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Código Europeu de
Conduta para a Integridade
da Investigação
EDIÇÃO REVISTA
Código Europeu de Conduta para a Integridade da Investigação
Edição revista
secretariat@allea.org
www.allea.org
Disclaimer:
Please note that while great care was taken to ensure the accuracy of the present translation of
the European Code of Conduct for Research Integrity some slight deviation in meaning may be
possible. Please refer to the original English-language version of The European Code of Conduct
for Research Integrity, published by ALLEA in Berlin in 2017, for the precise wording.
Acknowledgements:
ALLEA would like to thank the European Commission Translational Services for the translation
and the Academy of Sciences of Lisbon for an additional review on the precise research integrity
language.
Índice
Preâmbulo3
1. Princípios 4
A
investigação consiste na integridade da investigação. O principal
procura de conhecimento objetivo do presente código de conduta é
que se obtém através ajudar a concretizar essa responsabilidade
do estudo sistemático e servir de quadro de autorregulação
e do pensamento, da observação e para a comunidade científica. O presente
da experimentação. Embora várias documento descreve responsabilidades
disciplinas possam utilizar abordagens profissionais, legais e éticas, e reconhece
diferentes, todas partilham a motivação a importância do contexto institucional
de melhorar a compreensão de nós em que a investigação é produzida. Por
próprios e do mundo em que vivemos. conseguinte, é pertinente e aplicável
Por esse motivo, o «Código Europeu à investigação financiada por fundos
de Conduta para a Integridade da públicos e privados, reconhecendo, ao
Investigação» aplica-se à investigação mesmo tempo, restrições legítimas na sua
em todos os domínios científicos e aplicação.
académicos. A interpretação dos valores e princípios
A investigação é um empreendimento que regem a investigação pode ser afetada
comum, levado a cabo no mundo por desenvolvimentos sociais, políticos
académico, no mundo industrial e noutros ou tecnológicos e por alterações no
contextos. Implica colaboração, direta ambiente de investigação. Um código
ou indireta, que muitas vezes ultrapassa de conduta eficaz para a comunidade da
fronteiras sociais, políticas e culturais. investigação é, assim, um documento
Assenta na liberdade de definir questões em constante evolução, que deve ser
de investigação e desenvolver teorias, atualizado regularmente, e que deve
recolher dados empíricos e utilizar permitir diferenças locais ou nacionais a
métodos adequados. Por conseguinte, nível da sua aplicação. Os investigadores,
inspira-se no trabalho da comunidade as academias, as associações científicas, as
de investigadores e, idealmente, é agências de financiamento, as organizações
desenvolvida com total independência de de investigação públicas e privadas, os
pressão das partes que a encomendam e editores e outros organismos relevantes
de interesses ideológicos, económicos ou têm responsabilidades específicas na
políticos. observância e promoção destas práticas e
Uma responsabilidade básica da comu- dos princípios subjacentes às mesmas.
nidade científica consiste em formular
os princípios de investigação, definir os
critérios relativos a um comportamento de
investigação adequado, maximizar a sua
qualidade e solidez, e dar uma resposta
adequada às ameaças ou violações da
3
1. Princípios
•••
• Honestidade no desenvolvimento,
realização, revisão e elaboração de
relatórios, bem como na comunicação da
investigação de uma forma transparente,
justa, completa e imparcial.
4
2. Boas práticas de investigação
•••
5
2.3 Procedimentos comunidade, dos colaboradores e de todas
de investigação as outras pessoas ligadas à investigação.
6
• Os investigadores, as instituições e um acordo quanto à ordem da autoria,
organizações de investigação devem reconhecendo que a própria autoria tem
assegurar que quaisquer contratos ou por base um contributo significativo para
acordos relacionados com os resultados da a conceção da investigação, a recolha
investigação incluem disposições justas e de dados pertinentes ou a análise ou
equitativas relativas à gestão da sua utilização, interpretação dos resultados.
