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FEEDBACK NO PROCESSO DE AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM

NO ENSINO SUPERIOR

Fernanda de Andrade Galliano Daros 1 - FPP


Maria Rosa Machado Prado 2 - FPP

Grupo de Trabalho - Metodologias para o Ensino e Aprendizagem no Ensino Superior


Agência Financiadora: não contou com financiamento

Resumo

O presente relato de experiência traz uma discussão a respeito do feedback no processo de


avaliação da aprendizagem no ensino superior e sua importância no contexto educacional. Os
conceitos envolvendo o termo feedback ressaltam a importância desse retorno constante do
desempenho do aluno durante o processo de aprendizado e os benefícios e resultados diante
da prática utilizando essa ferramenta. Portanto, o objetivo dessa pesquisa é o de integrar o
aluno no processo avaliativo e conscientizá-lo de que ele deve ser participe da construção e
evolução da sua própria aprendizagem. A experiência descrita nesse trabalho relata uma
parametrização do feedback após as avaliações escritas em uma disciplina do 2° período do
curso de Graduação em Biomedicina em uma Instituição de Ensino Superior na cidade de
Curitiba, PR, que foi se concretizando a partir do momento em que observou-se uma evolução
considerável nos resultados da aprendizagem após um teste “piloto” dessa parametrização.
Esse formato de feedback vem ocorrendo desde 2013 e tem como resultado uma melhora
significativa na compreensão do conteúdo abordado e consequentemente do aprendizado dos
estudantes. Essa evolução foi instigado a entender cada vez mais os dilemas, tipos e formas de
se passar um feedback eficaz e efetivo e através disso uma revisão de literatura abordando os
conceitos, importância e relevância dessa ferramenta foi descrita nesse trabalho. Esse relato
permite que o leitor reflita a respeito da importância do uso do feedback como um aliado tanto
do processo avaliativo como de todo o contexto que envolve o ensino e aprendizado. Por meio
dessa leitura expandimos a compreensão desse processo de retorno ao aluno que traz
resultados significativos e de forma eficaz.

Palavras-chave: Feedback. Avaliação. Ensino. Aprendizagem.

1
Mestranda do Programa de Pós-graduação em Ensino nas Ciências da Saúde pelas Faculdades Pequeno
Príncipe (FPP). Professora nas Faculdades Pequeno Príncipe. E-mail: fernanda-daros@hotmail.com.
2
Doutora em Engenharia de Bioprocesso e Biotecnologia pela Universidade Federal do Paraná (UFPR).
Professora nas Faculdades Pequeno Príncipe. Email: mrosaprado@hotmail.com.

