Вы находитесь на странице: 1из 22

Apostila de Economia versão 2.

2 – Agosto 2010 – parte 1


Faganelo & Machado

INTRODUÇÃO À ECONOMIA

Material desenvolvido pelos


professores Luiz Henrique
Mourão Machado e Mauricio
Faganelo para a aplicação da
disciplina de Economia e
Economia de Empresas para
os Cursos de Tecnologias em
Ciências Gerenciais e
Administração de Empresas
na Universidade Nove de Julho
- UNINOVE.

Este material não pode ser copiado ou distribuído sem a autorização dos Autores -1-
Apostila de Economia versão 2.2 – Agosto 2010 – parte 1
Faganelo & Machado

1. CONCEITOS BÁSICOS E FUNDAMENTAIS

O que é economia?
É a ciência que se preocupa com a alocação dos recursos escassos para a satisfação
das necessidades humanas, que são ilimitadas.

Outra definição:
Economia é a ciência social que estuda a produção, distribuição, e consumo de bens e serviços.
O termo economia vem do grego para oikos (casa) e nomos (costume ou lei), daí "regras da casa
(lar)."[1]

Lionel Robbins (ensaio de 1932): "a ciência que estuda as formas de comportamento humano
resultantes da relação existente entre as ilimitadas necessidades a satisfazer e os recursos que,
embora escassos, se prestam a usos alternativos.

Necessidades humanas: São diversificadas e insaciáveis. Sensação da falta de


alguma coisa unida ao desejo de satisfazê-la.

Recursos escassos: São aqueles que não existem em abundância e que pagamos
pela sua utilização.

Escassez: significa que os recursos disponíveis são insuficientes para satisfazer todas
as necessidades e desejos. Estando ausentes a escassez dos recursos e a
possibilidade de fazer usos alternativos desses recursos, não haverá problema
econômico.
PIRÂMIDE DE MASLOW

O COMPORTAMENTO COMO PADRÃO DE CONSUMO DA SOCIEDADE.

Recursos: é o que utilizamos para produzir. Podem ser limitados em quantidade,


combináveis ou não. Classificam-se em:
 Recursos Livres: são os recursos abundantes. Ex: ar, sol, chuva.
 Recursos Econômicos: são os recursos escassos. Ex: água, terra agrícola.
 Recursos Produtivos: são aqueles utilizados como fatores de produção. Ex: Terra,
trabalho, capital, capacidade empresarial, tecnologia. Eles se dividem em humanos
e não-humanos.

Este material não pode ser copiado ou distribuído sem a autorização dos Autores -2-
Apostila de Economia versão 2.2 – Agosto 2010 – parte 1
Faganelo & Machado

Bens e serviços:

Bens

Os agentes se comportam de diferentes formas em suas escolhas de acordo com o tipo


do bem que desejam. Suas decisões de escolha devem ser livres para desejar e
comprar aquilo que podem e têm vontade.

Os bens e serviços, porém, possuem suas peculiaridades que podem ser classificadas
por diferentes tipos. Dessa forma, em relação à renda e aos preços, um bem pode ser:

Os bens materiais se dividem em:

1. Bens de consumo: são os bens materiais duráveis e não-duráveis.

2. Bens de capital: são o que utilizamos para produzir outros bens ou serviços.

Outras Classificações para Bens em Economia

Livres ou Econômicos
• Livres são ilimitados existem em abundância;
• Econômicos são os limitados podem ser: materiais ou serviços.

Normal ou Inferior
• Normal: quando aumenta a renda do indivíduo, aumenta a demanda pelo bem
(e vice-versa).
• Inferior: quando aumenta a renda do indivíduo diminui a demanda pelo bem
(e vice-versa).

Substitutos ou Complementares
• Substitutos – quando o preço de um bem aumenta, sua demanda cai e a
demanda do outro bem aumenta.
• Complementares – quando o preço de um bem diminui, aumenta não apenas
sua demanda como também do outro bem.

Intermediários ou Finais.
• Intermediários: não estão pronto para o consumo, vão sofrer um processo de
transformação.
• Finais: já se encontram pronto para o consumo.

Serviços

Não se destina a produzir um bem, mas a satisfação da sociedade, através de uma


atividade. Podemos diferenciar bem como algo tangível e serviço como algo não
tangível.

Este material não pode ser copiado ou distribuído sem a autorização dos Autores -3-
Apostila de Economia versão 2.2 – Agosto 2010 – parte 1
Faganelo & Machado

Setores econômicos

 Primário: Onde o produto se encontra da forma natural e não sofreu nenhum


processo de transformação. Pesca, agricultura.

