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A GESTÃO PUBLICA E A REVOLUÇÃO DA SUSTENTABILIDADE REGIONAL

Como as pequenas e médias prefeituras podem crescer de forma


Sustentável, com projetos ambientais e sociais regionais.

(*) Por: Denise de Mattos Gaudard – SABER GLOBAL

Analisando a pesquisa publicada pelo IBGE em 2005, 1 ratificando que


ainda persistem as desigualdades entre as condições de vida nas diferentes
regiões do País, podemos avaliar uma das questões mais polemicas e de urgente
demanda no atual processo de desenvolvimento do Brasil.
Embora todos tenham o desejo, sobretudo, o direito - a um padrão de vida
básico e que seja comum a todos os brasileiros, constata-se que algumas regiões
no Brasil estão colhendo frutos com maior intensidade e crescendo mais
rapidamente do que outras. Quais seriam as razões?
É estrategico que os gestores públicos, vide prefeitos, secretários e
respectivas câmaras de vereadores adquirem uma compreensão cada vez mais
adequada e abrangente de quais deverão ser as formas mais sustentaveis,
dentro das respectivas tendências regionais, de se produzir crescimento
econômico que venha a gerar, de forma eqüitativa, a distribuição de emprego e
renda, com praticas ambientalmente corretas, solidificando assim, um novo ciclo
de expansão para a economia brasileira regional. Este novo ciclo poderá ser
preponderante para contribuir na consolidação do processo de reversão do atual
modelo econômico que vem reforçando a concentração dos núcleos de riqueza e
de produtividade, no Brasil.
Atingindo esta mudança de paradigma haverão muitos, e includentes
impactos sobre a redistribuição da renda e da riqueza. É evidente que todos
desejem o crescimento econômico do Brasil, porque este traz mais empregos,
mais renda, mais bens e serviços. Então, quanto mais rápido o ritmo de
crescimento, maiores as chances das Prefeituras arrecadarem mais, para
poderem investir mais e assim, crescer mais rápido e de forma sustentável, sem
a eterna dependência de seus respectivos estados e do governo federal.
Governança publica tambem passa pela competencia de gestão publica.
Mas, como se pode contribuir para o desenvolvimento sustentável regional
e para as políticas públicas demandadas pelos gestores locais usando
oportunidades e instrumentos criados por projetos ambientais?