ISSN 2176-1396
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Introdução

Através da comunicação seres humanos partilham informações e trocam experiências


ao longo de anos, tornado o ato de comunicar algo essencial para a existência dos mesmos.
Quando o processo de comunicação é estabelecido, ou seja, através da troca de uma
informação ocorre a interpretação de uma mensagem, conclui-se que a comunicação foi
efetiva (PAIVA, 2003).
Em sala de aula essa ferramenta torna-se ainda mais essencial, uma vez que a
comunicação precisa ocorrer entre duas esferas: professor e aluno. Para tanto diferentes
recursos são utilizados para se estabelecer essa comunicação. Dentre eles podemos ressaltar o
feedback.
O envolvimento com o tema se deu em virtude da constante pesquisa e discussão a
respeito do feedback em sala de aula e sua relevância no contexto do ensino-aprendizado.
Com isso, a temática deu origem a uma experiência que será relatada nesse trabalho.
O objetivo principal desse estudo é o de integrar o aluno no processo avaliativo e
conscientizá-lo de que ele deve ser participe da construção e evolução da sua própria
aprendizagem. Outro objetivo desse trabalho é o de reforçar a importância do “uso” do
feedback pelos professores de ensino superior diante dos benefícios e resultados que essa
ferramenta pode trazer para o aprendizado do aluno.
O conceito de feedback, na área educacional, refere-se à informação dada ao aluno que
descreve e/ou discute seu desempenho em determinada situação ou atividade, como por
exemplo nas avaliações escritas (ZEFERINO; DOMINGUES; AMARAL, 2007). Esse
processo de retorno fornece ao aluno uma orientação clara e objetiva de como melhorar sua
aprendizagem e desempenho. Com isso, o estudante se permite evoluir constantemente em
todo o processo de ensino.
Para que esse feedback seja efetivo e compreendido é importante ressaltar que ao dar
esse retorno ao aluno o mesmo ocorra dentro de um ambiente propicio e adequado para tal,
assim como deixar estabelecido que esse retorno, seja ele positivo ou negativo tem como
objetivo principal a evolução do desempenho e aprendizado do aluno.
Mesmo com as vantagens que o feedback proporciona existem alguns
constrangimentos que podem interferir na eficácia e adequação do mesmo, devendo este ser
regular e aplicado conforme planejado pelo professor. Deve ser sempre direcionado para a
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motivação e estímulo da aprendizagem e não apenas para correção dos erros (PEREIRA;
FLORES, 2013).
Assim, se pensarmos em um feedback formativo os resultados desse processo irão
potencializar a aprendizagem do aluno, permitindo-lhes regular e monitorar seu desempenho,
motivação e até mesmo comportamento.
Cabe ressaltar a importância do professor nesse processo avaliativo, uma vez que além
de orientar e acompanhar individualmente o processo de aprendizagem do aluno indica-lhe os
seus pontos fortes e os seus pontos fracos. Orsmond et al. (2011) afirmam que é
imprescindível o papel do professor no feedback educacional, uma vez que esses retornos
deveriam ser inseparáveis e quando esta ligação se quebra, o papel formativo da avaliação
esvanece-se.

Desenvolvimento

A origem do termo feedback vem da área da biologia, para se referir ao processo de


resposta que o organismo realiza após interagir em seu ambiente (FLUMINHAN; ARANA;
FLUMINHAN, 2013). Contudo, atualmente esse termo é amplamente utilizado em diversas
áreas, tais como na educação, onde seu sentido inicial não foi perdido.
Encontramos na literatura diferentes definições de feedback no contexto de ensino e
aprendizagem. Segundo Vrasidas e McIsaac (1999, p. 25), o feedback é “o conjunto de
respostas que o professor fornece ao aluno sobre a correção das diferentes atividades
propostas, como, por exemplo, deveres de casa, trabalhos extra classe e contribuições em sala
de aula”. Entretanto, ainda segundo os autores, o feedback encontra-se restrito à correção de
tarefas e às contribuições dos alunos. Mason e Bruning (2003) definem feedback como
qualquer ato emitido em resposta a ação do aluno. Shute (2007), defende que o feedback deve
assumir um papel formativo no contexto educacional, onde o principal objetivo é aumentar o
conhecimento, habilidades e compreensão do aluno. Mory (1996), comenta que o feedback é
definido com um retorno da informação sobre um resultado ou processo.
Independente das definições descritas pelos pesquisadores um ponto relevante que
todos abordam é a importância de se praticar essas teorias e conceitos. Para isso o professor
tem um papel não só de educador, mas de participante de um processo muito mais amplo e
delicado.
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Essa atitude do professor que pratica o feedback deve ter início com o planejamento e
organização das aulas e avaliações. Em um estudo de Castro, Tucunduva e Arns (2008, p. 60)
as autoras concluem em seu artigo a importância do planejamento das aulas e o fato de que “o
planejamento não deve ser usado como um regulador das ações humanas e sim um norteador
na busca da autonomia e nas escolhas dos caminhos a serem percorridos”. Esse planejamento
interfere diretamente no contexto de ensino e aprendizagem, afinal o professor só irá
conseguir transmitir um feedback eficaz e efetivo se suas aulas e avaliações forem
organizadas e planejadas.
Outro aspecto muito relevante do processo de aprendizagem é o uso do feedback como
instrumento de retorno constante e contínuo, e não só em um momento privilegiado (prova ou
teste) (FILATRO, 2008). Vale ressaltar que não existe um único jeito ou maneira de se
transmitir um feedback, mas sim vários esquemas e/ou modelos. O importante é que o
professor deve estar sempre atento de que o aluno se torne muito mais motivado e participe
desse processo quando ele realmente entende seus erros, acertos, falhas e desempenho.
Para tanto, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Art.24. Parágrafo V está descrito
que a verificação do rendimento escolar observará o seguinte critério referente a nota
“avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos
qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais
provas finais” (BRASIL, 1996).
Isso significa que, por mais que o professor considere o contexto de aprendizado como
um processo formativo deve-se pensar que no atual sistema de educação o aluno deve estar
inserido também num processo de avaliação somativo. Ou seja, as avaliações (testes, provas,
atividades, e demais processos avaliativos) devem estar contextualizadas também nas
definições e práticas do feedback. Uma avaliação escrita, por exemplo, tem muito mais peso
no aprendizado do aluno quando o professor retoma aquela avaliação, levantando as
considerações em ralação às questões, ou quando reforça o desempenho bom ou ruim de
algum aluno ou da turma toda, ou quando refaz aquela avaliação e cria oportunidade para o
aluno repensar ou até mesmo refazer aquela atividade.
Com isso, tanto a avaliação quanto o feedback se tornam uma atividade reguladora do
processo de ensino-aprendizagem, capaz de detectar lacunas e propor soluções para eventuais
obstáculos enfrentados pelos estudantes, além de proporcionar melhorias nas ferramentas
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didáticas e eventuais ajustes no conteúdo programático ou mesmo na estrutura curricular


