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Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP)

Divisão de Informação e Documentação


Silva, Waleska Freire da
Antenas imersas em substratos dielétricos para aplicações aeronáuticas: Blade e Yagi-Uda./ Waleska Freire da
Silva.
São José dos Campos, 2016.
151f.

Dissertação de mestrado – Curso de Engenharia Eletrônica e Computação, Área de Micro-ondas e


Optoeletrônica – Instituto Tecnológico de Aeronáutica, 2016. Orientador: Prof. Dr. Ildefonso Bianchi.

1. Antenas de Aeronaves. 2. Cabines de Aeronaves. 3. Dielétricos. I. Instituto Tecnológico de Aeronáutica. II.


Antenas imersas em substratos dielétricos para aplicações aeronáuticas: Blade e Yagi-Uda.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
SILVA, Waleska Freire. Antenas imersas em substratos dielétricos para aplicações
aeronáuticas: Blade e Yagi-Uda. 2016. 151f. Dissertação de (Mestrado em Engenharia
Eletrônica) – Instituto Tecnológico de Aeronáutica, São José dos Campos.

CESSÃO DE DIREITOS
NOME DO AUTOR: Waleska Freire da Silva
TÍTULO DO TRABALHO: Antenas imersas em substrato dielétrico para aplicações aeronáuticas:
Blade e Yagi-Uda.
TIPO DO TRABALHO/ANO: Dissertação de Mestrado / 2016

É concedida ao Instituto Tecnológico de Aeronáutica permissão para reproduzir cópias desta


dissertação e para emprestar ou vender cópias somente para propósitos acadêmicos e
científicos. O autor reserva outros direitos de publicação e nenhuma parte desta dissertação ou
tese pode ser reproduzida sem a sua autorização (do autor).

__________________________________
Waleska Freire da Silva
Rua Paraíbuna, 1714, Apto 04
CEP: 12.231-010, São José dos Campos - SP
3

ANTENAS IMERSAS EM SUBSTRATOS DIELÉTRICOS

PARA APLICAÇÕES AERONÁUTICAS: BLADE E YAGI-UDA

Waleska Freire da Silva

Composição da Banca Examinadora:

Prof. Dr. Gefeson Mendes Pacheco Presidente - ITA


Prof. Dr. Ildefonso Bianchi Orientador - ITA
Prof. Dr. Daniel Chagas do Nascimento Membro interno - ITA
Prof. Dr. Fatima Salete Correra Membro externo - USP

ITA
4

Dedico este trabalho ao meus pais.


5

Agradecimentos

Gostaia de agradecer primeiramente a Deus por ter me sustentado e dado equilibro


emocional durante toda a minha trajetória acadêmica.
Aos meus pais, Evaldo e Aparecida, pelo apoio e incentivo para os estudos, sem esse
apoio nada seria possível.
Ao meu orientador Prof. Bianchi pela oportunidade de realização deste trabalho e pelos
ensinamentos.
Ao Prof. Daniel pela ajuda na construção e medidas dos protótipos. Ao Prof. Alexis
pela ajuda nas medidas na câmara anecóica.
Aos colegas da sala 212: Eduardo Silveira, Larissa Dantas, Diego Moná e Eduardo
Sakomura, pelas risadas, descontrações e amizade.
Ao Instituto de Fomento e Coordenação Industrial – IFI/DCTA pela cessão da câmara
anecóica.
À instituição CNPq pelo apoio financeiro concedido.
6

Resumo

Neste trabalho é apresentado o projeto de duas antenas imersas em substrato dielétrico.


O projeto é suportado pelo simulador eletromagnético HFSSTM, com o qual são realizadas
análises que possibilitam obter as dimensões físicas das antenas. As duas antenas são propostas
para aplicações aeronáuticas: uma rede Yagi-Uda com elementos cilíndricos para aplicação em
cabines de aeronaves e uma antena blade imersa em um dielétrico de baixo custo, para
aplicações na área externa da fuselagem. Como as antenas estão embarcadas em uma plataforma
eletricamente grande a técnica híbrida: FEM-MoM, para a análise dos efeitos da fuselagem da
aeronave sobre as antenas é empregada. A fuselagem é modelada como um cilindro metálico,
em que os comprimentos elétricos são equivalentes à de uma fuselagem real, mediante
aplicação de um escalonamento em frequência. Os protótipos das antenas, bem como o processo
de construção são apresentados e os resultados teóricos e experimentais comparados,
verificando a sua concordância.
7

Abstract

In this work the design of two antennas embedded in dieletric substrates is presented.
The project is done aided by the HFSSTM software. The two antennas are developed for
aeronautical purposes: the Yagi-Uda array with cylindrical elements for aeronautical cabins and
a blade antenna embedded in a low-cost dielectric for application in the extern area of the
airframe. As the antennas are next to an electrically large platform, a hybrid technique based on
FEM-MoM methods is applied to the analysis of the airframe’s effects on the antennas. To
simplify the analyses the aircraft’s airframe is modelled as a metal cylinder, in which the electric
length is equivalent to part of a fuselage of an actual model, by applying a frequency staggering.
Antennas’ prototypes, besides the construction process are presented, and the experimental and
theoretical results compared, which shows good agreement.
8

Lista de Figuras

FIGURA 2.1 – Exemplo de configurações de antenas planares – circular (a), retangular (b) e
formas qualquer (c). Adaptada [32].......................................................................................... 24
FIGURA 2.2 – Vista isométrica (a) e lateral (b) da antena monopolo imersa no substrato
dielétrico. .................................................................................................................................. 25
FIGURA 2.3 – Módulo do coeficiente de reflexão (a) e impedância de entrada (b) para o modelo
1 inicial. .................................................................................................................................... 26
FIGURA 2.4 – Diagrama de irradiação tridimensional para o modelo 1, na frequência f = 4,1
GHz........................................................................................................................................... 27
FIGURA 2.5 – Função diretividade nos planos yz e xy para o modelo 1, na frequência f = 4,1
GHz........................................................................................................................................... 27
FIGURA 2.6 – Função diretividade com variação paramétrica da largura do plano de terra para
o modelo 1 com o HFSSTM no plano yz para a frequência f = 4,1 GHz. .................................. 28
FIGURA 2.7 – Função diretividade com variação paramétrica da largura do plano de terra para
o modelo 1 com o HFSSTM no plano xy na frequência f = 4,1 GHz. ........................................ 29
FIGURA 2.8 – Impedância de entrada com variação paramétrica da largura do plano de terra
utilizando o HFSSTM. ................................................................................................................ 29
FIGURA 2.9 – Módulo do coeficiente de reflexão com variação paramétrica do comprimento
do plano de terra utilizando o HFSSTM. .................................................................................... 30
FIGURA 2.10 – Módulo do coeficiente de reflexão com variação paramétrica do comprimento
do monopolo com a utilização do HFSSTM. .............................................................................. 31
FIGURA 2.11 – Impedância de entrada com variação paramétrica do comprimento do
monopolo com a utilização do HFSSTM. ................................................................................... 31
FIGURA 2.12 – Módulo do coeficiente de reflexão com a variação paramétrica da espessura
do substrato coma utilização do HFSSTM. ................................................................................ 32
FIGURA 2.13 – Módulo do coeficiente de reflexão em dB (a) e impedância de entrada (b) para
o monopolo otimizado dentro do substrato. ............................................................................. 33
FIGURA 2.14 – Função diretividade tridimensional para o modelo 1 otimizado na frequência f
= 4,1 GHz. ................................................................................................................................ 33
FIGURA 2.15 – Função diretividade nos planos yz e xy para o modelo 1 otimizado na frequência
f = 4,1 GHz. .............................................................................................................................. 34
9

FIGURA 2.16 – Vistas isométrica (a) e lateral (b) da antena monopolo na presença dos parasitas
com comprimento menor (diretor), denominado modelo 2. ..................................................... 35
FIGURA 2.17 – Modulo do coeficiente de reflexão (a) e impedância de entrada (b) para o caso
inicial do modelo 2. .................................................................................................................. 36
FIGURA 2.18 – Função diretividade para o caso inicial do modelo 2, para frequência f = 4,1
GHz........................................................................................................................................... 37
FIGURA 2.19 – Diagrama tridimensional para o caso inicial do modelo 2, para frequência f =
4,1 GHz..................................................................................................................................... 37
FIGURA 2.20 – Módulo do coeficiente de reflexão com a variação paramétrica de d1 para o
modelo 2 com a utilização do HFSSTM. .................................................................................... 38
FIGURA 2.21 – Impedância de entrada com a variação paramétrica de d1 para o modelo 2 com
a utilização do HFSSTM. ............................................................................................................ 39
FIGURA 2.22 – Função diretividade com a variação paramétrica de d1 para o modelo 2 com a
utilização do HFSSTM................................................................................................................ 39
FIGURA 2.23 – Módulo do coeficiente de reflexão (a) e impedância de entrada (b) com
variação paramétrica de hd para o modelo 2 utilizando o HFSSTM. .......................................... 40
FIGURA 2.24 – Módulo do coeficiente de reflexão com a variação paramétrica da largura (xs)
do plano de terra para o modelo 2 com a utilização do HFSSTM. ............................................. 41
FIGURA 2.25 – Módulo do coeficiente de reflexão com a variação paramétrica da assimetria
para o modelo 2 utilizando o HFSSTM. ..................................................................................... 42
FIGURA 2.26 – Impedância de entrada com a variação paramétrica da assimetria para o modelo
2 utilizando o HFSSTM. ............................................................................................................. 42
FIGURA 2.27 – Módulo do coeficiente de reflexão otimizado para o modelo 2. ................... 43
FIGURA 2.28 – Impedância de entrada otimizada para o modelo 2. ...................................... 43
FIGURA 2.29 – Vistas isométrica (a) e lateral (b) da antena monopolo na presença dos parasitas
com comprimento maior ou igual (refletor), denominado modelo 3. ...................................... 44
FIGURA 2.30 – Módulo do coeficiente de reflexão para o caso inicial do modelo 3. ............ 45
FIGURA 2.31 – Impedância de entrada para caso inicial do modelo 3. .................................. 45
FIGURA 2.32 – Módulo do coeficiente de reflexão com variação paramétrica d2 para o modelo
3 utilizando o HFSSTM. ............................................................................................................. 46
FIGURA 2.33 – Impedância de entrada com variação paramétrica de d2 para o modelo 3
utilizando o HFSSTM. ................................................................................................................ 46
FIGURA 2.34 – Módulo do coeficiente de reflexão com variação paramétrica de hr para o
modelo 3 utilizando o HFSSTM. ................................................................................................ 47
10

FIGURA 2.35 – Impedância de entrada com variação paramétrica de hr para o modelo 3


utilizando o HFSSTM. ................................................................................................................ 47
FIGURA 2.36 – Módulo do coeficiente de reflexão com variação paramétrica da largura (a) e
do comprimento (b) do plano de terra para o modelo 3 utilizando o HFSSTM. ........................ 48
FIGURA 2.37 – Impedância de entrada com variação paramétrica da largura (a) e do
comprimento (b) do plano de terra para o modelo 3 utilizando o HFSSTM. ............................. 48
FIGURA 2.38 – Módulo do coeficiente de reflexão com variação paramétrica da assimetria do
plano de terra para o modelo 3 utilizando o HFSSTM. .............................................................. 49
FIGURA 2.39 – Impedância de entrada com variação paramétrica da assimetria do plano de
terra para o modelo 3 utilizando o HFSSTM. ............................................................................. 50
FIGURA 2.40 – Módulo do coeficiente de reflexão (a) e impedância de entrada para o modelo
3 otimizado ............................................................................................................................... 50
FIGURA 2.41 – Diagrama tridimensional da função diretividade em dB para o modelo 3, na
frequência f = 4,1 GHz. ............................................................................................................ 51
FIGURA 2.42 – Diagramas de irradiação nos planos xy (a) e yz (b) para o modelo 1 e modelo
3 otimizado. .............................................................................................................................. 52
FIGURA 3.1 – Corte da seção transversal da aeronave destacando a posição da antena. ....... 54
FIGURA 3.2– Vistas (a) isométrica e (b) lateral para a rede Yagi-Uda inicial, denominada o
modelo 4. .................................................................................................................................. 55
FIGURA 3.3 – Módulo do coeficiente de reflexão para o caso inicial do modelo 4. .............. 56
FIGURA 3.4 – Impedância de entrada do caso inicial para o modelo 4. ................................. 57
FIGURA 3.5 – Diagrama 3D de diretividade inicial para o modelo 4, na frequência f = 4,1 GHz.
.................................................................................................................................................. 57
FIGURA 3.6 – Diagramas de irradiação da função diretividade inicial nos planos yz e xy para
o modelo 4, na frequência f = 4,1 GHz. ................................................................................... 58
FIGURA 3.7 – Módulo do coeficiente de reflexão com a variação paramétrica do comprimento
do plano de terra para o modelo 4 utilizando o HFSSTM. ......................................................... 59
FIGURA 3.8 – Módulo do coeficiente de reflexão com variação paramétrica da largura do plano
de terra para o modelo 4 utilizando o HFSSTM. ........................................................................ 59
FIGURA 3.9 – Função diretividade no plano xy com variação paramétrica da largura (a) e do
comprimento (b) do plano de terra para o modelo 4 utilizando o HFSSTM. ............................. 60
FIGURA 3.10 – Função diretividade no plano yz com variação paramétrica da largura (a) e
comprimento (b) do plano de terra para o modelo 4 utilizando o HFSSTM. ............................. 60
11

FIGURA 3.11 – Módulo do coeficiente de reflexão com variação paramétrica da assimetria do


plano de terra em relação ao elemento ativo para o modelo 4, utilizando o HFSSTM. ............. 61
FIGURA 3.12 – Função diretividade com variação paramétrica da assimetria do plano de terra
para o modelo 4 utilizando o HFSSTM. ..................................................................................... 62
FIGURA 3.13 – Tipos de diedros: (a) placas e (b) grid. .......................................................... 64
FIGURA 3.14 – Vista superior da rede Yagi-Uda.................................................................... 64
FIGURA 3.15 – Módulo do coeficiente de reflexão com variação paramétrica de d para o
modelo 5 utilizando o HFSSTM. ................................................................................................ 65
FIGURA 3.16 – Função diretividade nos planos xy (a) e yz (b) com variação paramétrica de d
para o modelo 5 utilizando o HFSSTM. ..................................................................................... 66
FIGURA 3.17 – Módulo do coeficiente de reflexão com a variação paramétrica do comprimento
do plano de terra, quando xs = 0,683λ0, para o modelo 5 utilizando HFSSTM. ......................... 67
FIGURA 3.18 – Módulo do coeficiente de reflexão com a variação paramétrica do comprimento
do plano de terra, quando xs = 0,820λ0, para o modelo 5 utilizando HFSSTM. ......................... 67
FIGURA 3.19 – Módulo do coeficiente de reflexão com a variação paramétrica do comprimento
do plano de terra, quando xs = 0,956λ0, para o modelo 5 utilizando HFSSTM. ......................... 68
FIGURA 3.20 – Função diretividade com a variação paramétrica do comprimento do plano de
terra para o modelo 5 utilizando HFSSTM, na frequência f = 4,1 GHz, quando xs = 0,82λ0 e d =
0,27λg. ....................................................................................................................................... 68
FIGURA 3.21 – Função diretividade no plano yz com variação do comprimento do plano de
terra para uma largura xs = 0,683λ0 e d = 0,17λg (a) e xs = 0,756λ0 e d = 0,25λg (b), na frequência
f = 4,1 GHz. .............................................................................................................................. 69
FIGURA 3.22 – Módulo do coeficiente de reflexão para o modelo 5 com variação paramétrica
da distância d2 utilizando o HFSSTM. ........................................................................................ 71
FIGURA 3.23 – Módulo do coeficiente de reflexão com variação paramétrica de d1 utilizando
o HFSSTM. ................................................................................................................................. 71
FIGURA 3.24 – Módulo do coeficiente de reflexão com variação paramétrica de assimetria
para o modelo 5 utilizando o HFSSTM. ..................................................................................... 72
FIGURA 3.25 – Função diretividade nos planos (a) xy e (b) yz com variação paramétrica da
assimetria com a utilização do HFSSTM, na frequência f = 4,1 GHz. ....................................... 72
FIGURA 3.26 – Módulo do coeficiente de reflexão para o modelo 5 otimizado. ................... 74
FIGURA 3.27 – Função diretividade tridimensional para o modelo 5 otimizado na frequência f
= 4,1 GHz. ................................................................................................................................ 75
12

FIGURA 3.28 – Função diretividade nos planos xy e yz para o modelo 5 otimizado na frequência
f = 4,1 GHz. .............................................................................................................................. 75
FIGURA 3.29 – Função diretividade tridimensional (a) e módulo do coeficiente de reflexão (b)
para o modelo construído. ........................................................................................................ 76
FIGURA 3.30 – Processo de prototipagem. ............................................................................. 77
FIGURA 3.31 – Disposição dos elementos cilindricos. ........................................................... 78
FIGURA 3.32 – Grampos sargentos tipo c utilizado durante o processo de junção dos
laminados. ................................................................................................................................. 78
FIGURA 3.33 – Protótipo da rede Yagi-Uda nas vistas lateral (a), frontal (b) e traseira (c). .. 79
FIGURA 3.34 – Setup de medida de impedância de entrada. .................................................. 79
FIGURA 3.35 – Comparação do módulo do coeficiente de reflexão do protótipo da rede Yagi-
Uda teórico e experimental....................................................................................................... 80
FIGURA 3.36 – Comparação da impedância de entrada para o protótipo da rede Yagi-Uda
experimental e teorica. .............................................................................................................. 80
FIGURA 3.37 – Posição da rede Yagi-Uda para medição de campo distante irradiado na câmara
anecóica do IFI/DCTA. ............................................................................................................ 81
FIGURA 3.38 – Diagramas do plano yz medidos e simulados para as frequências de 3,76 GHz
(a) e 4,01 GHz (b). .................................................................................................................... 82
FIGURA 3.39 – Diagramas do plano yz para as frequências de 4,10 GHz (a) e 4,43 GHz (b).
.................................................................................................................................................. 82
FIGURA 3.40 – Diagramas do plano yz para as frequências de 4,86 GHz (a) e 5,06 GHz (b).
.................................................................................................................................................. 83
FIGURA 3.41 – Diagramas do plano xy para as frequências de 3,76 GHz (a) e 4,01 GHz (b).
.................................................................................................................................................. 83
FIGURA 3.42 – Diagramas do plano xy para as frequências de 4,10 GHz (a) e 4,43 GHz (b).
.................................................................................................................................................. 84
FIGURA 3.43 – Diagramas do plano xy para as frequências de 4,88 GHz (a) e 5,06 GHz (b).
.................................................................................................................................................. 84
FIGURA 3.44 – Comparação do módulo do coeficiente de reflexão medido e teoricos
considerando os limites superior e inferior de εr. ..................................................................... 85
FIGURA 4.1 – Antena blade de banda L série S65-5366 [40]. ............................................... 87
FIGURA 4.2 – Antena blade inicial. ........................................................................................ 89
FIGURA 4.3 – Influência do corte central no módulo do coeficiente de reflexão (a) e na
impedância de entrada (b) considerando o modelo inicial da antena blade. ............................ 90
13

FIGURA 4.4 – Influência do corte superior para o módulo do coeficiente de reflexão (a) e a
impedância de entrada (b) considerando o modelo inicial da antena blade. ............................ 91
FIGURA 4.5 – Influência do corte inferior para o módulo do coeficiente de reflexão (a) e a
impedância de entrada (b) considerando o modelo inicial da antena blade. ............................ 91
FIGURA 4.6 – Vistas frontal (a) superior (b) e lateral do substrato utilizado na antena blade.
.................................................................................................................................................. 92
FIGURA 4.7 – Vista isométrica da antena blade sobre um plano de terra quadrado sobre o
suporte dielétrico. ..................................................................................................................... 92
FIGURA 4.8 – Vista lateral da antena blade. ........................................................................... 93
FIGURA 4.9 – Variação do módulo do coeficiente de reflexão com relação aos comprimentos
xa (a) e xb (b) da antena blade. .................................................................................................. 93
FIGURA 4.10 – Variação da impedância de entrada com relação aos comprimentos x a (a) e xb
(b) da antena blade. .................................................................................................................. 94
FIGURA 4.11 – Variação do módulo do coeficiente de reflexão com a frequência para
diferentes valores de gap. ......................................................................................................... 94
FIGURA 4.12 – Variação da impedância de entrada a frequência para diferentes valores de gap.
.................................................................................................................................................. 95
FIGURA 4.13 – Módulo do coeficiente de reflexão com a variação da posição da ponta de
prova para a antena blade. ........................................................................................................ 96
FIGURA 4.14 – Impedância de entrada com a variação da posição da ponta de prova para antena
blade. ........................................................................................................................................ 96
FIGURA 4.15 – Módulo do coeficiente de reflexão para diferentes valores de largura das fendas
no elemento irradiador. ............................................................................................................. 97
FIGURA 4.16 – Impedância de entrada para diferentes valores de largura das fendas no
elemento irradiador. .................................................................................................................. 98
FIGURA 4.17 – Módulo do coeficiente de reflexão com a variação das dimensões do plano de
terra. .......................................................................................................................................... 99
FIGURA 4.18 – Diagrama de irradiação normalizado – plano yz – com a variação da área do
plano de terra, na frequência f = 4,97 GHz. ........................................................................... 100
FIGURA 4.19 – Diagrama de irradiação normalizado – plano xy – com a variação da área do
plano de terra, na frequência f = 4,97 GHz. ........................................................................... 100
FIGURA 4.20 – Variação do plano de terra caso de referência (a) e curvo (b). .................... 101
FIGURA 4.21 – Comparação do módulo do coeficiente de reflexão para o plano de terra de
referência e o curvo. ............................................................................................................... 101
14

FIGURA 4.22 – Diagramas normalizados nos planos xy e yz para antena blade sobre o plano
de terra de referência (a) e curvo (b) na frequência central 4,97 GHz. ................................. 102
FIGURA 4.23 – Diagramas normalizados nos planos xy e yz para antena blade sobre o plano
de terra de referência (a) e curvo (b) na frequência inferior (4,38 GHz). .............................. 103
FIGURA 4.24 – Diagramas normalizados nos planos xy e yz para antena blade sobre um plano
de terra de referência (a) e o curvo (b) na frequência superior (5,56 GHz). .......................... 103
FIGURA 4.25 – Início da prototipação da antena blade. ....................................................... 104
FIGURA 4.26 – Antena blade impressa sobre o substrato de FR4 e o radome. .................... 104
FIGURA 4.27 – Elementos prototipados correspondente ao conjunto antena mais base de
sustentação. ............................................................................................................................. 105
FIGURA 4.28 – Destaque no elemento irradiador após a solda do condutor central do coaxial.
................................................................................................................................................ 105
FIGURA 4.29 – Vista lateral da antena soldada ao condutor central do coaxial. .................. 106
FIGURA 4.30 – Protótipo final da antena blade. ................................................................... 106
FIGURA 4.31 – Setup de medição do protótipo final da antena blade com plano de terra
reduzido. ................................................................................................................................. 107
FIGURA 4.32 – Módulo do coeficiente de reflexão em dB para o caso medido e simulado da
antena blade com radome com plano de terra reduzido. ........................................................ 108
FIGURA 4.33 – Impedância de entrada para o caso medido e simulado da antena blade com
radome. ................................................................................................................................... 108
FIGURA 4.34 – Módulo do coeficiente de reflexão com a variação da permissividade eletrica
relativa do FR4 para o protótipo. ............................................................................................ 110
FIGURA 4.35 – Módulo do coeficiente de reflexão para o caso medido e teórico do protótipo,
considerando εr = 4,0. ............................................................................................................. 110
FIGURA 4.36 – Módulo do coeficiente de reflexão com um espaçamento de ar entre as placas
de FR4. ................................................................................................................................... 111
FIGURA 4.37 – Módulo do coeficiente de reflexão da blade sobre o plano de terra com
espaçamento entre as placas de 0,35 mm. .............................................................................. 112
FIGURA 5.1 – Janela habilitar modo híbrido FE-BI. ............................................................ 117
FIGURA 5.2 – Exemplo para habilitar o método híbrido por região de IE. .......................... 117
FIGURA 5.3 – Modelo inicial da antena Yagi-Uda dentro do cilindro retirado do ambiente de
simulação do HFSSTM. ............................................................................................................ 118
FIGURA 5.4– Módulo do coeficiente de reflexão para a rede Yagi-Uda no interior do cilindro.
................................................................................................................................................ 119
15

FIGURA 5.5 – Impedância de entrada para a rede Yagi-Uda no interior do cilindro. ........... 120
FIGURA 5.6 – Diagramas de campo próximo no plano yz para a Yagi-Uda no interior do
cilindro para a frequência f = 4,1 GHz. .................................................................................. 120
FIGURA 5.7 – Diagramas de campo próximo no plano xy para a Yagi-Uda no interior do
cilindro para a frequência f = 4,1 GHz. .................................................................................. 121
FIGURA 5.8 – Posições da antena dentro do cilindro, na direção radial (a) e longitudinal (b).
................................................................................................................................................ 122
FIGURA 5.9 – Módulo do coeficiente de reflexão para variação da posição na direção radial
do cilindro. .............................................................................................................................. 122
FIGURA 5.10 – Módulo do coeficiente de reflexão com a variação da posição na direção radial
do cilindro. .............................................................................................................................. 123
FIGURA 5.11– Módulo do coeficiente de reflexão para a rede Yagi-Uda isolada e dentro do
cilindro. ................................................................................................................................... 123
FIGURA 5.12 – Diagrama de irradiação normalizado – plano yz – para a Yagi-Uda no interior
do cilindro, para a frequência f = 4,1 GHz. ............................................................................ 124
FIGURA 5.13 – Diagrama de irradiação normalizado – plano xy – para a rede Yagi-Uda isolada
e no interior da aeronave, para a frequência f = 4,1 GHz. ...................................................... 124
FIGURA 5.14 – Modelo de simulação da antena blade e o cilindro retirada do ambiente de
simulação do HFSSTM. ............................................................................................................ 125
FIGURA 5.15 – Diagramas normalizados nos planos xy e yz para antena blade sobre o cilindro
na frequência central 4,97 GHz. ............................................................................................. 126
FIGURA 5.16 – Diagramas normalizados nos planos xy e yz para antena blade sobre o cilindro
na frequência inferior (4,38 GHz). ......................................................................................... 126
FIGURA 5.17 – Diagramas normalizados nos planos xy e yz para antena blade sobre o cilindro
na frequência superior (5,56 GHz). ........................................................................................ 127
FIGURA 5.18 – Módulo do coeficiente de reflexão para os diferentes métodos numéricos da
antena blade sobre o cilindro. ................................................................................................. 127
FIGURA 5.19 – Impedância de entrada para os diferentes métodos numéricos da antena blade
sobre o cilindro. ...................................................................................................................... 128
FIGURA 5.20 – Diagrama de irradiação normalizado – plano yz – para os diferentes métodos
numéricos da antena blade sobre o cilindro, para a frequência f = 4,97 GHz........................ 128
FIGURA 5.21 – Diagrama de irradiação normalizado – plano xy – para os diferentes métodos
numéricos da antena blade sobre o cilindro, para a frequência f = 4,97 GHz........................ 129
16

