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Índice
Análise microbiológica da água .....................................................................................................................1
Protocolo 3.1 Recolha de amostras de água para análise microbiológica...........................................2
Protocolo 3.2 Enumeração de microrganismos viáveis a 22ºC e a 37ºC (ISO 6222, 1999) .................3
Protocolo 3.3 Enumeração de coliformes totais, fecais e detecção de E. coli .....................................4
Protocolo 3.4 Enumeração de enterococos .........................................................................................7
Protocolo 3.5 Quantificação de microrganismos pelo método do número mais provável (NMP) .....7
Objectivos: (1) Determinar os principais parâmetros microbiológicos de qualidade da água; (2) Executar
a técnica da inoculação de tubos múltiplos; (3) Executar a técnica da quantificação indirecta de
microrganismos pelo método do número mais provável (NMP); (4) Comparar os resultados obtidos com
a legislação actual aplicável e criticar a qualidade microbiológica da amostra de água analisada.
A análise bacteriológica da água não é feita apenas a águas que se destinam ao consumo das
populações, mas também a águas destinadas ao recreio (praias, rios, piscinas, etc.), à aquacultura e à
rega. É igualmente importante, numa perspectiva de preservação dos ecossistemas, vigiar a qualidade
das águas que não têm uma utilização especificamente humana.
O processo de rotina consta de contagens em placa para determinar o número de bactérias presentes,
testes para revelar a presença de bactérias coliformes e testes para revelar a presença de estreptococos
fecais. As bactérias coliformes são indicadoras de poluição fecal e incluem bastonetes Gram-negativos,
aeróbios ou anaeróbios facultativos que não formam esporos e fermentam lactose com produção de
ácido e gás em 48 horas e a uma temperatura de 37º C, na presença de sais de bílis. Como exemplo,
citam-se Escherichia coli, Enterobacter aerogenes e Klebsiella pneumoniae.
Protocolos de Microbiologia Ambiental Parte 3
O grupo dos microrganismos denominados "coliformes totais" inclui todos os coliformes específicos e
não específicos do material fecal. É um bom indicador microbiológico da qualidade da água, porque é
facilmente detectável e quantificável. A ausência de coliformes totais numa água potável garante a sua
pureza bacteriológica. A sua presença pressupõe que o tratamento da água foi inadequado ou que a
rede de distribuição não é estanque e foi contaminada por águas residuais. A tecnologia actual do
tratamento de águas permite, através do controlo cuidado da coagulação, sedimentação e filtração, que
mais de 99% dos coliformes sejam removidos.
É conveniente pesquisar também a existência de estreptococos fecais. A ocorrência destes indica que
houve contaminação fecal. Embora raramente se multipliquem na água são capazes de persistir por
longos períodos de tempo, desde que a temperatura e a concentração hidrogeniónica sejam favoráveis.
São muito resistentes, suportando concentrações relativamente altas de cloro. Exemplos deste grupo
são Streptococcus durans e S. fecalis (homem) e S. faecium (vaca e ovelha). Os estreptococos são cocos,
Gram-positivos e dão resposta negativa ao teste da catalase.
A determinação do número total de microrganismos vivos na água constitui uma prova complementar
(embora de limitado valor quando isolada), que fornece indicações quanto ao teor e natureza da
matéria orgânica da amostra. O teste é realizado a 22ºC e a 37ºC em caixas de Petri inoculadas por
incorporação. Determina-se assim o número de bactérias mesófilas, heterotróficas, aeróbias e
anaeróbias não estritas.
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Protocolos de Microbiologia Ambiental Parte 3
6. Abrir o frasco esterilizado só neste momento e colher a água mantendo-o inclinado para evitar a
sua contaminação pelo ar. Manter a rolha na mão esquerda virada para baixo e nunca tocar no
interior da rolha ou no gargalo do frasco (Figura 3.1)
7. Recolher a amostra de água mantendo o frasco inclinado para evitar a sua contaminação pelo ar e
sem encher completamente o frasco (Figura 3.1)
8. Fechar imediatamente o frasco (Figura 3.1)
9. Colocar um rótulo que contenha a identificação da amostra: nome do requisitante; origem; ponto
de amostragem e data de colheita
10.Transportar as amostras em caixa isotérmica com placas acumuladoras térmicas congeladas e
realizar a análise até 6 horas após a colheita
Figura 3.1. Procedimento para a recolha de amostras de água a partir de uma torneira.