 Secundário: Onde o produto extraído do setor primário vai passar por um processo
de transformação. Indústria, construção.

 Terciário: Setor onde ocorre a prestação de serviços. Bancos, comércio.

Problemas econômicos básicos

 O que produzir?

 Quanto produzir?

 Como produzir?

 Para quem produzir?

QUER SABER MAIS ?

Procure no www.youtube.com a série ECONOMIA DESCOMPLICADA e assista a Parte


1 desta série de 7 vídeos.

Ou acesse o link abaixo:


http://www.youtube.com/watch?v=liZcE05M93U

São 5 minutos que irão complementar o seu conhecimento sobre este assunto.

Economia não é tão chato assim e nem tão complicado como você imagina que é !

Este material não pode ser copiado ou distribuído sem a autorização dos Autores -4-
Apostila de Economia versão 2.2 – Agosto 2010 – parte 1
Faganelo & Machado

2. O MODELO DE DEMANDA E OFERTA

O modelo de demanda e oferta é um instrumento de raciocínio dos economistas.


Ele explica os fenômenos decorrentes da escassez, é um aparato útil para resolver os
problemas econômicos.

Em economia, a Lei da Oferta e Procura , também chamada de Lei da Oferta e da


Demanda é a lei que estabelece a relação entre a demanda de um produto - isto é, a
procura - e a quantidade que é oferecida, a oferta.
A partir dela, é possível descrever o comportamento preponderante dos consumidores
na aquisição de bens e serviços em determinados períodos, em função de quantidades
e preços.
Nos períodos em que a oferta de um determinado produto excede muito à procura, seu
preço tende a cair. Já em períodos nos quais a demanda passa a superar a oferta, a
tendência é o aumento do preço.

A estabilização da relação entre a oferta e a procura leva, em primeira análise, a uma


estabilização do preço. Uma possível concorrência, por exemplo, pode desequilibrar
essas relações, provocando alterações de preço.

Ao contrário do que pode parecer a princípio, o comportamento da sociedade não é


influenciado apenas pelos preços. O valor de um produto pode ser um estímulo positivo
ou negativo para que os consumidores adquiram os serviços que necessitam, mas não
é o único.
Existem outros elementos a serem considerados nesta equação, entre eles:
 Os desejos e necessidades das pessoas;
 O poder de compra;
 A disponibilidade dos serviços - concorrência;
 A capacidade das empresas de produzirem determinadas mercadorias com
o nível tecnológico desejado.

Da mesma forma que a oferta exerce uma influência sobre a procura dos
consumidores, a freqüência com que as pessoas buscam determinados produtos
também pode aumentar e diminuir os preços dos bens e serviços.

Este material não pode ser copiado ou distribuído sem a autorização dos Autores -5-
Apostila de Economia versão 2.2 – Agosto 2010 – parte 1
Faganelo & Machado

I. DEMANDA

Quantidades que os consumidores estariam dispostos a comprar de um


determinado produto (bens ou serviços) em função do nível de preços, em
determinado período de tempo. Todas as demais condições constantes.

 Quando se fala em demanda de um mercado está se falando em


compradores.
 A quantidade demandada é a quantidade de um bem ou serviço que os
compradores desejam.
 Em geral, a quantidade demandada está negativamente relacionada com o
preço do bem. Tal relação é conhecida como a Lei da Demanda.

Lei da Demanda: tudo o mais mantido constante, a quantidade demanda de um bem


ou serviço diminui a medida que seu preço aumenta.

Fatores que influenciam a demanda.


 Preço do bem.
 Renda.
 Gosto.
 Preferência do consumidor.
 Preço de outros bens relacionados (substitutos/complementares).
 Propaganda.
 Número de consumidores.
 Qualidade
 Expectativa do Consumidor

Se o preço permanece constante e varia uma das condições ceteris paribus, teremos
um deslocamento positivo ou negativo da curva de demanda. Se o preço de um bem e
a quantidade desse mesmo bem varia, teremos um deslocamento na curva de
demanda.

Curva de Demanda

Quando a Lei da Demanda é representada graficamente, ela passa a ser chamada de


curva de demanda. A curva de demanda pode ser individual e representa a relação
entre a quantidade demanda individualmente e o preço do bem. É chamado preço de
reserva a quantia máxima que uma pessoa estaria disposta a pagar pelo bem.

Deslocamentos da Curva de Demanda

Uma curva de demanda pode se deslocar quando algumas variáveis que exercem
influência sobre a decisão de comprar dos agentes sofrem alterações.