FIGURA 5.22 – Módulo do coeficiente de reflexão com a variação da posição da blade sobre
o cilindro. ................................................................................................................................ 130
FIGURA 5.23 – Impedância de entrada com a variação da posição da blade sobre o cilindro.
................................................................................................................................................ 131
FIGURA 5.24 – Diagrama normalizado – plano yz – para a antena blade com a variação ao
longo da posição sobre o cilindro, para a frequência f = 4,97 GHz. ...................................... 131
FIGURA 5.25 – Diagrama normalizado – plano xy – para a antena blade com a variação ao
longo da posição sobre o cilindro, para a frequência f = 4,97 GHz. ...................................... 132
FIGURA 5.26 – Antena blade sobre o cilindro. ..................................................................... 133
FIGURA 5.27 – Antena blade em detalhe sobre o cilindro. .................................................. 134
FIGURA 5.28 – Módulo do coeficiente de reflexão teórico e experimental para a antena blade
sobre o cilindro. ...................................................................................................................... 134
FIGURA 5.29 – Impedância de entrada teórica e experimental para a antena blade sobre o
cilindro. ................................................................................................................................... 135
FIGURA A.1 – Módulo do coeficiente de reflexão variando a quantidade de pinos que
constituem o diedro refletor utilizando o HFSSTM..................................................................144
FIGURA A.2 – Função diretividade para os planos xy (a) e yz (b) para diferentes quantidades
de pinos no diedro utilizando o HFSSTM, na frequência f = 4,1 GHz...................................145
FIGURA A.3 – Módulo do coeficiente de reflexão da rede Yagi-Uda em 4,1 GHz utilizando
um substrato de εr = 2,2..........................................................................................................146
FIGURA A.4 – Impedância de entrada da rede Yagi-Uda em 4,1 GHz utilizando um substrato
de εr = 2,2................................................................................................................................146
FIGURA A.5 – Função diretividade nos planos xy e yz da rede.............................................147
FIGURA A.6 – Módulo do coeficiente de reflexão para rede Yagi-Uda em 2,5 GHz...........148
FIGURA A.7 – Impedância de entrada para rede Yagi-Uda em 2,5 GHz..............................149
FIGURA A.8 – Função diretividade nos planos xy e yz em 2,5 GHz.....................................149
FIGURA B.1 – Módulo do coeficiente de reflexão para a antena blade com e sem o
radome.................................................................................................................................... 150
FIGURA B.2 – Impedância de entrada para a antena blade com e sem radome....................151
17

Lista de Tabelas
TABELA 2.1 – Dimensões finais do monopolo otimizado. .................................................... 34
TABELA 2.2 – Comparação do monopolo inicial e o otimizado. ........................................... 34
TABELA 2.3 – Comparação entre os modelos analisados ...................................................... 52
TABELA 3.1 – Dimensões físicas da rede Yagi-Uda com refletor.......................................... 62
TABELA 3.2 –Relação frente-costa com a variação das dimensões do plano de terra. .......... 63
TABELA 3.3 – Principais figuras de mérito com variação de d para o modelo 5 em 4,1 GHz.
.................................................................................................................................................. 66
TABELA 3.4 – Largura de feixe de 3dB para o modelo 5 na frequência de operação. ........... 70
TABELA 3.5 – Ângulo de elevação máximo no plano yz para o modelo 5, na frequência de
operação. ................................................................................................................................... 70
TABELA 3.6 – Resumo dos principais resultados para o modelo 5 na frequência de operação.
.................................................................................................................................................. 73
TABELA 3.7 – Dimensões físicas finais da rede Yagi-Uda como diedro para o modelo 5. ... 73
TABELA 3.8 – Resumo dos principais resultados para o modelo 5 na frequência de operação.
.................................................................................................................................................. 74
TABELA 3.9 – Dimensões para construção da rede Yagi-Uda. .............................................. 76
TABELA 4.1 – Características elétricas da antena da antena para DME/TCAS [40]. ............ 88
TABELA 4.2 – Dimensões físicas da antena blade otimizadas. .............................................. 98
TABELA 4.3 – Incertezas associada ao dielétrico FR4. ........................................................ 109
TABELA 5.1 – Comparação entre o MoM e FEM. ............................................................... 116
TABELA 5.2 – Comparação das simulações da Yagi-Uda + fuselagem. .............................. 119
TABELA 5.3 – Resultados da antena Yagi-Uda no interior do cilindro. ............................... 125
TABELA 5.4 – Comparação dos métodos de análise da antena blade sobre a fuselagem. ... 129
18

Sumário

1 INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 20

2 ANÁLISE DE ANTENAS MONOPOLOS .................................................................. 23


2.1 Introdução ............................................................................................................... 23
2.2 Monopolo imerso em substrato dielétrico ............................................................ 25
2.2.1 Análise paramétrica .................................................................................................. 28
2.3 Efeitos do elemento parasita – diretor .................................................................. 35
2.3.1 Análise paramétrica .................................................................................................. 38
2.4 Efeitos do elemento parasita – refletor ................................................................. 44
2.4.1 Análise paramétrica .................................................................................................. 46
2.5 Resumo do Capítulo ............................................................................................... 53

3 PROJETO E CONSTRUÇÃO DA YAGI-UDA ........................................................... 54


3.1 Introdução ............................................................................................................... 54
3.2 Formulação do problema ....................................................................................... 54
3.3 Projeto da rede Yagi-Uda ....................................................................................... 55
3.3.1 Yagi com diedro refletor........................................................................................... 63
3.3.2 Distância entre os elementos do diedro .................................................................... 65
3.3.3 Variação do plano terra............................................................................................. 67
3.3.4 Distância entre os elementos .................................................................................... 70
3.3.5 Assimetria da estrutura ............................................................................................. 72
3.4 Protótipo .................................................................................................................. 76
3.4.1 Processo de construção ............................................................................................. 77
3.4.2 Medidas das figuras de mérito .................................................................................. 79
3.4.3 Análise de resultados ................................................................................................ 85
3.5 Resumo do capítulo ................................................................................................ 86

4 PROJETO E CONSTRUÇÃO DA ANTENA BLADE ............................................... 87


4.1 Introdução ............................................................................................................... 87
4.2 Geometria inicial da antena blade ......................................................................... 89
4.3 Projeto da blade ...................................................................................................... 90
4.3.1 Profundidade dos cortes ........................................................................................... 90
4.3.2 Influência das dimensões xa e xb .............................................................................. 92
4.3.3 Influência do gap ...................................................................................................... 94
4.3.4 Influência da posição da ponta de prova .................................................................. 95
19

4.3.5 Influência da largura das fendas ............................................................................... 97


4.3.6 Influência do plano de terra ...................................................................................... 99
4.4 Protótipo ................................................................................................................ 104
4.4.1 Processo de construção ........................................................................................... 104
4.4.2 Medidas das figuras de mérito ................................................................................ 107
4.4.3 Análise dos resultados ............................................................................................ 109
4.5 Resumo do capítulo .............................................................................................. 112

5 ANÁLISE DE ANTENAS NA PRESENÇA DE UM CILINDRO METÁLICO ... 113


5.1 Introdução ............................................................................................................. 113
5.2 Métodos de análise ................................................................................................ 114
5.2.1 Método dos momentos – MoM .............................................................................. 114
5.2.2 Método dos elementos finitos – FEM .................................................................... 115
5.2.3 Método híbrido – FEM-MoM ................................................................................ 116
5.3 Yagi-Uda no interior do cilindro.......................................................................... 118
5.3.1 Análise dos efeitos da fuselagem ........................................................................... 121
5.4 Antena blade sobre o cilindro .............................................................................. 125
5.4.1 Análise dos efeitos do cilindro ............................................................................... 130
5.5 Protótipos sobre o cilindro ................................................................................... 133
5.6 Resumo do capítulo .............................................................................................. 135

6 CONCLUSÃO............................................................................................................... 137

REFERENCIAS ................................................................................................................... 140

APÊNDICE A – SIMULAÇÕES ADICIONAIS PARA YAGI-UDA ............................. 144


A.1 Introdução ............................................................................................................. 144
A.2 Número de elementos no diedro .......................................................................... 144
A.3 Variação da permissividade elétrica ................................................................... 145
A.4 Variação da frequência ........................................................................................ 147

APÊNDICE B – SIMULAÇÃO ADICIONAL PARA BLADE ........................................ 150


B.1 Introdução ............................................................................................................. 150
B.1 Radome .................................................................................................................. 150
20

1 Introdução

Antenas instaladas em plataformas de grande porte, como em aeronaves, apresentam


requisitos próprios de projeto, como peso e tamanho, que restringem a localização de sua
instalação. Portanto, o projeto destes irradiadores deve levar em consideração a influência de
fatores estruturais e aerodinâmicos [1], principalmente para antenas que estão instaladas sobre
a fuselagem. Na parte interna da aeronave, a atenção deve estar voltada para o nível de campo
elétrico na cabine, de forma a garantir que não ocorra interferência com os sistemas eletrônicos
essenciais da aeronave, cumprindo assim as normas especificadas por órgão especializados,
como a FAA (Federal Aviation Administration) [2]-[6]. Uma das aplicações recente que
demanda antenas para a parte interna da aeronave é a disponibilização de internet dentro das
cabines de aeronaves e antenas aplicadas para esse fim tem sido alvo de intensos estudos [7]-
[9].
Além do projeto de antenas para uma aplicação especifica, estudos relacionados com os
efeitos causados pela fuselagem nas características de irradiação da antena são realizados, entre
essas a polarização da onda irradiada e o nível do casamento de impedância [10]-[12]. Portanto,
nos últimos anos diversos trabalhos nessa linha vêm sendo desenvolvidos pelo Laboratório de
Antenas e Propagação do Instituto Tecnológico de Aeronáutica – LAP/ITA [13]-[15].
A topologia da antena vai depender do serviço para o qual esta é destinada, podendo ser
do tipo loop, monopolo, espira, patch, corneta dentre outras [1]. Além da aerodinâmica
favorável, características como banda larga, reconfiguração em frequência e/ou polarização têm
sido exploradas [16, 17].
Neste trabalho, voltou-se a atenção para o projeto de antenas buscando a miniaturização,
o aumento da largura de banda e diagramas conformados. Para as antenas sobre a fuselagem é
comum elas serem encapsulada por uma estrutura, denominado radome que é geralmente
constituído de paredes dielétricas [18] evitando a exposição do elemento irradiador à condições
climáticas variadas, prolongando sua vida útil. Além de prover proteção podem auxiliar na
melhora da aerodinâmica. Por ser uma topologia muito utilizada para Wi-Fi [19, 20] e indicada
para os serviços de DME (Distance Measurement Equipment) /TCAS (Traffic Colision
Avoidance System) [1], além da simplicidade e facilidade de construção, os monopolos serão o
foco de estudo.
A frequência de operação para o Wi-Fi utilizada para o projeto é 900 MHz. Os serviços
DME/TCAS estão relacionados com a segurança de voo. O DME é um equipamento para
21

medida da distancia da aeronave à estação terrena mais próxima, enquanto que, o TCAS é um
sistema de verificação de aeronaves “intrusas” dentro de uma determinada rota. A frequência
de operação desse serviço é 1,09 GHz, com uma faixa compreendida entre 960 MHz e 1,22
GHz.
Duas situações foram consideradas para análise das antenas: o caso da antena na
ausência e na presença da fuselagem. Em virtude da complexidade associada ao
desenvolvimento de métodos analíticos, ambas as análises foram realizadas por meio de
técnicas numéricas, no software de simulação eletromagnética HFSSTM (High Frequency
Structural Simulator) [21], que utiliza métodos de onda completa como o método dos
momentos (MoM), o método dos elementos finitos (FEM) ou a hibridização de ambos (FEM-
MoM).
Este trabalho apresenta dois projetos de antenas para aeronaves, ambas utilizando
monopolos. No primeiro caso, estuda-se um monopolo cilíndrico imerso em substrato dielétrico
como opção para aumento da largura de banda e miniaturização [22], disposto em rede para
obtenção de um diagrama conformado. No segundo, investiga-se um monopolo planar imerso
em um substrato dielétrico de baixo custo (FR4). As duas antenas serão ainda analisadas na
presença de um cilindro metálico que representa parte de uma aeronave.
No Capítulo 2 são apresentados os tipos e as principais características dos monopolos
de faixa estreita e técnicas para o aumento da largura de faixa de impedância [23]. A proposta
de um monopolo imerso em um substrato dielétrico [22] é introduzida e, por meio de estudos
paramétricos, as principais figuras de mérito, como impedância de entrada, diagrama de
irradiação e módulo do coeficiente de reflexão, são analisadas com a variação das dimensões
do plano de terra e comprimento do monopolo. Também são estudados os efeitos da inserção
de um elemento parasita e a variação da distância entre os elementos.
Conhecido o comportamento de um monopolo imerso em um substrato dielétrico,
conduz-se o trabalho para o projeto da rede Yagi-Uda apresentada no Capítulo 3, inicialmente
com um elemento refletor. Com a finalidade de diminuir a radiação traseira [23] um diedro
refletor foi utilizado. Essa antena foi proposta para Wi-Fi na cabine das aeronaves e por se tratar
de uma aplicação interna torna-se um fator importante para evitar a irradiação em direções
indesejadas o ângulo de elevação do diagrama de irradiação. Para possibilitar a realização das
medidas, aplicou-se ao modelo o processo de escalonamento [24], em que a frequência central
é 4,10 GHz. Por fim, é apresentado o processo de construção da antena, bem como os setups de
medidas de impedância de entrada, realizado no LAP/ITA, e de diagrama de irradiação dos
22

protótipos, realizada na câmara anecóica IFI/DCTA. Os resultados das medições são então
comparados aos teóricos.
Com o escalonamento em frequência é possível medir as antenas na presença da
fuselagem por meio de recursos disponíveis no LAP. Para isso, o comprimento elétrico do raio
da fuselagem real é igualado ao raio de um cilindro metálico, R = 250 mm, determina-se, então,
uma frequência em que ocorra essa equivalência. Esse procedimento foi adotado para ambas as
antenas projetadas.
Considerando aplicações em serviços de segurança de voo, a antena projetada no
Capítulo 4 opera em uma frequência escalonada de 4,97 GHz e trata-se de um monopolo planar
faixa larga, denominada antena blade, com a utilização de um dielétrico de baixo custo (FR4).
Estudos paramétricos foram realizados para aferir a influência dos parâmetros de projeto, como
dimensões do elemento irradiador e posição da ponta de prova sobre as características elétricas
da antena, sobretudo, por se tratar de uma geometria pouco explorada. Com base no projeto
teórico, o processo de construção do protótipo é apresentado, assim como os setups de medida
de impedância de entrada. Por fim, realiza-se uma comparação das principais figuras de mérito
com os resultados anteriormente simulados.
No Capítulo 5, realiza-se uma apresentação sucinta dos principais métodos numéricos
utilizados para análise de antenas no software HFSSTM. Além disso, as vantagens inerentes à
utilização de cada método disponível no software são destacadas, com base na experiência
obtida nos projetos realizados neste trabalho. Por fim, a rede Yagi-Uda, proposta para o interior
da cabine, é simulada em diversas posições na direção longitudinal e radial do cilindro uma vez
que a escolha da posição da instalação da antena é fator importante [1]. A antena blade também
é simulada considerando a variação na direção longitudinal do cilindro. Para ambas as antenas,
avalia-se a influência do cilindro e compara-se o tempo de simulação e memória RAM
consumida, utilizando dois tipos de métodos numéricos.
Por fim, no Capítulo 6, são discutidas as contribuições geradas, os trabalhos futuros e
as dificuldades associadas ao desenvolvimento deste trabalho.
23

2 Análise de antenas monopolos

2.1 Introdução

Os monopolos, como o próprio nome sugere, trata-se de apenas uma (mono) haste que
está posicionada sobre um plano de terra condutor, podendo ainda ser definido como metade
de um dipolo. A primeira vez que monopolos foram utilizados como transdutores de ondas
eletromagnéticas no espaço livre, em ondas guiadas é referenciada no experimento de Marconi
[25], o qual provou a possibilidade de transmissão de dados em largas distâncias por meio do
ar com a utilização de 50 fios verticais sobre um plano de terra.
Por ser considerada uma topologia de fácil construção e simples análise [23], a antena
monopolo é muito utilizada em serviços aeronáuticos, seja de forma isolada [26] ou em rede
[27]. Para o plano de terra infinito as características de irradiação são semelhantes a um dipolo,
com o dobro da diretividade e metade da impedância de entrada [23].
As antenas monopolos podem ser categorizadas como: cilíndricas ou planares. As
cilíndricas, representadas por um fio, geralmente possuem um raio r muito menor que o
comprimento de onda (λ) e um comprimento l igual a λ/4. Com base na relação l/r é possível
classificar o monopolo como: filamentar, se l/r é maior ou igual a 104, relativamente espesso,
se a relação está compreendida entre 101 e 104 e espesso se a relação é menor que 101 [28].
As variações das figuras de mérito dos monopolos cilíndricos estão, sobretudo,
relacionadas com a variação do comprimento, que é definido com base na frequência de
operação. Para a condição em que o plano de terra é truncado suas dimensões influenciam nas
figuras de mérito do monopolo, como reportado em [29, 30].
As antenas monopolos cilíndricas por apresentar um comprimento de λ/4, para
frequências muito baixas, o tamanho físico das antenas pode ser impraticável, devido a fatores
estruturais, como tamanho e aerodinâmica. Além disso, esse tipo de antena apresenta estreita
largura de banda e por isso em aplicações em que se exige maior largura de banda outras
topologias são empregadas.
Como opção para aumentar a largura de banda de impedância tem-se o monopolo planar,
dentre estes, tem-se o monopolo impresso ou em tecnologia de microfita, onde o elemento
irradiador é depositado sob um substrato de espessura h com permissividade elétrica relativa εr.
24

Esta tecnologia pode apresentar algumas vantagens, tais como baixo custo e peso, fácil
construção e instalação sob superfícies complexas [31].
A implementação em formato planar possibilitou o desenvolvimento de novas
configurações como circulares, retangulares e triangulares, conforme ilustra a Figura 2.1.

(a)

(b)

(c)
FIGURA 2.1 – Exemplo de configurações de antenas planares – circular (a), retangular (b) e
formas qualquer (c). Adaptada [32].

Portanto destaca-se como principais vantagens desse formato de antena monopolo: o


aumento da largura de banda [33], comparado com o elemento filamentar e o caráter dual band
[34] são características presentes nesse formato de antena monopolo.
As duas antenas projetadas neste trabalho são baseadas na antena monopolo, ambas
imersas em substrato dielétrico a primeira uma rede Yagi-Uda com monopolos cilíndricos e a
segunda uma antena blade, monopolo com aplicações aeronáuticas, na forma planar utilizando
substrato de baixo custo. Ambas antenas apresentam características de banda larga.
Por ser uma topologia pouco explorada, os elementos cilíndricos imersos em substrato
dielétrico serão analisados por meio de estudos paramétricos, em que o comportamento das
principais figuras de mérito é avaliado. A seguir tem-se o monopolo imerso e o efeito de
elementos parasitas computados.
25

2.2 Monopolo imerso em substrato dielétrico

Nesse capítulo, o elemento ativo é inicialmente analisado isolado e em seguida, na


presença dos parasitas, que representam o diretor e refletor na frequência central de 4,10 GHz.
Esses estudos pre-liminares são realizados com o objetivo de projetar uma rede Yagi-Uda de
elementos com monopolos cilíndricos imersos em um substrato dielétrico.
Como se trata de monopolos no interior de um substrato dielétrico o tamanho da antena
sofre alterações devido a permissividade elétrica relativa εr do substrato utilizado em (√εr)-1.
Essa topologia inicial mostra-se vantajosa, pois além da miniaturização, essa configuração
proporciona aumento da largura de banda de impedância [22].
A análise das estruturas é realizada por meio do HFSSTM e as figuras de mérito de
interesse são: a impedância de entrada, que deve ser de aproximadamente 50 Ω a fim de casar
com o conector SMA e o módulo do coeficiente de reflexão.
A Figura 2.2 ilustra a vista isométrica e lateral do modelo simulado no HFSSTM,
denominado modelo 1, ressaltando as variáveis utilizadas no projeto e as partes que compõe a
antena. Os materiais utilizados estão resumidos no mapa de cores, além dos valores iniciais
utilizados para o modelo.

(a)

Grandezas Valor
xs λ0
ys λ0
ha 0,25λg

(b)
FIGURA 2.2 – Vista isométrica (a) e lateral (b) da antena monopolo imersa no substrato
dielétrico.
26

As variáveis associadas ao modelo que será analisada são: largura do plano de terra (xs),
comprimento do plano de terra (ys), espessura do substrato (hs) e comprimento do elemento
ativo (ha).
Considerando λ0 o comprimento de onda no espaço livre na frequência central de projeto
e λg o comprimento de onda guiado no substrato com permissividade elétrica εr = 2,55, obtém-
se resultados das figuras de mérito da antena.
O comportamento com a frequência da perda de retorno em dB, e da impedância de
entrada é apresentada na Figura 2.3.

50j
0,0
25j 100j

-2,5
|Coeficiente de reflexão| (dB)

-5,0 10j
5,1 GHz
250j

-7,5
10 25 50 100 250

-10,0 4,1 GHz

-10j -250j
-12,5
4,35 GHz

-15,0 3,1 GHz


-25j -100j
3,25 3,50 3,75 4,00 4,25 4,50 4,75 5,00
Frequência (GHz) -50j

(a) (b)
FIGURA 2.3 – Módulo do coeficiente de reflexão (a) e impedância de entrada (b) para o
modelo 1 inicial.

Pela Figura 2.3(b) a impedância de entrada apresenta uma reatância alta em torno de 30
Ω, quando comparada o caso ideal como sendo próxima de zero. O melhor ponto para o módulo
do coeficiente de reflexão pela Figura 2.3(a) encontra-se em uma frequência f = 4,35 GHz, que
está acima da frequência de central. Nas Figuras 2.4 e 2.5 tem-se a função diretividade
tridimensional e nos planos yz e xy, nesta ordem.
27

FIGURA 2.4 – Diagrama de irradiação tridimensional para o modelo 1, na frequência f = 4,1


GHz.

0
10
330 30
5

0
300 60
-5

-10

-15

-20 270 90

-15

-10

-5
240 120
0

5 D() - Plano yz
210 150 D() - Plano xy
10
180

FIGURA 2.5 – Função diretividade nos planos yz e xy para o modelo 1, na frequência f = 4,1
GHz.

A Figura 2.4 indica que a função diretividade apresenta valor máximo de 2,86 dB, no
entanto, pela Figura 2.5 a função diretividade no plano xy o valor máximo é 2,53 dB, com
ripples de até 4 dB, e 0,787 dB no plano yz quando θ = 316°. Portanto, o ângulo de máxima
irradiação não se encontra nos planos principais (xy ou yz). O valor máximo da função
diretividade ocorre quando θ = 74º e ϕ = 296º.
28

2.2.1 Análise paramétrica

Para melhorar o casamento de impedância e aumentar a diretividade um estudo


paramétrico foi realizado variando-se o comprimento do monopolo, as dimensões do plano de
terra e a espessura do substrato. Esta análise é importante para entender como as características
de irradiação são influenciadas pelos parâmetros da antena e assim ter condições de propor
modificações na geometria para que o ponto de melhor casamento seja a frequência central,
bem como, precaver o projetista sobre os efeitos produzidos com as modificações na geometria
da antena. Para essa e as demais analises parametricas considera-se a variação de uma
dimensão, enquanto que, as demais permanecem fixas.

a) Variação das dimensões do plano terra

Avaliando a relação l/r (= 0,25λg/0,014λg) do monopolo utilizado, observa-se que essa


relação está compreendida entre 101 e 104 e segundo [28], o elemento é classificado como
relativamente espesso, portanto, as dimensões do plano de terra influenciam na distribuição de
corrente do elemento. A seguir a variação paramétrica das dimensões do plano de terra é
realizada.
A Figura 2.6 ilustra a variação da função diretividade no plano yz com relação a um dos
lados do plano de terra. Nota-se que aumento dessa dimensão causa uma diminuição nos níveis
de diretividade, bem como nos níveis dos lóbulos traseiros. Para essa variação paramétrica
considera-se o ys = λ0 e há = 0,25λg.
0
5
330 30
0

-5
300 60
-10

-15

-20 270 90

-15
xs = 0,80
-10
xs = 0,90
240 120
-5 xs = 1,00
0 xs = 1,10
5
210 150 xs = 1,20
180

FIGURA 2.6 – Função diretividade com variação paramétrica da largura do plano de terra
para o modelo 1 com o HFSSTM no plano yz para a frequência f = 4,1 GHz.
29

A Figura 2.7 mostra o comportamento da função diretividade no plano xy, observa-se


que com a diminuição de um dos lados do plano de terra há uma diminuição nos ripples de
aproximadamente 4 dB quando xs = λ0 para 2,2 dB quando xs = 0,8λ0.

0
5
330 30
0

-5
300 60
-10

-15

-20 270 90

-15 xs = 0,80
-10 xs = 0,90
-5
240 120 xs = 1,00
xs = 1,10
0
210 150
xs = 1,20
5
180

FIGURA 2.7 – Função diretividade com variação paramétrica da largura do plano de terra
para o modelo 1 com o HFSSTM no plano xy na frequência f = 4,1 GHz.

A Figura 2.8 ilustra a impedância de entrada e as setas para cada curva indicam a
frequência central. Observa-se que a curva que apresenta o melhor casamento na frequência
central, ou seja, está mais próximo ao centro da carta de Smith, é quando xs = λ0 (curva azul). É
possível, na Figura 2.8, observar o deslocamento do ponto da frequência de operação indicada
pelas setas.
50j

25j 100j

5,1 GHz
10j 250j

xs = 0,80
10 25 50 100 0,90
xs =250
xs = 1,00
xs = 1,10
-10j -250j
xs = 1,20

-25j
3,1 GHz -100j

-50j

FIGURA 2.8 – Impedância de entrada com variação paramétrica da largura do plano de terra
utilizando o HFSSTM.
30

O módulo do coeficiente de reflexão com relação a largura do plano de terra é mostrado


na Figura 2.9, com o aumento na largura o melhor ponto da perda de retorno desloca-se para
uma frequência inferior (curva rosa). Devido a natureza cíclica da estrutura a curva
correspondente a xs = 1,2λ0 está em uma frequência superior, comparada com o caso anterior a
ela (xs = 1,1λ0), pois a diferenteça entre o primeiro caso (xs = 0,8λ0) e o ultimo caso (xs = 1,2λ0)
é de 0,4λ0, ou seja, uma volta completa (0,5λ) na carta de Smith está próxima a ser completada
o que significa a repetição do comportamento das curvas.
Descartando a natureza cíclica de xs, é possível deduzir pelo gráfico que o ponto de
menor módulo do coeficiente de reflexão na frequência de projeto está compreendido entre
1,0λ0> xs >1,1λ0.

0,0

-2,5
|Coeficiente de reflexão| (dB)

-5,0

-7,5
xs = 0,80
xs = 0,90
-10,0
xs = 1,00
xs = 1,10
-12,5
xs = 1,20

-15,0
3,25 3,50 3,75 4,00 4,25 4,50 4,75 5,00
Frequência (GHz)

FIGURA 2.9 – Módulo do coeficiente de reflexão com variação paramétrica do comprimento


do plano de terra utilizando o HFSSTM.