1. Segurar o frasco numa zona perto da sua base e mergulhá-lo na massa de água com a boca virada
para baixo. Deve mergulhar-se até cerca de metade da altura da coluna líquida ou pelo menos até
cerca de 20 cm abaixo da superfície da água
2. Virar o frasco até que o gargalo aponte ligeiramente para a superfície e a boca esteja voltada
contra a corrente. Se não existir qualquer corrente (por exemplo, no caso de um reservatório)
empurrar o frasco horizontalmente
3. Recolher a amostra e fechar imediatamente o frasco
1
Todos os microrganismos – bactérias, fungos e leveduras – capazes de formar colónias no meio especificado sob as condições
de teste descritas.
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Protocolos de Microbiologia Ambiental Parte 3
As bactérias aeróbias mesófilas são aquelas que se multiplicam em aerobiose a temperaturas entre 20 e
40ºC. Neste grupo existem bactérias patogénicas e não patogénicas. O método permite-nos conhecer a
qualidade microbiológica da água; elevadas quantidades de mesofilos indicam que a água não é
apropriada para consumo humano.
PRIMEIRO TEMPO
SEGUNDO TEMPO
1. Observar as caixas assim que terminar o tempo de incubação ou armazená-las a 53ºC e fazer a
observação num período de 48h
2. Exprimir os resultados como número de UFC/mL da amostra para cada temperatura
3. Se não existirem colónias nas caixas inoculadas com a amostra não diluída, exprimir os resultados
como não detectados num mL. Se existirem mais de 300 colónias nas caixas inoculadas com a
diluição maia alta utilizada, exprimir os resultados como> 300
4. O relatório deve incluir a referência à norma e a classificação da qualidade da água em função da
sua utilização e de acordo com a legislação e deve incluir também: a identificação completa da
amostra, a técnica de inoculação e o meio de cultura utilizado, o tempo e a temperatura de
incubação, os resultados de contagem expressos como UFC/mL e qualquer ocorrência particular
observada durante o decorrer da análise
No entanto, a enumeração dos coliformes pode ser também feita pelo método dos tubos múltiplos com
determinação do Número Mais Provável (NMP). O teste completo permite determinar os coliformes
totais e os coliformes fecais (mas não especificamente E. coli) para o que são necessárias três fases:
teste presuntivo, teste confirmativo e teste final.
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Protocolos de Microbiologia Ambiental Parte 3
No teste confirmativo (confirmação dos resultados) todos os tubos positivos às 24 horas são repicados
para um caldo de verde brilhante, lactose e sais de bílis (VBLB), incubados a 35ºC e lidos nas condições
anteriormente descritas. A formação de gás confirma a presença de coliformes na amostra. Este teste
confirma os resultados uma vez que a formação de gás no teste presuntivo pode ter sido devida à
actividade de microrganismos não coliformes, como por exemplo Clostridium perfringens, que é Gram-
positiva.
No teste final (verificação da presença de coliformes fecais), repete-se o procedimento utilizado no teste
confirmativo mas a incubação é feita a 44.5ºC durante 24 a 48 horas. A formação de gás determina a
presença de coliformes fecais na amostra. Se não existir formação de gás a 44.5ºC mas existir a 35ºC
determina-se que existem coliformes mas que não são fecais. O NMP de coliformes fecais é
determinado com base no número de tubos positivos.
Um teste adicional permite determinar se a presença ou ausência de E. coli na amostra. Adiciona-se aos
tubos inoculados para o teste final reagente de Kovacs (teste do indol). Uma reacção positiva (formação
de um anel cor-de-rosa) mostra a presença de E. coli. Uma reacção negativa (formação de um anel da
cor do meio) mostra que E. coli não faz parte da população de coliformes fecais presentes na amostra.
PRIMEIRO TEMPO
2
Os tubos Durham acumulam o gás produzido pelos coliformes permitindo assim a detecção da sua presença numa dada
amostra de água; a presença de gás nos tubos Durham é um resultado positivo para coliformes.
3 A utilização de inóculos de 10 mL, 1 mL e 0.1 mL é semelhante a inocular a amostra e 2 diluições decimais dessa amostra.
