCIEDADE SEGURADORA,
SOCIEDADE DE CAPITALIZAÇÃO E OUTRAS ENTIDADES LEGALMENTE EQUIPARADAS
ÀS ANTERIORES.
. TAL ARTIGO DÁ UMA FALSA IDEIA DE QUE A LEI 11.101 NÃO SE APLICA NUNCA PARA
OS CASOS ACIMA ESTABELECIDOS. ISSO É FALACIOSO.
OBS: O ART. 2º, II, ELES SÃO EXCLUÍDOS DE FORMA RELATIVA, OU SEJA, EM
ALGUMAS HIPÓTESES ADMITE-SE A APLICAÇÃO DESSA LEI PARA ELES. EM
PRINCÍPIO, NÃO SE APLICA A FALÊNCIA PARA ESSAS INSTITUIÇÕES, MAS SE
HOUVER LEI ESPECÍFICA ONDE PERMITE A FALÊNCIA, APLICA-SE A LEI DE FALÊNCIA.
AS PESSOAS DO INCISO II SÃO DISCIPLINADOS POR LEIS ESPECÍFICAS E ESSAS
RESPECTIVAS LEIS ESTABELECEM EM ALGUMAS HIPÓTESES ONDE PODEM TER A
FALÊNCIA DECRETADA. EXCEÇÃO: SOCIEDADE DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR
(EXCLUÍDA DE FORMA ABSOLUTA)
- LEIS DAS INSTITUIÇÕES DO ART. 2º, II (EXCLUÍDAS DE FORMA RELATIVA DA

FALÊNCIA, COM EXCEÇÃO DA SOCIEDADE DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR):
. INSTITUIÇÃO FINANCEIRAS – LEI 6024 E LEI 4595;

Direito Empresarial
. COOPERATIVAS – LEI 5764;
. CONSÓRCIOS – LEI 6404, ART. 278;
. OPERADORAS DE PLANO DE ASSISTÊNCIA A SAÚDE – LEI 9656;
. SOCIEDADES SEGURADORAS – DL 73/66 E LEI 10190 (TORNOU A SEGURADORA

EXCLUÍDA DE FORMA RELATIVA DA FALÊNCIA);
. SOCIEDADE DE CAPITALIZAÇÃO – DL 261/67;
. SOCIEDADE DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR – LC 109/01 – É EXCLUÍDA DE

FORMA ABSOLUTA DA FALÊNCIA. É A ÚNICA DO ROL DO INCISO II QUE É EXCLUÍDA
DE FORMA ABSOLUTA DA FALÊNCIA.
ATENÇÃO 2:
- ART. 2º, I – EMPRESA PÚBLICA E SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA NÃO ESTÃO

SUJEITAS A LEI DE FALÊNCIA.
- ART. 173, §1º, II DA CF – ESTABELECE QUE TANTO A SOCIEDADE DE ECONOMIA

MISTA, QUANTO A EMPRESA PÚBLICA ESTÃO SUJEITAS AO REGIME JURÍDICO
APLICADO AS DEMAIS SOCIEDADES EMPRESÁRIAS PRIVADAS.
- CONFLITO – TRÊS POSIÇÕES:
1ª POSIÇÃO – SERGIO CAMPINHO, FABIO ULHÔA COELHO E MANOEL JUSTINO

BEZERRA FILHO – PRINCÍPIO DA IMUNIDADE FALIMENTAR (ESTÁ IMUNE A
FALÊNCIA). ADOTA A INTERPRETAÇÃO LITERAL DO DISPOSITIVO.
2ª POSIÇÃO – TAVARES BORBA (IMPORTANTE PARA PGE – JÁ FOI DA BANCA) E

MÁRCIO GUIMARÃES (MPRJ – EX EXAMINADOR) – ADOTA O PRINCÍPIO DA
ISONOMIA. TAVARES BORBA SEMPRE SUSTENTOU QUE O ART. 2º, I DA LEI DE
FALÊNCIAS É INCONSTITUCIONAL, PORQUE ELE OFENDE O ART. 173, §1º, II DA CF. O
ART. 173 DA CF FOI OBJETO DE EMENDA CONSTITUCIONAL (Nº 19), ONDE REFORÇOU
O ENTENDIMENTO DE BORBA.
3ª POSIÇÃO – CELSO ANTÔNIO BANDEIRA DE MELLO, JOSÉ CARVALHO DOS SANTOS