1
http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/calendario_estudos2009.shtm
Há tempos, o poder público vem abrindo um “braço social e ambiental” no
qual a sociedade civil vem se inserindo lentamente, mas tambem, participando
cada vez mais ativamente de processos de gestão partilhada ou semi-partilhada,
através de conselhos ambientais e sociais. Este parece ser um dos caminhos
mais sustentaveis, alem de democráticos, já implementados com sucesso em
varias cidades brasileiras, citando-se Porto Alegre, como um dos exemplos mais
contundentes.
Segundo o IBGE (2005), por todo o país vem surgindo exemplos de
sucesso, dos quais predominam a criação de pequenos núcleos
desenvolvimentistas regionais geradores de emprego e renda, onde governos
locais estão fazendo parcerias com universidades, empresas (através das
parcerias público-privadas) entidades, associações e grupos produtivos. Todos
unidos por atividades cooperativistas e ou solidárias. Nos locais onde estas
experiências foram implementadas, nota-se mudanças positivas e um expressivo
aumento de qualidade de vida da população-alvo, em menos de 5 anos.(IBGE,
2005).
Podemos citar vários exemplos nos quais a administração pública se aliou
à sociedade civil, alcançando vitoriosas parcerias com Projetos Ambientais, com
forte viés social. Citamos casos tais como o Projeto Nova Gerar, aterro sanitário
instalado no município de Nova Iguaçu, Estado do Rio de Janeiro, ainda hoje
usado pelo Banco Mundial, seu financiador direto, como propaganda do melhor
exemplo de um projeto de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), com
base em critérios do Protocolo de Quioto, guindando assim, a prefeitura de Nova
Iguaçu para uma inédita visibilidade nacional e mundial. Temos tambem o
Projeto de Seqüestro de Carbono da Ilha do Bananal, implementado bem dentro
do Parque Nacional do Araguaia, em Tocantins. Ambos são projetos ambientais
que foram geradores de muitos creditos de carbono, e se tornaram referências
mundiais de projetos de MDL exeqüíveis viáveis e que também tiveram relevante
contribuição para o desenvolvimento local de seus municípios, pois agregaram
vários projetos paralelos de emprego e renda para as populações de mais pobres
e pouco assistidas, que estão em seus entornos.
A sociedade civil brasileira já demonstrou bastante amadurecimento para
usar os seus conhecimentos de aplicabilidade prática, utilizando metodologias
que visem captar aptidões, talentos e lideranças regionais, além de incentivar
iniciativas de projetos geridos em núcleos comunitários associativos. Não importa
onde nem o gênero associativo. Eles precisariam apenas estar interligados numa
rede consorciada – participativa e colaborativa - junto com os gestores públicos.
Estas lideranças assumiriam um papel protagonista na solução dos problemas
que ocorrem em suas cidades, sem esperar mais pelas respostas das esferas
governamentais superiores. Temos vários exemplos de soluções regionais.
Os gestores públicos não deveriam recear tanto a gestão participativa. Se
procurassem mais parcerias com a sociedade auto-organizada, todos poderiam
contribuir para um processo decisório gerido dentro da própria rede comunitária.
Assim, melhorariam a qualidade de vida da população local, propiciariam mais
justiça social, mais desenvolvimento sócio-econômico e, conseqüentemente,
harmonia com o meio ambiente. Se estas iniciativas e práticas se
desenvolvessem em todo o interior do Brasil, certamente poderíamos assistir à
construção de uma sólida revolução estrutural da qual toda a nação se
beneficiaria.
As prefeituras precisam investir cada vez mais no potencial do capital
social e ambiental regional e tambem no indivíduo/cidadão que será
naturalmente integrado por meio de iniciativas do poder público em projetos
populares e complementares, desta forma alcançarão mais independência
estrutural e financeira, sem depender tanto dos repasses de seus estados e do
governo federal.
É importante ressaltar que, ao implantar projetos estruturais ambientais, a
prefeitura passa a dispor de mais um poderoso instrumento de desenvolvimento
regional que poderá ser usado não somente para reduzir os resíduos do
município e consequentemente, a pobreza que deste se retroalimenta, mas
tambem, para complementar projetos e iniciativas geradoras de estruturas auto-
sustentáveis de desenvolvimento regional que poderão levar a prefeitura a uma
confortável geração de receitas adicionais. Estas iniciativas estão, inclusive,
devidamente pontuadas pelos princípios do Anexo III do Protocolo de Quioto 2,
pela Declaração de Objetivos do Milênio3 e pela Agenda 214, cujo conjunto de
preceitos podem ser definidos como instrumentos de planejamento para a
construção de sociedades sustentáveis, em diferentes bases geográficas, que
concilia métodos de proteção ambiental, justiça social e eficiência econômica.

2
www.ecologica.org.br/downloads/textos/mecanismo_desenvolvimento.doc
3
http://www.pnud.org.br/odm/index.php?lay=odmi&id=odmi
4
http://www.mma.gov.br/sitio/index.php?ido=conteudo.monta&idEstrutura=18&idConteudo=597
Boa parte dos projetos que serão propostos à Prefeitura de Monte Mor,
tambem poderão ser potenciais geradores de Créditos de Carbono. Seja com
base no Mercado de Reduções Voluntárias e ou no Mercado gerido pelos critérios
do Protocolo de Quioto.

(*) Denise de Mattos Gaudard é consultora de Gestão Empresarial e Ambiental.


Formada em Administração de Gestão Empresarial pela Universidade Santa Úrsula
(USU-RJ); Pós Graduada em Economia pela Fundação Getúlio Vargas (FGV-RJ) e
Comércio Exterior pela Universidade Católica de Brasília (UCB). Tem Especialização
em Educação voltada para Meio Ambiente, na Universidade Estadual do Rio de Janeiro
(UERJ) e Gestão de Projetos no Project Management Institute (PMI-RJ). Participa do
desenvolvimento de projetos de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) e gestão de resíduos
junto a prefeituras e empresas financiadoras parceiras

Leia também:
A origem do mercado de créditos de carbono
Gerenciamento do lixo em pauta e muitos outros

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