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Protocolos de Microbiologia Ambiental Parte 3
1. Verificar a produção de gás nos tubos, anotando o número de tubos positivos e negativos em
cada série
2. Determinar o NMP de microrganismos coliformes na amostra (ver abaixo)
1. Repicar com uma ansa os tubos positivos para novos tubos contendo 10 mL de meio verde
brilhante
2. Levar a incubar a 370.5º C, durante 242 horas
TESTE FINAL
3. Repicar com uma ansa os tubos positivos para novos tubos contendo 10 mL de meio verde
brilhante
4. Levar a incubar a 44.5ºC durante 24+24 horas
5. Na aula seguinte verificar a produção de gás nos tubos, anotando o número de tubos positivos e
negativos em cada série
6. Determinar o NMP de coliformes fecais na amostra (ver abaixo)
7. Repicar com uma ansa os tubos positivos para novos tubos contendo 10 mL de meio peptonado
8. Levar a incubar a 44.5ºC durante 24+24 horas
1. Verificar a produção de gás nos tubos, anotando o número de tubos positivos e negativos em
cada série
2. Com os tubos positivos do teste confirmativo, determinar o NMP de coliformes totais na amostra
(ver abaixo)
3. Com os tubos positivos do teste final, determinar o NMP de coliformes fecais na amostra (ver
abaixo)
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Protocolos de Microbiologia Ambiental Parte 3
PRIMEIRO TEMPO
SEGUNDO TEMPO
4 A utilização de inóculos de 10 mL, 1 mL e 0.1 mL é semelhante a inocular a amostra e duas diluições decimais dessa amostra.
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Protocolos de Microbiologia Ambiental Parte 3
O NMP de microrganismos presentes na amostra inicial calcula-se a partir do número de tubos que
manifestem crescimento (resultados positivos), recorrendo a tabelas estatísticas, como as tabelas de
McCrady (Tabela 3.1).
Tabela 3.1. Tabela de McCrady para a determinação do número mais provável (NMP) de microrganismos com base em
5 repetições de cada diluição
Número de tubos positivos nas NMP / Número de tubos positivos nas NMP
diluições 100mL de diluições /100mL de
10 mL 1 mL 0.1 mL amostra 10 mL 1 mL 0.1 mL amostra
0 0 0 0 4 0 0 13
0 0 1 2 4 0 1 17
0 0 2 4 4 0 2 20
0 1 0 2 4 0 3 25
0 1 1 4 4 1 0 17
0 0 2 6 4 1 1 20
0 2 0 4 4 1 2 25
0 2 1 6 4 2 0 20
0 3 0 6 4 2 1 25
1 0 0 2 4 2 2 30
1 0 1 4 4 3 0 25
1 0 2 6 4 3 1 35
1 0 3 8 4 3 2 40
1 1 0 4 4 4 0 35
1 1 1 6 4 4 1 40
1 1 2 8 4 4 2 45
1 2 0 6 4 5 0 40
1 2 1 8 4 5 1 50
1 2 2 10 4 5 2 55
1 3 0 8 5 0 0 25
1 3 1 10 5 0 1 30
1 4 0 11 5 0 2 45
2 0 0 5 5 0 3 60
2 0 1 7 5 0 4 75
2 0 2 9 5 1 0 35
2 0 3 12 5 1 1 45
2 1 0 7 5 1 2 65
2 1 1 9 5 1 3 85
2 1 2 12 5 1 4 115
2 2 0 9 5 2 0 50
2 2 1 12 5 2 1 70
2 2 2 14 5 2 2 95
2 3 0 12 5 2 3 120
2 3 1 14 5 2 4 150
2 4 0 15 5 2 5 175
3 0 0 8 5 3 0 80
3 0 1 11 5 3 1 110
3 0 2 13 5 3 2 140
3 1 0 11 5 3 3 175
3 1 1 14 5 3 4 200
3 1 2 17 5 3 5 250
3 1 3 20 5 4 0 130
3 2 0 14 5 4 1 170
3 2 1 17 5 4 2 225
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Protocolos de Microbiologia Ambiental Parte 3
Número de tubos positivos nas NMP / Número de tubos positivos nas NMP
diluições 100mL de diluições /100mL de
10 mL 1 mL 0.1 mL amostra 10 mL 1 mL 0.1 mL amostra
3 2 3 20 5 4 3 275
3 3 0 17 5 4 4 350
3 3 1 20 5 4 5 425
3 4 0 20 5 5 0 250
3 4 1 25 5 5 1 350
3 5 0 25 5 5 2 550
5 5 3 900
5 5 4 1600
5 5 5 1800+
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