FILHO, JUNGSTEDT, VALDO FASIO JUNIOR, MARIA HELENA DI PRIETO –
MAJORITÁRIA – ENTENDEM QUE OS DOIS ARTIGOS SÃO HARMÔNICOS,
HARMONIZAM O PRINCÍPIO DA IMUNIDADE COM O PRINCÍPIO DA ISONOMIA. TEM-
SE QUE OBSERVAR O OBJETO DA SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA OU DA
Direito Empresarial
EMPRESA PÚBLICA. SE A SEM OU EP TIVER POR OBJETO A EXPLORAÇÃO DE

ATIVIDADE ECONÔMICA, ELA SE APROXIMA DAS DEMAIS EMPRESAS PRIVADAS,
APLICANDO-SE O ART. 173 DA CF, OU SEJA, APLICA-SE O PRINCÍPIO DA ISONOMIA.
MAS SE ELA TIVER POR OBJETO A PRESTAÇÃO DE UM SERVIÇO PÚBLICO, APLICA-SE
O ART. 2º, I DA LEI DE FALÊNCIA, OU SEJA, O PRINCÍPIO DA IMUNIDADE.
- NÃO CONFUNDIR EXECUÇÃO FISCAL COM FALÊNCIA:
. SEMELHANÇA: AMBOS SÃO PROCESSOS EXECUTIVOS.
. DIFERENÇAS:
EXECUÇÃO FISCAL FALÊNCIA
LEGISLAÇÃO LEI 6830/80 (CPC – LEI 11.101/05 (CPC –

APLICAÇÃO APLICAÇÃO
SUBSIDIÁRIA) SUBSIDIÁRIA)
REQUISITOS PARA PARA AJUIZAR, PODE SER INSTAURADO

INSTAURAÇÃO PRESSUPÕE A COM OU SEM TÍTULO
EXISTÊNCIA DE TÍTULO EXECUTIVO*
EXECUTIVO
BASEIA-SE NA BASEIA-SE NA
IMPONTUALIDADE INSOLVÊNCIA,
(CREDOR NÃO CUMPRIU BASTANDO QUE ELA
COM SUA OBRIGAÇÃO SEJA PRESUMIDA (ART.
NO DIA DO 94, INCISOS I, II OU III)
VENCIMENTO)
(PODE A
IMPONTUALIDADE
GERAR A FALÊNCIA, MAS
PODE A FALÊNCIA SER
GERADA SEM SER COM
BASE NA
IMPONTUALIDADE)
LEGITIMIDADE PASSIVA INSTAURADA EM FACE INSTAURADA EM FACE

DE DEVEDOR DE EMPRESÁRIO
EMPRESÁRIO OU NÃO
PODE SER AJUIZADA EM SÓ PODE SER AJUIZADA

FACE DE DEVEDOR EM FACE DE DEVEDOR
Direito Empresarial
SOLVENTE OU SOLVENTE (SOLVÊNCIA

INSOLVENTE PRESUMIDA)
MEDIDA CONSTRITIVA PENHORA ARRECADAÇÃO DE

PATRIMONIAL TODOS OS BENS, SALVO
OS IMPENHORÁVEIS
(PEGAR NA VÍDEO AULA PAR CONDICIO

– 09:10) CREDITORIO (PRINCÍPIO
DA PARIDADE DE
ARMAS) – ART. 126
CONSEQUÊNCIAS NÃO HÁ AFASTAMENTO DO

ENCERRAMENTO DAS ADMINISTRADOR (ART.
ATIVIDADES. O DEVEDOR 102) E ENCERRAMENTO
CONTINUA À FRENTE DA DAS ATIVIDADES
ADMINISTRAÇÃO (QUANDO SE ENCERRAR
A LIQUIDAÇÃO OCORRE
A EXTINÇÃO DAS
OBRIGAÇÕES E DA
PESSOA JURÍDICA)
* CAUSAS DE PEDIR DA FALÊNCIA - ART. 94. SÃO CAUSAS ALTERNATIVAS:
. VALENDO-SE DO INCISO I, HAVERÁ TÍTULO EXECUTIVO.
. O INCISO II TAMBÉM EXIGE TÍTULO EXECUTIVO.
. NO INCISO III PODE REQUERER A FALÊNCIA SEM TÍTULO EXECUTIVO, BASTA