Este material não pode ser copiado ou distribuído sem a autorização dos Autores -6-
Apostila de Economia versão 2.2 – Agosto 2010 – parte 1
Faganelo & Machado

Exemplos de fatores ou variáveis que influenciam a decisão e portanto a curva de


demanda são: renda, preços dos bens relacionados, gostos e preferências,
expectativas e número de compradores.

Demanda individual: Representa as quantidades que cada indivíduo está disposto a


consumir de um produto num dado período de tempo em função do nível de preços.

Demanda de mercado: Será determinada pela demanda individual. Representa o


comportamento de um grupo de consumidores diante dos movimentos de preços.

II. OFERTA

Quantidades que os produtores estariam dispostos a oferecer ao mercado de um


determinado produto (bens ou serviços) em função do nível de preços, em
determinado período de tempo. Todas as demais condições constantes.

Analogamente à demanda, quando se fala em oferta de mercado está se falando em


vendedores. A quantidade ofertada é a quantidade de um bem ou serviço que os
vendedores querem e podem vender. Em geral, a quantidade ofertada está
positivamente relacionada com o preço do bem. Tal relação é conhecida como a Lei da
Oferta.

Lei da Oferta: com tudo o mais mantido constante, a quantidade ofertada de um bem
aumenta quando seu preço aumenta.

Fatores que influenciam a oferta.


 Preço do bem.
 Preço dos fatores de produção (insumos).
 Tecnologia.
 Preço de outros bens relacionados (substitutos/complementares).
 Importação/exportação.
 Clima (no caso de produtos agrícolas).
 Subsídios/impostos.

Este material não pode ser copiado ou distribuído sem a autorização dos Autores -7-
Apostila de Economia versão 2.2 – Agosto 2010 – parte 1
Faganelo & Machado

Se o preço permanece constante e varia uma das condições ceteris paribus,


teremos um deslocamento positivo ou negativo da curva de oferta. Se o preço de um
bem e a quantidade desse mesmo bem varia, teremos um deslocamento na curva de
oferta.

Curva de Oferta

Quando a Lei da Oferta é representa da graficamente, ela passa a ser chamada de


curva de oferta. A curva de oferta pode ser individual e representa a relação entre a
quantidade ofertada individualmente e o preço do bem.

Deslocamentos da Curva de Oferta

Analogamente à curva de demanda, a curva de oferta pode se deslocar quando


algumas variáveis que exercem influência sobre a decisão de vender dos agentes
sofrem alterações. Exemplos de fatores ou variáveis que influenciam a decisão na
curva de oferta são: preços dos insumos, tecnologia, expectativas e número de
vendedores.

Oferta individual: Representa as quantidades que um produtor esta disposto a oferecer


ao mercado. Será alterada por fatores como inovação tecnológica. Investimento em
tecnologia vai afetar a oferta de um produtor.

Oferta de mercado: Será determinada pelas curvas de oferta individuais. Representa o


comportamento dos produtores. A alteração nos preços levará a entrada ou saída de
produtores no mercado deslocando a curva de oferta de mercado.

O Equilíbrio

Ao reunir a Curva de Demanda e a Curva de Oferta na mesma representação gráfica, é


possível achar o equilíbrio do mercado, tanto em termos de quantidade como em
termos de preço.

O ponto em que as curvas se cruzam é chamado de Ponto de Equilíbrio, onde o preço


igual a quantidade demandada com a quantidade ofertada. Essa quantidade é
chamada de Quantidade de Equilíbrio e o preço que as igual a é o Preço de Equilíbrio.

Este material não pode ser copiado ou distribuído sem a autorização dos Autores -8-
Apostila de Economia versão 2.2 – Agosto 2010 – parte 1
Faganelo & Machado

PREÇOS:
Os preços estão relacionados com os movimentos nas curvas de oferta e
demanda.

MOVIMENTAÇÃO NA CURVA DE DEMANDA

Exemplo 1:
* Supondo que estamos em condição de equilíbrio;
Se a demanda aumentar e a oferta permanecer inalterada, os preços vão
sair do preço de equilíbrio e passarão a ter um valor maior que o anterior.

Este material não pode ser copiado ou distribuído sem a autorização dos Autores -9-
Apostila de Economia versão 2.2 – Agosto 2010 – parte 1
Faganelo & Machado

Com o preço de mercado abaixo do preço de equilíbrio, a quantidade ofertada é menor


do que a quantidade demandada. Tal fato cria um excesso de demanda que só será
resolvido quando o preço de mercado aumentar e se igualar ao preço de equilíbrio,
resultando, portanto numa igualdade de quantidades vendidas e compradas.

Exemplo 2:
* Supondo a mesma condição de equilíbrio anterior;
Se a demanda diminuir e a oferta permanecer inalterada, os preços vão
sair do preço de equilíbrio e passarão a ter um valor menor que o anterior.