à propriedade e/ou à sua proteção ao abrigo
dos direitos de propriedade intelectual. • Os autores devem assegurar que o seu
trabalho é disponibilizado aos colegas
2.6 Trabalho colaborativo de forma oportuna, aberta, transparente
e precisa, salvo acordo em contrário,
• Todos os parceiros que colaboram na devendo ser honestos na sua comunicação
investigação devem assumir a respon- ao público em geral, bem como nos meios
sabilidade pela sua integridade. de comunicação social e nas redes sociais.
7
de uma publicação de acesso aberto ou
de qualquer outra forma de publicação
alternativa.
8
3. Violações da integridade da investigação
•••
É crucial que os investigadores dominem os Estas três formas de violação são consideradas
conhecimentos, as metodologias e as práticas particularmente graves, uma vez que distorcem o
éticas relacionadas com a sua área. A não- historial da investigação. Existem outras violações
aplicação de boas práticas de investigação viola das boas práticas de investigação que prejudicam
as responsabilidades profissionais. Essa não- a integridade do processo e/ou dos investigadores.
aplicação prejudica os processos de investigação Para além das violações diretas das boas práticas de
e as relações entre investigadores, compromete investigação estabelecidas no presente código de
a confiança e a credibilidade da investigação, conduta, outros exemplos de práticas inaceitáveis
desperdiça recursos, e pode expor os sujeitos incluem, nomeadamente:
da investigação, os usuarios, a sociedade ou o
ambiente a danos desnecessários. • Manipular a autoria ou denegrir o papel de
outros investigadores em publicações.
3.1 Má conduta na investigação
e outras práticas inaceitáveis • Voltar a publicar partes significativas de
publicações anteriores já por si publicadas,
A má conduta na investigação é definida incluindo traduções, sem reconhecer ou citar
geralmente como a fabricação, falsificação ou devidamente o original («autoplágio»).
plágio (de tipo FFP) aquando da proposta,
• Citar de forma seletiva para reforçar os
realização ou revisão de uma investigação ou da
próprios resultados ou agradar a editores,
comunicação dos seus resultados: revisores ou colegas.
• Por fabricação entende-se a invenção de
resultados e o seu registo como se fossem • Reter resultados da investigação.
verdadeiros.
• Permitir que financiadores/patrocinadores
• Por falsificação entende-se a mani- ponham em perigo a independência do
pulação de materiais, equipamentos ou processo de investigação ou de comunicação
processos de investigação, ou a alteração, dos resultados introduzindo ou propagando
a omissão ou a supressão de dados ou uma subjetividade.
resultados sem justificação.
• Prolongar desnecessariamente a biblio-
• Por plágio entende-se a utilização do grafia de um estudo.
trabalho e das ideias de outras pessoas sem
fazer referência à fonte original, violando, • Acusar um investigador de má
assim, os direitos de autor. conduta ou de outras violações de forma
mal-intencionada.
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• Deturpar os resultados da investigação. Integridade
• As investigações devem ser justas,
• Exagerar a importância e aplicabilidade exaustivas e conduzidas de forma apropriada,
prática dos resultados. sem comprometer a exatidão, a objetividade
e o rigor.
• Atrasar ou dificultar indevidamente o
trabalho de outros investigadores. • As partes envolvidas no processo devem
declarar qualquer conflito de interesses que
• Utilizar a sua antiguidade para incentivar possa surgir durante a investigação.
violações da integridade da investigação.
• Devem ser tomadas medidas para garantir
• Ignorar alegadas violações de integridade que as investigações sejam realizadas até se
da investigação por terceiros ou encobrir chegar a uma conclusão.
respostas inadequadas face à má conduta ou
outras violações por parte de instituições. • Os procedimentos devem ser confidenciais
para proteger as pessoas envolvidas na
• Criar ou apoiar publicações que com- investigação.
prometam o controlo da qualidade da
investigação («publicações predatórias»). • As instituições devem proteger o direito de
autor das denúncias durante as investigações,
Nas suas formas mais graves, as práticas e assegurar que as suas perspetivas de carreira
inaceitáveis são sancionáveis, apesar disso, não sejam postas em causa.
devem ser empregados todos os esforços
para as evitar, dissuadir e impedir, através • Os procedimentos gerais para lidar com
as violações das boas práticas devem estar
de formação, supervisão e orientação, bem
publicamente disponíveis e acessíveis, a fim de
como do desenvolvimento de um ambiente de garantir a sua transparência e uniformidade.
investigação positivo e favorável.