(BORGES et al., 2014).
Em um estudo realizado por Pereira e Flores (2013, p. 50), onde o principal objetivo
era conhecer as perspectivas dos estudantes universitários sobre a avaliação no ensino
superior, em particular sobre os métodos utilizados e o feedback, os resultados apontaram
que: “Os participantes consideram o feedback um elemento importante para a sua
aprendizagem e valorizam as informações transmitidas pelos docentes quando a sua
aprendizagem depende delas”. Ou seja, reforçam os conceitos aqui apresentados diante da
importância de se transmitir um retorno ao aluno após uma atividade, teste ou avaliação. Um
ponto que deve ser levado em consideração é o tempo destinado a esse retorno. Se ele ocorre
muito tempo depois da atividade desenvolvida o feedback perde o sentido de ajudar na
melhoria do desempenho daquele aluno, pois um feedback tardio não terá relevância dentro
do contexto de aprendizado daquela avaliação, atividade ou processo.
Ainda discutindo o estudo realizado por Pereira e Flores (2013, p. 51): “Os estudantes
afirmam que a eficácia aumenta quando obtêm feedback do professor relativamente à nota
atribuída e consideram que todo o feedback fornecido ao longo das suas experiências
acadêmicas irá ter implicações nas tomadas de decisão profissionais”.
Esse aspecto da eficácia do feedback vem de encontro com o que Price et al. (2010)
comentam em relação ao tempo despendido a transmitir um feedback, porém, ao pouco tempo
fornecido ao olhar o impacto desse feedback. A eficácia do feedback acontece quando o
professor está comprometido com o processo e quando o aluno entende os benefícios dessa
prática (HENDERSON; FERGUSON; JOHNSON, 2005). A validade desse retorno ao aluno
a respeito do seu desempenho inicia-se com a qualidade das observações feitas, estabelecendo
os objetivos de aprendizagem e incentivando o estudante nessa interação pedagógica
(MENACHERY et al., 2006).
No artigo de Zeferino, Domingues e Amaral (2007), os autores discutem a respeito da
efetividade do feedback. Eles abordam que a efetividade é maior quando o feedback é
assertivo, respeitoso, descritivo, oportuno e específico. Assertivo no sentido da comunicação
ser clara, objetiva e direta, avaliando os impactos e consequências desse processo e propondo
melhorias e mudanças. Respeitoso, um elemento essencial para o sucesso do feedback,
professor e aluno devem estar em consonância durante todo o processo. Descritivo por se
tratar de um processo que avalia de forma objetiva, sem julgamentos pessoais. Em relação a
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ser oportuno é porque o feedback deve ter momento certo e local adequado para ser
transmitido, preferencialmente logo depois da avaliação ou atividade. E específico pois é
importante que o professor deixe claro as observações relatadas e especifique claramente os
pontos positivos e negativos (ZEFERINO; DOMINGUES; AMARAL, 2007).
Transmitir um feedback exige habilidade de comunicação, compreensão do seu
conceito e do processo, criação de um ambiente propício e de uma relação de confiança entre
professor e aluno (GORDON, 2003). Através do feedback é possível regular o processo de
ensino-aprendizagem, fornecendo subsídios para o aluno perceber o quão distante, ou
próximo ele está dos objetivos estabelecidos (BORGES et al., 2014).