MOVIMENTAÇÃO NA CURVA DE OFERTA

Exemplo 3:
* Supondo ainda um equilíbrio entre oferta e demanda;
Se a oferta aumenta e a demanda permanece inalterada, os preços vão
sair do preço de equilíbrio e passarão a ter um valor menor que o anterior.
Exemplo época de safra.

Exemplo 4:
* Um equilíbrio entre oferta e demanda ainda poderá ser alterado;
Se a oferta diminui e a demanda permanece inalterada, os preços vão sair
do preço de equilíbrio passando a ter um valor maior que o anterior.

Este material não pode ser copiado ou distribuído sem a autorização dos Autores - 10 -
Apostila de Economia versão 2.2 – Agosto 2010 – parte 1
Faganelo & Machado

Com o preço de mercado acima do preço de equilíbrio, a quantidade ofertada é maior


do que a quantidade demandada. Tal fato cria um excesso de oferta que só será
resolvido quando o preço de mercado abaixar e se igualar ao preço de equilíbrio,
resultando, portanto numa igualdade de quantidades vendidas e compradas.

INFORMAÇÕES IMPORTANTES

Mesmo em equilíbrio, existem situações que resultam no deslocamento das curvas de


oferta ou de demanda que por sua vez deslocamo equilíbrio existente.

Para analisar tais mudanças deve-se seguir alguns passos:

A – Verificar se o deslocamento é da curva de oferta ou da curva de demanda.

B – Verificar se o deslocamento é para direita ou esquerda.

C – Utilizar o diagrama com as curvas de oferta e demanda para analisar as


mudanças e o novo equilíbrio.

Deslocamento do Equilíbrio / Expansão da Oferta e Retração da Demanda

Portanto...
A oferta e a demanda atuam sobre o equilíbrio de um mercado determinando os
preços e as quantidades dos diferentes bens e serviços da economia.

Este material não pode ser copiado ou distribuído sem a autorização dos Autores - 11 -
Apostila de Economia versão 2.2 – Agosto 2010 – parte 1
Faganelo & Machado

3. TEORIA DO CONSUMIDOR

Além do preço outras variáveis podem alterar o comportamento dos


consumidores.

Utilidade: Quanto mais desejada uma mercadoria, maior será a sua utilidade. A
utilidade pode ser medida, quanto maior a taxa de consumo de uma mercadoria maior
a sua utilidade. Segue abaixo os tipos de Utilidade:

Utilidade Cardinal:
 Afirma que a utilidade poderia ser mensurada em forma absoluta, a partir de
certa unidade de medida como distância, peso, etc...
 Cada produto poderia ter sua utilidade mensurada, a utilidade de um bem não
era influenciada pelo consumo de outros bens.
 A utilidade total de uma cesta seria a soma das utilidades de cada bem.

Utilidade Ordinal:
 A utilidade é decorrente do consumo de diversos bens,
 a utilidade não é medida mas mensurada de acordo com a ordem de preferência
ou prioridade de cada bem ou produto, ou seja, do maior para menor importâm

Utilidade Total:
 Quanto mais um indivíduo consome uma mercadoria, maior a sua satisfação ou
utilidade pela mesma.
 Até ele atingir o ponto de saturação, a partir desse ponto a sua utilidade começa
a decrescer.

Utilidade Marginal1 ou Utilidade Limite:


 Somente á primeira unidade consumida pelo indivíduo possuí alta utilidade ás
unidades adicionais possuem uma utilidade menor.
 No ponto de saturação (conceito de saturabilidade) a utilidade marginal é zero, a
partir desse ponto ela se torna negativa.

Restrição Orçamentária:

Consumo que as pessoas podem ter desde que não ultrapasse a sua renda
monetária (espaço orçamentário). Ele poderá optar por gastar toda a sua renda ou
parte dela.

1
O valor da utilidade marginal se define como sendo o valor, para o consumidor, representado por uma unidade adicional de alguma
mercadoria.

Para exemplificar: para um consumidor que esteja com fome, a primeira fatia de pão tem uma utilidade enorme. Essa utilidade vai decrescendo à
medida que se vai adicionando mais unidades. A décima fatia de pão já representará uma utilidade bem menor que a primeira. A trigésima fatia
de pão terá uma utilidade quase nula e a centésima poderá até ter uma utilidade marginal negativa se causar, em nosso consumidor, uma
indigestão.