IMPUTAR AO EMPRESÁRIO ALGUMAS DAS CONDUTAS ALI PREVISTAS QUE FAZEM
PRESUMIR UMA POSSÍVEL INSOLVÊNCIA.
- CONCLUI-SE QUE A FALÊNCIA É MAIS GRAVOSA QUE A EXECUÇÃO FISCAL.
OBS: SÚMULA 42 TJSP – O DEVEDOR PODE OPTAR POR EXECUÇÃO SINGULAR, MAS
NÃO IMPEDE QUE ENTRE COM PEDIDO DE FALÊNCIA.
1. REQUERIMENTO DE FALÊNCIA PELA FAZENDA PÚBLICA

Direito Empresarial
- A FAZENDA PÚBLICA TENDO UM DEVEDOR, UM CONTRIBUINTE, E ESSE

CONTRIBUINTE SENDO EMPRESÁRIO, PODE A FAZENDA PÚBLICA AJUIZAR AÇÃO DE
FALÊNCIA?
- A SÚMULA 42 DO TJSP É APLICÁVEL A FAZENDA PÚBLICA? O FISCO PODE

ESCOLHER ENTRE AJUIZAR EXECUÇÃO FISCAL OU FALÊNCIA EM FACE DO DEVEDOR
CONTRIBUINTE?
- POLÊMICA – TRÊS POSIÇÕES:
1ª POSIÇÃO – FABIO ULHÔA COELHO, NELSON ABRÃO E DO WALDO FASIO JÚNIOR

– MINORITÁRIA – ENTENDE QUE A FAZENDA PÚBLICA PODE OPTAR ENTRE AJUIZAR
EXECUÇÃO FISCAL OU O PEDIDO DE FALÊNCIA, SE O CONTRIBUINTE FOR
EMPRESÁRIO, CLARO. LOGO, PARA ESSA POSIÇÃO APLICA-SE A SÚMULA 42 DO
TJSP. ARGUMENTOS: (I) NÃO HÁ VEDAÇÃO LEGAL. (II) O ART. 97, IV DA LEI DE
FALÊNCIA DIZ QUE A FALÊNCIA PODE SER REQUERIDA POR QUALQUER CREDOR, E
A FAZENDA PÚBLICA NÃO DEIXA DE SER UM CREDOR; (III) UMA DAS
PRERROGATIVAS DA FAZENDA PÚBICA É CONSTITUIR SEU PRÓPRIO TÍTULO
EXECUTIVO, A CERTIDÃO DE DÍVIDA ATIVA (CDA), QUE DOCUMENTA A OBRIGAÇÃO
PECUNIÁRIA, ALÉM DISSO, PELA LEI DO PROTESTO, HÁ A PREVISÃO DE QUE A
CERTIDÃO DE DÍVIDA ATIVA É PASSÍVEL DE PROTESTO.
2ª POSIÇÃO – STJ, RUBENS REQUIÃO, RICARDO NEGRÃO, SERGIO CAMPINHO,

TRAJANO DE MIRANDA VALVERDE, PAULO PENALVA SANTOS (BANCA DE VÁRIOS
CONCURSOS, INCLUSIVE PGE) – MAJORITÁRIA – A FAZENDA PÚBLICA NÃO PODE
REQUERER FALÊNCIA. LOGO, SÓ PODE A FAZENDA PÚBLICA AJUÍZA EXECUÇÃO
FISCAL. NÃO SE APLICA A SÚMULA 42 DO TJSP. ARGUMENTOS:
(I) ART. 187 DO CTN E ART. 29 DA LEI 6830/80 – LEI DA EXECUÇÃO FISCAL –
ESTABELECE QUE A FAZENDA PÚBLICA NÃO SE SUJEITA A CONCURSO DE
CREDORES. A FALÊNCIA É UM CONCURSO DE CREDORES.
(II) ART. 1º DA LEI 6830/80 – A COBRANÇA DE CRÉDITO FISCAL “SERÁ” REGULADA