Relato da experiência

O feedback no processo de ensino-aprendizagem deve ser realizado de diversas formas


e constantemente durante as aulas, porém a partir da realidade em sala e das observações
constatadas durante as avaliações surgiu a necessidade de um alinhamento para um feedback
mais minucioso, padronizado e efetivo após as avaliações escritas.
A ideia de parametrizar o feedback foi se concretizando a partir do momento em que
observou-se que a cada retorno positivo ou negativo apontado nas avaliações escritas um
resultado diferente ocorria na próxima avaliação. Essa evolução nos resultados foi instigando
a entender cada vez mais o processo do feedback, e a partir dessas observações surgiu a ideia
de padronizar o formato de correção das avaliações escritas através dos conceitos e estudos
em relação ao feedback no processo de ensino-aprendizagem.
A metodologia utilizada para fornecer um feedback mais efetivo e padronizado vem
ocorrendo desde 2013 durante as aulas de Biossegurança do 2° período do curso de graduação
em Biomedicina em uma Instituição de Ensino Superior na cidade de Curitiba/PR, e segue o
formato abaixo:
 Etapa 1: Aplicação da avaliação escrita individual com questões objetivas e
dissertativas a respeito do conteúdo abordado em sala;
 Etapa 2: Correção pelo professor com nota atribuída individualmente, seguindo
critérios de assertividade de cada questão;
 Etapa 3: Antes da entrega das notas grupos com no máximo 5 alunos são
formados e recebem a mesma avaliação em branco para discussão das questões e
apontamento da melhor resposta; Nessa etapa não é atribuída uma nota ao aluno e
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os mesmos podem utilizar diversas ferramentas para pesquisa (internet, livros,