Este material não pode ser copiado ou distribuído sem a autorização dos Autores - 12 -
Apostila de Economia versão 2.2 – Agosto 2010 – parte 1
Faganelo & Machado

4. TEORIA DA FIRMA.

As principais estruturas de mercado:

 Concorrência perfeita: Para que um mercado seja caracterizado como


concorrência perfeita são necessárias algumas condições:
 Grande número de compradores e vendedores, de forma que nenhum possa
influenciar o outro, nem o equilíbrio de mercado.
 Não existe diferença entre os produtos, eles são considerados substitutos
perfeitos (homogêneos).
 Não existem barreiras a entrada de novos produtores no mercado.
 Como os produtos são padronizados e existem grandes números de
compradores e vendedores atitudes isoladas não vão influenciar as
condições desse mercado. Os produtores não conseguem determinar preços.

Nesse modelo de mercado, cada produtor operaria com a maior taxa de eficiência, seu
produto teria o mais baixo custo e o lucro seria o mínimo necessário para manter a
empresa em funcionamento.

 Monopólio: O monopólio puro é o extremo oposto da concorrência perfeita:


 Existe apenas um vendedor, só uma empresa, dominando a oferta do
produto no mercado.
 As empresas monopolistas conseguem influenciar e determinar os preços
que vão oferecer seu produto no mercado.
 Não há no mercado produtos substitutos (produto único).
 Não há empresas competidoras, existem barreiras a entrada de novos
produtores nesse tipo de mercado, o ingresso é impossível neste mercado.
- Tipos de barreiras:
a.) existência de economias de escala.
b.) controle sobre o fornecimento de matéria-prima.
c.) posse de patentes.
d.) concessão de monopólio legal.
 Devido à dominação que existe nesse modelo de mercado, as empresas
dificilmente recorrem à publicidade.

 Oligopólio: É um tipo de mercado que reúne características da concorrência


perfeita e do monopólio.
 Pequeno número de empresas (geralmente de grande porte) dominando a
venda ao mercado.
 Produzem produtos diferenciados ou padronizados (heterogêneos).
 Como há um pequeno número de empresas dominando o mercado, poderá
ocorrer controle de preços como acordos, conluios. As empresas procuram
diferenciar os seus produtos, o que vai influenciar nos preços.

Este material não pode ser copiado ou distribuído sem a autorização dos Autores - 13 -
Apostila de Economia versão 2.2 – Agosto 2010 – parte 1
Faganelo & Machado

 As empresas criam barreiras á entrada de novos concorrentes, se novos


empresas entram no mercado as grandes vão procurar derrubar as
pequenas.

 Concorrência monopolística (imperfeita): São as empresas que se situam entre


os dois extremos, o da concorrência perfeita e do monopólio.
 Grande número de empresas praticamente homogêneas.
 Existe diferenciação entre os produtos, através de marcas e patentes
(heterogêneos) e por características como qualidade, marca (grife), padrão
de acabamento, assistência técnica.
 Cada um age como se fosse monopolista do seu próprio produto, já que este
é diferenciado dos demais.
 O grau de diferenciação possibilita ao produtor controlar os preços do seu
produto, mas em menor escala comparado ao monopólio e oligopólio.
 Existe uma barreira “natural” a entrada de novos concorrentes, para entrar
nesse mercado ele deverá criar um novo produto.

 Oligopsônio: Tipo de estrutura de mercado em que poucas empresas, de grande


porte, são as compradoras de matéria-prima ou produto primário. Pode ter 2 formas:
 Um mercado comprador, muito concentrado, com poucas e grandes
empresas que negociam com muitos pequenos produtores. (ex.: indústria
alimentícia, indústria automobilística em relação a indústria de autopeças).
 Um mercado consumidor concentrado e um mercado vendedor também
concentrado, com grandes e poucos compradores. Ocorre quando grandes
indústrias vendem a grandes indústrias. (pode ser chamado também de
oligopsônio bilateral).

 Monopsônio:
 Estrutura análoga ao monopólio.
 Existe apenas um comprador de uma mercadoria (em geral matéria-prima ou
produtos primários).
 Nesse caso, mesmo quando vários produtores oferecem o produto, os preços
não são determinados pelos vendedores, mas pelo único comprador. O
monopsônio puro é muito raro e costuma ocorrer principalmente com
empresas estatais compradoras de petróleo.
 Podemos citar os produtores de leite que vendem seus produtos a grandes
usinas processadoras e elas vão impor aos seus fornecedores os preços que
lhe convêm.

