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PROVA DE DIREITO DO CONSUMIDOR

DAS AÇÕES DE DIREITOS DIFUSOS, COLETIVOS E INDIVIDUAIS


HOMOGÊNEOS

AMPLITUDE

Estipula o artigo 81 do Código de Proteção e Defesa do Consumidor - CDC - Lei


8.078/1990 que a defesa dos interesses e direitos dos consumidores e das vítimas poderá ser
exercida em juízo individualmente, ou a título coletivo.

DEFESA COLETIVA

A defesa coletiva será exercida quando se tratar de:

a) interesses ou direitos difusos, assim entendidos, para efeitos deste código, os transindividuais,
de natureza indivisível, de que sejam titulares pessoas indeterminadas e ligadas por
circunstâncias de fato;

b) interesses ou direitos coletivos, assim entendidos, para efeitos deste código, os


transindividuais, de natureza indivisível de que seja titular grupo, categoria ou classe de pessoas
ligadas entre si ou com a parte contrária por uma relação jurídica base;

c) interesses ou direitos individuais homogêneos, assim entendidos os decorrentes de origem


comum.

DIREITOS INDIVIDUAIS E TRANSINDIVIDUAIS

Direitos individuais - são divisíveis, individualizáveis, correspondendo por isso a interesses


privados.

Direitos transindividuais - também denominados de metaindividuais, são indivisíveis e


pertencem a vários indivíduos. São característicos de sociedade massificada em que vivemos e
não equivalem nem a interesses privados, nem a interesses públicos, permanecendo entre ambos
na modalidade de interesses sociais.

INTERESSES METAINDIVIDUAIS – DIPLOMAÇÃO

A Lei 7.347/85 (Lei de Ação Civil Pública) foi o primeiro importante diploma legal a tratar dos
interesses metaindividuais, vindo a ser seguido pela Constituição da República de 1988.

Com o advento da Lei 8.078/90 (Código de Defesa do Consumidor) explicitou-se as formas de


manifestação dos interesses transindividuais - difusos e coletivos - e individuais homogêneos.

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INTERESSES OU DIRETOS DIFUSOS

1) Há indeterminação dos titulares

Os interesses difusos têm como seus titulares pessoas indeterminadas e indetermináveis.

Por força do art. 2º, parágrafo único e art. 29, ambos do CDC, os consumidores são titulares
estes direitos por equiparação. Assim, a coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis, que
tenha intervindo na relação de consumo (art. 2º, parágrafo único) ou todas as pessoas,
determináveis ou não, expostas às práticas comerciais (art.29), são consideradas consumidores.

Assim, os interesses difusos existem quando há um número indeterminado de pessoas.

2) Inexiste relação jurídica base entre os titulares

Os titulares dos direitos difusos são ligados apenas por circunstâncias de fato, ou seja, existe
uma identidade de situações que vincula o número indeterminado de pessoas e não uma relação
jurídica base entre eles.

3) Indivisibilidade do bem jurídico tutelado

A natureza da indivisibilidade mostra que o bem jurídico só pode ser considerado como um
todo.

INTERESSES OU DIREITOS INDIVIDUAIS HOMOGÊNEOS

O CDC define os interesses ou direitos individuais homogêneos como os decorrentes de origem


comum. (inciso III, art. 81 do CDC - Lei 8.078/1990).

TITULARES DOS INTERESSES INDIVIDUAIS OU HOMOGÊNEOS

Os titulares destes interesses são determináveis, o bem jurídico é divisível e há ligação por uma
origem comum.

Estes interesses são de natureza coletiva apenas na forma em que são tutelados, pois na realidade
são direitos individuais que são homogêneos e que têm uma origem comum, de que é titular
individualmente cada membro da coletividade.

Entende-se por interesses de origem comum os interesses que têm uma causa comum ou um
único fato que gerou várias pretensões.