POR ESSA LEI, APLICANDO-SE O CPC SUBSIDIARIAMENTE. LOGO, SE O FISCO QUISER
COBRAR O SEU CRÉDITO ELA DEVERÁ SER FEITA ATRAVÉS DA EXECUÇÃO FISCAL.
(III) ARGUMENTO DO PAULO PENALVA – SE A FAZENDA PÚBLICA PUDESSE

REQUERER A FALÊNCIA HAVERIA VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA
PROPORCIONALIDADE. PELO PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE É MENOS
GRAVOSA A EXECUÇÃO FISCAL DO QUE O PEDIDO DE FALÊNCIA. LOGO, NÃO FAZ
SENTIDO A FAZENDA PÚBLICA SE VALER DE UM INSTITUO MAIS GRAVOSO.
Direito Empresarial
(IV) VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA RAZOABILIDADE – SE A FAZENDA PÚBLICA SE

VALER DO PROCESSO FALIMENTAR ESTARÁ SE FAZENDO DE UM PROCEDIMENTO
INADEQUADO, INÚTIL E DESNECESSÁRIO. A FAZENDA PÚBLICA NÃO ESTARIA
SENDO INTELIGENTE AO REQUERER A FALÊNCIA, JÁ QUE ELA SÓ VAI RECEBER
DEPOIS DE OUTROS CREDORES.
(V) VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA FUNÇÃO SOCIAL DA EMPRESA – ART. 47 DA LEI

11101/05, ART. 170 DA CF.
OBS: O STJ, EM SUCESSIVOS INFORMATIVOS, TEM SUSTENTADO QUE, APESAR DA

FAZENDA PÚBLICA NÃO PODER REQUERER O PEDIDO DE FALÊNCIA DO SEU
DEVEDOR, SE, POR VENTURA, HOUVER O DECRETAMENTO DE FALÊNCIA DAQUELE
DEVEDOR, AO INVÉS DE AJUIZAR UMA EXECUÇÃO FISCAL PARALELA, ELA PODE
HABILITAR SEU CRÉDITO AO PROCESSO DE FALÊNCIA. PODER DE ESCOLHA DA
FAZENDA PÚBLICA.
OBS 2: FAZENDA PÚBLICA AJUIZOU EXECUÇÃO FISCAL CONTRA UM DEVEDOR. NO

CURSO DA EXECUÇÃO FISCAL, OUTRO CREDOR REQUER A FALÊNCIA DO MESMO
DEVEDOR DA FAZENDA PÚBLICA E O JUÍZO DECRETA A FALÊNCIA DAQUELE
DEVEDOR EM COMUM. NESSE CASO, AO SER DECRETADA A FALÊNCIA, A EXECUÇÃO
FISCAL É SUSPENSA? SE PROSSEGUIR NORMALMENTE, COMO QUE FICA?
R.: A REGRA É O ART. 99, V DA LEI DE FALÊNCIAS. UMA VEZ DECRETADA A SENTENÇA
DECLARATÓRIA DE FALÊNCIA A REGRA É SUSPENDER AS EXECUÇÕES SINGULARES.
PARA AQUELES CREDORES QUE ESTÃO EXECUTANDO, AS EXECUÇÕES SÃO
SUSPENSAS E ELES SE HABILITAM A FALÊNCIA. PORÉM, A EXECUÇÃO NÃO É
SUSPENSA, MESMO COM A SENTENÇA DECLARATÓRIA DE FALÊNCIA. É UMA
EXCEÇÃO AO ART. 99, V. ESSA EXCEÇÃO ESTÁ NO ART. 177 DO CTN E ART. 29 DA LEI
6830/80. A EXECUÇÃO FISCAL PROSSEGUE NORMALMENTE NO JUÍZO DE ORIGEM,
NO JUÍZO FAZENDÁRIO, TEM-SE A PENHORA DE BENS, OS EMBARGOS, O RITO
NORMAL, OCORRE LEILÃO, ARREMATAÇÃO. MUITO EMBORA A EXECUÇÃO FISCAL
PROSSEGUE, NÃO PODE O JUIZ PEGAR O DINHEIRO ARRECADADO COM O BEM
LEILOADO E ENTREGAR A FAZENDA PÚBLICA. POR TER A FALÊNCIA, O FISCO IRÁ
RECEBER NA SEQUÊNCIA DO ART. 83 DA LF. A JUSTIFICATIVA É PARA NÃO OCORRER
A VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA PARIDADE. ART. 186, CTN.
3ª POSIÇÃO – PROCURADORES DA FAZENDA NACIONAL (THAYANA FELIX