Este material não pode ser copiado ou distribuído sem a autorização dos Autores - 14 -
Apostila de Economia versão 2.2 – Agosto 2010 – parte 1
Faganelo & Machado

Quadro resumo das principais estruturas de mercado:

CONCOR CONCOR
CARACT. MONOPÓLIO OLIGOPÓLIO
PERFEITA IMPERFEITA.
Quanto ao
Só há uma
número de Muito grande Pequeno número Grande
empresa
empresas
Padronizado Não há Pode ser
Quanto ao
não há substitutos padronizado ou Diferenciado
produto
diferenças (único) diferenciado
Quanto ao Há
Considerável, Dificultado, pela
controle das possibilidades
Não é possível principalmente interdependência
empresas sobre porém são
se há restrições. entre as empresas.
os preços limitadas
A empresa È considerável
É vital,
Quanto a geralmente exercendo-se
sobretudo quando
concorrência Não é possível. recorre a através de
há diferenciação do
extra-preço campanhas marcas e
produto
institucionais patentes.
Quanto ás
Não há O ingresso é Há consideráveis
condições de São fáceis.
obstáculos impossível obstáculos
entrada

Este material não pode ser copiado ou distribuído sem a autorização dos Autores - 15 -
Apostila de Economia versão 2.2 – Agosto 2010 – parte 1
Faganelo & Machado

5. TEORIA MACROECONÔMICA

Como a economia atualmente se encontra, os períodos altos e baixos, a


macroeconomia se torna fundamental para entendermos os acontecimentos recentes.

O estudo da macroeconomia se inicia sendo explicado pela economia clássica através


da lei de Say.

Lei de Say:

A produção das firmas gera o que chamamos de produto agregado e o poder de


compra. Ou seja, os trabalhadores são remunerados pela produção do produto
agregado. Podemos dizer que a geração do produto cria a sua própria renda. A oferta
do produto cria a demanda agregada.

A lei de Say afirma que a produção gera poder de compra, assim a renda equivale ao
produto gerado, a oferta cria a sua própria procura, logo tudo que for ofertado será
demandado.

Desta forma essa lei assegurava a ocorrência do pleno emprego. Acreditava-se que
desta forma não haveria crise na economia, essa lei no entanto, é derrubada com a
crise sofrida pelos Estados Unidos em 1929, os clássicos não conseguem explicar a
crise econômica.

Surge então o princípio da demanda efetiva de Keynes, a demanda é que


determina a oferta. Segundo Keynes uma demanda real, existente, verdadeira e certa
é que vão determinar o que será ofertado.

Este material não pode ser copiado ou distribuído sem a autorização dos Autores - 16 -
Apostila de Economia versão 2.2 – Agosto 2010 – parte 1
Faganelo & Machado

6. PRODUTO E RENDA AGREGADA.

Fluxo circular da renda: É a interação das famílias e das empresas no mercado de


fatores e de produtos. As famílias vendem para as empresas os fatores de produção e
são remuneradas em forma de salários, juros, lucros, aluguéis. As empresas vendem
os bens ou produtos para os consumidores e recebem sua remuneração, dessa forma
denominamos esse processo como fluxo circular da renda.

FLUXO CIRCULAR DA RENDA AMPLIADO


(adaptado pelo Prof. Mauricio Faganelo)

FATORES: Se refere aos fatores de produção. Do lado das Famílias consideramos


como fatores a Terra (não a Terra Agrícola), Capital, Trabalho e Capacidade
Empresarial. Já do lado das empresas, os fatores são os Salários, Aluguéis, Juros e
Lucros pagos as Famílias.

PRODUTOS: Se refere a produção. São os Bens e Serviços produzidos pelas


empresas às Famílias e o respectivo pagamento pelas mesmas por estes produtos
para as Empresas.

POUPANÇA (S): É a parcela da renda recebida pelas famílias não consumida no


período, isto é, da renda gerada (salários, juros, aluguéis, lucros), parte não é gasta em
bens de consumo. Também pode ser considerada como o excedente da renda das
famílias.

Este material não pode ser copiado ou distribuído sem a autorização dos Autores - 17 -
Apostila de Economia versão 2.2 – Agosto 2010 – parte 1
Faganelo & Machado

INVESTIMENTO (I): É o gasto em bens que representam aumento da capacidade


produtiva da economia, isto é, da capacidade de gerar rendas futuras; É o gasto em
bens produzidos, que não foram consumidos no próprio período e que serão utilizados
para consumo futuro. Também pode ser considerado como o excedente da renda das
Empresas.

SISTEMA MONETÁRIO FINANCEIRO (SMF): Fiscalizado pelo Banco Central, o SMF


é composto pelos Bancos Comerciais, Bancos de Investimentos, Bancos de Fomento
(ex. BNDES), Caixas (ex. CEF), DTVM – Distribuidoras, CTVM – Corretoras, Bolsas,
Fundos de Investimentos, entre outros.

PRODUTOS FINANCEIROS: São os produtos oferecidos pelas empresas do SMF para


as Empresas e Famílias.

