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• Sobre a forma:
• Duas (2) laudas;
• No primeiro parágrafo, apresentar de forma muito sucinta o contexto geral de sua
pesquisa: “(...) É justamente uma dessas fragmentações que nos propomos
semioticamente a ler”.
• No segundo parágrafo, elabora-se uma breve explicação acerca da origem e das
conceituações teóricas a serem pesquisadas, lançando mão do pensamento de autores
reconhecidos na área: “A semiótica (do grego “sēmeion”, signo) é considerada a ciência
geral dos signos (...). “É, pois, o sentido construído a partir do texto, o objeto
privilegiado de uma semiótica que deseja dar conta do que Saussure (2006) denominou
significado e que mais tarde Hjelmslev (1975) precisou como plano do conteúdo”.
• No terceiro parágrafo, fazer um recorte teórico a ser alvo de nossa pesquisa: “A
semiótica greimasiana utiliza-se do PGS para realizar sua exploração do texto. O
quadrado semiótico aparece como ferramenta fundamental do percurso para a análise
semiótica”.
• Descrever brevemente o objetivo da pesquisa a ser realizada: “Interessa-nos, neste
trabalho, perceber a presença de um discurso de resistência no poema em contraste com
um outro de submissão, (...)”.
• Apresentar os principais teóricos que sustentarão a sua argumentação no artigo:
“Contamos com o apoio de estudos atualizados sobre o assunto por meio dos
pesquisadores brasileiros José Luiz Fiorin (2005, 2012) e Diana Luz Pessoa de Barros
(2001, 2005) bem como do francês Jacques Fontanille (2015) com vistas a tornar a
análise do poema o mais didatizável possível”.
• Descrever sucintamente todos os título da sua fundamentação teórica
Introdução
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É uma gíria, inventada no Brasil durante os anos 60, para designar quem abandonava a luta armada. Ela foi
evoluindo e passou a designar toda figura interessada em contracultura a ponto de viver seus ideais.
o discurso é uma enunciação em ato e este ato é, primeiramente, um ato de presença [...]”.
(Fontanille, 2015, p. 83). Ressaltemos ainda que como a semiótica estuda a maneira como o
texto faz para significar e significar-se (Cf. Barros, 2005), interessemo-nos aqui por uma ação
que vai mais no sentido da compreensão diante do poema do que de sua interpretação.
A semiótica greimasiana utiliza-se do PGS para realizar sua exploração do texto. O
quadrado semiótico aparece como ferramenta fundamental do percurso para a análise semiótica.
Serão descritas as dimensões (sintática e semântica) do nível fundamental do PGS,
demonstrando, sua aplicação prática e geral desse nível sobre o poema selecionado. “A tentativa
de desenvolvimento se faz no sentido de se construir uma Semiótica Poética, procurando, para
isso, caracterizar o objeto poético e, ao mesmo tempo, formalizar regras explicativas do seu
funcionamento interno”. (Greimas, 1975, p. 03).
Interessa-nos, neste trabalho, perceber a presença de um discurso de resistência no
poema em contraste com um outro de submissão, mediados por sentidos que irão projetar um
caráter de indiferença e posteriormente de denúncia às práticas de tortura evidenciadas ao longo
do poema bem como a aplicação de valores a novos sentidos encontrados a partir das relações
de significação analisadas. A análise versará sobre como esses discursos de base estão
presentificados para além da superfície do poema. A análise do discurso de resistência e
denúncia é realizada ao final, tentando justificar a visão axiológica do eu lírico. Dessa forma,
ao transcorrer da análise semiótica, espera-se revelar a rede de significações contidas no nível
fundamental do PGS, gerando, assim, uma amplitude semântica ao transcender os sentidos do
texto como nos é apresentado, isto é, em sua superfície. Sob uma ótica social e poética, significa
compreender uma ética e uma estética que não suportam mais formas arbitrárias de poder e que
se indignam diante de qualquer ato de barbárie social ou de conservadorismo poético. Contudo,
considerando-se o poeta em questão, não se deve avalizar o poema apenas pelo seu discurso de
resistência e denúncia, explicitado no título desse artigo. Outras leituras possíveis podem e
devem ser realizadas, utilizando-se de outros ou do mesmo arcabouço teórico aqui trabalhado
uma vez que “a linguagem é inseparável do homem e segue-o em todos os seus atos”.
(Hjelmslev, 1975, p. 01).
Este artigo pretende realizar uma leitura semiótica2 de um desses poemas de resistência
em tom de protesto: Aquarela. Privilegiando apenas um dos níveis da teoria do percurso
2
Lembramos que há pelo menos três grandes teorias semióticas: uma que se elabora nos Estados Unidos e se
constitui em tomo da obra de Charles Sanders Peirce; uma que se organiza na França e se constrói a partir da
obra de Algirdas Julien Greimas; uma que se desenvolve na Rússia e se estabelece a partir da obra de Iuri Lotman.
Neste texto, quando falarmos em Semiótica, estaremos referindo-nos à francesa.
gerativo de sentido (PGS), preconizado por Algirdas. J. Greimas (1917-1992). Contamos com
o apoio de estudos atualizados sobre o assunto por meio dos pesquisadores brasileiros José Luiz
Fiorin (2005, 2012) e Diana Luz Pessoa de Barros (2001, 2005) bem como do francês Jacques
Fontanille (2015) com vistas a tornar a análise do poema o mais didatizável possível.