MENDONÇA E OUTRO) – POSIÇÃO MEIO TERMO – ENTENDEM PARA A FAZENDA
PÚBLICA PODER REQUERER A FALÊNCIA DO DEVEDOR DEPENDE DA CAUSA DE
PEDIR, DO FUNDAMENTO DE PEDIR. A FAZENDA PÚBLICA NÃO PODE REQUERER
Direito Empresarial
FALÊNCIA COM BASE NA CAUSA DE PEDIR DO ART. 94, I DA LEI DE FALÊNCIA. NÃO
HÁ JUSTIFICATIVA PARA AJUIZAR REQUERIMENTO DE FALÊNCIA SE A FAZENDA
PÚBLICA TEM O INSTRUMENTO PROCESSUAL EXECUTIVO PRÓPRIO, A CDA. MAS SE
A CAUSA DE PEDIR ESTIVER FUNDADA NOS INCISOS II E III A FAZENDA PÚBLICA
PODE REQUERER FALÊNCIA DO DEVEDOR. TEM QUE APLICAR A FAZENDA O
PRINCÍPIO DA ISONOMIA.
Direito Empresarial
AULA 18/19

Direito Empresarial: Sujeito, Requisitos e Escrituração

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CEAP – CENTRO DE ESTUDOS DE ADVOCACIA PÚBLICA

SUJEITO DO DIREITO EMPRESARIAL

EMPRESÁRIO (966 AO 980 DO CÓDIGO CIVIL) = PESSOA NATURAL/JURÍDICA.

1 - É IMPORTANTE RESSALTAR QUE SERVIDOR PÚBLICO CIVIL OU MILITAR, MAGISTRADO,

2 - O IMPEDIMENTO NÃO OBSTA A VIOLAÇÃO DA LEI, PORTANTO, PODERÁ SER DECRETADA A

REQUISITOS PARA CONSTITUIR EMPRESÁRIO INDIVIDUAL OU

QUANDO O EMPRESÁRIO EXERCE A SUA ATIVIDADE ECONÔMICA DE FORMA IRREGULAR, UMA

SERÃO AVERBADAS QUAISQUER MODIFICAÇÕES NELA OCORRENTES. (CC/02, ARTS. 968, §§ 1º E

ATENÇÃO! NÃO HÁ NECESSIDADE DE REGISTRO, UMA VEZ QUE EXISTEM NO BRASIL

2 – LIVRO EMPRESARIAL/ESCRITURAÇÃO EMPRESÁRIA:

DO DIÁRIO) E O CONTA CORRENTE (USADO PARA AS CONTAS INDIVIDUALIZADAS DE

MICROEMPRESÁRIO E EMPRESÁRIO DE PEQUENO PORTE

DE ACORDO COM ANDRE SANTA CRUZ – PÁGINA 93 A 94

INSTA SALIENTAR QUE A DOUTRINA MAJORITÁRIA ASSEGURAVA QUE A EXPRESSÃO

ATENÇÃO! LC 123/06, ARTS. 47, 48 E 49, INCISOS I AO III + § 2º

NÃO SÃO CONSIDERADOS EMPRESÁRIOS O ADVOGADO E A SOCIEDADE DE ADVOGADO (UNI E

AS CARACTERÍSTICAS DA COOPERATIVA, ESTÃO DETALHADAS NO CC/02, ART. 1.094, INCISOS I

DE ACORDO COM ANDRÉ SANTA CRUZ, NAS PÁGINAS 709 E 710

CONTUDO ESSA EXECUÇÃO CONCURSAL VARIA DE ACORDO COM A QUALIDADE DO DEVEDOR,

NATUREZA NITIDAMENTE PROCESSUAL, CONTUDO POR REGULAR INSTITUTO DE DIREITO

DO PAGAMENTO DOS CREDORES

DE ACORDO COM ANDRÉ SANTA CRUZ, NAS PÁGINAS 800 A 809

A - PAGAMENTOS QUE SEJAM INDISPENSÁVEIS A ADMINISTRAÇÃO DA FALÊNCIA, OU PARA A

POSIÇÃO STJ - RESP 1.152.218

4 – CRÉDITOS CONCURSAIS – LRE, ART. 83

ATENÇÃO! HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS: HAVIA DIVERGÊNCIA QUANTO A CLASSIFICAÇÃO DOS

POSIÇÃO DO STJ - RESP 1.152.218/RS

II – CRÉDITOS COM GARANTIA REAL, POR EX., CRÉDITOS HIPOTECÁRIOS, PIGNORATÍCIOS,

CREDORES TRABALHISTAS E ACIDENTÁRIOS, OS BENS GRAVADOS SERÃO USADOS PARA A

IV – CRÉDITOSCOM PRIVILÉGIOS ESPECIAIS

V – CRÉDITOS COM PRIVILÉGIO GERAL

VI – CRÉDITOS QUIROGRAFÁRIOS: ENVOLVE TODOS OS CRÉDITOS QUE NÃO POSSUEM NENHUMA

VII – MULTAS E PENAS PECUNIÁRIAS

DISSOLUÇÃO IRREGULAR DE EMPRESA

DE ACORDO COM ANDRÉ SANTA CRUZ, NAS PÁGINAS 491 E 492

DE ACORDO COM ANDRÉ SANTACRUZ, NAS PÁGINAS 710 E 711

1 – PRESERVAÇÃO DA EMPRESA, COM O FIM DE EVITAR A DETERIORIZAÇÃO E

CABE DESTACAR QUE A DECRETAÇÃO DE FALÊNCIA DO DEVEDOR, SEJA ELE EMPRESÁRIO

DE ACORDO COM ANDRÉ SANTACRUZ, NAS PÁGINAS 711 E 712

3 – FORMAL: DECRETAÇÃO POR SENTENÇA DA FALÊNCIA (NATUREZA CONSTITUTIVA).

RESPOSTA: DA SENTENÇA QUE DECRETA A FALÊNCIA DO DEVEDOR CABE O RECURSO DE

PROCEDIMENTO PARA A DECRETAÇÃO DE FALÊNCIA

DE ACORDO COM ANDRÉ SANTACRUZ, NA PÁGINA 712

- NO CASO DE CHEQUE, O PROTESTO É INDISPENSÁVEL, POSTO QUE A DEVOLUÇÃO POR

(II) EXECUÇÃO FRUSTRADA - LRE, ART 94, INCISO II.

G) DEIXA DE CUMPRIR OBRIGAÇÃO ESTABELECIDA PELO PLANO DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL

É IMPORTANTE RESSALTAR QUE NA FASE PRÉ-FALIMENTAR, SÃO ANALISADOS BASICAMENTE

APLICAÇÃO DA LEI DE FALÊNCIA, AO CONTRÁRIO DO SISTEMA NORTE AMERICANO (SISTEMA

2.2 – PELO CÔNJUGE, HERDEIRO OU INVENTARIANTE

2.3 – POR SÓCIO DA SOCIEDADE EMPRESÁRIA

2.4 – PELO CREDOR

QUALQUER PESSOA PODERÁ SER AUTOR DO PEDIDO DE FALÊNCIA, INCLUSIVE OS CREDORES

DE ACORDO COM ANDRÉ SANTACRUZ, NA PÁGINA 72

DE ACORDO COM ANDRÉ SANTACRUZ, NA PÁGINA 72 A 74

CC/02, ART. 44, INCISO II – SOCIEDADES.

TIPOS DE EMPRESÁRIO NO DIREITO BRASILEIRO

1 - POR FORÇA DE LEI 5 - EM COMUM/IRREGULAR

CABE RESSALTAR QUE AS MODALIDADES SE INTERLIGAM, OU SEJA, EMPRESARIO INDIVIDUAL

EMPRESÁRIO INDIVIDUAL X SOCIEDADE EMPRESÁRIA

DE ACORDO COM ANDRE SANTACRUZ, NAS PÁGINAS 48 A 50

OBSERVAÇÃO: CABE RESSALTAR O ENUNCIADO NÚMERO 05 DA 1ª JORNADA, TROCANDO EM

VINCULADOS A EXPLORAÇÃO DA ATIVIDADE ECONÔMICA DO EMPRESÁRIO INDIVIDUAL E