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http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/calendario_estudos2009.shtm
Há tempos, o poder público vem abrindo um “braço social e ambiental” no
qual a sociedade civil vem se inserindo lentamente, mas tambem, participando
cada vez mais ativamente de processos de gestão partilhada ou semi-partilhada,
através de conselhos ambientais e sociais. Este parece ser um dos caminhos
mais sustentaveis, alem de democráticos, já implementados com sucesso em
varias cidades brasileiras, citando-se Porto Alegre, como um dos exemplos mais
contundentes.
Segundo o IBGE (2005), por todo o país vem surgindo exemplos de
sucesso, dos quais predominam a criação de pequenos núcleos
desenvolvimentistas regionais geradores de emprego e renda, onde governos
locais estão fazendo parcerias com universidades, empresas (através das
parcerias público-privadas) entidades, associações e grupos produtivos. Todos
unidos por atividades cooperativistas e ou solidárias. Nos locais onde estas
experiências foram implementadas, nota-se mudanças positivas e um expressivo
aumento de qualidade de vida da população-alvo, em menos de 5 anos.(IBGE,
2005).
Podemos citar vários exemplos nos quais a administração pública se aliou
à sociedade civil, alcançando vitoriosas parcerias com Projetos Ambientais, com
forte viés social. Citamos casos tais como o Projeto Nova Gerar, aterro sanitário
instalado no município de Nova Iguaçu, Estado do Rio de Janeiro, ainda hoje
usado pelo Banco Mundial, seu financiador direto, como propaganda do melhor
exemplo de um projeto de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), com
base em critérios do Protocolo de Quioto, guindando assim, a prefeitura de Nova
Iguaçu para uma inédita visibilidade nacional e mundial. Temos tambem o
Projeto de Seqüestro de Carbono da Ilha do Bananal, implementado bem dentro
do Parque Nacional do Araguaia, em Tocantins. Ambos são projetos ambientais
que foram geradores de muitos creditos de carbono, e se tornaram referências
mundiais de projetos de MDL exeqüíveis viáveis e que também tiveram relevante
contribuição para o desenvolvimento local de seus municípios, pois agregaram
vários projetos paralelos de emprego e renda para as populações de mais pobres
e pouco assistidas, que estão em seus entornos.
A sociedade civil brasileira já demonstrou bastante amadurecimento para
usar os seus conhecimentos de aplicabilidade prática, utilizando metodologias
que visem captar aptidões, talentos e lideranças regionais, além de incentivar
iniciativas de projetos geridos em núcleos comunitários associativos. Não importa
onde nem o gênero associativo. Eles precisariam apenas estar interligados numa
rede consorciada – participativa e colaborativa - junto com os gestores públicos.
Estas lideranças assumiriam um papel protagonista na solução dos problemas
que ocorrem em suas cidades, sem esperar mais pelas respostas das esferas
governamentais superiores. Temos vários exemplos de soluções regionais.
Os gestores públicos não deveriam recear tanto a gestão participativa. Se
procurassem mais parcerias com a sociedade auto-organizada, todos poderiam
contribuir para um processo decisório gerido dentro da própria rede comunitária.
Assim, melhorariam a qualidade de vida da população local, propiciariam mais
justiça social, mais desenvolvimento sócio-econômico e, conseqüentemente,
harmonia com o meio ambiente. Se estas iniciativas e práticas se
desenvolvessem em todo o interior do Brasil, certamente poderíamos assistir à
construção de uma sólida revolução estrutural da qual toda a nação se
beneficiaria.
As prefeituras precisam investir cada vez mais no potencial do capital
social e ambiental regional e tambem no indivíduo/cidadão que será
naturalmente integrado por meio de iniciativas do poder público em projetos
populares e complementares, desta forma alcançarão mais independência
estrutural e financeira, sem depender tanto dos repasses de seus estados e do
governo federal.
É importante ressaltar que, ao implantar projetos estruturais ambientais, a
prefeitura passa a dispor de mais um poderoso instrumento de desenvolvimento
regional que poderá ser usado não somente para reduzir os resíduos do
município e consequentemente, a pobreza que deste se retroalimenta, mas
tambem, para complementar projetos e iniciativas geradoras de estruturas auto-
sustentáveis de desenvolvimento regional que poderão levar a prefeitura a uma
confortável geração de receitas adicionais. Estas iniciativas estão, inclusive,
devidamente pontuadas pelos princípios do Anexo III do Protocolo de Quioto 2,
pela Declaração de Objetivos do Milênio3 e pela Agenda 214, cujo conjunto de
preceitos podem ser definidos como instrumentos de planejamento para a
construção de sociedades sustentáveis, em diferentes bases geográficas, que
concilia métodos de proteção ambiental, justiça social e eficiência econômica.
2
www.ecologica.org.br/downloads/textos/mecanismo_desenvolvimento.doc
3
http://www.pnud.org.br/odm/index.php?lay=odmi&id=odmi
4
http://www.mma.gov.br/sitio/index.php?ido=conteudo.monta&idEstrutura=18&idConteudo=597
Boa parte dos projetos que serão propostos à Prefeitura de Monte Mor,
tambem poderão ser potenciais geradores de Créditos de Carbono. Seja com
base no Mercado de Reduções Voluntárias e ou no Mercado gerido pelos critérios
do Protocolo de Quioto.
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