Como a variação e de ys apresenta resultados semelhantes a xs, os gráficos para essa


variável é omitida. Adota-se o valor otimizado do ys igual a xs.
Refinando a simulação para o intervalo identificado, então, o comprimento e largura que
apresentaram melhor nível de casamento e diretividade foram xs = ys = 1,06λ0.
A variação com relação ao comprimento do monopolo foi realizada, para constatar se o
monopolo dentro do substrato dielétrico apresenta a mesma tendência que o monopolo no ar.
31

b) Variação do comprimento do elemento ativo

Utilizando os valores otimizados para as dimensões do plano de terra a Figura 2.10


apresenta o módulo do coeficiente de reflexão em dB e a Figura 2.11 a impedância de entrada
em funçãoo da frequência com a variação do comprimento do monopolo. O valor calculado
para o comprimento do monopolo de λg/4 na frequência de projeto foi aproximadamente
0,249λg (11,445 mm).
0
|Coeficiente de reflexão| (dB)

-5

-10

ha = 0,218g
-15 ha = 0,240g
ha = 0,261g
ha = 0,283g
-20
3,25 3,50 3,75 4,00 4,25 4,50 4,75 5,00
Frequência (GHz)

FIGURA 2.10 – Módulo do coeficiente de reflexão com variação paramétrica do


comprimento do monopolo com a utilização do HFSSTM.

Pela Figura 2.10, nota-se que a diminuição do comprimento do monopolo gera uma
degradação do nível de casamento da estrutura, bem como um deslocamento em frequência do
melhor ponto para f > f0, e com o aumento ocorre um deslocamento para uma frequência menor,
f < f0. Considera-se as dimensões do plano de terra otimizadas xs = ys = 1,06λ0.
50j

25j 100j

10j 250j

5,1 GHz
10 25 50 100 250

ha = 0,218g
-10j ha = 0,240g -250j

ha = 0,261g
3,1 GHz
ha = 0,283g
-25j -100j

-50j

FIGURA 2.11 – Impedância de entrada com variação paramétrica do comprimento do


monopolo com a utilização do HFSSTM.
32

Portanto, por essas variações é possível concluir o comprimento do monopolo que


apresenta melhor casamento será 0,284λg (≈13 mm). Vale ressaltar que o monopolo é o
elemento ressonante do modelo 1, então, as variações notadas na Figura 2.10 eram esperadas,
visto que, à medida que o comprimento é variado a frequência de ressonância também é
alterada.
Na Figura 2.11 tem-se uma melhora do casamento de impedância com o aumento do
comprimento do ativo percebe-se a aproximação desse ponto do círculo de 50 + i0 Ω. Além da
dimensão do plano de terra (xs, ys) e o comprimento do monopolo (ha), a espessura do substrato
(hs) foi analisada, para o caso em que ela é maior que o monopolo.

c) Variação da espessura do substrato

Inicialmente a espessura do substrato é igual ao comprimento do monopolo:


hs = ha = 0,25λg. Na Figura 2.12 tem-se o comportamento do módulo do coeficiente de reflexão
com a variação da espessura do substrato dielétrico.
0,0
hs = 0,261g
-2,5 hs = 0,272g
hs = 0,283g
|Coeficiente de reflexão| (dB)

-5,0 hs = 0,294g

-7,5

-10,0

-12,5

-15,0
3,25 3,50 3,75 4,00 4,25 4,50 4,75 5,00
Frequência (GHz)

FIGURA 2.12 – Módulo do coeficiente de reflexão com a variação paramétrica da espessura


do substrato coma utilização do HFSSTM.

O estudo paramétrico considerando o aumento da espessura do substrato foi realizado a


fim de conhecer a influência desse parâmetro, no entanto, devido a limitações na construção,
vamos considerar a espessura do substrato igual ao comprimento otimizado do monopolo, que
é: ha = 0,284λg. A Figura 2.13 mostra o comportamento da impedância de entrada e o módulo
do coeficiente de reflexão para o monopolo otimizado com base nos estudos paramétricos.
33

50j
0,0
25j 100j
-2,5
|Coeficiente de reflexão| (dB)

-5,0
10j 250j
-7,5

-10,0 3,1 GHz


10 25 50 100 250
-12,5 4,1 GHz

-15,0 -10j -250j

4,1 GHz 3,1 GHz


-17,5

-20,0 -25j -100j

3,25 3,50 3,75 4,00 4,25 4,50 4,75 5,00


-50j
Frequência (GHz)

(a) (b)
FIGURA 2.13 – Módulo do coeficiente de reflexão em dB (a) e impedância de entrada (b)
para o monopolo otimizado dentro do substrato.

A otimização do monopolo permitiu odeslocamento do ponto de melhor casamento para


a frequência central, conforme Figura 2.13. Tem-se as dimensões otimizadas: comprimento do
monopolo ha = 0,284λg (≈13 mm) e plano de terra com dimensões xs = ys = 1,06λ0, em que a
espessura do substrato coincide com o comprimento do monopolo. A função diretividade
tridimensional e os planos yz e xy são mostrados nas Figuras 2.14 e 2.15, respectivamente. Na
Tabela 2.1 tem-se as dimensões finais para o monopolo otimizado.

FIGURA 2.14 – Função diretividade tridimensional para o modelo 1 otimizado na frequência


f = 4,1 GHz.
34

0
5
330 30
0

-5
300 60

-10

-15

-20 270 90

-15

-10

240 120
-5

0 D() - plano yz
210 150 D() - plano xy
5
180

FIGURA 2.15 – Função diretividade nos planos yz e xy para o modelo 1 otimizado na


frequência f = 4,1 GHz.

TABELA 2.1 – Dimensões finais do monopolo otimizado.

Plano de terra Monopolo


xs 1,06λ0 raio 0,014λg
ys 1,06λ0
ha 0,284λg
hs 0,284λg

A seguir a Tabela 2.2 resume as figuras de mérito da antena analisada do modelo inicial
até o otimizado, nota-se um aumento da parte real da impedância e consequentemente a melhora
no casamento de impedância em 5,46 dB. Esse aumento decorreu da modificação do plano de
terra de aproximadamente 0,036λ0 da condição inicial e o do ajuste do comprimento do
monopolo. Esses dados são referentes a frequência de 4,1 GHz.

TABELA 2.2 – Comparação do monopolo inicial e o otimizado.

Grandeza Monopolo inicial Monopolo Otimizado


|Г| -7,85 dB -13,31 dB
Zin 21,66 + i11,74 Ω 42,13 + i18,12 Ω
Diretividade 2,86 dB (θ = 74°, ϕ = 296°) 3,75 dB (θ = 60°, ϕ = 40°)
35

2.3 Efeitos do elemento parasita – diretor

Nesta seção, é adicionado ao modelo anterior um elemento parasita com comprimento


inferior ao do monopolo projetado, onde esse novo elemento parasita menor será denominado
diretor. A impedância de entrada e o diagrama de irradiação do conjunto serão analisados e as
suas respectivas influências são contabilizadas. A disposição do monopolo com o parasita e as
dimensões iniciais são ilustrados na Figura 2.16 pelas vistas isométrica e lateral, que será
referenciado como modelo 2.

(a)

Grandezas Valor
xs = ys 1,06λ0
ha 0,284λg
hd λg/6
d1 0,05λg
(b)
FIGURA 2.16 – Vistas isométrica (a) e lateral (b) da antena monopolo na presença dos
parasitas com comprimento menor (diretor), denominado modelo 2.

Utilizando as dimensões iniciais mostradas na Figura 2.16, o módulo do coeficiente de


reflexão e impedância de entrada e a função diretividade nos planos yz e xy tridimensional
obtidos, são ilustrados nas Figuras 2.17, 2.18 e 2.19, respectivamente.
36

50j
0,0
25j 100j

-2,5
|Coeficiente de reflexão| (dB)

-5,0 10j 250j


5,1 GHz

-7,5
10 25 50 100 250

-10,0
4,1 GHz
-10j -250j
-12,5 3,1 GHz
3,97 GHz
-15,0
-25j -100j
3,25 3,50 3,75 4,00 4,25 4,50 4,75 5,00
Frequência (GHz) -50j

(a) (b)
FIGURA 2.17 – Modulo do coeficiente de reflexão (a) e impedância de entrada (b) para o
caso inicial do modelo 2.

Como mostrado na Figura 2.17 o ponto de melhor casamento sofreu um deslocamento


em frequência quando o parasita foi inserido na estrutura.
A impedância de entrada quando comparada com modelo 1 otimizado, na frequência de
operação (4,1 GHz), quando o parasita é incluído causa uma diminuição no valor tanto para a
parte real, de aproximadamente 13Ω, como para a parte imaginária, de 9,6 Ω, conforme
deslocamento apresentado das curvas nas Figuras 2.13(b) e 2.17(b).
Segundo [35] a impedância de entrada para o monopolo na presença de parasitas pode
ser modelada como um RLC série, em que na frequência de ressonância a impedância de
entrada é puramente real para comprimento λ/4 e para comprimentos diferentes de λ/4 uma
porção reativa aparece, podendo ser capacitiva para comprimentos menores e indutiva para
comprimentos maiores.
Nota-se que a impedância do modelo 1 otimizado apresenta características indutiva com
um monopolo com comprimento ha = 0,284λg e a inclusão do elemento menor, denominado
diretor com comprimento: hd = 0,1665λ, causa uma diminuição da parte reativa da impedância,
evidenciando o que foi dito em [35]. A Figura 2.18 indica que o máximo da função diretividade
ocorre quando θ = 90° e ϕ = 64º com valor de aproximadamente 3,0 dB.
37

0
5
330 30
0

-5
300 60

-10

-15

-20 270 90

-15

-10

240 120
-5

0
D() - Plano yz
210 150
5 D() - Plano xy
180

FIGURA 2.18 – Função diretividade para o caso inicial do modelo 2, para frequência f = 4,1
GHz.

No entanto, pelo diagrama tridimensional o valor máximo da diretividade equivale a


cerca de 4,5 dB, conforme Figura 2.19, ou seja, o máximo não está localizado nos planos
principais. O valor máximo da diretividade ocorre quando θ = 64º e ϕ = 56º.

FIGURA 2.19 – Diagrama tridimensional para o caso inicial do modelo 2, para frequência f =
4,1 GHz.
38

2.3.1 Análise paramétrica

Para verificar a influencia da distancia entre os elementos (d1), comprimento do diretor


(hd), dimensões do plano de terra (xs, ys) e assimetria do substrato dielétrico em relação ativo
sobre o módulo do coeficiente de reflexão, impedância de entrada e função diretividade são
avaliadas mediante variações parametricas.

a) Distância entre o ativo e diretor

A Figura 2.20, que ilustra o comportamento do módulo do coeficiente de reflexão em


dB com a variação da distância entre o ativo e diretor (d1), mostra que é possível o aumento da
largura de faixa de impedância apenas com a diminuição desse parâmetro, conforme mostrado
abaixo. Lembrar que os demais parâmetros permanecem fixos.

0,0
hd = 0,16650
-2,5
|Coeficiente de reflexão| (dB)

-5,0

-7,5

-10,0

-12,5
d1 = 0,050
-15,0 d1 = 0,070
d1 = 0,090
-17,5
d1 = 0,110
-20,0
3,25 3,50 3,75 4,00 4,25 4,50 4,75 5,00
Frequência (GHz)

FIGURA 2.20 – Módulo do coeficiente de reflexão com a variação paramétrica de d1 para o


modelo 2 com a utilização do HFSSTM.

Na Figura 2.21 tem-se o comportamento da impedância de entrada com a variação da


distância d1. As setas indicam o ponto da frquencia central.
39

50j

25j 100j

10j 250j
5,1 GHz

10 25 50 100 250

d1 = 0,050
-10j d1 = 0,070 -250j

3,1 GHz d1 = 0,090


d1 = 0,110
-25j -100j

-50j

FIGURA 2.21 – Impedância de entrada com a variação paramétrica de d1 para o modelo 2


com a utilização do HFSSTM.

A Figura 2.22 apresenta o comportamento da função diretividade nos planos xy (a) e yz


(b), percebe-se que o nível da diretividade não sofre alteração significativa com a variação de
d1.

0 0
5 5
330 30 330 30
0 0

-5 -5
300 60 300 60
-10 -10

-15 -15

-20 270 90 -20 270 90

-15 -15

-10 -10
240 120 240 d1 = 0,050 120
-5 -5
d1 = 0,070
0 0 d1 = 0,090
210 150 210 150
5 5 d1 = 0,110
180 180

(a) (b)
FIGURA 2.22 – Função diretividade com a variação paramétrica de d1 para o modelo 2
com a utilização do HFSSTM.
40

Como a função diretividade não foi alterada de forma significativa com a variação da
distância entre os elementos, então, a decisão da distância ideal será com base nas respostas de
perda de retorno e impedância de entrada, mostradas nas Figuras 2.20 e 2.21.
Portanto, a distância d1 = 0,05λg é utilizado nas próximas análises.

b) Comprimento do diretor

Na Figura 2.23 tem-se o módulo do coeficiente de reflexão (a) e a impedância de entrada


(b) com a variação paramétrica do comprimento do diretor (hd), que inicialmente é igual a λg/6.

0 50j

25j 100j

-5
|Coeficiente de reflexão| (dB)

-10 10j 250j

-15
hd = 0,1465 g 10 25 50 100 250

-20 hd = 0,1565 g hd = 0,1465 g


hd = 0,1665 g hd = 0,1565 g
-10j -250j
-25 hd = 0,1765 g hd = 0,1665 g
hd = 0,1865 g hd = 0,1765 g
-30 hd = 0,1865 g
-25j -100j
3,25 3,50 3,75 4,00 4,25 4,50 4,75 5,00
Frequência (GHz) -50j

(a) (b)
FIGURA 2.23 – Módulo do coeficiente de reflexão (a) e impedância de entrada (b) com
variação paramétrica de hd para o modelo 2 utilizando o HFSSTM.

O módulo do coeficiente de reflexão apresentou diminuição no nível à medida que o


comprimento do diretor foi reduzido, nota-se que o melhor ponto de casamento corresponde a
hd = 0,14465λg. Realizando simulações adicionais para encontrar o valor ótimo para
comprimentos menores que o apresentado na legenda, o valor de hd que apresentou melhor
casamento de impedância na frequência central foi hd = 0,135λg (≈ 6,2 mm).
A função diretividade não variou de forma significativa com o comprimento do diretor
e, portanto, seus resultados foram omitidos.
41

c) Dimensões do plano de terra

A influência do plano de terra será levada em consideração por meio da variação das
suas dimensões, a Figura 2.24 mostra o comportamento do módulo do coeficiente de reflexão
com a variação paramétrica da largura, para o modelo 2. O comportamento com a variação do
comprimento é semelhante ao comportamento com a variação da largura do plano de terra,
então a curva foi omitida.

0,0
xs = 1,040
-2,5
xs = 1,050
|Coeficiente de reflexão| (dB)

-5,0 xs = 1,060
xs = 1,070
-7,5
xs = 1,080
-10,0

-12,5

-15,0

-17,5

-20,0
3,25 3,50 3,75 4,00 4,25 4,50 4,75 5,00
Frequência (GHz)

FIGURA 2.24 – Módulo do coeficiente de reflexão com a variação paramétrica da largura (xs)
do plano de terra para o modelo 2 com a utilização do HFSSTM.

Inicialmente as dimensões do plano de terra é 1,06λ0 x 1,06λ0. Nota-se na Figura 2.24


que à medida que a largura do plano de terra (xs) aumenta o ponto de melhor casamento desloca-
se para uma frequência menor, que é desejável.
Portanto, restringindo a análise paramétrica para valores, entre λ0 e 1,06λ0, o
comprimento e largura do plano de terra que apresentou melhor casamento de impedância em
4,1 GHz foram xs = ys = 1,034λ0.
Os valores otimizados das dimensões do plano de terra são utilizados para as próximas
analises.
42

d) Variável de assimetria a

Devido ao substrato dielétrico e a presença do plano terra, a impedância de entrada e a


direção de máxima irradiação será alterada a medida que o substrato se encontra assimétrico
em relação ao elemento ativo, isto é, o elemento ativo encontra-se em uma posição diferente
ys/2 (0,517λ0) em relação a borda do substrato. Quando o elemento ativo se encontra no centro
do substrato a = 0 mm. Para isso uma nova variável foi criada, denominada de assimetria,
conforme Figura 2.16.
Nas Figuras 2.25 e 2.26 o comportamento do módulo do coeficiente de reflexão e da
impedância de entrada com a são mostrada, respectivamente.
0
a = 0,1360
ys/2 = 0,5170
a = 0,2730
|Coeficiente de reflexão| (dB)

-5 a = 0,4100

-10

-15

-20
3,25 3,50 3,75 4,00 4,25 4,50 4,75 5,00
Frequência (GHz)

FIGURA 2.25 – Módulo do coeficiente de reflexão com a variação paramétrica da assimetria


para o modelo 2 utilizando o HFSSTM.
50j

25j 100j

ys/2 = 0,5170

10j 250j

10 25 50 100 250

-10j
a = 0,1360 -250j

a = 0,2730
a = 0,4100
-25j -100j

-50j

FIGURA 2.26 – Impedância de entrada com a variação paramétrica da assimetria para o


modelo 2 utilizando o HFSSTM.
43

A variação de a apresenta melhor casamento quando a é maior que 0,410λ0, ou seja,


quando a estrutura se aproxima da condição de simetria. Portanto, considerando a influência da
distância do ativo ao diretor (d1), o comprimento do diretor (hd), largura (xs) e comprimento (ys)
do plano de terra e da condição de assimetria é possível determinar dimensões para a estrutura
otimizada. Nas Figuras 2.27 e 2.28 as curvas de módulo de coeficiente de reflexão em dB e
impedância de entrada foram apresentadas.

0,0

-2,5
|Coeficiente de reflexão| (dB)

-5,0

-7,5

-10,0

-12,5

-15,0 4,75 GHz

-17,5
4,0 GHz
-20,0
3,25 3,50 3,75 4,00 4,25 4,50 4,75 5,00
Frequência (GHz)

FIGURA 2.27 – Módulo do coeficiente de reflexão otimizado para o modelo 2.

50j

25j 100j

5,1 GHz
10j 250j

10 25 50 100 250

4,1 GHz
-10j -250j
3,1 GHz

-25j -100j

-50j

FIGURA 2.28 – Impedância de entrada otimizada para o modelo 2.


44

Mediante ao estudo paramétrico é notável a sensibilidade da perda de retorno e da


impedância de entrada com a variação das dimensões do plano de terra, bem como da distância
entre o ativo e o diretor. A otimização do modelo 2 possibilitou um aumento da largura de banda
de impedância de 8,54% para 25%.

2.4 Efeitos do elemento parasita – refletor

Nesta seção, é adicionado ao modelo 1 um elemento parasita que pode ter comprimento
igual ou maior ao do monopolo projetado, onde esse elemento parasita igual ou maior será
denominado refletor. Essa configuração monopolo mais refletor é denominado modelo 3,
conforme Figura 2.29.

(a)
Grandezas Valor
xs = ys 1,06λ0
ha 0,284λg
hr 0,284λg
d2 0,25λg
(b)
FIGURA 2.29 – Vistas isométrica (a) e lateral (b) da antena monopolo na presença dos
parasitas com comprimento maior ou igual (refletor), denominado modelo 3.

O novo parasita pode apresentar um comprimento igual ou maior que o elemento ativo
e sua função é evitar a irradiação para trás, por isso é denominado como refletor. Supondo
dimensões iniciais: comprimento igual ao monopolo ativo (ha) e uma distância entre os
elementos d2 = 0,25λg, valor igual ao utilizado para Yagi-Uda convencional [23] e dimensões
do plano de terra de xs = ys = 1,06λ0, o módulo do coeficiente de reflexão e a impedância de
entrada são mostrados nas respectivas Figuras 2.30, 2.31.
45

0,0

-2,5

|Coeficiente de reflexão| (dB)


-5,0

-7,5

-10,0

-12,5
4,35 GHz
-15,0
3,25 3,50 3,75 4,00 4,25 4,50 4,75 5,00
Frequência (GHz)

FIGURA 2.30 – Módulo do coeficiente de reflexão para o caso inicial do modelo 3.

A inclusão do elemento com mesmo comprimento que o elemento ativo causou um


deslocamento em frequência de aproximadamente 250 MHz, em relação a frequência central
(4,10 GHz), conforme Figura 2.30.
50j

25j 100j

10j 250j
5,1 GHz

10 25 50 100 250

4,1 GHz
-10j -250j

-25j
3,1 GHz -100j

-50j

FIGURA 2.31 – Impedância de entrada para caso inicial do modelo 3.

Quantitativamente a mudança da impedância de entrada foi para a parte real de


aproximadamente 20,48 Ω, para o modelo 1 otimizado é 42,13 Ω e com a inclusão do parasita
21,65 Ω. Para a parte imaginaria observou-se uma redução de 6,38 Ω, passou de 18,12 Ω para
11,74 Ω, conforme comparação entre Figura 2.31 e 2.28.
46

2.4.1 Análise paramétrica

a) Distância entre o ativo e o refletor

As Figuras 2.32 e 2.33 mostram o comportamento do módulo do coeficiente de reflexão


em dB e a impedância de entrada com relação a distância entre o ativo e o refletor,
respectivamente.
0,0

-2,5
|Coeficiente de reflexão| (dB)

-5,0

-7,5

-10,0
d2 = 0,1g
-12,5 d2 = 0,2g
d2 = 0,3g
-15,0 d2 = 0,4g
d2 = 0,5g
-17,5
d2 = 0,6g
-20,0
3,25 3,50 3,75 4,00 4,25 4,50 4,75 5,00
Frequência (GHz)

FIGURA 2.32 – Módulo do coeficiente de reflexão com variação paramétrica d2 para o


modelo 3 utilizando o HFSSTM.

50j

25j 100j

10j 250j

5,1 GHz
10 25 50 100 250

d2 = 0,1g
d2 = 0,2g
-10j
d2 = 0,3g -250j

3,1 GHz d2 = 0,4g


d2 = 0,5g
-25j d2 = 0,6g-100j

-50j

FIGURA 2.33 – Impedância de entrada com variação paramétrica de d2 para o modelo 3


utilizando o HFSSTM.

Com base nas Figuras 2.32 e 2.33 a distância entre os elementos que ´utilizada nas
próximas analises é d2 = 0,40λg.
47

b) Comprimento do refletor

Na Figura 2.34 tem-se o modulo do coeficiente de reflexão com a variação do


comprimento do refletor (hr) e na Figura 2.35 tem-se a impedância para a mesma variação.
Considerando ha = 0,284λg.
0,0

-2,5 hr = 0,284g
hr = 0,305g
|Coeficiente de reflexão| (dB)

-5,0
hr = 0,327g
-7,5

-10,0

-12,5

-15,0

-17,5

-20,0
3,25 3,50 3,75 4,00 4,25 4,50 4,75 5,00
Frequência (GHz)

FIGURA 2.34 – Módulo do coeficiente de reflexão com variação paramétrica de hr para o


modelo 3 utilizando o HFSSTM.

A variação do módulo do coeficiente de reflexão com o comprimento do refletor,


mostrado na Figura 2.34 evidencia que o aumento do comprimento do refletor gera uma
melhora nos níveis de casamento
Para a função diretividade nos planos yz e xy os gráficos não apresentaram diferenças
significativas e por isso foram omitidos. Observa-se pela Figura 2.35 que à medida que o
comprimento do refletor aumenta a reatância tende a diminuir.
50j

25j 100j

10j 250j

5,1 GHz

10 25 50 100 250

3,1 GHz
-10j
hr = 0,284g -250j
hr = 0,305g
hr = 0,327g
-25j -100j

-50j

FIGURA 2.35 – Impedância de entrada com variação paramétrica de hr para o modelo 3


utilizando o HFSSTM.
48

Embora apresente melhora no casamento o comprimento hr será mantido igual a 0,284λg


para facilitar a construção do protótipo.

c) Dimensões do plano de terra

Com o comprimento do refletor de 0,284λg (13,0 mm) e distância entre os elementos


ativo e o refletor: d2 = 0,4λg, a variação da largura (xs) e do comprimento (ys) do plano de terra
são mostrados nas Figuras 2.36, 2.37 para o módulo do coeficiente de reflexão e a impedância
de entrada, nessa ordem.

0,0 0,0

-2,5 -2,5
|Coeficiente de reflexão| (dB)

-5,0 |Coeficiente de reflexão| (dB) -5,0

-7,5 -7,5

-10,0 -10,0
xs = 1,040 ys = 1,040
-12,5 -12,5
xs = 1,050 ys = 1,050
-15,0 xs = 1,060 -15,0 ys = 1,060
xs = 1,070 ys = 1,070
-17,5 xs = 1,080 -17,5 ys = 1,080

-20,0 -20,0
3,25 3,50 3,75 4,00 4,25 4,50 4,75 5,00 3,25 3,50 3,75 4,00 4,25 4,50 4,75 5,00
Frequência (GHz) Frequência (GHz)
(a) (b)
FIGURA 2.36 – Módulo do coeficiente de reflexão com variação paramétrica da largura (a)
e do comprimento (b) do plano de terra para o modelo 3 utilizando o HFSSTM.
50j 50j

25j 100j 25j 100j

10j 250j 10j 250j

5,1 GHz 5,1 GHz


10 25 50 100 250 10 25 50 100 250

xs = 1,040 ys = 1,040

-10j xs = 1,050 -250j -10j


ys = 1,050 -250j
3,1 GHz 3,1 GHz
xs = 1,060 ys = 1,060
xs = 1,070 ys = 1,070
-25j xs = 1,080 -100j -25j ys = 1,080 -100j

-50j -50j

(a) (b)
FIGURA 2.37 – Impedância de entrada com variação paramétrica da largura (a) e do
comprimento (b) do plano de terra para o modelo 3 utilizando o HFSSTM.
49

Pelos gráficos do módulo do coeficiente de reflexão na Figura 2.36, à medida que o ys


ou a xs eram aumentados o melhor ponto tende a ser deslocado para uma frequência menor,
enquanto que a largura ou comprimento menor fornece uma impedância mais próxima do ponto
50 + i0 Ω, conforme Figura 2.37.
A estratégia adotada consiste na diminuição de xs e aumento do comprimento de forma
proporcional, assim enquanto o aumento do comprimento causa um deslocamento de
frequência para baixo a diminuição da largura causa um deslocamento para cima. Seguindo
essa estratégia a dimensão do plano de terra encontrado foi xs = 0,86λ0 e ys = 1,59λ0.

d) Variável de assimetria a

Por fim, a assimetria foi analisada para o módulo do coeficiente de reflexão e


impedância de entrada que são mostradas nas Figuras 2.38 e 2.39, respectivamente. Utilizando
o valor otimizado para as dimensões do plano de terra, tem-se ys/2 = 58,17 mm. Lembrar que
a = ys/2 = 58,17 mm equivale a estrutura simétrica.

0,0

-2,5
|Coeficiente de reflexão| (dB)

-5,0

a = 0,4100
-7,5
a = 0,4780
a = 0,5460
-10,0
a = 0,6150
-12,5 a = 0,6830
a = 0,7520
-15,0
3,25 3,50 3,75 4,00 4,25 4,50 4,75 5,00
Frequência (GHz)

FIGURA 2.38 – Módulo do coeficiente de reflexão com variação paramétrica da assimetria


do plano de terra para o modelo 3 utilizando o HFSSTM.
50

50j

25j 100j

10j 250j

a = 0,4100
10 25 50 100 250
a = 0,4780
a = 0,5460
-10j a = 0,6150
-250j

a = 0,6830
a = 0,7520
-25j -100j

-50j

FIGURA 2.39 – Impedância de entrada com variação paramétrica da assimetria do plano de


terra para o modelo 3 utilizando o HFSSTM.