Como exemplo, em relação à ocorrência por um fato comum, temos a situação em que uma
indústria de produtos químicos através de suas atividades, deixa ocorrer um vazamento de
produtos tóxicos e consequentemente ocorre contaminação da água a ser consumida pelos
consumidores. Nesta hipótese, teremos a manifestação dos direitos individuais homogêneos
caracterizados pelo fato comum, que diante do caso em tela, será fundamental para
quantificação dos danos morais e materiais em relação à pretensão do consumidor.

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DIFERENÇAS ENTRE DIREITOS DIFUSOS E COLETIVOS

Os direitos difusos e coletivos encontram equivalência apenas com relação à natureza indivisível
do bem jurídico, ou seja, seu objeto.

Isso significa que não é possível satisfazer apenas um dos titulares dos interesses difusos ou
coletivos. A satisfação de um, implica necessariamente na satisfação de todos.

A primeira diferença entre estes interesses reside na titularidade.

TITULARIDADE DE INTERESSES DIFUSOS

Os interesses difusos têm como seus titulares pessoas indeterminadas e ligadas por
circunstâncias de fato.

TITULARIDADE DOS INTERESSES COLETIVOS

Os interesses coletivos têm como titulares as pessoas integrantes de um determinado grupo,


categoria ou classe.

EXISTÊNCIA OU NÃO DA RELAÇÃO JURÍDICA ENTRE OS TITULARES

No direito difuso o seu titular está ligado apenas por circunstâncias de fato.

Já no direito coletivo o seu titular está ligado por uma relação jurídica base entre o titular ou
com a parte contrária.

Bases: artigos 81 e 91 a 100 do Código do Consumidor – Lei 8.078/1990.

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PROVA DE DIREITO EMPRESARIAL
POSSIBILIDADE DA AÇÃO DE NULIDADE DA
SENTENÇA ARBITRAL
Analisam-se as possibilidades de o Poder Judiciário adentrar no mérito da sentença
arbitral em sede de ação de nulidade de sentença.

Dentro do sistema arbitral, a regra é a da inexistência de recursos, partindo do pressuposto


de que as partes escolhem o árbitro de sua confiança e por isso não lhes é possível questionar
posteriormente o seu desiderato. Assim, a sentença arbitral já nasce transitada em julgado, com a
pequena possibilidade de esclarecimento nos termos do artigo 30 da LA.

No direito estrangeiro, nem sempre foi assim. A lei de arbitragem espanhola admitia a
recorribilidade dos chamados laudos arbitrais situação que só mudou em 1988 com a edição da
Ley 36/1988 de 5 de deciembre, onde “se suprimió el recurso de casación.”.

Se dentro do procedimento arbitral não existe recurso, somente com a Ação de Nulidade
de Sentença Arbitral prevista no artigo 33 da LA e dentro das hipóteses do artigo 32 da mesma lei,
se pode questionar alguma coisa perante o Poder Judiciário.

Ao analisarmos o artigo 32 da LA, verificamos que nenhum dos seus oito incisos permite
que se discuta o mérito da sentença arbitral. Todas as hipóteses dizem respeito a questões de
ordem formal e nenhuma delas permite que se analise a questão de fundo ditada na sentença. O
entendimento predominante é de que tais hipóteses são “numerus clausus”, ou seja, “são taxativos,
não sendo facultado às partes ampliá-los além dos limites legais”.

Diante disso, seria fácil concluir pela total impossibilidade de análise da questão de fundo
da sentença arbitral. No entanto, há uma possibilidade que, mesmo não estando prevista no artigo
32 da LA, é reconhecida como possível pela doutrina brasileira e alienígena. Trata-se da questão
referente à ordem pública.

A concessão da jurisdição ao particular no sistema arbitral, não significa poder de contrariar


nteresses estatais ou de violar a “garantia da igualdade, da legalidade e da supremacia da
constituição” no dizer de CARMONA, gerando a possibilidade de discutir o mérito da sentença
arbitral quando violadora de normas de ordem pública.