rascunhos, entre outros). A intenção é provocar a discussão e debate das questões
entre eles. Essa discussão ocorre em torno de 30 minutos.
 Etapa 4: Após a discussão e debate em grupos menores um grande grupo é
formado (círculo com a turma inteira) e a avaliação individual (etapa 1) com a
nota é entregue aos alunos;
 Etapa 5: Após a entrega da avaliação um novo debate se inicia, agora com
enfoque maior na fala do professor em relação as respostas de cada questão e do
desempenho geral da turma. Nesta etapa pontos pré-definidos pelo professor são
destacados em formato de checklist. Discute-se a formatação das perguntas
(objetivas e dissertativas), as justificativas de cada resposta incorreta (porque
aquela resposta é a incorreta) e possíveis perguntas que poderiam ser levantadas
sobre o conteúdo abordado. Esse checklist é importante para que o feedback não
se desvirtue do principal objetivo que é o aprendizado daquele conteúdo. Portanto,
a cada ponto discutido o professor fala o que observou em relação as avaliações
individuais e após sua conclusão abre para os alunos discutirem. Essa etapa evolui
em torno de 20 minutos.
 Etapa 6: Na próxima avaliação escrita uma das questões da avaliação anterior é
abordada novamente, geralmente a questão escolhida é a que teve uma discussão
mais profunda ou a que teve maior índice de erros no geral da turma. Nessa etapa
o objetivo é que o aluno tenha a oportunidade de refazer aquela questão e que
realmente afirme seu aprendizado.
Esse processo de correção, discussão e debate ocorre em dois dias de aula. O primeiro
dia destinado apenas a etapa 1 e o segundo dia para as etapas 3, 4 e 5.
Diante da criação dessas etapas considera-se cada vez mais o propósito do feedback,
que é proporcionar ao aluno informações específica sobre aquilo que foi compreendido e o
que se pretende que seja compreendido, auxiliando-o a atingir o resultado esperado
(WEAVER, 2006).
Robinson, Pope e Holyoak (2011), relatam que para um feedback ser efetivo e eficaz,
deve-se incentivar os alunos a trabalhar no sentido de desenvolver os seus próprios objetivos
acadêmicos. Através dessas etapas espera-se que o aluno se envolva cada vez mais com o
processo avaliativo e com o aprendizado. O interesse do aluno em participar dessas etapas é
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fundamental, caso contrário todo o fundamento do feedback não terá sentido, levando o
processo de avaliação a uma mera prova escrita.
A etapa 6 também é muito importante dentro do conceito de feedback, pois o aluno
tem uma nova chance de demostrar que realmente aprendeu.
Os resultados desse feedback após as avaliações começou a aparecer logo no início da
aplicação. Observou-se que os alunos se interessavam por esse momento de retorno por
constatarem que são eles os protagonistas de todo o processo de aprendizagem. A partir disso
os “momentos” de feedback se tornaram parte da rotina do ensino-aprendizado. Durante as
aulas ou em algumas atividades incorporamos essa prática pouco realizada ou entendida por
alguns professores. Ao final do semestre é possível constatar através das avaliações e das
discussões que os alunos estavam mais integrados e participantes desse processo delicado e
minucioso que é avaliar.

Considerações finais

Diante de todo o conteúdo abordado e da experiência em si não poderíamos deixar de


discutir a respeito do impacto de todo esse processo do feedback. Pensar que uma única
palavra tem um efeito diretamente relacionado no desempenho e desenvolvimento do aluno
nos faz refletir a necessidade de aprofundar os estudos e práticas a respeito da comunicação.
Entende-se que o feedback é o ato de saber como, quando e porque se comunicar. Palavras
que podem refletir diretamente no fracasso ou no sucesso do aluno. Por isso a importância da
compreensão do feedback no processo de ensino-aprendizagem e do envolvimento do
professor e do aluno com essa ferramenta.
Outra discussão importante envolvendo o feedback é em relação a evolução tanto do
docente como do discente. É visível e até mesmo mensurável que após o imediato retorno de
alguma avaliação ou atividade o progresso de ambos os “lados” é crescente e sólido. O
feedback em sala de aula é tão importante que, quando o aluno se deparar com a realidade
prática (estágio, residência, mercado de trabalho) o impacto de uma avaliação, crítica ou
sugestão terão outro significado para aquele aluno, ele entende que essas observações fazem
parte da rotina e que o objetivo principal é a melhoria do processo e do desempenho.
Outra esfera muito importante nesse processo de feedback é a própria instituição de
ensino, que por sua vez deve apoiar e incentivar que os docentes utilizem dessa ferramenta
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como um instrumento de organização, evolução e transformação tanto dos docentes como dos
discentes.
Portanto, o feedback não deve em nenhum momento desencorajar, desmotivar ou
ameaçar a auto-estima do aluno (SHUTE, 2007). Uma comparação de notas, julgamentos
pessoais e exposição do aluno ao constrangimento são atitudes que não devem ser tomadas na
hora de transmitir um feedback (CARDOSO, 2011). O propósito do feedback deve ser o de
fornecer informações para o aluno de como ele pode progredir e melhorar.

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