O valor de a que apresentou melhor resposta para perda de retorno e impedância de


entrada é de 0,765λ0. As Figuras 2.40 ilustra as curvas do módulo do coeficiente de reflexão e
impedância de entrada para o modelo 3.

50j
0
25j 100j

-5
|Coeficiente de reflexão| (dB)

10j 250j

-10
5,1 GHz
10 25 50 100 250
-15
4,1 GHz

-20 -10j -250j


3,1 GHz
4,1 GHz

-25
-25j -100j
3,25 3,50 3,75 4,00 4,25 4,50 4,75 5,00
Frequência (GHz) -50j

(a) (b)
FIGURA 2.40 – Módulo do coeficiente de reflexão (a) e impedância de entrada para o
modelo 3 otimizado
51

Como observado, a inclusão do parasita de comprimento menor proporcionou um


aumento da largura de banda, dependendo da distância entre ele e o elemento ativo, conforme
estudo paramétrico, além disso, devido ao comportamento capacitivo foi possível diminuir a
parte reativa da impedância de entrada e consequentemente melhorar o casamento da antena
com a alimentação. Por outro lado, o elemento de comprimento maior teve influência,
sobretudo, no nível da diretividade, evitando a radiação para trás e direcionando a energia na
direção do ativo (para frente).
Comparando a Figura 2.14, que ilustra a função diretividade tridimensional para o
modelo 1 otimizado, e a Figura 2.41, que ilustra o modelo 3 otimizado, observa-se a influência
no formato do diagrama com a inserção do refletor. Na Figura 2.42 tem-se a comparação da
função diretividade planos principais: yz e xy para os dois modelos, respectivamente.
Na Tabela 2.3 tem-se a comparação do modulo do coeficiente de reflexão, impedância
de entrada e diretividade na frequência de operação entre os três modelos.

FIGURA 2.41 – Diagrama tridimensional da função diretividade em dB para o modelo 3,


na frequência f = 4,1 GHz.
52

0 0
5 5
330 30 330 30
0 0

-5 -5
300 60 300 60

-10 -10

-15 -15

-20 270 90 -20 270 90

-15 -15
D() - modelo 1
-10 D() - modelo 3 -10

240 120 240 120


-5 -5

0 0
210 150 210 D() - modelo 1150
5 5
180 ) - modelo 3
D(180

(a) (b)
FIGURA 2.42 – Diagramas de irradiação nos planos xy (a) e yz (b) para o modelo 1 e
modelo 3 otimizado.

TABELA 2.3 – Comparação entre os modelos analisados

Grandezas Modelo 1 Modelo 2 Modelo 3


|Г| -13,70 dB -15,75 dB -19,75 dB
Zin 42,13 + i18,12 Ω 34,24 – i0,37 Ω 48,13 + i9,88 Ω
3,75 dB 3,89 dB 5,18 dB
Diretividade
(θ = 60º, ϕ = 40º) (θ = 64º , ϕ = 56º) (θ = 62º , ϕ = 52º)

Comparando o modelo 1 com o 2 e 3 em termos de módulo do coeficiente de reflexão,


a inclusão dos parasitas melhora os níveis, em 2 dB e 6dB, respectivamente.
Para impedância de entrada do modelo 2 referente ao ativo mais o diretor nota-se uma
diminuição da parte reativa, enquanto que no modelo 3 há um aumento, o mesmo
comportamento observa-se para a parte real.
Com relação a diretividade, a otimização do monopolo imerso no substrato dielétrico
deslocou a direção de máxima irradiação para um plano diferente dos principais – planos yz e
xy, do sistema de coordenadas adotado. Além disso, nota-se a variação no ângulo de elevação
com a inclusão do diretor e refletor, com variação de 4º e 2º, respectivamente.
53

2.5 Resumo do Capítulo

Em suma nesse capítulo, o comportamento de um monopolo isolado e posteriormente


na presença de parasitas dentro de um substrato dielétrico é apresentado, para ser possível a
composição da rede Yagi-Uda (diedro refletor 90°, ativo e um diretor) de maneira gradativa.
Possibilitando, conhecer a influência de cada elemento.
A estrutura apresentou uma forte dependência com as dimensões do plano de terra,
sendo tais variáveis levadas em consideração no processo de otimização. O mesmo ocorreu com
a assimetria do substrato com relação ao ativo. Essa dependência foi devido a relação do
comprimento e do raio dos elementos utilizados, conforme comentado ao longo do texto.
A tendência da estrutura apresentar largura de faixa de impedância alta já é notada pela
utilização do elemento diretor, e aumento da diretividade pelo refletor, uma vez que, o diagrama
torna-se mais direcional. Uma característica notada nos três modelos é a direção de máxima
irradiação não se encontra nos planos principais para o sistema de coordenadas adotado.
54

3 Projeto e construção da Yagi-Uda

3.1 Introdução

Neste capítulo é apresentado o projeto de uma rede Yagi-Uda imersa em um substrato


dielétrico, objetivando a sua utilização para Wi-Fi em cabines de aeronaves. Estudos
paramétricos por meio de simulações de onda completa utilizando o HFSSTM são realizados
para contabilizar a influência das variáveis de projeto sobre as características de irradiação e
elétricas da antena.
O estudo de elementos cilíndricos imersos no substrato dielétrico foi iniciado no
Capítulo 2 com a análise paramétrica do monopolo isolado e na presença de parasitas.
Conhencendo o comportamento nessa nova configuração, a análise considerando a presença de
três elementos simultaneamente, na forma de uma rede Yagi-Uda na sua configuração mais
simples é realizada. Em seguida, o elemento refletor é substituído por um diedro refletor de 90º.
Além do projeto para a rede Yagi-Uda, neste capítulo, o processo de construção é
apresentado, bem como medidas de perda de retorno e diagramas de irradiação são comparados
com resultados teóricos.

3.2 Formulação do problema

Uma antena que opera em 900 MHz será proposta para uma aplicação na cabine da
aeronave, de forma que o diagrama de irradiação apresente seus lóbulos direcionados para os
passageiros, semelhante ao mostrado na Figura 3.1.

FIGURA 3.1 – Corte da seção transversal da aeronave destacando a posição da antena.


55

Para possibilitar medidas da antena na presença da fuselagem o procedimento de


escalonamento em frequência utilizado em [24] foi aplicado, de modo que parte da fuselagem
da aeronave foi representada por meio de um cilindro metálico, disponível no LAP, com raio
de 250 mm.
Considerando uma aeronave do modelo EMB-120 com dimensões aproximadas de raio
máximo 1,14 metros e comprimento total da fuselagem 20 metros, a frequência de operação da
antena utilizada nas simulações será de 4,1 GHz, que equivale a uma antena operando em 900
MHz dentro de uma aeronave com raio equivalente ao real.

3.3 Projeto da rede Yagi-Uda

No capítulo anterior análises do ativo separado (modelo 1), na presença do diretor


(modelo 2) e do refletor (modelo 3) são realizadas, de forma que a influência de cada modelo
sobre as figuras de mérito são contabilizadas. Neste capítulo, o elemento ativo na presença
simultânea dos dois parasitas é analisado, obtendo-se uma rede Yagi-Uda na forma mais
simples, com três elementos. A antena é representada nas suas vistas isométrica e lateral, na
Figura 3.2 (a) e (b), respectivamente.

(a)

(b)

FIGURA 3.2– Vistas (a) isométrica e (b) lateral para a rede Yagi-Uda inicial, denominada o
modelo 4.
56

Destaca-se que os elementos cilíndricos que compõem a rede são constituídos de cobre
e possuem raio r = 0,014λg (0,65 mm) e, são classificados como relativamente espessos [28].
Pelas variações paramétricas realizadas no Capítulo 2, os valores ótimos para o
comprimento dos elementos e a distância entre eles, determinados pelos estudos paramétricos,
são: hr = ha = 0,284λg; hd = 0,135λg; d1 = 0,05λg e d2 = 0,4λg, que são utilizadas como dimensões
iniciais. Os resultados para o módulo do coeficiente de reflexão, impedância de entrada e a
função diretividade tridimensional e nos planos yz e xy podem ser vistos nas Figuras 3.3, 3.4,
3.5 e 3.6, respectivamente.

-5
|Coeficiente de reflexão| (dB)

-10

-15

-20

-25

-30

-35
3,94 GHz
-40
3,25 3,50 3,75 4,00 4,25 4,50 4,75 5,00
Frequência (GHz)

FIGURA 3.3 – Módulo do coeficiente de reflexão para o caso inicial do modelo 4.

Pela Figura 3.3, essa configuração inicial apresentou uma largura de banda de
impedância maior que 1,5 GHz, com melhor ponto de casamento em aproximadamente 3,98
GHz. Além disso, o módulo do coeficiente de reflexão na frequência de operação foi de -18,9
dB, valor que é satisfatório, mas que é passível de aprimoramento.
57

50j

25j 100j

10j 250j

5,1 GHz
10 25 50 100 250

-10j 4,1 GHz -250j


3,1 GHz

-25j -100j

-50j

FIGURA 3.4 – Impedância de entrada do caso inicial para o modelo 4.

FIGURA 3.5 – Diagrama 3D de diretividade inicial para o modelo 4, na frequência f = 4,1


GHz.
58

0
10
330 30
5

300 60
-5

-10

-15

-20 270 90

-15

-10

-5
240 120

5 D() - Plano yz
210 150 D() - Plano xy
10
180

FIGURA 3.6 – Diagramas de irradiação da função diretividade inicial nos planos yz e xy para
o modelo 4, na frequência f = 4,1 GHz.

Nesta configuração foi possível alcançar uma diretividade de aproximadamente 5 dB


em θ = 66º, ϕ = 90°, ou seja, o máximo encontra-se no plano yz. E uma relação frente-costa de
aproximadamente 4,5 dB, conforme Figura 3.6.
Nesse estágio, além do casamento, o nível da diretividade nos planos xy e yz serão
levados em conta na determinação das dimensões do modelo otimizado. As Figuras 3.7 e 3.8
mostram a variação do módulo do coeficiente de reflexão com relação ao comprimento e largura
do plano de terra, enquanto que as Figuras 3.9 e 3.10 mostram as variações da função
diretividade nos planos xy e yz para as mesmas variáveis.
Para a variação de ys, a largura (xs) é fixada em 0,86λ0, enquanto que, para a variação
de xs, o comprimento utilizado é 1,59λ0.
59

-5

|Coeficiente de reflexão| (dB)


-10

-15

-20
ys = 1,390
-25
ys = 1,490
-30 ys = 1,590
ys = 1,690
-35 ys = 1,790

-40
3,25 3,50 3,75 4,00 4,25 4,50 4,75 5,00
Frequência (GHz)

FIGURA 3.7 – Módulo do coeficiente de reflexão com a variação paramétrica do


comprimento do plano de terra para o modelo 4 utilizando o HFSSTM.

-5
|Coeficiente de reflexão| (dB)

-10

-15

-20
xs = 0,660
-25
xs = 0,760
-30 xs = 0,860
xs = 0,960
-35 xs = 1,060

-40
3,25 3,50 3,75 4,00 4,25 4,50 4,75 5,00
Frequência (GHz)

FIGURA 3.8 – Módulo do coeficiente de reflexão com variação paramétrica da largura do


plano de terra para o modelo 4 utilizando o HFSSTM.

Pela variação do módulo do coeficiente de reflexão com o comprimento (Figura 3.7) e


largura (Figura 3.8) do plano de terra, observa-se que em ambos os casos há o deslocamento do
melhor ponto de casamento em frequência. Com o aumento das dimensões ocorre um
deslocamento para frequência inferior, comparado com o caso de referência (x s = 0,86λ0, ys =
1,59λ0). Analisando as curvas na frequência de projeto, os valores satisfatórios para melhor
casamento encontram-se em 1,39λ0 < ys < 1,49 λ0 e 0,66λ0 < xs < 0,76λ0.
60

0 0
5 5
330 30 330 30
0 0

-5 -5
300 60 300 60
-10 -10
xs = 0,660 ys = 1,390
-15 -15
xs = 0,760 ys = 1,490
-20 270 90 -20 270 90
xs = 0,860 ys = 1,590
-15 xs = 0,960 -15 ys = 1,690
xs = 1,060 -10
ys = 1,790
-10

240 120 240 120


-5 -5

0 0

210 150 210 150


5 5
180 180

(a) (b)
FIGURA 3.9 – Função diretividade no plano xy com variação paramétrica da largura (a) e
do comprimento (b) do plano de terra para o modelo 4 utilizando o HFSSTM.

A função diretividade no plano xy apresenta aumento em seu nível à medida que a


largura é maior: com o incremento de 0,2λ0 na largura verifica-se um aumento de
aproximadamente 1,14 dB na função diretividade. Com relação ao comprimento, conforme este
aumenta, a função diretividade diminui quantitativamente: o acréscimo de 0,2λ0 ocorre a
diminuição em aproximadamente 1,2 dB, quando ϕ = 90°.
No plano yz, mostrado na Figura 3.10, as variações de ambos, comprimento e largura,
ocasionam uma variação na inclinação do diagrama de irradiação. Tem-se, portanto, que tais
variáveis controlam o ângulo de elevação, que é requisito de projeto, conforme Figura 3.1.
0 0
10 10
330 30 330 30
5 5
0 0
-5 -5
300 60 300 60
-10 -10
-15 -15
xs = 0,660 ys = 1,390
-20 -20
xs = 0,760 ys = 1,490
-25 -25
xs = 0,860 ys = 1,590
-30 270 90 -30 270 90
ys = 1,690
xs = 0,960
-25 -25
ys = 1,790
-20
xs = 1,060 -20
-15 -15
-10 -10
240 120 240 120
-5 -5
0 0
5 5
210 150 210 150
10 10
180 180

(a) (b)
FIGURA 3.10 – Função diretividade no plano yz com variação paramétrica da largura (a) e
comprimento (b) do plano de terra para o modelo 4 utilizando o HFSSTM.
61

É importante observar que o estudo paramétrico considerou uma variação de 0,1λ0,


então as variações para o ângulo de elevação observadas também foram sutis (2º). No entanto,
é relevante observar a tendência de deslocamento do ângulo de elevação do máximo de
irradiação, que é interesse de projeto.
Para o comprimento, a variação observada foi de 2º ao longo do plano yz até ys = 0,86λ0.
Para comprimentos menores, o ângulo de elevação deixou de ser no plano yz, embora a variação
de θ permanecesse em 2º.
Realizando simulações refinadas dentro dos seguintes intervalos 0,76λ0 < xs < 0,86λ0 e
1,49λ0 < ys < 1,59λ0 e considerando a condição em que a estrutura apresenta valor máximo da
função diretividade e melhor casamento de impedância chegou-se aos resultados de xs = 0,82λ0
e ys = 1,52λ0.
Pelas simulações do monopolo isolado e do monopolo na presença de parasitas
mostrados no Capítulo 2, constatou-se a dependência da impedância de entrada com a
assimetria do substrato em relação ao elemento ativo. Por isso, a seguir, a assimetria será
avaliada pelas Figuras 3.11 e 3.12.
Na Figura 3.11, tem-se o módulo do coeficiente de reflexão com relação a variável de
assimetria a, enquanto que, na Figura 3.12 os diagramas da função diretividade nos planos yz e
xy. O caso de simetria ocorre quando a = 0,760λ0.

-5
|Coeficiente de reflexão| (dB)

-10

-15
a = 0,4100
-20 a = 0,5450
a = 0,6830
-25
a = 0,7600
-30

-35

-40
3,15 3,50 3,85 4,20 4,55 4,90 5,25 5,60 5,95
Frequência (GHz)

FIGURA 3.11 – Módulo do coeficiente de reflexão com variação paramétrica da assimetria


do plano de terra em relação ao elemento ativo para o modelo 4, utilizando o HFSSTM.
62

Pela Figura 3.11, nota-se que a utilização da condição de um substrato assimétrico em


relação ao elemento ativo não apresenta melhoras significativas com relação ao casamento da
antena, tampouco no aumento na largura de faixa de impedância.

0 0
10 10
330 30 330 30
5 5

0 0

300 60 300 60
-5 -5

-10 -10
a = 0,4100
-15 -15
a = 0,5450
-20 270 90 -20 270 90
a = 0,6830
-15 a = 0,7600 -15

-10 -10

-5 -5
240 120 240 120

0 0

5 5
210 150 210 150
10 10
180 180

(a) (b)
FIGURA 3.12 – Função diretividade com variação paramétrica da assimetria do plano de
terra para o modelo 4 utilizando o HFSSTM.

Para ambos os planos, a função diretividade apresentou valores máximos quando a


estrutura se encontrava na condição máxima de assimetria (a = 30 mm), no entanto, o nível da
diretividade não apresentou aumento significativo. Para o plano xy, em relação ao caso
simétrico, houve um aumento de 1,33 dB, enquanto que, para o plano yz, o aumento foi de
aproximadamente 2,3 dB.
A Tabela 3.1 resume as dimensões otimizadas da rede Yagi-Uda com três elementos
(refletor, ativo e diretor).

TABELA 3.1 – Dimensões físicas da rede Yagi-Uda com refletor.

Grandeza Valor
Comprimento do ativo 13,0 mm
Comprimento do diretor 6,2 mm
Comprimento do refletor 13,0 mm
Distância ativo-diretor 2,291 mm
Distância ativo-refletor 18,328 mm
Plano de terra 60 x 111 mm2
63

Nesta primeira seção, foi realizado o estudo paramétrico das dimensões do plano de
terra e da assimetria, que são variáveis que estão relacionadas, sobretudo, com a diretividade e
o formato do diagrama de irradiação. Já as distâncias entre elementos estão relacionadas com o
casamento, por isso as variações paramétricas das distâncias foram omitidas, uma vez que o
módulo do coeficiente de reflexão (Figuras 3.3, 3.7, 3.8 e 3.11) apresenta níveis abaixo de -30
dB, na frequência central (4,1GHz), após a variação das dimensões do plano de terra.
Com relação ao ângulo de elevação, a variação da assimetria do substrato gerou uma
variação de 2º, para uma variação de 0,134λ0. A partir da função diretividade, no plano xy, tem-
se a relação frente-costa, que para as variações das dimensões do plano de terra pode ser
resumida na Tabela 3.2.

TABELA 3.2 –Relação frente-costa com a variação das dimensões do plano de terra.

xs RFC (dB) ys RFC (dB)


0,66λ0 1,46 0,66 λ0 4,91
0,76 λ0 2,79 0,76 λ0 4,34
0,86 λ0 4,38 0,86 λ0 4,36
0,96 λ0 4,50 0,96 λ0 6,13
1,06 λ0 3,80 1,06 λ0 11,19

3.3.1 Yagi com diedro refletor

Com o objetivo de diminuir a irradiação traseira da antena, mostrada por meio da RFC
na Tabela 3.2, no lugar do elemento refletor foi inserido um diedro de 90º. O diedro refletor
tem como função concentrar a energia para frente e evitar que ocorram irradiações para os lados
ou para trás. Esta estrutura pode ser representada por placas ou por meio de elementos tubulares
(grid), conforme a Figura 3.13.
Vale ressaltar que o raio dos elementos cilíndricos utilizados para compor o diedro
refletor na forma de grid deve ser muito menor que o comprimento de onda, para que seja
possível a consideração do elemento como filamentar, ou h/r, em que h é o comprimento do
elemento e r é o raio, deve ser maior que 104 [28].
64

(a) (b)
FIGURA 3.13 – Tipos de diedros: (a) placas e (b) grid.

Para o projeto do diedro refletor é necessário levar em consideração o ângulo de


abertura, que geralmente apresenta-se em 30º, 45º, 60° e 90º; o comprimento e a altura das
placas, que dependendo das dimensões podem comprometer a irradiação para as laterais, além
da distância do elemento irradiador até o vértice do diedro, que afeta a impedância de entrada
do elemento [23].
O diedro no interior do substrato foi representado por meio de uma estrutura grid e a
distância entre os elementos recomendada é 0,1λ [23]. A vista superior da antena na Figura 3.14
mostra a disposição dos elementos cilíndricos que representam o diedro, além das variáveis
associadas ao modelo 5 (rede Yagi-Uda com a utilização do diedro refletor).

FIGURA 3.14 – Vista superior da rede Yagi-Uda.


65

3.3.2 Distância entre os elementos do diedro

Considerando cada braço do diedro com quatro elementos cilíndricos, como mostrado
na Figura 3.14, é possível verificar a sensibilidade do módulo do coeficiente de reflexão e da
função diretividade com a distância entre os elementos (d), através das Figuras 3.15 e 3.16,
respectivamente. Com a inclusão do diedro, a estrutura está sendo considerada inicialmente
como simétrica. A influência da assimetria será posteriormente contabilizada.
Os efeitos da variação do número de elementos cilíndricos que compõem o diedro
refletor sobre o módulo do coeficiente de reflexão, impedância de entrada e diagramas de
irradiação nos planos yz e xx podem ser verificados no Apêndice A.

-5

-10
|Coeficiente de reflexão| (dB)

-15

-20

-25

-30
d = 0,10g
-35
d = 0,15g
-40 d = 0,20g
-45
3,15 3,50 3,85 4,20 4,55 4,90 5,25 5,60 5,95
Frequência (GHz)

FIGURA 3.15 – Módulo do coeficiente de reflexão com variação paramétrica de d para o


modelo 5 utilizando o HFSSTM.

Pela Figura 3.15, a inclusão do diedro degrada o casamento de impedância da antena


em 4,10 GHz, tornando-a não operacional em 4,1 GHz, visto que o módulo do coeficiente de
reflexão encontra-se acima de -10 dB, ou seja, mais que 10% da energia fornecida a antena está
sendo refletida.
66

0 0
10 10
330 30 330 30
5 5

0 0

300 60 300 60
-5 -5

-10 -10

-15 d = 0,10g -15


d = 0,10g
-20 270 d = 0,15g 90 -20 270 d = 0,15g 90

-15 d = 0,20g -15 d = 0,20g


-10 -10

-5 -5
240 120 240 120

0 0

5 5
210 150 210 150
10 10
180 180

(a) (b)
FIGURA 3.16 – Função diretividade nos planos xy (a) e yz (b) com variação paramétrica de
d para o modelo 5 utilizando o HFSSTM.

Na Tabela 3.3, informações pertinentes aos gráficos da Figura 3.16 e Figura 3.15 são
resumidos, como diretividade, relação frente-costa e módulo do coeficiente de reflexão na
frequência de operação.

TABELA 3.3 – Principais figuras de mérito com variação de d para o modelo 5 em 4,1 GHz.

Grandeza d = 0,10λg d = 0,15λg d = 0,20λg


Diretividade 7,89 dB (θ = 66°) 7,40 dB (θ = 66°) 8,21 dB (θ = 68º)
RFC 12,4 dB 19,7 dB 19,8 dB
|Г| -7,0 dB -6,24 dB -6,54 dB

Ambas as curvas da variação paramétrica, mostradas na Figura 3.15, apresentam largura


de banda de impedância entre 32 a 36%, critério que não será decisivo para a escolha da melhor
distância entre os elementos.
Observa-se também que à medida que a distância entre os elementos que compõem o
diedro aumenta, a tendência é o aumento da diretividade e da RFC. Como o objetivo da inclusão
do diedro é o aumento na diretividade, considera-se para as próximas análises paramétricas d =
0,20λg, pois como visto nos estudos paramétricos anteriores, a variação das dimensões do plano
de terra causa um deslocamento em frequência. Portanto, é possível melhorar o casamento, na
frequência de operação, a posteriori.
67

Verifica-se pela Figura 3.14 que a largura do plano de terra limita a distância entre os
elementos do diedro, ou seja, a distância deve ser tal que o último elemento deve estar próximo
a borda, proporcionando assim, maior diretividade e a melhora no casamento, como visto nas
Figuras 3.15 e 3.16. Então, com a variação da largura do plano de terra a distância d também
será alterada para que esse requisito seja satisfeito.

3.3.3 Variação do plano terra

As Figuras 3.17, 3.18 e 3.19 mostram a variação paramétrica de ys para o módulo do


coeficiente de reflexão, considerando: xs = 0,683λ0, 0,820λ0 e 0,956λ0, respectivamente.
0

-5
|Coeficiente de reflexão| (dB)

-10

-15
ys = 1,2400
ys = 1,3800
-20
ys = 1,5170
ys = 1,6530
-25
ys = 1,7900
xs = 0,6830 e d = 0,17g
-30
3,15 3,50 3,85 4,20 4,55 4,90 5,25 5,60 5,95
Frequência (GHz)

FIGURA 3.17 – Módulo do coeficiente de reflexão com a variação paramétrica do


comprimento do plano de terra, quando xs = 0,683λ0, para o modelo 5 utilizando HFSSTM.

0
-5
-10
|Coeficiente de reflexão| (dB)

-15
-20
-25
ys = 1,2400
-30 ys = 1,3800
-35 ys = 1,5170
-40 ys = 1,6530
ys = 1,7900
-45 xs = 0,820 e d = 0,20g
-50
3,15 3,50 3,85 4,20 4,55 4,90 5,25 5,60 5,95
Frequência (GHz)

FIGURA 3.18 – Módulo do coeficiente de reflexão com a variação paramétrica do


comprimento do plano de terra, quando xs = 0,820λ0, para o modelo 5 utilizando HFSSTM.
68

-5

|Coeficiente de reflexão| (dB)


-10

-15

-20 ys = 1,2400
ys = 1,3800
-25
ys = 1,5170
-30 ys = 1,6530
ys = 1,7900
-35
xs = 0,9560 e d = 0,25g
-40
3,15 3,50 3,85 4,20 4,55 4,90 5,25 5,60 5,95
Frequência (GHz)

FIGURA 3.19 – Módulo do coeficiente de reflexão com a variação paramétrica do


comprimento do plano de terra, quando xs = 0,956λ0, para o modelo 5 utilizando HFSSTM.

Nas Figuras 3.17, 3.18 e 3.19 observa-se que o melhor casamento ocorre quando o
comprimento do plano de terra é 1,653λ0 de acordo com as variações paramétricas. É importante
ressaltar que as variações das dimensões do plano de terra causam deslocamento em frequência
do melhor ponto de casamento.
Na Figura 3.20 tem-se o comportamento da função diretividade para o caso de
referência, ou seja, quando xs = 0,82λ0, no plano yz e, na Figura 3.21, consideram-se larguras
maior e menor do que o caso de referência.
0
10
330 30
5

300 60
-5

-10

-15

-20 270 90

-15

-10 ys = 1,2400

-5
ys = 1,3800
240 120
ys = 1,5170
0
ys = 1,6530
5
ys = 1,7900
210 150
10
180

FIGURA 3.20 – Função diretividade com a variação paramétrica do comprimento do plano de


terra para o modelo 5 utilizando HFSSTM, na frequência f = 4,1 GHz, quando xs = 0,82λ0 e d =
0,27λg.
69

0 0
10 10
330 30 330 30
5 5

0 0

300 60 300 60
-5 -5

-10
ys = 1,2400
-10 ys = 1,2400

ys = 1,3800 ys = 1,3800
-15 -15
ys = 1,5170 ys = 1,5170
-20 270 ys = 1,6530 90 -20 270 ys = 1,6530 90

ys = 1,7900 ys = 1,7900
-15 -15

-10 -10

-5 -5
240 120 240 120

0 0

5 5
xs = 0,6830 e d = 0,17g xs = 0,9560 e d = 0,25g
210 150 210 150
10 10
180 180

(a) (b)
FIGURA 3.21 – Função diretividade no plano yz com variação do comprimento do plano de
terra para uma largura xs = 0,683λ0 e d = 0,17λg (a) e xs = 0,756λ0 e d = 0,25λg (b), na
frequência f = 4,1 GHz.