Já tive oportunidade de discorrer sobre o cabimento da anulação das sentenças arbitrais


em meu livro “A relação entre o Sistema Arbitral e o Poder Judiciário”, onde deixei claro que “surge
a probabilidade de uma interpretação extensiva das previsões do artigo 32 da LA, a incluir entre as
hipóteses de anulação da sentença arbitral quando esta for contrária “à ordem pública”. Se no
direito arbitral brasileiro a expressão não se encontra claramente prevista nas hipóteses de
anulação, no direito arbitral espanhol ela é evidenciada no artigo 41 “f” da Ley de Arbitrage daquele
país, ao afirmar que o laudo deverá ser anulado na hipótese em “que el laudo es contrario al ordem
público.” ”

Em que pese inexistente no artigo 32 da LA, a exigência de que a sentença arbitral deve
ser prolatada sem violar matéria de ordem pública está prevista no artigo 39 II da LA que trata da
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homologação de sentença arbitral estrangeira. Se exige para as sentenças alienígenas, não vejo
qualquer motivo para não fazer o mesmo para as nacionais. A mesma conclusão teve CARMONA
em seu livro “Arbitragem e Processo”.

A dificuldade está em conceituar o que vem a ser violação de norma de ordem pública. A
ampliação deste conceito vago implicaria na recorribilidade de toda a sentença arbitral e a
extirpação da irrecorribilidade destas, com nefastas consequências ao sistema arbitral. Vejamos
então o que se pode conceber com norma de ordem pública.

No direito espanhol, a conceituação de ordem pública está direcionado ao laudo arbitral


que “vulnere os direitos e liberdades fundamentais reconhecidos no capítulo II título I”[6] da
constituição daquele país. Esse posicionamento foi confirmado por decisão do Tribunal Supremo
Espanhol, informando que “infringen el ordem público quien conculca los derechos fundamentales
y libertades públicas garantizados por la Constitución Española.”

As principais normas de condutas de um país estão previstas em sua Carta Constitucional,


dentre as quais algumas restam intocáveis por força da própria determinação magna. São as
cláusulas pétreas, as quais não podem ser modificadas por emenda constitucional. Outras normas,
mesmo que constitucionais, não se enquadram como imodificáveis, gerando a possibilidade de sua
alteração por simples emenda constitucional. Existem ainda as normas infraconstitucionais, as
quais também revelam a vontade de uma sociedade, mas não possuem a força imperativa de uma
disposição constitucional.

A própria Constituição Federal traz em seu artigo 60, § 4º as circunstâncias em que não se
faz possível a modificação da Magna Carta pela via do poder de reforma, sendo necessária uma
nova Constituição para que aquelas hipóteses possam ser modificadas. Em face disso, entendo
que a síntese do Estado Brasileiro está justamente naquelas hipóteses, sendo que a violação de
suas normas revela nítida agressão à ordem pública. O artigo 60 da CF88 prevê como imodificáveis,
a forma federativa de governo, o voto direito e secreto, a separação dos poderes e os direitos e
garantias individuais.

CARMONA ressalta que os valores relacionados à ordem pública são aqueles previstos na
Carta Constitucional, corroborando o entendimento de que devemos analisar a possibilidade pelo
prisma das previsões constitucionais.

Tem-se assim, que o conceito de ordem pública para o direito é bastante amplo, e não deve
ser considerado em sua inteireza, como suficiente para anular uma sentença arbitral. Somente as
matérias relacionadas às chamadas cláusulas pétreas, não suscetíveis de serem modificadas pelo
constituinte reformador, é que se enquadram com perfeição na possibilidade de anulação.

Como exemplo, será violadora à ordem pública a sentença arbitral que determine a uma
modelo, a obrigação de posar nua ante sua assinatura em contrato firmado com revista masculina,
posto que neste caso é seu direito fundamental não fazê-lo, mesmo que tenha se obrigado
contratualmente a isso. O descumprimento faz surgir apenas o direito de receber perdas e danos
pela revista, nunca a determinação forçada de posar. A imagem e o corpo de uma pessoa só podem
ser desnudados com prévia autorização e vontade desta, principalmente, quando direcionado à
publicação.

Em conclusão, violação da ordem pública não pode ser considerada em seu sentido amplo,
mas somente nos casos em que se viole normas constitucionais imodificáveis, quando então a
sentença arbitral será nula em razão de seu posicionamento de mérito.

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