IMPORTAÇÕES: Todo o consumo de Empresas e Famílias por empresas que não


estão localizadas dentro do território nacional.

EXPORTAÇÕES: Toda produção vendida por Empresas nacionais para Pessoas


Físicas e Jurídicas que não estão localizadas dentro do território nacional.

GOVERNO: Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário de âmbito municipal, estadual e


federal. O Governo recebe seus recursos através de Impostos e Taxas recolhidos pelas
Empresas e Famílias e gasta estes mesmos recursos conforme o seu orçamento. Estes
recursos são utilizados principalmente para o pagamento de Salário, Programas
Assistenciais e Aposentadorias (do lado das Famílias) e pela aquisição de produtos e
serviços adquiridos das Empresas para utilização em suas autarquias.

OUTRAS CONSIDERAÇÕES FUNDAMENTAIS PARA O ENTENDIMENTO DO FCR

Bens finais: São os bens produzidos para utilização final, eles não estão sujeitos a
serem transformados. Bens produzidos para serem vendidos aos consumidores.

Consumo intermediário: São as transações entre as empresas que não estão


incluídos no fluxo circular.

Valor adicionado: Suponha um produtor de livro, ele possui uma gráfica e tem que
comprar tinta e papel, ele comprou papel de um produtor de papel que comprou
madeira de outro produtor. Logo o livro terá valor adicionado de todos esses
produtores.

Renda agregada: É a remuneração concedida ás pessoas. Poder de compra que as


pessoas podem utilizar ou não. A renda agregada é a soma dos salários, aluguéis,
lucros, juros.

Este material não pode ser copiado ou distribuído sem a autorização dos Autores - 18 -
Apostila de Economia versão 2.2 – Agosto 2010 – parte 1
Faganelo & Machado

7. UMA ÓTICA DE MENSURAÇÃO DA ATIVIDADE ECONÔMICA

A ÓTICA DO PRODUTO

O produto nacional pode ser analisado de algumas formas. Realizamos estas medidas
de forma a compreender e principalmente medir a economia, de forma a obter uma
visão do que aconteceu com a produção de um país.

Existem outras óticas para analisarmos a economia, como a da Despesa e a da Renda.


Neste material iremos dar prioridade para analisarmos a ótica da mensuração da
atividade econômica somente pelo Produto.

Como já vimos durante os conceitos de demanda e oferta, podemos assumir que a


produção no Fluxo da Renda é produzido pelas Empresas e que o consumo destes
produtos são realizados pelas Famílias.

Sendo assim, PRODUTO NACIONAL (PN) é toda a produção realizada pelas


empresas em um determinado período de tempo.

Mas este conceito não pode ser simplificado desta forma, pois temos algumas “óticas”
de analisar esta produção realizada pelas empresas. Para isso subdividimos estas
maneiras de analisar a produção, ou melhor, tudo o que foi produzido por uma
economia da seguinte forma:

A. PRODUTO INTERNO E PRODUTO NACIONAL

A produção de um país é analisada de duas maneiras: a do Produto Interno e a do


Produto Nacional. Tanto um como o outro procuram representar o nível de atividade em
todos os setores de uma economia de um país em determinado período de tempo.

A única maneira de se realizar esta análise é saber a quantidade de produtos vendidos


multiplicada pelo valor de cada uma das respectivas unidades.

IMPORTANTE: NO CALCULO DO PRODUTO, É FUNDAMENTAL COMPREENDER


QUE SOMENTE AS VENDAS AOS CONSUMIDORES FINAIS SÃO
CONSIDERADAS, POIS SE CONSIDERARMOS AS VENDAS AO MERCADO
INTERMEDIÁRIO, PODEREMOS TER DUPLICIDADE NOS CÁLCULOS DA
PRODUÇÃO DE UMA ECONOMIA.

Este material não pode ser copiado ou distribuído sem a autorização dos Autores - 19 -
Apostila de Economia versão 2.2 – Agosto 2010 – parte 1
Faganelo & Machado

PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB)

Como o próprio nome já diz, é toda a produção realizada DENTRO DO PAÍS, não
importando a origem da empresa, desta forma, ela pode ser de origem nacional ou
estrangeira.

Abaixo também temos o conceito de PIB pela ótica da produção derivando cada um
dos seus agregados:

O PIB é a soma do Consumo das Famílias (C), do Investimento (I) (que é o excedente
do que as Empresas gastam), dos Gastos do Governos (G) (com Salários, Programas
Assistenciais e toda o gasto com produtos e serviços de fornecedores e com o Saldo
da Balança Comercial, que é o resultado da conta de Exportações (X) subtraindo as
Importações (M).