Com base no comportamento do módulo do coeficiente de reflexão e da função


diretividade, chegou-se a um comprimento ys = 1,838λ0 e uma largura de xs = 0,888λ0, com
módulo do coeficiente de reflexão de aproximadamente -17,8 dB, na frequência de operação.
Essas dimensões foram determinadas consisderando que a medida que ys aumenta ocorre um
aumento da função diretividade, portanto, simulações adicionais foram realizadas aumentando
o ys e ajustando-se xs de forma a maximizar a função diretividade e manter o casamento de
impedância, mantendo uma relação de compromisso entre essas figuras de mérito.
Outro parâmetro importante também utilizado na caracterização de uma antena é a
largura de feixe de 3dB (α). De acordo com a IEEE [36], em um plano contendo a direção de
máxima irradiação, α é o ângulo entre as duas direções em que a intensidade de irradiação é
metade do valor do máximo.
Pela análise paramétrica realizada para as dimensões do plano de terra é possível extrair
informações sobre a largura de feixe para ambos os planos. Essas informações são resumidas
na Tabela 3.4, em que αV e αH são as larguras de feixe para o plano vertical (elevação) e
horizontal (azimute), respectivamente.
Vale ressaltar que a largura de feixe no plano de elevação é com relação ao máximo no
plano yz, enquanto que, a largura de feixe no plano azimutal é com relação à ϕ = 90º, no plano
xy. Na Tabela 3.5 o ângulo de máxima irradiação no plano yz é especificado.
70

TABELA 3.4 – Largura de feixe de 3dB para o modelo 5 na frequência de operação.

αV αH
Comprimento – ys
50mm 60mm 70mm 50mm 60mm 70mm
1,240λ0 80° 70° 64° 80° 84° 84°
1,380λ0 90° 93° 93° 86° 78° 84°
1,517λ0 78° 84° 99° 80° 77° 70°
1,653λ0 73° 77° 80° 80° 79° 82°
1,790λ0 77° 83° 85° 80° 77° 84°

TABELA 3.5 – Ângulo de elevação máximo no plano yz para o modelo 5, na frequência de


operação.

θmax – plano yz
Comprimento – ys
50mm 60mm 70mm
1,240λ0 56º 58º 58º
1,380λ0 60º 60º 62º
1,517λ0 66º 68º 68º
1,653λ0 66º 68º 70º
1,790λ0 68º 70º 72º

Por meio da Tabela 3.5 observa-se que o ângulo de elevação de máxima irradiação no
plano yz apresenta variação de aproximadamente 2º com o aumento em 0,136λ0 da largura, ao
passo que com a variação do comprimento do substrato dielétrico a variação é 4º ou 2º. Embora
as variações sejam sutis, é relevante observar que a mudança nas dimensões do plano de terra
pode acarretar na mudança no ângulo de elevação do diagrama de irradiação.

3.3.4 Distância entre os elementos

Buscando a otimização das dimensões, a distância entre o elemento ativo e o vértice do


diedro (d2) foi variada, uma vez que as distâncias entre elementos estão relacionadas com a
impedância de entrada. A Figura 3.22 ilustra a variação paramétrica de d 2 para o módulo do
coeficiente de reflexão, enquanto que, na Figura 3.23 tem-se a variação de d1. Considera-se as
dimensões otimizadas do plano de terra (xs = 65 mm, ys = 134,5 mm).
71

-5

|Coeficiente de reflexão| (dB)


-10

-15

-20
d2 = 0,3g
-25 d2 = 0,4g
d2 = 0,5g
-30
d2 = 0,6g
-35
3,15 3,50 3,85 4,20 4,55 4,90 5,25 5,60 5,95
Frequência (GHz)

FIGURA 3.22 – Módulo do coeficiente de reflexão para o modelo 5 com variação paramétrica
da distância d2 utilizando o HFSSTM.

A distância d2 que propicia melhor casamento de impedância, em 4,1 GHz, está


compreendida entre 0,4λg e 0,5λg. Restringindo a variação paramétrica nesse intervalo, chega-
se ao valor de d2 = 0,46λg, com módulo do coeficiente de reflexão de aproximadamente -28,5
dB.
Pela Figura 3.23, à medida que d1 é aumentado o nível de casamento de impedância
diminui, quantitativamente, um aumento de 0,105λg gerou uma degradação de
aproximadamente 12,4 dB. Devido à limitação de construção, o valor mínimo para d1 é 0,05λg,
que se apresentou como melhor caso.
0

-5
|Coeficiente de reflexão| (dB)

-10

-15

-20

-25
d1 = 0,05g
-30 d1 = 0,07g
d1 = 0,09g
-35
d1 = 0,11g
-40
3,15 3,50 3,85 4,20 4,55 4,90 5,25 5,60 5,95
Frequência (GHz)

FIGURA 3.23 – Módulo do coeficiente de reflexão com variação paramétrica de d1 utilizando


o HFSSTM.
72

A função diretividade não se mostrou sensível a variação da distância entre o ativo e o


diretor, por isso, os diagramas de irradiação foram omitidos.

3.3.5 Assimetria da estrutura

Por fim, a assimetria da estrutura será avaliada pelas Figuras 3.24 e 3.25, em que o
módulo do coeficiente de reflexão e a função diretividade para os planos são analisados, nesta
ordem.
0

-5
|Coeficiente de reflexão| (dB)

-10

-15

-20
a = 0,3410
a = 0,4780
-25
a = 0,6150

-30 a = 0,7510
a = 0,8880
-35
3,15 3,50 3,85 4,20 4,55 4,90 5,25 5,60 5,95
Frequência (GHz)

FIGURA 3.24 – Módulo do coeficiente de reflexão com variação paramétrica de assimetria


para o modelo 5 utilizando o HFSSTM.

0 0
10 15
330 30 330 30
5 10

5
0
300 60 0 300 60
-5
-5
-10
-10
-15 -15

-20 270 90 -20 270 90

-15 -15

-10
-10
a = 0,3410 a = 0,3410
-5
-5
240a = 0,4780 120 0
a = 0,4780
240 120
0 a = 0,6150 a = 0,6150
5
a = 0,7510 a = 0,7510
5 10
a = 0,8880 a = 0,888210
210 150 0 150
10 15
180 180

(a) (b)
FIGURA 3.25 – Função diretividade nos planos (a) xy e (b) yz com variação paramétrica da
assimetria com a utilização do HFSSTM, na frequência f = 4,1 GHz.
73

Considerando xs = 0,82λ0, a largura de feixe de meia potência também foi analisada com
relação à assimetria e é mostrada na Tabela 3.6. Além da largura de feixe, o ângulo de máxima
irradiação (θmax) no plano yz é destacado na Tabela 3.6.
À medida que a assimetria é maior, o ângulo de elevação tende a ser próximo à 90º, isso
porque, com o aumento da assimetria a quantidade de dielétrico na direção do diretor aumenta,
isto é, a distância do diretor até a borda do dielétrico é maior.

TABELA 3.6 – Resumo dos principais resultados para o modelo 5 na frequência de operação.

Assimetria – a αV αH
0,341λ0 76° (θmax = 76º) 68°
0,478λ0 77º (θmax = 76º) 71°
0,615λ0 80° (θmax = 74º) 74°
0,751λ0 87° (θmax = 72º) 72°
0,888λ0 80° (θmax = 72º) 82°

A escolha de quão assimétrico deverá ser o plano de terra com relação ao elemento ativo
será dada conforme os requisitos de projeto. Para o caso simétrico, temos uma antena com
largura de banda de impedância de aproximadamente 52%. No entanto, a diretividade neste
caso é aproximadamente 8,6 dB. Quando a assimetria é de 0,341λ0, o casamento é degradado,
apresentando valor aproximado de -8 dB. Entretanto, a diretividade é de 10,3 dB. Para a =
0,478λ0, o casamento é -20 dB, com diretividade de 9,98 dB, enquanto que a largura de banda
de impedância é em torno de 12,2%.
As dimensões para a versão final da rede Yagi-Uda com utilização do diedro refletor de
90°, considerando o substrato simétrico em relação ao elemento ativo, são mostradas na Tabela
3.7.

TABELA 3.7 – Dimensões físicas finais da rede Yagi-Uda como diedro para o modelo 5.

Grandeza Valor (mm) Valor elétrico


Plano de terra 65 x 134,5 1,40λg x 2,93λg
Comprimento do ativo 13,0 0,28λg
Comprimento do refletor 13,0 0,28λg
Comprimento do diretor 6,2 0,13λg
Distância ativo–diretor 2,29 0,05λg
Distância ativo–refletor 21,07 0,46λg
Distância entre os
10,53 0,23λg
elementos do diedro
74

Pela Tabela 3.7 destaca-se que o comprimento do elemento ativo é menor em 64%,
quando comparado o mesmo elemento no ar. Essa diminuição torna essa topologia vantajosa
quando comparada às redes Yagi-Uda convencional [25] e impressa [37].
Após o processo de otimização, os resultados para impedância de entrada, diretividade,
módulo do coeficiente de reflexão e relação frente-costa obtidas são mostradas na Tabela 3.8 e,
para efeito de comparação, o modelo considerando apenas o refletor é mostrado a fim de
ressaltar os ganhos com a utilização do diedro refletor de 90º.

TABELA 3.8 – Resumo dos principais resultados para o modelo 5 na frequência de operação.

Grandeza Sem o diedro Com o diedro


|Г| -18,83 dB -31,12 dB
Zin 37,90 – i1,40 Ω 45,25 – i1,09 Ω
Diretividade 4,97 dB (θ = 66°, ϕ = 90º) 9,76 dB (θ = 76°, ϕ = 90º)
RFC 4,38 dB 15,34 dB

Além da miniaturização da estrutura, proporcional a (√εr)-1, com a utilização de apenas


um elemento diretor a largura de banda de impedância foi maior que 35% para os casos com e
sem o diedro refletor, enquanto que em [37] foram necessários 3 elementos, além do refletor,
sendo 2 diretores e um elemento para casamento, com o objetivo de alcançar a banda desejada.
No Apêndice A o projeto da rede Yagi-Uda é apresentada em uma frequência menor,
projetada com base na Tabela 3.7, que mostra que os níveis de diretividade foram semelhantes
aos encontrados para a rede em 4,1 GHz. Nas Figuras 3.26, 3.27, 3.28 e 3.29 o módulo do
coeficiente de reflexão em dB, impedância de entrada, função diretividade tridimensional e nos
planos xy e yz, nesta ordem, considerando a estrutura simétrica.
0 50j

25j 100j
-5
|Coeficiente de reflexão| (dB)

-10
10j 250j

-15 6,1GHz

-20 10 25 50 100 250

4,1GHz
-25
-10j -250j
3,1GHz
-30

-35 -25j -100j


3,15 3,50 3,85 4,20 4,55 4,90 5,25 5,60 5,95
Frequência (GHz) -50j

(a) (b)
FIGURA 3.26 – Módulo do coeficiente de reflexão para o modelo 5 otimizado.
75

FIGURA 3.27 – Função diretividade tridimensional para o modelo 5 otimizado na frequência


f = 4,1 GHz.

0
15
330 30
10

0 300 60
-5

-10

-15

-20 270 90
-15

-10

-5
0 240 120

5
D() - plano yz
10 D() - plano xy
210 150
15
180

FIGURA 3.28 – Função diretividade nos planos xy e yz para o modelo 5 otimizado na


frequência f = 4,1 GHz.
76

3.4 Protótipo

A Tabela 3.7 mostra os comprimentos otimizados da rede Yagi-Uda com o diedro


refletor. Esses comprimentos otimizados correspondem aos valores encontrados via estudos
paramétricos. No entanto, até a realização deste trabalho, o processo de determinar uma altura
para o furo dentro do dielétrico é uma ação não controlável. Por isso, os comprimentos de todos
os elementos da rede Yagi-Uda foram alterados de forma que os novos comprimentos sejam
valores múltiplos da espessura do laminado que será utilizado.
Para a construção do protótipo, o laminado com permissividade elétrica relativa de 2,55
± 0,04 e tangente de perdas tan δ = 0,0022, que equivale ao Arlon CuClad 250 GX, foi utilizado
com a espessura correspondente a 250 mils. Desta forma, os elementos do diedro e o elemento
ativo passaram a ter h1 = 500 mils (12,7 mm), enquanto que, o diretor h2 = 250 mils (6,35 mm).
Devido às alterações nos comprimentos, uma otimização do protótipo precisou ser
realizada. E as dimensões finais para o plano de terra e as distâncias entre os elementos são
mostradas na Tabela 3.9, considerando uma assimetria, em relação ao elemento ativo, de
a = 49,9 mm. Na Figura 3.29 tem-se a função diretividade tridimensional e o módulo do
coeficiente de reflexão para o modelo construído.
0

-5
|Coeficiente de reflexão| (dB)

-10

-15

-20

-25

-30
3,25 3,50 3,75 4,00 4,25 4,50 4,75 5,00
Frequência (GHz)
(a) (b)
FIGURA 3.29 – Função diretividade tridimensional (a) e módulo do coeficiente de reflexão
(b) para o modelo construído.

TABELA 3.9 – Dimensões para construção da rede Yagi-Uda.

Grandeza Valor
Plano de terra 60 x 115 mm2
Distância ativo-diretor 0,08λg
Distancia ativo-refletor 0,50λg
77

Com o intuito de verificar o comportamento da estrutura com a utilização de um


substrato dielétrico diferente, no Apêndice A é mostrado um projeto da rede Yagi-Uda
utilizando o RT/Duroid 5880 da Rogers®, com εr = 2,2 ± 0,02 e tangente de perdas δ = 0,0009.
A determinação da permissividade deu-se mediante disponibilidade do material no LAP.

3.4.1 Processo de construção

Após determinar as novas distâncias entre elementos e as dimensões para o plano de


terra, por meio do HFSSTM, de forma a alcançar casamento de impedância e maximizar a
diretividade, o próximo passo é a construção do protótipo da antena, com a prototipadora Quick
Circuits disponível no LAP/ITA, conforme Figura 3.30.

FIGURA 3.30 – Processo de prototipagem.

No processo de prototipagem, o recorte das placas (no total de duas), nas dimensões
correspondentes ao projeto teórico e os furos demarcando as posições correspondentes aos
elementos da antena foram feitos.
Em seguida as duas placas foram submetidas à corrosão mediante imersão em uma
solução de cloreto férrico e água. As placas pós-corrosão são evidenciadas na Figura 3.31, que
mostra a disposição dos elementos cilíndricos. Uma das placas teve toda a camada de cobre
retirada, ao passo que a outra apenas uma das faces.
Para a união das duas placas foram utilizados três elementos cilíndricos como guias e
um bonding film da Rogers® entre as placas e esse conjunto levado ao forno. Com auxílio do
termopar, o monitoramento da temperatura foi realizado. De acordo com as instruções do
fabricante do bonding film[38], após o conjunto atingir 200ºC, é necessário mantê-lo nessa
temperatura por aproximadamente uma hora. O processo total durou cerca de 3 horas, onde
duas horas foram necessárias para o forno atingir 200ºC.
78

FIGURA 3.31 – Disposição dos elementos cilindricos.

Para garantir que não haveria ar entre as placas após o protótipo passar pelo forno,
grampos sargentos tipo C foram utilizados, conforme Figura 3.32, para proporcionar uma
compressão das placas, além de mantê-las presas.

FIGURA 3.32 – Grampos sargentos tipo c utilizado durante o processo de junção dos
laminados.

Após o processo de junção das duas placas, os elementos cilíndricos foram inseridos nas
suas respectivas posições e a soldagem foi realizada. Para fixar a antena em um suporte para as
medições de campos eletromagnéticos na câmara anecóica, um apoio de acrílico foi colado na
parte traseira da antena, como mostrada na Figura 3.33, que ilustra a vista lateral, superior e
traseira da antena.
79

(a) (b) (c)


FIGURA 3.33 – Protótipo da rede Yagi-Uda nas vistas lateral (a), frontal
(b) e traseira (c).
3.4.2 Medidas das figuras de mérito

a) S11 e Impedância de entrada

Após a contrução do protótipo, com a finalidade de aferir a funcionalidade da antena,


uma medida da impedância de entrada e perda de retorno foi realizada no LAP. Para isso, um
setup de medidas constituído por um analisador de redes da Agilent Technologies, modelo
N5230A, um suporte de PVC e cabos coaxiais foram utilizados, como mostra a Figura 3.34.

(a) (b)
FIGURA 3.34 – Setup de medida de impedância de entrada.
80

Os resultados das medidas do parâmetro de espalhamento em dB e da impedância de


entrada são mostrados nas Figuras 3.35 e 3.36, juntamente com os resultados teóricos obtidos
com o HFSSTM. A curva do HFSSTM , mostrada nas Figuras 3.35 e 3.36, considera o dielétrico
Arlon CuClad 250 GX com εr = 2,55.

0
TM
HFSS
-5 Medido
|Coeficiente de reflexão| (dB)

-10

-15

-20

-25

-30

-35
3,25 3,50 3,75 4,00 4,25 4,50 4,75 5,00
Frequência (GHz)

FIGURA 3.35 – Comparação do módulo do coeficiente de reflexão do protótipo da rede Yagi-


Uda teórico e experimental.

50j

25j 100j

10j 250j

10 25 50 100 250

-10j TM -250j
HFSS
Medido

-25j -100j

-50j

FIGURA 3.36 – Comparação da impedância de entrada para o protótipo da rede Yagi-Uda


experimental e teorica.
81

b) Diagramas de irradiação

Em razão da medição do S11 indicar uma largura de banda de 1,3 GHz (3,76 – 5,06
GHz), faz-se necessário investigar o campo elétrico distante irradiado pela antena nesse
intervalo.
Desta forma, os diagramas foram amostrados para as frequências de 3,76; 4,01; 4,10;
4,43; 4,86 e 5,06 GHz, o que equivale as frequências: inferior, do primeiro ponto de melhor
casamento, de operação, central, do segundo melhor ponto de casamento e superior,
respectivamente.
As medições dos campos distantes irradiados foram realizadas na câmara anecóica do
IFI/DCTA e a Figura 3.37 ilustra o posicionamento da rede Yagi-Uda.

FIGURA 3.37 – Posição da rede Yagi-Uda para medição de campo distante irradiado
na câmara anecóica do IFI/DCTA.

Nas Figuras 3.38, 3.39 e 3.40 tem-se os diagramas de irradiação normalizados em seis
frequências diferentes, dentro da faixa de 3,76 GHz a 5,1 GHz.
82

0 0
0 0
330 30 330 30

-5 -5

300 60 300 60
-10 -10

-15 -15

-20 270 90 -20 270 90

-15 -15

-10 -10
240 120 240 120

-5 -5
Protótipo Protótipo
TM TM
210 HFSS 150 210 HFSS 150
0 0
180 180

(a) (b)
FIGURA 3.38 – Diagramas do plano yz medidos e simulados para as frequências de 3,76
GHz (a) e 4,01 GHz (b).

0 0
0 0
330 30 330 30

-5 -5

300 60 300 60
-10 -10

-15 -15

-20 270 90 -20 270 90

-15 -15

-10 -10
240 120 240 120

-5 Protótipo -5
TM Protótipo
210 HFSS 150 210 TM 150
0 0 HFSS
180 180

(a) (b)
FIGURA 3.39 – Diagramas do plano yz para as frequências de 4,10 GHz (a) e 4,43 GHz
(b).
83

0 0
0 0
330 30 330 30

-5 -5

300 60 300 60
-10 -10

-15 -15

-20 270 90 -20 270 90

-15 -15

-10 -10
240 120 240 120

-5 -5
Protótipo Protótipo
210 TM 150 210 TM 150
0 HFSS 0 HFSS
180 180

(a) (b)
FIGURA 3.40 – Diagramas do plano yz para as frequências de 4,86 GHz (a) e 5,06 GHz
(b).

Em todas as frequências analisadas, nas Figuras 3.38, 3.39 e 3.40, o ângulo de elevação
coincidiu para os casos experimentais e teóricos.
Nas Figuras 3.41, 3.42 e 3.43, os diagramas de irradiação no plano xy para os casos
teórico e experimental são comparados nas mesmas frequências, dentro da faixa 3,76 GHz a
5,1 GHz.

0 0
0 0
330 30 330 30
Protótipo Protótipo
-5 TM -5
HFSS HFSS
TM
-10 -10
300 60 300 60
-15 -15

-20 -20

-25 -25

-30 270 90 -30 270 90

-25 -25

-20 -20

-15 -15
240 120 240 120
-10 -10

-5 -5
210 150 210 150
0 0
180 180

(a) (b)
FIGURA 3.41 – Diagramas do plano xy para as frequências de 3,76 GHz (a) e 4,01 GHz
(b).
84

0 0
0 0
330 30 330 30
-5 Protótipo -5 Protótipo
TM TM
HFSS HFSS
-10 -10
300 60 300 60
-15 -15

-20 -20

-25 -25

-30 270 90 -30 270 90

-25 -25

-20 -20

-15 -15
240 120 240 120
-10 -10

-5 -5
210 150 210 150
0 0
180 180

(a) (b)
FIGURA 3.42 – Diagramas do plano xy para as frequências de 4,10 GHz (a) e 4,43 GHz
(b).

0 0
0 0
330 30 330 30
-5
Protótipo -5
TM Protótipo
HFSS TM
-10 -10 HFSS
300 60 300 60
-15 -15

-20 -20

-25 -25

-30 270 90 -30 270 90

-25 -25

-20 -20

-15 -15
240 120 240 120
-10 -10

-5 -5
210 150 210 150
0 0
180 180

(a) (b)
FIGURA 3.43 – Diagramas do plano xy para as frequências de 4,88 GHz (a) e 5,06 GHz
(b).

Os diagramas no plano xy indicam a concordância entre resultados teóricos e


experimentais, com algumas diferenças para o lóbulo traseiro. No entanto, a menor RFC
experimental apresentou nível de 10 dB, o que é considerado satisfatório.
85

3.4.3 Análise de resultados

Por meio dos resultados apresentados, é possível notar que as curvas apresentam
tendências semelhantes, ainda que deslocadas em frequência. Esse deslocamento é atribuído a
variação da permissividade do material dielétrico utilizado, Arlon CuClad 250 GX, dado que o
εr do laminado tem a tolerância de valores dentro do intervalo (2,4 – 2,6) ± 0,04 [39].
Com o propósito de verificar a influência da permissividade com relação ao módulo do
coeficiente de reflexão, a Figura 3.44 apresenta curvas para os limites inferior (εr = 2,36) e
superior (εr = 2,64) da permissividade elétrica relativa possível para o Arlon CuClad 250 GX.

-5
|Coeficiente de reflexão| (dB)

-10

-15

-20

-25
r = 2,36
-30
r = 2,64
-35 Medido
-40
3,25 3,50 3,75 4,00 4,25 4,50 4,75 5,00
Frequência (GHz)

FIGURA 3.44 – Comparação do módulo do coeficiente de reflexão medido e teoricos


considerando os limites superior e inferior de εr.

Como verifica-se na Figura 3.44, o aumento da permissividade para εr = 2,64 fez com
que as curvas teórica e experimental se tornassem bastante semelhantes, especialmente quanto
ao ponto de melhor casamento. Isto indica que o material pode ter sofrido alterações nas suas
características elétricas nominais na frequência de operação da antena, dentro da faixa de
tolerância especificada pelo fabricante.
86

3.5 Resumo do capítulo

Neste capítulo o projeto da rede Yagi-Uda com monopolos imersos em substrato


dielétrico foi descrito. Inicialmente a rede apresenta três elementos: ativo, refletor e diretor. E,
com o intuito de melhorar a relação frente-costa, um diedro refletor foi inserido no lugar no
elemento refletor.
Para o modelo com elemento refletor, apenas estudos paramétricos relacionados com as
dimensões do plano de terra foram realizados, uma vez que o nível de casamento da estrutura
está abaixo de -25 dB. Para o modelo com o diedro, devido à degradação do nível de casamento,
além das dimensões do plano de terra, a distância entre os elementos foi modificada.
Ao final, o projeto otimizado da rede Yagi-Uda com um diedro refletor de 90º,
apresentou uma diretividade de aproximadamente 9,8 dB, com a direção de máxima irradiação
contida no plano yz, ou seja, ϕ = 90º e θ = 66º. Observou-se que a direção do ângulo de elevação
do diagrama de irradiação pode ser alterada pela variação, sobretudo, das dimensões do plano
de terra e assimetria do substrato em relação ao elemento ativo.
Além da alteração do ângulo de elevação do diagrama e a alta diretividade, a estrutura
apresenta largura de banda de impedância maior que 35%, com dimensões reduzidas e baixo
peso.
87

4 Projeto e construção da antena blade

4.1 Introdução

A antena blade é um exemplo de monopolo banda larga, assim denominado devido à


sua aerodinâmica favorável a aplicações em sistemas aeronáuticos. Esse tipo de antena
apresenta uma proteção do elemento irradiador contra intempéries, denominada radome. Ele
envolve a antena de forma que suas características de irradiação não sofram alterações
significativas.
Na Figura 4.1 tem-se um exemplo de uma antena blade comercial destinada aos serviços
de DME/TCAS (Distance Measuring Equipment/ Traffic Alert and Collision Avoidance
System) da Sensor System, Inc., trata-se de um monopolo planar com carregamento na
extremidade e um radome de proteção.

FIGURA 4.1 – Antena blade de banda L série S65-5366 [40].

As principais características da antena mostrada na Figura 4.1 são resumidas na Tabela


4.1. Com base nos requisitos de VSWR, faixa de passagem de impedância e diagrama de
irradiação propõe-se, neste trabalho, um novo projeto.
88

TABELA 4.1 – Características elétricas da antena da antena para DME/TCAS [40].