Equidade
3.2 Reação a violações e • As investigações devem ser realizadas com
alegações de má conduta base num processo justo e equitativo para
todas as partes.
As orientações nacionais ou institucionais
diferem quanto a forma de lidar com as violações • As pessoas acusadas de má conduta na
das boas práticas de investigação, ou com as investigação devem ter acesso a todos os
alegações de má conduta nos diferentes países. detalhes das alegações e ter direito a um
No entanto, é sempre do interesse da sociedade processo justo em que possam responder às
e da comunidade científica que as violações alegações e apresentar elementos de prova.
sejam tratadas de forma coerente e transparente.
• Devem ser tomadas medidas contra as
Os seguintes princípios devem fazer parte de pessoas cujas alegações de má conduta sejam
qualquer processo de investigação: confirmadas, que devem ser proporcionais à
gravidade da infração.
10
• Devem ser tomadas medidas de reparação
adequadas quando os investigadores são
exonerados de uma alegação de má conduta.
11
Anexo 1: Principais recursos
Martone M. (ed.) (2014). Data Citation Synthesis Group. Joint Declaration of Data
Citation Principles. San Diego, CA: FORCE11.
https://www.force11.org/group/joint-declaration-data-citation-principles-final
[consultado em 14.03.2017]
International Committee of Medical Journal Editors. Defining the Role of Authors and
Contributors.
http://www.icmje.org/recommendations/browse/roles-and-responsibilities/defining-
the-role-of-authors-and-contributors.html [consultado em 15.01.2017]
12
Organisation for Economic Cooperation and Development – OECD and Global
Science Forum (2007). Best Practices for Ensuring Scientific Integrity and Preventing
Misconduct.
https://www.oecd.org/sti/sci-tech/40188303.pdf [consultado em 15.01.2017]
Wilkinson MD et al. (2016). The FAIR Guiding Principles for scientific data
management and stewardship, Scientific Data 3:160018 doi: 10.1038/sdata.2016.18
http://www.nature.com/articles/sdata201618 [consultado em 15.01.2017]
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Anexo 2: Processo de revisão e lista de partes
interessadas
Processo de revisão
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Lista de partes interessadas
• BusinessEurope*+
• Centre for European Policy Studies (CEPS)*
• Committee on Publication Ethics (COPE)*+
• Conference on European Schools for Advanced Engineering Education and
Research (CESAER)*+
• DIGITALEUROPE*+
• EU-LIFE*+
• European Association of the Molecular and Chemical Sciences (EUCHEMS)*+
• European Association of Research and Technology Organisations (EARTO)*+
• European Citizen Science Association (ECSA)*
• European Commission*+
• European Network of Research Integrity Offices (ENRIO)*+
• European University Association (EUA)*+
• Euroscience*+
• FoodDrinkEurope*+
• Global Young Academy (GYA)*+
• League of European Research Universities (LERU)*+
• Open Access Infrastructure for Research in Europe (OpenAIRE)*+
• Open Access Scholarly Publishers Association (OASPA)+
• Sense about Science*
• Science Europe*+
• Young European Associated Researchers (YEAR)*+
• Young European Research Universities Network (YERUN)*+
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Anexo 3: Grupo de trabalho permanente da ALLEA
sobre Ciência e Ética
O PWGSE tem vindo a ampliar as suas capacidades e atividades nos últimos anos,
a fim de poder desempenhar adequadamente a sua missão de deliberação coletiva
sobre temas como, nomeadamente, a integridade da investigação, o ensino da ética
na ciência e na formação em investigação, a ética em matéria de pareceres científicos,
a confiança na ciência, a má conduta científica e o plágio.
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Membros do Grupo de trabalho permanente
da ALLEA sobre Ciência e Ética
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ALLEA
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Academias membro da ALLEA