PIB = C + I + G + (X – M)
C = Consumo
I = Investimento
G = Aquisições do Governo
X = Exportações
M = Importações

O PIB é uma forma de se medir, em valores monetários, na moeda do país de toda a


produção de bens e serviços realizados dentro da fronteira do país.

Porque realizamos o cálculo do PIB dessa forma e por que fazemos essa conta?

Se não somássemos tudo o que produzimos considerando o que vale cada produto,
como conseguiríamos medir a economia? É como se somássemos bananas com
maçãs. São frutas diferentes, portanto não poderiam ser medidos separadamente. É
fundamental tomarmos uma unidade de medida comum para que se compreenda o que
aconteceu com o volume de comercialização de bens e serviços de um país.

Medir a economia é uma das principais funções da macroeconomia. Somente através


destas análises, são possíveis elaborar contra medidas para eventuais correções ou
definições de políticas econômicas.

Aí vem outro questionamento.... Mas porque Produto Interno BRUTO ?

Este material não pode ser copiado ou distribuído sem a autorização dos Autores - 20 -
Apostila de Economia versão 2.2 – Agosto 2010 – parte 1
Faganelo & Machado

É agora que iremos compreender melhor, entendendo o conceito de Produto Interno


Bruto. Mas isso é mais fácil quando compreendemos o que é....

PRODUTO INTERNO LÍQUIDO (PIL)

PIL, ou melhor, Produto Interno Líquido é o PIB subtraindo as Depreciações (D).

PIL = PIB - D
Mas o que é Depreciação, sob a ótica da Economia ?

Depreciação é o consumo do estoque de capital físico, em dado período.

De maneira mais prática...


As máquinas e equipamentos fazem parte do processo de produção.
O desgaste dessas máquinas e equipamentos é o que chamamos de depreciação.
De maneira mais simplificada, podemos entender que Depreciação é o uso dos bens
de capital (máquinas e equipamentos) e até mesmo dos bens de consumo duráveis
como automóveis, caminhões, móveis e utensílios, etc...

As empresas quando entregam seus dados para o fisco informando seu imposto de
renda, discriminam o que descontaram como depreciação nos balanços patrimoniais de
suas empresas. Estas informações são utilizadas pelo governo para mensurar o total
da depreciação e descontar este importante número e estabelecer o Produto Interno
Líquido.

PRODUTO NACIONAL BRUTO (PNB)

Toda produção do país DENTRO E FORA DELE, realizada SOMENTE por empresas
nacionais.

PNB Real → Mede a taxa de crescimento da


economia a preços constantes, levando em
consideração uma variação real ou física (ano base).

Indica que houve aumento ou queda do volume


físico da produção sem considerar a variação de
preços, para cima ou para baixo, durante o ano.

O PNB Real leva em consideração todas as mercadorias e serviços produzidos no país


a preços constantes, ou seja, tendo como base o preço das mercadorias em um
determinado momento do ano.

Este material não pode ser copiado ou distribuído sem a autorização dos Autores - 21 -
Apostila de Economia versão 2.2 – Agosto 2010 – parte 1
Faganelo & Machado

PNB Nominal → valor que considera a variação de preços, ou seja, leva em


consideração a inflação (mede produção considerando os preços do ano).
O PNB Nominal leva em consideração todas as mercadorias e serviços produzidos no país
considerando suas variações de preço durante o ano, para isso os dados de preços das
mercadorias são mensurados mensalmente e os índices de inflação e deflação são
utilizados para o cálculo desde indicador.

PRODUTO NACIONAL LÍQUIDO (PNL)

É o produto nacional bruto descontando-se a depreciação, que é considerada neste


caso a produção de maquinas destinada para a reposição.

PNL = PNB - D
DEMANDA AGREGADA (DA).
É a quantidade de bens e serviços que a totalidade dos consumidores adquirirem por
determinado preço em determinado tempo. Podemos considerar também como
demanda de mercado, ou mesmo, demanda global.
Se a Demanda Agregada é a totalidade do consumo, este mesmo consumo foi
propiciado pela totalidade da produção da economia de um país.

Sendo assim, podemos admitir que se tudo o que produzimos é consumido, então:

DA = PIB
OFERTA AGREGADA (OA)
É a quantidade de bens e serviços que a totalidade das empresas produz a
determinado preço em determinado tempo. Podemos considerar também como oferta
de mercado, ou mesmo, oferta global.

A Oferta Agregada mostra todos os níveis de preços para os quais as empresas em s


eu conjunto estão dispostas a oferecer.

Este material não pode ser copiado ou distribuído sem a autorização dos Autores - 22 -

Вам также может понравиться