Frequência 960 a 1220 MHz


VSWR 1.4:1 (1000 - 1100); 1.7:1 (960 - 1220)
Diagrama Omnidirecional/ Azimute; Cossenoide/Elevação
Polarização Vertical
Impedância 50 Ω
Potência 4000 W/pico; 250W/contínuo

Devido à sua geometria pouco exposta, detalhes de projeto desse tipo de antena são
pouco conhecidos. Então, uma topologia disponível no mercado [40] e outra apresentada em
[15,41] foram utilizadas como base para realização de um novo projeto, com frequência mais
elevada, que será detalhada nas próximas seções.
A proposta, neste capítulo, é apresentar o projeto de uma antena blade impressa em um
substrato de baixo custo, FR4 (εr = 4,4; tan δ = 0,02). A frequência de operação da antena
projetada é 4,97 GHz, que equivale pelo processo de escalonamento a uma antena que opere na
faixa de frequência do serviço de segurança de voo presente nas aeronaves – o DME/TCAS,
conforme Tabela 4.1.
O termo DME refere-se a um equipamento de medida de distância. Trata-se de uma
ferramenta que reduz a carga de trabalho do piloto de uma aeronave. A principal tarefa desse
equipamento é mostrar a distância entre o avião e a estação em terra mais próxima [42].
Já o sistema anti-colisão e alerta (TCAS) está presente sobre a aeronave e sua função é
prevenir colisões entre aviões mediante alerta ao piloto acerca de alguma ameaça. Esse alerta
de ameaça de colisão ocorre por meio do envio de ondas de rádio indicando a presença de
intrusos, na proximidade da aeronave. Assim, o TCAS efetua a vigilância e detecção de
aeronaves intrusas próximas, determinando sua localização e antecipando o seu futuro trajeto
[43].
Sabendo da importância desses serviços, por meio de estudos paramétricos utilizando o
HFSSTM, a influência das variáveis de projeto é contabilizada com relação a figuras de mérito
como impedância de entrada e módulo do coeficiente de reflexão. A variação do tipo de plano
de terra é realizada e simulações envolvendo um plano de terra curvo são efetuadas, tornando
possível prever mudanças nas figuras de mérito quando a antena estiver sobre o cilindro. Por
fim, o procedimento de construção, o setup de medida de impedância e gráficos de comparação
dos resultados teóricos e experimentais são apresentados.
89

4.2 Geometria inicial da antena blade

O projeto da antena blade é análogo ao de uma antena planar faixa larga. A antena
projetada aqui baseia-se em [15, 41], em que a topologia inicial é ilustrada pela Figura 4.2.
O elemento irradiador possui cortes que atuam na mudança da largura de banda e
permitem a miniaturização da estrutura e o gap, definido como a distância entre o elemento
irradiador e o plano terra, que está relacionado com a impedância de entrada.
Às dimensões destes cortes são atribuídas variáveis, conforme ilustra a Figura 4.2, sendo
psup atribuída ao corte superior, pc ao corte central e pinf ao inferior e pressupondo, conforme
[41], um comprimento inicial do elemento irradiador sendo ha = λ0/8, xa = xb = 0,1λ0 e ac =
0,0066λ0, psup = pinf = pc = 0,05λ0, gap = 0,016λ0 e a posição da prova p = 0,0033λ0 sendo λ0 o
comprimento de onda no espaço livre.

FIGURA 4.2 – Antena blade inicial.

A especificação do projeto exige uma banda de 260 MHz, operando na faixa de


frequência de 960 a 1220 MHz, conforme a antena comercial descrita na Tabela 4.1.
Aplicando o processo de escalonamento, a banda é de 1,18GHz e a frequência de
operação do projeto é 4,97 GHz operando na faixa de frequência de 4,38 a 5,56 GHz.
90

4.3 Projeto da blade

4.3.1 Profundidade dos cortes

Durante o estudo paramétrico, o parâmetro de interesse é variado, enquanto os demais


permanecem fixos. Portanto, considerando o modelo inicial da antena blade ilustrada na Figura
4.2, a dependência do módulo do coeficiente de reflexão, assim como da impedância de entrada
com a variação da profundidade dos cortes, central, superior e inferior, são analisadas, e
apresentadas respectivamente, nas Figuras 4.3, 4.4 e 4.5.

50j
0
25j 100j
-5
|Coeficiente de reflexão| (dB)

-10 5,97 GHz


10j 250j

-15 3,97 GHz

-20 10 25 50 100 250

pc = 0,0160
pc = 0,0160 = 1mm
-25 pc = 0,0330
-10j
pc = 0,0330-250j
= 2mm
pc = 0,0490 pc = 0,0490 = 3mm
-30
pc = 0,0660 pc = 0,0660 = 4mm
-35 -25j -100j
4,0 4,2 4,4 4,6 4,8 5,0 5,2 5,4 5,6 5,8
Frequência (GHz) -50j

(a) (b)
FIGURA 4.3 – Influência do corte central no módulo do coeficiente de reflexão (a) e na
impedância de entrada (b) considerando o modelo inicial da antena blade.

Pela curva do módulo do coeficiente de reflexão, o aumento na profundidade do corte


central gera um deslocamento em frequência, observando o ponto de melhor casamento. Para
pc = 1 mm o melhor ponto ocorreu na frequência f = 5,23 GHz com |Г| = -19,83 dB, enquanto
que, para pc = 4 mm a frequência do melhor ponto foi f = 4,50 GHz, com |Г| = -14,04 dB.
Ao passo que, a impedância de entrada tem a reatância passando de uma característica
capacitiva para indutiva, além de um aumento na parte real na frequência de operação (4,97
GHz). Enquanto que para pc = 1 mm, Zin = 38,12 + i12,46Ω e para pc = 4 mm, Zin = 33,85 –
i26,01Ω. Essa variação na impedância é ilustrada pelo deslocamento das setas que indicam o
ponto da frequência central.
91

50j
0
25j 100j
-5
|Coeficiente de reflexão| (dB)

-10
5,97 GHz
10j 250j
-15
3,97 GHz
-20
10 25 50 100 250
-25 psup = 0,0160 psup = 0,0160 = 1mm

-30 psup = 0,0330 psup = 0,0330 = 2mm


-10j -250j
psup = 0,0490 psup = 0,0490 = 3mm
-35 psup = 0,0660 = 4mm
psup = 0,0660
-40 -25j -100j
4,0 4,2 4,4 4,6 4,8 5,0 5,2 5,4 5,6 5,8
Frequência (GHz) -50j

(a) (b)
FIGURA 4.4 – Influência do corte superior para o módulo do coeficiente de reflexão (a)
e a impedância de entrada (b) considerando o modelo inicial da antena blade.

50j
0
25j 100j
-5
|Coeficiente de reflexão| (dB)

-10 5,97 GHz


10j 250j
-15

-20 3,97 GHz


10 25 50 100 250
-25 pinf = 0,0160
-30 pinf = 0,0330 pinf = 0,0160 =-250j
1mm
-10j
pinf = 0,0490 pinf = 0,0330 = 2mm
-35
pinf = 0,0660 pinf = 0,0490 = 3mm
-40 -25j 0,0660 = 4mm
pinf = -100j
4,0 4,2 4,4 4,6 4,8 5,0 5,2 5,4 5,6 5,8
Frequência (GHz) -50j

(a) (b)
FIGURA 4.5 – Influência do corte inferior para o módulo do coeficiente de reflexão (a) e a
impedância de entrada (b) considerando o modelo inicial da antena blade.

Em ambas as variação de psup e pinf para o ponto de menor coeficiente de reflexão ocorre
um deslocamento em frequência para uma frequência menor, à medida que os parâmetros são
aumentados. O comportamento da impedância de entrada é o mesmo observado para pc. No
entanto, o aumento da parte real ocorreu de forma sutil, uma vez que a variação máxima foi
aproximadamente 3,6 Ω para pinf e 0,95 Ω para psup. Na parte imaginária, a variação em módulo
foi 3,1 Ω para pinf e 2,3 Ω para psup, ao mesmo tempo que para pc a variação da parte real foi de
9,7 Ω e da imaginária, em módulo, foi 7,4 Ω.
92

4.3.2 Influência das dimensões xa e xb

O elemento irradiador será construído utilizando um substrato de baixo custo, FR4 (εr =
4,4; tan δ = 0,02), com espessura h = 0,53λ0 (3,2 mm). Um radome com laminado de FR4 com
a mesma espessura foi posto por cima da antena, ou seja, o elemento irradiador encontra-se
envolvido pelo dielétrico, conforme a vista isométrica na Figura 4.6.

(a) (b)
FIGURA 4.6 – Vistas frontal (a) superior (b) e lateral do substrato utilizado na
antena blade.

Na Figura 4.7 tem-se a vista isométrica da antena que é considerada para as próximas
análises paramétricas.

FIGURA 4.7 – Vista isométrica da antena blade sobre um plano de terra quadrado sobre o
suporte dielétrico.

A partir da antena mostrada na Figura 4.7, destacou-se para essa variação paramétrica
apenas o elemento irradiador com as variáveis xa e xb, conforme mostrado na Figura 4.8. Tais
variáveis causam um deslocamento em frequência, como mostrado em [41].
93

Grandezas Valor
A 250 mm
ha 0,156λ0
xa 0,70ha
xb 0,25ha
pc 0,0165λ0
pinf 0,1656λ0
psup 0,0331λ0
gap 0,0165λ0
p 0,0331λ0
ac 0,0066λ0

FIGURA 4.8 – Vista lateral da antena blade.

Nas Figuras 4.9 e 4.10 tem-se o módulo do coeficiente de reflexão e a impedância de


entrada, nesta ordem, constatando o deslocamento de frequência do melhor ponto,
principalmente, quando xb é variado.

0 0

-5 -5
|Coeficiente de reflexão| (dB)

|Coeficiente de reflexão| (dB)

-10 -10

-15 -15

-20 -20

-25 xa = 0,5ha -25


xb = 0,5ha
ha = 0,156 xa = 0,6ha ha = 0,156
-30 -30 xb = 0,6ha
xa = 0,7ha xb = 0,7ha
-35 xa = 0,8ha -35
xb = 0,8ha
-40 -40
4,0 4,2 4,4 4,6 4,8 5,0 5,2 5,4 5,6 5,8 4,0 4,2 4,4 4,6 4,8 5,0 5,2 5,4 5,6 5,8
Frequência (GHz) Frequência (GHz)

(a) (b)
FIGURA 4.9 – Variação do módulo do coeficiente de reflexão com relação aos
comprimentos xa (a) e xb (b) da antena blade.

A variação de xa causa uma significativa degradação do nível do módulo do coeficiente


de reflexão. Enquanto que, a variação de xb está relacionada, sobretudo, com a variação em
frequência, conforme Figura 4.9(b).
Pela resposta mostrada na Figura 4.10, a impedância se mostrou mais sensível a x a,
apresentando valor ótimo entre xa= 0,6ha e 0,7ha. No entanto, analisando o módulo do
94

coeficiente de reflexão e a impedância simultaneamente, xa é ótimo quando igual a 0,7ha.


Enquanto que o valor ótimo de xb é 0,8ha.

50j 50j

25j 100j 25j 100j

ha = 0,156
5,97 GHz ha = 0,156
10j 250j 10j 5,97 GHz 250j

10 25 50 100 250 10 25 50 100 250

xa = 0,5ha xb = 0,5ha
xa = 0,6ha 3,97 GHz xb = 0,6ha
-10j 3,97 GHz -250j -10j -250j
xa = 0,7ha xb = 0,7ha
xa = 0,8ha xb = 0,8ha
-25j -100j -25j -100j

-50j -50j

(a) (b)
FIGURA 4.10 – Variação da impedância de entrada com relação aos comprimentos xa
(a) e xb (b) da antena blade.

4.3.3 Influência do gap

O gap é um parâmetro que está particularmente ligado com a impedância de entrada,


portanto, faz-se necessário à sua análise. Nas Figuras 4.11 e 4.12 o comportamento do módulo
do coeficiente de reflexão e da impedância de entrada com relação a variação do gap são
mostrados, respectivamente.
0

-5
|Coeficiente de reflexão| (dB)

-10

-15

-20

-25
gap = 0,0080 = 0,5mm
-30 gap = 0,0160 = 1,0mm
gap = 0,0250 = 1,5mm
-35
gap = 0,0330 = 2,0mm
-40
4,0 4,2 4,4 4,6 4,8 5,0 5,2 5,4 5,6 5,8
Frequência (GHz)

FIGURA 4.11 – Variação do módulo do coeficiente de reflexão com a frequência para


diferentes valores de gap.
95

50j

25j 100j

5,97 GHz
10j 250j

10 25 50 100 250

3,97 GHz

-10j
gap = 0,0080 = 0,5mm -250j
gap = 0,0160 = 1,0mm
gap = 0,0250 = 1,5mm
-25j gap = 0,0330 -100j
= 2,0mm

-50j

FIGURA 4.12 – Variação da impedância de entrada a frequência para diferentes valores de


gap.

As curvas com as variações do gap mostram a sensibilidade com relação ao casamento


de impedância, em que seu nível é substancialmente alterado. Com a variação 0,5 mm nota-se
uma diferença em aproximadamente 19,5 dB, para a frequência de operação.
A impedância de entrada apresenta diminuição da parte real com o aumento do gap.
Para gap = 1, 1,5 e 2 mm tem-se 48,01; 54,45 e 59,08 Ω, nesta ordem, e para a parte imaginária
ocorre uma diminuição em módulo 0,58; 2,56 e 7,04 Ω. Essa variação é ilustrada pelas setas,
que indicam a frequência de operação.
Por meio das curvas de módulo de coeficiente de reflexão e impedância de entrada,
conclui-se que o valor de gap ótimo é 1 mm.

4.3.4 Influência da posição da ponta de prova

A posição da ponta de prova é outro parâmetro que altera o módulo do coeficiente de


reflexão e a impedância de entrada de forma significativa como observado nas Figuras 4.13 e
4.14, nesta ordem. Cabe recordar que a posição da prova equivale a distância entre a borda
inferior direita da antena até o ponto de alimentação, conforme Figura 4.6.
96

-5

|Coeficiente de reflexão| (dB)


-10

-15

-20

-25 p = 0,0160 = 1mm


p = 0,0330 = 2mm
-30
p = 0,0490 = 3mm
-35 p = 0,0660 = 4mm

-40
4,0 4,2 4,4 4,6 4,8 5,0 5,2 5,4 5,6 5,8
Frequência (GHz)

FIGURA 4.13 – Módulo do coeficiente de reflexão com a variação da posição da ponta de


prova para a antena blade.

Para o módulo do coeficiente de reflexão nota-se a variação em torno de 21,5 dB com a


variação de 1mm da posição da prova, na frequência de operação.

50j

25j 100j

10j 250j

10 25 50 100 250

p = 0,0160 = 1mm
-10j
p = 0,0330 =-250j
2mm
p = 0,0490 = 3mm
p = 0,0660 = 4mm
-25j -100j

-50j

FIGURA 4.14 – Impedância de entrada com a variação da posição da ponta de prova para
antena blade.
97

Com relação a impedância de entrada, observa-se que a parte real aumenta à medida que
se aumenta a posição da prova e, para a parte imaginária, ocorre uma diminuição até p = 3mm
e depois um aumento com característica indutiva. Como o estudo paramétrico compreendeu
apenas 4 pontos, não é possível afirmar que após p = 4mm a parte imaginária sofrerá aumento
gradativo.

4.3.5 Influência da largura das fendas

Para finalizar o estudo paramétrico a largura dos cortes foi analisada. Inicialmente, o
valor dessa largura foi fixado em 0,0066λ0. No entanto, os trabalhos de referência não fizeram
menção a esse parâmetro. Então, para avaliar a influência dele sobre o módulo do coeficiente
de reflexão e da impedância de entrada, a largura de fenda central, ac, é modificada e os
resultados produzidos nas figuras de mérito são mostrados nas Figuras 4.15 e 4.16.
0

-5
|Coeficiente de reflexão| (dB)

-10

-15

-20
ac = 0,00330 = 0,2 mm
-25
ac = 0,00490 = 0,3 mm
-30 ac = 0,00660 = 0,4 mm
ac = 0,00820 = 0,5 mm
-35
ac = 0,00990 = 0,6 mm
-40
4,0 4,2 4,4 4,6 4,8 5,0 5,2 5,4 5,6 5,8
Frequência (GHz)

FIGURA 4.15 – Módulo do coeficiente de reflexão para diferentes valores de largura das
fendas no elemento irradiador.

Observa-se na Figura 4.15 que o ponto de melhor casamento na condição em que ac =


0,0033λ0 e 0,0049λ0 está na frequência de aproximadamente 5,04 GHz. Para ac = 0,0066λ0 e
0,0082λ0 a frequência é de 4,97 GHz, enquanto que para ac = 0,0099λ0, o melhor ponto de
casamento ocorre em 4,90 GHz. Para todos os casos o módulo do coeficiente de reflexão ficou
abaixo de -25 dB.
98

50j

25j 100j

10j 5,97 GHz 250j

ac = 0,00330 = 0,2 mm
10 25 50 100 250
ac = 0,00490 = 0,3 mm
ac = 0,00660 = 0,4 mm
3,97 GHz
-10j ac = 0,00820 -250j
= 0,5 mm
ac = 0,00990 = 0,6 mm

-25j -100j

-50j

FIGURA 4.16 – Impedância de entrada para diferentes valores de largura das fendas no
elemento irradiador.

Já na Figura 4.16, as curvas estão quase sobrepostas, pois foi observado que para a
frequência de operação a variação da parte real é menor que 1 Ω, ao passo que a parte imaginária
a variação foi de cerca de 1,5 Ω. Julgando os dois parâmetros simultaneamente o valor de
0,0066λ0 para a largura dos cortes é razoável.
A Tabela 4.2 resume as dimensões otimizadas para a antena blade, após o estudo
paramétrico.

TABELA 4.2 – Dimensões físicas da antena blade otimizadas.

Antena Comprimento dos cortes Auxiliar


xa 0,7ha pinf 0,0331λ0 gap 0,0165λ0
xb 0,25ha pc 0,0165λ0 ac 0,0066λ0
ha 0,156λ0 psup 0,1656λ0 d 0,0331λ0

Todos os estudos paramétricos para chegar aos valores mostrados na Tabela 4.2
consideram a antena com radome, como mostrada na Figura 4.7. No entanto, é possível verificar
a diferença do comportamento da impedância de entrada e módulo do coeficiente de reflexão
com e na ausência do radome no Apêndice B.
99

4.3.6 Influência do plano de terra

As simulações de estudos paramétricos até aqui realizadas consideram a antena


conforme a Figura 4.7, em que o elemento irradiador está envolvido por dois laminados de FR4
sobre um plano de terra quadrado. Para verificar a influência da variação do tamanho do plano
de terra, novas simulações foram realizadas.
Para o estudo paramétrico realizado nas seções anteriores foi considerado um plano de
terra com as seguintes dimensões 250 × 250 mm2, que é denominado caso de referência. Nas
Figuras 4.17, 4.18 e 4.19 são mostradas o comportamento do módulo do coeficiente de reflexão
e diagrama de irradiação para os planos yz e xy, nesta ordem, para dimensões maiores e menores
do plano de terra de referência.

0
-5
-10
|Coeficiente de reflexão| (dB)

-15
-20
-25
-30
-35
-40
2
A = 150 x 150 mm
-45 2
A = 250 x 250 mm
-50 2
A = 350 x 350 mm
-55
4,00 4,25 4,50 4,75 5,00 5,25 5,50 5,75 6,00
Frequência (GHz)

FIGURA 4.17 – Módulo do coeficiente de reflexão com a variação das dimensões do plano de
terra.

A partir da curva do módulo do coeficiente de reflexão apresentada na Figura 4.17,


observa-se que o melhor ponto de casamento se encontra na frequência de operação da antena
(f = 4,97 GHz) e o valor é melhor que -30 dB para os casos analisados. Conclui-se que a variação
no módulo do coeficiente de reflexão é desprezível com a alteração das dimensões do plano de
terra realizadas nestas simulações.
100

0
0
330 30
-5

-10
300 60
-15

-20

-25

-30 270 90

-25

-20

-15
240 120
-10 2
A = 150 x 150 mm
2
-5 A = 250 x 250 mm
2
210 A = 350 x 350 mm 150
0
180

FIGURA 4.18 – Diagrama de irradiação normalizado – plano yz – com a variação da área do


plano de terra, na frequência f = 4,97 GHz.

O diagrama normalizado no plano yz, conforme Figura 4.18, apresentou aumento nos
lóbulos traseiros com a diminuição do plano de terra, comparado com os outros casos. Além
disso, ocorre o surgimento de um nulo na proximidade do eixo do monopolo, isto é, θ = 0°.
Observa-se também o deslocamento na direção de máximo em relação ao caso de referência:
com a diminuição do plano a direção foi alterada para aproximadamente θ=45°, enquanto que
com o aumento do plano de terra a direção de máximo foi para θ=63º.
Além disso, não houve mudanças significativas no diagrama normalizado no plano xy
com a variação do plano de terra, conforme ilustra a Figura 4.19.

0
5
330 30
0

-5
300 60

-10

-15

-20 270 90

-15 A = 150 x 150 mm


2

2
-10 A = 250 x 250 mm
2
240
A = 350 x 350 mm 120
-5

0
210 150
5
180

FIGURA 4.19 – Diagrama de irradiação normalizado – plano xy – com a variação da área do


plano de terra, na frequência f = 4,97 GHz.
101

Além de contabilizar a influência da área do plano de terra sobre as características de


irradiação, o plano de terra curvo deve ser analisado, uma vez que a antena será posta sobre um
cilindro metálico, a posteriori.
O plano de terra de referência e o curvo, retiradas do ambiente de simulação do HFSSTM,
podem ser visualizados na Figura 4.20, em que no caso curvo (Figura 4.20(b)) o plano está
segmentado para evitar o surgimento de pequenos espaçamentos entre a antena e a superfície
curva, o que pode gerar erros no processo de geração de malha, bem como aumento no tempo
de simulação. A geração da superfície curva foi realizada mediante impressão do caso de
referência sobre o cilindro com raio 250 mm.

(a) (b)
FIGURA 4.20 – Variação do plano de terra caso de referência (a) e curvo (b).

A Figura 4.21 apresenta uma comparação entre as curvas do módulo do coeficiente de


reflexão para o caso referência (xs = ys = 250 mm) e o curvo (raio = 250 mm).
0
-5
-10
|Coeficiente de reflexão| (dB)

-15
-20
-25
-30
-35
-40
Plano de terra - curvo
-45 Plano de terra - referência
-50
4,00 4,25 4,50 4,75 5,00 5,25 5,50 5,75 6,00 6,25 6,50
Frequência (GHz)

FIGURA 4.21 – Comparação do módulo do coeficiente de reflexão para o plano de terra de


referência e o curvo.
102

Embora as curvas da Figura 4.21 apresentem diferença no nível do módulo do


coeficiente de reflexão na frequência de operação, o valor encontra-se abaixo de -25 dB. Além
da diferença nos níveis, um deslocamento em frequência de 170 MHz foi observado.
Além do módulo do coeficiente de reflexão e da impedância de entrada, outra figura de
mérito para caracterização da antena a ser analisada é o diagrama de irradiação, sobretudo nos
planos xy e yz.
Na Figura 4.22, os diagramas normalizados nos planos xy e yz para a frequência central
(4,97 GHz), considerando a antena blade otimizada sobre um plano de referência e o curvo, são
mostrados.

0 0
0 0
330 30 330 30
-5 -5

-10 -10
300 60 300 60
-15 -15

-20 -20

-25 -25

-30 270 90 -30 270 90

-25 -25

-20 -20

-15 -15
240 120 240 120
-10 Plano yz -10 Plano yz
Plano xy Plano xy
-5 -5
210 150 210 150
0 0
180 180

(a) (b)
FIGURA 4.22 – Diagramas normalizados nos planos xy e yz para antena blade sobre o
plano de terra de referência (a) e curvo (b) na frequência central 4,97 GHz.

Como a aplicação da antena é definida dentro da faixa de 4,38 GHz à 5,56 GHz é
necessário analisar os campos também nessas frequências, como procedimento de
caracterização da antena. Nas Figuras 4.23 e 4.24 os diagramas no plano xy e yz para as
frequências inferior e superior são mostradas, respectivamente.
103

0 0
0 0
330 30 330 30
-5 -5

-10 -10
300 60 300 60
-15 -15

-20 -20

-25 -25

-30 270 90 -30 270 90

-25 -25

-20 -20

-15 -15
240 120 240 120
Plano yz Plano yz
-10 -10
Plano xy Plano xy
-5 -5
210 150 210 150
0 0
180 180

(a) (b)

FIGURA 4.23 – Diagramas normalizados nos planos xy e yz para antena blade sobre o
plano de terra de referência (a) e curvo (b) na frequência inferior (4,38 GHz).

0 0
0 0
330 30 330 30
-5 -5

-10 -10
300 60 300 60
-15 -15

-20 -20

-25 -25

-30 270 90 -30 270 90

-25 -25

-20 -20

-15 -15
240 120 240 Plano yz 120
-10 Plano yz -10 Plano xy
Plano xy
-5 -5
210 150 210 150
0 0
180 180

(a) (b)
FIGURA 4.24 – Diagramas normalizados nos planos xy e yz para antena blade sobre um
plano de terra de referência (a) e o curvo (b) na frequência superior (5,56 GHz).

Para os casos da antena blade sobre a superfície plana ou curva observa-se que nas
frequências central, superior e inferior a direção de máxima irradiação está localizada em
aproximadamente θ = ±60°. Outra característica observada nos diagramas teóricos é a presença
de um nulo na proximidade do eixo da antena (θ = 0°), que na frequência central foi mais
acentuado, enquanto que, para frequência superior não existe.
104

4.4 Protótipo

4.4.1 Processo de construção

Nesta seção o processo de construção da antena blade será descrito. Como observado
na Tabela 4.2, as dimensões da antena otimizada são bem pequenas, conforme pode ser
observado na Figura 4.25, que ilustra a prototipagem do elemento irradiador.

FIGURA 4.25 – Início da prototipação da antena blade.

Na Figura 4.26, tem-se as duas placas, uma para suporte e a outra para proteção do
elemento irradiador (radome). Na placa que protegerá a antena, há uma marcação da posição
da ponta de prova, bem como um afundamento, para que o diâmetro do condutor central do
conector coaxial (1,3 mm) fique contido no dielétrico.

FIGURA 4.26 – Antena blade impressa sobre o substrato de FR4 e o radome.


105

Na Figura 4.27 os laminados e materiais utilizados para a construção da antena são


mostrados. Nesta figura, estão dispostos a base de sustentação da antena, com os furos para
curto-circuitar o topo e a base do laminado e evitar guiamento na estrutura; o coaxial utilizado
para alimentação (SMA fêmea de 50Ω); a antena e o radome.

FIGURA 4.27 – Elementos prototipados correspondente ao conjunto antena mais base de


sustentação.

Feito isso, o coaxial foi alinhado e soldado na base de sustentação. O próximo passo
consistiu na soldagem do central do coaxial, com raio de 0,65 mm, com o elemento irradiador.
A posição foi determinada baseando-se na marcação do radome, mostrado na Figura 4.27. Na
Figura 4.28 é ressaltada a solda entre o central do coaxial e o elemento irradiador e uma vista
lateral mostrada na Figura 4.29.

FIGURA 4.28 – Destaque no elemento irradiador após a solda do condutor central do coaxial.
106

FIGURA 4.29 – Vista lateral da antena soldada ao condutor central do coaxial.

Prosseguindo com a construção, o radome é fixado com uma cola a base de resina epóxi,
sendo depositada apenas nas extremidades para evitar o contato com o elemento irradiador.
Devido a esse processo ocorrer de forma manual, não foi garantida a perfeita adesão das duas
placas. Esta incerteza deve ser levada em consideração na posterior comparação dos resultados
medidos e simulados. A Figura 4.30 mostra o protótipo final.

FIGURA 4.30 – Protótipo final da antena blade.


107

4.4.2 Medidas das figuras de mérito

a) S11 e impedância de entrada

Com o protótipo em mãos, medidas de impedância de entrada e do módulo do


coeficiente de reflexão foram realizadas. A Figura 4.31 ilustra o setup de medição, o qual é
constituído de um analisador de redes vetorial Agilent Technologies modelo N5230A e uma
base de acrílico e PVC para apoiar a antena.

FIGURA 4.31 – Setup de medição do protótipo final da antena blade com plano de terra
reduzido.

As medidas de impedância foram conduzidas, inicialmente, com um plano de terra


menor (50 x 100 mm2). Em seguida, mediu-se o protótipo com a inclusão do plano de terra. As
medidas de impedância de entrada e módulo do coeficiente de reflexão considerando apenas a
base de sustentação, conforme mostrada na Figura 4.31, são verificadas nas Figuras 4.32 e 4.33,
respectivamente. Nestas figuras, as curvas provenientes do HFSSTM foram obtidas considerando
a permissividade padrão do material FR4 no software (εr = 4,4).
108

0
TM
-5 HFSS
Protótipo

|Coeficiente de reflexão| (dB)


-10

-15

-20

-25
4,85 GHz 5,32 GHz
-30

-35
4,0 4,5 5,0 5,5 6,0 6,5
Frequência (GHz)

FIGURA 4.32 – Módulo do coeficiente de reflexão em dB para o caso medido e simulado da


antena blade com radome com plano de terra reduzido.

50j

25j 100j

7,0 GHz
4,0 GHz
10j 250j

10 25 50 100 250

TM
HFSS
-10j -250j
Protótipo

-25j -100j

-50j

FIGURA 4.33 – Impedância de entrada para o caso medido e simulado da antena blade com
radome.

O resultado medido apresentou um deslocamento em frequência de 477 MHz em relação


ao caso simulado e uma degradação da perda de retorno de aproximadamento 6 dB.
109

4.4.3 Análise dos resultados

O deslocamento em frequência verificado na seção anterior pode ser decorrente da


variação da permissividade do FR4, que apresenta conhecida incerteza [44]-[45]. Além da
natureza do material, durante o processo de construção, a união entre as placas foi realizada
com cola, o que não garante adesão total das placas. Além disso, excessos de solda podem ter
criado espaços de ar, que também podem ser responsáveis pelo deslocamento em frequência.
A seguir, analisam-se detalhadamente os efeitos gerados por cada incerteza acima
citada. Para tanto, variou-se a permissividade do material e acrescentou-se uma coluna de ar
com espessura variável entre as placas, conforme descrito abaixo.

a) Variação da permissividade

Nesta primeira análise, as incertezas provenientes do material utilizado como suporte


do elemento irradiador, o FR4, são consideradas. Conforme relatado em [44], várias
características do material apresentam variações devido ao processo de construção. Para
sintetizar tal comportamento, inserem-se tolerâncias em suas características, as quais são
resumidas na Tabela 4.3.

TABELA 4.3 – Incertezas associada ao dielétrico FR4.

Laminado FR4
Substrato dielétrico Epoxy/vidro
Tolerância εr (±%) 5,0
Tolerância espessura (±mm) 1,52 ± 0,15
Tolerância espessura (±%) 9,8

Tendo como base a Tabela 4.3, variou-se a permissividade elétrica relativa do material
e analisou-se o módulo do coeficiente de reflexão. Este resultado é apresentado na Figura 4.34.
110

-5

|Coeficiente de reflexão| (dB)


-10

-15

-20

-25
r = 4,0
-30
5,05 GHz r = 4,4
4,75 GHz
-35 r = 4,7
4,85 GHz
-40
4,0 4,5 5,0 5,5 6,0 6,5
Frequência (GHz)

FIGURA 4.34 – Módulo do coeficiente de reflexão com a variação da permissividade eletrica


relativa do FR4 para o protótipo.

Sabe-se que o protótipo apresenta uma curva do módulo do coeficiente de reflexão


deslocado em frequência, para uma frequência acima do projetado. Além disso, pela Figura
4.34, observa-se que a diminuição da permissividade gera um deslocamento da curva para uma
frequência maior. Assim sendo, comparou-se, na Figura 4.35, a curva medida do protótipo e o
caso teórico para um substrato de FR4 com permissividade εr = 4,0.

0
TM
HFSS
-5 Protótipo
|Coeficiente de reflexão| (dB)

-10

-15

-20

-25

-30
4,0 4,5 5,0 5,5 6,0 6,5
Frequência (GHz)

FIGURA 4.35 – Módulo do coeficiente de reflexão para o caso medido e teórico do protótipo,
considerando εr = 4,0.
111

Considerando o menor valor de permissividade dentro da variação apresentada pela


Tabela 3.4, a variação em frequência do melhor ponto corresponde a aproximadamente 277
MHz. Conclui-se que a variação da permissividade pode ser uma causa, mas não a única
responsável pelo deslocamento medido.
Destaca-se a importância da utilização de técnicas de caracterização de materiais para
que a simulação computacional possa representar o modelo real de forma mais adequada.
Algumas técnicas de caracterização são descritas em [45], por exemplo.
O projeto destes irradiadores utilizando modelos computacionais alimentados com
dados advindos de técnicas de estimação da permissividade eletrica se mostram como possível
trabalho futuro.

b) Espaçamento entre as placas

Outro fator que pode ter causado o deslocamento em frequência é a junção das placas,
que ocorreu mediante deposito de cola nas bordas, fato que pode ter gerado espaçamentos de ar
entre as placas. Além disso, devido as dimensões serem bem pequenas, no processo de
soldagem, excesso de solda pode ter contribuído também para a formação dos espaços de ar. A
fim de verificar o quão esses espaços podem afetar as figuras de mérito da antena, uma análise
paramétrica é mostrada a seguir.
Como não se trata de uma tarefa viável de ser realizada a distância que pode ter gerado
entre as placas considerou-se uma estimativa inicial da distância entre as placas (dar) de dar =
0,25 mm. A Figura 4.36 mostra o comportamento do módulo do coeficiente de reflexão com
variação do espaçamento entre as placas, considerando εr = 4,4.
0
-5
-10
|Coeficiente de reflexão| (dB)

-15
-20
-25
-30
Medida
-35 dar = 0 mm
-40 dar = 0,25 mm
-45 dar = 0,30 mm
-50 dar = 0,35 mm

-55
4,0 4,5 5,0 5,5 6,0 6,5
Frequência (GHz)

FIGURA 4.36 – Módulo do coeficiente de reflexão com um espaçamento de ar entre as placas


de FR4.
112

Portanto, através da Figura 4.36, o aumento do espaçamento entre as placas causa um


deslocamento para uma frequência maior. Observa-se, desta forma, que o espaçamento entre as
placas é uma causa potencial do deslocamento apresentado anteriormente, na medida.
Considerando a permissividade nominal do FR4, εr = 4,4, e um espaçamento entre as
placas de 0,35 mm, o módulo do coeficiente de reflexão da antena blade sobre o plano de terra
é mostrado na Figura 4.37.
0
TM
HFSS
-5 Protótipo
|Coeficiente de reflexão| (dB)

-10

-15

-20

-25

-30
4,0 4,5 5,0 5,5 6,0 6,5 7,0 7,5 8,0
Frequência (GHz)

FIGURA 4.37 – Módulo do coeficiente de reflexão da blade sobre o plano de terra com
espaçamento entre as placas de 0,35 mm.

4.5 Resumo do capítulo

Neste capítulo, foi apresentado o projeto da antena blade, realizado por meio de estudos
paramétricos, em que os comportamentos da impedância de entrada e do módulo do coeficiente
de reflexão foram contabilizados com a variação dos principais parâmetros de projeto
associados com a antena, como profundidade das fendas e posição da ponta de prova.
As medições foram realizadas considerando o protótipo com e sem o plano de terra.
Uma simulação teórica considerando o plano de terra curvo foi considerada para prever
possíveis mudanças significativas nas figuras de mérito.
O processo de construção do protótipo e o setup de medição para impedância de entrada
são apresentados e, por fim, a análise dos resultados apresentando hipóteses sobre as possíveis
causas de divergência entre os resultados experimentais e teóricos são discutidos. As hipóteses
apresentadas (variação da permissividade elétrica relativa e espaçamento entre as placas)
podem ser levadas em consideração para a construção de um novo protótipo/projeto.
113

5 Análise de antenas na presença de um cilindro metálico

5.1 Introdução

O objetivo deste capítulo é analisar as características destas antenas quando


posicionadas nos locais de sua operação seja no interior ou exterior da fuselagem. Contudo a
análise de antena nas proximidades de estrutura eletricamente grande pode se tornar um
problema com solução computacional lenta exigindo grande quantidade de memória RAM.
Sendo assim, para reduzir o tempo de simulação, diminuir a quantidade de RAM e obter
resultados de análise acurados, deve-se escolher uma técnica de solução numérica apropriada
para o problema. Diferentes técnicas existem para solução de um problema eletromagnético.
Os simuladores eletromagnéticos comerciais fazem uso destas técnicas. O simulador utilizado
neste trabalho, o HFSSTM utiliza o método dos elementos finitos (FEM), ou método dos
momentos (MoM) ou ainda um método híbrido, que é a combinação do FEM e MoM. No caso
de estruturas eletricamente grandes geralmente os métodos híbridos são empregados [46]-[48],
pois tem como propósito reduzir o tempo computacional sem perder a precisão dos resultados
das análises.
Não sendo um procedimento comum no LAP a utilização das técnicas híbridas, uma
breve introdução sobre os métodos numéricos utilizados pelo HFSSTM é apresentada. Além
disso, mostra-se uma comparação entre tempo de simulação e a quantidade de memória RAM
utilizada para diferentes métodos numéricos. Os efeitos da fuselagem sobre as características
de irradiação e elétrica da antena são contabilizados e para possibilitar futuras medidas, a
fuselagem foi modelada como um cilindro metálico.
A equivalência do cilindro metálico utilizado nas simulações como parte da fuselagem
de uma aeronave real é feita mediante o processo de escalonamento [24]. As antenas instaladas
dentro e sobre o cilindro, são analisadas nas frequências de 4,10 GHz e 4,97 GHz, que
correspondem a antenas operando em 900 MHz e 1,09 GHz na aeronave.
Como o local da instalação da antena é fator importante [1], variações da posição da
antena no interior e exterior do cilindro são realizadas. As figuras de mérito como módulo do
coeficiente de reflexão e diagrama de irradiação são analisadas. Por fim, medidas de impedância
de entrada com o protótipo da antena blade sobre o cilindro são apresentadas e comparadas com
os resultados teóricos.
114

5.2 Métodos de análise

Os métodos numéricos são opções para solucionar problemas na engenharia, os quais


podem também ser resolvidos, mediante a aplicação de técnicas analíticas ou experimentais.
Nas técnicas analíticas modelos matemáticos representados por meio de um conjunto de
equações são criados, no entanto, nem todos os problemas práticos permitem a modelagem por
meio de equações, sendo essa uma das limitações dessa técnica. Já o método experimental pode
demandar altos custos na montagem de setup. Portanto, a utilização dos métodos numéricos
mostra-se vantajosa.
Os métodos numéricos podem ser classificados em métodos de onda completa ou
métodos de alta frequência [49]. Os métodos de onda completa podem ainda ser dividido em:
baseado em equações diferenciais parciais (PDE) ou baseadas em equações integrais (IE) [50].
Outra categoria de métodos são os denominados híbridos, que é a combinação de dois
métodos de natureza diferente (podendo ser baseados em integrais, elementos finitos, ou
métodos de alta frequência), de forma, que a limitação de um pode ser compensada pelo outro.
Com a hibridização de métodos é possível minimizar os requerimentos computacionais [51].
Alguns softwares de simulação eletromagnética (SuperNEC®, CST Microwave Studio®,
HFSSTM) incluem essa ferramenta, o que possibilitou a popularização deles. São exemplos de
métodos híbridos o MoM-UTD (Unificade Theory Diffraction), MoM-PO (Physical Optics),
FEM-MoM.
A seguir, são descritos: o método dos momentos, método dos elementos finitos e a
hibridização deles. Uma definição sucinta de cada método é apresentada dando ênfase ao modo
como ocorre a utilização de memória RAM e o tempo de simulação. Como a análise por método
híbrido ocorre com o software HFSSTM, a ênfase de método foi dada parao FEM e MoM.

5.2.1 Método dos momentos – MoM

O método dos momentos é uma técnica utilizada para encontrar a solução de equações
integrais cuja variável desconhecida encontra-se no integrando e a solução analítica do
problema torna-se inviável, obrigando assim, solução numérica. O método dos momentos
envolve equações cujo integrando é constituído por uma função denominada função de Green
e pela densidade de corrente sobre o elemento responsável pela irradiação da antena. As
equações integrais são obtidas após aplicação das condições de contorno do problema. A
variável a ser determinada é a corrente sobre o elemento irradiante. Como procedimento de
115

solução via MoM, a densidade de corrente é expandida em um conjunto de funções,


denominadas funções base, cujo peso de cada uma é desconhecida e deve ser determinada,
sendo então a variável do problema. Para obter um número de equações igual ao de incógnitas,
faz-se o produto interno das equações integrais por um conjunto de funções testes, obtendo
assim um sistema de equações com N equações e N incógnitas. A dimensão da matriz deste
sistema depende da quantidade funções de bases utilizadas para descrever a densidade de
corrente.
A escolha do tipo e quantidade de função base influência no tempo da solução
computacional. Sendo assim, somente o local onde há corrente a ser determinada terá influência
no tempo computacional [52].

5.2.2 Método dos elementos finitos – FEM

O FEM é considerado uma das ferramentas computacionais mais eficientes e versáteis


[51]. E para problemas de irradiação ou espalhamento que apresentam um domínio infinito,
também definido como aberto, é necessário truncar esse domínio, por meio de condições de
contorno absorvedora (ABC – Absorbing Boundary Condition) ou camadas perfeitamente
casadas (PML – Perfect Match Layer). A escolha de uma ou de outra pode influenciar na
acurácia dos resultados obtidos, bem como no tempo de simulação e quantidade de memória
RAM utilizada.
Esse método é caracterizado por dividir o modelo em pequenos elementos denominados:
elementos finitos. O conjunto desses elementos é denominado malha. Quanto maior o número
de elementos que representam o modelo maior a acurácia dos resultados, no entanto, maior será
a quantidade de dados que necessitam ser manipulados, consequentemente aumento do uso da
memória RAM. A escolha do formato dos elementos que compõem a malha é arbitraria,
podendo ser: triângulos ou quadriláteros, na forma bidimensional e tetraedros na forma
tridimensional. Cada elemento possui vértices, também denominados nós, e a esses vértices
estão associados polinômios, que podem apresentam grau variável dependendo do grau de
acurácia. [51].
116

5.2.3 Método híbrido – FEM-MoM

O método dos momentos é indicado para análise de estrutura com grandes dimensões,
uma vez que não é necessário criar uma malha na região em torno do elemento, entretanto a
aplicação do método dos momentos requer o prévio conhecimento da função de Green, fato
que torna o método limitado quando se trata de estruturas com a utilização vários tipos de
materiais.
Para aplicação do método dos elementos finitos o domínio computacional deve ser
limitado, pois o método gera uma malha dentro do espaço delimitado. Portanto, para estruturas
eletricamente grande a quantidade de dados associado com a malha que é gerada é densa, de
forma que o tempo de simulação, bem como memória para armazenar os dados é alta.
A Tabela 5.1 resume as principais vantagens e desvantagens associadas a cada método
[53]

TABELA 5.1 – Comparação entre o MoM e FEM.

Método dos momentos Método dos elementos finitos


Poucas equações – O(n) para 2-D Muitas equações – O(n2) para 2-D
Regiões abertas: fácil Regiões abertas: difícil
O(n2) para 3-D O(n3) para 3-D
Matriz resultante: cheia Matriz resultante: esparsa

Na Tabela 5.1 o termo “O” denominado símbolo de Landau é uma notação comumente
utilizada na matemática para expressar quão rápido uma função cresce ou declina [54]. Para
O(n), O(n2) e O(n3) as funções apresentam crescimento linear, quadrático e de ordem 3,
respectivamente.
Na hibridização a relação entre os dois métodos ocorre com base no princípio da
equivalência, ou princípio de Huygens e a relação entre os métodos é melhor explicado em [55]-
[57].
No caso do HFSSTM o método híbrido pode ser habilitado de duas formas, através da
definição do contorno da caixa que limita o domínio computacional como contorno integral,
denominado FE-BI (Finite Element – Boundary Integration) ou através da região de IE
(Integral Equation).
O método híbrido na forma de FE-BI é habilitado criando-se uma caixa externa ao
modelo com condição de contorno Radiation marcando a opção Model Exterior as HFSS-IE,
conforme Figura 5.1.
117

FIGURA 5.1 – Janela habilitar modo híbrido FE-BI.

Para o FEM utiliza-se uma caixa de irradiação espaçada de um quarto do comprimento


de onda (λ/4), enquanto que, para método hibrido recomenda-se a distância do elemento até a
caixa de irradiação de λ/10.
A maneira de habilitar o método híbrido por regiões de IE será exemplificada, conforme
situação mostrada na Figura 5.2, em que uma antena corneta está posicionada sobre uma mesa
e deseja-se aferir as características dela. Supondo que a mesa é eletricamente grande, a caixa
de irradiação é definida em volta apenas da antena, enquanto que, o tripé e a mesa são definidos
como regiões de IE.

FIGURA 5.2 – Exemplo para habilitar o método híbrido por região de IE.
118

Vale ressaltar que a definição da caixa de irradiação quando se utiliza a região de IE é


realizada conforme Figura 5.1. Esse modo de aplicar o método híbrido é indicado quando o
volume do modelo é grande, por esse motivo, esse é o procedimento utilizado neste trabalho.

5.3 Yagi-Uda no interior do cilindro

A rede Yagi-Uda foi proposta para Wi-Fi no interior de aeronaves. Na Figura 5.3 ilustra
o modelo inicial da simulação, retirada do ambiente de simulação do HFSSTM em que a posição
inicial da antena será o centro do cilindro.
O cilindro é representado por meio de uma casca metálica de condutividade σ = 5,8 x
107 S/m, com as extremidades abertas. A rede Yagi-Uda é o modelo otimizado mostrado no
Capítulo 3.

FIGURA 5.3 – Modelo inicial da antena Yagi-Uda dentro do cilindro retirado do ambiente de
simulação do HFSSTM.

Habilitando-se o método híbrido no HFSSTM, em que a rede Yagi-Uda é envolvida por


uma caixa de irradiação de λ/10 enquanto que o cilindro é definido como uma região de IE,
conforme Figura 5.3. Com o intuito de aferir a potencialidade do método híbrido simulações
considerando apenas FEM, por meio da utilização do PML também foram realizadas e os
resultados comparados.
119

Os resultados com relação a tempo de simulação e gasto de memória RAM é resumido


na Tabela 5.2.

TABELA 5.2 – Comparação das simulações da Yagi-Uda + fuselagem.

Grandezas Híbrido FEM


Tempo 360 minutos 843 minutos
Memória RAM 1,6 G 4,5 G

O método hibrido se mostrou 2,3 vezes mais rápido do que a simulação utilizando FEM
e a para memória RAM nota-se uma diminuição em torno de 64%.
Vale ressaltar que para essa e as demais simulações envolvendo a rede Yagi-Uda foi
utilizado um computador Xenon® com 192 RAM e 2,4 GHz de velocidade, 5 passos de
convergência e 31 pontos dentro do intervalo de 3,1 a 5,1 GHz. Além disso, o cilindro foi
modelado como uma casca condutora dividida em 62 segmentos.
Os resultados para módulo do coeficiente de reflexão em dB, impedância de entrada e
o campo elétrico próximo, distanciado de 200mm da antena, nos planos yz e xy foram
comparados utilizando ambos os métodos e são ilustrados nas Figuras 5.4, 5.5, 5.6 e 5.7, nesta
ordem.

0
FEM
-5 Híbrido
|Coeficiente de reflexão| (dB)

-10

-15

-20

-25

-30
3,25 3,50 3,75 4,00 4,25 4,50 4,75 5,00
Frequência (GHz)

FIGURA 5.4– Módulo do coeficiente de reflexão para a rede Yagi-Uda no interior do


cilindro.
120

50j

25j 100j

10j 250j
5,1 GHz

10 25 50 100 250

-10j -250j
3,1 GHz
FEM
Híbrido
-25j -100j

-50j

FIGURA 5.5 – Impedância de entrada para a rede Yagi-Uda no interior do cilindro.

O módulo do coeficiente de reflexão na frequência de operação da rede Yagi-Uda


apresentou valor aproximado de -27,2 dB, o que equivale ao melhor ponto da curva, mostrada
na Figura 5.4, a impedância de entrada para ambas as análises apresentou parte reativa próxima
de zero, conforme Figura 5.5.

0
0
330 30
-5
FEM
-10 Híbrido
300 60
-15

-20

-25

-30 270 90

-25

-20

-15
240 120
-10

-5
210 150
0
180

FIGURA 5.6 – Diagramas de campo próximo no plano yz para a Yagi-Uda no interior do


cilindro para a frequência f = 4,1 GHz.
121

0
0
330 30
-5
FEM
-10
Híbrido
300 60
-15

-20

-25

-30 270 90

-25

-20

-15
240 120
-10

-5
210 150
0
180

FIGURA 5.7 – Diagramas de campo próximo no plano xy para a Yagi-Uda no interior do


cilindro para a frequência f = 4,1 GHz.

O cilindro utilizado para representar a fuselagem apresenta 250 mm de raio que equivale
a 3,4λ0, então, o campo dentro da cabine será o campo próximo, devido a definição das zonas
de campos [23]. Todos os diagramas de irradiação apresentados para a antena Yagi-Uda, neste
capítulo, são de campo próximo para uma distância de 200 mm da antena.
Pelos resultados do módulo do coeficiente de reflexão, impedância de entrada, e a
função diretividade em ambos os planos para a rede Yagi-Uda no interior do cilindro não
apresentou divergência com a utilização dos dois métodos.

5.3.1 Análise dos efeitos da fuselagem

Destaca-se que as simulações até aqui consideraram a antena posicionada no centro do


cilindro, conforme Figura 5.3 ilustra. A seguir a variação da posição da antena na direção radial
e longitudinal no interior do cilindro é mostrada.
Na Figura 5.8 as posições simuladas para antena posicionada na direção radial
correspondem a: h1 = 80 mm e h2 = 160 mm e na direção longitudinal: d1 = 250 mm e d2 = 350
mm.
122

(a) (b)
FIGURA 5.8 – Posições da antena dentro do cilindro, na direção radial (a) e longitudinal
(b).

Na Figura 5.9 tem-se o módulo do coeficiente de reflexão para a variação na direção


radial, enquanto que na Figura 5.10 mostra-se a variação na direção longitudinal do cilindro.

-5
|Coeficiente de reflexão| (dB)

-10

-15

-20

-25

-30
h1 = 80 mm
-35
h2 = 160 mm
-40
3,25 3,50 3,75 4,00 4,25 4,50 4,75 5,00
Frequência (GHz)

FIGURA 5.9 – Módulo do coeficiente de reflexão para variação da posição na direção radial
do cilindro.

O módulo do coeficiente de reflexão não sofreu diferenças significativas quando a


posição na direção radial do cilindro foi variada. Isso porque, como é mostrado na Figura 5.9,
à medida que o h aumenta, tornando-se mais próximo do cilindro a antena apresenta melhora
no nível do casamento de impedância, no entanto, o nível do casamento, para ambos os casos,
na frequência central (4,1 GHz), permanece abaixo de -25 dB.
123

Para a variação da posição na direção longitudinal do cilindro não foi notada diferenças
significativas nos níveis de casamento, nem tampouco deslocamento em frequência.

0
d1 = 250 mm
-5 d2 = 350 mm

|Coeficiente de reflexão| (dB)


-10

-15

-20

-25

-30
3,25 3,50 3,75 4,00 4,25 4,50 4,75 5,00
Frequência (GHz)

FIGURA 5.10 – Módulo do coeficiente de reflexão com a variação da posição na direção


radial do cilindro.

A seguir, na Figura 5.11, o módulo do coeficiente de reflexão será mostrado para o caso
em que a antena se encontra isolada e na presença do cilindro para a direção radial do cilindro.

-5
|Coeficiente de reflexão| (dB)

-10

-15

-20

-25

-30 Isolada
h=0
-35 h = 80 mm
h = 160 mm
-40
3,25 3,50 3,75 4,00 4,25 4,50 4,75 5,00
Frequência (GHz)

FIGURA 5.11– Módulo do coeficiente de reflexão para a rede Yagi-Uda isolada e dentro do
cilindro.
124

Todos os casos mostrados na Figura 5.11 apresentam largura de faixa de impedância de


aproximadamente 500 MHz. Na frequência de operação o módulo do coeficiente de reflexão
encontra-se abaixo de -25 dB para todos os casos. Portanto, não se considera que houve
alteração na operação da antena.
Além de checar se o casamento da antena foi alterado na presença do cilindro metálico,
o diagrama de irradiação também é outra figura de mérito importante a ser observado. Na Figura
5.12 o plano yz normalizado é mostrado, enquanto que na Figura 5.13 o plano xy é mostrado.
0
0
330 30
-5
h = 160 mm
-10 h = 80 mm
300 h = 0 mm 60
-15

-20

-25

-30 270 90

-25

-20

-15
240 120
-10

-5
210 150
0
180

FIGURA 5.12 – Diagrama de irradiação normalizado – plano yz – para a Yagi-Uda no interior


do cilindro, para a frequência f = 4,1 GHz.

0
0
330 30
-5
h = 160 mm
-10 h = 80 mm
300 h = 0 mm 60
-15

-20

-25

-30 270 90

-25

-20

-15
240 120
-10

-5
210 150
0
180

FIGURA 5.13 – Diagrama de irradiação normalizado – plano xy – para a rede Yagi-Uda


isolada e no interior da aeronave, para a frequência f = 4,1 GHz.
125

Portanto, pelas curvas ilustradas nas Figuras 5.11, 5.12 e 5.13 é possível aferir a
influencia da estrutura metálica sobre a antena. E propor um novo projeto levando em
consideração o local de instalação da antena.
Na Tabela 5.3 são mostrados os resultados para módulo do coeficiente de reflexão na
frequência central.

TABELA 5.3 – Resultados da antena Yagi-Uda no interior do cilindro.

Casos S11
h = 0 mm -27,17 dB
h = 80 mm -26,88 dB
h = 160 mm -31,86 dB

A análise da distribuição de campo da antena Yagi-Uda dentro do cilindro do cilindro


por ser uma região com comprimento de 3,4λ0 uma análise de campo próximo deve ser
realizada. Um estudo sobre o campo próximo dentro da aeronave é sugerido como trabalho
futuro.

5.4 Antena blade sobre o cilindro

A antena blade proposta para o DME/TCAS está localizada sobre o cilindro. Na Figura
5.14 que ilustra o modelo simulado no HFSSTM e que foi retirado do ambiente de simulação do
próprio software.

FIGURA 5.14 – Modelo de simulação da antena blade e o cilindro retirada do ambiente de


simulação do HFSSTM.
126

Inicialmente a antena, localizada no centro da fuselagem, é simulada e o diagrama


normalizados nos planos yx e xy é apresentado, na Figura 5.15.

0
0
330 30
-5

-10
300 60
-15

-20

-25

-30 270 90

-25

-20

-15
240 120
-10 Plano yz
Plano xy
-5
210 150
0
180

FIGURA 5.15 – Diagramas normalizados nos planos xy e yz para antena blade sobre o
cilindro na frequência central 4,97 GHz.

Como a largura de banda de impedância compreende a faixa de 4,38 GHz a 5,56 GHz,
o diagrama de irradiação deve ser analisado também nessas frequências para aferir o
comportamento do campo. Então nas Figuras 5.16 e 5.17 tem-se os diagramas de irradiação no
plano xy e yz nas frequências inferior e superior, respectivamente.
0
0
330 30
-5

-10
300 60
-15

-20

-25

-30 270 90

-25

-20

-15
240 120
-10
Plano yz
Plano xy
-5
210 150
0
180

FIGURA 5.16 – Diagramas normalizados nos planos xy e yz para antena blade sobre o
cilindro na frequência inferior (4,38 GHz).
127

0
0
330 30
-5

-10
300 60
-15

-20

-25

-30 270 90

-25

-20

-15
240 120
-10 Plano yz
Plano xy
-5
210 150
0
180

FIGURA 5.17 – Diagramas normalizados nos planos xy e yz para antena blade sobre o
cilindro na frequência superior (5,56 GHz).

Para a antena sobre o cilindro, nas frequências superior e inferior nota-se o aumento dos
lóbulos traseiros, no entanto, o nível permanece menor que -20 dB, fato que não compromete o
funcionamento da antena. Vale destacar que os ripples no plano yz apresentaram um valor
menor que 3dB.
Parte-se agora para a comparação entre a utilização do método hibrido e o FEM. As
Figuras 5.18, 5.19 5.20 e 5.21 referente ao módulo do coeficiente de reflexão, impedância de
entrada e diagramas de irradiação normalizado nos planos yz e xy comparam esses parâmetros
com os diferentes métodos numéricos.
0
FEM
Híbrido
-5
|Coeficiente de reflexão| (dB)

-10

-15

-20

-25
4,00 4,25 4,50 4,75 5,00 5,25 5,50 5,75 6,00
Frequência (GHz)

FIGURA 5.18 – Módulo do coeficiente de reflexão para os diferentes métodos numéricos da


antena blade sobre o cilindro.
128

50j

25j 100j

10j
8,0 GHz FEM 250j

Híbrido
4,0 GHz
10 25 50 100 250

-10j -250j

-25j -100j

-50j

FIGURA 5.19 – Impedância de entrada para os diferentes métodos numéricos da antena blade
sobre o cilindro.

0
0
330 30
-5

-10
300 60
-15

-20

-25

-30 270 90

-25

-20

-15
240 120
-10 FEM
Híbrida
-5
210 150
0
180

FIGURA 5.20 – Diagrama de irradiação normalizado – plano yz – para os diferentes métodos


numéricos da antena blade sobre o cilindro, para a frequência f = 4,97 GHz.
129

0
0
330 30
-5

-10
300 60
-15

-20

-25

-30 270 90

-25

-20
FEM
-15 Híbrida
240 120
-10

-5
210 150
0
180

FIGURA 5.21 – Diagrama de irradiação normalizado – plano xy – para os diferentes métodos


numéricos da antena blade sobre o cilindro, para a frequência f = 4,97 GHz.

Na Tabela 5.4 os resultados para tempo de simulação e gasto de memória RAM são
resumidos.

TABELA 5.4 – Comparação dos métodos de análise da antena blade sobre a fuselagem.

Grandezas Híbrido FEM


Tempo 1176 minutos 2490 minutos
Memória RAM 3,6 G 4,5 G

Com a utilização do método hibrido o tempo de simulação foi mais de 2 vezes mais
rápido comparado com o caso em que o FEM foi utilizado. Já a quantidade de memória RAM
nota-se uma redução de 20%. Vale ressaltar que como a antena blade está sobre a aeronave, o
número de segmentos para o cilindro utilizada foi de 202 e análise foi feita no intervalo de 4 a
8 GHz em 38 pontos.
A seguir a variação da posição da antena blade na direção longitudinal do cilindro é
analisada, considerando a mesma variação realizada para rede Yagi-Uda.
130

5.4.1 Análise dos efeitos do cilindro

Nas Figuras 5.22, 5.23, 5.24 e 5.25 são mostrados o módulo do coeficiente de reflexão,
impedância de entrada e diagramas de irradiação normalizados com a variação da posição da
antena blade para os planos yz e xy, nesta ordem.

0
d = 0 mm
-5 d = 250 mm
|Coeficiente de reflexão| (dB)

-10

-15

-20

-25

-30
4,00 4,25 4,50 4,75 5,00 5,25 5,50 5,75 6,00
Frequência (GHz)

FIGURA 5.22 – Módulo do coeficiente de reflexão com a variação da posição da blade sobre
o cilindro.

O módulo do coeficiente de reflexão não apresentou divergências com os resultados,


ambas as curvas apresentaram o melhor ponto de casamento na frequência de 4,85 GHz, com
níveis abaixo de -20 dB. A largura de banda de impedância para ambos os casos é de
aproximadamente 1,25 GHz, conforme Figura 5.22.
A impedância de entrada, na Figura 5.23, também não apresentou divergências com a
posição da antena sobre a fuselagem, em termos quantitativos, a variação foi de menos de 1 Ω
para a parte real e imaginaria, que em termos práticos, considera-se que não houve variação.
131

50j

25j 100j

10j 8,0 GHz 250j

4,0 GHz
10 25 50 100 250

-10j -250j

d = 0 mm
d = 250 mm
-25j -100j

-50j

FIGURA 5.23 – Impedância de entrada com a variação da posição da blade sobre o cilindro.

0
0
330 30
-5

-10
300 60
-15

-20

-25

-30 270 90

-25

-20

-15
240 120
-10 d = 0 mm
-5 d = 250 mm
210 150
0
180

FIGURA 5.24 – Diagrama normalizado – plano yz – para a antena blade com a variação ao
longo da posição sobre o cilindro, para a frequência f = 4,97 GHz.
132

0
0
330 30
-5

-10
300 60
-15

-20

-25

-30 270 90

-25

-20 d = 0 mm
-15 d = 250 mm
240 120
-10

-5
210 150
0
180

FIGURA 5.25 – Diagrama normalizado – plano xy – para a antena blade com a variação ao
longo da posição sobre o cilindro, para a frequência f = 4,97 GHz.

Os diagramas de irradiação, nas Figuras 5.24 e 5.25 para a variação da posição da antena
blade não apresentou diferenças.
Como observado nas simulações das antenas na presença do cilindro, a fuselagem foi
modelada como uma casca cilíndrica, sem tampas. No entanto, a fuselagem da aeronave tanto
na parte exterior como interior apresenta detalhes que foram omitidos para simplificação do
modelo, as quais para resultados mais realísticos devem ser levados em consideração.
É importante evidenciar que alguns detalhes foram omitidos, como asas, janelas, hélices,
estabilizadores vertical e horizontal e leme, na parte exterior, enquanto que na parte interna
cadeiras, compartimento de bagagens e cabine de comando, por exemplo. Além disso, a
inclusão dessas partes representaria um aumento no tempo de simulação bem como de memória
RAM gasta, uma vez que novos objetos deveriam ser discretizado.
Como mostrado, o cilindro apresenta dimensões grandes, então, o tempo de simulação
é alto, comparado com a simulação de uma antena isolada que é cerca de 10 minutos. Além
disso, a frequência de escalonamento foi 4,1 GHz, para a rede Yagi-Uda e 4,97 GHz, para a
blade, o que resultou em uma estrutura com comprimento elétrico também, considerado grande,
conforme Figuras 5.3 e 5.14. Portanto, a simplificação do modelo fez-se necessária.
133

5.5 Protótipos sobre o cilindro

Por fim, considerando o plano de terra como sendo o próprio cilindro, a Figura 5.26
ilustra o conjunto antena mais cilindro, enquanto que a Figura 5.27 o detalhe da antena já fixada
por meio de parafusos sobre o cilindro é ressaltado.
Lembrar que a frequência de operação das antenas são frequências escalonadas para que
o cilindro utilizado figure parte da fuselagem de uma aeronave modelo nacional EMB-120 com
uma antena que opera em 1090 MHz, que equivale ao serviço de DME/TCAS, serviços esses
relacionados com a segurança de voo.

FIGURA 5.26 – Antena blade sobre o cilindro.


134

FIGURA 5.27 – Antena blade em detalhe sobre o cilindro.

A comparação entre os resultados experimentais e teóricos para o módulo do coeficiente


de reflexão e para a impedância de entrada são mostradas nas Figuras 5.28 e 5.29,
respectivamente. Considerar a permissividade do FR4 na simulação como 4,4 e um
espaçamento entre as placas de 0,35 mm

-10
|Coeficiente de reflexão| (dB)

-20

-30 5,45 GHz

5,30 GHz
TM
HFSS
-40 Medida

4,0 4,5 5,0 5,5 6,0 6,5 7,0


Frequência (GHz)

FIGURA 5.28 – Módulo do coeficiente de reflexão teórico e experimental para a antena blade
sobre o cilindro.
135

50j

25j 100j

10j 250j

10 25 50 100 250

-10j TM -250j
HFSS
Medida

-25j -100j

-50j

FIGURA 5.29 – Impedância de entrada teórica e experimental para a antena blade sobre o
cilindro.

Pela Figura 5.28 observa-se que houve uma diferença entre o melhor ponto da curva
medida e simulada de 150 MHz essa alteração, conforme mostrada no Capítulo 4 pode ser
influência da superfície curva.
Portanto, salienta-se a importância da otimização da antena já embarcada na estrutura
cilíndrica, para que as características do projeto inicial sejam atendidas. Como o plano de terra
reduzido tem por objetivo a fixação da antena sobre o cilindro, foi utilizado o Arlon CuClad
que apresenta uma flexibilidade maior para adequa-se a superfície curva.

5.6 Resumo do capítulo

Neste capítulo uma breve introdução sobre os métodos numéricos utilizados para análise
de antenas foi realizada, de forma sucinta. Foram eles: método dos momentos, método dos
elementos finitos e o método híbrido, o qual é indicado para simulação de estruturas
eletricamente grandes.
Para ambas as antenas foi realizada também uma comparação entre a utilização do
método hibrido e FEM, por meio de tabelas comparativas de tempo e memória RAM gastas
para resolver o modelo.
Simulações da antena Yagi-Uda na presença do cilindro metálico que representa parte
da fuselagem de uma aeronave mediante processo de escalonamento foram realizadas, além de
136

estudos paramétricos com a variação da posição na direção longitudinal e radial do cilindro


analisando figuras de mérito como módulo do coeficiente de reflexão, impedância de entrada e
diagramas de irradiação de campo próximo são apresentados.
Em virtude da dificuldade associada com a montagem do setup de medição para a rede
Yagi-Uda dentro do cilindro, apenas as medições de impedância de entrada e campos
eletromagnéticos distantes irradiados de forma isolada foram realizadas.
Para a antena blade, também foi utilizado o método hibrido para simulação da estrutura
e um estudo paramétrico da posição na direção longitudinal do cilindro foi realizado, não
apresentando diferença significativas das figuras de mérito analisadas.
Para o protótipo da antena blade foi apresentado a comparação dos resultados obtidos
pela medição de impedância de entrada e perda de retorno com os resultados obtidos, utilizando
também o método hibrido.
Com base nas comparações das simulações e medidas das antenas realizadas ao longo
do capítulo, sobretudo na presença do cilindro metálico, observa-se a importância de otimizar
a antena no local de operação, para levar em conta os efeitos do ambiente sobre as características
de irradiação e elétrica da antena.
Destaca-se também a potencialidade da utilização do método híbrido para a análise de
estruturas eletricamente grandes, que pode otimizar o processo de análise das antenas
embarcadas, sobretudo em aeronaves, foco de estudo.
137

6 Conclusão

Neste trabalho foi apresentado o projeto de antenas imersas em substratos dielétricos,


para aplicações aeronáuticas. Os projetos foram realizados por meio de análises paramétricas,
mediante simulações eletromagnéticas no software HFSSTM. A fim de contabilizar os efeitos da
antena na presença da fuselagem da aeronave, simulações com esse propósito foram realizadas,
e para possibilitar a medição, o processo de escalonamento foi empregado: a parte da fuselagem
foi modelada como um cilindro metálico com raio de 250 mm e comprimento de 1 metro.
Antes do projeto da rede Yagi-Uda, análises paramétricas com um monopolo imerso no
substrato dielétrico foram realizadas no Capítulo 2, nas quais variaram-se as dimensões do
plano de terra e o comprimento do monopolo. Desse modelo destaca-se o comprimento
reduzido que é proporcional à εr-1/2. O efeito da inserção de elementos parasitas (refletor e
diretor) também foi contabilizado. Observou-se que a inserção do diretor gerou um aumento na
largura de banda de impedância, bem como a diminuição da reatância da impedância de entrada,
de forma que a estrutura apresentou uma melhora do nível de casamento, enquanto que, a
inserção do refletor influenciou o nível da diretividade, notando-se um aumento de 38%.
Com base nos resultados do monopolo imerso no dielétrico o projeto da rede Yagi-Uda
é apresentado no Capítulo 3, inicialmente com um elemento refletor e depois com diedro
refletor para maximizar a diretividade e RFC. A comparação dos resultados medidos e teóricos
apresentaram comportamentos semelhantes, no entanto, deslocados em frequência. Esse
deslocamento é decorrente da variação da permissividade do material dielétrico que apresenta
uma tolerância, conforme as análises paramétricas mostradas no capítulo.
Com base nos estudos paramétricos realizados para a rede Yagi-Uda, observou-se que
o ângulo de máxima irradiação localizado no plano de elevação do diagrama pode ser alterado,
sobretudo, mediante a mudança das dimensões ou na assimetria do plano de terra. A variação
da distância entre os elementos mostrou-se mais relacionada com o nível de casamento de
impedância e, portanto, sendo possível obter uma largura de banda de impedância maior com a
variação desse parâmetro.
No Capítulo 4, a análise paramétrica para o projeto da blade permitiu obter uma antena
com dimensões otimizadas bem pequenas, devido sobretudo a frequência de operação,
4,97GHz. Essas dimensões reduzidas tornaram delicado o processo de construção. Além disso,
o dielétrico utilizado, o FR4, apresenta incertezas, como mostrado em [44, 45], para espessura
e para permissividade elétrica relativa, devido às diferentes técnicas de construção empregada.
138

A comparação dos resultados teóricos e experimentais apresentou deslocamento em frequência,


que é decorrente da variação da permissividade do FR4 e/ou devido ao espaçamento entre as
placas originada pelo processo de junção destas (mediante a colagem), conforme variações
paramétricas realizadas para a permissividade e espaçamento de ar entre as placas mostradas
no capítulo.
No Capítulo 5, um resumo sobre os dois métodos de simulação do HFSSTM é
apresentado: o FEM e o MoM, bem como a sua hibridização e modo de habilitação no software.
Com o método híbrido, as antenas na presença do cilindro metálico foram simuladas de forma
mais eficaz. Para a rede Yagi-Uda notou-se uma redução de tempo de 2,3 vezes e, quanto a
utilização de memória RAM, a redução foi de 64%, comparado a simulação somente com FEM.
Para a antena blade posicionada sobre a aeronave observou-se redução da memória RAM em
20% e o tempo de simulação foi 2 vezes menor. Como a posição é requisito de projeto, análises
paramétricas para diversas posições da antena dentro e sobre o cilindro metálico foram
realizadas.
As simulações com as antenas na presença do cilindro metálico revelaram a necessidade
de otimização final da antena no local de operação, no caso, dentro ou sobre o cilindro metálico.
A principal contribuição desse trabalho consiste na proposição de duas topologias de
antenas imersas em substratos dielétricos, uma utilizando monopolos cilíndricos e outra
utilizando um monopolo planar. Ambas apresentam largura de banda de impedância maior que
35% e dimensões reduzidas, proporcionais à permissividade elétrica do material utilizado.
Embora empregadas para aplicações aeronáuticas, as antenas não são restritas.
Além disso, gerou-se conhecimentos acerca da utilização de um método híbrido,
composto por dois métodos de onda completa (FEM e MoM) para contabilizar os efeitos da
fuselagem, representado por um cilindro metálico, nas figuras de mérito da antena. Tais
conhecimentos podem ser úteis na simulação de estruturas eletricamente grandes, as quais
podem ser de interesses futuros do LAP/ITA. A utilização da hibridização dos métodos
proporcionou uma diminuição no tempo total de simulação e utilização de memória RAM, sem
comprometer a acurácia dos resultados.
Como proposta para próximos temas, destaca-se: A medição da permissividade do
material, por meio de uma das técnicas apresentadas em [45], possibilitando uma alimentação
inicial do software mais acurada, o que resulta em protótipos com comportamentos semelhantes
aos modelos simulados.
A medição de campos distante irradiados da antena blade sobre o cilindro e sobre o
plano na câmara anecóica.
139

A medição de impedância de entrada e campos distantes irradiados da antena Yagi-Uda


dentro do cilindro.
A modelagem da fuselagem com mais detalhes (aproximação para o modelo real) para
resultados de diagramas de irradiação e até estimação de recursos computacionais para um caso
real.
Aplicar técnicas de soldagem para a alimentação da antena blade evitando um
espaçamento de ar entre as placas no processo de junção, que é uma das causas do deslocamento
em frequência dos resultados medidos.
Realizar estudos sobre o campo próximo no interior da aeronave.
140

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144

Apêndice A – Simulações adicionais para Yagi-Uda

A.1 Introdução

Neste Apêndice análises adicionais são mostradas para a rede Yagi-Uda, como a
comparação do comportamento do módulo do coeficiente de reflexão e diagramas de irradiação
nos planos xy e yz com o aumento do número de elementos que compõe o diedro, além disso,
os projetos finais são apresentados com a utilização de um substrato com permissividade εr =
2,2 e outra antena operando em uma frequência f = 2,5 GHz.

A.2 Número de elementos no diedro

Dobrando-se o número de pinos em cada braço do diedro refletor o módulo do


coeficiente de reflexão em dB e a função diretividade nos planos xy e yz são comparados com
o caso construído (9 elementos), nas Figuras A.1, A.2, respectivamente.

0
9 elementos
-5 17 elementos
|Coeficiente de reflexão| (dB)

-10

-15

-20

-25

-30

-35
3,15 3,50 3,85 4,20 4,55 4,90 5,25 5,60 5,95
Frequência (GHz)

FIGURA A.1 – Módulo do coeficiente de reflexão variando a quantidade de pinos que


constituem o diedro refletor utilizando o HFSSTM.
145

0
0
10
330 30
330 30
10
9 elementos
0 17 elementos
300 60 0 300 60

-10
-10

-20 270 90
-20 270 90

-10 -10

240 120
0 240 120
0
9 elementos
10 17 elementos
210 150 210 150
10
180 180

(a) (b)
FIGURA A.2 – Função diretividade para os planos xy (a) e yz (b) para diferentes
quantidades de pinos no diedro utilizando o HFSSTM, na frequência f = 4,1 GHz.

A função diretividade apresenta uma diferença de RFC de aproximadamente 1,93 dB,


enquanto que a diretividade uma variação de 0,1 dB. Para o módulo do coeficiente de reflexão
houve uma diferença de 1,6 dB.
Como o aumento no número de pinos não apresentou vantagens em relação a
diretividade e ao nível de casamento o número de nove pinos para o diedro, no total, foi
mantido.

A.3 Variação da permissividade elétrica

Pode ser interesse do projetista a utilização de substratos com permissividade elétrica


diferente do valor utilizado neste trabalho (εr = 2,55), portanto, um novo projeto com o laminado
Rogers® Duroid/5880 com εr = 2,2 e tangente de perdas tanδ = 0,0018 foi relizado e as principais
figuras de mérito são apresentadas, para o projeto final.
Nas Figuras A.3, A.4 e A.5 o módulo do coeficiente de reflexão em dB, impedância de
entrada e função diretividade nos planos xy e yz são apresentadas, respectivamente
146

-5

|Coeficiente de reflexão| (dB)


-10

-15

-20

-25

-30
3,15 3,50 3,85 4,20 4,55 4,90 5,25 5,60 5,95 6,30
Frequência (GHz)

FIGURA A.3 – Módulo do coeficiente de reflexão da rede Yagi-Uda em 4,1 GHz utilizando
um substrato de εr = 2,2.

50j

25j 100j

6,5 GHz

10j 250j

10 25 50 100 250
4,1 GHz

-10j -250j

3,1 GHz
-25j -100j

-50j

FIGURA A.4 – Impedância de entrada da rede Yagi-Uda em 4,1 GHz utilizando um substrato
de εr = 2,2.

Pela Figura A.3 observa-se que a utilização de um substrato com permissividade menor,
gerou uma antena com largura de faixa de impedância de 2,4 GHz com módulo do coeficiente
de reflexão na frequência central abaixo de -20 dB.
147

Para o plano yz mostrado na Figura A.5 o máximo da função diretividade foi de 8,8 dB
para θ = 70º e ϕ = 90º, com largura de feixe de meia potência de aproximadamente 78º para o
plano de elevação e 82ºpara o plano de azimute. Pelo plano xy nota-se uma relação frente e
costa de 14,9 dB.

0
10
330 30

300 60
-10

-20

-30 270 90

-20

-10
240 120

0
D() - plano yz
210 D() - plano xy 150
10
180

FIGURA A.5 – Função diretividade nos planos xy e yz da rede.

A.4 Variação da frequência

Com base na Tabela 3.4, que resume as dimensões finais do protótipo, foi possível
estimar valoresiniciais para uma rede Yagi-Uda para a frequência f = 2,5 GHz (λ0 = 120 mm;
λg = 75,15 mm) utilizando um substrato com permissividade elétrica relativa εr = 2,55 ± 0,04.
A Tabela A.2 mostra as dimensões da rede Yagi-Uda para nova frequência.
Nas Figuras A.7, A.8 e A.9 é apresentado o módulo do coeficiente de reflexão,
impedância de entrada e diagramas nos planos yz e xy, nesta ordem.
148

TABELA A.1 – Dimensões da rede Yagi-Uda na frequência 2,5 GHz.


Grandeza Valor
Plano de terra 105 x 217 mm2
Comprimento do ativo 21,60 mm
Comprimento do refletor 21,60 mm
Comprimento do diretor 10,14 mm
Distância ativo–diretor 3,75 mm
Distância ativo–refletor 37,57 mm
Distância entre os
17,28 mm
elementos do diedro

-5
|Coeficiente de reflexão| (dB)

-10

-15

-20

-25

-30
2,2 2,3 2,4 2,5 2,6 2,7 2,8
Frequência (GHz)

FIGURA A.6 – Módulo do coeficiente de reflexão para rede Yagi-Uda em 2,5 GHz.

A Figura A.6 mostra o módulo do coeficiente apresenta nível abaixo de -25 dB, e uma
largura de faixa de impedância de 360 MHz, que equivale a 14,4%.
149

50j

25j 100j

2,2 GHz

10j 250j

2,8 GHz
10 25 50 100 250

2,5 GHz

-10j -250j

-25j -100j

-50j

FIGURA A.7 – Impedância de entrada para rede Yagi-Uda em 2,5 GHz.

O máximo da função diretividade ocorreu no plano yz para θ = 68º com valor de 8,8
dB, enquanto que, a relação frente e costa foi de 18,97 dB.

0
10
330 30

300 60
-10

-20

-30 270 90

-20

-10
240 120

0
D() - plano yz
210 D() - plano xy 150
10
180

FIGURA A.8 – Função diretividade nos planos xy e yz em 2,5 GHz.


150

Apêndice B – Simulação adicional para Blade

B.1 Introdução

Neste Apêndice a comparação do comportamento do módulo do coeficiente de reflexão


e a impedância de entrada são mostradas para o caso da antena blade com e sem o radome.

B.1 Radome

O radome é parte essencial em antenas que ficam expostas as condições climáticas


variadas, pois protegem o elemento irradiador, prologando a vida útil da antena. E para os
sistemas aeronáuticos auxiliam na aerodinâmica.
Na Figura B.1 é apresentado uma comparação do módulo do coeficiente de reflexão
com e sem o radome e na Figura B.2 a mesma comparação é realizada para a impedância de
entrada.

-5

-10
|Coeficiente de reflexão| (dB)

-15

-20

-25

-30

-35 4,97 GHz


6,25 GHz Com radome
-40 Sem radome

-45
4,0 4,5 5,0 5,5 6,0 6,5 7,0 7,5 8,0
Frequência (GHz)

FIGURA B.1 – Módulo do coeficiente de reflexão para a antena blade com e sem o radome.
151

50j

25j 100j

10j 250j

10 25 50 100 250

-10j Com radome -250j

Sem radome

-25j -100j

-50j

FIGURA B.2 – Impedância de entrada para a antena blade com e sem radome.

Para o caso com radome o menor valor do módulo do coeficiente de reflexão ocorre em
4,97 GHz e sem em 6,25 GHz, conforme a Figura B.1. Essa diferença entre o melhor ponto das
curvas é cerca de 1,28 GHz.
As variações para a impedância de entrada podem ser vistas pelo deslocamento das setas
na Figura B.2, que indica a frequência central. Para a parte real há um aumento de cerca de
17,5Ω, inicialmente 28,29 Ω passou para 45,71 Ω, com o radome, e a parte imaginária ficou
quase nula, a princípio era 19,18 Ω e passou para 0,33 Ω.
152

FOLHA DE REGISTRO DO DOCUMENTO


1. 2. 3. 4.
CLASSIFICAÇÃO/TIPO DATA REGISTRO N° N° DE PÁGINAS

DM 05 de maio de 2016 DCTA/ITA/DM-016/2016 151f


5.
TÍTULO E SUBTÍTULO:

Antenas imersas em substratos dielétricos para aplicações aeronáuticas: Blade e Yagi-Uda.


6.
AUTOR(ES):

Waleska Freire da Silva


7. INSTITUIÇÃO(ÕES)/ÓRGÃO(S) INTERNO(S)/DIVISÃO(ÕES):

Instituto Tecnológico de Aeronáutica – ITA


8.
PALAVRAS-CHAVE SUGERIDAS PELO AUTOR:

1. Antenas. 2. Blade. 3. Yagi-Uda.


9.PALAVRAS-CHAVE RESULTANTES DE INDEXAÇÃO:

Antenas; Redes de antenas Yagi; Dielétricos; Cabines de aeronaves; Antenas de


aeronaves; Engenharia eletrônica.
10.
APRESENTAÇÃO: X Nacional Internacional
ITA, São José dos Campos. Curso de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em
Engenharia Eletrônica e Computação. Área de Microondas e Optoeletrônica. Orientador:
Prof. Dr. Ildefonso Bianchi. Defesa em 26/04/2016. Publicada em 2016.
11.
RESUMO:

Neste trabalho é apresentado o projeto de duas antenas imersas em substrato dielétrico.


O projeto é suportado pelo simulador eletromagnético HFSSTM, com o qual são realizadas
análises que possibilitam obter as dimensões físicas das antenas. As duas antenas são
propostas para aplicações aeronáuticas: uma rede Yagi-Uda com elementos cilíndricos
para aplicação em cabines de aeronaves e uma antena blade imersa em um dielétrico de
baixo custo, para aplicações na área externa da fuselagem. Como as antenas estão
embarcadas em uma plataforma eletricamente grande, a fuselagem de uma aeronave, a
técnica híbrida, FEM-MoM, para a análise dos efeitos da fuselagem sobre as antenas é
empregada. Para simplificar as análises, a fuselagem da aeronave é modelada como um
cilindro metálico, em que os comprimentos elétricos são equivalentes à de uma fuselagem
real, mediante aplicação de um escalonamento em frequência. Os protótipos das antenas,
bem como o processo de construção são apresentados e os resultados teóricos e
experimentais comparados, verificando a sua concordância.
12.
GRAU DE SIGILO:

(X ) OSTENSIVO ( ) RESERVADO ( ) SECRETO

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